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DRAFT 1 ----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ ------------------------------------- Mandato 2017-2021 ----------------------------------------- -----SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM CATORZE DE MARÇO DE DOIS MIL E DEZANOVE ----------------------------------------------------------------- ---------------------------ATA NÚMERO CINQUENTA E NOVE ------------------------- ----- Aos catorze dias do mês de março de dois mil e dezanove, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência do Presidente em Exercício, Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues Vale César e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira Estorninho, respetivamente Primeira Secretária em exercício e Segunda Secretária. ---- ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------- ----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Margarida Mota Vieira da Silva de Morais, Ana Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel Pimenta Prôa, António Miguel Silva Avelãs, Carla Cristina Ferreira Madeira, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Davide Miguel Santos Amado, Fábio Martins de Sousa, Fernando Garcia Lopes Correia, Francisco Américo Maurício Domingues, Francisco José Nina Martins Rodrigues dos Santos, Hugo Miguel Mateus Gaspar, Inês Drummond Ludovice Mendes Gomes, João Diogo Santos Moura, João Luis Valente Pires, Jorge Manuel Jacinto Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António Cardoso Alves, José Luis Sobreda Antunes, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luis Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Alexandra Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar Aldim, Maria Teresa Craveiro Lopes, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patricia Carla Serrano Gonçalves, Paulo Jorge Velez Muacho, Rodrigo Maria Santos de Mello Gonçalves, Rui Pedro Costa Lopes, Silvino Esteves Correia, Margarida Alexandre do Nascimento Afonso, Nuno Miguel dos Santos Silva, Maria Capitolina Marques, Romualda Maria da Conceição Martins Nunes Fernandes, José Roque Alexandre, Sandra Cristina Andrade Carvalho, José Manuel Marques Casimiro, Humberto Luis Rosado Cabral da Silveira, Luis Duarte de Albuquerque Carreira, Henrique João Tavares Frias Sá e Melo, Susana Maria da Costa Guimarães, Natacha Machado Amaro, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Mário Branco, Pedro Miguel

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Page 1: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ -------------------- … · 2019-07-18 · fundadores do Primeiro Acto - Clube de Teatro, em Algés, ainda antes do 25 de Abril

DRAFT

1

----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------

------------------------------------- Mandato 2017-2021 -----------------------------------------

-----SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM CATORZE DE MARÇO

DE DOIS MIL E DEZANOVE -----------------------------------------------------------------

---------------------------ATA NÚMERO CINQUENTA E NOVE -------------------------

----- Aos catorze dias do mês de março de dois mil e dezanove, em cumprimento da

respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e

trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de

setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu

a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de

Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência do Presidente

em Exercício, Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo,

coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues

Vale César e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira

Estorninho, respetivamente Primeira Secretária em exercício e Segunda Secretária. ----

----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da

Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------

----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana

Margarida Mota Vieira da Silva de Morais, Ana Maria de Campo Pedroso Mateus,

Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel

Pimenta Prôa, António Miguel Silva Avelãs, Carla Cristina Ferreira Madeira, Cláudia

Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Davide Miguel Santos Amado, Fábio

Martins de Sousa, Fernando Garcia Lopes Correia, Francisco Américo Maurício

Domingues, Francisco José Nina Martins Rodrigues dos Santos, Hugo Miguel

Mateus Gaspar, Inês Drummond Ludovice Mendes Gomes, João Diogo Santos

Moura, João Luis Valente Pires, Jorge Manuel Jacinto Marques, José Alberto Ferreira

Franco, José António Cardoso Alves, José Luis Sobreda Antunes, José Manuel

Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luis Pedro Alves

Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de

Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Alexandra Almeida da

Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene

dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar Aldim, Maria Teresa Craveiro Lopes,

Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel Alexandre Cardoso

Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira

da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patricia Carla

Serrano Gonçalves, Paulo Jorge Velez Muacho, Rodrigo Maria Santos de Mello

Gonçalves, Rui Pedro Costa Lopes, Silvino Esteves Correia, Margarida Alexandre do

Nascimento Afonso, Nuno Miguel dos Santos Silva, Maria Capitolina Marques,

Romualda Maria da Conceição Martins Nunes Fernandes, José Roque Alexandre,

Sandra Cristina Andrade Carvalho, José Manuel Marques Casimiro, Humberto Luis

Rosado Cabral da Silveira, Luis Duarte de Albuquerque Carreira, Henrique João

Tavares Frias Sá e Melo, Susana Maria da Costa Guimarães, Natacha Machado

Amaro, Ana Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Mário Branco, Pedro Miguel

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Tadeu Costa, Maria João Bernardino Correia, Catarina Homem, Mário Nelson

Morais Freitas, Nádia Alves Ribeiro Teixeira, Gonçalo Maria vassalo Moita, Diana

Isabel Bechet Gonçalves Vale, Gabriel Maria Simplício Baptista Fernandes, Rodolfo

Knapic e Rosa Maria Carvalho da Silva. --------------------------------------------------------

----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------

----- Graciela Lopes Valente Simões, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp,

Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa e Paula Inês Alves de Sousa Real. --------------

----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de

18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual

se mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1,

do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------

----- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia

de Marvila, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada

Municipal Susana Maria da Costa Guimarães. -------------------------------------------------

----- Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho (PS), Presidente da Junta de

Freguesia de Campo de Ourique, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto

legal Deputado Municipal Pedro Miguel Tadeu Costa. ---------------------------------------

----- Pedro Delgado Alves (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Lumiar, por um

dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal Henrique João

Tavares Frias Sá e Melo. ---------------------------------------------------------------------------

----- Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Olivais, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal Deputado Municipal

Luís Duarte de Albuquerque Carreira. -----------------------------------------------------------

----- Sofia Oliveira Dias Figueiredo (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Penha

de França, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal Deputada

Municipal Maria Capitolina Marques. -----------------------------------------------------------

----- José António Borges (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, por um

dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal Mário Branco. ----

----- Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho (PS), Presidente da Junta de

Freguesia de Santa Maria Maior, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto

legal Deputada Municipal Maria João Bernardino Correia. ----------------------------------

----- Simonetta Luz Afonso (PS), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado

Municipal José Roque Alexandre. ----------------------------------------------------------------

----- Hugo Lobo (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal

Romualda Fernandes. ------------------------------------------------------------------------------

----- Diogo Leão (PS), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal

Margarida Afonso. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Augusto Miguel Gama (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal Nuno Santos Silva. --------------------------------------------------------------------

----- Vasco Morgado (PSD), Presidente da Junta de Freguesia de Santo António, por

um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal Rodolfo

Knapic. -----------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Carlos Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Rosa Carvalho da Silva. --------------------------------------------------------------

----- Margarida Bentes Penedo (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Gonçalo Maria Vassalo Moita. ------------------------------------------

----- Maria Cristina Castel-Branco Alarcão Júdice (CDS-PP), por um dia, tendo sido

substituída pelo Deputado Municipal Diana Bechet Vale. ------------------------------------

----- João Maria Condeixa (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Gabriel Maria Baptista Fernandes. -------------------------------------

----- António Modesto Navarro (PCP), por um dia, tendo sido substituído pela

Deputada Municipal Ana Páscoa Baptista. ------------------------------------------------------

----- Ana Margarida de Carvalho (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela

Deputada Municipal Natacha Machado Amaro. -----------------------------------------------

----- Isabel Pires (BE), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal

Cristina Andrade. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Ricardo Moreira (BE), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal José Casimiro. --------------------------------------------------------------------------

----- Tiago Ivo Cruz (BE), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal Humberto Silveira. --------------------------------------------------------------------

----- José Inácio Faria (MPT), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado

Municipal Mário Nelson Morais Freitas. --------------------------------------------------------

----- Raúl Santos (MPT), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Municipal

Nádia Teixeira. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Joana Duarte (IND), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal

Catarina Homem. -----------------------------------------------------------------------------------

----- A Câmara esteve representada pelos Senhores Vereadores: João Paulo Saraiva,

Miguel Gaspar e Carlos Castro.-------------------------------------------------------------------

----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição João Pedro

Gonçalves Pereira, Nuno Correia da Silva, João Pedro de Abreu Costa, Nuno Rocha

Correia e Ana Rita Costenla. ----------------------------------------------------------------------

----- Às quinze horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de quórum, o

Senhor Presidente da Assembleia em exercício, declarou aberta a reunião. ------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhoras e Senhores Deputados vamos iniciar os nossos Trabalhos, já temos

quórum. Agradecia que se pudessem sentar, aqueles e aquelas que estão no recinto e

que não são Deputados que se pudessem também deslocar para os vossos lugares. ------

----- Temos um Voto de Pesar, Senhoras e Senhores Deputados, o Voto de Pesar

59/02, apresentado pelo Partido Comunista Português, relativo ao falecimento de

Armando Caldas. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Vou pedir à Senhora 2ª Secretária para proceder à leitura desse Voto de Pesar,

Senhoras e Senhores Deputados. -----------------------------------------------------------------

----- Senhoras e Senhores Deputados vamos fazer a leitura do Voto de Pesar,

agradecia que se pudessem sentar.” --------------------------------------------------------------

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----- Voto de Pesar nº. 059/02 (PCP) – Subscrito pelo Grupo Municipal do PCP)

– Voto de Pesar pelo falecimento de Armando Caldas; -----------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

procedeu à leitura do Voto de Pesar: -------------------------------------------------------------

----- “Faleceu no passado dia 13 de Março, o actor, director artístico e encenador

Armando Caldas. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Armando Caldas nasceu em Elvas, em 1935, estreou-se como actor profissional

em "O Mentiroso" de Goldoni, na Companhia Teatro de Sempre, que Gino Saviotti

dirigiu no Teatro Avenida, na época de 1958/59, tendo na temporada seguinte

integrado o elenco do Teatro Nacional Popular, de Ribeirinho, no Teatro da

Trindade. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Dedicou depois toda a sua vida à promoção e divulgação de um Teatro político

e socialmente interveniente. -----------------------------------------------------------------------

----- Esteve na fundação do Teatro Moderno de Lisboa (TML), em 1961. Foi um dos

fundadores do Primeiro Acto - Clube de Teatro, em Algés, ainda antes do 25 de Abril

de 1974 (a data oficial de fundação foi 9 de Janeiro de 1969). -----------------------------

----- Foi formador nas áreas do Teatro e Expressão dramática, realizou em 1974/75,

com Rogério Paulo, no Rádio Clube Português, “Teatro livre” um programa que

apresentou em folhetins, versões teatrais de romances de escritores portugueses. -------

----- Armando Caldas teve sempre a PIDE no seu encalço, vigiando os espectáculos,

procurando obter informações acerca da identidade dos frequentadores do pequeno

teatro de bolso, censurando textos. --------------------------------------------------------------

----- A irreverência e ousadia do 1.º Acto valeram-lhe a a obrigatoriedade de ter

ensaio de censura, como os grupos de teatro profissionais. Posteriormente, Armando

Caldas dedicou-se ao Intervalo - Grupo de Teatro, sedeado em Linda-a-Velha, no

Auditório Municipal Lourdes Norberto. ---------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na

sua sessão de 14 de Março de 2019, delibere: -------------------------------------------------

----- a) Manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento de Armando Caldas,

guardando um minuto de silêncio; ---------------------------------------------------------------

----- b) Apresentar as suas mais sentidas condolências e a solidariedade perante a

dolorosa perda à sua Família e ao Intervalo-Grupo de Teatro. -----------------------------

----- Ana Páscoa.” ----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos então proceder à votação do Voto de Pesar 59/02.” ---------------------------

----- Voto de Pesar 59/02 (PCP), não há votos contra nem abstenções. Votos a favor

do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM E 9 IND. O Voto de Pesar

59/02 (PCP) foi aprovado por unanimidade. ----------------------------------------------- ----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário) ------

----- (Neste instante fez-se um minuto de silêncio na sala de Plenário pelo falecimento

de Armando Caldas.) -------------------------------------------------------------------------------

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----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhoras e Senhores Deputados a vossa atenção, ia-vos propor aqui uma

alteração da Ordem de Trabalhos, para ver se se todos concordamos, em razão do

bom andamento dos nossos Trabalhos e também da presença da Câmara e do Senhor

Vereador Miguel Gaspar, nas matérias em que tem que intervir e dar explicação, e

devido a um compromisso familiar que ele tem, ele fez-nos o pedido se podíamos

agrupar as Propostas da EMEL junto à Proposta de Deliberação apresentada pelo

Partido Comunista Português, que tem a ver com o Metropolitano de Lisboa e,

portanto, assim se todos concordassem, nós faríamos o Primeiro Ponto da Ordem de

Trabalhos, tal como está, que é Proposta de Deliberação do Partido Comunista

Português sobre as obras nas estações do Metropolitano de Lisboa, depois faríamos as

duas Propostas da EMEL, libertaríamos o Senhor Vereador para o seu compromisso e

voltávamos à matéria do Regimento Sapadores Bombeiros, e seguíamos a Ordem de

Trabalhos, até também à articulação com o Senhor Vereador Manuel Salgado, para

vir mais tarde, exatamente para a discussão da Proposta 85/2019. --------------------------

----- Podemos prosseguir assim? Muito bem, tomo o silêncio por assentimento. Os

agradecimentos não só por parte da Mesa, como certamente do Senhor Vereador,

porque assim ele podem conjugar os compromissos, e pode estar aqui na discussão

das diferentes Propostas.” -------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 1 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO

005/PCP/2019 REFERENTE À REALIZAÇÃO DE OBRAS EM ESTAÇÕES

DO METROPOLITANO DE LISBOA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA

ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; GRELHA BASE: 34 MINUTOS;---

----- (A Proposta de Deliberação nº. 005/PCP/2019 fica anexada a esta Ata como

Anexo I e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos dar a palavra ao Partido Comunista Português, para apresentar a

Proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Estão aqui a reorganizar as inscrições, mas é o Senhor Deputado Fernando

Correia que vai apresentar esta Proposta de Deliberação e iniciar o debate em nome

do Partido Comunista Português.” ---------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Correia (PCP-Independente), no

uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente, Mesa, Senhores Deputados, Público. ----------

----- Esta questão não tem nada de novo, tendo em conta que nos últimos tempos,

particularmente no último ano, várias vezes veio aqui a esta Assembleia, vieram aqui

à Assembleia questões relacionadas com obras no Metro, nomeadamente a Estação de

Arroios. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Algumas dessas questões, na nossa opinião, vieram fora de tempo, teria sido

muito mais eficaz e mais útil que elas tivessem chegado aqui mais cedo, antes de

haver, antes de as coisas terem tido o desfecho que tiveram, não porque nós sejamos

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os donos da obra, não porque sejamos capazes de impor o que quer que seja ao

Metropolitano em Lisboa, mas, porque em termos de medidas de minorar os estragos

e as consequências do que aconteceu ali, dos atrasos, podíamos, de facto, ter

intervindo bastante mais cedo, quer a Câmara, quer nós nas Recomendações à

Câmara podíamos ter feito um conjunto de diligências. Estou-me a lembrar, a

questão, digamos, da iluminação daquele espaço entre as lojas e os tapumes,

eventualmente, os tapumes serem transparentes, de haver redução de taxas antes das

empresas e das lojas terem falido, haver mais transportes públicos, nomeadamente, da

Carris, que só se decidiu agora, recentemente, Recomendar à Câmara, portanto, todas

estas medidas para reduzir o efeito da obra, podiam ter sido tomadas em tempo útil e

não foram, e alguma parte das medidas que nós, entretanto, decidimos aqui

avulsamente acabaram por ser meros cuidados paliativos, porque o mal já está feito. ---

----- A ideia é nós termos de forma acompanhar estas obras, enquanto Câmara ou

enquanto Assembleia, portanto, eu acho que é Câmara e depois fazer chegar à

Assembleia, e podermos em tempo útil recomendar, ter uma intervenção que, de facto

tenha efeitos práticos, e que ajude, pelo menos a minorar. ----------------------------------

----- Portanto, para já, para já era isto que queria deixar aqui. Obrigado.” -----------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Vamos agora prosseguir com os oradores inscritos para a discussão desta

Proposta do Partido Comunista Português.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cristina Andrade, do Bloco de Esquerda.” ---

----- A Senhora Deputada Municipal Cristina Andrade (BE), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde a todos e a todas presentes. ---------------------------------------------

----- Relativamente a esta Proposta que aqui apreciamos queríamos referir que esta é

uma Proposta que acompanhamos, sabemos que a responsabilidade do Metropolitano

de Lisboa cabe ao Governo, a verdade é que as obras que se realizam nas estações de

Metro têm sempre um impacto muito grande na vida da cidade e das pessoas que a

habitam e que aqui circulam, seja ao nível da mobilidade seja ao nível dos

constrangimentos que criam na vida económica da própria Cidade. ------------------------

----- Vejamos, portanto, o que se passou, por exemplo, no caso da Estação de Arroios

que já aqui falamos por diversas vezes, praticamente dois anos com a estação

encerrada, para apenas adiar por mais tantos anos, a finalização de uma obra que está

a prejudicar gravemente os utentes, moradores e os comerciantes daquela zona da

Praça do Chile, e pessoas que ali circulam. -----------------------------------------------------

----- Tivemos a oportunidade de ouvir inclusivamente a Administração do Metro de

Lisboa que informou do ponto de situação do processo, e também sobre as novas

obras que estão pensadas como, aliás, refere a Proposta agora em apreciação. -----------

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----- Por isso, é cada vez mais relevante que a Câmara Municipal de Lisboa e a

Assembleia Municipal de Lisboa estejam permanentemente informadas do

andamento destas obras, datas de conclusão e eventuais problemas que possam surgir,

é um exercício de transparência e beneficia a população da cidade de Lisboa,

sabemos que, durante o Governo PSD/CDS, o desinvestimento foi de tal forma que

há muito para fazer nas estações, mas também não só nas estações, mas também no

material circulante ou no número de maquinistas e profissionais existentes, não nos

esquecemos isso e temos apresentado em sede própria várias Propostas sobre a

necessidade de investimento. ----------------------------------------------------------------------

----- Esperemos que esta Proposta possa ser aprovada e ajude a Cidade de Lisboa a ter

um escrutínio mais permanente das obras que têm um grande impacto para a Cidade e

para as pessoas que aqui circulam e que aqui habitam. Obrigada” --------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” ---------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Presidente em Exercício, Senhor Vice-Presidente,

Senhores Vereadores e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------

----- Sobre a proposta do PCP relativa às obras nas estações do Metro, Os Verdes

consideram fundamental que a CML tenha informações concretas sobre as

intervenções a realizar e os prazos a cumprir, para evitar o que se tem passado, que é

absolutamente inaceitável e causa prejuízos aos utentes, aos moradores e aos

comerciantes. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Este tem sido um assunto sobre o qual Os Verdes têm tido uma intervenção

persistente, questionando tanto o Governo como a CML, pois a autarquia tem a

obrigação de saber o que se passa. ---------------------------------------------------------------

----- Sobre as obras em Arroios, em Outubro do ano passado entregámos um

requerimento escrito, que continua a aguardar resposta, e já trouxemos o assunto aqui

a plenário. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em 2016, questionámos sobre as obras na estação do Areeiro. Recorde-se que o

átrio norte está encerrado desde 2013, com as obras suspensas desde 2014, o que faz

com esta estação não esteja preparada para utentes com mobilidade reduzida, pois é

no acesso que está por concluir que será colocado o elevador. ------------------------------

----- Neste contexto, importa salientar que a rede do Metro tem atualmente 30

estações que não garantem uma acessibilidade plena aos utentes com mobilidade

reduzida ou condicionada. -------------------------------------------------------------------------

----- Consideramos que é fundamental contrariar a degradação que se tem apoderado

deste serviço de transporte, neste caso concreto no que diz respeito às condições das

estações, para que as obras sejam feitas, com rigor e com celeridade, não podendo a

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Câmara prescindir de saber em concreto o que se passa e de ter um papel

reivindicativo nesta matéria. ----------------------------------------------------------------------

----- Por fim, estamos plenamente de acordo com a criação de um canal de

comunicação permanente entre o Município e o Metropolitano. Foi precisamente

nesse sentido que esta Assembleia aprovou uma proposta de Os Verdes, em Abril de

2018, para que a autarquia diligenciasse junto do Governo para voltar a dispor de um

lugar na Administração do Metro, que permitisse uma voz mais ativa sobre este

importante modo de transporte para a cidade. --------------------------------------------------

----- Por todas estas razões, Os Verdes entendem que esta proposta é da maior

pertinência e votaremos a favor, reforçando que a autarquia não pode abdicar de

defender as necessárias obras nas estações, com o devido acompanhamento e

informação. Obrigada.” ----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Municipal João Valente, do PS.” ----------------

----- O Senhor Deputado Municipal João Valente (PS), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente em Exercício, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. -----

----- O fecho da estação do Metro de Arroios, bem como as obras em falta noutras

estações de Metropolitano de Lisboa têm causado graves transtornos à população da

cidade de Lisboa, moradores, trabalhadores e comerciantes. ---------------------------------

----- No que diz respeito a Arroios, desde julho de 2017, que a população não tem

acesso a este meio de transporte, impedindo o que se esperou que durasse até e que

dura até 2019, que era aquilo que inicialmente estava previsto as obras acontecerem. --

----- A falência da Empresa encarregue das obras veio alargar este prazo e agora o

Metropolitano, muito embora a gestão do Metropolitano de Lisboa, explorou todos os

instrumentos que tinha de gestão para salvaguardar o interesse da população, tal não

foi possível e teve que rescindir o contrato com o empreiteiro. ------------------------------

----- Após novo concurso, calcula-se que os utentes da estação de Arroios possam

usar este meio de transporte apenas em 2021, é muito tempo para o Metro não estar

acessível à população que reside e trabalha nesta zona, demasiado tempo, dizemos. ----

----- Incentivar o uso de transporte público passa por garantir a sua viabilidade, passa

por assegurar a intercomunicabilidade com outros meios de transporte, papel que a

estação de Arroios bem desempenhava. ---------------------------------------------------------

----- Percebemos todos que são imponderáveis, que nem a empresa Metropolitano de

Lisboa nem a Câmara Municipal conseguem prever a controlar, no entanto, há que

olhar para as necessidades das populações e tentar minorar os seus prejuízos a todos

os moradores, pessoas que aí trabalham, comerciantes e turistas. --------------------------

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----- Por último e em relação aos comerciantes foi aprovado em Sessão de Câmara, e

está em processo de consulta até 5 de abril, a Proposta que vai isentar os comerciantes

do pagamento de taxas durante as obras. -------------------------------------------------------

----- Vamos votar favoravelmente a Proposta do Partido Comunista, uma vez que é

urgente que toda a Rede do Metropolitano fique operacional o mais rapidamente

possível. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- De acordo com informações também do Senhor Vereador, no Ponto 2 da

Proposta já está inclusive a implementação. Disse.” ------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves, Independente.” ----

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado beneficia da cedência de tempo do PPM.” ----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rodrigo Mello Gonçalves (IND), no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados. --

----- Muito rapidamente para cumprimentar o PCP pela Proposta que traz aqui hoje,

de facto é importante que a cidade tenha conhecimento das obras e do planeamento

das obras do Metro, dados os constrangimentos que muitas vezes trazem às zonas

afetadas, e eu deixava aqui uma sugestão ao PCP, no sentido de complementar a

Proposta para que a Câmara Municipal entregue também, ou forneça a esta

Assembleia os cronograma dos trabalhos das diversas obras que o Metro tem

previstas, isto porque há fases em que as obras podem correr mais em subsolo, há

outras mais à superfície e, portanto, faria todo o sentido que esta Assembleia pudesse

ter o cronograma dos trabalhos, para além da data de início e do fim, para poder

acompanhar o andamento dessas mesmas obras e eventualmente até antecipar

constrangimentos que possam existir. Obrigado.” ---------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Independente Rui Costa.” ------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Presidente em Exercício, Senhoras e Senhores Vereadores,

Senhoras e Senhores Deputados Municipais, lembrar aqui que, apoiando totalmente

esta Proposta do Partido Comunista, o Partido Comunista vai fazendo uma

progressiva aproximação à razão, e lembrar isto porque, de facto, há uma separação

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muito grande em termos institucionais entre o Município de Lisboa e o Metropolitano

de Lisboa, e queria lembrar que na sua génese o Metropolitano era uma empresa

quase exclusivamente de capitais do Município que foi nacionalizada em 1975, e cuja

transição para o Município merece ser equacionada, aliás, na senda de deliberações

tomadas por esta Assembleia, no mandato anterior. ------------------------------------------

----- Bem sabemos que a rede se estende, que tem interesse Metropolitano, mas seja

como for, é uma forma de institucionalização desta relação entre o Município e o

Metropolitano que tem de ser encontrada, com poder de decisão, já agora, e vamos

ver, ainda vamos ver o Partido Comunista a vir aderir a essas teses, muito em breve.

Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Vereador Miguel Gaspar da Câmara.” ----------------------

----- O Senhor Vereador Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: -----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente. -------------------------------------------------------

----- Relativamente a esta Proposta do PCP e em particular sobre a parte deliberativa,

de facto, estamos juntos neste desejo que as obras sejam sempre tão rápido quanto

possível, e que haja este ponto de contacto regular com o Metropolitano de Lisboa,

pessoalmente tenho falado com o Senhor Presidente Vítor Santos, exatamente para

montarmos estes canais de comunicação, acho que está melhor agora do que há um

ano atrás, e inclusivamente, relativamente àquilo que é a obra da linha circular que,

como todos sabemos, sempre que há uma obra de construção de novos túneis, não é

não só estas que, apesar de tudo que estas são melhorias em estações, mas obras de

novos túneis tem sempre um enorme impacto na cidade e, como vem aí uma nova

obra, felizmente, de novas estações da cidade de Lisboa, foi identificada ou uma

dirigente da direção Municipal de Mobilidade que vai concentrar, vai ter competência

para lidar com todos os assuntos com o Metropolitano de Lisboa, tenha que lidar com

a Câmara em todas as matérias relativas à obra, isto facilita o ponto de contacto,

agiliza o ponto de contacto e espero que seja uma forma mais rápida também de

resolver os problemas que possam aparecer na obra. ------------------------------------------

------ A única coisa que eu gostava de dizer aqui em termos políticos é, apesar de

tudo, uma palavra que está nos considerandos e alguns discursos que eu tenho ouvido

falar aqui, também inclusivamente da parte do Bloco de Esquerda, dizer que está tudo

por fazer eu acho que é injusto para aquilo que já foi feito, se nós pegarmos no que é

o exemplo que o Bloco de Esquerda fala, do material circulante, em 2015 quando o

Governo toma posse não havia investimento no Metro, estavam 30 carruagens

paradas, hoje à data de hoje estão duas carruagens paradas! Gostávamos de ter mais, é

verdade, mas caramba, passamos de 30 para 2, passar de 80 carruagens a circular para

110 carruagens a circular, são mais 20% de serviço na cidade de Lisboa. ----------------

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----- Acho que a minha obrigação, como Vereador da Mobilidade da cidade de Lisboa

é reconhecer o bom que o Metropolitano tem feito, sabendo que há muito para fazer,

e que temos que continuar a fazer, é essa a nossa obrigação sempre, mas reconhecer o

investimento que já foi feito, reconhecer o trabalho está a ser feito. ------------------------

----- A outra coisa que eu não gosto na Proposta de Deliberação do PCP, mas não será

certamente por causa disso que discordo que o conteúdo, é a palavra “inaceitável”,

quer dizer, o Metro não faliu, o empreiteiro, o Metro não quis acabar com o

empreiteiro, só não há problema nas obras como não houve no Governo anterior,

porque não havia obras. Quem vai quem faz obras está sujeito ao cumprimento da lei,

ao comprimento do Código dos Contratos Públicos e, por vezes, os prestadores de

serviços falham e temos que reagir rapidamente e, portanto, a palavra aceitável,

parece-me excessiva, porque o oposto seria a ilegalidade de não cumprir com a lei,

coisa diferente, Senhores Deputados, é minimizar o impacto na população, temos as

medidas podemos ter, como a Câmara está a ter de isenção das taxas, mitigar o

impacto nas pessoas, mas indesejável é certamente, inaceitável parece-me excessivo.

Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vereador. ---------------------------------------------------------

----- Não sei se o Partido Comunista Português quer usar da palavra. O Senhor

Deputado Fernando Correia, para eventualmente encerrar o debate, já que nós temos

mais inscrições. ” -----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Correia (PCP-Independente), no

uso da palavra fez a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------

----- “Ora, eu compreendo, digamos, a reticência do Senhor Vereador, mas também

sou capaz de explicar, eu quando digo inaceitável é porque aquilo era uma morte

anunciada, sabia-se que aquela obra não ia acabar bem. Porquê? Porque aquela

empresa não tinha condições de executar aquela obra! E eu não sou especialista na

matéria, seguramente que o Metro saberia isso melhor do que eu, não foi um

concurso público, por aquilo que eu julgo saber, foi? Mas aquela empresa, de facto,

desde o início não tinha condições, nós estávamos aqui a discutir no final de 2017, 4

ou 5 meses só para montar o estaleiro, só para montar os tapumes, isso era logo

indício de que as coisas estão muito mal, aquela empresa estava numa situação

económica muito difícil quando aceitou aquela obra, ou quando aquela obra lhe foi

entregue e, portanto, dificilmente chegaria a bom porto. -------------------------------------

----- Além de que houve muitos meses com obra parada, em que as pessoas que ali

viviam e que ali passavam queixaram-se de não ver ninguém a trabalhar, ou de haver

3 ou 4 operários, inclusivamente com salários em atraso, isto até veio nos jornais e,

portanto, quando usamos a palavra “inaceitável” é no sentido de que alguma coisa

tinha que ser feita mais cedo! É evidente que do ponto de vista legal, estas coisas

demoram, é muito complicado até que se verifique uma falência e que tenha que se

lançar um novo concurso, são processos complicadíssimos que favorecem sempre,

digamos, o empreiteiro, não é? E que o Metro também terá sido vítima disso, mas é

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só por isso que usamos a palavra “inaceitável”, portanto, é só neste contexto.

Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- Entretanto registámos mais uma nova inscrição. Cristina Andrade, do Bloco de

Esquerda. “ -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cristina Andrade (BE), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada, boa tarde, muito rapidamente, até para evitarmos que este não

se transforme numa sessão de gramática. -------------------------------------------------------

----- Aquilo que nós referimos não foi que estava tudo por fazer, o que referimos foi,

e passo a repetir, sabemos que durante o Governo PSD/CDS, o desinvestimento foi

de tal forma que há muito por fazer nas estações, mas também no material circulante

e no números de maquinistas e profissionais a contratar, creio ter sido clara, mas se

não o fui repito novamente. Obrigada.” ---------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- Penso que agora sim, não temos mais inscrições, temos uma Proposta de

alteração a esta deliberação. ----------------------------------------------------------------------

----- Peço a atenção das forças políticas, no ponto 1 onde terminava “ e quais as datas

de início e fim de cada uma dessas obras” deve passar a ler-se “ e quais as datas de

início e de fim e os cronogramas de cada uma dessas obras” e, portanto, com esta

alteração, vamos passar à votação a Proposta de Deliberação 05/2019, do Partido

Comunista Português, agradecia que se pudessem sentar. -----------------------------------

----- Aguardar que os Senhores e as Senhoras Deputadas se cumprimentem, para

depois se sentarem e podermos fazer a votação.” ----------------------------------------------

----- Proposta de Deliberação 05/PCP/2019 (Retificada), não tem votos contra nem

de abstenção, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT e 10

IND. A Proposta de Deliberação 05/PCP/2019 foi aprovada por unanimidade. --------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Tendo em atenção a alteração que consensualizámos no início dos Trabalhos

vamos passar agora às propostas relativas à EMEL. -----------------------------------------

----- Tenho uma proposta do Partido Ecologista “Os Verdes”, não sei se a Câmara e

as restantes forças políticas concordam para que possamos fazer a discussão em

conjunto do ponto 1 da parte deliberativa da Proposta 21 e da Proposta 22, ou seja,

para agruparmos a discussão das duas propostas da EMEL. Alguém se opõe a que

façamos esta junção? Com a necessária duplicação dos tempos. A Câmara também

concorda Senhor Vice-Presidente? Senhor Vereador? Podemos apresentar em

conjunto e discutir em conjunto? Muito bem, então assim, vamos fazer. ----------------

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----- A Senhora Segunda Secretária vai agrupar as inscrições também, provavelmente

serão as mesmas e vai ler para ver se não falha nada.” --------------------------------------

----- PONTO 4 - APRECIAÇÃO DO PONTO 1 DA PARTE DELIBERATIVA

DA PROPOSTA 21/CM/2019 - ALTERAÇÃO DOS ESTATUTOS DA EMEL –

EMPRESA MUNICIPAL DE MOBILIDADE E ESTACIONAMENTO DE

LISBOA, E.M, S.A., NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO

DISPOSTO NA ALÍNEA CCC) DO N.º 1 DO ARTIGO 33.º DO ANEXO I DA

LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, E DO ARTIGO 22.º-A DA LEI N.º

50/2012, DE 31 DE AGOSTO; GRELHA BASE: 34 MINUTOS; --------------------------

----- PONTO 5 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 22/CM/2019 - MINUTAS

DOS CONTRATOS DE MANDATO A CELEBRAR COM A EMEL –

EMPRESA MUNICIPAL DE MOBILIDADE E ESTACIONAMENTO DE

LISBOA, E.M., S.A., PARA A GESTÃO DA REDE SEMAFÓRICA DA

CIDADE DE LISBOA E PARA A EXECUÇÃO DE CICLOVIAS E A

ASSUNÇÃO DOS COMPROMISSOS PLURIANUAIS REFERENTES AO

CONTRATO DE MANDATO PARA A GESTÃO DA REDE SEMAFÓRICA

DA CIDADE DE LISBOA, COM REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PARA OS

ANOS DE 2019, 2020 E 2021, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO

DAS DISPOSIÇÕES CONJUGADAS DO N.º 2 DO ARTIGO 36.º DA LEI N.º

50/2012, DE 31 DE AGOSTO, E DO N.º 1 DO ARTIGO 5.º-A DO CÓDIGO DOS

CONTRATOS PÚBLICOS E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO ARTIGO 6.º DA

LEI N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NO ARTIGO 12.º DO DECRETO-LEI

N.º 127/2012, DE 21 DE JUNHO E NO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º

197/99, DE 8 DE JUNHO; GRELHA BASE: 34 MINUTOS; --------------------------- ----- Parecer da 8ª Comissão Permanente sobre as Propostas 21/CM/2019 e

22/CM/2019. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº. 21/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo II e dela faz

parte integrante) ----------------------------------------------------------------------------------

----- (A Proposta nº. 22/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo III e dela faz

parte integrante) -----------------------------------------------------------------------------------

------ (O Parecer da 8ª. Comissão Permanente fica anexada a esta Ata como Anexo

IV e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Estão inscritos a Relatora, a Senhora Deputada Isabel Pires, do Bloco de

Esquerda, o Senhor Deputado Fernando Correia, do PCP e a Senhora Deputada

Cláudia Madeira, do PEV, os dois inscritos para as Propostas 21/2019 e para a

22/2019.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem.” --------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

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----- “E o Senhor Deputado António Prôa.” ---------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, as restantes inscrições, como habitual é usarem aqui o telefone

para a 1ª Secretária, que tomará nota. ---------------------------------------------------------

----- E vamos passar a palavra ao Senhor Vereador para apresentar as duas propostas,

como consensualizámos.” -----------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente não me levará a mal, eu olho sempre para o Senhor Vice-

Presidente a ver se ele me deixa falar mesmo, mas agradeço a palavra a ambos.” ------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Ela já tinha comunicado que era o Senhor Vereador para as três primeiras.” ----

----- O Senhor Vereador Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, apresentando a Proposta, eu antes do mais gostava de agradecer

uma vez mais aos Senhores Deputados da 8ª Comissão, bem como ao Senhor

Presidente António Prôa, da 8ª. Comissão a disponibilidade também para me

receberem e falar na Comissão sobre este tema que ajudou a esclarecer no concreto

as propostas e o conteúdo das mesmas. No essencial, temos uma alteração aos

estatutos da EMEL, num primeiro momento, esta alteração de estatutos está em linha

com a opção política e estratégica do Município, no tornar cada vez menos a EMEL,

a empresa de estacionamento da Lisboa, e cada vez mais a empresa de mobilidade da

cidade de Lisboa, isso significa conseguirmos continuar a reforçar a EMEL naquilo

que são as suas competências. ------------------------------------------------------------------

----- Há um conjunto de pequenas alterações aos estatutos a partir do Artigo 32 que,

no essencial são questões de organização interna da empresa, mas, no essencial

aquilo que eu acho que merece maior discussão política é mesmo aquilo que é a

mudança do âmbito do objeto da EMEL e, no essencial, são dois temas que são

alterados, com um maior significado, a alínea h), que a EMEL passa a ter

competência para a prestação de serviços de iluminação e gestão de redes

semafóricas, ou seja, isto corresponde à opção estratégica que o Município tomou de

toda a modernização do sistema de semáforos que está, neste momento, já a ser

iniciada, seja assegurada pela EMEL, estamos em fase dos estudos e dos projetos

necessários para esse efeito. E também a questão da EMEL passar a ser responsável

pela manutenção, gestão, sinalização, melhoria, expansão daquilo que é a rede

ciclável da cidade e, nesse sentido, uma alteração também na alínea c), construção e

operação de infraestruturas de suporte a todos os modos mobilidade, clarificando que

a EMEL pode, de facto, intervir sobre a infraestrutura de toda a mobilidade da

Cidade de Lisboa. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Estas são as duas grandes alterações, que eu gostaria de destacar nos Estatutos

da EMEL, está muito alinhado com o plano de atividades e orçamento, que também

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já foi discutido, quer em Câmara, quer apresentada aos Senhores Deputados nesta

Assembleia e depois, finalmente, então, consequência desta Alteração de Estatutos,

temos dois contratos de mandato, um para a execução de ciclovias na Cidade de

Lisboa, outro para a modernização e manutenção da rede de semáforos da cidade de

Lisboa, penso que são contratos absolutamente claros no seu âmbito. -------------------

----- Eu gostaria só de destacar a cláusula 7ª e a cláusula 8ª de cada um deles, algo

que o Senhor Vice-Presidente tem lutado bastante, e tem destacado bastante, que são

as cláusulas de escrutínio destes contratos, por parte dos Órgãos Municipais em que

em ambos os casos está plenamente assegurado que, embora sejam atividades que

sejam neste caso, a ser contratadas à EMEL, aquilo que é o essencial continua a ter

que vir à Câmara e que poderá vir à Assembleia, quer aquilo que são os documentos

de atividades, os relatórios de atividades e prestação de contas da EMEL, mas no

caso concreto dos semáforos, o documento estratégia da gestão semafórica e, na

questão das ciclovias, a questão do planeamento das ciclovias. ---------------------------

----- Finalmente também só referir que isto não se trata em momento algum de tirar

trabalho àquilo que é a Direção Municipal de Mobilidade e passá-lo para a EMEL,

felizmente a Direção Municipal de Mobilidade está cheia de trabalho está com

dificuldade até com os meios que tem, em dar resposta a todos os desafios que temos

e, portanto, esse é o nosso foco, tornar as equipas mais eficientes. Tudo aquilo que é

opção estratégica, infraestrutura, tudo o que é importante continua a ser uma decisão

da Autarquia. À EMEL cumpre executar e manter. -----------------------------------------

------ Com isto conseguimos crescer na nossa capacidade de produção, conseguimos

ao mesmo tempo que fazemos ciclovias, ao mesmo tempo que fazemos semáforos,

continuar a trabalhar nas infraestruturas de UITS, de sistema inteligente de

transportes do IOT, da Smart City, e das câmaras de videovigilância, que são tantas

vezes discutidas aqui, das câmaras tráfego, dos radares. Tudo isto são temas que

estão no dia-a-dia e, com estes dois contratos, neste momento, a EMEL passa a poder

dar uma ajuda importante, conseguimos cumprir e a levar a bom termo o programa

de governo desta cidade. ------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado Senhor Presidente.” -----------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vereador, como já ficou há pouco claro, temos um

parecer da 8ª Comissão Permanente sobre as diferentes propostas, a Senhora

Deputada Municipal Isabel Pires foi a Relatora e prescindiu da apresentação do

parecer e, portanto, vamos dar a palavra aos oradores inscritos para a discussão

conjunta destas duas Propostas.” ---------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Fernando Correia, do PCP.” -------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Correia (PCP-Independente), no

uso da palavra fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Presidente. ------------------------------------------------------------

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----- Senhor Vereador, eu ouvi-o atentamente e, portanto, nada do que eu vou dizer,

pressupõe que não o ouvi. -----------------------------------------------------------------------

----- A alteração dos estatutos da EMEL destina-se a esvaziar os serviços da Câmara

Municipal de Lisboa, à semelhança do que aconteceu anteriormente, designadamente

com a perda de competências da Direção Municipal de Cultura, para a EGEAC, e

uma situação semelhante que há de acontecer com a Direção Municipal de Obras. ----

----- Esta alteração dos estatutos da EMEL, no que concerne objeto social tem como

objetivo adicionar competências, nomeadamente, prestação de serviços de

implementação e gestão de redes semafóricas e, por último, fiscalizar o cumprimento

das disposições do Código de Estrada, das normas constantes de legislação

complementar, e os regulamentos e posturas municipais relativos ao estacionamento

público e serviços de apoio à mobilidade urbana. --------------------------------------------

----- Temos dúvidas legais, se esta competência pode ser transferida para uma

Empresa Municipal! ------------------------------------------------------------------------------

----- Com a referida alteração dos estatutos da EMEL, uma parte considerável das

competências da Direção Municipal de Mobilidade ficam esvaziadas e quase

desaparecem as competências da Divisão de Operações de Mobilidade relacionadas

com a gestão do atual sistema semafórico da rede viária da cidade. ---------------------

----- A competência de gestão das redes semafóricas nunca deveria ser delegada

numa Empresa Municipal dada a complexidade técnica do assunto e as implicações

graves no funcionamento da cidade e o profundo conhecimento desta matéria pelos

técnicos dos serviços. ----------------------------------------------------------------------------

----- Existem igualmente dúvidas relacionadas com os poderes necessários à

contratação, acompanhamento e fiscalização de empreitadas, executadas por conta do

Município, do que forma vai ser efetuada essa fiscalização? E o lançamento destas

empreitadas, já não vai ser analisado pela Câmara e pela Assembleia Municipal? E

os bens municipais, que o Município transfere para a EMEL? O que é que vai

acontecer também em relação a isto? ----------------------------------------------------------

----- Existem ainda dúvidas da parte do PCP relativas ao artigo 41º, Regime de

Pessoal, este artigo que possibilita que os trabalhadores com relação jurídica de

emprego público possa exercer funções na EMEL por acordo de cedência de

interesse público, é para possibilitar a ida dos trabalhadores da Direção Municipal de

Mobilidade para a EMEL? ----------------------------------------------------------------------

----- Sobre a questão, já que estamos a discutir em conjunto, sobre a questão da

segunda proposta, ainda relativa à EMEL, esta Proposta visa aprovar à Assembleia

Municipal as minutas dos contratos de mandato a celebrar com a EMEL,

designadamente para a questão da rede semafórica da cidade de Lisboa no valor de 5

milhões e 460 mil euros, que tem uma repartição de encargos para os anos 2019/20/

21 e parece que são das ciclovias no valor de 3 milhões 298 mil euros. ------------------

----- Ao celebrar estes contratos de mandato a Câmara Municipal de Lisboa está a

transferir competências da Direção Municipal de Mobilidade, e volto a repetir, e a

esvaziar os serviços, e a pagar por isso através do reforço de meios financeiros, um

valor global de 8 milhões 758 mil euros. O contrato de mandato com vista à gestão

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da sinalização semafórica da cidade, que tem como prazo de vigência o dia 31

dezembro 2021. O que acontece a esta gestão depois dessa data? -------------------------

----- De acordo com a cláusula 3, número 2, do contrato mandato os poderes de

gestão da EMEL abrangem todos os poderes necessários para o planeamento,

contratação, acompanhamento e fiscalização dos contratos a celebrar para os efeitos

de gestão da rede de sinalização semafórica de Lisboa, incluindo a manutenção,

modernização e assistência técnica e contratação de prestadores de serviços,

fornecedores, empreiteiros e equipa de fiscalização. ---------------------------------------

----- Estamos a transferir estas competências e a possibilitar que seja subcontratada

com todos os riscos daí consequentes, que implicações existem para a segurança da

cidade? ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em matéria de gestão da rede sinalização semafórica da cidade de Lisboa, qual é

a calendarização das atividades? Cláusula 6ª. Relativamente ao contrato mandato a

execução das ciclovias, qual a calendarização das ciclovias identificadas no anexo? --

----- Senhor Vereador, eu compreendo a necessidade da Câmara, na vossa perspetiva

agilizar procedimentos, inclusivamente retirando algumas coisas da necessidade de

passar pela Câmara e por esta Assembleia, mas lamentaria no futuro ligar para a

EMEL para falar com a Câmara. Boa tarde.” -------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” -------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhor Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores e

Senhores Deputados. -----------------------------------------------------------------------------

----- Mais uma vez apreciamos nesta Assembleia propostas que pretendem: primeiro,

aprovar alterações aos estatutos das empresas municipais, neste caso da EMEL, e

depois, aprovar contratos de mandato para concretizar essas alterações aos estatutos.-

----- A opinião de Os Verdes sobre estas propostas é que a autarquia pretende tão só

alargar o objeto desta empresa municipal, abrindo desta forma as portas para

descentralizar na EMEL competências em áreas que são da responsabilidade do

município. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Estamos perante uma alteração aos estatutos que pretende dar seguimento ao

Plano de Atividades e Orçamento para 2019 da EMEL, e que prevê a atribuição de

novas competências no âmbito da Modelação de Tráfego e da gestão da Rede de

Sinalização Semafórica da cidade, bem como da construção de ciclovias. --------------

----- Um filme recorrente nesta Assembleia, já visualizado em várias ocasiões, e

aplicado recentemente à SRU, e já na altura alertámos para o facto de a SRU passar a

ser uma verdadeira nova Direcção Municipal de Projectos e Obras, com todo o

esvaziamento de serviços municipais que isso implicou, ou à Carris que, com a

alteração dos seus estatutos, passou a ter poderes de fiscalização. ------------------------

----- Hoje, face a estas propostas voltamos a alertar para o esvaziamento de algumas

das atribuições da Direcção Municipal de Mobilidade, particularmente da Divisão de

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Operações e Mobilidade. Não só atribuições, como também trabalhadores, como

prevê a proposta relativa ao contrato de mandato. Ou seja, confirma-se claramente

um esvaziamento de recursos humanos e de competências da autarquia. ----------------

----- O executivo refere que os estatutos das várias empresas municipais permitem

uma flexibilidade por forma a colocar as empresas a desenvolver actividades mais

flexíveis, mas, para Os Verdes, não se trata de flexibilidade, mas sim de esvaziar

serviços estratégicos da autarquia, neste caso, na área da mobilidade. -------------------

----- E não compreendemos como é possível afirmar que colocando estas

competências nas empresas municipais se estão a reforçar outras na Câmara, quando

até se prevê que sejam transferidos trabalhadores. Não visualizamos em nada esse

reforço. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- É também com preocupação que vemos a passagem da competência da

construção de ciclovias para a EMEL, e é caso para questionar se a CML não tem

condições para o fazer. Não só para construir novas estruturas, mas também para

mantê-las, uma vez que há várias a necessitar de manutenção. ----------------------------

----- Aproveitamos igualmente para questionar quantos trabalhadores terá a EMEL

que contratar para dar resposta a estas competências. ---------------------------------------

-----À semelhança do que temos defendido em anteriores e semelhantes propostas,

Os Verdes consideram que esta política de esvaziamento dos serviços municipais é

errada e pode levar a que a EMEL possa contratar outras empresas para fazer esse

serviço. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Constatamos mais uma vez que a Câmara se está a desvincular de pensar e

construir uma cidade integrada e participada e, acima de tudo, a delegar o seu papel

de promotor de uma mobilidade mais sustentável e inclusiva de Lisboa, numa

empresa municipal. -------------------------------------------------------------------------------

----- Importa referir que o que se tem verificado e, como se prevê que neste caso

também ocorra, são externalizações de serviços onde os projectos e obras públicas

passam a ser assumidos sem qualquer informação, participação ou discussão

antecipada, fruto do lançamento de procedimentos de contratação de prestação de

serviços. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- E aqui, mais uma vez, o poder fiscalizador da actividade da autarquia fica fora

da esfera da abrangência desta Assembleia, algo com que Os Verdes estão em pleno

desacordo. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Já vimos este filme e já vimos como termina e, por isso mesmo, não nos

revemos nestas opções e não podemos dar a anuência a estas propostas, pelo que

votaremos em conformidade. Obrigada.” -----------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado António Prôa, do PSD.” ------------------------

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----- O Senhor Deputado Municipal António Prôa (PSD), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente, Senhores Deputados, Senhores Vereadores,

permitam-me também que cumprimente o senhor presidente da EMEL, que assiste a

este este debate. Um debate sobre a alteração dos estatutos EMEL e também como

foi referido sobre os contratos de mandato entre a Câmara Municipal e a EMEL, na

sequência da alteração estatutária. --------------------------------------------------------------

----- Bom, em primeiro lugar, Senhoras Deputados, Senhor Vereador, a questão do

conceito, o conceito de transformar a EMEL de uma empresa de gestão do

estacionamento numa empresa de mobilidade, é uma ideia com a qual nós

concordamos e temos dado, disse os sinais positivos. --------------------------------------

----- De facto o potencial que existe e as exigências da gestão da questão da

mobilidade como questão central na gestão da cidade, ganha com uma visão mais

abrangente do papel da EMEL, sobre isso estamos de acordo que não haja quaisquer

dúvidas. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Também de acordo e muito positivo e, aliás, o Senhor Vice-Presidente João

Paulo Saraiva recordar-se-á a figura do contrato de mandato, é uma figura que há

muito nós defendemos, eu próprio tive ocasião de me referir a isso, como um

instrumento mais transparente no relacionamento entre a Câmara e as Empresas

Municipais, este é um instrumento, de facto, adequado pela transparência e também,

pelo facto de ser mais facilmente escrutinada, por isso também de acordo com o

instrumento. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- A questão em concreto é que nos separa, estamos perante e utilizando uma

expressão que já foi utilizada aqui hoje e que me parece que ilustra bem que está em

causa, há manifestamente um esvaziamento por transferência de competências que

eram do Município para as Empresas Municipais, isso é um facto inegável, não posso

deixar de considerar curioso que algumas das forças políticas que se referiram

precisamente, utilizando a expressão esvaziamento, procurando ilustrar a

transferência de competências da Câmara Municipal para as Empresas Municipais,

foram elas próprias, nomeadamente o PCP e o PEV, foram elas próprias num dos

anos 90, em coligação com o Partido Socialista na gestão da Câmara Municipal de

Lisboa, precisamente criaram e promoveram a criação de muitas empresas

municipais, também factualmente conduzindo à transferência de competências da

Câmara para as Empresas Municipais e, nessa medida utilizando uma vez essa

expressão, esvaziando de competências, a Câmara Municipal, mas, enfim, é a

evolução dos tempos! ----------------------------------------------------------------------------

----- Agora, de facto, o que está aqui em causa, neste caso em concreto, é um

esvaziamento de competências, competências que eram da responsabilidade da

Câmara Municipal passam a ser da EMEL. --------------------------------------------------

----- Ora, e neste caso muito concreto, nós não temos nenhuma visão dogmática

relativamente a esta matéria, do nosso ponto de vista o que importa é que os recursos

do Município sejam geridos da forma mais eficaz possível, traduzindo de outra

forma, satisfazendo de melhor forma as necessidades da cidade e dos lisboetas e,

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portanto, não temos nenhuma visão dogmática sobre esta questão, mas importa no

caso em concreto, analisar o que está em causa, e permitam-me utilizar, desta vez,

uma outra expressão, o que está em causa é neste caso em concreto, é olhar para a

