assembleia municipal de lisboa mandato 2013-2017 … · audi 6, que eu desconfio que não levaram...

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1 ----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ ------------------------------------- Mandato 2013-2017 ----------------------------------------- ----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM VINTE E NOVE DE JULHO DE DOIS MIL E CATORZE -------------------------------------------------------- ----------------------------ATA NÚMERO TRINTA E NOVE ------------------------------- ----- Aos vinte e nove dias do mês de julho de dois mil e catorze, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor José Maximiano Almeida Leitão, Primeiro Secretário, e pela Excelentíssima Senhora Rosa Maria Carvalho da Silva, Segunda Secretária em exercício. -------------------------- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------- ----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias, André Moz Caldas, António Manuel de Freitas Arruda, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes Albuquerque, Carla Cristina Ferreira Madeira, Carlos José Pereira da Silva Santos, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Cristina Maria da Fonseca Santos Bacelar Begonha, Daniel da Conceição Gonçalves da Silva, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel D’Eça Braamcamp, Fernando José da Silva e Nunes da Silva, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, Joaquim Maria Fernandes Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Margarida Maria Moura Alves da Silva de Almeida Saavedra, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrocínia Conceição Alves Rodrigues Vale César, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Ricardo Manuel Azevedo Saldanha, Rita Susana da Silva Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Victor Manuel Dias Pereira Gonçalves, Isabel Cristina Rua Pires, Nelson Pinto Antunes, Patrícia de

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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------

------------------------------------- Mandato 2013-2017 -----------------------------------------

----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM VINTE E NOVE DE

JULHO DE DOIS MIL E CATORZE -------------------------------------------------------- ----------------------------ATA NÚMERO TRINTA E NOVE -------------------------------

----- Aos vinte e nove dias do mês de julho de dois mil e catorze, em cumprimento da

respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo

do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e

nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a

Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de

Roma, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da Excelentíssima Senhora Maria

Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor

José Maximiano Almeida Leitão, Primeiro Secretário, e pela Excelentíssima Senhora

Rosa Maria Carvalho da Silva, Segunda Secretária em exercício. --------------------------

----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da

Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------

----- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana

Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias,

André Moz Caldas, António Manuel de Freitas Arruda, António Modesto Fernandes

Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama

Antunes Albuquerque, Carla Cristina Ferreira Madeira, Carlos José Pereira da Silva

Santos, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Cristina Maria da Fonseca

Santos Bacelar Begonha, Daniel da Conceição Gonçalves da Silva, Diogo Feijó Leão

Campos Rodrigues, Fábio Martins de Sousa, Fernando Manuel D’Eça Braamcamp,

Fernando José da Silva e Nunes da Silva, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa,

Floresbela Mendes Pinto, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento

Pereira, João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro, João Manuel Costa de Magalhães

Pereira, Joaquim Maria Fernandes Marques, José Alberto Ferreira Franco, José

António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques

Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves

Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Margarida Maria Moura Alves

da Silva de Almeida Saavedra, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Maria

da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Irene dos

Santos Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Sofia Mourão de Carvalho

Cordeiro, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira

Teixeira, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrocínia Conceição Alves

Rodrigues Vale César, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel de

Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Ricardo Manuel Azevedo Saldanha, Rita Susana

da Silva Guimarães Neves Sá, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rui Paulo da

Silva Soeiro Figueiredo, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Victor Manuel Dias

Pereira Gonçalves, Isabel Cristina Rua Pires, Nelson Pinto Antunes, Patrícia de

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Oliveira Caetano Barata, Rui Manuel Moreira Vidal Simões, António Manuel Alves,

Maria Cândida Cavaleiro Madeira, João Ricardo Vasconcelos, Nuno Ricardo Dinis de

Abreu, Romão da Conceição Batuca Lavadinho, Carla Sofia e Silva Rothes Ladeira,

António José do Amaral Ferreira de Lemos, Paulo Manuel Bernardes Moreira, Paulo

Manuel Valente da Silva, Duarte Miguel Rafael Sapeira, Anabela Pereira Martins da

Silva, Maria Margarida Matos Mota, Ana Paula Viseu e Margarida de Morais. ----------

----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------

----- Margarida Carmen Nazaré Martins e Mariana Rodrigues Mortágua. -----------------

----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de

18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, à contrário sensu, na alínea d), do n.º 1, do

artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------

----- Sandra Paulo (PS), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal

Ana Paula Viseu. ------------------------------------------------------------------------------------

----- João Luís Valente Pires (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Cândida Cavaleiro Madeira. ---------------------------------------------------------

----- Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Olivais, entre 28 de julho e 15 de agosto, tendo sido substituída por Anabela Martins

da Silva. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- José António Cardoso Alves (PS), Presidente da Junta de Freguesia de São

Domingos de Benfica, por um dia, tendo sido substituído por Paulo Valente da Silva. -

----- André Nunes de Almeida Couto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Campolide, por um dia, tendo sido substituído por Duarte Sapeira. ------------------------

----- Davide Amado (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, por um dia,

tendo sido substituído por Margarida de Morais. ----------------------------------------------

----- Inês Drummond (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Benfica, por um dia,

tendo sido substituída por Carla Rothes. --------------------------------------------------------

----- Tiago Albuquerque Teixeira (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Nelson Pinto Antunes. ----------------------------------------------------

----- Carlos de Apoim Vieira Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela

Deputada Municipal Patrícia Caetano Barata. --------------------------------------------------

----- Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado (PSD), Presidente da Junta de

Freguesia de Santo António, por um dia, tendo sido substituído por Paulo Moreira. ----

----- Deolinda Machado (PCP), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado

Municipal Romão Lavadinho. --------------------------------------------------------------------

----- Miguel Tiago Crispim Rosado (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Nuno Ricardo Dinis de Abreu. ------------------------------------------

----- Miguel Reis (BE), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal

João Ricardo Vasconcelos. ------------------------------------------------------------------------

----- Ricardo Robles (BE), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Isabel Pires. -----------------------------------------------------------------------------

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----- Telmo Correia (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal António Ferreira de Lemos. ----------------------------------------------------------

----- Miguel da Silva Graça (IND), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal Rui Manuel Vidal Simões. -----------------------------------------------------------

----- Solicitaram a suspensão do mandato que foi apreciada e aceite pelo Plenário da

Assembleia Municipal, nos termos do disposto no artigo 77.º da Lei n.º 169/99, de 18

de setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, à contrário sensu, na alínea d), do n.º 1, do

artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 7.º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------

----- Belarmino Ferreira Fernandes da Silva (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Marvila, entre 11 de julho e 20 de agosto de 2014, tendo sido substituído por António

Manuel Alves. --------------------------------------------------------------------------------------

----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Presidente e pelos Senhores

Vereadores: Paula Marques, João Afonso e Duarte Cordeiro. -------------------------------

----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Fernando Seara,

João Gonçalves Pereira, Carlos Moura e João Manuel Peixoto Ferreira -------------------

----- Às quinze horas e catorze minutos, constatada a existência de quórum, a

Senhora Presidente declarou aberta a reunião. ------------------------------------------------

------------------ PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ----------------------

----- O Senhor António Alves Miguel, residente na Avenida Almirante Reis, nº260 –

2ºD, 1000-58 Lisboa, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhores Vereadores,

Senhores Deputados Municipais, minhas Senhoras e meus Senhores. ---------------------

----- Eu, lastimavelmente não trago um documento escrito, porque não tinha a certeza

de que ia usar da palavra, mas, trago umas pequenas notas. --------------------------------

----- Tenho que começar agradecendo à Câmara Municipal de Lisboa que me tem

ajudado, enfim, e à família, no relacionamento com a Câmara. Dar os parabéns à

Câmara Municipal de Lisboa, pelo início da atividade do novo Mercado da Ribeira,

com o arrendamento aos senhores da Time Out, pois o nosso mercado está

incomparavelmente mais bonito. -----------------------------------------------------------------

----- Esta transformação é um projeto que vem do tempo do Vereador Fontão de

Carvalho, que nos informou, com pompa e circunstância, que pretendia transformar

o Mercado da Ribeira, numa espécie de Covent Garden, e enfim lembro-me, porque

também me lembro de ele ter carregado bastante na pronúncia. ---------------------------

----- Eu como conheço o dito mercado em Londres desde mil novecentos e setenta e

sete, e depois disso já lá fui muitas vezes, respondi que isso seria fácil. Bastava

transformar a 24 de Julho na Oxford Street e o Aeroporto da Portela em Heathrow.

Não sei se foi a partir daqui que ele começou a embirrar comigo, mas o que é certo, é

que ainda tentaram transformar o Aeroporto da Portela em Heathrow, onde

gastaram, qualquer coisa como oito por cento do valor que estava previsto. -------------

----- Tenho que vos recordar que a questão da chegada da Time Out ao nosso

mercado, desfocalizou totalmente o mercado. O Mercado da 24 de Julho, existia com

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as mesmas características desde sempre e atualmente não, é uma coisa diferente, não

me interessa saber se é melhor, se é pior, a mim interessa-me saber que é diferente. E

é consideravelmente diferente, e, por coincidência, ou não, enfim, nós estamos

vendendo cada vez menos. Os clientes que nós tínhamos, deixaram de ir, muitas

pessoas deixaram de ir, porque o mercado, não é aquele mercado para que nós fomos

em oitenta e nove, que ganhamos um concurso publico para lá vender flores há três

anos ou quatro, é uma coisa diferente. ----------------------------------------------------------

----- A minha pergunta é por demasiado evidente, e aqui vou ter que ter cuidado nos

termos para não ofender ninguém, enfim. Já pedi aos serviços, esta informação, os

serviços disseram que poderíamos ter o contrato, mas só para ler, ou então tínhamos

de pagar, não sei se muito se pouco, mas não me parece credível o termos que pagar,

para ter acesso a um contrato que a Câmara assinou. Em relação a esse contrato, eu

só gostava de saber, se existem algumas cláusulas confidenciais entre a Câmara

Municipal de Lisboa e a Time Out? Atenção, que cláusulas confidenciais, não quer

dizer, que sejam ilegais, porque podem haver. Entre pessoas pode haver cláusulas

confidencias que não sejam públicas, eu só preciso que a Câmara diga, existem ou

não existem, porque eles Time Out, comportam-se como tal. --------------------------------

----- Outra questão, e aqui, não vale a pena estarmos com diferentes formas de falar.

Alguém que representa a Time Out, ou alguém que representa a Câmara. É

irrelevante saber, se foi um grupo de advogados da Time Out que negociou com um

grupo de advogados da Câmara, isso a mim não me diz respeito. --------------------------

----- Existe uma outra questão que tem muito a ver com isto, que é a questão do

policiamento. Durante anos, era raro o dia, em que um dos operadores daquele

mercado, não era multado por ter o carro mal estacionado. Neste preciso momento

ninguém é multado, desde que os Srs. da Time Out lá estão. Coincidências ou não, eu

não o sei, sei que, o policiamento deixou de ser feito, a zona larga, bastante grande,

que a Câmara concedeu para cargas e descargas, está permanentemente ocupada por

Audi 6, que eu desconfio que não levaram nada para o mercado, desconfio, enfim. E

também, não percebo, porque é que não está claramente separada a zona de cargas e

descargas, para os operadores do mercado e para os concessionários da Time Out. ---

----- Para terminar, gostava de recordar que existe uma listagem, em posse da

Câmara, com, ao que consta, seis folhas A4 de ocorrências de situações que

aconteceram nas obras. Eu vou acreditar que aquelas obras correram, de acordo com

os padrões normais, vou acreditar que quando chover, não vai chover como

aconteceu há quinze dias atrás, em que choveu um bocadinho durante cinco minutos,

e ouve inundações permanentes. E quando é que os problemas das ocorrências, que

aconteceram, estarão resolvidos? ----------------------------------------------------------------

Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Tomámos devida nota das questões que suscitou. Relativamente ao contrato, eu

vou ter que perguntar à Câmara como é. Em princípio os Deputados Municipais

podem solicitar toda a informação necessária da Câmara, ao cidadão comum nem toda

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a informação está disponível, mas eu própria., na qualidade de Presidente da Mesa,

irei esclarecer este ponto para lhe poder dar a informação que pediu. ----------------------

----- Quanto ao mais, iremos chamar a atenção da Câmara para a questão do

policiamento, para a questão do estacionamento separado e para a questão das

ocorrências em termos de obras.” ----------------------------------------------------------------

----- O Senhor Alberto Madeira Alves, residente na Rua Professor Santos Lucas,

nº14 – 4ºD, 1500-513 Lisboa, fez a seguinte intervenção: -----------------------------------

----- “Boa tarde Senhora Presidente, boa tarde Senhores Membros desta Assembleia. -

----- Como munícipe de Lisboa, Freguesia de Benfica, perante procedimentos que me

parecem ser gravosos, venho expor acontecimentos concretos, que merecem serem

explicados aos contribuintes, onde estou incluído. --------------------------------------------

----- Cerca de um mês antes das últimas eleições municipais, foi feita obra de

alteração num troço do passeio na Avenida Marechal Teixeira Rebelo, continuação

da Avenida do Uruguai. Obra meritória, mas também executaram na continuação, um

novo passeio cinquenta a cem metros, na Rua José Marinho, passeio este

desnecessário, pois não é utilizado por ninguém, e ainda veio roubar espaço viário à

rua, já de si estreita. --------------------------------------------------------------------------------

----- Com a alteração do referido passeio na Avenida Marechal Teixeira rebelo,

tornou-se impossível o estacionamento selvagem, que existia no terreno adjacente.

Julgo ser este o motivo desta alteração, e não melhorar o passeio aos que o utilizam.

Como resultado, os trabalhadores do Hospital da Luz, que eram os beneficiários de

este estacionamento, e não lhe dando alternativa de estacionarem, invadiram as Ruas

José Marinho e Professor Santos Lucas, tornando um inferno o caos já existente no

estacionamento destas. Não foram para as ruas mais próximas do hospital, estas na

Freguesia de Carnide, porque lá têm parquímetros. Foram para as que não tinham,

que é o caso destas. ---------------------------------------------------------------------------------

----- No mês de Junho deste ano, apareceu uma equipa de técnicos da Junta de

Freguesia de Benfica e operários pintores, a executarem na Rua José Marinho, uma

grade de xadrez com cerca de dez metros, numa das entradas para a Quinta da

Granja de Cima. Obra efetuada em dois dias, face haver carros bem estacionados no

local. Colocaram também duas placas verticais, uma a proibir e outra a autorizar o

estacionamento depois da grade. Nunca vi que estivesse obstruída esta entrada e

sempre foi utilizada por todos os tipos de carros. Uma obra desnecessária, mas não

afetou grandemente o estacionamento. ----------------------------------------------------------

----- Passado cerca de um mês, dia catorze de Julho, pelas vinte e duas horas,

apareceu uma equipa, dizendo ser da Câmara Municipal, não da Junta,

acompanhada da Polícia Municipal, que vinha equipada com um carro reboque, para

executarem a pintura de uma linha amarela paralela, nos dois passeios, na

continuação da grade já referida até ao fim, ou início da Rua José Marinho, numa

extensão de quarenta a cinquenta metros. ------------------------------------------------------

----- Os moradores dos prédios catorze, dezasseis e dezoito da Rua Professor Santos

Lucas, cujas traseiras destes prédios dão para a Rua José Marinho, não foram

avisados, nem foram colocadas sinalização antecipada que iriam efetuar estes

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trabalhos. Por isso traziam o reboque, para retirarem os carros que estavam bem

estacionados, iriam cometer um crime grave de mexerem na propriedade alheia sem

autorização, poderiam provocar avarias, que a Câmara teria que pagar, ou melhor,

os munícipes. Fizeram tal barulho, que os moradores vieram a rua, aquela hora ver o

que se passava, e depois de algum falatório, os proprietários dos veículos, atendendo

ao pedido e uma vez que eram trabalhadores mandados, por quem cobardemente não

apareceu, e ainda porque a quantidade de carros ali estacionados, quatro, eram

daqueles moradores ali presentes, foram retirados. Fizeram o serviço e a Polícia

informou, que o único que não podia procurar estacionamento, uma vez que era uma

senhora que estava em pijama, a Polícia informou-a de que podia ali estacionar que

eles não a autuariam. ------------------------------------------------------------------------------

----- Não sabiam quem tinha feito este despacho, nem técnico responsável, nem qual o

departamento da Câmara que o tinha emitido. Apenas foram mandados fazer e

recusaram dizer a que empresa pertenciam, vinham era cobertos com a Polícia,

possivelmente paga pela empresa. ---------------------------------------------------------------

----- Caricata esta operação. Proibir o estacionamento num dos passeios, quando

existe um sinal vertical, no início da proibição horizontal que o permite. Até parece

anedota, se não fosse real, mas lá continua o sinal vertical a permitir. --------------------

----- Quando da construção dos prédios catorze e dezasseis, estes tiveram que pagar

na altura das licenças uma sobretaxa, uma vez que não podiam construir garagens

porque estes edifícios tinham que ser vazados para permitir a passagem de peões

para a zona verde a preservar, que era a Quinta. Garagens, que a ser construídas

obrigaria a uma estrutura totalmente diferente da autorizada e a entrar no domínio

da Câmara, e ainda porque o promotor, uma cooperativa de habitação económica,

iria ultrapassar os valores de construção social a que estava obrigada. Pagaram os

estacionamentos para puderem estacionar à superfície, e agora vem a Câmara e

retira estes, e logo nos dois sentidos. ------------------------------------------------------------

----- Felizmente que esta operação da Câmara, efetuada sem dar a cara, às vinte e

duas horas, não foi feita durante o dia e uma semana antes, porque se tivesse sido

feita nessa altura, teria que rebocar, não quatro, mas dezenas de viaturas que

estavam bem estacionadas, e digo felizmente, porque finalmente derrubaram os

barracões dos Móveis do Norte, existentes num terreno municipal e efetuaram a sua

terraplanagem, e uma vez que este terreno está mais próximo do hospital, estes

funcionários passaram a estacionar lá os carros, ficando assim a Rua Santos Lucas e

José Marinho mais aliviadas e por isso, digo mais uma vez, foi uma despesa

desnecessária que os munícipes vão pagar, para além de demonstrarem uma

descoordenação, dos departamentos da Câmara e da Junta. --------------------------------

----- Pergunta-se que departamento da Câmara despachou esta proibição, sem dar

conhecimento público, desrespeitando os moradores que pagaram uma sobretaxa

para poder estacionar à superfície? Quem é que solicitou esta proibição? E que

argumentos utilizou? Em cerca de trinta anos nunca houve problemas de circulação

na José Marinho, veículos pesados com contentores para resíduos de obras lá

circulam, a entrada para a Quinta nunca teve problemas, que eu visse e que muitos

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moradores o vissem. Se foi a Quinta, que argumento utilizou? Máquinas agrícolas,

não as tem, os terrenos não são lavrados há mais de quinze anos, não aparece

animais há mais de trinta e a única atividade que tem é cortar a relva, uma vez por

ano, uma simples máquina de trator que julgo ser alugado e que circula na via

pública como qualquer veículo e nunca vi que tivessem qualquer dificuldade em

entrar. Já os taludes e as bordaduras que dizem ser deles, ficam cheias de ervas

secas, onde os sacos de plástico vão ficando e o lixo se acumula. --------------------------

----- Porquê esta proibição nos dois lados da rua? Os veículos ligeiros dos senhores

da Quinta, circulam livremente e diariamente e mais do que uma vez por dia,

entrando em sentido proibido na Rua Professor Santos Lucas. Isso não os incomoda?

Para quando é que o estacionamento na Rua Santos Lucas é implementado como

deve ser? Continuamos a sofrer a poluição dos gases CO2 dos camiões frigoríficos

que ficam estacionados, por vezes mais de vinte minutos, a trabalhar acelerados à

espera que os outros saiam da descarga do Super, existente no final da rua, que por

sua vez saem de marcha atrás em mais de duzentos e cinquenta metros, para os

outros poderem avançar, mas agora em sentido proibido. Há poluição sonora e dos

gases, juntam a das buzinas a ar que utilizam para avisar que já estão à espera. Não

têm telemóvel. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Este problema dos estacionamentos na Santos Lucas já foi discutido em reuniões

abertas, promovidas pela Junta e CML nas sessões descentralizadas, e o que ficou

dito, era um estacionamento totalmente diferente do que estão a fazer. Na José

Marinho, não haveria proibições, ficaria em princípio um só sentido Norte/Sul, que

agora proibiram nos cinquenta metros, ou seja, em um quarto da rua nos dois lados. --

----- Porque não colocam parquímetros, como fez a Junta de Carnide? Porque não

são ouvidos os moradores das ruas? Para que servem? Só para votar e pagar as

taxas de IMI, que tem como zona classificada de coeficiente excecional, como nos é

debitado, mas que tem lixo por todos os lados, maus cheiros dos esgotos, ratazanas

aos montes, poluição de toda a espécie e qualidade e estacionamentos caóticos, onde

os acidentes são frequentes. Não, em democracia merecemos muito mais do que votar

e pagar. Não nos façam cidadãos de segunda ou terceira, mas pagamos como de

primeira. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhora Presidente da Junta, para que serviram aquelas reuniões? Cheias de

cerimónias, só para impressionar os eleitores de que eram úteis, para colaborarem

na resolução da zona onde habitam e lhes darem os votos? Estão a fazer

precisamente o contrário do que ficou decidido nessa reunião. Foi uma tarde de

trabalho que perdeu e fez perder à sua equipe e roubou tempo aos moradores, que em

bom número apareceram e que sentem agora que foram utilizados, desprezando-os. ---

-----Aos senhores técnicos da CML, que põem e dispõem como entendem sem ouvir

outros que no terreno, podem ter sugestões que podem poupar-lhes muitas horas de

trabalho. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Como técnico, ainda que reformado, fico ao dispor para em dez minutos expor a

minha ideia, de como resolver este estacionamento selvagem e poderem ordena-lo

sem grandes custos para a CML. São pequenas alterações a fazer, os senhores

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empreiteiros não gostam delas, querem as que metam muitas modificações e obras de

alvenaria, por vezes faraónicas, mas o orçamento da CML agradece. ---------------------

----- Eu termino, digamos assim, com aquilo que está aqui, porque já trazia os

elementos para entregar à mesa e à Câmara Municipal e à Junta de Freguesia de

Benfica, porque vi agora num jornal daqui de Lisboa de que vai ser construída uma

rotunda, no princípio da estrada dos Arneiros com a Rua da República. Uma rotunda

que vai custar muito, mas mesmo muito, à Câmara Municipal e a todos os munícipes

e que é desnecessária, e digo que é desnecessária porque dois tipos de sinais

luminosos, permite perfeitamente resolver este problema da circulação. ------------------

----- Eu aqui deixo também indicado, os meus contactos e se me quiserem contactar

para qualquer reunião, eu estou sempre disponível, uma vez que já não trabalho. ------

----- Os meus agradecimentos Senhora Presidente.”------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Os elementos que vai deixar, a Mesa irá analisá-los e tentar obter os

esclarecimentos que pediu.” -----------------------------------------------------------------------

----------------------------- PERÍODO DA ORDEM DO DIA -------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Foi feito um aditamento à Ordem de Trabalhos. Como se recordam, no final da

reunião de quinta-feira ficou decidido que a proposta de alteração do plano de

pormenor do Eixo Urbano Luz/Benfica, que tem a ver com a Proposta 205 e com a

Proposta 314, seria votada hoje e que no intervalo entre as duas reuniões a Mesa iria

fazer diligências para verificar e garantir que os novos elementos entregues pela

Câmara estavam todos conformes e sem incongruências. ------------------------------------

----- Essas diligências foram feitas, foi feito um despacho que está no site e que foi

enviado a todos os Senhores Vereadores com a identificação das diligências feitas. Os

documentos estão todos conformes e, portanto, no que diz respeito à verificação de

documentos, a Mesa considera que as propostas estão em condições de ser votadas e a

proposta que eu vos queria fazer era uma alteração na sequência da nossa Ordem de

Trabalhos para que este ponto, que seria o último da reunião de hoje, porque só foi

aditado no fim da sessão de quinta-feira, que pudesse ser o primeiro ponto da reunião

porque é uma simples votação. As intervenções já estão feitas e, além disso, ele tem

que ser apreciado antes de uma das propostas que está agendada também para hoje. ----

----- A Mesa vai pôr à consideração a possibilidade de alterarmos a sequência da

Ordem de Trabalhos, colocando este aditamento já no princípio dos nossos trabalhos

de hoje. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Seguidamente, submeteu à votação a apreciação do ponto 18 em primeiro

lugar na presente reunião, tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria,

com votos a favor de PS, PSD, PCP, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6 IND e

abstenções de BE. -----------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 18 - VOTAÇÃO DA PROPOSTA Nº 205/2014 COM AS

ALTERAÇÕES DECORRENTES DA PROPOSTA Nº 314/2014 –

ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR DO EIXO URBANO LUZ-

BENFICA. ------------------------------------------------------------------------------------------

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----- (Os documentos relativos a este assunto encontram-se anexados à Ata nº 38, de

24 de julho de 2014, e dela fazem parte integrante) -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente submeteu à votação a Proposta nº 205/CM/2014, com as

alterações de correntes da Proposta nº 314/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PNPN e 6IND, votos contra de BE,

PEV e PAN e abstenções de PSD, PCP, CDS-PP e MPT) -----------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A proposta foi aprovada, o que significa que a proposta que vamos discutir mais

adiante, Proposta 348, está em condições de ser apreciada. É uma hasta pública sobre

um terreno que estava dependente da aprovação desta proposta. ----------------------------

----- O Grupo Municipal do PSD apresentou posteriormente a seguinte declaração de

voto por escrito: ------------------------------------------------------------------------------------

----- “O Grupo de Lista do PPD/PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, apresenta

a seguinte Declaração relativamente ao Voto de Abstenção na Proposta n.° 314/2014

submetida pela Câmara Municipal de Lisboa à Assembleia na sessão de 29 de Julho

de 2014, para Alteração à Proposta n.° 205/2014 da versão final da Alteração do

Plano de Pormenor do Eixo Urbano Luz Benfica. ---------------------------------------------

----- 1. Este Plano de Pormenor tem sofrido relevantes e sucessivas alterações, o que

não abona da qualidade da respetiva conceção e execução.---------------------------------

----- 2. Esta mesma versão veio à Assembleia Municipal eivada de erros e

contradições, onde avulta a especificação de o respetivo Lote 40 se destinar à

alienação a favor da ampliação do Hospital de propriedade privada que confronta a

Norte com esse Lote. -------------------------------------------------------------------------------

----- 3. As Comissões especializadas da Assembleia Municipal emitiram entretanto

Recomendação para a suspensão parcial desse Plano de Pormenor no que respeita a

acessos viários da maior relevância para a integridade desse instrumento

urbanístico. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- 4. A própria Assembleia Municipal viu-se impossibilitada de proceder à votação

desse Plano de Pormenor, na sessão de 24JUL de 2014 data da sua apresentação,

apreciação e discussão em Plenário, de tal monta se verificou serem os erros e

contradições ínsitos nas suas peças escritas e desenhadas, tendo a votação de ser

adiada para 29JUL de 2014, para permitir à Câmara proceder entretanto a correção

das mais flagrantes incorreções. -----------------------------------------------------------------

