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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ ACTA N.º 1 /2009 SESSÃO ORDINÁRIA DE 19-02-2009

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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D A

F I G U E I R A D A F O Z

AACCTTAA NN..ºº 11 //22000099

SSEESSSSÃÃOO OORRDDIINNÁÁRRIIAA

DDEE 1199--0022--22000099

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

1

LOCAL - Sala das Sessões dos Paços do Município---------------------------------

DATA - 19 de Fevereiro de 2009--------------------------------------------------

INICIO - 15h50------------------------------------------------------------------

A sessão iniciou-se com a presença de:------------------------------------------

PRESIDENTE - Vítor Frederico da Silva Figueiredo Pais.................... PPD/PSD

1º SECRETÁRIO - Joaquim José da Silva Barraca............................ PPD/PSD

2º SECRETÁRIO - Artur Ferreira Mendes.................................... PPD/PSD

MEMBROS - António Simões Martins de Oliveira. ............................ PPD/PSD

Vítor Manuel de Jesus Jorge ......................................... PS

António Francisco Guerra Padrão ................................ PPD/PSD

Rui Manuel Marinheiro Carvalheiro ................................... PS

João Manuel Pedrosa Russo ........................................... PPD/PSD

Victor Manuel Barreto Marinho da Cunha .............................. PS

Alberto Pedro Caetano .......................................... PPD/PSD

Nelson César Santos Fernandes .................................. PCP-PEV

Joaquim Manuel Jesus Carvalho Jerónimo (em substituição) ............ PS

Ilídio Almeida Figueiredo ...................................... PPD/PSD

Marina Resende Gomes da Silva ....................................... PS

Maria dos Prazeres Alves F. M. Albergaria (em substituição) ......... PS

Maria Margarida Oliveira M. Fontoura (em substituição) ......... PPD/PSD

Carlos Ângelo Ferreira Monteiro ..................................... PS

Bruno Manuel Samagaio dos Reis ................................. PPD/PSD

João Carlos Marques e Silva Paulo .......................... INDEPENDENTE

Tiago Patrício Cadima Jorge .................................... PPD/PSD

Manuel da Silva Caiano .............................................. PS

Carlos Alberto da Silveira Cruto ............................... PPD/PSD

António Francisco Baião (em substituição) ...................... PCP-PEV

Carlos Jorge Pires Lourenço .................................... PPD/PSD

Manuel Simões Mota .................................................. PS

António José Dias de Sousa .......................................... PS

PRESIDENTES DE JUNTAS DE FREGUESIA

(Alhadas) Jorge Manuel Rocha Oliveira ........................ PPD/PSD

(Alqueidão) Maria Caeiro Marques Simão ......................... PPD/PSD

(Bom Sucesso) Victor Manuel Andrade Margato ...................... PPD/PSD

(Borda do Campo) José António Carvalho Gaspar ....................... PPD/PSD

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(Brenha) Fausto Fernando Santos Loureiro ......................... PS

(Buarcos) Carlos Fernando Moço Ferreira ........................... PS

(Ferreira-a-Nova) Euclides Pagaimo de Jesus Frade .................... PPD/PSD

(Lavos) Eduardo Ramos Coronel (em substituição) ............ PPD/PSD

(Maiorca) José António Borges Ligeiro ............................. PS

(Moinhos da Gândara) Paulo Manuel Querido Rodrigues ..................... PPD/PSD