EMEL como uma espécie de barriga de aluguer, é isso que está aqui em causa,

porquê? Porque, de facto, não vai a EMEL passar a fazer diretamente alguma coisa

que a Câmara Municipal vai fazer, permitam-me que explique, no caso concreto da

gestão dos semáforos e da construção de ciclovias, o que acontecia até agora era que

a Câmara Municipal contratava serviços externos para garantir a manutenção dos

semáforos, já agora aqui entre nós, nos últimos anos têm sido muito mal geridos, mas

contratavam uma empresa para gerir os semáforos, há muitos anos que o fazia, e

quando contratava e continuará a contratar empresas para construir as ciclovias. ------

----- Ora o que vai acontecer é que, em vez de ser a Câmara Municipal a contratar as

empresas para executar estes serviços, vai passar a ser a EMEL a contratar empresas

para executar estes serviços e, portanto, é, de facto, uma barriga de aluguer, a EMEL

neste caso em concreto, e isso parece-nos bastante criticável porque não

vislumbramos, neste caso nenhuma vantagem, a não ser quando o Senhor Vereador

teve oportunidade de referir que considerava que, por diversas dificuldades da

gestão, que estão inerentes à gestão autárquica, considerava que a EMEL poderia

fazê-lo de forma mais eficaz, isto significa o seguinte, isto significa que a Câmara

Municipal de Lisboa, este executivo desistiu de apostar nos Órgãos Autárquicos

como instrumentos central da gestão da cidade, desiste de lutar contra as dificuldades

e passa o problema para as empresas municipais. Ora, isto do nosso ponto de vista, é

criticável, se há dificuldades, então não há que desistir, se há dificuldades há que

alterar a forma como as regras impostas aos Municípios, para que os Municípios

sejam capazes tão bem ou melhor, de fazer como as Empresas Municipais, ------------

----- Termino já senhor Presidente, se há dificuldade em contratar pessoal adequado

então se agilize esse processo e há formas de o fazer legalmente, se há dificuldades

na contratação pública e quanto a isso, parece-me que, apesar de tudo há

equivalência nas exigências para as Empresas Municipais e os Municípios, mas se há

que afinar, então que se afine, mas que não se desista de apostar nos Órgãos

Autárquicos como instrumento central da gestão da cidade. -------------------------------

----- É isso que está aqui em causa e é por isso que nós criticamos, criticamos que a

Câmara tenha desistido, que passe as dificuldades para as Empresas Municipais,

esvaziando, e a palavra é essa mesma, as competências do Município e em suma,

desistindo de fazer aquilo que é sua obrigação, a obrigação democrática e a

obrigação enquanto entidade obrigados em quem os cidadãos confiaram. Obrigado

Senhor Presidente.” -------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “ Vamos passar ao próximo Senhor Vereador inscrito.” ------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Câmara Municipal de Lisboa.” --------------------------------------

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----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde a todos. Começo eu para depois passar a palavra ao Vereador Miguel

Gaspar, não querendo eu gastar o tempo, isto não é fácil, de todo. ------------------------

----- Começando pelo Deputado António Prôa, reconhecer de facto que o que o PSD

e, nomeadamente, o Deputado António Prôa tem sido muito coerente sobre esta

matéria, naquilo que se referiu inicialmente sobre a importância da evolução para

uma empresa de mobilidade, sobre a importância dos contratos de mandato e dessa

figura a que introduz aqui a par dos contratos-programa, uma maior transparência no

processo de relação entre o Município e a as Empresas, as suas Empresas

Municipais, porque em grande parte dos discursos que eu ouço sobre esta matéria, os

Senhores Vereadores, peço desculpa porque ainda estou na parte da manhã! Os

Senhores Deputados esquecem-se da palavra “suas”, e aqui suas aplica-se na sua

mais diria, palavra de forma muito, muito, muito, concreta, quer dizer “suas”, são

cem por cento da Câmara, as Empresas são cem por cento da Câmara! Somos nós,

são os Senhores que a determinam que é que são os estatutos, o que que é o objeto,

são os Senhores que determinam em cada momento, o que é o Orçamento da

Empresa, em grande medida por tudo aquilo que são somos bons os instrumentos que

vêm aqui, quer sejam os regulamentos, quer seja os Orçamentos, quando vem o

Orçamento da Câmara também vêm os Orçamentos da Empresa Municipal, podiam

dizer, bem, mas antigamente era melhor, mas isso é outra, vinham individualmente

tínhamos muito mais capacidade de escrutínio, nós Assembleia, mas a Câmara lá

continua com esse poder, é a Câmara que determina o que é que a empresa vai fazer,

é a Câmara que nomeia os Administradores da Empresa, portanto, peço desculpa,

mas quando se diz que estamos a fazer nas Empresas “barriga de aluguer” a figura

não está bem escolhida, porque se eu bem me lembro daquilo que é a de barriga de

aluguer, estamos a falar de um casal ou alguém encontrar uma mulher que está

disposta a gerar uma criança no seu seio, normalmente por inseminação artificial,

não tendo ou tendo o mínimo de relação com essa mulher, e acabando a relação

quando a criança é gerada, ora aqui de nada disto se trata. A mulher não é não é

mulher, é um ser que umbilicalmente está ligado à Câmara Municipal, é detido a cem

por cento, portanto, a primeira premissa não se verifica, tudo o que é gerado na

Empresa Municipal é acompanhado a todo o tempo e a relação mantém-se a seguir,

portanto, peço desculpa, pode ser muita coisa, mas barriga de aluguer não é! ----------

----- Portanto, sobre essa matéria, estamos entendidos! Vamos só dizer para terminar,

e porque o tempo é muito escasso e eu preciso de dar 30 segundos aqui ao Vereador

Miguel Gaspar, só para vos dizer que, de facto, não estamos a esvaziar o Município,

não tenho esse problema, o Município só nesta área recebeu uma das suas maiores

incumbências de sempre, é a Autoridade Municipal de Transportes, com isso vieram

um conjunto de responsabilidades brutais! A própria Direção Municipal de

Mobilidade está a crescer, vêm também com toda esta mudança estrutural, porque é

disso que se trata que está a fazer na Mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa, a

DMM precisa de disponibilidade de recursos e de tempo para gerir, coordenar,

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articular-se com todas as outras autoridades municipais e com a própria autoridade

Metropolitana de Transportes, portanto, não me venham dizer que está a esvaziar! ---

----- E antes de passar a palavra, só para dizer que os trabalhadores não vão, ninguém

está a transferir trabalhadores, o ACIP, como todos sabem nesta sala e, portanto, não

vale a pena escamotear a realidade, o ACIP é uma vontade a três, o trabalhador tem

que querer, a Câmara tem que querer e a EMEL, neste caso, poderia ser outra e

Empresa Municipal, tem que querer! Quando qualquer uma das vontades se quebrar

o trabalhador volta ao seu posto de trabalho, que nunca desaparecem e está

reservado, portanto, desculpem lá, também aqui não há nada de novo relativamente

àquilo que é a nossa que é o nosso o nosso trabalho em termos de Empresas

Municipais. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Vou passar a palavra ao Vereador Miguel Gaspar, teria muito mais coisas para

dizer, mas, de facto, o temos já é escasso.” ---------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Câmara já está a beneficiar de cedência de tempo, do Partido Socialista.” ----

----- O Senhor Vereador Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente. Só muito rapidamente, só para acrescentar

o seguinte, as vossas preocupações no essencial são só um se são contraditas pela

realidade, tudo aquilo que são as nossas preocupações não bate certo com a

realidade. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Se olharem para que tem acontecido na Direção Municipal de Mobilidade, eu

não me recordo, quer dizer não me recordo, também não estou aqui assim há tanto

tempo, mas nunca, a Direção está a crescer todos os dias, chegam pedidos de

transferência para a Direção Municipal, que aquilo parecem equipas de futebol de

cinco e de futebol de sete, quer dizer, estamos a crescer nas competências e naquilo

que são as necessidades, porque a necessidade da mobilidade mudou, nós já não

estamos a gerir infraestrutura, estamos a gerir a mobilidade, que é uma coisa

completamente diferente! É conhecer as pessoas, é conhecer os fluxos, é planear com

o dinamismo que as coisas hoje têm, é os nossos sistemas que não haviam dantes,

que é as redes de fibra, que é as câmaras, que são os radares, há todo um conjunto de

um novo universo de coisas que é necessário uma equipa para passar a gerir, e eu não

tenho vergonha nenhuma dizer, antes pelo contrário, acho ótimo que há uma equipa

na mobilidade, há a Carris, há a EMEL, há a Câmara, há a Polícia Municipal, todos a

trabalhar para o mesmo objetivo, eu só me recordo de um esvaziar de competências

da Mobilidade, e foi quando houve uma privatização da operação da EMEL, por

parte da Autarquia do PSD, porque, desde então, este esvaziamento não existe, o que

nós temos aqui é umas equipas cada vez mais integradas é, por isso que é na

Alexandre Herculano que vai estar o despacho quer da EMEL, quer da Polícia, na

Alexandre Herculano, na Direção Municipal de Mobilidade, para as equipas

trabalharem de forma conjunta, para conseguirmos usar aquilo que é a competência

de cada um, e se conseguiu identificar aquilo que são as obrigações da EMEL nos

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contratos, também conseguir identificar os poderes do Município e os poderes do

Município é de controlo total, quer da rede de semáforos, quer da rede de ciclovias

continuamos a controlar totalmente o processo. Qual é que é a diferença? É que

conseguimos fazer!” ------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vereador, vamos passar à votação das propostas. -------

----- Vamos votar em separado, naturalmente, vamos votar primeiro matéria referente

à Proposta 21/CM/ 2019, o Ponto 1 da parte deliberativa. ----------------------------------

----- Temos o pedido do CDS referente à Proposta 22/CM/2019, para votarmos em

separado os pontos 1, alínea a) e o ponto 1, alínea b), e portanto, vamos votar a

apreciação do Ponto 1, da parte deliberativa da Proposta 21/CM/2019, alteração dos

estatutos da EMEL, ao abrigo do das disposições legais e regimentais e nos termos

da proposta.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Apreciação do ponto 1 da parte deliberativa da Proposta 21/CM/2019, votos

a favor do PS, BE e 7 IND, com os votos contra do CDS-PP, PCP, PEV, MPT PPM,

1 Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves, com a abstenção do

PSD e PAN, A Apreciação do ponto 1 da parte deliberativa da Proposta

21/CM/2019 foi aprovada por maioria. ----------------------------------------------------- ----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário) ----

----- (Por impedimento legal não participou na votação destas Propostas o Deputado

Municipal Independente Rui Costa) -----------------------------------------------------------

----- Ponto 1, Alínea a) da Proposta 22/CM/2019, os votos a favor do PS, BE e 7

IND, votos contra do PSD, CDS-PP, PCP, PEV, MPT, PPM e 1 Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves, e com a abstenção do PAN. O Ponto 1,

Alínea a) da Proposta 22/CM/2019 foi aprovado por maioria. --------------------------

----- Ponto 1, Alínea b) da Proposta 22/CM/2019, os votos a favor do PS, BE e 7

IND, os votos contra PSD, PCP, PEV, e 1 Deputado Municipal Independente

Rodrigo Mello Gonçalves, a abstenção do CDS-PP, PAN, MPT, e PPM. O Ponto 1,

Alínea b) da Proposta 22/CM/2019 foi aprovado por maioria. ------------------------ ----- Ponto 2 da Proposta 22/CM/2019, votos a favor do PS, BE e 7 IND, votos

contra do PSD, CDS-PP, PCP, PEV, MPT, PPM e 1 Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves, e com a abstenção do PAN, O Ponto 2 da

Proposta 22/CM/2019 foi aprovado por maioria.----------------------------------------- ----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário) ----

----- (Por impedimento legal não participou na votação destas Propostas o Deputado

Municipal Independente Rui Costa) -----------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “A Proposta 22/CM/2019 foi integralmente aprovada. --------------------------------

----- O Grupo Municipal do CDS-PP apresentará uma Declaração do Voto, escrita. ---

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----- Agradecimentos ao Vereador Manuel Gaspar, penso que se quiser ficar é muito

bem-vindo, mas que está dispensado para os compromissos que tinha, uma vez que

fizemos a discussão das propostas em que o Senhor Vereador ia estar.” -----------------

----- O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou, por escrito, a seguinte

Declaração de Voto: ----------------------------------------------------------------------------- ----- “Proposta n.º 21/2019. ---------------------------------------------------------------------

----- Os Deputados Municipais do CDS‐PP declaram que votaram contra a proposta

supramencionada por considerarem que: -----------------------------------------------------

----- 1. Em 20.07.2018, a Câmara aprovou, com o voto contra do CDS-PP, a

“Estratégia para a realização das empreitadas que integram as Grandes Opções do

Plano para a cidade de Lisboa 2018-2021” (cfr. Ponto I e Anexo I da Proposta n.º

352/2018), que prevê a distribuição das empreitadas pela SRU, EMEL, GEBALIS,

EGEAC e DMPO. ---------------------------------------------------------------------------------

----- 2. Na referida estratégia, quanto à EMEL, é dito o seguinte: "(…) Resulta do

exposto que apenas cabe no objecto social da EMEL a realização de empreitadas

relativas a infra-estruturas de estacionamento, de apoio à mobilidade pedonal, à

mobilidade eléctrica e associadas a meios de transporte utilizadores de energias

alternativas ou relacionadas/necessárias à sua realização. Nesse sentido, a EMEL

poderá realizar empreitadas de espaço público que incluam parques de

estacionamento, ciclovias e carris para circulação de eléctrico". ------------------------

----- 3. Agora, com a aprovação desta proposta, passa a estar previsto

expressamente nos estatutos da EMEL a possibilidade de o Município delegar na

EMEL poderes para contratar, acompanhar e fiscalizar empreitadas relativas a

parques de estacionamento, ciclovias e carris para a circulação de eléctricos,

executadas por conta com Município, no âmbito de contrato interadministrativos

celebrados para o efeito.-------------------------------------------------------------------------

----- 4. A alteração ora proposta, que concretiza a estratégia aprovada em Julho,

segue a seguinte lógica, já evidenciada noutras propostas/estratégias: -----------------

----- Esvaziamento das competências da DMPO, entretanto extinta e substituída pela

Direcção Municipal de Manutenção e Conservação (cfr. art. 39.º do Aviso n.º

12672/2018, de 3 de Setembro, que aprovou o ajustamento à orgânica dos serviços

municipais e estrutura nuclear);----------------------------------------------------------------

----- Acentuada ampliação dos poderes e competências das empresas municipais; ----

----- Limitação do escrutínio político que compete aos membros do Executivo sem

pelouro atribuído. ---------------------------------------------------------------------------------

----- 5. Ao que ficou referido acresce que a classificação da EMEL como empresa

local de promoção do desenvolvimento local e regional (cfr. alteração introduzida

ao art. 3.º, n.º 1, dos Estatutos da EMEL), nos termos e para os efeitos do art. 48.º,

n.º 1, a., da Lei n.º 50/2012, de 31 de Agosto, vem ampliar consideravelmente o seu

âmbito enquanto empresa de mobilidade e estacionamento, vocacionando-a de modo

generalizado para a promoção, manutenção e conservação de infra-estruturas

urbanísticas e para a gestão urbana. ----------------------------------------------------------

----- Proposta n.º 22/2019. ----------------------------------------------------------------------

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----- Os Deputados Municipais do CDS‐PP declaram que votaram contra os pontos

1a) e 2) da proposta supramencionada por considerarem que: ---------------------------

----- 1. Em 26.07.2017, a CML aprovou a abertura do concurso público limitado por

prévia qualificação para “Aquisição de Serviços de Manutenção, Modernização e

Assistência Técnica dos Sistemas de Sinalização Semafórica de Lisboa” (cfr.

Proposta n.º 542/2017, aprovada por unanimidade). ---------------------------------------

----- 2. Em 21.12.2018, a CML decidiu não adjudicar a referida aquisição dos

serviços e revogar a decisão de contratar por considerar que se tinha verificado uma

circunstância superveniente, ocorrida entre o início do procedimento e o termo do

prazo de apresentação de propostas, relativa aos pressupostos da decisão de

contratar (cfr. Proposta n.º 597/2018, aprovada por maioria com o voto contra do

CDS-PP). -------------------------------------------------------------------------------------------

----- 3. A circunstância superveniente invocada foi a aprovação pela CML, em

31.10.2018, do Plano de Actividades e Orçamento para 2019 da EMEL, que prevê o

reforço das atribuições da EMEL na área da mobilidade por via da atribuição de

novas competências no âmbito da modelação de tráfego e da gestão da rede de

sinalização semafórica da cidade (cfr. Proposta n.º 715/2018, aprovada por maioria

com o voto contra do CDS-PP). ----------------------------------------------------------------

----- 4. A atribuição de novas competências à EMEL não consubstancia uma

circunstância superveniente para efeitos do previsto no art. 79.º, n.º 1, d), do Código

dos Contratos Públicos. --------------------------------------------------------------------------

-----“Para que se verifique uma alteração das circunstâncias em virtude da

ocorrência de uma circunstância superveniente é necessário que tenha ocorrido um

evento que tenha modificado os elementos de facto e de direito nos quais a entidade

adjudicante se apoiou quando decidiu recorrer ao mercado; é essa alteração

objectiva, e não uma mera mudança de opinião subjectiva – por exemplo, uma

alteração de prioridades políticas em resultado de uma mudança de orientação

política ou partidária – que pode permitir à entidade adjudicante interromper o

procedimento” (cfr. declaração de voto da Proposta n.º 715/2018). ---------------------

----- 5. Assim, a decisão de não adjudicar a aquisição dos serviços em referência e

revogar a respectiva decisão de contratar enferma de ilegalidade, incorrendo a

CML em responsabilidade civil caso a questão seja suscitada judicialmente pelos

concorrentes. --------------------------------------------------------------------------------------

----- 6. A gestão semafórica do município pode e faz sentido que esteja a cargo da

EMEL, atendendo ao seu objecto social e às atribuições que tem em matéria de

mobilidade urbana; no entanto, a proposta ora apresentada reflecte e materializa

um processo atabalhoado, mal conduzido e com atropelos de legalidade, pelo que tal

como as antecedentes não poderia merecer o voto favorável dos deputados

municipais do CDS-PP.” ------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “E assim sendo já tratámos do Ponto 1, do Ponto 4 e do Ponto 5, voltamos ao

Ponto 2, à apreciação da Recomendação, 58/01, resultante do Relatório da 7ª. e 8ª.

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Comissões Permanentes sobre a visita ao espólio do Regimento de Sapadores

Bombeiros.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 2 - APRECIAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO 058/01

RESULTANTE DO RELATÓRIO DA 7ª E DA 8ª COMISSÕES

PERMANENTES SOBRE A “VISITA AO ESPÓLIO DO REGIMENTO DE

SAPADORES BOMBEIROS”, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO

ART.º 15º DO REGIMENTO; GRELHA BASE: 34 MINUTOS; ----------------------- ----- Relatório da 7ª. e 8ª. Comissões Permanentes (Nova Versão retificada); ------

----- (A Recomendação 058/01 fica anexada à presente Ata como Anexo V e dela faz

parte integrante) -----------------------------------------------------------------------------------

----- (O Relatório da 7ª. e 8ª. Comissão Permanente fica anexada à presente Ata

como Anexo VI e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “A indicação que foi comunicada a todas e a todos, que o Partido Social

Democrata irá na sua intervenção utilizam meios audiovisuais. ---------------------------

----- Foi distribuída uma nova versão do Relatório, o Senhor Deputado Relator foi o

Senhor Deputado Manuel Lage, não sei, não estou a ver o Senhor Deputado Manuel

Lage, mas não sei se o Presidente da 7ª Comissão ou o Presidente 8ª Comissão, ou

ambos, se querem fazer uma apresentação do Relatório do Parecer. ---------------------

----- O Senhor Deputado José Leitão está-me a fazer um sinal, microfone ao Senhor

Deputado José Leitão.” --------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Leitão (PS), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Só para dar uma explicação, o Senhor Deputado Manuel Lage não poderá

apresentar o Relatório, porque não era previsto haver sessão hoje, está impedido por

razões profissionais de estar presente.” --------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ----------------------------------------------------------------------------

----- Vamos então, embora seja um pouco sui generis não haver uma apresentação de

uma matéria oriunda das várias Comissões, mas vamos então, como foi, de facto, um

motivo atendível o que o Senhor Deputado José Leitão colocou, vamos passar aos

Oradores inscritos para este ponto.” -----------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Francisco Domingues, do PSD.” --------------

----- O Senhor Deputado Municipal Francisco Domingues (PSD), no uso da

palavra fez a seguinte intervenção, com PowerPoint: ---------------------------------------

----- “Senhor Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa em Exercício…” --------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

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----- “Senhor Deputado, só cinco segundos para recordar aqui uma coisa, com a

transição, com as minhas desculpas e com a transição do Senhor Deputado, mas antes

de avançarmos isto ficou registado na anterior Sessão, mas, como tivemos tantas

atribulações, para recordar aqui que o Senhor Deputado Municipal Rui Costa se tinha

declarado impedido nas duas propostas que votámos há pouco e, portanto, não só não

esteve na sala, como não participou na votação, em razão dessa… Nós já tínhamos na

Sessão anterior feito a clarificação das escusas e dos impedimentos do Senhor

Deputado, mas ele fez bem em recordar a Mesa, como estamos numa nova Reunião

para que fique registado em Ata, e antes de avançarmos. -----------------------------------

----- Senhor Deputado, muito obrigado e com as minhas desculpas por esta

clarificação, e tem a palavra.” -------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Francisco Domingues (PSD), no uso da

palavra fez a seguinte intervenção, com PowerPoint: ---------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Presidente, Senhor Presidente do Presidente da Assembleia

Municipal de Lisboa em Exercício, Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de

Lisboa, Senhores Deputados, Senhores Vereadores, Munhas Senhoras e Meus

Senhores. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Corria o ano de 1395 quando Dom João I, através da Carta Régia, de 23 de

Agosto, tomou a primeira iniciativa de criar um corpo de bombeiros em Portugal, ao

promulgar a organização do serviço de incêndios de Lisboa. ------------------------------

----- Nestes cause 624 anos no serviço de combate a incêndios da cidade passou por

várias etapas, onde foi inevitável proceder à renovação e modernização institucional,

sendo denominado em 1395 como Serviço de Incêndios, em 1834 como Companhia

da Bomba, em 1852 como Corpo de Bombeiros Municipais, em 1925 como Corpo de

Salvação Pública, em 1930 como Batalhão de Sapadores Bombeiros e partir de 1988

com o Regimento Sapadores Bombeiros. -----------------------------------------------------

----- O RSB é o Corpo de Bombeiros mais antigo do país, sendo herdeiro de um

legado histórico, com mais de 600 já anos, que se confunde com a história da cidade e

do nosso país. --------------------------------------------------------------------------------------

----- As primeiras bombas a vapor de combate a incêndios surgiram em Lisboa na

segunda metade do século XIX, aparecendo também nesta altura, as primeiras boca-

de-incêndio nos prédios e na última década do mesmo século a Escada Fernandes,

precursora da escada mecânica, normalmente conhecida por Escada Magirus, dada a

popularidade que depressa atingiu o fabricante de escadas com o mesmo nome. -------

----- O Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, os nossos Bombeiros, muitas

vezes, se não sempre, são os nossos heróis, pelo que são uma das mais prestigiadas

instituições da cidade que não pode, nem deve, ver o seu património histórico de

valor inigualável ser posto em causa, porque é uma memória viva que projeta para as

gerações futuras a sua cultura, a sua organização, o seu conceito, a sua identidade. ---

----- Sendo uma promessa do atual Executivo da Câmara Municipal de Lisboa a

criação do Museu do RSB, na Freguesia de Alcântara, depois do fim prematuro das

antigas instalações do Museu, localizadas no quartel que se encontrava edificado

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junto ao centro Comercial Colombo, torna-se imperativa acautelar de maneira segura

todo o seu acervo. ---------------------------------------------------------------------------------

----- A conservação das peças do acervo de qualquer museu, antevê, nomeadamente,

a sua conveniente guarda, observar as instalações da Matinha, um dos locais onde se

encontra guardado o espólio do Museu do RSB, é constatado o desleixo com que a

CML trata a sua história, enquanto Autarquia, que também é a história da cidade e do

nosso país, naquele armazém encontram-se recolhidos veículos históricos de valor

incalculável, que se encontram à mercê da corrosão, das intempéries, dos roedores,

dos pombos, dos insetos, etc., em instalações com buracos, no telhado, junto ao rio

Tejo, o que propícia a corrosão das peças que ali se encontram, onde a limpeza não

impera, como bem se observa nas fotos, estão reunidas as condições para a rápida

degradação deste espólio. ------------------------------------------------------------------------

----- Já no ano de 2015 o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa

denunciava a clara falta de condições do Armazém da Matinha, sem que o Executivo

da CML, decorridos que estão 4 anos, tenha providenciado por uma solução para o

parqueamento de dezenas de viaturas históricas. ---------------------------------------------

----- É imperioso que a CML diligencie por encontrar um local alternativo ao

armazém da Matinha, enquanto o Museu não for efetivamente instalado na Freguesia

de Alcântara, com vista a salvaguardar e a preservar este importante acervo, sendo

uma verdadeira vergonha para todos nós, assistirmos impávidos à degradação de um

legado importante para a memória histórica de Lisboa. Tenho dito.” ---------------------

----- (O PowerPoint apresentado pelo Senhor Deputado Francisco Domingues, do

PSD, fica anexado à presenta Ata, como Anexo X e dela faz parte integrante) ---------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Vamos passar à próxima inscrição.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cristina Andrade, do Bloco de Esquerda.” -

----- A Senhora Deputada Municipal Cristina Andrade (BE), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Novamente muito boa tarde a todos e a todas. ----------------------------------------

----- Relativamente a esta Recomendação e a este Relatório sobre o Regimento de

Sapadores Bombeiros, gostaríamos de referir que desde 2015, quando foi encerrado

Quartel de Carnide, que o espólio dos a Sapadores Bombeiros está armazenado em 2

armazéns em Marvila e no Cais da Matinha. -------------------------------------------------

----- Nesta altura o Bloco de Esquerda opôs-se ao encerramento deste quartel, porque

considerávamos que se tratava de encerrar um serviço essencial à população, num

local que era considerado muito avançado, mas também por preocupação com este

mesmo espólio que contém material com várias décadas e com um valor histórico

inestimável. ----------------------------------------------------------------------------------------