----- 5. Continua a verificar-se porém, a necessidade de dotar a área de instrumento

urbanístico que permita o seu desenvolvimento harmonioso e ponha fim a importantes

indefinições que claramente prejudicam a cidade e os cidadãos. ---------------------------

----- 6. Ademais, sem a aprovação deste Plano de Pormenor, parcialmente corrigido

que fosse, tomava-se impossível a aplicação dos termos da Proposta n.° 348/2014,

apreciada, discutida e votada na mesma sessão da Assembleia Municipal e que a

Câmara reputou essencial para o cumprimento dos objetivos traçados no Orçamento

e Grandes Opções do Plano de 2014 e reabastecimento dos seus depauperados

cofres. -------------------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Voto de Abstenção representa assim o reconhecimento da necessidade e

urgência de existência de um Plano de Pormenor para a zona em contraste com a

constatação das graves insuficiências do Plano produzido.” --------------------------------

----- PONTO 1 – PROPOSTA Nº 221/CM/2014 - APRECIAR A PROPOSTA

221/CM/2014 – PROGRAMA DE AÇÃO TERRITORIAL PARA A COLINA

DE SANTANA E AS PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO E RECOMENDAÇÕES

PROPOSTAS PELA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA COLINA DE

SANTANA, AO ABRIGO DO ARTIGO 121º DO DECRETO -LEI N.º 380/99,

DE 22 DE SETEMBRO, ALTERADO PELO DL N.º 46/2009, DE 20 DE

FEVEREIRO, BEM COMO DOS N.ºS 1, ALÍNEA H) E 2, ALÍNEA K) DO

ARTIGO 25º DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,

PUBLICADO EM ANEXO I À LEI 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, DA

DELIBERAÇÃO 65/AM/2014 PUBLICADA NO BM Nº 1050, 2º

SUPLEMENTO, 3.4.2014 E DO ARTIGO 71º, Nº 3 DO REGIMENTO, 2

VEZES A GRELHA BASE (68M). PARECER E PROPOSTAS DA COMISSÃO

DE ACOMPANHAMENTO DA COLINA DE SANTANA. ----------------------------- ----- (A Proposta nº 221/CM/2014 fica anexada à presente Ata como Anexo I e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- (O Relatório e Parecer da Comissão de Acompanhamento da Colina de

Santana sobre a Proposta 221/CM/2014 - Programa de Ação Territorial da Colina de

Santana, fica anexado à presente Ata como Anexo II e dela faz parte integrante) --------

----- (A Proposta de Alteração do ponto 1.3 da Proposta 221/CM/2014 Objetivos

do Programa de Ação Territorial da Colina de Santana, fica anexado à presente Ata

como Anexo III e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Esta proposta tem uma série de pontos. Um deles, o ponto 1.3, que é sobre os

objetivos do PAT. Conforme estão recordados, a deliberação da Assembleia sobre

esta matéria solicitava que esses objetivos fossem apreciados pela Assembleia

Municipal e é nesse contexto que esta proposta vem à Assembleia Municipal. -----------

----- A Mesa fez baixar esta proposta à Comissão de Acompanhamento da Colina de

Santana, que fez o seu trabalho de casa e apresenta uma proposta de alteração à

proposta 221 apresentada pela Câmara. A proposta de alteração retoma o que estava

anteriormente definido na deliberação 65 da Assembleia Municipal no que diz

respeito a esta matéria de objetivos. A apresentação da proposta, uma vez que sou a

Presidente da Comissão da Colina de Santana, posso fazê-la eu com simplicidade. -----

----- O trabalho em Comissão teve dois objetivos: repor na deliberação da Câmara, na

parte que diz respeito à competência da Assembleia, aquilo que a Assembleia já tinha

aprovado na deliberação 65; recomendar à Câmara, na parte da proposta que não é

competência da Assembleia, as mesmas coisas que já tinha recomendado na

deliberação 65. Não há matéria nova nestas alterações propostas pela Comissão, nem

há matéria nova na recomendação, trata-se apenas de reconduzir este tema àquilo que

a Assembleia já tinha decidido.”------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP): ------------------------

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----- “O tema é a urbanização da Colina de Santana e como nós já vimos dizendo ao

longo do tempo, tem sido centrada na proposta que não deixa de estar ainda na Mesa,

ainda que menos aparente, de utilizar os espaços dos atuais hospitais, que seriam

desativados, usá-los para um projeto de urbanização que seria suporte das alterações

básicas da Colina de Santana. ---------------------------------------------------------------------

----- O que devemos dizer em primeiro lugar é que quanto mais tempo passa mais

claro se torna que não há nenhuma substituição dos hospitais a encerrar por um novo

Hospital Oriental. As informações são cada vez mais precisas e encaminham-se

claramente, como nós tínhamos aqui afirmado e de certo modo subscrito a opinião do

Presidente da ARS de Lisboa, que seria criado o Hospital Oriental, um hospital local,

500 camas essencialmente para a população daquela zona e não a substituição dos

atuais hospitais que estão no Centro Hospitalar Central de Lisboa. -------------------------

----- Esta é uma questão que continua a não estar claramente definida e, como tal,

todas as conceções e decisões que nós aqui na Assembleia venhamos a tomar e na

Câmara são sempre centradas num projeto não definido como definitivo. Logo, se

decidirmos de uma maneira e particularmente contando com a desativação dos

hospitais estamos a criar política de facto consumado mesmo antes daqueles que

deviam decidir sobre se os hospitais ficam ou não ficam. ------------------------------------

----- Ainda agora, recentemente, mais uma notícia que põe em causa este projeto de

inter-substituição. Não há inter-substituição, primeira grande conclusão. -----------------

----- Segunda grande conclusão que se começa a afirmar, penso que aos olhos de

todos, porque aos nossos já estava claro, é a afirmação de que os hospitais como estão

e incluindo não só os da Colina de Santana, como os outros que lhe estão associados,

particularmente Curry Cabral e Dona Estefânia e a própria MAC, fazem parte de um

conjunto hospitalar atual que está, independente da sua aparência, está no essencial

modernizado e tem condições para responder às necessidades dos lisboetas, da

população de referência de Lisboa e de toda a margem sul, incluindo o sul de Portugal

em algumas especialidades. -----------------------------------------------------------------------

----- Continuamos a achar que não valorizar o património que já temos, não só

construído em matéria hospitalar, mas o património de conhecimento, das equipas, da

organização, é um desperdício. Não há nenhuma razão técnica ou científica que

justifique esta transmutação destes hospitais por um grande hospital, que cada vez

mais não existe possibilidade de concretizar. ---------------------------------------------------

----- Toda a atitude intermédia de dizer que não se faz nada na Colina de Santana ou

não se destrói nenhum dos hospitais enquanto o outro não estiver construído é uma

tese sem fundamento. Além do mais, se ela fosse verdade, diria que a partir do

momento em que ela é consagrada a destruição dos hospitais é inevitável. São

equipamentos que necessitam de investimento permanente e de renovação não só

técnica e tecnológica, mas até de equipamento pesado, e por isso se decidirem que

eles vão morrer, já estão morrendo no momento em que se decide que vai morrer. ------

----- Podem dizer que vai ser substituído por um novo hospital, mas não. Morre

naquele dia. Se têm dúvidas, vejam como está morrendo a nossa própria MAC, que

tem só a ameaça de morte mas o investimento, a manutenção, já está a acontecer. ------

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----- Nesse sentido, achamos que a Comissão sobre a Colina de Santana tem feito um

esforço significativo no sentido de, cada vez mais, valorizar os hospitais que temos e

não aceitar de ânimo leve a sua desativação, mas é ainda insuficiente. É um passo, nós

valorizamo-lo e, por isso, nas boas sugestões que há na recomendação e na proposta

da Comissão da Colina de Santana nós votaremos a favor. ----------------------------------

----- No essencial não invalida que sejamos contra e sempre que há evocações não

expressas ou subtis à desativação dos hospitais para avançar essa proposta, nós somos

contra. É nesse sentido que vamos propor à Mesa que seja votado, quer a

recomendação, quer a proposta, ponto a ponto.” -----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa já estava preparada para essa eventualidade e assim iremos fazer. Só

pergunto se são todos os pontos em separado ou se alguns podem ser em conjunto.” ---

----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE): --------------------------------

----- “Gostaria de anunciar a esta Assembleia, à Mesa e à Senhora Presidente a entrega

pelo BE de um requerimento que versa sobre salários em atraso. É se a Câmara

Municipal está em condições de garantir, tal como o afirmado pelo Vereador Duarte

Cordeiro, que até ao fim do mês todos os salários em atraso serão pagos. -----------------

----- O debate em torno do futuro da Colina de Santana despertou paixões e envolveu

a cidade. Trata-se de um espaço emblemático, dotado de características arquitetónicas

e paisagísticas únicas e que merece a maior preservação e valorização. A mais que

evidente pressão urbanística, consubstanciada na elaboração de propostas de

operações urbanísticas de larga escala, motivou acesa oposição e debate por parte da

sociedade civil. --------------------------------------------------------------------------------------

----- O processo da Colina de Santana evidenciou as piores práticas da gestão do

Executivo António Costa e Manuel Salgado, cedência aos interesses imobiliários da

ESTAMO sem salvaguarda da garantia da manutenção dos serviços hospitalares no

centro da Cidade de Lisboa. Até à intervenção da Assembleia Municipal de Lisboa de

promover um debate alargado, todo o processo foi intencionalmente acelerado para

que o negócio se concretizasse nas costas dos lisboetas. --------------------------------------

----- Na discussão tida na Assembleia Municipal de Lisboa que culminou na

suspensão dos pedidos de informação prévia dos loteamentos defendemos que o

debate e a participação deviam ser alargados às soluções de futuro a adotar neste

território da cidade. Mantemos essa posição porque entendemos que o planeamento da

cidade deve ser feito com a participação das pessoas e não nas suas costas. --------------

----- O Bloco de Esquerda advogou e advoga que o futuro do ordenamento urbanístico

da Colina de Santana passe pela elaboração de planos municipais de ordenamento do

território, PUs e PPs, e não pela figura do Plano de Ação Territorial aqui proposta. Só

a elaboração e adequação dos PUs e PPs acautela de forma suficiente não só um

correto e adequado desenvolvimento urbano desse território, mas também a mais

ampla participação da cidade na ampla definição das políticas para esse território. Por

isso já não acompanhámos a maioria aqui nesta Assembleia no momento da

aprovação da deliberação 65/2014, que aprovou um conjunto de medidas e

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recomendações à Câmara Municipal de Lisboa a respeito do Programa de Ação

Territorial Para a Colina de Santana. -------------------------------------------------------------

----- Sucede que nem todas as recomendações mereceram eco na deliberação

221/2014 e na deliberação 172/2014, subscritas pelo Vereador Manuel Salgado e

aprovadas pela Câmara Municipal. A provar esse facto estão as propostas de alteração

e de recomendação elaboradas pela Comissão de Acompanhamento da Colina de

Santana. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Destacamos, por exemplo, a não consagração inequívoca, quer nas deliberações

camarárias, quer na proposta de alteração, das instalações do Museu de Arte Outsider

no Hospital Miguel Bombarda, espaço adequado e indicado para o efeito. ----------------

----- Esta proposta de Plano de Ação Territorial, ainda que considerando a eventual

aprovação das alterações e recomendações propostas pela Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana afigura-se insuficiente para proteção dos

interesses arquitetónicos, urbanísticos e paisagísticos, culturais e ambientais em causa.

Acresce ainda que na medida em que se afasta da deliberação 65/2014, a proposta

contida na deliberação 221/2014 e na deliberação 172 constitui uma clara afronta a

esta Assembleia e ao trabalho desenvolvido por esta Assembleia a respeito da Colina

de Santana.”------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ------------------------------------------------------------------------

----- “Só para que fique claro, porque o Senhor Deputado Municipal fez referência à

proposta 221 e à proposta 172 da Câmara, mas a proposta 172 foi retirada e

substituída pela 221. A 172 não tem neste momento qualquer existência para efeitos

deste debate, é apenas a 221 que está em causa, a última versão enviada pela Câmara.”

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV): -------------------------

----- “ Relativamente à proposta nº 221/2014 sobre o Programa de Ação Territorial

para a Colina de Santana, é importante que voltemos a recordar que em Julho de 2013

foram apresentados pela ESTAMO, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa

e os arquitetos responsáveis, projetos correspondentes aos quatro Pedidos de

Informação Prévia para aferir a viabilidade da realização das operações de loteamento

naquela zona. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Apenas no seguimento da pressão e da contestação por parte da população, e por

nos encontrarmos em período pré eleitoral, surgiu o debate público ocorrido nesta

Assembleia Municipal, apesar de, nessa altura, todos terem passado a ser da opinião

que era muito importante fazer este debate. Se acreditassem verdadeiramente nisso,

tê-lo-iam feito antes, sem querer apressar o processo e sem excluir quem devia ser

ouvido. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Entretanto, iniciou-se o debate e houve um traço comum a todas as sessões: a

esmagadora maioria das opiniões foi nitidamente contra a proposta do executivo de

aprovação dos PIP’s dos loteamentos na Colina de Santana, tendo em conta

principalmente os seguintes aspetos: a população estar contra o encerramento de

unidades de saúde fundamentais, a alienação de património e os usos previstos para

aquela zona, assim como a forma como todo o processo foi conduzido. ------------------

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----- Importa ainda referir que esta Assembleia aprovou as conclusões deste debate

sem que incluíssem as opiniões e críticas tecidas. Ou seja, a proposta final não refletiu

nem valorizou a opinião do público, que foi claramente contra o encerramento dos

hospitais. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Sobre a proposta nº 221/2014 referente ao Programa de Ação Territorial para a

Colina de Santana, que agora discutimos, esta apresenta diversas omissões e

desconformidades, sendo caso para perguntar onde ficou entretanto a tal importância

do debate temático, uma vez que a Câmara omite o que aqui foi dito e concluído na

deliberação da AML. ------------------------------------------------------------------------------

----- Além disso, «Os Verdes» voltam a referir que estão contra este programa que

defende a desativação dos hospitais, mesmo que seja apenas após a entrada em

funcionamento do Hospital de Todos-os-Santos que sabemos não vai resolver os

problemas dos utentes dos Hospitais da Colina, nem vai poder receber todas as

pessoas que são atualmente atendidas no Centro Hospitalar Lisboa Central. -------------

----- De facto, ainda ontem saiu uma notícia nesse sentido, pois estando previstas 800

camas, como vai o futuro hospital dar resposta às 1600 que hoje existem? Logo,

encerrar os atuais hospitais vai agravar ainda mais os problemas e vai ser mais um

duro golpe contra o SNS. -------------------------------------------------------------------------

----- Parece que tanto se discutiu para, no final, prevalecer a proposta do PS e do

Governo, que se baseia num programa cujo ponto de partida é o encerramento de

hospitais, para que os equipamentos existentes na Colina de Santana sejam objeto de

especulação, ignorando por completo as reais necessidades dos utentes daquela zona,

e o executivo municipal está a ser conivente e a pactuar com esta pretensão, o que nos

parece inadmissível, porque enquanto se deixa a população sem acesso à saúde,

criam-se oportunidades de negócio para o governo e os privados. -------------------------

----- Na opinião do PEV não pode ser dado mais nenhum passo no sentido da

destruição do direito ao acesso à saúde e da qualidade de vida da população. ------------

----- Defendemos naturalmente a reabilitação e a requalificação da Colina de Santana,

defendemos melhores condições de acesso, defendemos a necessidade de proteção,

preservação e valorização do património, defendemos a criação de unidades de

cuidados de saúde de proximidade e concordamos obviamente com a proposta de

tornar aquela zona mais sustentável, melhorando o ambiente e a qualidade de vida das

pessoas. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Entendemos ainda que a AML, que tem uma comissão de Acompanhamento da

Colina de Santana tem de acompanhar de perto este processo, devendo ser-lhe dada

toda a informação referente a esta matéria. ----------------------------------------------------

----- E, por último, há uma questão que será certamente a mais importante, mas que

ainda não foi respondida e que parece não incomodar o executivo municipal, que é o

facto de não ter sido apresentada uma razão séria, fundamentada e sustentável para

que os Hospitais Civis da Colina de Santana tenham de encerrar.” -------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Recordo ao PEV que vamos apreciar não só a proposta da Câmara, mas também

a proposta da Comissão. A proposta da Comissão é uma proposta de alteração e,

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portanto, será posta à votação em primeiro lugar. Se for aprovada a alteração, depois

já não votamos a proposta. É esta a lógica que a Mesa está a seguir.” ----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN): ------------------------------

----- “Estamos aqui a discutir a proposta 221 e também um parecer da Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana. Eu iria começar pela proposta 221 e

sinceramente acho que esta proposta não faz jus ao trabalho que foi feito durante o

debate. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tal como já tinha dado notas quando apareceu a primeira, a 172, acho que não

leva a sério o trabalho que aqui foi feito. Nessa medida, eu serei muito sintético e direi

apenas que a proposta 221 apenas pode ser reprovada e não necessária de mais

comentários do que aqueles durante o debate da Colina de Santana. -----------------------

----- Apenas gostaria de referir, tal como já foi referido atrás, que cada vez fica mais

evidente que o fecho dos hospitais da Colina de Santana, da forma como está a ser

feito, é um erro. Cada dia o Hospital de Todos os Santos muda de número de camas e

aquilo que sabemos é que à medida que vão crescendo as camas no sector público vão

aumentando as camas no sector privado. Isto é aquilo que nós podemos constatar e

ainda hoje teremos oportunidade de falar outra vez sobre esse assunto a propósito do

lote do RSB. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Para fechar hospitais na Colina de Santana somos todos aparentemente muito

ligeiros e para aprovar também hospitais no privado. As duas coisas, obviamente, só

não as vê em conjunto quem não quer ver, mas têm um significado profundo, que é

deixar cada vez mais desprotegido quem mais precisa. ---------------------------------------

----- Quanto àquilo que foi decidido ser feito pela Comissão de Acompanhamento da

Colina de Santana, que é fazer uma recomendação com duas valências, uma valência

de quase obrigatoriedade e uma valência opcional, nós só podemos abster-nos,

embora achemos que esse propósito vai contra o espírito daquilo que foi aprovado

durante a proposta da Assembleia. Quando nós aprovámos os pontos que aprovámos

não aprovámos pontos de primeira e de segunda, que é aquilo que agora se irá

concretizar. Há pontos em que a Câmara pode ou não cumprir e outros pontos que a

Câmara deverá cumprir. Para nós todos deveriam ser para cumprir.” ----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Victor Gonçalves (PSD): ---------------------------

----- “A Colina de Santana, graças à intervenção da Assembleia Municipal,

principalmente da sua Presidente, teve uma ampla discussão e passou para as páginas

dos jornais, passou para a ordem do dia na Cidade de Lisboa como uma das grandes

preocupações e por várias razões. Pelas razões diretamente ligadas ao problema da

rede hospitalar, como aqui já foi referido pelo Senhor Deputado Municipal Carlos

Santos Silva, pelas razões derivadas à problemática das acessibilidades a esta colina, à

problemática da reabilitação desta colina, pelas razões dos PIPs que entretanto foram

apresentados tendo em vista a utilização dos espaços dos hospitais que já estavam

encerrados, ou que estariam em vias de encerrar. São várias razões que levaram a que

esta discussão se generalizasse e tivesse alguma emoção durante os cinco debates que

aqui tiveram lugar na Assembleia Municipal. --------------------------------------------------

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----- Agora chegámos àquilo que foi a conclusão da Assembleia Municipal através da

proposta que aprovou, em que apresentava um conjunto largo de reivindicações que a

proposta 221, que foi presente à Assembleia, não contemplava de todo. Isto levou a

que a Comissão de Acompanhamento tivesse que introduzir algumas correções que de

uma maneira geral, mais ou menos, identificam aquilo que foi aprovado pela

Assembleia Municipal com aquilo que é a proposta final 221, retificada que seja com

a proposta do grupo de trabalho. ------------------------------------------------------------------

----- Temos aqui vários problemas. Relativamente aos hospitais, é evidente que

ninguém quer que os hospitais encerrem sem que melhor solução seja encontrada.

Não é igual solução, é melhor solução. Eu não discuto qual é a melhor solução, mas

exigimos todos, para bem da saúde da população de Lisboa e não só, que seja

encontrada uma solução capaz e satisfatória que compense qualquer alteração que os

hospitais colocados na Colina de Santana venham a ter. --------------------------------------

----- Outro aspeto também muito importante é que nós estamos perante uma zona da

cidade que é talvez a mais degradada que nós temos em Lisboa. É uma zona da cidade

mais envelhecida, com maior número de prédios em ruína, com maior número de

prédios sem condições objetivas de albergar pessoas, porque faltam as casas-de-

banho, falta um conjunto enorme de situações que são absolutamente essenciais para o

mínimo de qualidade de vida. Portanto, há que ter também essa preocupação, tendo

consciência que a CML não possui meios financeiros para por si só abarcar com essa

responsabilidade. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Há prédios devolutos, há prédios que estão em ruínas, há prédios que têm que ser

recuperados. Há também falta de equipamentos da mais variada ordem, não é só

aquilo que eventualmente acontecerá com a saída dos hospitais se ela acontecer. São

equipamentos da área cultural, até equipamentos comerciais. É de facto uma colina

altamente deficitária naquilo que são os índices normais da qualidade de vida. ----------

----- Temos que atuar rapidamente no sentido de tentar minimizar todas essas

situações, como a situação da acessibilidade, a situação dos serviços de proximidade.

Tudo isso tem que ser visto. -----------------------------------------------------------------------

----- Em relação àquilo que é o grande problema, que tem a ver com a ESTAMO, que

tem a ver com o Ministério da Saúde, tem a ver com a Câmara. A Câmara não tem

competências em relação ao problema da saúde, não tem competências em termos de

abrir ou fechar hospitais, mas a Câmara tem um poder muito forte de persuasão, o

poder político que nós temos no sentido de tentar persuadir quem quer que seja, neste

caso o Estado, para que atue de forma correta na defesa dos interesses dos cidadãos de

Lisboa. É isso que estamos a fazer conscientemente, estamos a fazer intencionalmente

e com muita força. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Quer a recomendação que a Comissão de Acompanhamento produziu, quer a

prova das alterações propostas à proposta 221, são disso prova exemplar. Nós estamos

de facto a querer acompanhar este processo com o máximo rigor, com a máxima

proximidade, de forma a que os interesses da cidade sejam defendidos. -------------------

----- Serão seguramente defendidos, independentemente daquilo que eventualmente

seja a evolução. Eu acredito que para muitos será dramática a saída dos hospitais desta

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área, como aqui bem referiu o Senhor Deputado Municipal Carlos Santos Silva, ele

que conhece seguramente melhor que eu a problemática hospitalar da Colina de

Santana. Mas eu creio que haverá algum senso suficiente para que esta situação seja

resolvida em termos hospitalares sem que haja um prejuízo evidente para a saúde dos

cidadãos de Lisboa. Pelo contrário, que essa situação venha a beneficiar mesmo a

resposta a esses problemas. ------------------------------------------------------------------------

----- Nós, ao exigirmos uma unidade de cuidados continuados, ao exigirmos que haja

referências à saúde na Colina de Santana, ao exigirmos que não haja de maneira

nenhuma qualquer fecho de hospital, enquanto não houver uma alternativa válida, nós

estamos a fazer uma pressão muito grande sobre quem tem a responsabilidade de vir a

decidir estas matérias. Com certeza que não a fará de ânimo leve, porque esta pressão

é forte, é nossa e nós não podemos abdicar dela. ----------------------------------------------

----- Tenhamos consciência de que o que é fundamental neste aspeto é avançarmos

rapidamente, é constituirmos o Programa de Ação Territorial, é constituirmos o

gabinete de apoio, é agregarmos todas as instituições que possam vir a contribuir para

a resolução deste problema, é estarmos presentes nesses fóruns, de forma a que a

nossa voz e a nossa vontade seja permanentemente respeitada. São esses os votos que

eu faço.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Paulo Figueiredo (PS): ------------------------

----- “De um modo muito sucinto, em nome do Grupo Municipal do PS, para ficar

expresso em ata que nós nos revemos naquilo que foi o trabalho da Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana. Foi um trabalho produtivo de análise

comparativa daquilo que tinha sido a deliberação desta Assembleia Municipal e

daquilo que foi a proposta que a Câmara aprovou para aqui nos trazer hoje para

debate. Por isso, naturalmente, nós também nos revemos naquilo que é a proposta que

a Comissão traz a este plenário e que foi sucintamente apresentada pela Senhora

Presidente Helena Roseta. Não é mais nem menos do que aquilo que esta Assembleia

Municipal já debateu e já aprovou, não é mais nem menos do que aquilo que o Grupo

Municipal do PS também já votou nesta Assembleia. -----------------------------------------

----- Coerentemente, nós votaremos a favor da proposta que é subscrita pela Comissão

de Acompanhamento e pelos Membros da Mesa em primeiro lugar. Depois,

naturalmente, a proposta da Câmara será objeto dessas incorporações e as duas

propostas que temos em cima da mesa ficarão uma só proposta.” --------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa quer clarificar o seguinte: a Câmara apresentou uma proposta 221 com

uma série de pontos na parte deliberativa, o ponto 3 e último diz ”Remeter à

apreciação da Assembleia Municipal os objetivos propostos para o Programa de Ação

Territorial para os efeitos do ponto 1.2 da deliberação 65”. Ora, os objetivos do

Programa de Ação Territorial são exclusivamente o ponto 1.3 da proposta 221, é isso

que a proposta da Câmara pede, para a Assembleia Municipal se pronunciar sobre o

ponto 1.3 da proposta 221. ------------------------------------------------------------------------

----- Sobre os outros pontos da proposta 221 a Assembleia não tem que se pronunciar,

porque não foram remetidos para cá, não temos conhecimento deles. Fazem parte da

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mesma proposta mas são competências da Câmara e não da Assembleia. A

competência da Assembleia é o ponto 1.3, que são os objetivos e é por isso que a

proposta de alteração da Comissão é só sobre o ponto 1.3 da proposta 221.---------------

----- O que a Mesa pretende é pôr à votação a alteração ao ponto 1.3 da proposta 221.