(Paião) António José das Neves França ...................... PPD/PSD

(Quiaios) José Augusto Azenha Marques .................... INDEPENDENTE

(Santana) Fernanda do Rosário Oliveira ....................... PPD/PSD

(S. Julião) Victor Manuel Silva Coelho .............................. PS

(São Pedro) Carlos Manuel Azevedo Simão .................... INDEPENDENTE

(Tavarede) Victor Manuel dos Santos Madaleno ....................... PS

(Vila Verde) João Filipe Carronda da Silva Antunes ................... PS

Após verificação do quórum, deu-se início à sessão.-----------------------------

SUBSTITUIÇÕES

Foram substituídos os seguintes membros: Antonino da Silva Oliveira por Maria

Margarida Oliveira M. Fontoura, Isabel Maria Ferreira Curado de Oliveira por

Eduardo Ramos Coronel, João Raul Henriques Sousa Moura Portugal por Joaquim

Manuel Jesus Carvalho Jerónimo, António João Teixeira Paredes por Maria dos

Prazeres Alves F. M. Albergaria, Silvina da Silva Fonseca Anadio de Queiroz por

António Francisco Baião e Isabel Maria Ferreira Curado de Oliveira por Eduardo

Ramos Coronel.------------------------------------------------------------------

JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS

Justificou a sua falta à sessão de 14 de Novembro o Membro: António Eduardo São

Pedro Almeida.------------------------------------------------------------------

Justificaram as suas faltas à sessão de 22 de Dezembro os Membros: Rui Manuel

Marinheiro Carvalheiro e António Eduardo São Pedro Almeida.---------------------

Justificaram as suas faltas à sessão os Membros: Francisco Nuno Costa de Melo

Biscaia, João Raul Henriques Sousa Moura Portugal, António João Teixeira Paredes

Silvina da Silva Fonseca Anadio de Queiroz.-------------------------------------

1- PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA

1.1 - INFORMAÇÃO DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL E LEITURA

RESUMIDA DO EXPEDIENTE

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, interveio dizendo: “na sequência do pedido de renuncia

do mandato da deputada Cristina Paiva do PS, demos posse ao Sr. Manuel da Silva

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Caiano, em sua substituição. Dada esta informação passava a palavra ao Sr.

secretário da Assembleia.”------------------------------------------------------

PRIMEIRO SECRETÁRIO, interveio para fazer a leitura resumida da correspondência

recebida.-----------------------------------------------------------------------

1.2 – APRECIAÇÃO DA ACTA DA SESSÃO DE 22 DE DEZEMBRO DE 2008

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte : “não havendo intervenções punha à

vossa votação a acta da sessão de 22 de Dezembro.”------------------------------

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, trinta e sete votos a favor (20

do PPD/PSD, 13 do PS, 3 dos Membros Independentes e 1 do PCP-PEV) e com quatro

abstenções (2 do PS, 1 do PPD/PSD, e 1 do PCP-PEV), aprovar a acta da sessão de

22 de Dezembro de 2008.---------------------------------------------------------

1.3 - INTERVENÇÕES DE CARÁCTER GERAL

RUI CARVALHEIRO (PS), interveio dizendo: “o objectivo da minha intervenção, é

tentar perceber como é que esta Câmara, pretende ajudar a reduzir o impacto no

concelho, da situação de crise que se anuncia para o corrente ano.--------------

Esta Câmara Municipal, consciente da situação de crise no País em geral, no

concelho em particular, que medidas tomou ou pensa tomar com os meios e as

competências que tem, para atenuar os mais graves efeitos dessa crise no seio

das famílias, do tecido social e empresarial?-----------------------------------

Foi feito o levantamento directo das novas situações de carência junto dos

organismos de segurança social, emprego e empresariais, foram recolhidos os

indicadores necessários à correcta identificação dessas novas situações de

carência? A Câmara Municipal equacionou a possibilidade da revisão de diversas

taxas e impostos, designadamente o IRS na parte que lhe diz respeito, com que

pode contribuir para atenuar a crise? A Câmara Municipal, equacionou a

necessidade de revisão do contrato de concessão com as Águas da Figueira para o

mesmo efeito, ou faz de conta que nada sucede e deixa exponenciar a asneira,

tantas vezes reclamada pelo PS? Ao nível escolar e das responsabilidades

directas e indirectas o que foi feito? Esta Câmara Municipal ainda consegue

prevenir algum caos ou já não reage a estímulos? Que tipos de parcerias,

designadamente com o Ministério da Economia, foram explorados ou pretendem ser?