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----- Ora, as Comissões efetuaram visitas aos armazéns para verificar de que forma

este material estava condicionado, esta é uma situação que se pretendia provisória, já

perdura há demasiados anos em condições que serão, no mínimo, pouco

recomendáveis, por isso, acompanhamos as Recomendações da 7ª Comissão e da 8ª

Comissão no sentido de assegurar a mudança anunciada para o espaço da Carris e

assegurar os meios para a preservação deste importante espólio para a cidade de

Lisboa e também para o País.” ------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” -------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Presidente. -----------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar, relembramos que, em Outubro do ano passado, esta

Assembleia aprovou, apenas com a abstenção do PS, uma recomendação de Os

Verdes, em que um dos pontos propunha precisamente que a CML disponibilizasse

um espaço digno e com as condições adequadas para instalar o Museu do Regimento

de Sapadores Bombeiros. ------------------------------------------------------------------------

----- Este Museu funcionava no quartel de Carnide e tinha as devidas condições para

exposições permanentes e temporárias, auditório, espaço de animação infanto-juvenil

e centro de documentação, entre outros espaços. --------------------------------------------

----- Mas hoje discute-se o futuro do seu espólio, dos mais valiosos e completos do

mundo, por responsabilidade da CML, que permitiu que o Hospital da Luz tivesse

direito, não só a um plano de pormenor feito à medida dos seus interesses, mas

também ao terreno de que necessitava para se expandir. -----------------------------------

----- Para isso, a Câmara deu luz verde à demolição do então mais moderno quartel da

cidade e do Museu dos Bombeiros, algo que Os Verdes sempre contestaram. ----------

----- E fê-lo sem acautelar qualquer alternativa. Hoje, o seu espólio está dividido em

vários espaços: no quartel de Marvila, no cais da Matinha, que não apresenta as

mínimas condições, uma parte está no Arquivo Municipal que, por sinal, também tem

futuro incerto, e algumas viaturas e equipamento de combate a incêndios - o

equivalente a 10%, 15% dos artigos do museu – está no Museu dos Coches, a

propósito de uma exposição inaugurada em 2016, algo que seria temporário. ----------

----- Entretanto, a CML informou que o Museu dos Bombeiros vai ser construído nas

instalações da Carris em Santo Amaro, adiantando que o edifício já existe, mas carece

de algumas intervenções de adaptação. --------------------------------------------------------

----- Para Os Verdes é fundamental que o novo espaço não seja inferior nem tenha

menos condições do que havia em Carnide, e que possa receber todo o acervo, pois

não faz sentido tê-lo espalhado por diversos locais. -----------------------------------------

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----- Portanto, parece-nos insensato que esta Assembleia recomende que o Museu

deve ir para Santo Amaro sem se saber em que circunstâncias. A verdade é que, neste

momento, não se sabe se essas condições vão ser asseguradas, nem se conhece o

projecto e se a intenção é manter todo o acervo reunido. ----------------------------------

----- Assim, consideramos fundamental que as comissões continuem a acompanhar de

perto esta situação, em articulação com o Regimento e o executivo, indo visitar,

assim que possível, o espaço previsto para o museu. Só nessa altura, deveria haver

uma recomendação sobre a sua nova localização. -------------------------------------------

----- O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa tem mais de 620 anos de

história e de dedicação à cidade e ao país, e deve ter um museu digno, com condições

para cumprir a sua missão, para se dinamizar e atrair mais visitantes, algo que deve

ser articulado entre o Regimento e a CML, que tem o dever de valorizar a dimensão

cultural desta corporação, que nos merece todo o respeito e que é uma grande

referência e motivo de orgulho. Obrigada.” ---------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Fernando Correia, do PCP.” -------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Correia (PCP-Independente), no

uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------

----- “Mais uma vez boa tarde Senhores Deputados. ------------------------------------------

----- Perdoem-me o desabafo, eu estava a ver aquelas imagens há pouco e estava a

pensar assim “Bem, isto foi um negócio salgado, não admira que os carros estejam a

apodrecer”, mas isto é só um aparte. ------------------------------------------------------------

----- Sobre esta questão o PCP acompanha a conclusão do Relatório e de que parte

importante do espólio do Regimento Sapadores de Lisboa se encontra acondicionado

sem condições para a sua conservação, aliás, é pena que o Relatório não tenha sido

apresentado aqui hoje, porque ele que acho que no que lá está é bastante minucioso e

bastante descritivo da situação existente e também muito objetivo nas Propostas, só

não merece a nossa aprovação, e vai merecer a nossa abstenção, porque há omissões

que consideramos graves, nomeadamente, Propostas que fizemos e que estão nas

Declarações dos Partidos, e que têm a ver com o seguinte: nós entendemos que devia

ter, além de todo o trabalho que foi feito e das visitas que foram feitas,

nomeadamente aos locais onde está o espólio, que se devia, faltou a realização de

uma visita à Estação de Santo Amaro, da Companhia de Caminho-de-ferro de Lisboa,

e também o encontro com o Senhor Presidente do Conselho Administração dessa

Empresa Municipal, para se perceber se, de facto, há condições em Santo Amaro de

acolher todo o espólio dos Bombeiros, há dúvidas sobre isso, se aquele espaço de

facto, comporta Museu da Carris e o Museu dos Bombeiros, seria uma pena que

assim fosse, nós temos um dos melhores espólios do mundo também porque não

houve guerras no último século e, portanto, temos, de facto todo este património que

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foi destruído noutros países da Europa, está salvaguardada em Portugal e, portanto, é,

de facto, de um grande valor histórico e patrimonial. -----------------------------------------

----- Também gostaríamos que tivesse sido ouvido a o Senhor Comandante do

Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, também sobre este assunto.

Gostaríamos, de facto, que a Comissão tivesse feito esse trabalho e que o Relatório

pudesse também ter referências em relação àquilo que vai ser o futuro deste Museu

que, se calhar, devia ter passado por qualquer coisa, já que a Câmara gosta de tanto

externalizar a solução dos problemas, se calhar, o terreno, o antigo Quartel de

Carnide devia ter sido trocado por um quartel novo da responsabilidade da Luz

Saúde. Se calhar era uma solução que devia ter sido equacionada “sim senhor, o

terreno vai para ampliação do hospital, mas, em contrapartida, os Senhores constroem

de raiz o Museu para os Bombeiros em condições que a Câmara determine”. Ora, isto

não aconteceu e, portanto, temos algum receio sobre o futuro deste importante

Museu.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura, do CDS-PP.” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente em Exercício, Senhores Vereadores, Caros

Deputados, Caro Público. --------------------------------------------------------------------------

----- Hoje estamos a discutir aquilo que é o espólio do Regimento Sapadores

Bombeiros, mas convém lembrar de onde é que partimos e partimos de há 4 anos,

quando a Câmara decide ampliar o Hospital da Luz e decide demolir um edifício

tinha sido construído há pouco mais de 9 anos, anteriormente e, portanto, na altura,

nós explicitámos aquilo que era o nosso sentido, fomos contra esta demolição do

edifício que tinha todas as capacidades, não só do quartel, mas também de museu,

mas passado esse prazo, portanto em 2015, soubemos que aquilo que é o espólio

automóvel, mas não só, do Regimento Sapadores Bombeiros foi acondicionado no

Quartel de Chelas, mas também no Armazém 23 da Matinha e a verdade, como já foi

aqui apresentado, e bem ilustrado pelas imagens há pouco passadas, que ele não tem

o mínimo de condições que salvaguardem todo aquele espólio. -----------------------------

----- Nós pudemos ver na visita que os carros não estão sequer tapados, que o teto da

Doca da Matinha tem buracos que, por cima da maior parte dos carros estão pejados

de dejetos de pombos e de gaivotas e, portanto, se a Câmara entende que isto é a

melhor forma de salvaguardar o património do Regimento de Sapadores Bombeiros,

que é património de todos nós, não só de Lisboa, de Portugal, temos pena. ---------------

----- Depois dizer também, em relação ao acervo, que nos parece um bocado chocante

que este acervo não esteja sequer inventariado nem catalogado e, portanto, faz-nos

pensar e perguntar à Câmara o que é que esteve a fazer a responsável do Museu do

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Regimento Sapadores Bombeiros, em Carnide, durante vários anos? E não só, porque

sabemos que na altura ela teria uma equipa, mas, neste momento, temos uma pessoa

responsável por este espólio, de há 4 anos para cá, e esta pessoa não tem equipa e

sabemos também que tem havido intervenções pequenas neste espólio pelos

bombeiros, bombeiros esses que obviamente não estão formados para essa

intervenção específica e, portanto, preocupa-nos, como pudemos constatar que

algumas das peças já intervencionadas aquilo que é a intervenção mais específica

sobre aquele património e, portanto, é preciso perceber o que é que a Câmara andou a

fazer durante este tempo. --------------------------------------------------------------------------

----- Depois o Senhor Presidente da Câmara anunciou que o Museu do Regimento

Sapadores Bombeiros que iria para o Museu da Carris, em Alcântara, na Rua 1º de

Maio, portanto, o que nós queríamos perguntar hoje à Câmara é saber o que é que vai

para Alcântara? Vai o mesmo programa conceptual do Museu do Regimento de

Sapadores Bombeiros, que estava em Carnide? Exatamente igual para Alcântara?

Vamos ter um Museu dos Transportes? Onde vamos juntar o Núcleo de Transportes

da Câmara Municipal de Lisboa, que está guardado na garagem 3 dos Olivais, mais o

espólio automóvel do Regimento Sapadores Bombeiros, mais o espólio automóvel da

Carris e vamos ter um Museu dos Transportes, aliás, que é um projeto que tem mais

de 15 anos, ou vamos ter exatamente aquilo que é, que foi até 2015, o Museu do

Regimento Sapadores Bombeiros? Porque, obviamente o programa conceptual, quer

de um, quer de outro, são totalmente distintos e, portanto, era preciso que a Câmara

nos explicassem e que definisse efetivamente que projeto e que tem e que verbas é

que têm, porque elas não existem no Orçamento que foi aprovado. ------------------------

----- Mas mais do que isto, nós temos uma pessoa, como disse, que está há 4 anos

responsável por este espólio, mas sozinha obviamente não pode fazer essa

inventariação e catalogação. -----------------------------------------------------------------------

----- Da informação que nós recolhemos sabemos que há uma Proposta, já há mais de

meio ano em cima da mesa do Senhor Presidente da Câmara, ou de quem o

assessorava na altura, para duas bolsas de investigação por parte da FCT a que a

Câmara não deu resposta até hoje e, portanto, a Câmara tem disponível duas pessoas

através de uma bolsa no valor de 120 mil euros, que poderia utilizar para fazer esta

inventariação e catalogação, hoje em dia para perceber, ainda há pouco tempo, foi

necessário tirar umas peças para uma exposição e a pessoa que te fazer a esse

levantamento pegava nas caixas abanava-as e via se eram medalhas ou se era outro

tipo de espólio e, portanto, quer dizer, não é forma de tratar, e sem esta inventariação

e sem esta catalogação nunca podemos vir a ter um museu, portanto, Senhor

Vereador Carlos Castro, agora com esta pasta, pergunto-lhe, porque é que estamos há

mais de meio ano, porque é que a Câmara não dá resposta à FCP sobre estas duas

bolsas de 120 mil euros? ---------------------------------------------------------------------------

----- Para terminar, dizer que obviamente o CDS acompanha as Recomendações

emanadas do Parecer da 7ª e da 8ª Comissão, pena que não tivesse sido apresentado

porque o Relatório é muito completo. -----------------------------------------------------------

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----- E dizer que não podemos deixar esquecer este assunto ou deixar morrer, porque

este património e este espólio fazem parte não só da história de Lisboa, mas também

é património de Portugal. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Santos, do PAN.” ------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN), no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente, Senhores Secretários, Senhores Vereadores,

Senhores Deputados Municipais, Imprensa e Público em geral. -----------------------------

----- Esta situação do Regimento de Sapadores Bombeiros, do material do espólio do

Museu é bem retratada nas fotografias que viram e é arrepiante, ou seja, como é que

se consegue tratar o nosso património histórico desta forma? -------------------------------

----- Aquilo que está nas Recomendações, tudo aquilo é válido e é desejável, nós não

sabemos é se vai ser implementado dentro de um mês, dentro de um ano, dentro de

um mandato ou dois mandatos, não sabemos, portanto, é algo que está totalmente

desfasado da condição do material do Museu que nós vimos naquelas fotografias e,

portanto, não é que do ponto de vista das Recomendações, elas não sejam desejáveis,

elas não são é confiáveis em termos da sua execução e o facto de esta Recomendação

ser aprovada é uma espécie de arquivamento que é feito deste problema, e nós nisso

não podemos de forma alguma colaborar, por esta razão e não pelo conteúdo, mas

porque não achamos que a gravidade esteja espelhada na Recomendação, é que

iremos abstermo-nos e, portanto, não iremos aprovar esta Recomendação. Muito

obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. Não sei se temos mais oradores inscritos ou

se a Câmara quer usar da palavra. Senhor Vice-Presidente faça favor.” -------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “ Palavra ao Senhor Vereador Carlos Castro. Muito obrigado.” -----------------------

----- O Senhor Vereador Carlos Castro, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente, muito obrigado Senhoras e senhores

Deputados. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar uma constatação de facto, é a primeira vez que venho a esta

Assembleia e não vejo nenhum Grupo Parlamentar queixar-se de falta de recursos

humanos, de condições de meios de operação do Regimento e, portanto, a única

preocupação que têm é com o Museu do Regimento de Sapadores Bombeiros, é um

sinal da evolução que tivemos nestes últimos 5 anos na cidade de Lisboa. ----------------

----- Em relação à questão do Museu é importante referir que considerando e

respeitando todas as intervenções dos Senhores Deputados, a maior parte das

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intervenções apenas se preocupou com a questão de paredes, porque propriamente do

ponto de vista museológico não houve grande intervenção. ----------------------------------

----- Bem sei que alguns ainda continuam a chorar sobre a questão do que aconteceu

no Quartel do Colombo, eu não sei se a maior parte das Senhoras e Senhores

Deputados também não tem essa obrigação, tinham a noção do que é que estava no

antigo Quartel do Colombo, é porque os números também falam por si, e penso que o

Relatório nessa parte é muito claro em relação àquilo que foi a evolução nos últimos

5 anos, do que fizemos no âmbito do Regimento de Sapadores Bombeiros em termos

museológicos. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Tínhamos por ano 2500 visitas ao Museu do Regimento Sapadores Bombeiros,

hoje com a exposição, que é temporária e que foi-nos pedida pelo Museu dos Coches

para ficar mais algum tempo e também é do nosso interesse, nós temos por mês cerca

de 8 mil, nós já estamos com quase 3 anos de exposição no Museu dos Coches e

temos quase 300 mil visitas, mas não nos ficámos por aí, porque do ponto de vista

museológico há muitas dinâmicas que não se reduzem às paredes, que alguns

Senhores Deputados aqui quiseram vincar, e é importante também prestar contas a

este Plenário. Do ponto de vista do espólio, a nossa equipa museológica do

Regimento teve o cuidado de fazer promoção em vários locais, não só do país, mas

também do estrangeiro e, portanto, bem percebo o que nos dói, e dói-nos muito mais

a nós, as fotografias que deram, mas há muito mais mundo do Museu do Regimento

Sapadores Bombeiros do que para além daquelas imagens, nós tivemos exposições

em Londres, tivemos várias nos Museus em Lisboa, tivemos uma exposição a

destacar aquilo que é o património do Regimento no Centro Comercial Colombo, e

tivemos também, e temos também, esta exposição no Museu dos Coches. ----------------

----- Por outro lado, também importa ter isto em consideração, porque nós não

queremos a visão provavelmente que haveria do antigamente, e não levem a mal esta

interpretação do antigamente no sentido pejorativo, é que a lógica do Museu do

Regimento está fechado sobre si. Dizer que existe e depois não é visitado e não é

partilhado, nós já temos hoje no Museu, no Arquivo Municipal de Lisboa, para

consulta pública e, portanto, presencial mas também online, muito daquilo que é o

trabalho de documentação histórica do Regimento de Sapadores Bombeiros do ponto

de vista das intervenções em incêndios, do ponto de vista do inventário também é

importante que seja registado que antes mesmo da saída do Colombo já estávamos a

trabalhar nisso, e é preciso ter noção que o inventário de bombeiros não é

propriamente apenas um inventário de carros, é de carros, mas é de muito mais, e esse

trabalho está a ser feito e, portanto, está a continuar a ser desenvolvido para termos

uma visão ainda mais abrangente. ----------------------------------------------------------------

----- Eu percebo a visão mais patriótica do Senhor Deputado Diogo Moura, mas

permitam-me acrescentar ainda outra, se calhar mais de âmbito corporativo, não é só

penas Lisboa, não é só apenas de Portugal, mas é também dos bombeiros do Mundo,

como algum Deputado, salvo erro o Senhor Deputado do PCP, referiu e bem, nós não

tivemos, quer dizer, nós tivemos a guerra, que foi Ultramarina, não foi em Portugal,

mas não tivemos a realidade de países como a França, a Alemanha, a Itália, ou o

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Reino Unido, ou a Alemanha, em que tiveram que adaptar os seus carros de

bombeiros a carros de guerra e, portanto, temos viaturas históricas, e portanto, nós

estamos a fazer esse trabalho para termos uma divulgação online não só em termos

nacionais, mas também internacionais. ----------------------------------------------------------

----- Por outro lado, e em relação àquilo que é apresentado aqui pela Recomendação,

o trabalho que nós estamos a fazer com a cultura, não é pontual, ele já é permanente e

já é de há muito tempo, nós temos a perfeita noção que não seremos nós bombeiros, a

ter de tratar da dimensão cultural de um espólio museológico, isso é cultura, mas

temos nós os conhecimentos e a capacidade técnica para ter um Museu, nas várias

dimensões, para demonstrar em termos locais, nacionais e internacionais aquilo que é

o trabalho do Regimento. --------------------------------------------------------------------------

----- Por outro lado, vou ser já muito sintético, vou acelerar, o Palácio Pimenta está a

ser neste momento renovado e em breve quando abrir estarão também presente peças

do museu, alguma estarão em permanência permanente, que são de grande destaque,

e terei todo o gosto em ir com os Senhores Deputados, uma delas, uma maqueta da

Cidade de Lisboa, feita por um bombeiro, e outra o modelo de uma gaiola Pombalina. -

----- Por outro lado, em relação à questão dos carros já estão a ser encetados

contactos, ou melhor, já estão a ser encetados há algum tempo contactos com a

empresa Mercedes, diretamente na sede na Alemanha, para que possamos ter aqui

uma colaboração, porque são carros históricos e únicos e que são intocáveis e,

portanto, como têm a sua originalidade de bombeiros, para que saibamos valorizar. ----

----- E para concluir Senhor Presidente, agradecendo a sua tolerância àquilo que a

alguns dos Senhores Deputados interessa do ponto de vista das paredes, sim, estamos

a trabalhar com o Urbanismo para ter um projeto, e sim, o projeto quando está

previsto para Alcântara, não é por acaso, não é qualquer shake, se me permite a

expressão, já não está cá o Deputado Magalhães Pereira, de transportes para todo o

efeito, mas há uma aposta clara do ponto de vista museológico no Eixo Alcântara/

Belém, do ponto de vista da valorização, e é uma coisa que também identificámos

com a Carris, é que tendo aqui uma grande dimensão…” ------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vereador, tem mesmo que terminar.” ------------------------

----- O Senhor Vereador Carlos Castro, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Vou concluir Senhor Presidente, há aqui uma grande dimensão de

valorização…” --------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Isso o Presidente tem que negociar com as Bancadas da maioria a cedência de

tempo, que não deram, que não deram, a não ser o Partido Socialista.” --------------------

----- O Senhor Vereador Carlos Castro, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Os Independentes? Muito obrigada.” -----------------------------------------------------

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----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem Senhor Vereador, mas agora tem que terminar.” -------------------------

----- O Senhor Vereador Carlos Castro, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Certo, para terminar e, portanto, isto está a ser desenvolvido com uma estrutura

lógica, porque nós não nos estamos a limitar a fazer paredes e pintar a palavra Museu,

nós estamos efetivamente a fazer do Museu do Regimento aquilo que ele tem de ser,

que é um Museu aberto na cidade de Lisboa, que valorize o Regimento, mas que não

fique estanque, naquela que é a visão passada dos museus que só abrem das 9h e

fecham às 5h. Muito obrigado Senhor Presidente. ---------------------------------------------

----- Temos uma nova inscrição no Partido Ecologista Os Verdes, e agora do CDS

também.” ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” ---------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

------ “Muito obrigada. -----------------------------------------------------------------------------

----- Em relação a esta questão levantada pelo Senhor Vereador, só para esclarecer

que Os Verdes referiram-se a esta matéria em concreto porque era exatamente o que

estávamos a discutir, como consta do Relatório das Comissões, mas era importante

que fossem esclarecidas aqui algumas questões, nomeadamente se a Câmara pretende

ou não manter todo o espólio, todo o acervo que estava no antigo Museu dos

Bombeiros, reunido ou não, essa questão não é respondida, e criar condições para que

o Museu se possa dinamizar e atrair mais visitantes, que foi também que os Verdes

defenderam. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- E por último era importante que a Câmara esclarecesse, e não se perdesse com

outras considerações, que área tinha o antigo Quartel dos Bombeiros em Carnide, e

que área vai ter a nova instalação está prevista para a instalação do novo museu? -------

----- E já agora era importante que a Câmara nos fizesse chegar o projeto para a

instalação do novo Museu do Regimento de Sapadores Bombeiros. Obrigada.” ---------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura, do CDS, microfone ao Senhor

Deputado, por favor.” ------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Presidente, para fazer um pedido de esclarecimento ao Senhor

Vereador, que acabou por não responder a grande parte das perguntas que eu fiz. -------

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----- Primeiro perceber do ponto de vista da programática conceptual se nós vamos ter

um Museu dos Transportes, se é essa a ideia da Câmara, ou se vamos ter um Museu

especificamente do Regimento de Sapadores Bombeiros, portanto, é algo que deve

estar na estratégia da Câmara, nas medidas a tomar neste pelouro, portanto,

gostaríamos de saber. -------------------------------------------------------------------------------

----- Depois perguntei-lhe, também não foi respondido, o que é que aconteceu à bolsa

de 120 mil euros que está prevista com o FCT, a qual diz que a Câmara não

respondeu. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Depois relativamente à inventariação e catalogação, o Senhor Vereador diz que

ela está a ser feita, bem ao contrário que nos disse o responsável pelo projeto, quando

nós estivemos, e que está devidamente detalhado no relatório, portanto, parece-nos

muito estranho aquilo que o Senhor Vereador disse agora, exatamente o contrário do

que disse o responsável pelo projeto. Muito obrigado.” --------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Nós teremos todo o gosto em dar a palavra à Câmara se o Bloco de Esquerda, os

Independentes de esquerda, ou mais alguém quiser dar tempo à Câmara.” ----------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Microfone ao Senhor Deputado Fernando Correia.” -----------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Correia (PCP-Independente), no

uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------

----- “Só uma pergunta: quanto é que a Câmara recebeu pelo terreno de Carnide, onde

estava o Quartel e se esse dinheiro vai ou não vai ser aplicado no novo Quartel dos

Bombeiros, no novo Museu.” ---------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, entretanto, já houve cedência de tempo dos Deputados que exercem

o mandato como Independentes para a Câmara. -----------------------------------------------

----- Senhor Vereador, um minuto, agora mesmo com capacidade de síntese, porque

há pouco já beneficiou de muita tolerância por parte da Mesa.” -----------------------------

----- O Senhor Vereador Carlos Castro, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: -----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente, eu provavelmente o erro foi meu, mas eu

procurei explicar aos Senhores Deputados a intervenção anterior. --------------------------

----- Senhora Deputada Cláudia Madeira, tive o cuidado de explicar, se calhar, a

Senhora não estava atenta, ou então não releu o relatório, veja a diferença do que era

o número de utilizadores no Museu quando estava lá em cima no Colombo e o que é

hoje no Museu dos Coches, se calhar, não estava atenta, se calhar, foi lapso meu. -------

----- Senhor Deputado Diogo Moura, tive o cuidado de explicar isso há bocado, mas

também é evidente, a lógica é criar sinergias entre o Museu do Regimento e o Museu

da Carris e, portanto, também é claro. -----------------------------------------------------------

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----- E Senhor Deputado Fernando Correia, também com muito à vontade, o Senhor

vai continuar agarrado às paredes do passado, esses muros já caíram, o que nós

queremos é continuar a fazer evoluir aquilo que é o Regimento Sapadores Bombeiros

nas suas dimensões plenas e, portanto, felizmente, o Senhor Deputado já não vem

dizer que há falta de material, que há falta de viaturas, que há falta de recursos

humanos, mas também estamos aqui a trabalhar e há uma coisa que tem de nos

reconhecer, temos provas. -------------------------------------------------------------------------

----- Muito obrigado Senhor Presidente.” -------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vereador. --------------------------------------------------------

----- Penso que não, estava aqui a verificar, penso que não temos mais inscrições. ------

----- Dar-vos nota de uma correção sinalizada pelo Deputado Sobreda Antunes, em

consonância com o Presidente da 8ª Comissão, António Prôa no relatório. Na parte

que tem a deliberação onde se lê “o presente relatório foi aprovado por maioria com a

abstenção dos Grupos Municipais do PCP, PEV e PAN, os Grupos Municipais e

Deputados Independentes, deve ler-se “foi aprovado por maioria com a abstenção dos

grupos Municipais do PCP, PEV e PAN, e os votos favoráveis dos Grupos

Municipais e Deputados Independentes representados ou pertencentes às duas

Comissões”, “dos restantes, e os votos favoráveis dos restantes Grupos Municipais e

Deputados Independentes, representando ou pertencentes à 7ª e 8ª Comissões”. ---------

----- Também era positivo que quando fossem assinados e subscritos aqui os

relatórios, que esta parte também fosse devidamente conferida, e com os

agradecimentos ao Senhor Deputado Sobreda Antunes, que faz sempre essa revisão,

que muitos ajuda a Mesa e os Serviços. ---------------------------------------------------------