Vamos por pontos, como foi solicitado pelo Senhor Deputado Municipal Carlos Silva

Santos. A Mesa irá apresentar por pontos no ecrã, para toda a gente perceber

exatamente o que é que estamos a votar. No final da votação, consoante o seu

resultado, veremos o que é que fazemos a seguir, mas para já temos que votar esta

alteração porque ela é relevante para o que está em causa.” ----------------------------------

----- O Senhor Vereador Duarte Cordeiro: --------------------------------------------------

----- “Era para fazer um comentário às alterações propostas pela Assembleia

Municipal de Lisboa. Em primeiro lugar referir que houve o cuidado, quanto à

proposta 221, de respeitar o espírito da deliberação da Assembleia Municipal 65/2014

e inclusivamente se anexou a mesma deliberação à proposta de Câmara 221 que foi

aprovada. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Dizer também que a redação da proposta teve na altura como intuito que não só

estivesse em consonância com as recomendações da Assembleia Municipal mas,

independentemente dessa consonância, houvesse aqui em algumas matérias um

princípio de redação mais genérico, mais abrangente, exatamente para não colidir com

competências que não são da Câmara Municipal e são da Administração Central nos

casos de algumas matérias que agora são exemplificadas, como a reorganização da

rede hospitalar, ou a garantia de que pelo menos uma unidade de cuidados

continuados continuam naquela área. -----------------------------------------------------------

----- Ou seja, preocupando-nos em anexar estes objetivos concretos, preocupando-nos

em ir ao encontro dos objetivos concretos, procurámos uma redação mais genérica,

exatamente porque as competências eram da Administração Central. ----------------------

----- Independentemente deste aspeto, que era mais numa perspetiva justificativa das

opções que a Câmara tomou no que diz respeito à proposta que levou a reunião de

Câmara e dos objetivos do PAT que aqui são propostos, obviamente que respeitamos

o que a Assembleia Municipal faz em relação a estes objetivos. ----------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Eu penso que ajuda toda a gente se estivermos a ver no ecrã o que estamos a

votar. É uma proposta de alteração do ponto 1.3 da Proposta 221. Há primeiro os

considerandos, que não se votam. O PCP fez a lista das alíneas que quer votar em

separado, mas são tantas que eu acho que é mais simples votarmos todas uma a uma. --

----- Para facilidade dos nossos trabalhos, que consoante for aprovado isto será tudo

homogeneizado, mas estão identificadas no ecrã a azul as alterações e a negro a

versão original. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Seguidamente, submeteu à votação a alínea a) do ponto 1.3 da Proposta nº

221/2014, tendo a Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -------------------

---- Submeteu à votação a alínea a1) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND, votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE -

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----- Submeteu à votação a alínea b) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

---- Submeteu à votação a alínea c) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

BE, CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND e votos contra de PCP e PEV. ------------------

---- Submeteu à votação a alínea d) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND, votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE -

---- Submeteu à votação a alínea e) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

CDS-PP, PEV, PAN, MPT, PNPN e 6IND, votos contra de PCP e abstenções de BE ---

----- Submeteu à votação a alínea f) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

---- Submeteu à votação a alínea g) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND, votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE -

----- Submeteu à votação a alínea g1) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

---- Submeteu à votação a alínea g2) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

PCP, CDS-PP, PEV, PAN, MPT, PNPN e 6IND e abstenções de BE ----------------------

----- Submeteu à votação a alínea h) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

---- Submeteu à votação a alínea i) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND, votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE -

---- Submeteu à votação a alínea i1) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND, votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE -

----- Submeteu à votação a alínea j) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

---- Submeteu à votação a alínea j1) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND, votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE -

---- Submeteu à votação a alínea k) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/CM/2014,

tendo a Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD,

CDS-PP, PAN, MPT, PNPN e 6IND, votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE -

----- Submeteu à votação a alínea k1) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

----- Submeteu à votação a alínea l) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

----- Submeteu à votação a alínea m) do ponto 1.3 da Proposta nº 221/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por unanimidade. -----------------------------------------

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----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “O ponto 2 não tem que ser votado, é para renumerar e fazer a republicação em

Boletim Municipal. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, os objetivos para o Programa de Ação Territorial da Colina de Santana

estão aprovados. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Temos que votar agora a recomendação apresentada pela Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana e que é sobre os restantes pontos da Proposta

221 que não são competência da Assembleia Municipal, mas em todo o caso a

Assembleia pode pronunciar-se sobre eles e recomendar à Câmara que tome

determinadas posições. -----------------------------------------------------------------------------

----- O PCP pediu que fosse votado separadamente o ponto 3, os pontos 4.3 e 4.4 e o

ponto 6.1. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos votar a Recomendação que a Comissão de Acompanhamento da Colina

de Santana propõe, exatamente porque foram registadas críticas à restante parte da

proposta e por isso é que está cá a recomendação, para ficar nota dessas criticasse a

recomendação for aprovada. ----------------------------------------------------------------------

----- Seguidamente, submeteu à votação a Recomendação da Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana, exceto os pontos 3, 4.3, 4.4 e 6.1, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PSD, PCP,

CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND e abstenções de BE. ----------------------------

----- Submeteu à votação o ponto 3 da Recomendação da Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana, tendo a Assembleia deliberado aprovar,

por maioria, com votos a favor de PS, PSD, CDS-PP, MPT, PAN, PNPN e 6IND,

votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE. -----------------------------------------------

----- Submeteu à votação o ponto 4.3 da Recomendação da Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana, tendo a Assembleia deliberado aprovar,

por maioria, com votos a favor de PS, PSD, CDS-PP, MPT, PAN, PNPN e 6IND,

votos contra de PCP e PEV e abstenções de BE. -----------------------------------------------

----- Submeteu à votação o ponto 4.4 da Recomendação da Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana, tendo a Assembleia deliberado aprovar,

por maioria, com votos a favor de PS, PSD, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e

6IND e abstenções de PCP e BE. -----------------------------------------------------------------

----- Submeteu à votação o ponto 6.1 da Recomendação da Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana, tendo a Assembleia deliberado aprovar,

por maioria, com votos a favor de PS, PSD, CDS-PP, MPT, PAN, PNPN e 6IND e

votos contra de PCP, BE e PEV. -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A recomendação foi aprovada com esta votação diversificada e o que será

publicado em Boletim Municipal serão os objetivos do PAT alterados pelas votações

que aqui fizemos e a recomendação à Câmara.” -----------------------------------------------

----- Quanto ao texto da recomendação, ele também está no site e por isso não o

exibimos aqui. ---------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) entregou posteriormente a

seguinte declaração de voto por escrito: ------------------------------------------------------

----- “O debate em torno do futuro da Colina de Santana despertou paixões e

envolveu a cidade. Trata-se de um espaço emblemático, dotado de características

arquitetónicas e paisagísticas únicas e que merece a maior preservação e

valorização. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A mais que evidente pressão urbanística, consubstanciada na elaboração de

propostas de operações urbanísticas de larga escala motivou acesa oposição e debate

por parte da sociedade civil. ----------------------------------------------------------------------

----- O Bloco de Esquerda advogou, e advoga, que o futuro do ordenamento

urbanístico da Colina de Santana passe pela elaboração de Planos Municipais de

Ordenamento do Território (PU’s e PP’s) e não pela figura do Programa de Ação

Territorial aqui proposta. -------------------------------------------------------------------------

----- Só a elaboração e adequação de PU’s e PP’s acautela, de forma suficiente, não

só um correto e adequado desenvolvimento urbano desse território, mas também a

mais ampla participação da cidade na definição das políticas para esse território. -----

----- Por isso, já não acompanhámos a maioria nesta Assembleia no momento da

aprovação da Deliberação n.º 65/AML/2014, que aprovou um conjunto de medidas e

recomendações à Câmara Municipal a respeito do Programa de Ação Territorial

para a Colina de Santana. -------------------------------------------------------------------------

----- Sucede que nem todas essas recomendações mereceram eco na Deliberação n.º

221/CM/2014 e na Deliberação n.º 172/CM/2014, subscritas pelo vereador Manuel

Salgado e aprovadas pela Câmara Municipal. A provar esse facto estão a Proposta

de Alteração e Proposta de Recomendação elaboradas pela Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana. -------------------------------------------------------

----- Destacamos, por exemplo, a não consagração inequívoca, quer nas deliberações

camarárias, quer na proposta de alteração, da instalação do Museu de Arte Outsider

no Hospital Miguel Bombarda, espaço adequado e indicado para o efeito. ---------------

----- Esta proposta de Plano de Ação Territorial, ainda que considerando a eventual

aprovação das alterações e recomendações propostas pela Comissão de

Acompanhamento da Colina de Santana, afigura-se insuficiente para a proteção dos

interesses arquitetónicos, urbanísticos, paisagísticos, culturais e ambientais em

causa. -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O "processo" colina de santana evidenciou as piores práticas da gestão do

executivo de António Costa e Manuel Salgado. Cedência aos interesses imobiliários

da ESTAMO sem salvaguarda da garantia de manutenção de serviços hospitalares no

centro da cidade de Lisboa. Até a intervenção da AML através da promoção de um

debate alargado, todo o processo foi intencionalmente acelerado para que o negócio

se concretizasse nas costas dos lisboetas. -------------------------------------------------------

----- Na discussão tida na AML que culminou na suspensão dos pedidos de

informação prévia dos loteamentos defendemos que o debate e a participação deviam

ser alargados às soluções de futuro a adotar neste território da cidade. Mantemos

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essa posição, porque entendemos que o planeamento da cidade deve ser feito com a

participação das pessoas e não nas suas costas. -----------------------------------------------

----- Acresce ainda que, na medida em que se afasta da Deliberação n.º

65/AML/2014, a proposta contida na Deliberação n.º 221/CM/2014 e na Deliberação

n.º 172/CM/2014, constitui uma clara afronta a esta Assembleia e ao trabalho

desenvolvido por esta Assembleia a respeito da Colina de Santana. -----------------------

----- Lisboa, 29 de Julho de 2014 ----------------------------------------------------------------

----- Os Deputados Municipais eleitos pelo Bloco de Esquerda” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN): ------------------------------

----- “Nós estávamos convencidos que iria ser feita uma votação coletiva do

documento da Comissão e posteriormente do documento da Câmara. Por essa razão

não consideramos satisfatória esta votação ponto a ponto e achamos que devia haver

uma votação coletiva do documento proposto pela Assembleia.” ---------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “O que o Senhor Deputado Municipal está a sugerir é uma votação final global

daquilo que nós aprovámos. Nós não temos isso previsto no Regimento, nem está

previsto na legislação e nunca o fizemos. Portanto, fazemos o que sempre fizemos,

votamos ponto por ponto e o resultado é o resultado das votações que acabámos de

fazer. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Gostaria de dar seguimento àquilo que propõe, porque eu também gostaria que

isso fosse assim, mas isso não está previsto. É um ponto que podemos aprofundar em

próxima alteração ao Regimento, mas neste momento não temos competência

regimental para fazer de outra maneira e tivemos que seguir aquilo que o Regimento

nos permite fazer.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 2 – PROPOSTA Nº 342/CM/2014 - APRECIAR O LANÇAMENTO

DE UMA HASTA PÚBLICA PARA A ALIENAÇÃO DE PRÉDIOS

MUNICIPAIS NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO

NA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO RJAL – REGIME JURÍDICO

DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013,

DE 12 DE SETEMBRO - APRECIAÇÃO CONJUNTA COM AS PROPOSTAS

343/CM/2014 E 346/CM/2014), 2 VEZES A GRELHA BASE (68 M) ----------------- ----- (A Proposta nº 342/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo IV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 3 – PROPOSTA Nº 343/CM/2014 - APRECIAR O LANÇAMENTO

DE UMA HASTA PÚBLICA PARA ALIENAÇÃO DE TERRENOS

MUNICIPAIS, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO

DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO RJAL – REGIME

JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI

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N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO - APRECIAÇÃO CONJUNTA COM AS

PROPOSTAS 342/CM/2014 E 346/CM/2014), 2 VEZES A GRELHA BASE (68

M). - --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 343/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo VI e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 4 – PROPOSTA Nº 346/CM/2014 - APRECIAR O LANÇAMENTO

DE UMA HASTA PÚBLICA PARA A ALIENAÇÃO DA FRAÇÃO

AUTÓNOMA, DESTINADA A SERVIÇOS, DESIGNADA PELA LETRA “M”,

CORRESPONDENTE AO 2.º ANDAR DIREITO DO PRÉDIO URBANO, EM

REGIME DE PROPRIEDADE HORIZONTAL, SITO NA RUA ÁUREA N.ºS

193 A 203, RUA DA ASSUNÇÃO N.ºS 95 A 107 E RUA DO CRUCIFIXO N.ºS

126 A 136 (EDIFÍCIO CONFEPELE), NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO

ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO RJAL

– REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM

ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO - APRECIAÇÃO

CONJUNTA COM AS PROPOSTAS 342/CM/2014 E 343/CM/2014, 2 VEZES A

GRELHA BASE (68M) -------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 346/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo VII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sérgio Azevedo (PSD): -----------------------------

----- “A minha proposta era, uma vez que os temas são conexos, pudéssemos fazer a

discussão em conjunto de todos os temas, juntando os tempos todos e depois votando

proposta a proposta:” -------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado Municipal, eu agradeço essa sugestão mas não foi assim que

nós organizámos a Ordem de Trabalhos. Calculámos que alguns pontos vão exigir

mais debate e fizemos vários pacotes. Há um primeiro pacote com as três primeiras

hastas, depois há uma discussão só da hasta do lote 40 do Plano Eixo Urbano

Luz/Benfica, depois há um pacote com todas as afetações e desafetações, há um

pacote com todos os direito de superfície e há um pacote com as expropriações, que é

só uma. -----------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Penso que simplificaria os nossos trabalhos seguir aquilo que a Mesa propôs,

porque a Primeira Comissão entendeu fazer um só parecer e temos tempo suficiente,

podemos discutir as matérias. ---------------------------------------------------------------------

----- Naturalmente que os Senhores Deputados Municipais, no tempo que dispõem,

poderão fazer a intervenção global. Nada vos impede de logo na primeira intervenção

fazerem uma intervenção global sobre todas as propostas.” ----------------------------------

----- O Senhor Presidente da Câmara: --------------------------------------------------------

----- “Só para uma rápida apresentação. ---------------------------------------------------------

----- Como é sabido, nos últimos anos o Município tem sido muito prudente, em face

das condições do mercado, na alienação do seu património. Portanto, para além de

situações essencialmente pontuais de alienação aos seus moradores de frações nos

bairros municipais, praticamente o Município não tem alienado património, salvo em

situações muito pontuais. --------------------------------------------------------------------------

----- Acontece que temos tido sinais no último ano de que, felizmente, o mercado tem

tido um novo comportamento e tem havido várias manifestações de interesse

relativamente a alguns ativos municipais. Isso significa que julgamos poder estar de

novo em condições de ter uma gestão mais inteligente dos nossos ativos. -----------------

----- Em segundo lugar convém termos a noção que em face do exigente programa de

amortização da dívida municipal e tendo em conta a trajetória que a receita corrente

tem tido e em particular a receita fiscal tem tido, é útil ao Município termos receitas

extraordinárias que possam ir em linha e satisfazer os encargos com a amortização da

dívida. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu chamo à atenção que só este ano 2014 nós iremos amortizar, entre dívida e

acordos de pagamento, 65 milhões de euros de dívida, o que coloca uma enorme

pressão sobre as finanças municipais e, portanto, é conveniente que vamos reforçando

a nossa receita também com a alienação de alguma receita extraordinária, dentro da

regra que temos no essencial seguido de que as alienações devem servir ou para

financiar despesas de investimento, ou para amortização da dívida. Neste caso a

amortização da dívida vai ser a prioridade. -----------------------------------------------------

----- Chamo também à atenção que o conjunto das hastas aqui prevê uma receita

mínima de 59 milhões de euros, o que significa aquém daquilo que vamos amortizar

em dívida este ano e menos de metade do que temos orçamentado este ano de receitas

extraordinárias provenientes da amortização do património. Estão orçamentados, de

acordo com o Orçamento aprovado por esta Assembleia Municipal, 131 milhões de

euros de receitas extraordinárias, em que uma parte já foi realizada mas muito aquém

ainda daquilo que estava orçamentado. ----------------------------------------------------------

----- Quero desde já antecipar que não é nossa intenção executar a totalidade desta

receita este ano e julgamos que o pacote que hoje temos aqui na Assembleia

Municipal será em condições normais o pacote de alienações que o Município deve

prosseguir. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Procurámos ter um pacote de alienações bastante diversificado, entre terrenos e

edificado, em diversas zonas da cidade e para diferentes tipos de uso, de forma a

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podermos diversificar os potenciais interessados relativamente à aquisição destes

imóveis. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ainda recentemente discutimos as contas municipais e os Senhores Deputados

Municipais estão bem cientes do vasto património de que o Município de Lisboa é

titular e, portanto, o peso relativo destas alienações, não obstante o seu significado,

não diminuo, mas num conjunto vasto do património municipal. ---------------------------

----- Para uma apreciação genérica era isto que eu teria a dizer, estando naturalmente

disponível para qualquer esclarecimento complementar se relativamente a algumas

das propostas em concreto houver mais alguma dúvida pertinente.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Paulo Figueiredo (PS), Relator do Parecer

da Primeira Comissão da AML: ------------------------------------------------------------------

----- “O parecer da Primeira Comissão abrange todas as propostas, as quatro referentes

às hastas públicas, as nove de domínio municipal, de afetações e desafetações, dois

direitos de superfície e uma em termos de expropriações. ------------------------------------

----- O parecer está organizado em termos de descrição daquilo que foram as

deliberações da Conferência de Representantes e da Mesa, das audições que foram

feitas ao Diretor do Departamento António Furtado, que fez uma apresentação à

Conferência de Representantes e também à Primeira Comissão, e depois vários pontos

que suscitaram mais interesse e debate no seio da Primeira Comissão e que originaram

variadíssimos pedidos de esclarecimento, que estão vertidos no relatório antes de

passarmos à parte das conclusões e recomendações. ------------------------------------------

----- A este propósito queria agradecer não só à Presidente da Assembleia Municipal

Helena Roseta, como à Presidente da Primeira Comissão Irene Lopes, a celeridade e o

trabalho que tiveram em termos de procurar as respostas da Câmara. Também tivemos

respostas céleres e atempadas por parte não só do Diretor de Departamento, mas

também dos gabinetes do Vereador Manuel Salgado e Fernando Medina a propósito

de algumas questões que foram colocadas. -----------------------------------------------------

----- Os pontos principais acabaram por andar à volta de tudo aquilo que tinha a ver

com o terreno onde está o Regimento de Sapadores Bombeiros e o Plano de

Urbanização do Eixo Luz/Benfica. Foi no seio da Primeira Comissão que começaram

por se detetar algumas incongruências que depois foram objeto de debate aqui em

plenário e na Comissão de Urbanismo e que deram origem às totais correções sobre

esta matéria.------------------------------------------------------------------------------------------

----- Depois também foram colocadas variadíssimas questões relacionadas com a

proteção do património cultural, com a reorganização do RSB, do seu dispositivo

territorial, e algumas questões mais simbólicas e simples que têm a ver com os

direitos de superfície. -------------------------------------------------------------------------------

----- A maioria destas questões teve resposta. Ainda não tivemos resposta por parte da

Câmara a propósito de um dos edifícios e eu abordarei depois essa matéria mais em

termos das conclusões e recomendações. -------------------------------------------------------

----- Gostava de deixar aqui um agradecimento a todos os Membros da Primeira

Comissão, porque as questões que foram colocando e que foram alvo de debate e de

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esclarecimentos permitiram aprofundar muito a análise destas propostas,

enriqueceram o parecer e enriqueceram o debate que nós fizemos sobre esta matéria. --

----- Passando para as conclusões de modo muito sucinto, porque quem quiser

acompanhar elas estão no parecer, nas páginas 32 a 37, também estão agrupadas nos

quatro grandes blocos que a Presidente Helena Roseta há pouco referiu e depois têm

uma conclusão final. --------------------------------------------------------------------------------

----- Começando pela alienação de bens imóveis do domínio privado municipal, assim

como todas as outras conclusões, é estabelecida sem margem para dúvidas a

competência da Assembleia Municipal para estes atos deliberativos. Ao nível de tudo

aquilo que tem a ver com as hastas públicas, é identificado e louvado o trabalho que

tem sido levado a cabo pela estrutura orgânica municipal no sentido da identificação

deste primeiro conjunto de ativos imobiliários não estratégicos suscetíveis de

alienação, o trabalho que tem sido feito de procura de valorização destes ativos em

termos de melhor uso e melhor edificabilidade, o trabalho de promoção que tem sido

realizado do património municipal no sentido eu as hastas públicas não venham a ficar

desertas e tenham interessados. -------------------------------------------------------------------

----- Daí é uma conclusão da Primeira Comissão tem fundadas expetativas, que este

trabalho que tem sido feito possa ter frutos naquilo que é o alcançar da receita

municipal para cumprir parte daquilo que está orçamentado. --------------------------------

----- Isto acabou por ser muito debatido, porque já foi suscitado aqui até no plenário

passado a propósito do Plano de Urbanização do Eixo Luz/Benfica, que há muitos

anos se registam variadíssimas verbas inscritas nos orçamentos municipais para

alienação de património e a média de resultados muitas vezes é de 5% ou 10%.

Portanto, foi um trabalho que a Primeira Comissão considerou positivo em termos da

preparação destas hastas públicas, vamos ver agora os resultados. --------------------------

----- Foi a propósito das hastas públicas que nós também temos aqui algumas

conclusões. Naturalmente que a Primeira Comissão assume que em nenhuma

circunstância durante este processo nós deveremos passar para negócios particulares

ou para ajustes diretos. São louvados nestes aspetos toda a descrição aqui colocada

daquilo que são os regulamentos para estas hastas públicas, todo o seu normativo, as

diferentes fases que configuram praticamente verdadeiros procedimentos de concurso.

----- Aquilo que a Primeira Comissão conclui é que estes princípios, por aquilo que

nos é apresentado, estão à partida assegurados, os princípios da legalidade,

transparência e igualdade de oportunidades, mas entende a Primeira Comissão que ao

longo deste processo não deveremos ter nenhum desvio a estes princípios e nenhum

negócio particular, nenhum ajuste direto, e tudo aquilo que nos é aqui apresentado

deve prosseguir em termos de processo de alienação. Se assim for, estão asseguradas

as diferentes garantias que têm sido muito debatidas e que foram muito debatidas na

Primeira Comissão. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Depois recomenda-se que a CML envie à Assembleia Municipal, com a

celeridade possível, o valor estimado para as obras de adaptação do edifício sito na

Rua do Ouro, porque essa foi uma matéria que não se obteve resposta das audições

tidas e foi uma matéria que suscitou variadíssimas dúvidas, nomeadamente por parte

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do Grupo Municipal do PCP e há uma recomendação da Primeira Comissão. Depois

tivemos nota que a colocação em hasta pública do imóvel na Rua Ferreira Borges teria

permitido a eventual saída desta hasta pública deste imóvel para ser adquirido pela

Santa Casa da Misericórdia para um equipamento social e também se solicita que a

Assembleia Municipal seja informada, sim ou não, da concretização definitiva deste

assunto. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Depois uma matéria que também foi muito colocada, recomenda-se que a

Câmara pugne pela salvaguarda dos imóveis em tudo o que tem a ver com o

património cultural e legislação complementar. ------------------------------------------------

----- Por fim, em sede de avaliação desta tramitação, que a Câmara a seu tempo

comunique à Assembleia Municipal os resultados destas hastas públicas. -----------------

----- O segundo bloco tem a ver com as alterações de imóveis. Aí também está a bem

estabelecida a competência da Assembleia Municipal, que tudo aquilo que está aqui

presente observa as disposições gerais e comuns sobre a gestão dos bens imóveis dos

domínios públicos e saúda-se o trabalho que foi feito e apresentado pelos serviços da

Câmara sobre esta matéria, porque no fundo trata-se de procurar que o cadastro

municipal tenha adesão à realidade. Todos nós achamos isso positivo, prevendo-se

que seja um primeiro lote de vários que aqui poderão aparecer no futuro. -----------------

----- Há uma última conclusão sobre esta matéria que também se saúda aqui,

nomeadamente nas propostas 355 e 356, que se interligam com o processo de

liquidação da EPUL e que podem permitir evitar problemas que se podem colocar no

futuro no âmbito deste processo de liquidação. ------------------------------------------------

----- O terceiro bloco tem a ver com a constituição dos direitos de superfície. Resultou

à evidência a necessidade imperiosa de estabelecer um novo paradigma para a

constituição de direitos de superfície. Temos tido inúmeros casos pendentes ao longo

dos anos e problemas por resolver. Saúdam-se as novas regras fixadas pela Câmara

Municipal de Lisboa a propósito desta matéria, no sentido de garantir previamente a

exequibilidade de projetos apresentados pelos superficiários mediante a comprovação

da capacidade técnica e financeira para a sua execução. --------------------------------------

----- É aqui feita uma referência parra a Proposta 365/2014, que não observa estas

novas regras mas procura resolver um problema bastante antigo com um direito de

superfície constituído em Campolide com a Liga dos Bombeiros Portugueses. Esta

proposta procura resolver esse problema há muito pendente. --------------------------------

----- O último lote tem a ver com a expropriação de parcelas de terreno para

particulares, a sua declaração por utilidade pública, cabendo essa competência à

Assembleia Municipal e a Primeira Comissão entende que se justifica do ponto de

vista do bem a alcançar, em termos das obras a concretizar, mas acima de tudo dá por

boa aquela que foi a informação prestada pelo Município, de que será algo a executar

se tal for necessário mas que poderá ao mesmo tempo também constituir previamente

uma vantagem negocial que a Câmara poderá ter com os particulares. ---------------------

----- Por fim, a última conclusão em termos de notas finais e que é a mais relevante de

todo este bloco, em especial no que tem a ver com os direitos de superfície face aos

problemas pendentes e às alterações que a Câmara fez e tudo o que tem a ver com a

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relevância das hastas públicas e da expropriação. A Primeira Comissão deliberou,

através desta conclusão, que irá continuar a acompanhar este processo relativo ao

património e para este efeito já foi deliberado que a Primeira Comissão poderá fazer

todas as diligências de acompanhamento a esta matéria, ora solicitando

esclarecimentos à Câmara, ora aguardando por aquilo que a Câmara terá depois que

fornecer, no seguimento deste relatório, ora realizando as alterações que considere

adequadas. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Termino mais uma vez agradecendo à Senhora Presidente, à Senhora Deputada

Municipal Irene Lopes e a todos os Senhores Deputados Municipais da Primeira

Comissão, porque todas as perguntas que colocaram e todos os esclarecimentos

ajudaram a este parecer. Um agradecimento especial ao Senhor Deputado Municipal

Miguel Santos, porque se ele não tivesse levantado o problema, em específico, do

plano de urbanização do Eixo Luz/Benfica, se calhar não teríamos tido oportunidade

de corrigir todas as incongruências. Valorizou o trabalho da Primeira Comissão e da

Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa também regista com agrado o grau de exigência que tem estado a ser

colocado pelas comissões nos seus pareceres e o grau de escrutínio a que são

submetidos todos os documentos que nos são enviados. --------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes do PEV chamou-me à atenção

para uma gralha na Proposta 343/2014, o anexo 3, que é o programa de concursos, no

seu ponto 1.8.2 na página 5. Diz a certa altura que “cada proposta deve ser

acompanhada de um cheque visado emitido à ordem do Município de Lisboa no

montante correspondente a 15% (10%)”. Portanto, não sabemos se é 15% ou 10% e eu

agradeço que esclareçam isso, porque não podem ser as duas coisas. ----------------------

----- Dizem-me que é 15%, então será feita a correção. Parecem coisas pequenas mas

não são e isto prova a atenção e o cuidado que todos os Senhores Deputados

Municipais põem na análise destes documentos. -----------------------------------------------

----- Feita a apresentação das conclusões dos pareceres da Primeira Comissão, vamos

passar à discussão do primeiro conjunto de propostas, a 342, a 343 e a 345. São três

hastas públicas e se algum dos Senhores Deputados Municipais quiser falar de outra

proposta pode fazê-lo desde que mencione, mas os tempos na Mesa serão retificados

se porventura estiverem também a falar de outro assunto que se prenda mais adiante.” -

----- O Senhor Deputado Municipal Victor Gonçalves (PSD): ---------------------------

----- “Eu começo por uma coisa que não será muito habitual, pelo menos em nós, que

é louvar o belíssimo trabalho desenvolvido pelo relator e pela Primeira Comissão em

relação ao parecer que aqui nos apresentou. ----------------------------------------------------

----- Embora se tenha melhorado bastante na apresentação dos relatórios, este de facto

é exemplar e quando uma coisa é muito bem feita nós temos a obrigação de a

salientar. Por isso eu dou os meus parabéns, quer ao Senhor Deputado Municipal Rui

Paulo Figueiredo, que à Senhora Deputada Irene Lopes, quer a todos os Membros da

Primeira Comissão pelo trabalho desenvolvido. -----------------------------------------------

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----- Em segundo lugar quero também louvar a forma entusiasmada e entusiasmante

como o Senhor Diretor Municipal António Furtado nos apresentou toda esta

problemática das hastas públicas. De facto, nós tínhamos um longo historial de

insucessos em termos de hastas públicas e ficámos com esperança e na expetativa

forte de que desta vez não será assim, pela forma como nos foi apresentado e pelo

cuidado com que foram feitas estas hastas públicas, pelo cuidado com que foram

escolhidas, pelo cuidado como foram feitas as avaliações. Parece que desta vez e é

curioso que só agora isso aconteça, quando esta Câmara já está em exercício há sete

anos, mas desta vez parece que as coisas estão em condições e parece que o mercado

também entende e ouve estes apelos. ------------------------------------------------------------

----- Ao contrário daquilo que é a desilusão normal do imobiliário neste País, desta

vez em Lisboa e para as hastas públicas vamos ter êxito. Eu faço votos que sim,

porque de facto é fundamental que a Câmara encontre meios de financiamento

alternativos àqueles, poucos, que atualmente tem, pelos cortes que todos nós temos

vindo a ter conhecimento. -------------------------------------------------------------------------

----- O problema do financiamento da Câmara é um problema básico e basilar e o PSD

já se comprometeu a participar e a estimular um debate generalizado sobre as formas

alternativas de encontrar financiamentos para os municípios e neste caso concreto

para a Câmara Municipal de Lisboa. Seja através do IVA, seja através de receitas

extraordinárias de outra ordem, o que nós temos de facto é que achar um caminho que

venha a dotar os municípios com aquilo que são os meios mínimos necessários para

poder cumprir as suas obrigações. ----------------------------------------------------------------

----- Quando se faz uma hasta pública e quando se põem no mercado os ativos da

Câmara nós temos que considerar que uma câmara como Lisboa não possui, como

disse o Senhor Presidente ainda há pouco, só este pequeno património cujo valor, se

for bem sucedido, atinge perto dos 60 milhões de euros. A Câmara Municipal de

Lisboa possui um vasto património e já várias vezes equacionou a hipótese de criar

um fundo de investimento em que entraria a Câmara e outras entidades e que pudesse

dotar de uma forma permanente a Câmara com meios financeiros, derivado daquilo

que é a utilização desse fundo de investimento. ------------------------------------------------

----- Não tivemos êxito, foi inconclusivo, quer a própria formação do fundo, quer a

própria concretização, e chegámos a este ponto. O que era fundamental Senhor

Presidente António Costa, não deixando de estar de acordo com esta forma, com esta

correção e com esta possibilidade de poder vir a satisfazer as necessidades mais

urgentes com estes meios de financiamento, é que o património municipal tem que ser

planeado com uma grande distância e com um grande envolvimento.----------------------

----- Não podemos dedicar-nos apenas vendermos esta parte hoje porque estamos

aflitos, vamos vender daqui a algum tempo, outra. Por muito melhor que nós

preparemos as coisas, por muito melhor que as façamos, nós temos que ter um

programa, uma ação planeada a longo prazo que envolva uma forma permanente e

correta de financiamento alternativo, financiamento extraordinário da Câmara, não

podemos ir por pequenas parcelas extraordinárias. Ainda por cima, o Senhor

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Presidente está no início do mandato, deverá programar de uma forma consistente

aquilo que é o futuro em termos de financiamentos através de receitas extraordinárias. -

----- Naturalmente, que todos desejamos que sejam alteradas as formas de

financiamento a nível nacional, mas isso não está na nossa mão. Nós não podemos

fazer de repente com que o Governo admita por exemplo que haja uma percentagem

do IVA que é posta como receita dos municípios. Nós podemos forçar, podemos lutar

por isso, podemos insistir nesse sentido, mas temos que contar apenas com os meios

que dispomos. Dispondo nós, como dispomos, de um vasto património municipal,

esse património tem que ser usado de forma planeada e organizada, virada para o

futuro e não casuisticamente neste caso ou noutro caso concreto. ---------------------------

----- Muito embora bem feito, muito embora bem medido, muito embora bem

calculado, bem avaliado, não é suficiente para resolver os problemas da Câmara.

Ainda agora o Senhor Presidente disse que o serviço da dívida leva mais do que leva

esta hasta pública se ela for bem-sucedida. -----------------------------------------------------

----- Dizendo isto, Senhor Presidente, eu só quero desejar-lhe as maiores felicidades

para que tudo seja vendido e que não só sejam atendidos os 60 milhões, mas que a

procura satisfaça uma verba muito maior, para bom uso desta Câmara Municipal.” -----

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV): --------------------------

----- “A CML procedeu à apresentação de um vasto pacote de alienação patrimonial

para deliberação nesta AML. Esta alienação tem em vista cumprir parte da meta de

receitas extraordinárias previstas no orçamento para 2014 no montante de

131.162.340,00 €. De acordo com o responsável pelo Departamento de Políticas de

Solos e Valorização Patrimonial, este primeiro pacote apresentado à AML

corresponderá a cerca de 45% do orçamentado para alienação. -----------------------------

----- Qual o critério para a escolha deste leque patrimonial e não de um outro qualquer

diferente? Segundo o mesmo responsável, a lista foi criada a partir dos denominados

‘ativos não estratégicos’ identificados pela CML. E como definiu o executivo o que

constituem ‘ativos não estratégicos’? Pura e simplesmente não definiu. Com efeito,

começa por identificá-los por não serem essenciais para o município, logo, passíveis

de cedência ou alienação. Mas depois, tanto os caracteriza por serem desvalorizáveis,

como por terem potencial de valorização. Então, qual foi o princípio seguido? É fácil

percebermos que esta contradição se deve à ausência de uma metodologia seguida

para a sua seleção. ----------------------------------------------------------------------------------

----- De entre este pacote insere-se a proposta nº 342/2014 que contempla a alienação,

por hasta pública, de um conjunto de 9 prédios dispersos com valores de mercado

entre 1 a 5 milhões de euros e que totalizam um valor base estimado de 23.750.000,00

euros. Trata-se de alguns dos imóveis que a CML pretende vender para, segundo

sustenta, compensar a perda de receitas. --------------------------------------------------------

----- Em que tipos de bens se inserem estes prédios dispersos? Integram desde imóveis

oitocentistas a edifícios com pouco mais de 10 anos de construção/reabilitação. A

alguns a CML já antes os tinha pretendido alienar, a outros tinha-se decidido por os

não ceder. --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Incluem edifício no centro da Baixa que já não vai servir para concentrar parte

dos serviços municipais acomodados em instalações hoje arrendadas, quartel e estação

da 1ª Companhia de Bombeiros e ex-esquadra do Rossio, edifício ocupado entre

outros pela Livraria Municipal e inserido na “Lista de bens imóveis de interesse

municipal e outros bens culturais imóveis da Carta Municipal de Património Edificado

e Paisagístico” abrangido por zona especial de proteção, hipotético e até hoje adiado

centro social todo equipado de novo para idosos e creche, cujas obras terminaram há

seis anos e que nunca teve qualquer uso, edifício degradado há décadas como muitos

outros na zona do Castelo de potencial valor arqueológico e 2 palácios, um deles

adquirido por expropriação litigiosa em 1969, outro adquirido pelo município em

1981, que resistiu ao Terramoto de 1755, mas já talvez não ao atual ‘terramoto’ de

alienação patrimonial. -----------------------------------------------------------------------------

----- Acresce ainda o pormenor de nem todos se encontrarem já devolutos por ainda

existirem arrendamentos, bem como o curioso facto de quase todos os espaços destes

imóveis, irem passar de uma área registada em m2, para uma área bruta de construção

que ultrapassa largamente a superfície atual, chegando quase a quintuplicar essa

metragem. Será que algum dos palácios vai, por exemplo, ser acrescido de novos

pisos? ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Daí que questionemos se conseguirá a CML, nuns casos, garantir as

acessibilidades e impedir o desvirtuamento arquitetónico do edificado, noutros,

salvaguardar a Lei do Património Cultural, mesmo que venha a permitir o integral

esvaziamento de toda a estrutura interior de algum ou alguns destes edifícios. Qual a

resposta do executivo? ----------------------------------------------------------------------------

----- Recordemos também que, há quase meia dúzia de anos atrás, havia a promessa de

transformar Lisboa na ‘capital do charme’, através da venda de 6 palácios municipais

com o objetivo de aliviar o aperto financeiro da autarquia. Mas, nem esta nem

posteriores tentativas da autarquia para endireitar as suas contas à custa da alienação

do seu património obteve qualquer sucesso. Mesmo um dos palácios (Braancamp) que

na altura a CML conseguiu vender continua ainda hoje a não ter qualquer uso

hoteleiro. No ano seguinte, a hasta pública de um outro palácio (Pancas Palha)

acabaria sendo cancelada por falta de interessados. -------------------------------------------

----- A CML parece querer voltar a induzir o ‘milagre dos peixes’, procurando vender

para o exterior nuns casos ‘lebre por gato’ e noutros dissimulando a esta AML o bom

trigo pelo meio do muito joio. --------------------------------------------------------------------

----- Trata-se, em suma, de realidades muito diversas, pelo que “Os Verdes” gostariam

de esclarecer o executivo, que estaria disponível para optar de forma diferente por

cada um destes 9 imóveis. Porém, como a votação da Proposta nº 342/2014 terá de ser

feita ‘por atacado’, é-nos impossível individualizar o nosso sentido de voto.” ------------

----- No caso da Proposta nº 343/2014 trata-se de 4 hastas públicas para a alienação de

outros tantos terrenos municipais, com valores entre 1 milhão e 750 mil euros e mais

de 4 milhões e 500 mil euros. Para dois dos casos, procura-se viabilizar a construção

de 2 edifícios com 11 pisos, para outro, a construção de 18 pisos, em ambos os casos

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três deles em subsolo, não sendo conhecido para o restante o respetivo estudo

urbanístico ou ficha de edificabilidade. ---------------------------------------------------------

----- No caso destes terrenos, as hastas públicas previstas incidem sobre dois lotes na

Avenida de Berlim por cerca de 7,8 milhões, um em Belém por pouco mais de 3,6

milhões e outro em São Domingos de Benfica por 1 milhão e 750 mil euros. Para este

conjunto o pelouro camarário espera faturar, no mínimo, um valor base de

13.200.000,00 €, assim o mercado habitacional esteja tão ativo como o executivo

gostaria. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Apesar da crise e da situação do mercado imobiliário, a venda de imóveis e

terrenos parece ser neste momento a ‘boia de salvação’ do executivo para compensar

a quebra de receitas estruturais pois, até este momento, e já estamos a meio do ano, e

de acordo com a própria vereação, o montante cobrado ficou-se por menos de 10% do

orçamentado para o ano inteiro. ------------------------------------------------------------------

----- No entanto, embora seja do conhecimento público que o mercado ‘mexe’, tal

acontece não para revitalizar o investimento na habitação, mas sim para pura

especulação transacionável. Veja-se o exemplo das hastas públicas levadas a cabo

pelo próprio Ministério das Finanças que, em anos sucessivos, têm sistematicamente

ficado desertas. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Com efeito, o executivo lisboeta está neste processo de alienações, como se

costuma dizer, de ‘esperanças’. Mas esquece-se que o passivo da CML vai ainda

sofrer um aumento mínimo superior a 150 milhões de euros, na sequência da

resolução do litígio com a Bragaparques, fora os milhões adicionais de compensação

que a empresa vai exigir. --------------------------------------------------------------------------

----- Talvez por isto e mesmo com todas estas alienações em perspetiva, o executivo já

avisou que não deixará de lado o aumento de próximos impostos municipais, como,

por exemplo, a adaptação do sistema de taxas sobre os resíduos e o saneamento. Aí

chegará a vez do munícipe ser por sua vez alienado do seu pecúlio, pois claro. ----------

----- Mais uma vez “Os Verdes” poderiam optar por sentidos de voto diferentes, caso

a cada hasta correspondesse uma proposta autónoma. Mas como a votação desta

Proposta nº 343/2014 terá também de ser feita ‘por grosso’, é-nos impossível

individualizar o nosso sentido de voto.” --------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Maria Luísa Aldim (CDS/PP): ------------------

----- “Excedentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal e restantes

Membros da Mesa, Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Senhores

Vereadores, Senhores Deputados Municipais, Caros Munícipes. ---------------------------

----- Perante a bateria de propostas que hoje serão votadas referentes à alienação de

património da Câmara Municipal de Lisboa o CDS começa por referir que na nossa

opinião o tempo concedido a esta Assembleia para análise e deliberação foi

manifestamente escasso, a constante perda de receita e a necessidade que a Câmara

Municipal tem de encaixar o produto destas vendas em hasta pública para cumprir o

orçamento deste ano leva à alienação de património não estratégico permitindo a

reabilitação por parte da cidade e libertando a Câmara de encargos e investimentos

avultados, porém conhecendo-se os edifícios e terrenos percebe-se que o espírito

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subjacente à designação do património não estratégico, não obstante recomendamos

que a Câmara seja mais explícita em relação aos seus conceitos estratégicos,

principalmente em matéria de urbanismo para que possamos futuramente fazer uma

avaliação mais clara e precisa baseados naquilo que é a visão do Executivo e não

apenas em interpretações. --------------------------------------------------------------------------

----- O CDS sabe que a situação económica da Câmara está longe de ser sólida, como

é frequentemente propagandeada pelos Socialistas e também sabemos que não é por

repetirem essa mantra muitas vezes que a situação se vai alterar, aliás, este conjunto

de propostas que aqui surgem hoje para apreciação são prova de que este Executivo

precisa urgentemente de receitas para equilibrar as contas. ----------------------------------

----- Todos sabemos que esta solução serve apenas para tapar de imediato alguns

buracos financeiros, não sendo assim qualquer solução de investimento ou mesmo

para o futuro das contas do Município, ainda assim o CDS enquanto força política

responsável e construtiva vai votar favoravelmente as propostas por acharmos que

esta forma de obter receitas é aceitável e que consubstancia uma privatização que é

saudável para a economia, pelo que reservamos as nossa críticas e oposição para

propostas que consideramos serem penalizadoras para o Município e para os seus

habitantes. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Aproveito também o tempo de intervenção para reforçar a concordância do CDS

nas conclusões apresentadas no parecer da 1ª. Comissão, especialmente quanto à

execução e procedimentos a seguir nos processos de hasta, defendendo acima de tudo

os princípios da legalidade, transparência e igualdade de oportunidades para todos os

interessados, não devendo certamente a Câmara Municipal cair na tentação de assumir

um negócio em particular ou celebrar um ajuste direto apenas para acelerar o fecho e

amealhar mais rapidamente para os cofres da Câmara Municipal, mas primando por

aquilo que está correto e que tem sido defendido pelo próprio Diretor do

Departamento, Doutor António Furtado, negociando sempre pela máxima de melhor

uso e melhor edificabilidade permitido pelo atual PDM. -------------------------------------

----- Defendemos também que a Assembleia Municipal enquanto Órgão Fiscalizador

deverá desempenhar o acompanhamento de execução global nas propostas

apresentadas pela Câmara através da metodologia a acordar ainda pela maioria, mas

que acima de tudo seja garantida a execução pelos pressupostos já referidos. ------------

----- Consideramos ainda que a colocação simultânea no mercado imobiliário de tal

quantidade de imóveis e de terrenos corre o risco de produzir alguma distorção do

mercado, pelo que recomendamos o faseamento adequado deste conjunto de

transferências de ativos. ----------------------------------------------------------------------------

----- Este compromisso já foi acolhido em sede de reunião de Câmara pelos

Vereadores Fernando Medina e pelo Vereador Salgado pelo que estaremos atentos

para que o compromisso se concretize. ----------------------------------------------------------

----- Achamos também que esta monitorização deverá ser feita também pela

Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------------------------

----- Parar terminar e como estamos em vésperas de período de férias por excelência

aproveito para me despedir desejando à maioria dos Deputados Municipais e

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Vereadores os votos de boas férias! Ao Doutor António Costa gostaria de desejar uma

boa campanha eleitoral. Muito obrigada.” ------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE): --------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Membros da Mesa, Senhores Vereadores,

Senhoras a Senhores Deputados Municipais, público presente. -----------------------------

----- Estão em discussão as propostas 342, 343, 346, 348/2014, entre outras, e em

primeiro lugar queria renovar os meus parabéns pelo excelente parecer elaborado pelo

Deputado Municipal Rui Paulo Figueiredo e a sua equipa e à 1ª. Comissão. --------------

----- Em segundo lugar realço a unanimidade de que todo este processo tem de ser

feito com transparência de modos e processos quando está em causa uma enorme

venda de património, no valor de 131 milhões de euros, que a Câmara Municipal diz

ser de absoluta necessidade para equilibrar as suas contas. Aparentemente sanada a

dúvida está lá e continua lá entre a venda da parcela do terreno municipal em causa, o

lote 40, onde se localiza o novíssimo Quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros,

que custou 12, 3 milhões de euros, agora desperdiçados com a intenção da venda de

terrenos do equipamento 16, extensão do Hospital da Luz, lote 40 e como é que este

se compatibiliza com a pretensão municipal da venda vertida na proposta 343/2014 de

alienação do lote 40 através de hasta pública e daí a necessidade, muito acentuada, na

Comissão de se criar uma Comissão de Acompanhamento que prossiga o trabalho de

como se vai concretizar toda esta venda de património com poderes acrescidos de

fiscalização efetiva, tanto mais que a Câmara Municipal de Lisboa já manifestou a sua

intenção de continuar a trilhar o mesmo caminho, ou seja, a venda do seu património. -

----- Sendo certo que o Município de Lisboa é detentor de um vasto património

imobiliário na cidade é cero que os constrangimentos financeiros do Município

impedem que esse património esteja no seu melhor estado de conservação e uso. -------

----- A dispersão territorial do património dificulta em muito a sua conveniente

sugestão, as alienações de património que nos são propostas pela sua dimensão

financeira e localização aconselhariam a um estudo prévio relativamente à totalidade

do património imobiliário do Município e as perspetivas da sus utilização. ---------------

----- De outra forma não estaremos perante decisões estratégicas para a cidade mas tão

só a uma política casuística de alienações ao sabor dos interesses momentâneos e de

premência financeira, sem este estudo, sem uma estratégia integrada aprovada a

política de alienações do património imobiliário do Município de Lisboa é uma mau

serviço à cidade e em especial às gerações futuras, assim entendemos que deve ser

elaborado previamente um estudo exaustivo sobre o património imobiliário do

Município de Lisboa onde sejam considerados entre outros os fatores de um estado de

conservação e as potencialidades do mesmo. ---------------------------------------------------

----- Temos que pôr portanto em execução uma nova política de estratégia para a

habitação e reabilitação que traga de novo as pessoas para a cidade, o trabalho e o

desenvolvimento que passa pela existência de uma bolsa significativa de habitação de

arrendamento a custos controlados, permitindo de uma forma, desta forma controlar a

especulação imobiliária de tantos jovens que estão afastados da cidade. -------------------

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----- A existência de uma bolsa de imóveis destinados a habitação social e que

permitam a integração dos seus beneficiários na cidade, não confinado a habitação

social a bairros construídos para o efeito, a existência de uma bolsa de imóveis

destinada a facilitar a instalação de empresas em especial microempresas e empresas

de iniciativa jovem e pessoas desfavorecidas que buscam o emprego. ---------------------

----- A existência de uma bolsa de imóveis, destinada à instalação de equipamentos

sociais e as ONG, a definição de localização dos serviços municipais evitando o

recurso ao mercado de arrendamento, interesse histórico e patrimonial dos imóveis,

reabilitação e dinamização do espaço urbano permitindo o seu repovoamento, evitar

dinâmicas de abandono e desertificação de pessoas e serviços.------------------------------

----- A nosso ver todas estas bolsas de imóveis para além de resposta imediata devem

possuir reservas necessárias para necessidade futuras evitando assim privações e

associações, operações de mercado imobiliário no futuro. -----------------------------------

----- Aliás, se o património imobiliário disperso do Município de Lisboa, como

reconhecemos, cria dificuldades acrescidas à sua gestão não é menos verdade que as

suas potencialidades estratégicas em função de políticas de dinamização dos espaços

urbanos são incomparavelmente superiores. ----------------------------------------------------

----- Sublinhe-se o próprio Relatório da 1ª. Comissão que evidencia e bem algumas

das preocupações com a ausência de uma política de fundo na gestão do património

imobiliário do Município, sublinhando como a recomendação 4.1.5. “Recomenda-se

que a Câmara Municipal de Lisboa envie à Assembleia Municipal com a maior

celeridade possível os seguintes elementos: o valor estimado para as obras de

adaptação dos edifícios da Rua do Ouro, 71/79, que seriam necessários para a

instalação de serviços municipais nessa morada”. O 4.1.6 “Recomenda-se ainda que a

Câmara Municipal de Lisboa pugne pela salvaguarda dos imóveis alvo das hastas

públicas em apreço que estejam abrangidos pela Lei 67/2001 de 8 de setembro, lei do

património cultural e demais legislação complementar”. -------------------------------------

----- A 1ª. Comissão percebeu ao efetuar a recomendação escrita em 4.1.5 do Parecer

a necessidade de assegurar que os serviços municipais estejam instalados em locais

estratégicos da cidade, bem como a necessidade de evitar despesas com

arrendamentos para a sua instalação. ------------------------------------------------------------

----- A 1ª. Comissão entendeu ainda efetuar a recomendação escrita em 4.1.6. do

Parecer a importância do património cultural da cidade efetuando um tímido apelo à

sua preservação no que concerne ao Palácio do Marquês de Tancos e ao Palácio

Monte Real, deve-se lembrar que a importância dos bens qualificados como

património cultural é tal como a sua transmissão onerosa, é limitada ao direito de

preferência e concedido ao Estado e aos Municípios, artigo 36 da Lei de Bases do

Património Cultural. --------------------------------------------------------------------------------

----- Estabelecem-se igualmente limitações à alienação destes bens quando estejam na

posse de entidades públicas, de acordo com a legislação a aprovar, sucedendo porém

que tal legislação complementar nunca veio a ser aprovada, no entanto não deixam

estas normas de referir a vontade do legislador em preferencialmente manter nas mãos

públicas o património cultural. --------------------------------------------------------------------

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----- Por último, entendemos que o momento atual é de retração económica e de baixa

de preços do imobiliário, o que não aconselha esta política de alienações. ----------------

----- Lisboa precisa de outras políticas, de outras prioridades e de outras medidas! São

necessários ouros paradigmas para o desenvolvimento da cidade, por tudo isto, o

Bloco de Esquerda entende que as propostas inicialmente referidas no início da minha

intervenção são inaceitáveis e prejudicam gravemente a cidade e o município pelo que

votarão contra as mesmas. Muito obrigado.” --------------------------------------------------- -

----- O Senhor Deputado Municipal António Arruda (MPT): ---------------------------

----- “Após uma semana aquando da aprovação do Relatório de Gestão de 2013, onde

ficou claro que o Município de Lisboa tem registado nos últimos anos uma quebra

acentuada na receita, estamos agora a discutir um conjunto de propostas que visam

vender em hasta pública um conjunto de imóveis e terrenos considerados não

estratégicos, e não essenciais ao cumprimento das missões da CML, segundo o atual

executivo. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Sobre o assunto, algumas breves considerações: -----------------------------------------

----- O Partido da Terra não se opõe à realização destas operações desde que sejam

realizadas com transparência e equidade, de forma a garantir a salvaguarda do

interesse público. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Porém, não podemos esquecer que se trata de receitas extraordinárias, um pouco

à semelhança dos terrenos do Aeroporto e do Centro Cultural de Belém, não se podem

ser cobradas de forma regular nos anos seguintes. ---------------------------------------------

----- O Partido da Terra tem esperança que a política de equilíbrio das contas

municipais não seja apenas feito à custa de receitas extraordinárias, como é a venda

destes imóveis e terrenos. --------------------------------------------------------------------------

----- Acreditamos que em breve, o executivo apresente soluções estruturais e

sustentáveis, que não se fique apenas a depender das decisões provenientes da

Administração Central e/ou do Governo. -------------------------------------------------------

----- Sobre as propostas em questão, esperamos que a Câmara Municipal tenha tido

em consideração a crise que tem vindo a assolar o mercado imobiliário e fazemos

votos que, pelo menos o valor de licitação proposto para a operação, seja alcançado

contribuindo, assim para a melhoria da situação financeira do município a curto prazo.

----- Sobre as Propostas em questão, estranhamos algumas escolhas, nomeadamente

no que diz respeito à venda do imóvel do Santander, que teria sido adquirido com o

propósito de servir de novas instalações aos serviços descentralizados da Câmara

Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Todavia, segundo a informação do Senhor Vereador Manuel Salgado, este

edifício já não terá a finalidade inicialmente proposta, uma vez que serão necessárias

obras avultadas para que o edifício em questão, reúna as devidas condições para

possibilitar essa mudança. -------------------------------------------------------------------------

----- Nesse sentido, o Partido da Terra interroga-se, como é possível um imóvel ser

adquirido para um fim, que afinal é inviável? Contudo, esperamos expectantes, pela

então prometida solução alternativa para a instalação dos serviços do município. -------

----- Disse.” ------------------------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN): ------------------------------

----- “Quanto a este pacote de propostas sobre património municipal, que inclui 16

propostas, desde hastas públicas de alienação de prédios municipais a direitos de

superfície, o Grupo Municipal do PAN entende que há alguns pontos a referir. ----------

----- Trata-se de um pacote demasiado extenso para ser analisado e votado no prazo

que foi solicitado pela CML, pois lembramos a esta Assembleia que os documentos

entraram por volta de meados do mês. Ou seja, a CML pediu à Assembleia Municipal

para deliberar e presume-se analisar um pacote que altera o futuro de 38 propriedades

em menos de duas semanas, sendo certo que logo as quatro primeiras propostas

abrangem 15 alienações de património em hasta pública com um valor base de

licitação de cerca de 55 milhões de euros, quando na AML se estava já com uma

agenda preenchida com assuntos tão importantes como o futuro de três grandes zonas

de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Os documentos que nos foram enviados para serem analisados, no sentido de

serem votados em consciência, não parecem todavia estar completos e passamos a

explicar: ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O site da AML, aparentemente a fonte mais fidedigna de informação ao dispor

dos grupos municipais na data atual, refere por exemplo para a Proposta

342/CM/2014 o lançamento de uma hasta pública para a alienação de prédios

municipais que os nove prédios a colocar na hasta pública têm edificabilidade definida

por alvarás de loteamento ou estudos urbanísticos aprovados pela Câmara, fazendo na

mesma página um link para três estudos: Palácio Marquês de Tancos, Palácio Monte

Real, Largo Rodrigues de Freitas. Ou seja, se nove prédios têm estudos, porque é que

só foram disponibilizados à Assembleia estudos para três? Porque é que os nove

estudos não constam da documentação para consulta no quarto piso? ----------------------

----- Assim, aproveitamos para sugerir que numa próxima vez que a Câmara envie

para a Assembleia diversas propostas relacionadas com o património imóvel apresente

um quadro simplificado mas explícito, onde em cada edifício ou lote constem as áreas

registadas, as áreas reais entretanto detetadas através de levantamentos, dado que estas

não coincidem, e que distinga de forma clara o que existe do que pode vir a ser

construído, pois por exemplo sob a mesma designação de área bruta de construção

máxima tanto é apresentada a área existente, nuns casos, com uma área máxima do

que poderá vir a ser construído, ficando sem se ter uma ideia transparente do que se

pode fazer no caso de comprar um edifício municipal. ---------------------------------------

----- Reforçando o que foi dito pelo Senhor Vereador Manuel Salgado, entendemos

ser importante que este pacote de alienações tenha a publicidade devida para que as

hastas públicas não fiquem desertas. Assim, propomos que seja criado um site único

para todos os problemas relacionados com a “promoção imobiliária” de património

imobiliário municipal ou que seja relacionado com programas que incitem a viver em

Lisboa. Ou seja, para os terrenos ou edifícios que não seja julgado necessário recorrer

a hasta pública e que pudessem eventualmente ser comercializados com um preço

convidativo pela Câmara, deveria existir um site que disponibilizasse a sua

informação de acordo com as regras do mercado, tal como existe nos restantes sites

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imobiliários. Se isso estivesse disponível podia haver uma transparente

disponibilização ao mercado dos terrenos que não estão a ser necessários na Câmara.