----- Vamos passar à votação, temos um pedido do Partido Ecologista Os Verdes para

votar em separado ponto 1, o que vamos votar é a Recomendação 58/01, oriunda das

7ª e 8ª Comissões, extraída do relatório conjunto que estivemos também a debater,

portanto, vamos votar em separado o ponto 1, por pedido do Partido Ecologista Os

Verdes.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 1 da Apreciação da Recomendação 058/01 resultante do Relatório da

7ª e da 8ª Comissões, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, MPT, PPM e 10 IND

votos contra do PEV, e com as abstenções do PCP e PAN. O Ponto 1 da Apreciação

da Recomendação 058/01 resultante do Relatório da 7ª e da 8ª Comissões foi

aprovado por maioria. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Pontos 2 a 6 da Apreciação da Recomendação 058/01 resultante do

Relatório da 7ª e da 8ª Comissões, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, PEV,

PPM e 10 IND, não há votos contra, e com as abstenções do PCP, PAN e MPT. Os

Pontos 2 a 6 da Apreciação da Recomendação 058/01 resultante do Relatório da

7ª e da 8ª Comissões foram aprovados por maioria. --------------------------------------- ----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Portanto, a Recomendação 58/01 foi integralmente aprovada. -----------------------

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----- Damos assim por finda a discussão do ponto 1 da nossa Ordem de Trabalhos,

vamos passar ao Ponto 3.” -------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 3- APRECIAÇÃO CONJUNTA DAS SEGUINTES PROPOSTAS

DE REPARTIÇÃO DE ENCARGOS; GRELHA BASE: 34 MINUTOS: ------------- ----- PONTO 3.1- APRECIAÇÃO DO PONTO 7 DA PROPOSTA 62/CM/2019 –

SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR JOÃO PAULO SARAIVA -

AUTORIZAÇÃO PARA A REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E ASSUNÇÃO

DOS COMPROMISSOS PLURIANUAIS PARA “AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS

DE TELECOMUNICAÇÕES PARA O MUNICÍPIO DE LISBOA” PARA OS

ANOS ECONÓMICOS DE 2019, 2020, 2021 E 2022, BEM COMO

AUTORIZAÇÃO PARA QUE, SEM ULTRAPASSAR O MONTANTE

GLOBAL INDICADO NEM O ANO DO TERMO DO CONTRATO, SE

POSSAM FAZER AJUSTAMENTOS AOS VALORES ANUAIS PREVISTOS

EM FUNÇÃO DOS CONSUMOS OCORRIDOS OU DOS SERVIÇOS

EFETIVAMENTE PRESTADOS, E AINDA AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA

CONSEQUENTES E FUTURAS ASSUNÇÕES DE COMPROMISSOS

PLURIANUAIS, EM RELAÇÃO AOS MESMOS ANOS ECONÓMICOS, NOS

TERMOS DO DISPOSTO NO N.º 1 E 6 DO ARTIGO 22º DO DECRETO-LEI N.º

197/99, DE 8 DE JUNHO, E NA ALÍNEA C) DO Nº 1 DO ARTIGO 6.º DA LEI

N.º 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO; ----------------------------------------------------------

----- PONTO 3.2- APRECIAÇÃO DO PONTO 5 DA PROPOSTA 97/CM/2019

– SUBSCRITA PELO SENHOR VEREADOR MANUEL SALGADO -

ASSUNÇÃO DO COMPROMISSO PLURIANUAL DA AQUISIÇÃO DE

SERVIÇOS PARA “FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM

BAIXA TENSÃO PARA DISPOSITIVOS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA,

TRÁFEGO E PUBLICIDADE DO MUNICÍPIO DE LISBOA”, COM

REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PARA OS ANOS DE 2019 E 2020, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E EM CUMPRIMENTO DO DISPOSTO NA

ALÍNEA C) DO Nº 1 DO COM O ARTIGO 6.º DA LEI N.º 8/2012, DE 21 DE

FEVEREIRO E DO ARTIGO 12.º DO DECRETO-LEI N.º 127/2012, DE 21 DE

JUNHO. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (O ponto 7 da Proposta 62/CM/2019 fica anexado a esta Ata como Anexo VII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- (O ponto 5 da Proposta 97/CM/2019 fica anexado a esta Ata como Anexo VIII e

dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Em relação à apreciação do ponto 5 da Proposta de 97/2019 abrange a assunção

do compromisso plurianual da aquisição de serviços para o fornecimento de energia

elétrica em baixa tensão para dispositivos, iluminação pública, tráfego e publicidade

do Município de Lisboa, com repartição dos encargos próximos 2019 e 2020. -----------

----- Não sei Senhor Vice-Presidente se a Câmara quer apresentar as Propostas? A

Câmara prescinde. ----------------------------------------------------------------------------------

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----- Não sei se temos oradores inscritos para este ponto Senhora Segunda Secretária,

mas confirma-se que não temos inscrições para este ponto. ----------------------------------

----- Vamos então passar às votações, vamos votar o Ponto 7 da Proposta 62/2019.” ----

----- Ponto 7 da Proposta 62/CM/2019, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP,

BE, PEV, MPT, PPM e 10 IND, não tem votos contra, e com a abstenção do PAN. O

Ponto 7 da Proposta 62/2019 foi aprovado por maioria. ---------------------------------- ----- Ponto 5 da Proposta 97/CM/2019, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP,

BE, PEV, MPT, PPM e 10 IND, não tem votos contra, e com a abstenção do PAN O

Ponto 5 da Proposta 97/2019 foi aprovado por maioria. ---------------------------------- ----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Damos assim por finda a apreciação do Ponto 3 da nossa Ordem de Trabalhos. --

----- Vamo-nos passar ao Ponto 6 da Ordem de Trabalhos.” ---------------------------------

----- PONTO 6 - APRECIAÇÃO DO VOTO 059/01 – SUBSCRITO PELO PEV -

PROTESTO - “FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO EM ISRAEL” (PEV),

NOS TERMOS DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15.º DO

REGIMENTO; GRELHA BASE: 34 MINUTOS; -------------------------------------------

----- (O Voto 059/01fica anexado à presente Ata como Anexo IX e dela faz parte

integrante) --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Portanto, vamos dar a palavra à Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.

Para apresentar este Voto 59/01.” ----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Presidente. -------------------------------------------------------

----- Os Verdes apresentam um voto de protesto sobre a realização do Festival da

Eurovisão da Canção deste ano em Israel. ------------------------------------------------------

----- Obviamente, não pomos em causa a realização do Festival e dos valores que

pretende celebrar e difundir. Mas, incluindo-se nesses princípios a paz, a cooperação

e a tolerância, é absolutamente inconciliável que o Festival se realize em Tel Aviv,

face à política israelita de desrespeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e

da Declaração Universal dos Direitos do Homem e de constantes ataques ao povo

palestiniano. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Qualquer país que silencie ou branqueie esta contradição, estará a ser cúmplice

dos crimes pelos quais o Estado de Israel é reiteradamente censurado na Organização

das Nações Unidas. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Israel desrespeita centenas de resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de

Segurança da ONU, ocupa ilegalmente o território da Palestina, impõe colonatos,

massacra o povo palestiniano há décadas, e mantém um muro de betão em torno da

Faixa de Gaza, que é ilegítimo e desumano. ----------------------------------------------------

----- Ninguém pode ignorar que Israel tem recebido o repúdio generalizado da

comunidade internacional e que os palestinianos sobrevivem num território exíguo e

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desprovido das mais elementares condições de vida, numa prisão permanente a céu

aberto. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não é de menor importância o facto de Portugal ter sido o último país a receber a

organização deste Festival, tendo especiais responsabilidades na continuação da

defesa dos valores que o norteiam. ---------------------------------------------------------------

----- Portugal não deve participar numa operação que visa obter a normalização e

legitimação internacional das políticas ilegais e criminosas de um Estado, e não pode

abdicar dos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa. -----------

----- Para Os Verdes será lamentável ter a RTP associada a um Estado que comete

tantos crimes e causa tanto sofrimento ao povo palestiniano. -------------------------------

----- E é por todas estas questões, a que ninguém pode ficar alheio, que Os Verdes

propõem que a Assembleia Municipal manifeste o seu desagrado pela realização do

Festival Eurovisão da Canção em Israel e que apele a que a RTP pondere excluir a

sua participação nesta edição. ---------------------------------------------------------------------

----- Acreditamos que é possível um futuro de paz e de liberdade para o povo

palestiniano, mas, para isso, não pode haver atitudes de complacência ou de

branqueamento das atrocidades que o Estado de Israel pratica. -----------------------------

----- Destacamos também o facto de ter sido promovida uma carta aberta com o título

«Eurovisão não combina com Apartheid», onde vários artistas portugueses apelam ao

boicote de Portugal à edição de 2019 do Festival, caso decorra no local previsto. -------

----- Portugal não deve, com esta participação e através da sua estação pública de

televisão, ajudar a encobrir a ocupação israelita do território palestiniano e a contínua

negação dos direitos humanos deste povo. -----------------------------------------------------

----- Termino, recordando que são várias as posições de solidariedade com a Palestina

aprovadas nesta Assembleia, e aprovar e cumprir este voto é o mínimo que podemos

fazer pelo povo palestiniano e pela defesa da paz. Obrigada.” -------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssimo Senhor Presidente em Exercício, Excelentíssimos Senhoras e

Senhores Deputados, Excelentíssimos Vereadores, Público aqui presente. ---------------

----- O Partido Ecologista Os Verdes reconhece que o Festival Eurovisão da Canção

pretende celebrar a diversidade cultural, os valores da paz e da tolerância. ---------------

----- Sarah Cohen, mais conhecida por Dana Internacional, cantora transexual e um

símbolo LGBT venceu o Festival Eurovisão da Canção em 1998. Ela representava,

reforço, em 1998, o Estado de Israel. ------------------------------------------------------------

----- Que coragem e que lição de diversidade cultural e tolerância deu Israel ao

mundo em finais da década do século passado! Então estamos aqui perante um

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exemplo claro de diversidade e tolerância que Israel traz ao mundo, porque é que

devemos transformar esse momento de diversidade da tolerância e da paz no

momento de grave diplomático, de intolerância e de hostilização? -------------------------

----- É simples, porque alguma esquerda convive mal com esses mesmos valores que

prega, na cultura não pode haver politiquice e o que este Voto encerra não é um apelo

à tolerância e à paz, mas sim esconder um elevado grau de antissemitismo que certas

ideologias carregam desde 14 de Maio de 1948, ou por respeito ao calendário

hebraico, desde o quinto dia do mês de Ar, do ano de 5708, e recordo que nenhum

Estado vizinho concedeu a Israel a oportunidade para diálogo e tolerância, já que no

dia imediatamente a seguir, todos os Estados vizinhos o invadiram. -----------------------

----- Hoje todos queremos diálogo e todos queremos o respeito que Israel não teve no

1º dia da sua história moderna. Todos queremos paz na Palestina, todos queremos sã

convivência entre palestinianos, árabes, israelitas e cristãos, mas estas iniciativas,

como a que os Verdes hoje nos apresentam constituem um atentado aos mesmíssimos

valores que quer ver preservados! Sim à paz, não aos boicotes! Disse.” -------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “ Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura, do CDS.” -------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Presidente. ---------------------------------------------------------------

----- Tardava mas o PEV não desilude, mas também podia ter sido o PCP ou o Bloco,

estes Partidos paladinos da humanidade, como se tem observado em relação à

tragédia Venezuelana, não perde isso a opção antissemita, por qualquer ato que

decorre em Israel. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Não lhes bastou as humilhações que sofreram quando pediram aos portugueses

para não votarem na canção israelita, como agora insistem no boicote ao Festival da

Eurovisão, que se realiza em Telavive. ----------------------------------------------------------

----- Alguém escutou uma única vez os Verdes preocupados com as políticas da

Autoridade Palestiniana ou do Hamas em relação aos direitos das mulheres? Dos

direitos dos gays? Sobre as perseguições aos católicos? Sobre o terrorismo ou o

fundamentalismo religioso? -----------------------------------------------------------------------

----- Alguma destas coisas interessa aos Verdes? Não vemos estes Partidos

preocupados, pelo facto de a Misse de Portugal, Madeirense de coração, mas

Venezuelana, perder o título por ter denunciado a ditadura de Maduro, que tanto

vocês apreciam! -------------------------------------------------------------------------------------

----- Onde é que estavam estes Partidos quando o Festival se realizou na Rússia, ou

em Baku? Não! O que os incomoda é que o único País do Médio Oriente que garante

os Direitos às Mulheres e às Minorias celebre a vida e a alegria através de um

Festival da Canção onde ninguém é preterido. -------------------------------------------------

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----- Felizmente e ao contrário contar outras representações do nosso Estado o artista

português tem orgulho por representar uma nação, no seu todo, e não apenas alguns! --

----- Israel e única democracia que no Médio Oriente elege os seus chefes em sufrágio

livre, a única que garante direitos dos seus cidadãos e respeita esses direitos, cerca de

milhão e meio de árabes vivem como cidadãos em Israel elegendo os seus

representantes no Parlamento Israelita e gozando de mais direitos do que qualquer

cidadão árabe, em qualquer Estado Árabe e, no entanto, Israel é o alvo permanente

daqueles que dizem lutar pela justiça social e pela paz e que, no entanto, não têm

escrúpulos em redigir votos, onde forjam mitos, para justificar políticas destrutivas! ---

----- É feio utilizar um Festival que celebra a diversidade, a cultura da partilha e a

tolerância como arma política e diplomática. --------------------------------------------------

----- O CDS faz votos para que os dirigentes palestinianos, responsáveis e moderados

ergam brevemente um Estado Palestiniano próspero e pacífico e que Israel e a

Palestina vivam em paz e cooperação e assim nos poupem a esta intolerância da

esquerda portuguesa.” ------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- Tem a palavra a Senhora Deputada Ana Páscoa, do PCP.” -----------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Ana Páscoa (PCP), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhor Presidente em Exercício, Senhores Secretários, Caros

Colegas. ----------------------------------------------------------------------------------------------

-----Eu vou-me apenas cingir aos factos, portanto o PCP, de facto não apresentou aqui

este voto, mas podia realmente, com toda a legitimidade e orgulho apresentar, como

foi ainda agora referido, podíamos sim senhor e teríamos todo o orgulho em o fazer,

não o fizemos, portanto, venho aqui, de facto, dizer e afirmar que vamos votar

obviamente a favor deste Voto, factos que, aliás, estão no texto que o Partido

Ecologista Os Verdes apresentam, “A política de Israel”, e que são factos

internacionalmente reconhecidos, “política de Israel de desrespeito pelos princípios

da Carta das Nações Unidas e pela Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Constante violação dos Direitos Humanos. Confronto com resoluções da Assembleia

Geral das Nações Unidas e do Conselho de Segurança. Ocupação ilegal dos

territórios. Violação do Acórdão do Tribunal Internacional de Justiça com a

construção do muro de segregação. --------------------------------------------------------------

----- São factos, Senhores Deputados, que realmente são mais do que suficientes para

justificarem, realmente, este apelo para a não realização, ou para, enfim, a não

participação neste Festival. ------------------------------------------------------------------------

----- Eu só terminava realmente dizendo, de facto, ouvimos aqui dizer que, enfim, o

Estado de Israel celebra a vida, celebra a vida mas deixa para trás milhares de mortes,

que são os Palestinianos! Muito obrigada.” -----------------------------------------------------

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----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, o microfone à Senhora

Deputada.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente a este voto e reagindo a algumas intervenções tanto da parte do

PSD como do CDS. Em primeiro lugar, senhor deputado Luís Newton mais do que

querer a paz é preciso fazer alguma coisa para que se construa a paz e é preciso

começar a dar passos, pois só dizer que se quer a paz é muito fácil dizer-se isso,

depois é preciso concretizar e dar sequência às atitudes. -------------------------------------

----- Depois também deixar claro que o PEV não faz qualquer confusão entre os

princípios de tolerância, paz e cooperação com os crimes e massacres que Israel

comete e isso é um facto. No voto não estão mentiras nenhumas, estão inclusive

situações conhecidas pela Comunidade Internacional. Logo, não é muito válido vir

para aqui dizer coisas que não correspondem exatamente à verdade. -----------------------

----- Deixar também bem claro que o PEV não compactua com crimes nem com

determinadas atitudes por parte de Israel e temos muito orgulho no voto que

acabamos de apresentar e estamos perfeitamente confortáveis com esta posição e

sempre que houver situações deste género cá estarão Os Verdes para apresentar mais

um voto e, pelos visto, para ouvir mais intervenções deste género por parte do PSD e

CDS. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Depois, dizer que compreendemos que há divergências, e ainda bem que neste

caso há estas divergências entre Os Verdes e o PSD e CDS. Mas não deixa de ser

lamentável vê-los a defender um estado que tem sido tão atroz, cruel e censurado pela

ONU. E dizer também que não aceitamos lições por parte do CDS e PSD sobre a

defesa dos Direitos Humanos nem em Israel ou noutro sítio qualquer. Obrigada.” -------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, dos Independentes.” -----------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente em Exercício, Senhor Vice-Presidente,

Senhoras e Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ----------

----- Eu espero que este momento não se repita na Assembleia Municipal de Lisboa!

Temos alguma responsabilidade perante os munícipes! --------------------------------------

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----- A questão a questão das relações internacionais e do conflito Israelo-árabe tem

dignidade, porventura não será esta Assembleia e o melhor sítio para o discutir, mas

se incidentalmente tivermos que o discutir até o que podemos fazer, com dignidade e

fora do contexto daquilo que é, apesar de ser desenvolvida por uma empresa pública,

uma atividade comercial. --------------------------------------------------------------------------

----- É que não tarda, depois deste voto, teremos aqui provavelmente um voto de um

Deputado de direita mais conservadora a apelar à Benetton que deixe de fazer

anúncios provocatórios, ou um voto de um Deputado ateu a pedir à Coca-Cola que

não use a figura do São Nicolau, ou do pai Natal!... -------------------------------------------

----- É absolutamente constrangedor ter de discutir uma questão séria e digna, como é

o conflito Israelo-árabe no contexto de uma atividade comercial! Mas é para isto que

os cidadãos e as cidadãs de Lisboa, os contribuintes, nos pagam a senha de presença e

pagam os serviços de funcionamento desta Assembleia? Eu recuso-me a participar

nesta discussão, porque isto não é digno e nem é sério, e pior, não só da vossa parte,

dos Verdes, como da parte do CDS, que vem aqui dizer que este voto representa,

pasme-se, uma tentativa de condicionamento diplomático, como se fizesse

diplomacia à volta do Festival da Eurovisão, eu acho que se perdeu completamente

aquilo que é o conceito das relações, que se perdeu o conceito de Estado e o respeito

pela figura de Estado ao vir aqui misturar isto! ------------------------------------------------

----- Desculpem, eu não vou participar nesta, não vou participar nesta votação, vou-

me retirar, porque me sinto ofendido, enquanto lisboeta, independentemente desta

Assembleia. Disse.” --------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Só deixar o Senhor Deputado Rui Costa ausentar-se da discussão. -----------------

----- Mas há aqui uma questão que é incontornável, é que, de facto, e conforme tentei

salientar, refugiando-se numa matéria relacionada com o Euro Festival, o PEV traz

aqui uma discussão que não é a verdadeira génese da discussão que pretende ter. ------

----- O PEV vem aqui falar em tolerância, o PEV vem discutir no limiar, ou pretende

discutir no limiar o direito à existência do próprio Estado de Israel! E esta que é a

questão que está em cima da mesa, vem dizer que deve haver tolerância. -----------------

----- Eu reforço o que disse ainda há pouco, Israel tornou-se Estado em 1948, mais

precisamente a 14 de Maio de 1948, e no dia seguinte, no dia seguinte, sem diálogo,

depois de uma decisão também tida em sede internacional, sem diálogo, são

invadidos por todos. -------------------------------------------------------------------------------

----- Se este é o discurso que querem ter relativamente à matéria de tolerância e de

paz, temos um longo discurso para ter, uma longa discussão para ter.----------------------

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----- Também não compreendo, porque é que não nos resumimos a factos porque

resumimo-nos a factos, e trouxe aqui um exemplo daquilo que é a tolerância daquilo

que é os valores da diversidade cultural que Israel promove, que sempre promoveu e

que esteve patente em 1998, quando se apresentou ao Euro Festival da Canção, e por

isso esta é a questão que está em cima da mesa, não é a questão Israelo-palestiniana, é

a questão da diversidade cultural, é a questão dos valores da tolerância e dos próprios

valores da paz, que um Euro Festival deve inevitavelmente encerrar, e eu aqui não

encontro razão nenhuma para que não se reveja naquilo que tem sido a postura de

Israel perante a comunidade internacional, sobretudo em sede de Euro Festival, que

não a divulgação e a defesa destes mesmíssimos valores, o que tornam o protesto do

PEV perfeitamente inconcebível.” ---------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cristina Andrade, do BE.” ----------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cristina Andrade (BE), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Novamente muito boa tarde a todas e a todos. ------------------------------------------

----- Nós não estávamos a pensar inicialmente intervir neste ponto, até porque não é

muito prática e por vezes intervir-se aquando dos votos, mas tendo em conta a

discussão que, entretanto, se gerou decidimos fazê-lo. ---------------------------------------

----- Por um lado gostaríamos de assinalar que, como foi referido, o Festival da

Eurovisão aconteceu recentemente aqui em Portugal, muitos de nós crescemos a

assistir ao Festival da Canção e à Eurovisão, e, portanto, é um evento que é não só

relevante para Portugal como é relevante para a Europa, portanto, não deixa de ser

caricato por um lado que façamos de certa forma de conta que é indiferente o país

onde a o Festival da Eurovisão decorre, e o facto de ser e Israel é relevante e é

politicamente relevante, portanto, acompanhamos e iremos acompanhar,

naturalmente, os Verdes no voto que apresentam. ---------------------------------------------

----- Mas relativamente à discussão que aqui se suscitou gostaríamos de referir alguns

pontos, um deles para assinalar com alguma estupefação a tão grande preocupação do

PSD neste momento, com princípios culturais e referindo tão veementemente a

importância de ter havido uma pessoa LGBT que ganhou um Festival, uma pessoa

Trans que ganhou o Festival em Israel, considerando isso um grande ato cultural,

quando este mesmo PSD esteve contra a atribuição e esteve contra o apoio que

poderia e deveria ter sido dado a José Saramago, quando lhe foi atribuído o Prémio

Nobel da Literatura, portanto, acho que do ponto de vista cultural, estamos mais ou

menos falados!... ------------------------------------------------------------------------------------

----- Por outro lado e relativamente a quem tem referido que esta Assembleia não

poderá ou não se deverá pronunciar relativamente a alguns assuntos… Senhor

Presidente, eu posso tentar grita mais alto, mas fica um pouco difícil! ---------------------

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----- Relativamente ao facto de se referir que esta Assembleia poderá ou deverá

abster-se de pronunciar-se sobre assuntos que não digam respeito especificamente a

Lisboa, eu gostaria de referir ou de relembrar que esta Assembleia Municipal votou e

aprovou a geminação de Lisboa com Gaza, isso foi aprovado, é bom que seja

relembrado e é bom que nos recordemos daquilo que já aqui votámos e, portanto,

para terminar, deixamos ficar essa indicação relembrando que iremos acompanhar o

Voto dos Verdes e, na certeza que o Bloco de Esquerda mantém a posição que

sempre manteve, que é: Palestina vencerá!” ----------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- Penso que não temos mais inscrições, não há mais inscrições. -------------------------

----- Senhoras e Senhores Deputados agradecia agora que se sentassem para

procedermos à votação. ----------------------------------------------------------------------------

----- Temos um pedido para votar o Voto 59/01 por pontos e, portanto, é isso que que

vamos fazer, foi o Senhor Deputado que exerce o mandato como Independente, Paulo

Muacho, que fez esse pedido, portanto, vamos votar os três pontos do Voto em

separado. Vamos começar por votar o ponto 1.” -----------------------------------------------

----- Ponto 1 do Voto de Protesto 59/01 (PEV), votos contra do PS, PSD, CDS-PP,

PAN, MPT, PPM, 1 IND, votos a favor do PCP, BE, PEV, 2 IND, abstenções de 5

IND. O Ponto 1 do Voto de Protesto 59/01 (PEV) foi rejeitado. -------------------------

----- Ponto 2 do Voto de Protesto 59/01 (PEV), votos contra do PS, PSD, CDS-PP,

PAN, MPT, PPM e 1 IND, votos a favor do PCP, BE, PEV, 1 IND, abstenções de 6

IND. O Ponto 2 do Voto de Protesto 59/01 (PEV) foi rejeitado. -------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Eu posso ler o ponto 3, “Apoiar as resoluções da Organização das Nações

Unidas e das restantes instâncias de jurisprudência internacionais pela aplicação das

suas deliberações ao território ocupado da Palestina.” ----------------------------------------

----- Agora já clarificado que é que estamos a votar.” -----------------------------------------

----- Ponto 3 do Voto de Protesto 59/01 (PEV), votos a favor do PS, PCP, BE, PAN,

PEV, 7 IND, não há votos contra, abstenções do PSD, CDS-PP, MPT, PPM e 1 IND,

O Ponto 3 do Voto de Protesto 59/01 (PEV) foi aprovado por maioria. ---------------

----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário

nestas votações) -------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes decidiu

não participar na apreciação e votação deste Voto). -------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Portanto, no que concerne ao Voto 59/01 foi aprovado apenas, e será isso que

será divulgado externamente, o ponto 3. --------------------------------------------------------

----- E assim damos por encerrado o Ponto 6 desta Ordem de Trabalhos.” ----------------

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----- PONTO 7- APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 002 DO DM RUI COSTA

(IND) - SOBRE A REFORMA ADMINISTRATIVA DA CIDADE DE LISBOA

E A NECESSIDADE DE REFORÇO DOS MEIOS HUMANOS DAS JUNTAS

DE FREGUESIA E A EVENTUAL EXISTÊNCIA DE SERVIÇOS

PARTILHADOS, NOS TERMOS DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15.º

DO REGIMENTO; GRELHA BASE: 34 MINUTOS; --------------------------------------

----- Parecer da 1ª Comissão Permanente -------------------------------------------------------