Ou seja, estamos a falar apenas de património não estrutural para a CML. ----------------

----- Dito de outra forma, propomos que sejam agregados numa mesma página web as

hastas públicas, o programa como a “Renda Convencionada”, “Loja do Bairro”,

“Reabilita Primeiro, Paga Depois”. Este site podia também ter um motor de pesquisa

parecido com o das imobiliárias, com as opções de compra, arrendamento, comércio,

serviços, habitação, área da cidade, promovendo assim a nossa cidade. -------------------

----- Quanto à questão mais polémica do Regimento de Sapadores Bombeiros, do

terreno lote 40, na nossa opinião o RSB foi para aquele terreno por razões

completamente válidas. Basta ver o sítio onde se encontra, que tem acesso a todas as

vias rápidas da cidade, desde a Segunda Circular ao Eixo Norte-Sul, etc., para

perceber que o RSB não foi para ali por qualquer razão. Ou seja, quer-nos parecer que

a única razão válida, ou pelo menos aparentemente mais evidente para o RSB sair dali

são as necessidades do Hospital da Luz, o que não nos parece suficiente para fazer

uma hasta pública. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Eu preferia que o Hospital da Luz contactasse a Câmara, que indemnizasse a

Câmara pelos 12 milhões de euros que a Câmara ali gastou, que pagasse em adicional

o valor do terreno e ainda alguma indemnização. Pôr em hasta pública o terreno por

um hipotético valor comercial que na realidade configura um grande prejuízo para a

Câmara, parece-nos que não é aceitável, razão pela qual iremos votar contra esta

proposta de hasta pública. -------------------------------------------------------------------------

----- Quanto às restantes propostas, porque não queremos obstaculizar de forma

nenhuma o trabalho da Câmara e sabemos das dificuldades financeiras que existem,

iremos abster-nos nas restantes propostas. ------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado Municipal Miguel Santos, só para lhe dar uma informação,

porque naturalmente não tinha conhecimento, mas o site que propôs já existe, foi

criado no mandato anterior e chama-se “Reabilitar Lisboa”. Tem todo o património

imobiliário da Câmara, quer para venda, quer para arrendamento, quer os programas

sociais, quer o “Reabilite Primeiro Pague Depois”, “Rendas Convencionadas”, todas

as hastas. Estas ainda não estão autorizadas e só podem ser postas depois de serem

aprovadas. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Poderá ser melhorado este site com mais informação, mas de qualquer maneira já

existe.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP): --------------------------------

----- “A minha intervenção é apenas sobre a Proposta 342. ----------------------------------

----- Esta proposta diz respeito a uma hasta pública para alienação de nove edifícios,

doas quais, aquele que nos levanta mais dúvidas e que justificou essencialmente o

nosso voto contra em Câmara, é o edifício número 7, o edifício sito na Rua do Ouro e

vulgarmente designado por Edifício Santander. ------------------------------------------------

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----- As dúvidas levantam-se essencialmente porque a Câmara paga uma renda muito

elevada nas instalações da Caixa Geral de Depósitos, havendo um edifício municipal

com condições para ser utilizado mesmo ali ao lado. -----------------------------------------

----- O edifício encontra-se preparado para uso de serviços, necessitando de algumas

obras. Há aqui algumas questões, se seriam muitas ou poucas. Segundo o argumento

apresentado pela Câmara, na pessoa do Senhor Vereador Manuel Salgado, mas este

argumento não parece ser muito relevante, na medida em que essencialmente o que é

dito é que o edifício é constituído por frações distintas com cotas de acesso também

diferentes, o que implicaria grandes obras para as interligar. --------------------------------

----- Este argumento, do nosso ponto de vista, poderia ser ultrapassado, ou pode não

ser relevante para instalar serviços distintos. Também poderíamos considerar que

esses serviços podiam ter acessos diferentes. ---------------------------------------------------

----- Ainda em relação a este lote, há duas pequenas questões que queria levantar: ------

----- Embora se entenda que o Município não tem realmente condições para ficar com

todo este património, há casos, como o número dois da Avenida da República, onde se

situa a Livraria Municipal, ou o número quatro, palácio Monte Real, expropriado em

1993, que poderiam servir para instalar os serviços municipais com dignidade e

servirem de exemplo em termos de reabilitação urbana. De referir que, como todos

sabemos, no Arquivo Municipal trabalham funcionários numa cave, num local que

não é central nem facilmente acessível. ---------------------------------------------------------

----- Em relação a este conjunto de propostas, o que nos levanta mais dúvidas é

realmente o Edifício Santander. Julgamos que este é um mau negócio para Câmara,

pelo que votaremos contra esta proposta.” ------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Hugo Lobo (PS):-------------------------------------

----- “Breves notas sobre o pacote de alienações que aqui nos é apresentado para,

antes de mais, salientar que a verba resultante dessas alienações se encontrava inscrita

no Orçamento Municipal que foi aprovado por esta Assembleia e, portanto, não

estamos perante uma surpresa. --------------------------------------------------------------------

----- Por outro lado, referir que a eventual reanimação do mercado imobiliário poderá

contribuir para que se registe um sucesso mais significativo. Sabemos que as

anteriores alienações não tiveram, mas para ter melhores resultados do que os

anteriores processos e neste sentido não posso deixar de dizer a quem acredita

efetivamente que estamos perante uma retoma, tenho depois dificuldade em perceber

algum ceticismo perante o eventual sucesso na alienação destes ativos. Se estamos

efetivamente numa conjuntura tão positiva, ou numa conjuntura bastante melhor, é

natural que a mesma tenha efeitos e repercussões positivas neste processo. ---------------

----- Também um maior cuidado que parece ter existido e que constatámos,

nomeadamente em sede das audições que foram efetuadas pela Primeira Comissão, na

seleção dos imóveis leva a que estejamos bastante mais otimistas quanto a uma taxa

de execução das verbas previstas para alienações, uma taxa bastante mais satisfatória

do que o que tinha sido obtido até aqui em processos similares. ----------------------------

----- Deixava uma última nota para sublinhar aquilo que já foi anteriormente referido,

nomeadamente pelo Senhor Presidente da Câmara e pelo Senhor Vereador das

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Finanças, que não está presente, é que o eventual processo destas alienações e de

outras que venham a ser efetuadas pela CML não dispensam de modo algum uma

reflexão séria e aprofundada sobre a evolução das finanças, sobre os problemas

estruturais e os desafios estruturais com que a Câmara se irá debater e que irá

enfrentar num futuro próximo. Nesse sentido não deixaria aqui de sublinhar as

palavras do Senhor Deputado Municipal Victor Gonçalves do PSD, que

reconhecendo, como tem sempre reconhecido a relevância da questão orçamental da

Câmara Municipal, mas uma certa abertura para uma das soluções que têm vindo a ser

apontadas por parte do Executivo como uma das possíveis futuras soluções,

nomeadamente no que diz respeito a uma eventual consignação da percentagem do

IVA às finanças do Município. -------------------------------------------------------------------

----- Reputamos como positiva essa abordagem, espero que a mesma faça o seu

caminho no seio do PSD e quando tivermos oportunidade de debater com

profundidade esse tema o PSD se associe no seu conjunto a essa proposta.” --------------

----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD): ---------------------

----- “Eu não vou fazer aqui considerações sobre o contexto da Proposta 342, vou sim

expressar uma dúvida que tive ocasião de levantar em sede de Conferência de

Representantes e para a qual não tive resposta. ------------------------------------------------

----- No anexo 3 ponto 3, 3.1 e 3.2, está referida a mais valia urbanística. Isto é o que

acontece quando a área que se consegue em termos de licenciamento é superior àquela

que consta da hasta pública. Não há nenhuma cláusula que explique o que é que

acontece caso haja menor valia urbanística, caso a Câmara não consiga licenciar a

área que vai levar à hasta pública. ----------------------------------------------------------------

----- Eu não vi aqui cláusula nenhuma e pergunto: não deveria haver? Há lugar para

uma menos valia e será diminuído ou a hasta pública será nula? ----------------------------

----- Nessa altura eu tive o cuidado de fazer essa pergunta ao Senhor Doutor António

Furtado, porque não sei se repararam no anexo 1, os edifícios vão à hasta pública com

a chamada área de construção máxima e eu perguntei se a Câmara garante a

aprovação dessa área de construção máxima. Na altura foi-me dito que qualquer

destes prédios vinha à hasta pública mediante consulta do respetivo Departamento de

Gestão Urbanística e de Planeamento de Gestão Urbanística e foi-nos prometido

enviar as respetivas fichas. Eu só recebi uma, que foi a do Palácio Marquês de Tancos.

A do Palácio de Monte Real não consta avaliação urbanística, pelo menos naquilo que

eu recebi, a outra não sei que é, a do Palácio Marquês de Tancos consta. -----------------

----- O problema é que na ficha do Palácio Marquês de Tancos, por exemplo, prevê a

área registada de 1795 e no anexo 1 a área registada de 1690. -------------------------------

----- Ainda no Palácio Marquês de Tancos, está dito aqui “todos os usos admitidos”,

na ficha da DMPRGU diz “quanto a outros usos, não é autorizada instalação de

escritórios, serviços, atividades, indústrias e comércio”. -------------------------------------

----- Eu adoraria que as hastas públicas corressem bem, mas parece-me que estas

questões têm que estar salvaguardadas e de facto as ficas que nos foram prometidas

não vieram e as que vieram por acaso têm estas incompatibilidades. Eu pergunto

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como é que vai correr uma hasta pública que não salvaguarda esta situação, a bem da

credibilidade da Câmara e de todos nós.” -------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD): -------------------------

----- “Relativamente ao pacote de propostas para alienação de património municipal

que aqui se apresenta, diga-se que nos suscita desde logo e na sua generalidade

perplexidade, dúvidas e sérias reservas. Em primeiro lugar perplexidade por vir a esta

Assembleia Municipal, após decorrido mais de 60% do tempo útil desde ano civil

num extensíssimo bloco de propostas da mais variada natureza e complexidade, sob

extrema urgência e com notas de se tratar de assunto vital para a Câmara Municipal,

tudo no preciso momento de início do período estival, com suspensão regulamentar

dos trabalhos em plenário. Se não foi de propósito, parece. ----------------------------------

----- A função fiscalizadora da Assembleia Municipal é indissociável de um elevado

grau de ponderação não compaginável com esta metodologia de “lufa-lufa” e “mata-

mata”. Como aliás disse, foi prova a proposta que acabou de ser votada com

relevantes correções sucessivas por iniciativa da Assembleia aos elementos de suporte

das propostas de alteração do plano de pormenor do Eixo Luz-Benfica. -------------------

----- Ainda agora, a Senhora Deputada Municipal que anteriormente falou, também do

PSD, chamou a atenção de outras correções necessárias nestas hastas públicas. ---------

----- Perplexidade ainda porque as respetivas hastas públicas e eventual concretização

das alienações não terão decerto lugar antes dos meses de setembro e outubro futuros,

não deixando aparentemente tempo a que o remanescente da verba orçamentada de

131 milhões de euros possa ser obtida em prazo útil, o que representaria de novo a

falta de mais de metade dessa verba para os depauperados cofres da Câmara

Municipal de Lisboa. -------------------------------------------------------------------------------

----- Em segundo lugar dúvidas. Dúvidas porque no conjunto de propostas, dividido

que seja em três ou quatro grupos municipais, hastas, terrenos, direitos de superfície e

uma expropriação encontram-se opções camarárias de alienação onde, em muitos

casos, é contraditado o pressuposto de serem ativos não estratégicos. ----------------------

----- É ou não estratégica a propriedade municipal da Rua do Ouro, antiga sede do

Banco Pinto e Sotto Mayor, que veio à Câmara por permuta com o Banco Santander,

cedendo-lhe a Câmara os terrenos anexos à sua sede à Praça de Espanha, invadindo os

uqe eram, e ainda são neste momento, frondoso jardins junto à Calouste Gulbenkian?

A Câmara justificou então tal ação pela imperiosa necessidade de concentrar os seus

serviços dispersos pela cidade e evitar os elevados custos de arrendamento à Caixa

Geral de Depósitos dos pisos do prédio da Rua Nova do Almada, que por sua vez a

Câmara não adquiriu por ter entendido imprescindível anular o escambo do edifício da

Caixa onde hoje está o MUDE, agora sob o novo pretexto de se dizer que é

excessivamente cara a adaptação do da Rua do Ouro, sem porém serem informados os

respetivos orçamentos, previsionais ou não, tudo isto se passando desde as eleições

intercalares de 2007. -------------------------------------------------------------------------------

----- É ou não estratégico o edifício chamado Palácio Monte Real ou do Correio

Velho, por se situar no arruamento do mesmo nome, onde funciona um excelente

centro de dia da antiga Freguesia da Sé e da Santa Casa da Misericórdia e que está

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implantado sob grande parte do antigo teatro romano da antiga Olissipos, das poucas

memórias visíveis do que foi essa grande civitas, património inestimável da nossa

cidade de mais de mil anos? -----------------------------------------------------------------------

----- É ou não estratégico, ou pelo nos próprio de pessoa de bem, conservar na posse

da Câmara, ou pelo menos negociar antecipadamente com os seus inquilinos nos

prédios com frações ou lojas em regime de aluguer, ou mesmo em casas de função

como ocorre em várias das propriedades a alienar? -------------------------------------------

----- Em terceiro lugar sérias reservas quanto à justificação de aproveitar este pacote

de propostas e circunstâncias para integrar alterações ao estatuto de dominialidade de

diversas parcelas espalhadas pela cidade, que mais se entenderia, já que nenhuma

ligação aparentam com os ativos a alienar, serem objeto de proposta autónoma a

apreciar pela Assembleia em mais adequada ocasião. -----------------------------------------

----- Sérias reservas também quanto às novas regras no domínio dos direitos de

superfície, complicando ainda mais situações já inerentemente difíceis, pretendendo

agora a Câmara assegurar previamente a viabilidade técnica e financeira dos projetos

apresentados pelos potenciais superficiários, transformando os serviços camarários em

autênticas agências bancárias de promoção imobiliária. -------------------------------------

----- Há que reformar sim, mas há que fazê-lo bem e fazê-lo bem a través de um

regulamento que tipifique os casos e os termos em que podem ser constituídos direitos

de superfície sobre prédios municipais. ---------------------------------------------------------

----- Sérias reservas também e muito principalmente quanto à alienação do lote 40 do

plano de pormenor do Eixo Urbano Luz-Benfica, sito na Freguesia de Carnide,

prevista na proposta 348/2014, com encargo de demolição do recente Quartel General

do Regimento de Bombeiros Sapadores e museu, com alteração doa usos desse

terreno para sua maior valorização, sem que esteja ainda definido o lugar onde se irá

instalar o RSB, limitando-se a Câmara a referir que irá para onde for mais eficiente e

mais barato. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não colhem, aliás, as razões alegadas de problemas estruturais na construção do

edifício ou provenientes de problemas de manutenção, na medida em que quaisquer

custos de reparação ou mesmo ao limite custos de reabilitação são certamente

infinitamente mais baixos que os de demolir completamente e construir noutro local. --

----- Esta Assembleia respeita as competências próprias da Câmara, como tem

repetida e claramente demonstrado, mas esta resposta, necessita que seja dito que esta

Assembleia exige o respeito pelas suas próprias, onde avulta o direito e obrigação de

fiscalização da ação camarária de que não pode abdicar. -------------------------------------

----- Se a Câmara não sabe, diga então que não sabe, não diga que só ela é que sabe. ---

----- Este processo parece muito mais trabalhado para avocar bens municipais a

entidades previamente conhecidas, contactadas e mobilizadas, do que uma livre

disponibilização aos promotores imobiliários de bens patrimoniais não estratégicos. É

bom promover os seus produtos e a cidade precisa de gerar proveitos, mas há que

cuidar que a fronteira para a avocação é ténue.-------------------------------------------------

----- É compreensível que a alienação de património tenha um objetivo estratégico, do

qual resultem benefícios para a cidade e para o planeamento urbanístico e não uma

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venda por atacado motivada por um sufoco financeiro da Câmara, seja ele estrutural

ou conjuntural. --------------------------------------------------------------------------------------

----- É preciso planear, é preciso prever, é preciso calendarizar. É preciso defender o

futuro.” -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Duarte Cordeiro: --------------------------------------------------

----- “Em relação a essa matéria em concreto, todas as avaliações foram feitas, como

foi referido há pouco e foi explicado, com o objetivo do melhor uso e da máxima

edificabilidade à luz dos planos em vigor. Há uma condição e que é essa, são os

planos que estão em vigor e que condicionam esse melhor uso e essa máxima

edificabilidade. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Em particular, a questão que foi colocada pela Senhora Deputada Municipal

Margarida Saavedra, a relação das fichas e o facto de nem todos os imóveis terem

fichas. Há uma justificação para isso, por um lado há dois imóveis que não têm ficha

porque têm projeto feito pela Câmara e como tal a máxima edificabilidade está

definida por esse projeto, que é o caso da Rua do Loreto e a Rua do Crucifixo. ----------

----- Nos casos do edifício do Santander e da Livraria Municipal na Avenida da

República não há porque existem construções pré-existentes e a máxima

edificabilidade é a que lá está. No fundo também condiciona essa matéria. ---------------

----- Estas são as justificações em concreto em relação às questões que colocou. Existe

também uma questão relacionada, pelo que percebi, de desconformidades, mas depois

nós tentaremos em detalhe perceber consigo do que é que se trata.”------------------------

----- O Senhor Presidente da Câmara: --------------------------------------------------------

----- “Os Senhores Deputados Municipais referiram diversas vezes a questão estrutural

das finanças da Câmara. Essa questão foi colocada pela própria Câmara à Assembleia

Municipal em setembro passado, em que sinalizámos à AML, aliás como sinalizámos

já no Governo, que a trajetória permanente de redução das receitas estruturais da

Câmara coloca, a prazo, um problema estrutural das finanças municipais. Portanto,

isso não é surpresa e, insisto, foi colocado pela própria Câmara. ---------------------------

----- Convém ter a noção que o paradigma do financiamento municipal alterou-se

certamente, se não para as próximas décadas, pelo menos para a próxima década. Isso

significa que é necessário que o país encontre um novo modelo de financiamento

municipal. Nós já adiantámos algumas apostas, temos algumas ideias, mas é

necessário ter presente esse problema estrutural. ----------------------------------------------

----- Em segundo lugar, o Município fez uma opção que parece acertada e que deve

manter de prosseguir uma trajetória firme de amortização da sua dívida municipal.

Recordo que esta opção foi apresentada pela Câmara a esta Assembleia Municipal

muito antes desse fatídico ano de 2011 e temos procurado por diversas formas

antecipar a amortização dessa dívida. Não que o Município não tenha capacidade,

como tem demonstrado e continua a demonstrar, de assegurar o serviço da dívida, mas

porque quanto mais depressa o Município se conseguir libertar dos pesados encargos

de avultados investimentos que fez na década de 90 e na primeira década de 2000, em

particular na área da habitação social, enquanto não se libertar disso o Município não

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terá nova capacidade de investimento significativo na cidade e tem que ter nova

capacidade de investimento significativo na final. ---------------------------------------------

----- É por isso que decidimos antecipar a amortização. A primeira tentativa que foi

feita, como já aqui foi recordado pelo Senhor Deputado Municipal Victor Gonçalves,

foi a constituição de um fundo imobiliário. Esse fundo imobiliário veio-se a revelar

impraticável, tendo em conta a evolução que o mercado teve. Houve uma amortização

significativa por via do acordo com o Estado, com a alienação dos terrenos do

aeroporto e desde aí temos evitado a realização de operações de alienação,

precisamente porque não nos pareceu que o mercado estivesse interessante para

proceder a operações de alienação. ---------------------------------------------------------------

----- Se agora decidimos apresentar este pacote é porque achamos que começa a haver

sinais de que pode valer a pena retomarmos algumas operações de alienação de

património. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Insisto, o que está orçamentado este ano para alienações são 131 milhões de

euros, o que temos aqui proposto são 59 milhões de euros. Estou a dizer o preço base,

pode ser e é desejável que suba nas hastas públicas. ------------------------------------------

----- Segundo lugar, o que vamos alienar é inferior ao que vamos amortizar de dívida.

Nós este ano, se não fizermos nenhuma amortização extraordinária, nós

amortizaremos de dívida 65 milhões de euros. É muito inferior às aquisições que

estamos a fazer e eu dou só um exemplo: a aquisição que o Município fez dos terrenos

da Feira Popular e dos terrenos do Parque Mayer é em valor muito superior a isto, são

100 milhões de euros. ------------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente à liquidação da EPUL, só em património imobiliário o Município

adquire 134 milhões de euros de ativos imobiliários da EPUL, não estou a falar dos

outros ativos. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Dirão que isso tem como contrapartida num casso a assunção de dívida e noutro

caso o Município substituir-se à EPUL na liquidação da dívida. É verdade, mas não

podemos só ver quais são os encargos que o Município assume, temos que ver

também os ativos que o Município incorpora e esses ativos, até prova em contrário,

são em montante superior. -------------------------------------------------------------------------

----- Não posso deixar de fazer aqui um aparte. Fico um bocado perplexo a ouvir o

Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes do PEV antecipar uma condenação do

Município no processo que é movido pela Bragaparques. Então o PEV, que durante

tantos anos sustentou que o negócio que o Município tinha feito era ruinoso, que o

Município é que tinha a haver da Bragaparques e não a pagar à Bragaparques, agora

acha que afinal nós é que temos a pagar à Bragaparques? ------------------------------------

----- Eu, pela minha parte, tenciono-me bater o melhor possível no tribunal arbitral

para que o Município nada tenha a pagar à Bragaparques. Agora, se o Senhor

Deputado Municipal sabe alguma coisa que eu não sei do que o Município vai ter que

incorrer, então era bom que nos alertasse. Eu, pela minha parte, acho que o Município

não tem nada a pagar, mas aguardo o que o tribunal arbitral terá a decidir sobre essa

matéria, mas não deixo de ficar surpreendido porque quem tanto criticou o negócio

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anterior agora ache que afinal é a Bragaparques, coitadinha, que tem a haver do

Município de Lisboa. Enfim, já estou disponível para ouvir tudo. --------------------------

----- Por outro lado, vários Senhores Deputados Municipais disseram que não havia

uma programação. Eu peço desculpa, mas no mandato anterior o Município aprovou

um trabalho, aliás da iniciativa da atual Senhora Presidente da Assembleia Municipal,

que foi o PVP, Plano de Valorização do Património, onde a Câmara procurou

identificar entre o seu património edificado o que eram bens que a Câmara devia

conservar, o que eram bens que a Câmara devia arrendar, mo que eram bens que a

Câmara devia alienar e o que devia alienar para reabilitação ou simplesmente para

reconstrução integralmente nova. Isso consta de um trabalho muito aturado

desenvolvido pela então Senhora Vereadora Helena Roseta, que foi trabalhado na

Câmara, aprovado na Câmara e que estabilizou este quadro. --------------------------------

----- Todos os edifícios que constam destas hastas públicas vêm nos termos e de

acordo com o que foi aprovado nesse Plano de Valorização do Património. Portanto,

não é correto dizer-se que a Câmara não tem uma visão geral sobre o seu património

nem uma estratégia quanto ao seu património. -------------------------------------------------

----- Quando perguntam o que é que são ativos estratégicos, eu não gostaria de ser

exaustivo mas os terrenos que aqui vêm são lotes isolados e sem impacto urbanístico

relevante na zona onde se inserem. Eu designo por bens estratégicos bens como o

conjunto dos terrenos que marginam a Avenida do Uruguai e que constituiriam uma

nova frente urbana de larga escala. Eu refiro por exemplo os terrenos do Alto do

Restelo e posso mesmo referir toda a Avenida de Santo Condestável, que será

seguramente um grande programa urbanístico que o Município de Lisboa um dia terá

em décadas futuras. Esses sim são ativos estratégicos do Município de Lisboa que

transformarão substancialmente a cidade um dia que sejam executados, como são

seguramente também os terrenos da Feira Popular e os vários lotes que entre a Câmara

e a EPUL a Cidade de Lisboa dispõe nas imediações da antiga Feira Popular. Esses

sim são ativos estratégicos, não são os lotes isolados que a Câmara tem nesta ou

naquela rua e que são objeto do conjunto destas alienações. ---------------------------------

----- Para mim, bens estratégicos são aqueles que têm significativo impacto

urbanístico ou que organizam áreas significativas e relevantes da cidade. -----------------

----- Foram postas questões bastante pertinentes sobre os chamados edifícios

Santander, os três edifícios da Rua do Ouro. Corrigindo o que foi aqui dito, a Câmara

não decidiu adquirir aqueles edifícios para instalar serviços do Município. A Câmara

foi contactada pelo Santander, que pretendia aumentar a sua sede junto à Praça de

Espanha e depois de um intenso debate urbanístico e de forma a evitar que a solução

proposta pelo Santander tivesse impactos negativos no aumento da edificabilidade na

área que já ocupa, ou numa área que já era sua propriedade e onde ainda não está

edificada e que teria um impacto negativo nos sistemas de vistas do Corredor Verde

ou comprometesse o desenvolvimento do Corredor Verde, a Câmara propôs ao

Santander a alienação de um talude lateral à propriedade do Santander. O Santander

estudou uma solução urbanística que permitia o aproveitamento desse talude que

margina a Avenida Calouste Gulbenkian. -------------------------------------------------------

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----- Na negociação com o Santander foi colocada ao Município a possibilidade de

permutar esse terreno com bens do Santander e foi assim que vieram à propriedade do

Município estes três edifícios. O Município não decidiu adquirir os edifícios, recebeu-

os em permuta do talude que vendeu ao Santander. -------------------------------------------

----- Pôs-se a questão do que fazer com estes três edifícios e considerámos

efetivamente a possibilidade de instalar naqueles edifícios os serviços municipais,

desde logo aqueles que estão instalados em áreas arrendadas no prédio da Caixa Geral

de Depósitos, que fica precisamente do outro lado da rua. Foi feito um estudo e o que

verificámos foi que entre o custo da adaptação destes edifícios e a possibilidade da

venda era mais vantajoso proceder à alienação destes edifícios.-----------------------------

----- Chamo à atenção que na permuta recebemos os edifícios com um valor de 5

milhões de euros e que o preço base da licitação é de 7 milhões de euros. Portanto, a

valorização que estes edifícios têm no património municipal é muito significativa,

sobretudo tendo em conta o pouco tempo decorrido desde a operação da permuta. ------

----- Quanto à instalação dos serviços municipais, nós continuamos interessados em

procurar encontrar uma solução que nos permita reequacionar a localização dos

serviços e em particular do conjunto da Vereação, que como sabem está disseminada

um pouco por toda a cidade e gostaríamos de a ver mais concentrada. --------------------

----- Já estudámos várias soluções. Quando veio à nossa propriedade o edifício do

Tribunal da Boa Hora considerou-se essa hipótese, depois o Estado decidiu readquirir

o edifício e alienámos esse edifício. --------------------------------------------------------------

----- Considerámos para este conjunto de edifícios que permutámos com o Santander.

Perante as condições que se apresentam achamos que é mais vantajoso a alienação do

que a utilização do edifício para esse fim e continuamos à procura de outras soluções

que permitam ter um funcionamento mais adequado para a Câmara Municipal. Para

sublinhar que não adquirimos o edifício para esse fim, o edifício veio à nossa

propriedade no âmbito da permuta e estamos a alienar por um valor francamente

superior àquele em que adquirimos.” ------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Ferreira de Lemos (CDS-PP), para um pedido

de esclarecimento: ----------------------------------------------------------------------------------

----- “Ouvi-o com muita atenção, sobretudo a primeira parte da sua exposição clara,

mas fiquei bastante confuso. Quais são os substanciais problemas diferentes do

Governo da Cidade de Lisboa e do Governo de Portugal? Sinceramente fiquei muito

confundido. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Segundo, também me apercebi que um ativo de 600 hectares do aeroporto de

Lisboa deixa de ser estratégico por 300 milhões de euros.” ----------------------------------

----- O Senhor Presidente da Câmara: -----------------------------------------------------------

----- “Relativamente à primeira questão tenho dificuldade porque não percebi bem o

alcance inteiro da questão que foi colocada. ----------------------------------------------------

----- Relativamente à segunda questão, eu nunca disse que os terrenos do aeroporto

não tinham valor estratégico, claro que tinham valor estratégico. ---------------------------

----- Como se recordará, não sei se tem presente, quando o Estado decidiu desativar o

aeroporto de Lisboa, o Município de Lisboa entendeu que aqueles terrenos deviam

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ficar para o Município e ser reservados para serem um novo “pulmão verde” da

Cidade de Lisboa na parte não edificada, reaproveitando-se a parte já edificada. Posso

aliás dizer que nessa altura chegámos a negociar com a ANA uma partilha desses

terrenos, entre as zonas que ficariam afetas ao Município de Lisboa e as zonas que

ficariam afetas ao compound da TAP, ao compound da NAVE e ao compound da

ANA. Foi um acordo ajustado entre mim e o então Presidente da ANA. Enfim, há

momentos de sorte na vida e o então Senhor Secretário de Estado das Obras Públicas

não ratificou nem homologou este acordo. -----------------------------------------------------

----- Como não foi homologado este acordo, quando o Governo caiu veio um novo

Governo e uma nova política, foi então decidido pelo novo Governo que, em vez de

desativar o aeroporto de Lisboa, queria manter o aeroporto em Lisboa e proceder à

privatização da ANA. Portanto, o acordo que tinha sido feito anteriormente não fazia

o menor sentido, porque não íamos estar a repartir o aeroporto entre nós e a ANA,

ficando nós donos da pista, a ANA dona da gare e gerirmos um aeroporto em

conjunto. Não creio que seja vocação municipal comparticipar na gestão

aeroportuária. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Tivemos que passar a uma outra fase, então vamos negociar a venda dos terrenos

para que o Estado os possa incorporar no seu património. Tivemos contudo um

cuidado, que foi no Plano Diretor Municipal definir usos futuros para aquele espaço,

porque se um dia este Governo ou outro, porque os Governos mudam e as ideias que

têm sobre os aeroportos estão sempre a mudar, parecem uma verdadeira ventoinha, se

um dia decidirem que aquele espaço afinal não pode ser aeroporto estarão

condicionados àquilo que o PDM prevê que possam ser aqueles terrenos e aqueles

terrenos não podem ser outra coisa que não equipamento ou zona verde. É isso que

podem ser, ponto final. -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu à

votação a Proposta nº 342/CM/2014, tendo a Assembleia deliberado aprovar, por

maioria, com votos a favor de PS, CDS-PP, PNPN e 6IND, votos contra de PCP, BE

e PEV e abstenções de PSD, MPT e PAN. ------------------------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 343/CM/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, CDS-PP, MPT, PNPN e 6IND,

votos contra de BE e abstenções de PSD, PEV e PAN. ---------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 346/CM/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, CDS-PP, PEV, MPT, PNPN e

6IND, votos contra de BE e abstenções de PSD e PAN. --------------------------------------

----- PONTO 5 – PROPOSTA Nº 348/CM/2014 - APRECIAR O LANÇAMENTO

DE UMA HASTA PÚBLICA PARA A ALIENAÇÃO DE PARCELA DE

TERRENO MUNICIPAL SITA NA RUA ALBERTO EINSTEIN,

TORNEJANDO PARA A RUA AURÉLIO QUINTANILHA E PARA A RUA

GALILEU GALILEI, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO

DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO RJAL – REGIME

JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI

N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO. ESTA PROPOSTA DEPENDE DA

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APROVAÇÃO PRÉVIA DAS PROPOSTAS 314/CM/2014 E 205/CM/2014 –

ALTERAÇÃO AO PP EIXO URBANO LUZ BENFICA; 2 VEZES GRELHA

BASE -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº 348/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo VIII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra (PSD): ---------------------

----- “Parece-me oportuno fazer uma pergunta antes da discussão da Proposta 348. É

que a proposta 348, no corpo em que foi apresentada na Câmara, no ponto 2, diz o

seguinte: “Aprovar o valor base de licitação de 15.580.000 euros e o anexo 3.”. No

anexo 3 diz: “Programa de hasta pública, valor de construção nelas identificadas de

15.840.000 euros. Eu pergunto qual destes valores é que estamos a discutir, porque

eles são diferentes, o que a Câmara aprovou ou o que consta do anexo que a Câmara

também aprovou. ------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- Naturalmente na discussão da proposta essa questão será respondida pela Câmara

e vamos aceitar inscrições para a discussão da Proposta 348. --------------------------------

----- O Senhor Presidente da Câmara: -----------------------------------------------------------

----- “Quanto ao esclarecimento, o André Furtado foi ver qual é que está correto, trata-

se de uma gralha material num deles. ------------------------------------------------------------

----- Gostaria de recordar o seguinte: a Câmara Municipal, no final do mandato

anterior, aprovou uma proposta sobre a reestruturação do dispositivo territorial do

Regimento de Sapadores Bombeiros. Essa proposta resultou de um estudo feito pelo

Comando, tendo em vista a racionalização das estruturas do RSB. Esse estudo, como

se recordarão muitos dos presentes que foram Vereadores desde o meu primeiro

mandato, foi sofrendo várias alterações com base numa ideia inicial de concentração

no desativado e abandonado restaurante panorâmico de Monsanto, de todo o centro de

reserva do Regimento, tendo em conta estarmos na zona de maior resiliência sísmica

da Cidade de Lisboa e onde se deveriam concentrar, na medida do possível, todos os

recursos que tenham que ser utilizados em situação de catástrofe, bastando-se no

centro da cidade com a instalação de pequenos postos de socorro avançado que

permitam uma primeira intervenção e a intervenção posterior e em escala, caso seja

necessário, de outros recursos da corporação. --------------------------------------------------

----- No início do segundo mandato foram colocadas diversas questões sobre a

bondade da solução da localização de Monsanto, quer por razões ambientais, quer por

razões de mobilidade, e foi reequacionado o estudo tendo em vista uma outra

estratégia. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Foi um tempo longo, que fez com que designadamente não pudéssemos

aproveitar as verbas inicialmente previstas no QREN para a construção do Centro

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Estratégico Operacional da Cidade de Lisboa, mas permitiu finalmente estabilizar

uma solução que prevê a instalação no Panorâmico de Monsanto do Centro de

Comando e Coordenação Operacional, em edifício partilhado entre o RSB, o Centro

Distrital das Operações de Socorro e, se assim se mantiver a vontade, a própria

Autoridade Nacional de Proteção Civil, a instalação das funções de reserva na

chamada Companhia de Chelas e a substituição dos demais quartéis por pequenos

postos de socorro avançado. -----------------------------------------------------------------------

----- No âmbito desta deliberação, aprovada em julho do ano passado em Câmara sem

votos contra, prevê-se expressamente e relativamente ao atual quartel dos bombeiros

do Colombo, que a sala de operação e controle seria reinstalada no Centro de

Comando e Coordenação Operacional em Monsanto, que seria construído em Carnide

um posto de socorro avançado em substituição da estação da terceira companhia e que

o museu do RSB deveria ser objeto de relocalização a estudar, sendo integrado na

gestão da rede de museus municipais. -----------------------------------------------------------

----- Portanto, quanto à primeira questão, de saber porque é que se vai desativar aquele

quartel, ele vai ser desativado pela mesma razão que se vai desativar o quartel do

Largo do Regedor, cuja hasta pública foi agora aqui aprovada pela Assembleia

Municipal, e vão ser desativados os demais quartéis porque vão ser transformados e

substituídos pelo posto de socorro avançado. Esta operação de reestruturação,

designadamente a intervenção em Monsanto e a intervenção em Chelas, pressupõe a

alienação dos quartéis de forma a que se possam produzir os recursos necessários a

proceder a este plano de reestruturação. ---------------------------------------------------------

----- Segundo lugar, relativamente àquela área o Município decidiu previamente

alterar o plano de pormenor, de forma a garantir duas coisas, em primeiro lugar que

não se mantinha o uso exclusivo para equipamento e que poderia ser reutilizado para

outros usos, o que permitiu designadamente subirmos de uma avaliação para uso de

equipamento de 11 milhões de euros para uma avaliação de 15 milhões de euros,

tendo em conta o uso habitacional, que foi o que serviu de base para a fixação deste

valor de base. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Foi por isso, aliás, que corrigimos já nesta Assembleia Municipal este plano de

pormenor e foi também por isso que a Senhora Presidente teve o cuidado de fazer

votar esse ponto hoje na ordem de trabalhos, antes de procedermos à apreciação desta

proposta. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta alteração teve dois objetivos, por um lado valorizar o terreno e por outro

lado, ao diversificar os usos, podermos abrir a concorrência relativamente àquele

terreno. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Como todos sabem e ninguém ignora, há um interessado conhecido naquela

parcela, que é o Hospital da Luz, que pretende alargar a sua ação, mas precisamente

para garantir maiores oportunidades a outros eventuais interessados foi feita a

reclassificação de uso para não ser só equipamento, o que porventura seria mais

limitativo de outros potenciais interessados, para permitir qualquer uso, o que pode

favorecer o aparecimento de outros interessados. ----------------------------------------------

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----- Naturalmente que o desejo do Município é que apareça o maior número de

interessados, que seja uma hasta muito concorrida e valorizada, de forma a permitir a

valorização do terreno. É esse o objetivo e as medidas que tomámos visaram

precisamente garantir a melhor valorização desta propriedade municipal e a criação

das melhores condições de concorrência possíveis para que haja um maior número de

interessados que possam surgir relativamente a esta parcela de terreno, cuja alienação

se insere no âmbito de uma reestruturação geral do RSB previamente aprovada.” -------

----- O Senhor Deputado Municipal António Arruda (MPT): ---------------------------

----- “Estamos a discutir a proposta nº 348/2014 que pretende aprovar o lançamento de

uma hasta pública para a alienação de parcela de terreno municipal com 9.738,00m2,

onde hoje está implantada a Estação da 3.ª Companhia e o Museu do Regimento de

Sapadores de Bombeiros. --------------------------------------------------------------------------

----- Na última reunião desta Assembleia, no passado dia 24 de Julho, o Senhor

Vereador Manuel Salgado, no âmbito da discussão da alteração do Plano de Pormenor

do Eixo Urbano Luz Benfica, garantiu que o processo de lançamento em hasta pública

deste terreno seria conduzido com a maior transparência e equidade, e que os serviços

do Regimento de Sapadores de Bombeiros apenas iriam desocupar o espaço quando

estivesse encontrada uma solução. ---------------------------------------------------------------

----- Porém, infelizmente, estas declarações pouco nos tranquilizam. O processo de

encerramento deste equipamento municipal e a venda a privados do terreno é tudo

menos claro, tanto do ponto de vista operacional, como do ponto de vista financeiro.

----- Em 21 de Março de 2009, o Comandante do RSB deu a conhecer os planos para a

transferência de parte da estrutura do RSB para o restaurante panorâmico no

Monsanto e a transformação dos atuais 10 quartéis em estruturas mais pequenas,

Posto de Socorro Avançado – PSA. --------------------------------------------------------------

----- Em 23 de Março de 2009 é publicamente apresentado pelo Senhor Presidente, no

quartel que agora se pretende alienar, o novo Centro Estratégico de Prevenção e

Socorro de Lisboa - CEPS, um investimento de 22 milhões de euros a ser financiado

por fundos comunitários, que serviria para alojar em Monsanto, o Regimento de

Sapadores de Bombeiros, a Polícia Municipal e a Proteção Civil. --------------------------

----- Um ano mais tarde, apesar dos planos previstos para Monsanto, é inaugurado,

pelo atual Presidente, no mesmo quartel em Carnide, a Sala de Operações Conjunta –

SALOC. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Este projeto envolveu um investimento bastante significativo por parte do

município, uma vez que pretendia reunir num mesmo espaço, os meios de comando e

controle do RSB, da PM e da Proteção Civil Municipal, suportadas por um sistema

único de comunicações de acionamento de meios das respetivas estruturas. --------------

----- No dia 16 de Julho de 2012 é celebrado um protocolo com o Ministério da

Administração Interna com vista a instalar o Comando Distrital de Operações de

Socorro (CDOS) de Lisboa no Complexo Desportivo da Alta do Lumiar.-----------------

----- Em19 de Maio de 2013, no decorrer das celebrações do 618 º aniversário do

Regimento Sapadores de Bombeiros de Lisboa, o Senhor Presidente anuncia o Centro

Estratégico de Prevenção de Lisboa para a sede da 5.ª Companhia em Chelas,

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voltando novamente o projeto do Monsanto, que incluía a deslocalização da SALOC,

o CDOS lisboa – que passado 1 ano continuava a aguardar a passagem para o

Complexo Desportivo da Alta do Lumiar - e o Centro Nacional de Proteção Civil. ------

----- Em 4 de Julho de 2013, já com o aproximar do fim do mandato, a Câmara

Municipal de Lisboa decidiu aprovar por maioria, a Proposta 569/2013 – Aprovar o

projeto de reorganização do dispositivo de socorro da cidade de Lisboa do Regimento

de Sapadores de Lisboa,- que meses tinha sido antecipada pelo Doutor António Costa.

Esta proposta, embora tenha sido aprovada, teve apenas os votos a favor do PS e dos

dois vereadores independentes. As restantes forças politicas abstiveram-se. --------------

----- Num tema tão sensível e estrutural, como é a segurança e proteção civil, e onde

devem ser criados pilares de estabilidade para além das legislaturas, o executivo

municipal prepara-se para implementar um projeto de reorganização do dispositivo de

socorro da cidade de Lisboa, longe de ser consensual, pouco discutido e aberto ao

contributo das restantes forças políticas, em especial desta Assembleia. ------------------

----- O Partido da Terra caracteriza a Proposta 569/2013 recentemente distribuída

pelos deputados desta casa, como um documento síntese, com parca fundamentação e

detalhe, e assinado pelo anterior vereador da proteção civil, Doutor Manuel Brito e

pelo Arquiteto Manuel Salgado e sem quaisquer informações/estudos por parte do

Comando do RSB. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Face ao exposto, o MPT interroga-se, como é possível tomar decisões com base

neste documento distribuído? --------------------------------------------------------------------

----- A confirmar a falta de solidez, temos o discurso do próprio vereador Arquiteto

Manuel Salgado, na última reunião da Assembleia, mostrando tudo menos certeza,

sobre o destino dos serviços do atual quartel de bombeiros. Estamos a “avaliar”,

estamos a “estudar”, talvez o museu vá para a “Graça”, ou para “Alvalade” que

também há espaço… -------------------------------------------------------------------------------

----- Qual a posição do atual Comando do RSB que assumiu funções em Novembro de

2013? -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ou seja nada de certezas…. -----------------------------------------------------------------

----- Podemos afirmar que o futuro do dispositivo territorial do Regimento de

Sapadores Bombeiros de Lisboa é incerto, uma vez que a base de apoio político da

atual proposta e os documentos públicos que a sustentam, são frágeis e nada garantem

que em caso de mudança política do executivo, não existirá uma nova reorganização. -

----- Estes profissionais merecem o mais elevado respeito e consideração, pelo que o

mínimo que lhe deve ser concedido, deverá passar essencialmente por melhores

condições e acima de tudo estabilidade para poderem desenvolver a sua missão. --------

----- Todavia, o que o Doutor António Costa tem dado ao Regimento de Sapadores de

Lisboa é a instabilidade de várias soluções avançadas nos últimos 5 anos, sem nada ter

sido feito, pois o dispositivo mantém-se inalterado. -------------------------------------------

----- Meus senhores e minhas senhoras ----------------------------------------------------------

----- Estamos a falar de um edifício construído de raiz para ser um quartel de

bombeiros, inaugurado em 2003, que teve o custo inicial estimado de 11 milhões de

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euros. Depois, investiu-se mais 1,3 milhões de euros na entrada em funcionamento da

Saloc, para agora ir à praça pública com o preço base de 15,8 milhões de euros. ---------

----- Tendo em conta todos estes factos por nós enunciados, o Partido da Terra

questiona: --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Como será financiada a solução para o novo quartel de bombeiros e do restante

dispositivo? Qual será o destino exato dos atuais serviços alojados no quartel a

alinhar? Qual o cronograma da libertação do edifício e da reorganização dos serviços

municipais? -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Com base nos dados que dispomos, não vimos qualquer vantagem para o

interesse público neste negócio, pelo que, o mínimo que podemos exigir deste

executivo é que este processo seja conduzido com a maior transparência e que seja

defendido, sobretudo, o interesse público. -----------------------------------------------------

----- Dadas as incertezas que envolvem a reorganização do dispositivo territorial do

Regimento de Sapadores de Bombeiros, o Partido da Terra irá votar contra a presente

proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Disse.” ------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV): --------------------------

----- “Uma outra hasta pública é relativa à venda do terreno do quartel de bombeiros

contíguo ao Hospital da Luz e ao Centro Comercial, com a qual o executivo pretende

encaixar 15,8 milhões de euros, mas que estava dependente da aprovação do Plano de

Pormenor Luz-Benfica. Também aqui temos uma área registada em cadastro com

9,738 m2, mas que vai permitir uma construção bruta de 29 mil m2, ou seja, 3 vezes

mais. Depois, não se trata ‘apenas’ de um equipamento qualquer que vai ser demolido,

mas de um quartel que tem dez anos e é o mais moderno de Lisboa! Temos por isso

aqui ‘pano para mangas muito compridas’. ----------------------------------------------------

----- Primeiro, já em 2008 a CML havia solicitado uma avaliação do lote municipal

onde se encontra o Quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB). A

encomenda foi feita no pressuposto de que as alterações ao PP do Eixo Urbano Luz-

Benfica permitiriam que ali fossem construídos 29.164 m2, embora ainda sem

especificação de uso. Em 2010 surgem as primeiras referências à hipótese de encerrar

o quartel. Na altura, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais

ouvia dizer que o Hospital da Luz queria expandir-se e que isso obrigaria a deitar

abaixo o quartel. Ainda em 2010 a CML decide proceder à alteração do Plano. ----------

----- Segundo, o executivo prevê alienar em hasta pública o lote em Carnide onde se

encontra o Quartel, bem como o Museu do Regimento e a Sala de Operações

Conjunta (SALOC) para acorrer a situações de emergência relacionadas com a

proteção civil. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Terceiro, o preço pelo qual a CML quer vender o quartel é inferior aos

investimentos que já ali fez e que ainda terá de fazer. Embora o orçamento municipal

aponte para um encaixe inferior, as avaliações feitas determinaram que a base de

licitação da hasta pública venha a ser de 15,8 milhões de euros. ---------------------------

----- Quarto, como para além dos 12,3 milhões de euros iniciais já gastos, a instalação

do RSB teve nesta última década outros custos associados à aquisição do terreno, um

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eventual encaixe de 15,8 milhões de euros ficará bem aquém dos custos já suportados

pelo município e daqueles que terá de suportar para reinstalar todo o RSB. Ou seja,

caso consiga vender este lote pelo valor de mercado base, o executivo ficará aquém do

investimento já feito e do que terá de fazer, tanto na construção do novo quartel, do

Posto Avançado a implementar no Lote 30, como na deslocalização do Museu para o

Museu da Cidade e da SALOC para Monsanto. ------------------------------------------------

----- Quinto, a autarquia fecha o quartel de bombeiros mais moderno da cidade para

poder vender o terreno à Espírito Santo Saúde. Altera o PP do Eixo Luz-Benfica

prevendo, inequivocamente, o alargamento ao vizinho Hospital do Grupo Espírito

Santo. Não se espera que apareçam outros interessados no negócio, pois trata-se de

uma hasta com fotografia. Mas não nos espantaríamos que os Grupos Municipais

ainda viessem a ser confrontados com alguma inesperada carta de direito de

preferência, como já aconteceu numa anterior muito polémica situação. ------------------

----- Sexto, poderá parecer estranho, mas mesmo antes da CML discutir a revisão do

PP, a Espírito Santo Saúde anunciava que ia aumentar em 40% a área do Hospital da

Luz, num investimento entre 60 a 70 milhões de euros a realizar até 2018. Que

premonição! Ora, sendo certo que o Hospital só poderia crescer para cima, parece

mais do que óbvio que o grupo privado beneficiou de qualquer informação

privilegiada. De quem, perguntamos nós? ------------------------------------------------------

----- Muitíssimo curioso é o facto de no relatório ‘Extensão do Hospital da Luz no lote

40’, onde constam os trabalhos de revisão do Plano, já se indicava uma área reservada

para equipamento, e que a superfície de pavimento máxima a construir poderia incluir

um novo edifício entre seis a dez pisos, para além do atual bloco hospitalar poder vir a

ser ampliado com novo piso, até um máximo de cinco mil m2. Até que há 3 meses

atrás, a CML acabaria por confirmar a existência de uma ‘pretensão’ por parte dos

responsáveis do Hospital da Luz, comprometendo-se o executivo a entregar o terreno,

com o quartel e o museu, ‘livres de pessoas e bens’, podendo o comprador demoli-los

a expensas suas. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Sétimo, o executivo deveria atender à realidade financeira do Grupo Espírito

Santo. Com efeito, em 2013 o BES teve um prejuízo de 4,1 milhões €. E só nos

primeiros 6 meses deste ano já leva um prejuízo de 3,5 milhões €. A CML não parece

saber escolher bem os seus potenciais parceiros de negócio.---------------------------------

----- Oitavo, quanto a alternativas para o RSB, as alterações ao PP admitem a

construção de um novo quartel nas proximidades, mas o projeto ainda não é

conhecido. E “Os Verdes” perguntam ainda se a vereação garante que a venda do

terreno permitirá na íntegra construir um quartel idêntico, num local com as mesmas

acessibilidades e se a entrega do espaço ao comprador do terreno apenas será

realizada quando o novo quartel estiver pronto. E qual será o custo de deslocalização

de meios e a construção do novo quartel e museu? Serão estas obras cobertas na

íntegra pelo montante da hasta pública? Onde está o saldo positivo que a CML

persegue com esta hasta pública? ----------------------------------------------------------------

----- Pelo exposto, ao Grupo Municipal de “Os Verdes” restam poucas dúvidas que a

presente hasta consubstancia um caloroso abraço aos interesses privados. Mesmo com

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tantos braços, ao promitente-comprador privado ‘mangas’ para os revestir não lhe vai

faltar.” ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP): --------------------------------

----- “Em primeiro lugar lembrar que o PCP pediu na Câmara Municipal para ser

adiada esta proposta, visto que ainda não tinha na altura na Câmara sido aprovado o

plano de pormenor do Eixo Luz-Benfica. Foi aliás esta a justificação e a principal

razão pela qual em sede de Câmara votámos contra. ------------------------------------------

----- Em relação à proposta que estamos neste momento a discutir, nós, PCP, temos

sérias dúvidas em relação a esta proposta, aliás vamos votar contra ela, na medida em

que a construção deste quartel implicou realmente custos elevados para a Câmara

Municipal. Neste momento as dúvidas que temos prendem-se por um lado com o

futuro local para onde vai o quartel dos bombeiros, a questão do museu, deve ser

clarificado qual o futuro local das instalações, e sobretudo devem ser clarificados

quais são os custos que isto vai acarretar para o Município. ---------------------------------

----- Atendendo aos elevados custos que este quartel que vai agora à hasta pública já

implicaram, a preocupação é realmente esta, qual é o custo da construção de um novo

quartel não sabemos onde, qual é o custo da transferência do museu que também não

sabemos onde e em que terrenos é que realmente vão ser construídos estes

equipamentos.” --------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Nunes da Silva (IND): ------------------------------

----- “Eu penso que esta proposta e a polémica que ela tem vindo a suscitar derivou,

no meu ponto de vista, do facto de não se ter assumido desde o início que de facto há

potenciais compradores para aquele lote, mais do que um tanto quanto sei, esses

potenciais compradores podem valorizar aquele lote num valor significativo. No atual

contexto financeiro da Câmara é vantajoso vender nesta oportunidade. --------------------

----- Mais ainda, a partir da análise do que existe naquele momento naquele lote saber

se interessa ou não, se é válido ou não, se é de alguma forma impeditiva ou não essa

transferência. A primeira questão que eu queria chamar à atenção é esta, há de facto

mais que um interessado naquele lote, já o manifestou diversas vezes à Câmara

Municipal, até no anterior mandato, que tem a ver com o sector da saúde mas são

situações diferentes. Portanto, eu penso que o mais importante é outra coisa e não é

agora estabelecer aqui um labéu de que depois do hospital se ter instalado naquele

sítio, depois do Colombo ter reforçado o sector terciário, a gente insistir que aquele

lote tem que ter o uso que lá está atualmente. --------------------------------------------------

----- Segundo ponto que me parece fundamental distinguir é saber se aquilo que lá está

só tem aquela localização como a mais desejável ou como aquela que é absolutamente

necessária, ou que não há outras alternativas melhores. Acreditem naquilo que

quiserem, mas de facto no mandato anterior foi discutida a transferência de pelo

menos o Centro de Comando para o antigo restaurante panorâmico de Monsanto.