----- Recomendação 059/01 (1ª CP) ------------------------------------------------------------

----- (A Proposta 002 do DM Independente Rui Costa fica anexada à presente Ata

como Anexo X e dela faz parte integrante) -----------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª. Comissão Permanente fica anexada à presente Ata como

Anexo XI e dela faz parte integrante) -----------------------------------------------------------

----- (A Recomendação 059/01 da 1ª. Comissão Permanente fica anexada à presente

Ata como Anexo XII e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar à apreciação da Proposta 002, do Deputado Municipal que exerce

o mandato como Independente, Rui Costa, sobre a Reforma Administrativa da Cidade

de Lisboa, a necessidade de reforço dos meios humanos das Juntas de Freguesia e a

eventual existência de serviços partilhados. ----------------------------------------------------

----- Temos um Parecer da Comissão Permanente, que os Deputados Relatores, que

foram conjuntamente o Senhor Deputado Municipal Luís Newton e a Senhora

Deputada Municipal Inês Drummond. -----------------------------------------------------------

----- Temos a Recomendação 59/01, que foi extraída do Parecer da 1ª Comissão

Permanente, e espero eu que tenhamos o Senhor Deputado Rui Costa, está ali, estava

ali escondido pela Senhora Deputada Virgínia Estorninho, para apresentar a Proposta

02. -----------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Microfone à Bancada do Bloco de Esquerda para uma interpelação à Mesa, não

vem cá acima o Senhor Deputado?” -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE), no uso da palavra fez a

seguinte interpelação à Mesa: --------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde. -------------------------------------------------------------------------------------

----- A interpelação à Mesa é pelo seguinte, é sobre o problema das competências

desta Assembleia Municipal, ou seja, foi feito em termos de Proposta, em que se

propõe que se delibere reconhecer a insuficiência de meios humanos, ou seja, a

Assembleia Municipal dentro das suas próprias competências não aprova, não analisa

nem reprova mapas de pessoal das Juntas de Freguesia. -------------------------------------

----- Nós tivemos aqui um debate que foi bastante prolongado, que teve vários

relatórios, salvo erro 8, mas não quero errar, onde nós fizemos uma análise sobre

todas as incidências, também humanas no que diz respeito em relação à Reforma

Administrativa. -------------------------------------------------------------------------------------

----- O que acontece, e isso tinha sido analisado na altura, várias conclusões das quais

todas as forças políticas se puderam pronunciar. Aquilo que nós estamos aqui a fazer

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ou então reabrimos novamente a chamada Reforma Administrativa, que foi feita em

Lisboa, e a partir das conclusões que essa reabertura da Reforma Administrativa de

Lisboa, então nós produzimos novas propostas, novas medidas, para aqui

produzirmos em sede de Assembleia Municipal. ----------------------------------------------

----- Agora aquilo que está aqui a fazer é a reconhecer um facto que nós não podemos

reconhecer, porque não temos competências para isso, se não tivemos antes não

temos aqui e a lei não nos confere essa competência, portanto, este é um problema

que eu apelo à Mesa que veja como é que há de fazer, eu sei que a Comissão teve o

cuidado de fazer algumas Recomendações, mas aquilo que é um facto é que isto é

uma Proposta e depois tem algumas Recomendações, mas tem Recomendações sobre

questões que não lhes é da sua competência. Obrigado.” -------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Também para interpelar a Mesa, o Senhor Deputado Rui Costa, ou no caso para

interpelar os membros que estão na Mesa.” -----------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------

-----“Senhor Presidente, já que estamos em preciosismo jurídicos a Mesa, pese

embora não estar completa, não deixa de ser Mesa e um órgão interno da Assembleia

e continuando nos preciosismos jurídicos, porque o Senhor Deputado José Casimiro

presta menos atenção aos documentos que têm a fundamentação jurídica, para além

da política, do que aos documentos que não a têm, é natural, é natural que é mais fácil

discutir a questão Israelo-palestiniana ainda que de uma forma que não invoca as suas

competências do que discutir as matérias sobre as quais a Assembleia Municipal tem

competência e, portanto, Senhor Presidente de Mesa eu requeria-lhe que o interpelava

à Mesa, para boa condução dos trabalhos, para que distribuísse ao Grupo Municipal

do Bloco, e em particular ao Senhor Deputado José Casimiro, a Proposta que eu

subscrevo que, curiosamente, contém a habilitação legal para que estas deliberações

aqui sejam tomadas. --------------------------------------------------------------------------------

----- Mais, o processo de Reforma Administrativa e o seu acompanhamento são uma

competência, aliás, desta Assembleia Municipal que a vem exercendo forma contínua

e, portanto, Senhor Presidente para podermos discutir substância política, em vez de

discutirmos forma, e já agora política naquilo que interessa a Lisboa, solicitava-lhe

então que procedesse a remessa com um amarelo, pode assinalar a amarelo onde diz

na página 4 da Proposta, “nestes termos e ao abrigo de” para que a discussão possa

continuar. Muito obrigado.” -----------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Bem Senhoras e Senhores Deputados, em relação a interpelando, interpretando

algumas das solicitações, naturalmente, como figuras de retórica apropriadas ao

debate na Assembleia Municipal, para dizer que, naturalmente, todas as Propostas

que estão em debate já foram atempadamente distribuídas, já foram agendadas, já

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foram distribuídas nas Comissões, colocadas no site, portanto, não vemos

necessidade de voltar a distribuir Propostas. ----------------------------------------------------

----- E abro um parêntesis para dizer que acabei, isso sim, de admitir um Voto de

Pesar, que mandei distribuir pelos Deputados Municipais que exercem o mandato

como Independente e pelos Grupos Municipais, para se concordar ainda ser votado

no final, fechando parêntesis, muito menos estarmos a assinalar com qualquer tipo de

cores, para benefício ou prejuízo de Senhores Deputados ou de bancadas quais são os

considerandos, porque eu parto do pressuposto que os 75 Deputados leem a

documentação. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Em relação à matéria jurídica, nós avaliamos a admissibilidade e a conformidade

jurídica, quando o fazemos, da admissão das Propostas e, portanto, esta matéria já foi

avaliada há umas largas semanas atrás, porque ela já esteve agendada para plenário,

depois baixou para a Comissão, já foi agendada e debatida na Comissão, e volta hoje

aqui depois parecer, porque, na altura, foi isso que foi considerado no plenário, que

ela fosse a 1ª Comissão, e nós não vemos nenhum impedimento jurídico sobre as

matérias que estão aqui em apreço, e há considerações, entendemos nós, e separamos

enão opinamos sobre esse tipo de considerações, que são mais políticas e, portanto,

todos os Senhores e as Senhoras 75 Deputados votarão conforme o seu entendimento

político sobre cada uma das alíneas e das Propostas, mas que não são matérias que

levem a uma consequência jurídica da não admissão da Proposta, aliás, conforme a

nossa prática e o nosso Regimento, embora a todo o tempo que cada um dos Senhores

Deputados possa sempre, como foi feito, e por isso estou a dar essa resposta, o possa

fazer agora, mas o momento que nós também temos sempre consensualizado é

quando as Propostas são distribuídas, são agendadas, quando são encaminhadas para

a Comissão, que em Conferência de Representantes isso possa ser suscitado e

também ao tempo e na altura das diferentes forças políticas representadas na

Conferência, inclusive o Bloco de Esquerda, nós não tivemos nenhum reparo à

admissão da Proposta, e nós fazemos sempre, há sempre um ponto em que são

referidas as Propostas que estão pendentes que deram entrada.------------------------------

----- Dito isto vamos iniciar a discussão e dar a palavra ao Senhor Deputado Rui

Costa para apresentar a sua Proposta, e depois agradecia que sinalizassem à Mesa,

por parte dos Relatores se usarão os dois da palavra ou qual dos Senhores Deputados

e que apresentará a Recomendação da Comissão, é a Senhora Deputada Inês

Drummond, muito bem. ---------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado Rui Costa.” ---------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhoras e

Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados. --------------------------------------

----- Regressados a Lisboa e postas de fora as questões processuais e de legalidade

vamos discutir a política da nossa Cidade. ------------------------------------------------------

----- A Reforma Administrativa foi um marco na Cidade e representou uma mudança

de paradigma, simplesmente a Reforma Administrativa ocorre num período em que

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há um conjunto de constrangimentos, orçamentais e legais, há a contratação de

pessoal e há a entrada em vigor todo o novo regime económico-financeiro,

designadamente, a Lei dos Compromissos e algumas revisões do Código dos

Contractos Públicos, que tornaram mais complexa a ação da Administração Pública. ---

----- Nesse sentido nem sempre a Reforma Administrativa, e é bom reconhecê-lo, foi

acompanhada da transferência de todo o pessoal que eventualmente fosse necessário,

e estando as Juntas de Freguesia privadas, nesses anos, de recrutar novo pessoal, por

um lado, e tendo de recrutar pessoal externo, muitas vezes de ambiente

completamente estranho àquela linguagem muito própria, que é a linguagem da

Administração Pública, constatou-se o inevitável e verificou-se, por exemplo, no

relatório de auditoria feito sobre a Reforma à Junta de Freguesia de Belém, o único,

aliás, publicado, que essas insuficiências se manifestaram de forma clara, mas para

além da necessária experiência na área da Administração Pública, seja a nível do

Direito, seja ao nível da Contabilidade ou de outras matérias específicas, coloca-se

hoje um problema, é que as Juntas de Freguesia têm bastantes solicitações, é já falado

num quadro de reforço das competências, mas a verdade é que se deparam muitas

vezes com dificuldades na contratação pública, designadamente em termos técnicos, e

seria talvez bom encontrar soluções de consenso, soluções que permitissem às Juntas

de Freguesia uma partilha de recursos, eventualmente, convocando também a Câmara

Municipal a esse nível, para tornar a ação mais eficaz. ---------------------------------------

----- Refiro-me, por exemplo, a uma central de compras que tenha que tenha

capacidade para a realidade específica de Lisboa, que pode ser servida

subsidiariamente pela central de compras Estado, mas comprar cimento a uma escala

nacional não é o mesmo do que lançar um procedimento para aquisição de cimento,

ou de outros materiais de construção, à escala Local. -----------------------------------------

----- Finalmente e para encerrar a Lei das Empresas Municipais não permite,

ironicamente, a constituição de centrais de compras, isto é, o Código dos Contractos

Públicos prevê até que entidades privadas possam exercer funções de centrais de

compras, sendo consideradas para isso entidades adjudicantes. Se o Município e as

Freguesias se quiserem organizar em central de compras, não dispõem nos termos da

Lei do Sector Empresarial Local de um meio para isso e, portanto, apela-se também

no ponto 4, à alteração da Lei nesse sentido. ---------------------------------------------------

----- A realidade de Lisboa é uma realidade pesada e que convém refletir sobre isso! ---

----- E agradecer o trabalho efetuado pela Comissão com a elaboração do Relatório e

com as Recomendações, aliás, coincidentes com alguns pontos do que aqui é

proposto. Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. Agora a Senhora Deputada Relatora, a Senhora Deputada Inês

Drummond.” -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Inês Drummond (PS), no uso da palavra,

enquanto relatora, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Presidente. -------------------------------------------------------

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----- As análises de monitorização da Reforma Administrativa desenvolvidas durante

o mandato 2013/2017 demostram uma especialização de uma grande estabilização do

movimento operacional da Reforma Administrativa da Cidade, consolidando-se

assim, de forma crescente, uma estrutura mais segura, autonómica e de

responsabilidade na ação pública e de proximidade. ------------------------------------------

----- Os oito Relatórios da monitorização do processo da Reforma Administrativa de

Lisboa são documentos exaustivos que retratam a realidade da Cidade e a evolução

da implementação da Reforma, que de forma muito meritória demonstram e

exemplificam não só os problemas que dela resultaram, mas também a forma como

quer a Câmara Municipal de Lisboa quer as Juntas de Freguesia foram resolvendo os

problemas, porém, a complexidade de algumas das soluções terá impedido a

concretização imediata de todas as competências, o que torna relevante e imperativo

remeter ao Ministério Público, junto do Tribunal de Contas, todos esses relatórios,

uma vez que a transferência de competências não pode, todavia, ser desacompanhada

de uma análise dinâmica das circunstâncias e condições em que tais competências

eram e foram e passaram a ser exercidas, e os meios e equipamentos que foram

alocados às Juntas de Freguesia. ------------------------------------------------------------------

----- Com efeito a Reforma Administrativa da Cidade tem de ser encarada como um

processo dinâmico evolutivo, não estando, por isso, isento de mudanças e

transformações ao longo da sua implementação, mas que é irreversível nos seus

propósitos e objetivos. -----------------------------------------------------------------------------

----- Quanto aos recursos humanos, considera-se que volvidos 4 anos, a situação está

estabilizada, não fazendo qualquer sentido falar em insuficiência de recursos, sendo,

no entanto, fundamental continuar a combater a precariedade laboral, tendo o PREV-

PAP sido uma importante ferramenta. -----------------------------------------------------------

----- Por fim e quanto às estruturas de serviços partilhados, dentro do espírito da

autonomia de cada Freguesia, parece-nos que as mesmas não fazem sentido, mas

alternativamente deve a Câmara Municipal de Lisboa, numa ótica de partilha de

conhecimento criar um fórum de trabalho onde possam partilhar as experiências e

discutir soluções comuns para a Cidade. -------------------------------------------------------

-----Neste sentido, a 1ª Comissão Permanente de Finanças, património e recursos

humanos e descentralização, propõe ao Plenário da Assembleia que dê conhecimento

ao Tribunal de Contas, bem como o Ministério Público junto do Tribunal de Contas,

do presente Parecer e dos oito Relatórios de monitorização do processo da Reforma

Administrativa e respetivos Pareceres desta Assembleia, reforçando as dificuldades

de implementação de um processo desta dimensão e confirmando a capacidade das

Juntas de Freguesia para assumir as novas competências. ------------------------------------

----- Recomenda também à Câmara Municipal de Lisboa que dentro do espírito de

cooperação entre órgãos autárquicos, que partilham competências pela gestão da

cidade que facilite, sempre que possível a transferência em mobilidade dos técnicos,

promova regularmente, numa ótica de partilha de conhecimento um fórum de

trabalho, onde possam partilhar experiências e discutir soluções comuns para a

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Cidade, e continuam a promover formação nas várias áreas do domínio da Autarquia

que seja aberta a todas as Freguesias, a todos os trabalhadores das Freguesias. -----------

----- E foi este o Parecer da 1ª Comissão, Senhor Presidente, não sei se estou inscrita

para fazer a intervenção do PS ou se volto depois mais tarde.” ------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Está inscrita e pode fazer a intervenção do PS, pedia aos Serviços para

começarem a contar o tempo agora.” ------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Inês Drummond (PS), no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Presidente. -------------------------------------------------------

----- De facto esta Proposta, como o Senhor Deputado Rui Costa acabou de dizer,

propõe a fazer uma apreciação e reconhecer a insuficiência de recursos humanos

transferidos para as Juntas de Freguesia. --------------------------------------------------------

----- A este respeito e tudo isto a propósito de uma Auditoria do Tribunal de Contas à

Junta de Freguesia de Belém, não foi só à Junta de Freguesia de Belém, mas já saiu o

Relatório da Junta de Freguesia de Belém, de facto, reconhecendo os méritos da

Proposta e os princípios subjacentes à Proposta queríamos dizer que, no que diz

respeito à questão dos trabalhadores e ao reconhecimento de insuficiência de recursos

humanos, o Partido Socialista não poderá votar a favor do primeiro ponto, isto

porque, de facto, as unidades orgânicas passaram com os recursos humanos

suficientes. Em relação aos restantes técnicos que poderiam vir reforçar as Juntas de

Freguesia houve um acordo com os sindicatos, dependendo da vontade dos

trabalhadores este movimento de transferência para as Juntas. ------------------------------

----- Ora se em algumas Juntas tal ocorreu na sua plenitude, houve Juntas que

consideraram que não necessitaram e houve Juntas que puderam, porventura, isso não

se ter verificado, no entanto, se esse foi o ponto de partida em 2014, que não é o que

aqui está escrito, hoje essa questão já não se coloca. ------------------------------------------

----- Em relação à questão da Câmara Municipal de Lisboa permitir mobilidade

temporária, para auxiliar os funcionários que entram agora no início de carreira nas

Autarquias, isto hoje também já é uma questão que não se coloca, isto, de facto,

poderíamos colocar esta questão em 2014, em que as competências eram todas uma

novidade, neste momento, esta questão também não se coloca e esse será o motivo da

nossa da nossa abstenção, obviamente que eu creio que todas as Juntas tem sentido

por parte da Câmara a possibilidade de mobilidade na carreira, inter-carreiras, para as

Juntas de Freguesia têm ocorrido e, portanto, não tem havido dificuldades de maior

nessa matéria. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Agora em relação à central de compras e à possibilidade de as Juntas de

Freguesia criarem centrais de compras, eu penso que, eu queria aqui só realçar que o

modelo não está definido, a Lei de facto não permite, não está aqui definido no

próprio Parecer, na própria Proposta, quais as formas e as circunstâncias em que isso

deve ocorrer, nós aqui votaremos contra, e relembrar só aqui que a própria Área

Metropolitana de Lisboa tem uma central de compras, que todas as Juntas de

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Freguesia se quiserem, isto para diferenciar aquilo que é central de compras do

Estado e as centrais de compras mais adaptadas às realidades autárquicas, a Área

Metropolitana de Lisboa tem uma central de compras, no caso da Junta de Freguesia

já a temos utilizado com bastante sucesso e, portanto, há e existem mecanismos

próprios, existem mecanismos aos quais podemos recorrer, se for essa a vontade, e

portanto, estes são os motivos pelos quais, não conhecendo em pormenor quais são as

Propostas em concreto para a criação de empresas locais ou de centrais de compras,

não percebendo ainda a envolvência, o Partido Socialista votará contra. ------------------

----- Em relação às outras questões, obviamente, percebendo a Proposta iremos votar

a favor dos outros pontos. Muito obrigada.” ----------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada. -------------------------------------------------------

----- Vamos agora aos oradores inscritos.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssimo Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, Senhores

Vereadores. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A oportunidade que esta Proposta nos traz hoje centra-se, sobretudo na

necessária reflexão que se insere um pouco no trabalho continuado que temos vindo a

procurar desenvolver aqui na Assembleia Municipal, de avaliação daquela que tem

sido a evolução do mecanismo da descentralização que foi a Reforma Administrativa

da Cidade de Lisboa, implementado em 2013, com a eleição das novas Freguesias e

concretizado na sua primeira fase em Março de 2014. ---------------------------------------

----- A verdade é que parte substancial deste novo modelo de gestão de proximidade

atendeu às dificuldades que tendem, normalmente, tudo o que implica grandes passos

em frente, inevitavelmente, uma das principais dificuldades prendeu-se com o facto

de se pretender estabelecer a nível das Freguesias um grau de serviço que se

reconhecia, até pela própria Câmara Municipal, que seria melhor dentro dessas

Freguesias, ora, muitos dos meios e recursos que hoje fazem parte dessa solução, não

estavam disponíveis em 2013, nem na própria Câmara Municipal. -------------------------

----- Esta constatação foi algo que esteve presente em vários relatórios de

acompanhamento e é algo que também demonstra que, em determinado momento,

associada, inevitavelmente, a esta vontade reformista, estava também um enorme

sentimento de coragem para a resolução daqueles que eram os problemas do dia-a-dia

e do quotidiano das comunidades que servíamos nas várias Freguesias, mas a verdade

incontornável, era que se deu um passo sem que os meios que o pudessem sustentar

desde o primeiro momento estivessem lá, e a reflexão que hoje fazemos é uma

repetição, com uma tentativa de consolidação dessa informação ao longo dos vários

relatórios, de poder dar aqui uma orientação clara sobre aquelas que foram as

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dificuldades e de que forma é que podemos, eu diria que no limite servir de referência

para outras Reformas similares por outros Concelhos por esse País fora, e esta será

inevitavelmente a principal matéria sobre a qual nos devemos debruçar e é

incontornavelmente um dos grandes legados da cidade de Lisboa. -------------------------

----- Tivemos oportunidade de refletir sobre o que está plasmado nesta Proposta,

tivemos oportunidade até em sede de Comissão de poder avaliar que melhorias

significativas é que se poderiam introduzir, mas parece-me particularmente evidente

que há um princípio inegável e incontornável que assiste à construção desta Proposta,

não pode, em momento nenhum, esta Assembleia Municipal, demitir-se das funções

de acompanhamento daquela que foi a Reforma Administrativa da Cidade de Lisboa,

e é isso que devemos daqui retirar, e é sobre isso que devemos continuar a construir

para o futuro. Disse.” -------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro, do PCP.” -----------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP), no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhor Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Deputados. ---------

----- É conhecido o posicionamento bastante crítico e de oposição veemente do PCP

relativamente à questão da Reforma Administrativa da Cidade. -----------------------------

----- Os dois documentos em discussão neste ponto merecem a nossa concordância e

apoio em questões que têm a ver com a partilha de conhecimento e experiências ou

da formação profissional dos trabalhadores das Juntas de Freguesia ou, mesmo, do

reconhecimento da insuficiência dos recursos humanos existentes nas Juntas. -----------

----- No entanto, não poderemos acompanhar as recomendações no sentido de

resolver os problemas conhecidos e há muito identificados com: ---------------------------

----- Os processos de transferências de trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa

para as Juntas de Freguesias (sem sequer se referir os necessários contactos com as

organizações representativas dos trabalhadores e a condição de aceitação prévia por

parte dos próprios trabalhadores). Relembramos aqui a experiência negativa que se

viveu com a transferência efectuada da Câmara Municipal para as Freguesias, em que

boa parte dos trabalhadores foram forçados à transferência. ---------------------------------

----- Não acompanhamos também a constituição de empresas locais, passando as

competências de órgãos eleitos para essas empresas, marcando uma tendência para

um exercício de funções sem qualquer possibilidade de escrutínio por parte dos

órgãos colegiais, executivo e deliberativo. ------------------------------------------------------

----- Uma última referência à questão do Tribunal de Contas e às propostas de dar

conhecimento do parecer e da deliberação. Parece-nos que no exercício das suas

funções o Tribunal fiscalizará o que houver a fiscalizar, sem necessidade do envio

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dos documentos, pelo que nos iremos abster nesse ponto na Proposta do Deputado

Municipal Rui Costa. -------------------------------------------------------------------------------

----- No entanto, o ponto sobre esta matéria, incluído no Parecer da Comissão vai

mais além, e é de tal forma contraditório que iremos votar contra. Além de advogar

uma opinião sobre o processo, não se limita a dar conhecimento, pretende realçar

dificuldades ao mesmo tempo que confirma capacidades. ------------------------------------

----- Se a dita capacidade existisse, não haveria dificuldades de implementação e tudo

correria bem, o que todos sabemos que não acontece. Obrigada.” --------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Casimiro, do Bloco de Esquerda.” --------

----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Independentemente das considerações que já foram feitas e que, em relação a

esta Proposta e a este Parecer queria dizer o seguinte: acho que não estamos aqui

numa questão de cores, não estamos aqui a verificar os posicionamentos que tivemos

aquando da Reforma Administrativa, que foram claros qual foi o posicionamento que

o Bloco de Esquerda teve, estamos a analisar uma Proposta concreta, que se pretende,

que pretende reiniciar, ou pretende antes começar uma nova Reforma Administrativa

na Cidade. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- No entanto, e com os contornos que a nosso ver nos parecem um pouco

perigosos, tendo em conta não só o problema das novas estruturas que se pretendem

criar, ou que se propõem criar ao nível das Juntas de Freguesia, como também em

relação à mobilidade temporária dos trabalhadores e a gente lembra-se todos que

houve uma grande insegurança por parte dos trabalhadores quando se começou,

quando se iniciou o processo da Reforma Administrativa e que todos os Presidentes

de Junta lembram-se qual era o, e também da Câmara, qual era a instabilidade que

reinava daqueles que eram transferidos da Câmara Municipal para o nível das Juntas,

e também algumas intranquilidades que isto sempre criou e gerou no seio dos

trabalhadores, por isso voltarmos novamente aos fantasmas ou novamente a criarem-

se bolsas de gestão de mobilidade temporária de trabalhadores, parece-nos a nós

muito perigoso. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Aqui aquilo que nós vemos, eu acho que a Comissão foi um pouco mais

comedida naquilo que diz respeito às questões de Recomendações que fazem,

nomeadamente em relação às competências na gestão da Cidade, nas questões de

partilha de conhecimentos, isto parece-me um pouco mais moderado em termos

daquilo que se pretende para tentar resolver algumas dificuldades, mas, no entanto, as

Juntas de Freguesia não estão limitadas, digo isto novamente, não estão limitadas a

sempre que precisem de pessoal o fazerem em termos de recrutamento e, portanto,

esta é uma questão que eu acho que nós temos que tratar com algum cuidado, as

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Juntas têm as suas necessidades, é verdade, seja em meios humanos, seja em termos

de necessidade de apetrechos para fazerem a sua gestão da Cidade, mas de qualquer

forma, acho que é importante que se vão conjugando políticas e se vão conjugando

vontades para que a nossa Cidade continue a andar para a frente. Muito obrigado.” -----

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. --------------------------------------------------------

----- Não temos mais inscritos. Câmara, Senhor Vice-Presidente, para se pronunciar

sobre a matéria.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, Vereador João Paulo Saraiva, no uso

da palavra fez a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente e Senhores Deputados. -----------------------------------------------

----- Só muito rapidamente para dar algumas notas sobre esta matéria, eu, às vezes,

quando estamos a falar sobre alguns temas de tal forma o exagero impera que, por

vezes, parece que estamos a falar de coisas diferentes. ---------------------------------------

----- A imagem que eu tenho, imagem comprovada por resultados, que tenho do

trabalho das Juntas de Freguesia em Lisboa é a todos os títulos notável e único! ---------

----- E portanto, é de tal forma notável e único que nós de forma entusiástica, este

Executivo e, aliás, toda a Câmara Municipal de Lisboa acaba de aprovar hoje 50

milhões de euros de contractos de delegação de competências para as Juntas poderem

executar, uma abordagem de proximidade àquilo que em complemento à Câmara o

vão certamente conseguir executar melhor do que a própria Câmara, é essa a nossa

expectativa e é isso que vai acontecer, porque isso já aconteceu com o conjunto de

contractos de delegação de competências anteriores e, portanto, problemas?