Havia mais outras hipóteses de agregar outros serviços do RSB e verificou-se, como

já disse o Senhor Presidente e bem, quer por questões de mobilidade, quer por

questões de impacto ambiental e eu acrescentaria até por questões de custo de

construção dessas infraestruturas que se abandonou essa hipótese, mas manteve-se a

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possibilidade de instalar o SALOC, possivelmente até alargando a outras entidades,

naquele sítio. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Havia uma razão extremamente simples, era dos sítios mais resistentes do ponto

de vista sísmico na Cidade de Lisboa, domina completamente a Cidade de Lisboa e

toda a sua envolvente, tem um nível de acessibilidade como poucos sítios existem na

Cidade de Lisboa em relação a qualquer ponto da cidade e da sua envolvente

imediata. Portanto, pareceu-nos que era um bom sítio. ---------------------------------------

----- Mais do que isso, é talvez a única oportunidade de recuperar um edifício que já lá

está a apodrecer há não sei quanto tempo, que é uma pena. Para quem conhece aquilo,

é de facto incrível. Já se tentou em vários mandatos, com várias forças políticas,

recuperar aquilo para outros usos, desde culturais a recreativos, etc., todos falharam e

pareceu-nos que era uma boa hipótese. Portanto, em relação ao SALOC estamos

conversados. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- O museu do RSB, aquilo que eu acho espantoso é como é que um museu com

aquele espólio, com aquele material, tem aquelas escassas centenas de visitas anuais.

Porquê? Porque está num sítio onde as pessoas não vão a museus, tão simples quanto

isso. Hoje em dia a ida a museus, a não ser que seja uma coisa fora de série,

excecional, única no mundo, as pessoas não se deslocam a um sítio para ir de

propósito a um museu, as pessoas vão a sítios onde há vários museus. --------------------

----- Aliás, a estratégia que foi definida pelo Senhor Vereador com o pelouro da

cultura no anterior mandato e neste mandato, do museu na cidade ser uma rede de

espaços onde se possa ir apercebendo o que é a História e o património da Cidade de

Lisboa, aconselha a que este elemento, que é um elemento importante para a

compreensão da Cidade de Lisboa, esteja inserido nessa rede e não num sítio

completamente periférico e afastado. ------------------------------------------------------------

----- Eu devo dizer que na altura participei até na discussão destas contrapartidas e na

altura foi um voto piedoso. Isto é, nós queríamos transformar ali uma zona periférica,

etc., criar ali outras condições e pareceu-nos bem que um museu poderia ser uma boa

aposta. Falhámos e há que reconhecer isso. Muitas vezes temos boas intenções no

urbanismo e acabamos por as falhar. -------------------------------------------------------------

----- Em relação à questão do posto avançado, de facto isso é verdade. É uma boa

construção, foi feita exatamente para aquele motivo, não há que negar isso. É dos

poucos quartéis que foram projetados de acordo com a função, mas agora a questão a

saber é se este é um motivo suficientemente determinante para que a Câmara não

possa realizar um bom negócio com aquele lote. Não há outras localizações naquele

espaço Carnide/Benfica onde seja possível localizar esse tipo de infraestrutura? ---------

----- Se é possível isso e se isso é uma valor que já não tem nada a ver com aquilo que

foram os valores falados no passado, porque tinham várias componentes, como aqui já

foi retratado, se calhar este não é o elemento determinante para impedir que estes lotes

venham à hasta pública. ----------------------------------------------------------------------------

----- Por último, a questão mais importante para mim não é saber se há ou não

interessados ligados ao sector da saúde, ainda bem que há. A hasta pública abre a

possibilidade até de ir para além disso, porque neste momento, com a dinâmica que é

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criada pela torre de escritórios do Colombo, até é possível que haja alguém

interessado em avançar antes com o sector de escritórios para ganhar a sinergia com

aquilo que já lá hoje está instalado. É essa a dinâmica dos usos do solo em termos

urbanísticos. A Câmara contemplou isso na sua hasta pública e, portanto, a questão

mais importante é aquela que foi referida pelo Senhor Deputado Municipal Rui Paulo

Figueiredo, como resumiu o seu excelente parecer da Primeira Comissão. Que a hasta

pública e as suas condições sejam perfeitamente claras e transparentes, que esse

processo seja devidamente acompanhado e que não haja dúvidas acerca do assunto. ----

----- Eu penso que é essa a questão de fundo que está nesta proposta. Tudo o resto são

suspeições, são questões levantadas, que foram alimentadas porque desde o início não

se assumiu de uma forma clara e transparente se calhar aquilo que tinha de se assumir.

Este é um dos bons lotes que a Câmara tem para vender, há potenciais interessados em

pagar um bom valor por esses lotes e, portanto, vamos ver se isso é possível ou não.

Conclui-se que é.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Paulo Figueiredo (PS): -----------------------

----- “Eu sou institucionalista, para quem me conhece menos, e sendo institucionalista

respeito muito as decisões dos vários órgãos municipais, no caso da Câmara

Municipal de Lisboa e da Assembleia Municipal de Lisboa, e respeito muito o papel

de cada órgão. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Também entendo que nós em cada momento devemos discutir e debater aquilo

que estamos a debater e a propósito desta proposta há coisas que me causam alguma

estranheza. Desde logo nós estamos a discutir aqui a alienação deste imóvel em hasta

pública e a propósito desta matéria nós temos tido aqui um debate interessante que

certamente tem perpassado os últimos dias, a propósito do quartel que está instalado

neste terreno do RSB e tudo aquilo que tem a ver com a reorganização do dispositivo

do RSB. Tivemos agora aqui várias intervenções sobre esta matéria. ----------------------

----- Aquilo que me tem feito espécie é porque é que isto não foi debatido há um ano.

É porque a Câmara Municipal de Lisboa deliberou sobre esta matéria e a propósito

das várias perguntas e dos vários esclarecimentos eu próprio tive oportunidade de

solicitar essa informação à Câmara, por intermédio da Presidente da Comissão e da

Presidente da Assembleia Municipal, e dizia o Senhor Deputado Municipal do MPT

que foi distribuída aos Deputados Municipais esta proposta. Bem, foi distribuída

exatamente na resposta que foi dada, que a Senhora Presidente da Assembleia

Municipal divulgou e está anexa ao parecer que eu elaborei e já está aqui tudo e todas

as decisões.-------------------------------------------------------------------------------------------

----- Como disse e bem o Senhor Presidente da Câmara na intervenção inicial que fez,

quando nós olhamos para esta proposta em Câmara, e foi há mais de um ano, nós

tivemos as abstenções do PSD, do CDS-PP e do PCP. Esta proposta já descreve tudo

aquilo que temos estado aqui a debater como grande problema, mas pelos vistos há

um ano atrás, na reunião da Câmara Municipal, não foi um problema assim tão

grande. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Pelos vistos, há um ano atrás, na reunião da Câmara Municipal, não foi um

problema assim tão grande, mas pelos vistos também não foi um problema assim tão

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grande nesta Assembleia Municipal, porque há vários Senhores Deputados Municipais

que estiveram a fazer intervenções, no seu pleno direito, mas eu pergunto: se o

problema era assim tão grande, o que é que fizeram no ano passado? Chamaram os

Vereadores que subscreveram a proposta para virem à Assembleia Municipal?

Debateram esta proposta na comissão respetiva da Assembleia Municipal? Trouxeram

este assunto ao plenário da Assembleia Municipal? Não tenho memória e não tenho

informação sobre esta matéria. --------------------------------------------------------------------

----- Parece que muitos grupos municipais e muitos Deputados Municipais acordaram

para a problemática do quartel e da reorganização do RSB com um ano de atraso e,

portanto, eu acho que ganhávamos todos se nós em tempo debatêssemos estes

assuntos. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu recordo, e não era necessário recordar, que a maioria da Câmara era diferente

das maiorias que se formavam na Assembleia Municipal, porque um grupo municipal

e o grupo de Deputados Municipais Independentes que apoiavam o Executivo

Camarário não tinham maioria na Assembleia Municipal. Portanto, pelos vistos, ou

não era problema ou muitos dos Senhores Deputados Municipais que agora acham

que é um problema, ainda bem que mudaram de ideias, não exerceram

convenientemente o seu mandato há um ano atrás. --------------------------------------------

----- Por isso é que nós, neste mandato, temos procurado valorizar o papel da

Assembleia Municipal, valorizar o papel das comissões e que estes temas relevantes

para a cidade sejam adequadamente debatidos sobre esta matéria, porque esta

proposta, que foi aprovada há um ano e que não suscitou grande preocupação… --------

----- Eu procurei ver, foi de um modo sucinto e posso estar enganado, agora o site tem

melhorado bastante com esta Presidente da Assembleia Municipal, mas também não

consegui encontrar perguntas nem requerimentos, nem outro tipo de iniciativas que

podiam ter sido feitas sobre esta matéria, porque no ponto 7 já dizia que, a propósito

deste imóvel, ele era libertado para o Município. Eu chamo já a atenção para os

Senhores Deputados Municipais, convém agora lerem bem a proposta porque há

outros imóveis. O Senhor Presidente da Câmara já focou aqui um, há outros imóveis

que estão aqui e que também já referem a libertação para o Município de atuais

instalações, que é para não descobrirem o problema daqui a um ano. ----------------------

----- O que aqui está em causa é a questão da hasta pública e sobre isto eu repito o que

já disse na semana passada a propósito do Plano e também aquilo que referi no

parecer que apresentei. O que nós temos que ter são hastas públicas que sejam

transparentes, que sigam todas as regras, que permitam concorrência, condições de

igualdade. O Grupo Municipal do PS, já o dissemos, aqui, várias vezes, e a propósito

de muito daquilo que tem sido levantado durante esta tarde, sobre esta proposta

deixamos aqui claro mais uma vez. Nós somos contra negócios particulares, nós

somos contra ajustes diretos, nós somos contra cartas marcadas e por isso é que nós

saudamos as regras que estão aqui bem fixadas para a hasta pública nas suas várias

fases e por isso é que nós também propusemos nas conclusões da Primeira Comissão

que a CML durante este processo de hasta pública não se deve desviar destes

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princípios que muito bem consagrou e não se deve desviar para negócios particulares

ou para ajustes diretos. -----------------------------------------------------------------------------

----- Se assim for, e penso que é uma grande convergência nesta Assembleia

Municipal, aquilo que todos nós queremos é que a hasta pública deste imóvel e as

outras corram bem e que a Câmara Municipal de Lisboa possa ter o melhor encaixe

possível, porque isso ajuda as finanças do Município e é também isso que nós

aprovámos ao aprovar o Orçamento para este ano. --------------------------------------------

----- Termino como comecei. Será certamente muito relevante o estado do quartel e

tudo aquilo que daí poderá advir e nós estamos muito disponíveis para fazer agora,

não a propósito destas propostas em concreto que já foram aprovadas, mas estamos

disponíveis para fazer agora o que esta Assembleia não fez há um ano. Nós

viabilizaremos futuros debates em sede da Oitava Comissão, que tem a matéria da

segurança, sobre tudo aquilo que for entendido a propósito do RSB. Aliás, eu recordo

que nós já tivemos o Vereador Carlos Manuel Castro na Oitava Comissão a debater

estas matérias e também, eu estava lá nessa audição, não foi levantado nenhum

problema sobre este assunto. Provavelmente foi uma distração. ----------------------------

----- Aquilo que importa é que se cumpram as regras da hasta pública, porque elas

estão bem definidas, e esta Assembleia Municipal não abdique, como disse e bem o

Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira, dos seus poderes. Já foi aprovado

ontem por unanimidade, a Primeira Comissão vai verificar tudo aquilo que tem a ver

não só com esta hasta pública em específico, mas tudo o que tem a ver com a

concretização deste pacote de património e daqueles que se seguirão. Se assim for,

acho que estamos a defender o interesse da Cidade de Lisboa.” -----------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD): -------------------------

----- “As conversas são como as cerejas e este assunto de Monsanto e o assunto que o

Senhor Presidente referiu relativamente à propriedade municipal da Rua do Ouro, são

algumas das cerejas que vão sendo levantadas, mas como o Senhor Presidente da

Câmara não estava presente na altura em que eu fiz a minha intervenção relativamente

a todos estes assuntos… ---------------------------------------------------------------------------

----- Perguntei se era ou não estratégica a propriedade municipal da Rua do Ouro,

antiga sede do Banco Pinto e Sotto Mayor, que veio à Câmara por permuta com o

Banco Santander, cedendo-lhe a Câmara os terrenos anexos à sua sede à Praça de

Espanha, invadindo o que eram frondosos jardins e relvados junto à Avenida Calouste

Gulbenkian. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Câmara justificou então tal opção pela imperiosa necessidade de concentrar os

seus serviços dispersos pela cidade e evitar sobretudo os elevados custos de

arrendamento à Caixa Geral de Depósitos dos pisos do prédio da Rua Nova do

Almada, que por sua vez a Câmara não adquiriu por ter entendido imprescindível

anular o escambo do edifício…” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa pede desculpa de interromper mas nós já aprovámos essa matéria, nós

já estamos na Proposta 348. Esta matéria tem a ver com a Proposta 342, que já foi

apreciada e nós estamos neste momento a apreciar a Proposta 348. ------------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD): -------------------------

----- “O Senhor Presidente fez essas declarações, como essas declarações contradizem

aquilo que foi dito, foi isso que eu fui explicar, mas não tem importância, eu passo ao

assunto seguinte. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Também foi aqui bastante falado o assunto relativo à Proposta 569/2013, que diz

respeito à chamada reorganização do dispositivo. Depois dos discursos laudatórios do

Senhor Deputado Municipal Nunes da Silva e do Senhor Deputado Municipal Rui

Paulo Figueiredo, há a dizer o seguinte: --------------------------------------------------------

----- Essa Proposta 569/2013 nunca veio a esta Assembleia Municipal. Diz a Senhora

Vereadora que veio uma vez o Senhor Vereador Manuel Brito à Comissão de

Proteção Civil e que falou no assunto. De qualquer das formas, a Assembleia não tem

conhecimento oficial desta proposta. Aliás, parte das premissas que são tomadas nessa

proposta estão erradas porque Monsanto, é importante dizer isso, não é em Lisboa a

área mais resistente a fenómenos sísmicos, mas sim o Outeiro da Ajuda, para onde

aliás acorreram todos os serviços públicos de Lisboa em 1755 e onde sobram vários

quartéis disponíveis. --------------------------------------------------------------------------------

----- O restaurante de Monsanto, não poderá dizer-se que é o local mais adequado para

instalar o SALOC e os serviços de intervenção e só não sabe isso quem nunca tenha

palmilhado os vários quilómetros de curvas e contracurvas e devia estreita que dão

acesso a esse miradouro. Está muito longe da parte urbana de Lisboa e é fácil

imaginar o que sejam carros de socorro a descer por aquele monte abaixo a grande

velocidade, deixando pelo caminho baldes, machados, capacetes e mais parafernália

de segurança. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Monsanto não é nem pode ser a reserva de terrenos para construção ou para

serviços em Lisboa.” -------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Carlos Silva Santos (PCP): --------------------------------------

----- “Eu venho aqui em primeiro lugar protestar veementemente com esta técnica

confucionista de misturar “alhos com bugalhos” quando não têm resposta para dar à

Assembleia. Ora vejamos: -------------------------------------------------------------------------

----- É verdade que a Proposta 569 da Câmara falava de uma reorganização dos

serviços de bombeiros e é uma questão interessante. Haveria o Senhor Deputado

Municipal dizer que não foi discutida na Assembleia porque não a chamaram. Enfim,

aquele modelo confucionista de “não foste tu, foi o teu pai”. Esse não é o ponto

importante que a gente está aqui a discutir, é a hasta pública do terreno e na hasta

pública do terreno as gestões financeiras são realmente relevantes e as perguntas têm

que ser respondidas. --------------------------------------------------------------------------------

----- Qual é o custo/benefício? Se não sabem contar, qual é o haver e qual é o dever?

Enfim, têm que fazer contas. Se tem ali um património construído, não é só o terreno,

tem um valor e dizem que não sabem para onde é que vai o quartel. Uns dizem uma

resposta, outros dizem que precisávamos fazer lá umas obras porque tem muitas

infiltrações. Outros dizem que precisamos de vender porque precisamos de dinheiro

para a Câmara. ---------------------------------------------------------------------------------------

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----- Como é que vocês ganham dinheiro se o que vão gastar é igual ou talvez superior

ao valor que já lá têm? É porque têm que fazer um novo quartel. Se vão vender por 15

milhões, se estão lá 12 ou 13 milhões, vão gastar mais com a transferência do museu,

de certeza que não é o outro gratuito. Digam-me lá o que é que sobra para a Câmara. --

----- Donde aqui é a questão crítica. Porquê vender? Porque há interessados. Sim há

uns que a gente dizia que era só um, mas agora já há dois, dizem aqui alguns. Já

sabem muito. Há dois, qual deles é que vai ser? Quantos melhor, mas é sempre entre

nós os dois que safamos isto. Uns conhecem uns, outros conhecem parece-me aqui. ----

----- Agora, o que é que ganha a Câmara Municipal? Vende por 15, gasta outros 15 na

obra, perde um valor patrimonial que vale entre 12 a 13 milhões, que custou a obra

que lá está. Deito-a abaixo, recebo 15 milhões, sobram 3 milhões para instalar o

museu. Isto é negócio de “caracacá”. Não vejo nenhuma diferença, a não ser que haja

e claramente reconheçam outra razão que não pode ser dita aqui. --------------------------

----- De tal maneira que a explicação dos Senhores Deputados Municipais ou

Vereadores, houve um dia que recebemos do Senhor Vereador Manuel Salgado uma

explicação etérea. “Será por aqui, vamos fazer obras e vai ficar por aqui”. O Senhor

Presidente da Câmara, mais assertivo, já disse que há ali, mas o Vereador que

apareceu na televisão e na rádio diria que era outro acolá. Portanto, expliquem-se

claramente, ou então digam que isto é um negócio empatado porque ficamos em casa,

mas alguém fica melhor.”--------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Duarte Cordeiro: --------------------------------------------------

----- “Só para esclarecer de forma muito sintética que o valor que está correta é o valor

que está no ponto 2 da proposta e não no anexo. É um erro material que será

corrigido.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente da Câmara: --------------------------------------------------------

----- “Em primeiro lugar registo uma coisa com satisfação: no ponto anterior o

problema é que não havia interessados, agora o tema é diverso, o problema é que

neste há interessados, mas vejo que é sempre mau vender, ou porque não há

interessados ou porque há interessados, vender é que é sempre mau. ----------------------

----- Houve dois temas que foram tratados. Primeiro a importância do quartel e sobre a

importância do quartel eu repito que o Município fez um estudo durante vários anos

sobre a revisão do seu dispositivo territorial, porquê? Porque hoje temos instalações

desadequadas para a organização que deve ter o RSB. Nesse estudo o que é que se

previu? ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Primeiro, a concentração no local que primeiro se pensou ser Monsanto e depois

finalmente decidiu que devia ser em Chelas, para estabelecer o Centro Estratégico de

Prevenção e Socorro onde fica a unidade de reserva que intervém só em caso de

calamidade de grande escala e substituir a miríade de quartéis que temos espalhados

pela cidade por pequenos postos de socorro avançados que permitam fazer a

intervenção rápida e ajustada, quer aos recursos humanos, quer às necessidades

efetivas de serviço.----------------------------------------------------------------------------------

----- O Vereador Manuel Brito, no estudo que serviu de base à Proposta 569/2013,

tinha aliás basta ilustração do que é que são os postos de bombeiros por esse mundo

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fora. Ainda há dois anos tirei fotografias de como são os postos por exemplo em Nova

Iorque. Os postos são espaços que têm duas ou três viaturas, têm um espaço para 10

ou 15 homens e mais nada. É assim em todas as cidades do mundo. -----------------------

----- Eu pergunto o seguinte: os Senhores Deputados Municipais falaram aqui várias

vezes deste quartel, que tem 4 mil metros quadrados, algum dos Senhores Deputados

Municipais sabe quantos homens estão lá por turno? Estão entre 15 a 20 homens por

turno num edifício de 4 mil metros quadrados. -------------------------------------------------

----- Os Senhores Deputados Municipais dirão que o que está mal são os 15 a 20

homens, deviam lá meter 300 homens por turno e então sim, tinham uma capitação

por metro quadrado que era razoável. Era uma alternativa. Eu reconheço que do ponto

de vista matemático era uma alternativa, mas acontece que não se justifica termos 300

homens por turno naquele quartel e o que não se justifica é termos 4 mil metros

quadrados de área de construção para termos 15 homens por turno naquele quartel. ----

----- Se passarmos daquele quartel para o da Dom Carlos e para vários outros, os

Senhores Deputados Municipais perceberão o desperdício em metros quadrados que

esta Município tem pela cidade toda, face ao dispositivo que tem que ter para as

necessidades que tem, portanto, o que é que a Câmara decidiu fazer? ----------------------

----- A Câmara decidiu reestruturar o conjunto dos dispositivo em todas as suas

companhias de forma a libertar metros quadrados e a poder ter instalações mais

ajustadas, mais adequadas, mais modernas e que sirvam melhor a operação do que os

encargos imensos que tem com este património que não é efetivamente útil e ajustado

e adequado à função que desempenha. ----------------------------------------------------------

----- Eu recordo, a proposta, esta discussão sobre o dispositivo territorial foi feita no

mandato anterior, ou melhor, foi feita no meu primeiro mandato, foi repetida no meu

segundo mandato e foi aprovada e, portanto, essa discussão, como disse e bem o

Senhor Deputado Municipal Rui Paulo Figueiredo podia-se ter feito nessa altura. -------

----- O Vereador Manuel Brito veio aqui à Assembleia Municipal à Comissão

apresentar o estudo, reuniu o Conselho Municipal de Segurança, apresentou o estudo,

reuniu na Câmara e a Câmara debateu. Diz o Senhor Deputado, uma proposta tão

pouco consensual, uma proposta que não teve um voto contra acha que é pouco

consensual? Diz que só teve os votos do PS, bom, 80% das votações na Câmara só

têm os votos do PS, quando os outros partidos se abstêm é uma festa! Pronto, é o

máximo de consenso que é exigível e normal numa Câmara Municipal de natureza

parlamentar, é assim, agora não teve um voto contra! -----------------------------------------

----- Os Senhores Vereadores do PSD não votaram contra, os Senhores Vereadores do

CDS não votaram contra, os Senhores Vereadores do PCP não votaram contra! Não,

não estou a dizer que votaram a favor! Abstiveram-se! ---------------------------------------

----- Portanto, estou a dizer, se fosse um atentado tão grave e uma reestruturação tão

disparatada com certeza que havia um dos Senhores Vereadores da oposição que teria

votado contra, por alguma razão não votaram contra, e atenção, a proposta é muito

explícita: a SALOC é deslocalizada do Quartel do Colombo para Monsanto, o Museu

vai-se ver onde é que vai ser localizado, pode ser na Graça ou pode ser em Alvalade e

depois diz-se expressamente que se prevê a construção de um novo Quartel em

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Carnide para substituir o Quartel da Terceira companhia, a estação da Terceira

Companhia, está lá tudo dito! ---------------------------------------------------------------------

----- Não é sequer de uma forma genérica, está discriminado alínea a alínea, portanto,

não há aqui nenhuma novidade! Os Senhores Deputados Municipais têm obviamente

o direito de discordar, mas quer dizer, nós nos processos de decisão temos que ir

tendo etapas, há etapas onde se discute o dispositivo, foi discutido, foi tomada uma

decisão, não podemos estar sempre e rediscutir porque senão nunca conseguimos

executar uma reforma desta natureza e, portanto, eu desculparão mas essa matéria foi

discutida, foi vista e está consolidada. -----------------------------------------------------------

----- Segunda questão, relativamente à Deliberação que hoje estamos aqui a tomar que

é saber, vendemos ou não vendemos este terreno? Porque podemos dizer, muito bem,

não vamos lá manter o Regimento de Sapadores Bombeiros mas queremos continuar

proprietários daquele terreno, era uma opção, essa opção só se justificaria do meu

ponto de vista se tivéssemos alguma coisa essencial a instalar ali ou numa análise de

custo/benefício entre manter aquela propriedade ou aliená-la com as condições de

mercado em que ela pode ser alienada, valesse a pena a fosse essencial manter ali.

Bom, até agora não surgiu nenhuma proposta nem nenhuma ideia nesse sentido!--------

----- A questão portanto é a seguinte, é se esta hasta pública é feita pelo devido valor

ou não é pelo devido valor. Eu não vi nenhum dos Senhores Deputados Municipais

pôr em causa as avaliações que foram feitas, porque algum dos Senhores Deputados

Municipais podia dizer “essa avaliação está errada, eu entendo que o valor de base

não deve ser 15,8 milhões, deve ser 20 milhões” e discutir porquê e propor, “entendo

que é um valor superior e está aqui uma avaliação”, é uma matéria! Não ouvi nenhum

dos Senhores Deputados Municipais dizer que havia qualquer problema com a fixação

de valor! ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Mais, insisto, o Município teve o cuidado de alterar o Plano de Pormenor para

que a avaliação não fosse feita pelo uso que estava anteriormente previsto, que era

equipamento e que repito, era suficiente para a expansão do hospital, que é

equipamento, mas pelo contrário alterou-se os usos primeiro para que pudesse ser

feita a avaliação pelo uso de habitação, que tem um custo superior e em segundo lugar

porque pode haver mais interessados ou em fazer escritórios ou em fazer habitação ou

em fazer outro equipamento do que se houver um terreno só para equipamento onde

quem quer promover habitação, onde quem quer promover escritórios não pode

promover ali naquele espaço. ---------------------------------------------------------------------

----- Portanto, a avaliação está correta e o Município agiu de uma forma previdente

para valorizar o seu património, agora depois há uma questão que é inelutável, os

Senhores não gostam de um dos interessados, eu acho que também é legítimo não

gostarem dos interessados, agora eu acho que o Município não pode ter critérios de

gosto nem de simpatia nem de antipatia relativamente aos interessados! A não ser que

os Senhores Deputados venham aqui propor e dizem assim “há aqui uma entidade a

quem o município não vende nada”, mas eu acho que isso não é correto, agora o

Município tem é de vender o seu património de uma forma transparente, devidamente

valorizado e4 criando as melhores condições para que cause a maior concorrência

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possível de forma a valorizar os seus ativos e depois deixar a partir daí o mercado

poder funcionar, nós definimos os usos, nós definimos o valor, o valor de base e a

partir daí é legítimo que o mercado possa funcionar, o que não seria legítimo é se nós

tivéssemos desvalorizado o nosso património ou estivéssemos a fazer um ajuste

direto, ou estivéssemos a fazer uma negociação por permuta, mas não, é feito por

hasta pública, quem estiver interessado vem a jogo, oferece o melhor preço e o que

oferecer o melhor preço pode ficar com este património tal como acontece com outro

património!-------------------------------------------------------------------------------------------

----- Última nota que eu gostaria de dar que é o seguinte: primeiro lugar, quanto ao

investimento que foi feito na SALOC, o investimento que foi feito na SALOC não é

um investimento perdido, porque o investimento que foi feito na SALOC não foi da

construção da SALOC, o investimento que foi feito na SALOC foi da aquisição do

equipamento que tanto pode estar ali como pode ser relocalizado no local onde a

SALOC estiver, for instalada e, portanto, não haja duvidas quanto a isso. -----------------

----- Segundo lugar, quando perguntam onde é que vão construir um Quartel idêntico

é evidente, do que eu disse, que não vamos construir um quartel idêntico porque o que

vai ser construído e que tem que ser construído é de acordo com aquilo que foi

aprovado no Plano, é um posto de socorro avançado que tem natureza, dimensão e

características obviamente distintas do atual quartel e, portanto, não vamos vendar 4

mil metros quadrados para ir construir outros 4 mil metros quadrados, é evidente que

o investimento que vai ser feito é de outra natureza e de outro montante e, portanto, o

saldo é um saldo, à pergunta lancinante que me lançou que foi dizer “pode garantir

que pode gastar menos?”, posso garantir que iremos gastar muitíssimo menos,

muitíssimo menos porque um posto de socorro avançado custa seguramente

muitíssimo menos que o mais baixo valor a que é fixada esta hasta pública, que espero

que seja devidamente concorrida de forma aliás a subir o preço mais um bocadinho.

Muito obrigado Senhora Presidente.” ------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente. ------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados Municipais, a Mesa não regista mais pedidos de palavra,

também já está esclarecida a questão dos números e, portanto, neste momento estamos

em…. Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos, tem a palavra para?” -----------

----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) fez a seguinte

interpelação: -----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, não diga que está esclarecido, o Senhor Presidente deu a

palavra dele e eu aceito a palavra de honra que vai ser melhor, mas até o ser ainda não

sei, nem ele avançou quanto é que custará nem avançou com todos os custos relativos

a esta situação. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Ficamos com a palavra dele! Agora dizer que estamos esclarecidos não! Eu não

me considero esclarecido, cheio de boas intenções e imagino que a Câmara tenha

algum superavit deste negócio!” ------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

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----- “Muito obrigado Senhor Deputado Municipal pela sua chamada de atenção à

Mesa, mas quando eu disse que estava esclarecido, não me expliquei, estava a falar

dos números que a Senhora Deputada Municipal Margarida Saavedra tinha-me

perguntado qual é que valia. -----------------------------------------------------------------------

----- Era apenas essa questão que eu disse que já está esclarecida, vale os números que

estão na proposta, não vale os números que estão no anexo! É bom que isto fique tudo

claro porque a Mesa não tem que se pronunciar sobre o que é que o Senhor Presidente

disse ou não disse, ou sobre o que é que os Senhores Deputados Municipais dizem,

mas sobre estas matérias do que é que estamos a votar aí sim a Mesa tem que saber e

garantir que estamos claramente seguros do que é que estamos a votar. -------------------

----- O Senhor Presidente da Câmara: --------------------------------------------------------

----- “Só para não haver dúvidas, corrigiu-se o erro material do anexo 3º, trocando o 8

pelo 5.” -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “Havia um erro material no anexo 3º, está corrigido, está identificado, o valor

certo é o que consta da proposta e o anexo é corrigido em conformidade.” ---------------

----- Seguidamente, submeteu à votação a Proposta nº 348/CM/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, CDS-PP,

PNPN e 6IND, votos contra de PCP, BE, PEV, MPT e PAN e abstenções de PSD. -----

----- O Grupo Municipal do PSD entregou posteriormente a seguinte declaração de

voto, por escrito: -----------------------------------------------------------------------------------

----- “O Grupo de Lista do PPD/PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, apresenta

a seguinte Declaração relativamente ao Voto de Abstenção na Proposta n.° 348/2014

submetida pela Camara Municipal de Lisboa a Assembleia na sessão de 29 de Julho

de 2014, para Lançamento de uma Hasta Publica para a alienação de parcela de

terreno municipal sita na Rua Alberto Einstein, tornejando para a Rua Aurélio

Quintanilha e para a Rua Galileu Galilei: ------------------------------------------------------

----- 1. Nesse terreno municipal com 9 738 m2 está implantada a Sede do Regimento

de Sapadores Bombeiros de Lisboa, o Quartel da 1.ª Companhia, SALOC, Museu dos

Bombeiros de Lisboa, e outros diversos serviços administrativos, edifício muito

recente e construído propositadamente para os fins que adequadamente desempenha. -

----- 2. O sítio eletrónico deste edifício, identifica aliás o Museu como de longe, o

melhor do seu tipo em Portugal e, provavelmente, um dos melhores da Europa. --------

----- 3. O conjunto construtivo ocupa uma área coberta de apx. 7 200 m2, com 4

pisos, incluindo uma nave principal, Salão Nobre, Auditório, mezzanino, Centro de

Documentação e Reservas. ------------------------------------------------------------------------

----- 4. A área de exposição permanente do Museu é só por si de 1 400 m2. --------------

----- 5. Sendo compreensível que a Câmara Municipal de Lisboa proceda à alienação

de ativos não estratégicos, em cumprimento das disposições do Orçamento e Grandes

Opções do Plano de 2014, entende-se não dever essa alienação obedecer a critérios

imediatistas de rendibilidade e satisfação de interesses terceiros alheios â cidade,

mas sim integrados em planeamento ponderado e consensualizado. -----------------------

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----- 6. No caso desta Proposta, parece evidente que a verba obtenível não compensa

a prazo a perda do bem, a destruição do complexo urbano existente e o custo de

substituição desse equipamento. ------------------------------------------------------------------

----- 7. Acresce que, sendo alegado que a Proposta n.° 569/2013 procede a

reorganização do Dispositivo de Socorro de Lisboa no sentido da sua

descentralização, dispensando a necessidade de equipamento tão completo como o

atual, se deverá atender também a que essa Proposta não foi presente à Assembleia

Municipal, não podendo portanto ser esta responsabilizada pelas respetivas

deliberações, nomeadamente a pretendida transferência de numerosas-entidades

intervenientes na cidade para o Parque Florestal de Monsanto. ----------------------------

----- 8. Sérias reservas foram suscitadas quanto a essa transferência, tratando-se de

uma zona sob forte proteção ambiental, recôndita e de acesso difícil.” -------------------

----- PONTO 6 – PROPOSTA Nº 349/CM/2014 - AFETAÇÃO AO DOMÍNIO

PÚBLICO MUNICIPAL DE DUAS PARCELAS DE TERRENO COM AS

ÁREAS DE 30,00M2 E DE 15,00M2, SITAS, RESPETIVAMENTE, NA RUA

DA GALÉ E NA RUA DA REGUEIRA TORNEJANDO PARA O BECO DA

BICHA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 25º, N.º

1, ALÍNEA Q), DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS

LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE

SETEMBRO - APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS 349/CM/2014 A

357/CM/2014 - 2 VEZES A GRELHA BASE (68M) --------------------------------------- ----- (A Proposta nº 349/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo IX e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 7 – PROPOSTA Nº 350/CM/2014 - AFETAÇÃO AO DOMÍNIO

PÚBLICO MUNICIPAL DE SEIS PARCELAS DE TERRENO COM AS

ÁREAS DE 3,00M2, 143,00M2, 54,40M2, 45,00M2, 42,00M2 E DE 108,32M2 NA

RUA DE BUENOS AIRES E TRAVESSA DA CONCEIÇÃO À LAPA, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 25º, N.º 1, ALÍNEA

Q), DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,

PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO -

APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS 349/CM/2014 A 357/CM/2014 -

2 VEZES A GRELHA BASE (68M) ---------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 350/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo X e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

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356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 8 – PROPOSTA Nº 351/CM/2014 - DESAFETAÇÃO DO

DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO MUNICÍPIO DA

PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA DE 602,00M2 SITA NA ANTIGA

AZINHAGA DOS CORUCHÉUS, FREGUESIA DE ALVALADE, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 25º, N.º 1, ALÍNEA

Q), DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,

PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, -

APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS 349/CM/2014 A 357/CM/2014,

- 2 VEZES A GRELHA BASE (68M) --------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 351/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XI e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 9 – PROPOSTA Nº 352/CM/2014 - AFETAÇÃO AO DOMÍNIO

PÚBLICO MUNICIPAL DE UMA PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA

DE 105,00M2, A DESANEXAR DO PRÉDIO SITO NA RUA DO LUMIAR N.ºS

75 A 79, TORNEJANDO PARA A TRAVESSA DO ALQUEIDÃO N.ºS 1 A 7 E

TRAVESSA DO CANAVIAL N.ºS 4 E 4A, FREGUESIA DE LUMIAR, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 25º, N.º 1, ALÍNEA

Q), DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,

PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO -

APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS 349/CM/2014 A 357/CM/2014 -

2 VEZES A GRELHA BASE (68M) ---------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 352/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------------------- ~

----- PONTO 10 – PROPOSTA Nº 353/CM/2014 - AFETAÇÃO AO DOMÍNIO

PÚBLICO MUNICIPAL DE CINCO PARCELAS DE TERRENO COM AS

ÁREAS DE 260,00M2, 137,00M2, 109,00M2, 191,00M2, E DE 421,00M2, SITAS

NA RUA DE SANTO ANTÓNIO À ESTRELA TORNEJANDO PARA A

AVENIDA INFANTE SANTO E RUA DOMINGOS SEQUEIRA, FREGUESIA

DE CAMPO DE OURIQUE, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO

DO ARTIGO 25º, N.º 1, ALÍNEA Q), DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS

AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE

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12 DE SETEMBRO - APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS

349/CM/2014 A 357/CM/2014 - 2 VEZES A GRELHA BASE (68M) ------------------ ----- (A Proposta nº 353/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XIII e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 11 – PROPOSTA Nº 354/CM/2014 - DESAFETAÇÃO DO

DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO MUNICÍPIO DA

PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA DE 248,00M2 SITA NA ANTIGA

AZINHAGA DO FORNO NOVO, FREGUESIA DOS OLIVAIS, NOS TERMOS

DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 25º, N.º 1, ALÍNEA Q), DO

RJAL – REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM

ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO - APRECIAÇÃO

CONJUNTA DAS PROPOSTAS 349/CM/2014 A 357/CM/2014 - 2 VEZES A

GRELHA BASE (68M) -------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 354/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XIV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 12 – PROPOSTA Nº 355/CM/2014 – DESAFETAÇÃO DO

DOMÍNIO PÚBLICO MUNICIPAL DE DUAS PARCELAS DE TERRENO,

COM A ÁREA DE 1.099,25 M2 E 880,20 M2, SITUADAS ENTRE A AVENIDA

ILHA DA MADEIRA, A RUA MEM RODRIGUES E A RUA ANTÃO

GONÇALVES, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO

25º, N.º 1, ALÍNEA Q), DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS

LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE

SETEMBRO - APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS 349/CM/2014 A

357/CM/2014 - 2 VEZES A GRELHA BASE (68M) --------------------------------------- ----- (A Proposta nº 355/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XV e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 13 – PROPOSTA Nº 356/CM/2014 - DESAFETAÇÃO DO

DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO MUNICÍPIO DA

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PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA DE 173,00M2, SITA NO VALE DE

SANTO ANTÓNIO, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO

ARTIGO 25º, N.º 1, ALÍNEA Q), DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS

AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE

12 DE SETEMBRO - APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS

349/CM/2014 A 357/CM/2014 - 2 VEZES A GRELHA BASE (68M) ------------------ ----- (A Proposta nº 356/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XVI e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 14 – PROPOSTA Nº 357/CM/2014 - DESAFETAÇÃO DO

DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO MUNICÍPIO DA

PARCELA DE TERRENO SITA NA ESTRADA DA CIRCUNVALAÇÃO,

NECESSÁRIA AO DESENVOLVIMENTO DAS OPERAÇÕES

URBANÍSTICAS DO LOTEAMENTO MUNICIPAL DA MALHA 28 DO

PLANO DE URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR, NOS TERMOS DA

PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO 25º, N.º 1, ALÍNEA Q), DO RJAL –

REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM

ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO - APRECIAÇÃO

CONJUNTA DAS PROPOSTAS 349/CM/2014 A 357/CM/2014 - 2 VEZES A

GRELHA BASE (68M) -------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 357/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XVII e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD), Presidente da Junta de

Freguesia da Estrela, fez a seguinte interpelação à Mesa: ------------------------------------

----- “Senhora Presidente, tem a ver com a Proposta 353/2014. Eu tive oportunidade já

de alertar a esta situação, tanto aos Senhores Vereadores aquando da reunião de

Câmara, como também em sede de Comissão. A proposta refere-se às ruas de Santo

António à Estrela, tornejando para a Avenida Infante Santo e Rua Domingos Sequeira,

Freguesia de Campo de Ourique, mas com todo o respeito pelo Senhor Presidente da

Junta de Campo de Ourique, isto é bem dentro da Freguesia da Estrela, nunca foi

Campo de Ourique em momento algum. --------------------------------------------------------

----- Isto resulta de um erro que está cá dentro, nas certidões do registo predial que

identificam estas ruas como sendo da Freguesia de Santa Isabel, o que também nunca

foi verdade, isto era Freguesia da Lapa. ---------------------------------------------------------

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----- Já que o objetivo desta proposta é de, certa forma, tornar mais rigorosos todos os

elementos que dizem respeito à propriedade da CML, mais rigoroso significam,

necessariamente, que também nesta matéria teremos que o ser. Por isso dar nota que

nunca foi Santa Isabel, conforme diz na certidão do registo predial, e hoje não é

Freguesia de Campo de Ourique. Na altura era Freguesia da Lapa, hoje é Freguesia da

Estrela.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa agradece esta correção do Senhor Deputado Municipal e também

Presidente da Freguesia da Estrela. Sempre atentos os nossos Deputados Municipais,

como verificam. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Teremos que corrigir no assunto da proposta a referência. A Freguesia de Campo

de Ourique está errada, é Freguesia da Estrela. Peço à Câmara para tomar devida nota,

porque é isso que terá que ser corrigido na proposta final.” ----------------------------------

----- O Senhor Vereador Duarte Cordeiro: --------------------------------------------------

----- “A Câmara não poderá corrigir porque está no registo predial e só quando houver

uma atualização dessa informação é que poderá ser feita essa correção. Não depende

da Câmara Municipal.” ----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa propõe uma solução simples: omitam a Freguesia no título e no assunto

da proposta, porque a rua está devidamente identificada, está uma planta de

localização devidamente identificada e a questão registral será depois em sede de

conservatória e de registo predial. ----------------------------------------------------------------

----- Na proposta retiramos esta expressão, que não é necessária e levanta problemas.”

----- O Senhor Deputado Municipal Hugo Xambre (PS), Presidente da Junta de

Freguesia do Beato: ---------------------------------------------------------------------------------

----- “Referindo-me ao bloco de propostas 349 a 357, que preveem afetações do

domínio público para domínio privado municipal de várias parcelas de terreno, são

fundamentalmente para resolver vários problemas de cadastro municipal, simples mas

que nunca tinham sido resolvidas. Só para dar um exemplo: a Proposta 355, que

pretende resolver uma situação de mais de 40 anos com mo antigo leito de via pública

na Avenida Ilha da Madeira, que deixou de ser usada pela população e como tal faz

ser outra vez afetado para o domínio municipal, ou por exemplo as propostas 351 e

354, que permitem fazer uma série de regularizações daquilo que é matriz das escolas

básicas 151 e 159 para permitir a certificação de edifícios e como tal um conjunto de

certificações das escolas. --------------------------------------------------------------------------

----- Para dar aqui um exemplo que é importante do ponto de vista futuro da CML, por

exemplo as propostas 355 e 356, para evitar problemas de património naquilo que é o

processo de liquidação da EPUL, com ativos que pertencem à EPUL. ---------------------

----- Estas são propostas com objetivos simples, mas muito importantes e mostram

uma estratégia global da CML de adequar o cadastro municipal à realidade física

existente e de também atualizar o cadastro para situações, algumas delas com mais de

40 anos mas que nunca tinham sido resolvidas pela Câmara Municipal. -------------------

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----- Por isso o Grupo Municipal do PS concorda com essas propostas e considera que

deve haver mais situações idênticas que possam ser regularizadas a nível de cadastro

municipal para permitir que a CML faça uma gestão e uma rentabilização daquilo que

é o seu património de uma forma mais correta e com esse trabalho de arrumar a casa

que tem sido feito e que é estas propostas mostram. -------------------------------------------

----- Termino com uma ideia chave que todas estas propostas têm como objetivo, que

é permitir resolver situações simples de regularização de cadastro municipal, que

nunca tinham sido tratadas e que este Executivo Municipal está neste momento a

fazer.” -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu à

votação a Proposta nº 349/2014, tendo a Assembleia deliberado aprovar, por

maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PNPN e 6IND e

abstenções de PSD e PAN. ------------------------------------------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 350/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,

PNPN e 6IND e abstenções de PSD e PAN. ----------------------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 351/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,

PNPN e 6IND e abstenções de PSD e PAN. ----------------------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 352/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,

PNPN e 6IND e abstenções de PSD e PAN. ----------------------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 353/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,

PNPN e 6IND e abstenções de PSD e PAN. ----------------------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 354/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,

PNPN e 6IND e abstenções de PSD e PAN. ----------------------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 355/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, MPT, PNPN e

6IND, votos contra de PEV e abstenções de PSD e PAN. ------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 356/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, MPT, PNPN e

6IND, votos contra de PEV e abstenções de PSD e PAN. ------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 357/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP,MPT, PNPN e

6IND, votos contra de PEV e abstenções de PSD e PAN. ------------------------------------

----- PONTO 15 – PROPOSTA Nº 361/CM/2014 – SUBMETER À

APROVAÇÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL A CONSTITUIÇÃO DE UM

DIREITO DE SUPERFÍCIE SOBRE UMA PARCELA DE TERRENO

MUNICIPAL SITA NA RUA JORGE BARRADAS A FAVOR DA AJUDA DE

BERÇO - ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL, PARA A

CONSTRUÇÃO DE UMA UNIDADE DE CUIDADOS PEDIÁTRICOS, NOS

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TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO

N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO RJAL – REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS

LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE

SETEMBRO - APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS 361/CM/2014 E

365/CM/2014 - GRELHA BASE (34M) ------------------------------------------------------ ----- (A Proposta nº 361/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XVIII e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- PONTO 16 – PROPOSTA Nº 365/CM/2014 - SUBMETER À APROVAÇÃO

DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL A REVOGAÇÃO DO DIREITO DE

SUPERFÍCIE CONSTITUÍDO A FAVOR DA “LIGA DOS BOMBEIROS

PORTUGUESES” SOBRE O LOTE DE TERRENO SITO NA RUA DE

CAMPOLIDE À AVENIDA JOSÉ MALHOA, A CONSTITUIÇÃO DE UM

DIREITO DE SUPERFÍCIE SOBRE A PROPRIEDADE MUNICIPAL SITA

NO LARGO DE SÃO SEBASTIÃO, N.º 5 A 8, PAÇO DO LUMIAR,

DESIGNADA POR QUINTA DE SÃO CRISTÓVÃO A FAVOR DA MESMA

ENTIDADE E A REVOGAÇÃO DAS DELIBERAÇÕES N.ºS 123/AM/2004 E

92/AM/2005, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO

NA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º DO RJAL – REGIME JURÍDICO

DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO I À LEI N.º 75/2013,

DE 12 DE SETEMBRO - APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS PROPOSTAS

361/CM/2014 E 365/CM/2014 - GRELHA BASE (34M) ---------------------------------- ----- (A Proposta nº 365/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XIX e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Pedro Delgado Alves (PS), Presidente da Junta

de Freguesia do Lumiar: ---------------------------------------------------------------------------

----- “Relativamente à Proposta 365, só para sublinhar a oportunidade que ela de facto

coloca, que simultaneamente resolve uma situação pendente da sede da Liga de

Bombeiros Portugueses, mas também da perspetiva da Freguesia do Lumiar nos apraz

sublinhar que a zona de intervenção e a possível localização, portanto, o local

identificado no Largo de São Sebastião e ocupando a atual Quinta de São Cristóvão

representa também uma oportunidade de reforçar um eixo de requalificação na

vizinhança das instalações futuras da Área Metropolitana de Lisboa e, portanto,

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também dotando de vida uma zona histórica central relevante e que por isso também

importa sublinhar como particularmente importante neste quadro. -------------------------

----- Apesar do efeito quase mecânico de muitas das propostas que estamos a analisar

hoje e de estarmos a ver praticamente só casos de oportunidade para o Município

realizar encaixes financeiros, aqui temos uma circunstância em que temos um impacto

positivo evidente, em que desbloqueamos uma realidade que se arrastava há algum

tempo e que também traz uma mais valia para a Freguesia do Lumiar que gostaríamos

de sublinhar. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- De facto o apertar do tempo também condiciona bastante a análise de muitas

destas propostas e na perspetiva das Juntas de Freguesia também teria sido positivo ter

oportunidade de emitir parecer sobre muitas delas, apesar de nenhuma delas levantar

problemas de maior na nossa perspetiva. Até esta pretendemos saudar diretamente,

mas futuramente, mesmo em situações apertadas como estas, o esforço da parte da

Assembleia Municipal em notificar as Juntas. Pode dar-se o caso de não conseguirmos

corresponder, mas ter essa oportunidade de nos pronunciarmos sobre muitas delas e

contribuir com elementos adicionais seria relevante e necessário. --------------------------

----- Gostaria de deixar essa nota, porque em muitas delas o trabalho de identificação

e de filigrana no terreno, eu acho que as Juntas estão particularmente apetrechadas

para poder fazê-lo.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente, constatando não haver mais intervenções, submeteu à

votação a Proposta nº 361/2014, tendo a Assembleia deliberado aprovar, por

maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e

6IND e abstenções de PSD. -----------------------------------------------------------------------

----- Submeteu à votação a Proposta nº 365/2014, tendo a Assembleia deliberado

aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT,

PNPN e 6IND e abstenções de PSD e PAN. ----------------------------------------------------

----- PONTO 17 – PROPOSTA Nº 366/CM/2014 - DECLARAÇÃO DE

UTILIDADE PÚBLICA DE EXPROPRIAÇÃO, COM CARÁCTER

URGENTE, DAS PARCELAS DE TERRENO NECESSÁRIAS À

CONSTRUÇÃO DO EIXO CENTRAL (1ª FASE), PREVISTO NO PLANO DE

URBANIZAÇÃO DO ALTO DO LUMIAR (PUAL), NOS TERMOS DA

PROPOSTA E AO ABRIGO DE ART.ºS 10º, N.ºS 1 A 4, 12º, N.º 1, 13º, N.º 1,

14º, N.º 2 E 15º, N.ºS 1 E 2, DA LEI N.º 168/99, DE 18 DE SETEMBRO, NA

REDAÇÃO ATUAL (CÓDIGO DAS EXPROPRIAÇÕES - APRECIAÇÃO

CONJUNTA DAS PROPOSTAS 361/CM/2014 A 365/CM/2014 - GRELHA

BASE (34M) ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 366/CM/2014 fica anexada a esta Ata como anexo XX e dela faz

parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da Comissão Permanente de Finanças, Património e Recursos

Humanos relativo, em conjunto, às propostas 342/2014, 343/2014, 346/2014,

348/2014, 349/2014, 350/2014, 351/2014, 352/2014, 353/2014, 354/2014, 355/2014,

356/2014, 357/2014, 361/2014, 365/2014 e 366/2014, fica anexado a esta Ata como

anexo V e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Deputada Municipal Maria da Graça Ferreira (PS), Presidente da

Junta de Freguesia da Ameixoeira: ---------------------------------------------------------------

----- “Vinha falar da Proposta 366, que se refere à expropriação dos terrenos

necessários à construção do segundo troço do eixo central previsto no plano de

urbanização da Alta de Lisboa, o PUAL.--------------------------------------------------------

----- Convém aqui referir que o PUAL foi aprovado nesta Assembleia em 1996 e

posteriormente ratificado no Conselho de Ministros em 1998 e no mesmo ano

publicado em Diário da República.---------------------------------------------------------------

----- Trata-se de uma artéria viária fundamental e estruturante do PUAL, com uma

extensão de cerca de três quilómetros. Situa-se entre duas rotundas, a rotunda do Nó

das Calvanas a montante e a rotunda do Eixo Norte-Sul a jusante. Efetua a ligação

entre estas duas rotundas e com a Avenida Santos e Castro. Portanto, é uma artéria

fundamental para toda a área do PUAL e zonas envolventes. Tem uma importância

fundamental nesta região, não só na zona do projeto da Alta de Lisboa, como

sobretudo a jusante deste processo, mas também permite para a Cidade de Lisboa um

escoamento do tráfego de e para Lisboa. --------------------------------------------------------

----- Fazendo o ponto da situação, neste momento está construído cerca de 60% desta

artéria, quanto aos restantes 40%, cerca de 1,2 Km, pertencem a proprietários privados

e são vários. Daí a dificuldade. Para além de onerar mais o processo pelas

indemnizações óbvias, o facto de serem vários e de não estarem organizados dificulta

muito o processo de negociação e do consequente acordo. Por isso mesmo, decorridos

que foram 16 anos sobre a tomada de decisão nesta Assembleia, é importante que o

PUAL não estagne. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Assim, a figura jurídica que se apresenta como a melhor solução é a invocação do

interesse público. É a proposta que a Câmara Municipal apresenta de expropriação

dos terrenos, precisamente em nome desse interesse. Esta medida vai permitir que a

empresa construtora do PUAL, a SGAL, dê continuidade aos trabalhos e conclua a

obra. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Eu queria lembrar aos Senhores Deputados Municipais, penso que isso não será

necessário, mas a importância de que se reveste a conclusão desta obra, não apenas

para a área do PUAL, mas para toda a zona envolvente e, como referi, para o próprio

escoamento de tráfego de e para Lisboa. --------------------------------------------------------

----- De salientar que se trata da zona noroeste da cidade, já de si bastante isolada.

Portanto, tudo aquilo que se fizer em prol da diminuição deste isolamento nunca é

demais. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Assim sendo, acho que a importância dos vossos votos é inequívoca e espero que

seja o fim desta época antes de férias, que os Senhores Deputados Municipais votem

favoravelmente esta proposta da Câmara Municipal.” ----------------------------------------

----- A Senhora Presidente submeteu à votação a Proposta nº 366/2014, tendo a

Assembleia deliberado aprovar, por maioria, com votos a favor de PS, PCP, BE,

CDS-PP, PEV, MPT, PNPN e 6IND e abstenções de PSD e PAN. -------------------------

----- Seguidamente deu por encerrada a reunião, eram dezanove horas e quarenta e

cinco minutos. ---------------------------------------------------------------------------------------

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----- Eu ______________________________, Chefe de Gabinete, a exercer funções

no Gabinete de Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também

assino, nos termos do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de

12 de setembro, do n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de

Lisboa e do despacho da Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa

exarado em 10 de Setembro de 2014 na folha de rosto anexa à Proposta n.º

1/SMAM/2014. --------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------