Problemas, temos todos problemas, dificuldades temos todos, faz parte da vida, aliás,

eu diria até que, por isso que nos pagam, que é para tentar resolver e minorar os

problemas e as dificuldades, portanto, quando eu ouço falar o PCP, que eu percebo,

há ali uma questão ideológica de fundo, e depois um efeito carambola encarrega-se

do resto e, portanto, tentam traçar um cenário de que tudo corre mal!----------------------

----- Há coisas a melhorar? Com certeza, mas está tudo muito melhor, tenho essa

convicção, tenho dados para dar sobre essa matéria e para evidenciar e é com essa

convicção que nos parece que não fizemos tudo perfeito até agora, há muitas coisas

para melhorar, mas a Cidade está melhor e o País está melhor com esta experiência,

que correu de uma forma muito, muito, com muito, muita qualidade e que vamos

aprofundar e desenvolver nos próximos anos e, portanto, eu diria que quando o

Deputado Rui Costa diz “Vamos ter, a Câmara deve facilitar e procurar que todos os

sistemas de mobilidade entre o Município e de capacitação entre o Município e as

Juntas de Freguesia se reforcem”, eles já existem! Eles têm sido reforçados

paulatinamente, a mobilidade, há dezenas anualmente, dezenas de processos de

mobilidade entre o Município e Juntas de Freguesia e o Município, é muito raro o

Município dizer que não a uma proposta de mobilidade de uma Junta de Freguesia,

pela consciência da importância dessa passagem, desse know-how e dessa satisfação

dessas necessidades, obviamente, há situações em que é muito difícil também para

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este lado, a vida é assim! Mas tem sido esse o nosso espírito, haverá certamente ainda

coisas para melhorar também desse ponto de vista, sobre a formação, o próprio plano

de formação global de formação do Município é feito auscultando as Juntas de

Freguesia sobre as suas necessidades de formação e de capacitação, ele é construído

dessa forma e, portanto, o plano de formação do Município já reflete isso mesmo, e

umas largas centenas de trabalhadores anualmente participam nessas acções de

formação. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Só entre 2018, e agora é o dado desapareceu-me, mas umas largas centenas, mas

eu posso fornecer essa informação, de trabalhadores das Juntas de Freguesia

participaram em ações de formação e, portanto, sem prejuízo de que podemos

aprofundar, estamos a fazer tudo o que está aqui neste processo. ---------------------------

----- Quanto à última matéria não está vedado ao Município e às Juntas de Freguesia

como entidades independentes e autónomas que são, partilharem e desenvolverem

processos concursais e de compras em conjunto, antes de nos pormos a pensar em

qualquer estrutura, acho que é muito útil que bilateralmente, ou que um conjunto de

Juntas de Freguesia, se assim entendermos, possamos fazer um conjunto de

experiências que nos permitam fazer compras partilhadas, agora parece-nos

completamente prematuro, como referiu a Deputada Inês Drummond, que neste

momento, nos possamos já pensar em estruturas e macro estruturas para fazer este

este trabalho de cooperação, que podemos fazer sem elas. Muito obrigado.” -------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- Temos o Senhor Deputado Municipal Rui Costa para usar da palavra.” -------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente em Exercício, só para dizer que de todas as

intervenções resultou claro que esta Proposta e a discussão desta Proposta fazia falta,

e resultou também claro que foram insuficientes os meios transferidos, os meios

humanos ao nível de técnicos superiores no início, com vicissitudes várias e que

consentiram situações como a que se passou em Belém, e aguardemos pelos outros

relatórios de auditoria. -----------------------------------------------------------------------------

----- Quanto à estrutura a criar para serviços partilhados e para central de compras eu

pasmo-me! Eu pasmo-me porque ainda a inexistência de uma estrutura dessas é o

convite a muitas aquisições por ajuste directo, portanto, eu adoro ver os paladinos da

transparência, a virem aqui dizer não, “não a uma central de compras ou a uma

empresa”, seja ela qual for, e depois permitirem, eventualmente, ajustes diretos por

essa via, mas eu diria mais, mas eu diria mais em relação aos serviços partilhados. -----

----- E para terminar estão nos considerandos várias formas possíveis de operar nesses

serviços partilhados, mas o que nós também nos esquecemos é que há lobbys pelo

facto de haver uma autonomia de total e uma independência entre as Freguesias e os

Municípios e, pelo facto de a Lei não nos permitir que se associem estruturas formais

para isso, solução para este problema gostava eu de a ter, prontinha, apresentada em

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Proposta, mas gostava também de remover os obstáculos legais a que tal possa

funcionar. Muito obrigado.” -----------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado, beneficiou de cedência de tempo. ---------------

----- Senhora Deputada Inês Drummond, mais valia negociar a cedência de tempo

com alguma bancada, que invocar aqui a Defesa da honra quando manifestamente o

Senhor Deputado não ofendeu a sua honra, mas vamos dar o microfone à Senhora

Deputada Inês Drummond.” -----------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Inês Drummond (PS), no uso da palavra fez

a seguinte Defesa da honra: -----------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente, de facto, aqui a Defesa da honra, quando se vem aqui falar

dos “paladinos da transparência, que depois são contra as estruturas que promovem

os concursos públicos e preferem os ajustes diretos.” -----------------------------------------

----- Lamento informá-lo mas o que eu disse na minha intervenção é que existem já

estruturas como a central de compras da Área Metropolitana de Lisboa, que vão ao

encontro das estruturas que acabou de nos referir e, portanto, esta coisa que somos

todos a favor da transparência, mas que depois queremos é todos fazer ajustes diretos,

acho que é um bocadinho demais. Muito obrigada.” ------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Microfone ao Senhor Deputado Rui Costa.” --------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente, obrigada Senhora Deputada Inês Drummond, não era de

todo dirigido para si e espero que com isto não venha pedir a Defesa da honra, por eu

insinuar que não teve a capacidade de compreender que não era para si. ------------------

----- Na verdade, e em boa verdade, esta referência aos “paladinos da transparência”

era para a Bancada do Partido Comunista Português, que a percebeu bem, que teve a

capacidade de encaixe para a perceber, e era relativamente a processos de aquisição. ---

----- Como sabe nós temos uma central de compras da área Metropolitana, é verdade,

mas também é verdade que nem todos os programas de concurso que lá estão são

adequados às Juntas de Freguesia, e talvez até seja, talvez, talvez até seja verdade que

as Juntas de Freguesia não se concertam para isso, portanto, quando eu estava a dizer

que uma central de compras numa estrutura de direito público, uma empresa local ou

uma associação de Freguesias, era uma forma transparente de resolver problemas da

contratação pública, que de outra forma podiam ser adjudicados por ajuste direto,

estava a ser sério e, aliás, eu salientava mais, eu há uma coisa que me faz uma

comichão de todo o tamanho, ideológica, digo à Senhora Deputada e já agora aos

Senhores Deputados do PCP, que é a possibilidade de as centrais de compras serem

entidades totalmente privadas de capitais exclusivamente privados, e não

compreender e não querer dar este salto custa-me um pouco, mas de todo não era

dirigido para si, e fique descansado que não sou um vigilante do site base.gov.pt, nem

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havia nenhuma referência, expressa ou explícita a qualquer um dos Senhores

Presidentes de Juntas de Freguesia, que aliás, a todos muito estimo, independente das

opções políticas que façam no processo de escolha das seleções de compras públicas. --

----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. -------------------------------------------------------

----- Temos um pedido da Bancada do Partido Comunista Português à atenção de

todos os as Senhoras e Senhores Deputados, para votarmos as Propostas por pontos e

por alíneas, portanto, vamos fazer um conjunto de votações e é importante que o

tenham presente. ------------------------------------------------------------------------------------

-----Vamos começar por votar a Proposta 02, apresentada pelo Deputado Rui Costa.

Como não vamos votar a remissão, que não costumamos votar, vamos votar os 4

pontos e um deles, vamos votar várias alíneas, portanto, vamos proceder à votação.

Vamos começar por votar o ponto 1.” -----------------------------------------------------------

----- Ponto 1 da Proposta 02/DM Rui Costa-IND, votos contra do PS, BE, 3 IND,

votos a favor do PCP, PAN e 2 IND, e com as abstenções do PSD, CDS-PP, PEV,

MPT e 3 IND, O Ponto 1 da Proposta 02/DM Rui Costa-IND foi rejeitado. ----------

----- Ponto 2 da Proposta 02/DM Rui Costa-IND foi retirado pelo Proponente. -----

----- Ponto 3, alínea a) da Proposta 02/DM Rui Costa-IND, votos contra do PCP,

BE e PEV, votos a favor do PAN, 4 IND, e com as abstenções do PS, PSD, CDS-PP,

MPT e 4 IND. O Ponto 3, alínea a) da Proposta 02/DM Rui Costa-IND foi

rejeitado. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 3, alínea b) da Proposta 02/DM Rui Costa-IND, votos a favor do PS,

PSD, PCP, BE, PAN, PEV e 6 IND, não há votos contra, abstenções do CDS-PP,

MPT e 2 IND. O Ponto 3, alínea b) da Proposta 02/DM Rui Costa-IND foi

aprovado por maioria. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 3, alínea c) da Proposta 02/DM Rui Costa-IND, votos contra do PS,

PSD, PCP, BE, PEV, 6 IND, votos a favor do PAN e 1 IND e com as abstenções do

CDS-PP, MPT e 1 IND.O Ponto 3, alínea c) da Proposta 02/DM Rui Costa-IND

foi rejeitado. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Ponto 4 da Proposta 02/DM Rui Costa-IND, votos contra do PS, PSD, PCP,

BE, PEV, 7 IND, votos a favor do PAN, 1 IND, abstenções do CDS-PP, MPT. O

Ponto 4 da Proposta 02/DM Rui Costa-IND foi rejeitado. ------------------------------- ----- Ponto 5 da Proposta 02/DM Rui Costa-IND foi retirado pelo Proponente. -----

----- (Ausência do Grupo Municipal do PPM da Sala de Plenário nestas votações) ------

----- (Ausência do dois Deputados (as9 Municipais Independentes da Sala de Plenário

nestas votações) -------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Portanto, em síntese foi aprovada, e é o que fica da Proposta a alínea b) do

ponto 3 desta Proposta. -----------------------------------------------------------------------------

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----- Microfone ao Senhor Deputado Costa, para que efeito? Uma Declaração de

Voto? Uma Interpelação à Mesa? Muito bem” -------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte Interpelação à Mesa: ---------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente é que sendo rejeitado o ponto 4, o ponto 5, deixa de ter, fica

destituído de sentido, pelo que não tendo mesmo sido votado, eu solicitava que não

fizesse parte da deliberação final.” ---------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “O ponto 5 pode fazer sentido, mas se o Senhor Deputado prescindir, tem esse

direito, para o envio da alínea d) do ponto 4 que foi aprovada, há uma. --------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra

prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Não tem interesse Senhor Presidente.” ---------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, então havendo consenso, penso que posso interpretar o vosso

silêncio como um consenso para a Proposta do proponente, que ficará publicado no

Boletim Municipal aquilo que foi aprovado, mas não será remetido para mais

nenhuma entidade. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos votar agora a Recomendação 59/01 sobre esta Proposta, oriunda do

trabalho que foi feito da 1ª Comissão Permanente. --------------------------------------------

---- Aqui uma dúvida, a Bancada do Partido Comunista Português é também para

votar em separado? Em separado, muito bem. -------------------------------------------------

----- Vamos votar também em separado as 3 alíneas da Recomendação oriunda da 1ª

Comissão Permanente.” ----------------------------------------------------------------------------

----- Alínea a) da Recomendação 059/01 (1ª. CP), votos a favor do PS, PSD, CDS-

PP, BE, MPT e 8 IND, votos contra do PCP, abstenções do PAN e PEV. A Alínea a)

da Recomendação 059/01 (1ª. CP) foi aprovada por maioria. --------------------------- ----- Alínea b) da Recomendação 059/01 (1ª. CP), votos a favor do PS, PSD, CDS-

PP, PCP, MPT e 8 IND, não há votos contra, abstenções do PAN, BE e PEV. A

Alínea b) da Recomendação 059/01 (1ª. CP) foi aprovada por maioria. ---------------

----- Alínea c) da Recomendação 059/01 (1ª. CP), votos a favor do PS, PSD, CDS-

PP, PCP, MPT e 8 IND, não há votos contra, abstenções do PAN, BE e PEV, A

Alínea c) da Recomendação 059/01 (1ª. CP) foi aprovada por maioria. --------------- ----- (Ausência do Grupo Municipal do PPM da Sala de Plenário nestas votações) ------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “A Recomendação de 59/01 foi aprovada na sua integralidade, e assim damos

por finda a discussão do ponto 7 da nossa Ordem de Trabalhos. Vamos para o ponto 8

da Ordem de Trabalhos. ----------------------------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal do PEV apresentará por escrito uma Declaração de Voto.” ----

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----- O Grupo Municipal do PEV apresentou, posteriormente, a seguinte

Declaração de Voto: ------------------------------------------------------------------------------ ----- “Na votação da Proposta nº 2/2019 (do IND Rui Costa), o GM do PEV votou

contra nos pontos 3, alíneas a) e c), e ponto 4, por considerar que a aquisição de

pessoal qualificado para cada mapa de pessoal deverá ser da responsabilidade de

cada órgão autárquico, bem como não concordar com a criação de novas estruturas,

com ou sem prestação de serviços partilhados, nem com a constituição de novas

empresas locais. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Já quanto à Recomendação da 1ª CPFPRHD, Os Verdes abstiveram-se pelos

seguintes motivos. --------------------------------------------------------------------------- ----- Em primeiro lugar, nada de fundamental teremos frontalmente a objectar sobre

as deliberações finais da Recomendação da 1ª Comissão, designadamente para com

as medidas de cooperação entre órgãos autárquicos, a transferência em mobilidade,

que a Lei prevê deverá ser sempre realizada por iniciativa dos trabalhadores e com a

sua óbvia anuência prévia, ou a promoção de acções de formação em áreas sensíveis

do domínio da gestão autárquica. ----------------------------------------------------------------

----- No entanto, e em segundo lugar, não nos parece que os considerandos do

parecer sejam isentos perante as realidades e as vicissitudes que, ao longo do tempo,

têm decorrido no Processo de Reforma Administrativa em Lisboa -------------------------

----- Aliás, toda a argumentação do parecer vai no sentido de promover um

panorama panegírico sobre todo este processo, omitindo as contradições plasmadas

na qualidade de vida da cidade, as inúmeras denúncias e queixas dos Munícipes, um

pouco por toda a cidade, e os sucessivos alertas que o Grupo Municipal do Partido

Ecologista Os Verdes sempre apontou ao longo dos 8 Relatórios produzidos pelo

Grupo de Acompanhamento e Monitorização da Reforma Administrativa de Lisboa. ---

----- Neste contexto, por Os Verdes não manifestarem concordância com a

caracterização exarada no parecer, apesar das sugestões de cooperação expressas

nas deliberações finais, o GM-PEV optou por se abster na Recomendação da 1ª

CPFPRHD. ---------------------------------------------------------------------------------- -----Assembleia Municipal de Lisboa, 14 de Março de 2019 ----------------------------- ----- O Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”.” ------------------------- ----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar ao Ponto 8 da Ordem de Trabalhos, mas antes também já foi

distribuído e será aditado como último momento da Ordem de Trabalhos, o Voto de

Pesar pelo falecimento de Augusto Cid, um voto que foi subscrito pelas Bancadas do

PSD, do PSD, do CDS, do PPM e do MPT e pelos diferentes Deputados Municipais

que exercem o mandato como Independentes e, portanto, votaremos após a

conclusão. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos então para o Ponto 8 da Ordem de Trabalhos.” ---------------------------------

----- PONTO 8 - APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE DA PROPOSTA

85/CM/2019 - PROJETO DE VERSÃO FINAL DA ALTERAÇÃO

SIMPLIFICADA DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE LISBOA, NOS

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TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO DO N.º 7 DO

ARTIGO 123.º DECRETO-LEI N.º 80/2015, DE 14 DE MAIO E DA ALÍNEA A)

DO N.º 1 DO ART.º 70º DO REGIMENTO; GRELHA G - LIMITE DE 2 HORAS.-

----- (A Proposta 85/CM/2019 fica anexada á presente ata como Anexo XIII e dela

faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Recordar a todas e a todos os Senhores Deputados que estamos a fazer este

debate e esta apreciação de Propostas nos termos regimentais em que, no fundo,

teremos uma dupla apreciação, hoje será um debate e uma votação na generalidade,

se a Proposta merecer a aprovação será remetida à 3ª Comissão Permanente, onde

será trabalhada na especialidade e subirá posteriormente, novamente, a Plenário. -------

----- Se a Proposta não for aprovada, ficará por aqui e não irá para a 3ª Comissão

Permanente. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos dar a palavra à Câmara Municipal para apresentar esta Proposta 85/2019.

----- Senhor Vice Presidente.” --------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, a Proposta que hoje aqui trazemos, a 85/2019, propõe à Assembleia

que aprove o projeto, na sua versão final, de uma alteração simplificada do Plano

Diretor Municipal que decorre, do facto de ter, através de um despacho, do Despacho

4393/2018, ter sido alterado, houve uma desafetação do domínio público militar e a

sua integração no domínio privado do Estado de uma parcela de terreno, aqui

designada por PM40-Lisboa, cerca do Convento da Estrela, ala Sul, que está situada

na Avenida Infante Santo, na Freguesia da Estrela, e o que o regime jurídico dos

instrumentos de gestão territorial nos diz é que no seu Artigo 127, em que este tipo de

alterações estão sujeitas ao regime simplificado de alterações do Plano Diretor

Municipal e, portanto, é exatamente o que aqui trazemos. -----------------------------------

----- Esta Proposta já foi aprovada em reunião de Câmara, foi submetida à discussão

pública e não teve, não foram recebidas participações, no prazo concedido e,

portanto, ela está em condições de ser submetido à Assembleia Municipal e é isso que

aqui estamos a fazer. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Vice-Presidente, vamos passar aos oradores inscritos.” --

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro, do PCP.” -----------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP), no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Mais uma vez boa tarde. --------------------------------------------------------------------

----- Como já temos dito recorrentemente nesta Assembleia, consideramos da maior

importância o PDM da cidade, como instrumento de planificação e gestão do

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território que protege o interesse público, o progresso social e as populações, de

forma clara e transparente, salvaguardando os usos do território e o equilíbrio entre as

suas diferentes funções. ----------------------------------------------------------------------------

----- A proposta que hoje discutimos e votamos, de desafetação do domínio público

militar e a integração no domínio privado do Estado do imóvel da Cerca do Convento

da Estrela – Ala Sul, na Avenida Infante Santo, vem no seguimento de outras, com as

quais discordamos profundamente, de venda do património. --------------------------------

----- Tendo a classificação como Espaço de Uso Especial de Infraestruturas, ao ser

desafetado através deste procedimento de alteração simplificada do PDM, passa a ter

o uso preponderante nas áreas envolventes que é o uso habitacional. Isto significa que

ali surgirá mais um bloco de apartamentos. -----------------------------------------------------

----- Para o PCP, para além da questão óbvia de mais uma venda e desafetação de uso

com a qual discordamos, seria importante na nova construção impedir a ocupação de

toda a parcela, libertando a área colada ao edifício do antigo Instituto Geográfico

Cadastral e deixando ali um espaço verde. ------------------------------------------------------

----- Porque defendemos um planeamento orientado para o direito à cidade, que

salvaguarde os usos do território e do património, e não para os interesses privados ou

do “mercado”, desregulação e desordenamento que permitem a utilização do solo

para gerar mais e mais lucros, iremos votar contra esta proposta de desafetação.

Obrigada.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Deputada.” ------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------

----- “ Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa, Excelentíssimas Senhoras e

Senhores Deputados, Senhores Vereadores. ----------------------------------------------------

----- Eu ouvi a intervenção do PCP e eu sei que às vezes eles colocam as cassetes e

correm o risco de ter a cassete errada. -----------------------------------------------------------

----- O Instituto Hidrográfico fica na Rua das Trinas e a parcela de terreno de que nós

estamos a falar fica na zona do bairro da Estrela, na Avenida Infante Santo, e que

tem, enfim, não tem nada a ver com a zona da do Instituto Hidrográfico. -----------------

----- A Proposta fala de uma desafetação do domínio público, mas a verdade é que

esta parcela já está desafetada do domínio público, está murada e está ao abandono há

alguns anos, urge, portanto, devolvê-la e integrá-la com a restante comunidade. ---------

----- É um espaço que requer uma transformação, cuja utilização estava

profundamente desadequado à realidade da comunidade que envolvia, é um espaço

que urge abrir, não só do ponto de vista físico, mas também do ponto de vista

humano, ao restante tecido urbanístico e à restante Freguesia. ------------------------------

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----- É uma oportunidade que deverá ser aproveitada para criar soluções para as

necessidades não só futuras, mas também aquelas que hoje se encontram por suprir

naquela zona, e uma delas, incontornavelmente, é o estacionamento, qualquer solução

que venha ali a ser implementada tem que vir a contemplar um reforço da capacidade

de estacionamento, para servir toda a zona envolvente, para além de poder assegurar

que aqueles que possam fazer daquele o seu espaço de futuro, também tenham ali

condições. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não pode estar desligada do facto de estar ao lado de um dos principais

monumentos nacionais da cidade de Lisboa, que é Basílica da Estrela, e a necessidade

imperiosa que temos de assegurar condições de frequência às pessoas que lá se

deslocam, seja por respeito ao culto que praticam, seja por respeito ao turismo que

querem desenvolver, seja, pura e simplesmente, para como lisboetas prestarem

respeito a mais um digno património da nossa Cidade, estas e outras matérias são,

naturalmente, uma oportunidade que temos, uma oportunidade que devemos agarrar e

que deveremos conseguir assegurar que, no âmbito daquilo que é o desenvolvimento

urbanístico futuro, possamos encontrar para aquele espaço, que não é nas Trinas e

não é ao lado do Instituto Hidrográfico, mas sim na Infante Santo, ao lado do Largo

da Estrela, criar as condições, volto a frisar, não só para resolver os problemas da

nova construção, mas para sanar definitivamente, os problemas de uma comunidade

que há muito ali habita, que requer atenção específica para as características do

território e que encontra naquele espaço a oportunidade de abertura e de integração

com o meio envolvente. ----------------------------------------------------------------------------

----- Diríamos então que, perante uma oportunidade destas, existem logo duas opções,

e o desafio que se coloca não é um desafio de urbanização cega, mas é um desafio de

permitir a integração com a envolvente, é neste sentido que vemos, reforço, aqui uma

oportunidade e é neste sentido que queremos acompanhar e aprofundar a discussão

desta Proposta em sede de Comissão. Disse.” --------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhoras e Senhores

Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ------------------------------------

----- Hoje eu estou particularmente feliz porque é o dia em que tenho oportunidade de

justificar aos eleitores de Lisboa, por razões que não as estritamente pessoais, mas as

razões para continuar a exercer o mandato como Deputado Municipal nesta

Assembleia, ainda como Independente. E faço-o hoje, com particular razão, porque

vou votar de acordo com o programa eleitoral que me elegeu, ao contrário, muito

provavelmente, e a avaliar perfunctoriamente pela votação na Câmara de outras e

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outros Deputados Municipais eleitos na minha lista, porque esta alteração

simplificada que aqui vêm hoje, é uma alteração que vai permitir não apenas a

habitação. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Não, não! Permite entre outras coisas, Senhor Deputado Sobreda Antunes,

permite entre outras coisas, e agradeço-lhe o à parte, a edificação, por exemplo, de

hotéis se o prédio for completo e, portanto, quando a CCDR perguntou à Câmara

Municipal qual era o critério de escolha do espaço envolvente para fazer a

classificação, porque o espaços predominante envolvente é de equipamento, não é de

habitação de uso consolidado, fê-lo de uma forma não inocente, ficou satisfeita com a

resposta da Câmara, e a Câmara disse sim! -----------------------------------------------------

----- Sim, nós queremos espaço urbano consolidado, e sim, ao abrigo do PDM

queremos permitir que se forem os prédios completos, fazer lá um hotel, sim!... A

Câmara tomou essa opção política, infelizmente para mim, com o voto favorável do

Senhor Vereador do Bloco de Esquerda! --------------------------------------------------------

----- E cá estarei hoje para retificar esse voto, e para dizer que não é essa a minha

opção para a Cidade, e mais, para dizer que este é património público! --------------------

----- Podiam as pessoas mais à direita, e sem ser isto um sinal de adesão à vossa

argumentação, podiam as pessoas mais à direita vir dizer, bem, mas é propriedade

privada, o privado tem expectativas de desenvolver lá o seu terreno, pois, mas

naquele caso não é propriedade privada, ainda, e agora sim, será atrativa para os

privados! ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Como dizia o Senhor Deputado Luís Newton vamos desenvolver à comunidade,

e eu até tive receio que ele dissesse à sociedade, porque podia ser uma sociedade

imobiliária qualquer!... ----------------------------------------------------------------------------

----- E esta é a consequência da votação que estamos a fazer hoje, no momento em

que andamos a reivindicar edifícios à Administração Central para equipamentos, aqui

está a nossa opção! A nossa não, a opção de quem votar a favor, que é a opção de

votar pela possibilidade de construir, já agora dará seguramente um excelente

condomínio fechado, até já está murado e tudo! Aquelas coisas que vinham num

programa eleitoral, pelo qual fui eleito, como sendo para recusar, mas poderá também

dar um hotel, e Senhor Vereador João Paulo Saraiva, artigo 41 do Regulamento do

PDM, pode ver por aí, artigo 41 e seguintes, foi a opção que se fez e, portanto,

quando a Câmara tinha poder negocial junto da Administração Central, para

reivindicar aquele imóvel e dar uma utilização de equipamento, não! Devolveu-o à

comunidade, mas à comunidade que eu diria mais sociedade e, portanto, nestes

termos votarei contra esta alteração ao Plano Diretor Municipal. Disse.” ------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Teixeira, do PS.” -------------------------

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----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Microfone ao Senhor Deputado Luís Newton, que pediu a palavra para uma

defesa da honra.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PS), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção em defesa da honra: -------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente, senti necessidade de fazer a defesa da honra porque o

Senhor Deputado Rui Costa sentiu necessidade de encontrar forma de justificar

aquele que é o seu “não mandato” nesta Assembleia Municipal, deturpando a minha

intervenção e dessa forma, inclusivamente, eu diria que procurando manchar a minha

intervenção. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado, muitas vezes a política prejudica-se a ela própria, quando os

atores procuram não transmitir dignidade às intervenções, ou de alguma forma

mascarar as intervenções, popularizando-as, num registo popularucho!... -----------------

---- A minha intervenção foi devolver à comunidade, Senhor Deputado, a

comunidade que eu sirvo todos os dias, a comunidade que vê e anseia pelo fim

daqueles muros e o acesso àquele espaço. ------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado, eu não consigo compreender que o Senhor utilize as minhas

expressões deturpando-as, servindo para uma qualquer graça na sua intervenção, e no

seu confronto com o seu partido de eleição, do qual se recém tornou independente,

quando, na realidade o seu problema é à esquerda. -------------------------------------------

----- A minha defesa é dos interesses da minha comunidade, Senhor Deputado, e não

lhe aceito, em momento algum, que procure deturpar a minha intervenção em defesa

da minha comunidade, com outros interesses que não são os que eu defendo, não

foram os que eu apresentei, nem que estão sujeitos, nem passíveis de ser sujeitos a

insinuações para que com elas consiga algum registo mais interessante, no seu

confronto com o Bloco de Esquerda e, por isso, eu agradeço que se possa demarcar

de futuro desse tipo de intervenções, e reforço aquela que é a minha intervenção

inicial, e que inclusivamente até considero que Vossa Excelência podia ter tido o

cuidado, porque vossa Excelência fala no fim dos muros, e é isso mesmo que se

defende, é o fim dos muros, não é transformar aquilo num condomínio privado, é

abrir aquilo inevitavelmente, à oportunidade, que eu sempre estive a referir, de poder

desenvolver aquele espaço, que está já há muitos anos fechado, e a que não tem

acesso ninguém, e o modelo final é aquele que nós temos hoje a oportunidade de

discutir, e inclusivamente, a possibilidade de vir a incluir equipamentos para aquele

espaço, que servem, volto a frisar, a comunidade! Comunidade, Senhor Deputado.

Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Microfone ao Senhor Deputado Rui Costa para dar explicações.” -------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Presidente. ---------------------------------------------------------------

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----- Senhor Deputado Luís Newton, espero que isso não seja um ensaio para quando

se virar para o outro lado do hemiciclo, numa oportunidade futura. ------------------------

----- Mas em relação às considerações que teceu sobre a minha pessoa, mas,

ultrapassado isto, quero-lhe também dizer, Senhor Deputado Luís Newton, que eu

registo o seu respeito pela sua comunidade e, portanto, eu usei o termo comunidade, e

aliás, gostei de o distinguir em relação ao termo sociedade, mas infelizmente, Senhor

Deputado, infelizmente, o Senhor Deputado Luís Newton há de me dizer que

equipamento é que lá há de ficar e, portanto, se vai servir as sociedades ou a

comunidade da Estrela. ----------------------------------------------------------------------------

----- É que o Senhor Presidente falou, disse exatamente que iam lá haver

equipamentos, eu como seu eleitor, mas pode ser noutra sede, gostava de saber que

equipamentos é que lá vão parar, é que eu também me preocupo com a comunidade e,

portanto, entendo que a utilização da afetação para equipamentos servia melhor a

comunidade, e menos as sociedades, portanto, era isso que eu lhe queria dizer, e dar

explicações, não se sinta ofendido, pronto, e agora pode dizer o que quiser, que não

lhe vou oferecer mais explicações, porque não vou continuar o debate nestes termos

aqui.” -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, vamos então retomar as inscrições.” ---------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Teixeira, do PS.” -------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Teixeira (PS), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde senhor Presidente em Exercício, Senhores membros da Mesa, Senhor

Vice-Presidente e Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados, Público presente. ------

-----Eu estava aqui um pouco até atónito com o debate que se está a querer fazer

relativamente à aprovação deste projeto, versão final, de alteração simplificada do

PDM de Lisboa, para efeitos desta área. Primeiro fiquei um pouco perdido dentro do

mapa de Lisboa, e percebi que ficámos todos um pouco atónitos com a intervenção,

mas são coisas que acontecem. -------------------------------------------------------------------

----- Depois fica também um pouco perdido quando ouvi o Senhor Deputado Rui

Costa a criar aqui, ou condicionar aqui aquele que pode ser o uso futuro deste espaço,

quando me parece que não seja matéria a ser lavrada desta forma. -------------------------

----- Cito sim a intervenção do Senhor Presidente da Junta de Freguesia da Estrela

que, à semelhança de outros tantos autarcas desta cidade, certamente ficarão

contentes de ver na cidade, e num determinado território, numa determinada área,

existirem respostas, porque eu tenho memória, e tem memória ao longo dos muitos

anos que levo nesta Assembleia, de sucessivas vezes ver o Executivo Municipal, ou

os diferentes Executivos Municipais serem atacados por não apresentarem Propostas,

por se identificar certos laxismos e paragens em determinados territórios da cidade de

Lisboa. Ora, desta vez, desta mas não só, de tantas outras, ainda bem que existirão

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condições para a retirada total de um espaço que já está murado há imenso tempo,

que está fechado, que não está ao serviço do espaço público, que não está ao serviço

da Cidade, e não vejo, sinceramente, que existam problemas se surgir uma resposta

da hotelaria, ou uma resposta de habitação, nós não temos um problema de habitação

na Cidade de Lisboa? Com certeza que temos, mas certamente que existirão

oportunidades para instalar também equipamentos, mas esse é um debate que se fará

dentro do espaço próprio! O que não se pode aqui assacar à proposta que aqui surge é

que ela não percorreu os caminhos que teria que percorrer, e sobre isso ninguém aqui

pode levantar dúvidas nenhumas! ----------------------------------------------------------------

----- A mim o que me incomoda, e incomoda mesmo, é que numa primeira linha seja

feita uma intervenção sobre uma área do território que não é aquela que está aqui

descrita e que, numa segunda linha surja uma intervenção que quase serve uma

doutrina sobre “isto é que não pode ser e aquilo é que pode ser feito”, é o mesmo que

se aplica à ditadura do gosto, e isso não me parece que caiba numa Câmara que deve

representar tudo e todos, sem exclusão. Muito obrigado.” -----------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Humberto Silveira, do Bloco de Esquerda.” ---

----- O Senhor Deputado Municipal Humberto Silveira (BE), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Presidente, Senhores Deputados, Público presente. ---------------------------

---- Eu fiquei sem perceber se o Senhor Deputado Rui Costa votou contra a Proposta

só pela necessidade de justificar a manutenção do seu mandato, ou se na realidade o

fez porque tem um projeto diferente para um terreno que está abandonado na

Freguesia da Estrela! -------------------------------------------------------------------------------

----- Eu acredito e compreendo a necessidade política do Deputado Rui Costa em

justificar o seu mandato, mas não é isso que nós estamos aqui a debater hoje, e fiquei

na dúvida se o Senhor Deputado Rui Costa terá, embora bem saiba que não é esta a

altura para debatermos, algum tipo de equipamento que quer e que defende para

aquela zona da Cidade. -----------------------------------------------------------------------------

----- Já sabemos que não é um hotel! Essa parte nós percebemos, mas qual é a

proposta então que o Senhor Deputado Rui Costa defende? Qual é o equipamento que

ali quer ver? ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Fiquei sem compreender isso e, enfim, e espero que isso ainda venha, ainda

venha a acontecer. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Agora debatendo aquilo que, de facto, é importante, o que o Bloco de Esquerda

vê é um espaço público que está ao abandono e que ouvimos aqui o Senhor

Presidente da Freguesia da Estrela dizer, e muito bem, que quer aquele espaço

ocupado a favor e para beneficiar, de alguma forma, os habitantes da cidade de

Lisboa, em particular, os da Estrela. ------------------------------------------------------------

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----- Agora o Senhor Deputado, na realidade aquilo que nós queremos ali, o Bloco de

Esquerda, é habitação a custos acessíveis para os habitantes da cidade de Lisboa, que

um problema de habitação tão grave têm! ------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado, mas para isso que cá estaremos para debater, e para defender

essas Propostas, agora seja o que for que é necessário para aquele sítio, como está é

que não pode continuar. Muito obrigado.” ------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado Rui Costa, microfone ao Senhor Deputado Rui Costa, para

exercer o seu direito de defesa da honra.” -------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND), no uso da palavra fez a

seguinte intervenção em defesa da honra: -------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Presidente, mas face a esta a esta intervenção e eu não

posso deixar de dizer três coisas. -----------------------------------------------------------------

----- A primeira justificação para o exercício do meu mandato está nas políticas da

Cidade, não está no Festival da Eurovisão! Senhor Deputado, e portanto, é

exatamente na defesa da Cidade e das políticas da Cidade que está a justificação para

o mandato e não em qualquer tipo de folclore, que se queira fazer aqui nessa matéria. --

----- A segunda é que, Senhor Deputado, eu tenho-o como uma pessoa bondosa, até

porque sou seu particular amigo e tenho-o como uma pessoa bondosa, e só posso

levar à conta de bondade e candura a construção de habitação a custos controlados

naquele terreno, porque o terreno agora está livre para a alienação e, com certeza que

será vendida em hasta pública e duvido que a Câmara Municipal, para fazer habitação

a custos controlados, a menos que o Senhor Vice-Presidente tenha aqui boas notícias

para nos dar, financeiras, consiga adquirir o terreno. ------------------------------------------

----- Em terceiro lugar, Senhor Deputado, eu não tenho de lhe apresentar propostas

para equipamentos, mas eu pegaria nalgumas questões como residências

universitárias, olhe, a propósito Pelouro dos Direitos Sociais, como centros de dia,

como creches, como unidades de cuidados continuados, tudo coisas que o Senhor

Vereador Manuel Grilo, com muito pouca imaginação, conseguiria encontrar para

instalar naqueles equipamentos e, portanto, mas se quiser fica o desafio lançado, e se

a Proposta hoje foi rejeitada, como eu gostaria que a bem da Cidade fosse, cá, estarei

seguramente na próxima Reunião ou numa outra que venha, para fazer propostas para

a ocupação daquele espaço com equipamentos. Disse.” --------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Não sei se o Senhor deputado do Bloco de Esquerda quer dar explicações?

Sim.” --------------------------------------------------------------------------------------------------

------ O Senhor Deputado Municipal Humberto Silveira (BE), no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

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----- “Oh Senhor deputado Rui Costa, eu fico feliz por ter conseguido que finalmente

o Senhor Deputado tenha esclarecido que pretende ver alguma coisa naquele lugar,

portanto, desse ponto de vista a sua intervenção foi bastante meritória. --------------------

----- Agora as suas propostas, e poderá continuar a justificar a existência do seu

mandato, a fazer precisamente este tipo de propostas, quando chegar a altura

própria.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos retomar as inscrições. -------------------------------------------------------------

----- Não temos mais inscrições, não sei se a Câmara Municipal se quer fazer uma

intervenção? Senhor Vice-Presidente.” ----------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Só para retificar uma coisa que o Deputado Rui Costa disse, quer dizer, que

omitiu, é que o Deputado Rui Costa falou numa questão que foi colocada pela CCDR

sobre os usos, esqueceu-se foi de referir que a própria CCDR, num documento

posterior, reconhece que a resposta que foi dada pelo Município é satisfatória e,

portanto, o uso que o Município propõe de habitação está correto! -------------------------

----- Não vale a pena levantarem a voz e a começarem a identificar figuras

regimentais, isto são factos, estão lá os documentos. Muito obrigado.” --------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Nós admitimos inscrições, temos tempo.” -----------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP), no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “É muito simples, é muito, muito curto.” --------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Sim, mas Senhora Deputada, é na contagem do tempo do PCP, é uma

inscrição.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP), no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------

----- “É claro que sim. ------------------------------------------------------------------------------

----- Queria só fazer um pequeno esclarecimento, é evidente que houve um erro, não é

Instituto Hidrográfico, apesar de ter dado muito jeito para o debate, que assim houve

assunto, é o Instituto Geográfico e Cadastral, e o erro foi meu, peço desculpa aos

Senhores Deputados, mas sempre foi tema de conversa, não é? Mas pronto, era só

para retificar na minha intervenção esta questão. Muito obrigada.”-------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, não tendo agora mais inscrições, dando a Câmara as explicações

que entendeu dar, vamos votar na generalidade a Proposta de 85/2019.” ------------------

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----- Proposta 85/CM/2019, na generalidade, votos a favor do PS, PSD, BE, 5 IND,

votos contra do CDS-PP, PCP, PEV, MPT e 1 IND, abstenções do PAN e 2 IND. A

Proposta 85/CM/2019, na generalidade, foi aprovada por maioria. -------------------- ----- (Esta Proposta foi apreciada na generalidade e aprovada na generalidade,

baixando à Comissão Permanente de Ordenamento do Território, Urbanismo,

Reabilitação Urbana e Obras Municipais (3ª. CP), para apreciação na especialidade) ---

----- (Ausência do Grupo Municipal do PPM da Sala de Plenário) --------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da sala de Plenário) -

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Há Declarações de Voto, por escrito, de quatro Deputados Independentes e do

PEV. --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Assim sendo a Proposta 85/CM/2019 foi aprovada na generalidade e será

remetida à 3ª. Comissão Permanente.” ----------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal do PEV apresentou, posteriormente, a seguinte

Declaração de Voto: ------------------------------------------------------------------------------ ----- “O Grupo Municipal do PEV votou contra a Proposta nº 85/2019 - Projeto de

versão final da Alteração Simplificada do Plano Director Municipal de Lisboa, pelas

seguintes razões: ----------------------------------------------------------------------------- ----- - O PEV não concorda com os pressupostos que estão na base da alienação do

imóvel designado por «PM 40/Lisboa - Cerca do Convento da Estrela - Ala Sul» que

está afecto ao Ministério da Defesa Nacional e que integra o património da

Administração Central. Este é mais um caso de alienação de património do Estado. ---

----- - O PEV discorda igualmente da alteração do uso do solo para Espaço Central

e Residencial Consolidado – Traçado Urbano A – devido à predominância de

Espaços de Uso Especial de Equipamentos na envolvente próxima e, por isso,

considera que não deveria haver lugar a qualquer redefinição de uso do solo. ----------

----- Assembleia Municipal de Lisboa, 14 de Março de 2019 --------------------------------

----- O Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes” -------------------------------

----- O Grupo Municipal do CDS-PP apresentou, posteriormente, a seguinte

Declaração de Voto: -------------------------------------------------------------------------------

----- “Os Deputados Municipais do CDS‐ PP declaram que votaram contra a

proposta supramencionada por considerarem que: -------------------------------------------

----- Após a discussão pública do procedimento de alteração simplificada do PDM no

que diz respeito ao prédio militar nº 40/Lisboa — Cerca do Convento da Estrela —

Ala Sul (Av. Infante Santo) é, agora, proposta a aprovação do projeto de versão final

da Alteração Simplificada do Plano Diretor Municipal de Lisboa em vigor, para

efeitos de envio à Assembleia Municipal para posterior aprovação; -----------------------

----- Todavia, já aquando da discussão da Proposta 401/2018 haviam os Vereadores

do CDS/PP alertado para o facto de, através do Despacho 4393/2018 dos Gabinetes

dos Secretários de Estado do Tesouro e da Defesa Nacional a que a alteração

simplificada em causa pretende dar concretização, ter sido pelo determinado, tão

somente: ----------------------------------------------------------------------------------------------

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----- 1 — A desafetação do domínio público militar e integração no domínio privado

do Estado, afeto ao Ministério da Defesa Nacional, do imóvel em causa; ----------------

----- 2 — Autorizar a alienação do imóvel, mediante hasta pública, pelo valor que

vier a ser homologado pela Direção Geral do Tesouro e Finanças, nos termos do

Decreto -Lei n.º 280/2007, de 7 de agosto. -----------------------------------------------------

----- Constata-se, assim, que a alteração simplificada do PDM em causa vai para

além daquilo que o despacho acima referido determinou uma vez que o mesmo não

impõe qualquer mudança da classificação do solo em causa de “ espaço consolidado

de uso especial de equipamentos” para “ espaço consolidado central e residencial”; -

----- Com efeito, o imóvel em causa (PM 40/ Lisboa) poderia ter passado para o

domínio privado do Estado, ser rentabilizado como determina o citado Despacho

mas continuar afeto a equipamento, não havendo qualquer justificação apresentada,

nesta Proposta e na nº 401/2018 que a antecedeu, para a futura afetação deste

prédio militar a uso residencial; -----------------------------------------------------------------

----- Nada é referido nas citadas Propostas quanto a uma eventual desnecessidade de

manutenção de tal prédio a uso de equipamento; na verdade, se é referido que não se

justifica que tal prédio mantenha o uso militar a que esteve afeto, nada é todavia

apresentado que explique, mesmo que sumariamente, por que razão o uso de

equipamento deverá, também, ser afastado e que a afetação do prédio ao uso

residencial é o que, no caso concreto, melhor serve o interesse público; ------------------

----- Afigura-se- nos, assim, que a CML, com a alteração simplificada do PDM que

agora se visa aprovar definitivamente, está a fazer aquilo que o Despacho do

Conselho de Ministros não se arriscou a fazer: alteração para um uso residencial,

com as inerentes mais-valias para os cofres públicos que não seriam discutíveis se a

área geográfica em causa não fosse carente de equipamentos públicos como sejam

estacionamento e escolas requalificadas. -------------------------------------------------------

----- Impõe-se, ademais, perguntar que estudos foram efeitos na envolvente da

Basílica da Estrela para justificar que o uso residencial é que traz harmonia com a

envolvente; -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Acresce que esta proposta concretiza a 4.ª Proposta de alteração simplificada

ao PDM, (com base em alteração de qualificação do solo) de equipamento para

outros usos, tendo já sido desafetados do uso militar 6 outros prédios urbanos; --------

----- É um facto que o PDM de Lisboa prevê, desde a sua génese, a desafetação de

áreas militares, atualmente obsoletas, com vista à sua integração na malha urbana

envolvente e reconversão de usos; mais concretamente no Regulamento do PDM,

artigo 55.º, sob a epígrafe “ espaços consolidados de uso especial de equipamento”,

dispõe-se no n.º 3 que o uso como equipamento é mantido até à desafetação

definitiva das instalações existentes ou enquanto se justificar a afetação destas

instalações a outro equipamento coletivo. ------------------------------------------------------

----- Ora, como referido, a rentabilização a que se refere o despacho do Ministério

da Defesa Nacional não “obriga” à alteração da qualificação do terreno; ---------------

----- Aliás, o atual uso como “espaço consolidado de uso especial de equipamentos”

permite outros usos/usos complementares em 20% da área da parcela; -------------------

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----- Assim, insistimos, a desafetação de uso como equipamento deveria vir

justificada pelos serviços de urbanismo/planeamento urbano pela não necessidade de

áreas para aquele fim naquela freguesia (Estrela), através de informação escrita

complementar baseada na Carta de Equipamentos do PDM ; ------------------------------

----- Por outro lado, não despicienda é ainda a constatação de que, nos “espaços

consolidados centrais e residenciais” (traçado urbano A) se admite a coexistência de

vários usos urbanos desde que compatíveis com o uso habitacional preponderante - e

nesta medida não está excluído o uso de equipamento; ---------------------------------------

----- Na verdade, nos termos definidos no artigo 4.º do Regulamento do PDM, é

referido que “(…) “Uso de equipamento compreende as áreas destinadas à

provisão de bens e serviços destinados à satisfação das necessidades coletivas dos

cidadãos, designadamente nos domínios da saúde, da educação, da cultura, do

desporto, da justiça, da segurança social, da segurança pública e da proteção civil”. -

----- Realidade que deliberadamente foi esquecida na análise do processo de

alteração simplificada que agora termina; -----------------------------------------------------

----- Público é que o Pedido de Informação Prévia n.º 27/URB/2017 submetido para

aquele terreno pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) aguarda esta

alteração simplificada ao PDM para aprovação de operação de loteamento

maioritariamente destinada ao uso habitacional. ---------------------------------------------

----- Esta não é, lamentavelmente, a primeira alteração de qualificação do solo que o

executivo PS/ BE nos apresenta, a partir de prédios públicos: anteriormente foram já

aprovadas e publicadas outras alterações simplificadas ao PDM, decorrentes da

desafetação de imóveis do domínio público militar:-------------------------------------------

----- Em 2014 (Aviso n.º 5804/2014): ------------------------------------------------------------

----- - Alteração da Garagem Militar na Calçada da Ajuda, de espaço consolidado de

uso especial de equipamento para espaço consolidado central e residencial - traçado

urbano A; --------------------------------------------------------------------------------------------

----- - Alteração do Palácio e Quinta da Alfarrobeira de espaço consolidado de uso

especial de equipamento para espaço consolidado central e residencial - traçado

urbano C; --------------------------------------------------------------------------------------------

----- - Alteração das Residências para Sargentos no Forte do Alto do Duque de

espaço consolidado de uso especial de equipamento para espaço verde consolidado

de recreio e produção; ----------------------------------------------------------------------------

----- Em 2017 (Aviso n.º 2099/2017): ------------------------------------------------------------

----- - Alteração do Hospital da Marinha, sito no largo Dr. Bernardino António

Gomes e Rua do Paraíso de espaço consolidado de uso especial de equipamento

para espaço consolidado central e residencial - traçado urbano A; ------------------------

----- Em 2017 (Aviso n.º 9444/2017) ------------------------------------------------------------

----- - PM 164/Lisboa, Manutenção Militar – Ala Sul, Rua do Grilo, Freguesia do

Beato, de espaço consolidado de uso especial de equipamento para espaço

consolidado central e residencial - traçado urbano A; ---------------------------------------

----- E não podem ainda, os deputados municipais do CDS, por último, de referir

que, em face da já esperada aprovação, pelo executivo PS/BE da proposta em causa,

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deveria pelo menos, mesmo perspetivando-se já que o objectivo principal é a

rentabilização do prédio em causa para habitação, ter sido garantido que o espaço

residencial a criar deveria ficar afeto ao programa de renda a preços moderados

para classe média pois afigura-se-nos que o Estado, lesto em vender património

público, tem de participar solidariamente com o Município na inerente politica de

habitação pública. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Lisboa, 14 de Março de 2019 ---------------------------------------------------------------

----- Pelo Grupo Municipal do CDS-PP – Diogo Moura.” -----------------------------------

----- (Não estregaram posteriormente as Declarações de Voto os Senhores Deputados

Municipais José Franco (PS) e o Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND)) --------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos agora ler e enunciar o Voto de Pesar, pelos vistos os senhores

Deputados já não se lembravam que tínhamos aditado esse ponto à Ordem de

Trabalhos, e a Proposta de 85 vai ser enviada à 3ª Comissão para a sua apreciação na

especialidade. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos apreciar o Voto de Pesar por Augusto Cid - Cartoonista da Liberdade!” ---

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra fez a

leitura do seguinte Voto de Pesar: ----------------------------------------------------------------

----- “Voto de Pesar nº 59/03 – Pelo Falecimento de Augusto Cid – O Cartoonista

da Liberdade! ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Nome incontornável, lutador e defensor dos valores da Liberdade, Augusto Cid

destacou-se como cartoonista, tendo trabalhado em vários jornais e revistas,

nomeadamente - Vida Mundial, O Diabo, Grande Reportagem, O Independente e

no Semanário Sol, com mais de 30 obras publicadas, onde se destaca - Bicas e

Bocas, Camarate (1984), Camarate: Como, Porquê e Quem (1987), Porreiro, pá!

Soares é fish e Alto Cão Traste. Destacou-se também como magnifico escultor, onde

se destaca a peça de homenagem às vítimas dos atentados de 11 de Setembro de

2001, instalada no cruzamento das avenidas de Roma e Estados Unidos da América,

em Lisboa e a peça dedicada a Nuno Álvares Pereira, em Lisboa, no Restelo,

inaugurada em Novembro de 2016, pelo actual Presidente da República. Destaca-se

também de entre muitos outros trabalhos o desenho das três Setas simbólicas do

logótipo do PSD (Partido Social - Democrata). Ficámos a saber há poucos Instantes,

que Augusto Cid o Cartoonista da Liberdade, nos acabou de deixar. -------------------- -----Neste sentido, o Grupo Municipal do PSD propõe à Assembleia Municipal de

Lisboa, que delibere na sua sessão extraordinária de 14 de Março de 2019. ----------- ----- - Prestar um minuto de silêncio pelo falecimento de Augusto Cid.” ------------------

----- Este Voto de Pesar foi assinado por todos os Partidos menos BE, PCP, PEV e

PAN.” -------------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, vamos proceder à votação do Voto de Pesar. -----------------------------

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----- Vamos passar à votação deste Voto de Pesar nº 59/03 pelo falecimento de

Augusto Cid – O Cartoonista da Liberdade! Não há votos contra, nem abstenções,

votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, PPM, MPT e 8IND. O

Voto de Pesar nº 59/03 foi aprovado por unanimidade. ------------------------------------

----- (Os Grupos Municipais do PSD, PS, CDS-PP, MPT, PPM e Deputados

Independentes subscrevem este Voto de Pesar) ------------------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário) -

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “O Voto de Pesar foi aprovado por unanimidade e vamos fazer um minuto de

silêncio.” ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- (Neste momento fez-se um minuto de silêncio na sala de Plenário) -------------------

----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado e assim encerramos os nossos trabalhos.” ----------------------------

----- A sessão terminou, eram dezanove horas. -------------------------------------------------

----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta,

nos termos da deliberação n.º 353/AML/2017 tomada pela Assembleia, por

unanimidade, na reunião realizada no dia 21 de Novembro de 2017. -----------------------

----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de

Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos

do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do

n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da

Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 6 de Novembro

de 2017 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2017. -----------------------------

----------------------------O PRESIDENTE EM EXERCÍCIO ---------------------------------