Em matéria de transportes urbanos, agora que a crise não permite a utilização do

transporte particular a todos os figueirenses, quais foram os estudos

efectuados, para justificar tão extemporânea instalação precária da Central de

Camionagem no local onde está, sem que os figueirenses tenham ganho alguma coisa

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no anterior espaço ocupado pela central de camionagem? Qual o ponto de situação

na recuperação das habitações degradadas, agora que as famílias mais jovens não

conseguem comprar nem arrendar novas casas? Estas são algumas questões, muitas

mais tinha pensado em fazer, mas por enquanto reservo-me em relação às respostas

que espero obter desta Câmara Municipal.----------------------------------------

Passando ao segundo assunto que se prende com a minha intervenção, programa de

regularização extraordinário das dividas do Estado, sabemos que a Resolução do

Concelho de Ministros nº 191-A/2008, aprovou um programa de regularização

extraordinária de dividas do Estado, que visava garantir os pagamentos a

credores privados das dividas vencidas, dos serviços, neste caso dos municípios

que se candidatassem a este programa. A Câmara Municipal deu a saber que iria

aderir a este programa de regularização lançado pelo Governo, desde logo

indiciou que seria um programa com alguma precariedade, porque não vislumbrava

mais do que uma comparticipação na ordem de 1,2 milhões de euros, caso a

candidatura fosse aprovada. Sucede entretanto, por consulta do site da Internet

da Direcção Geral do Tesouro e Finanças, que constatámos que a Figueira da Foz

foi contemplada e a imprensa fez eco disso, designadamente tenho à minha frente

o Diário das Beiras de ontem, com dez milhões oitocentos e vinte e quatro mil

oitocentos e treze euros. Fazendo também eco da informação que tenho à minha

frente, ainda deverá sobrar dinheiro deste montante, no que diz respeito ao

programa de dividas aos fornecedores, que a Câmara vai efectivamente efectuar a

partir deste momento ou a partir do momento em que as dividas estejam

disponíveis, ou estejam as instituições de crédito disponíveis para as

financiar. A própria lei que criou o programa de regularização de dividas é bem

clara e diz que este pagamento de dividas deve ser controlado, deve ser vigiado

e esta Assembleia Municipal acho que é o órgão adequado para antecipadamente

saber em que circunstância, ou quais os fornecedores ou quais os critérios com

que este montante de verbas vai efectivamente ser utilizado. Como é que a Câmara

vai utilizar estas verbas e quais os critérios que pensa estabelecer para a sua

utilização? Porque repito, é esta Assembleia que deve acompanhar e controlar os

prazos médios de pagamento, que a própria lei diz que deverão ser controlados e

em tempos de bens escassos, como nomeadamente em termos financeiros, acho que

todo o controle é pouco. Repito, este é o órgão por excelência para o controlar,

até porque algumas das distribuições passarão com certeza pela aprovação ou não

desta Assembleia.”--------------------------------------------------------------

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CARLOS MONTEIRO (PS), interveio dizendo: “a nossa primeira preocupação tem a ver

com o Plano de Urbanização. O PU, que custa 306 000 € de dinheiros públicos, foi

apresentado neste salão nobre, foi apresentado nas cinco freguesias urbanas, deu

lugar a uma discussão pública, os cidadãos participaram e nenhum obteve

resposta, houve reuniões com os presidentes de junta. Contudo, a questão que

neste momento se coloca, é saber o que se passa com o PU, que não mais voltou a

sessão de Câmara, nem tão pouco veio a esta Assembleia.-------------------------

Entretanto o Senhor Presidente utilizou a Quinta das Olaias, espaço público,

para reuniões do PSD e a partir daí nada. Não sabemos se o PU não avança porque

não servia tecnicamente e se for essa a situação lamentamos desde já que se

tenha chegado a abrir a discussão pública, ou se não avança porque o PSD não se

entende e a ser assim, é uma vergonha. Embora já não restem dúvidas de que a

crise na nossa cidade e no nosso concelho se aprofundou com as sucessivas crises

políticas que assolaram o PSD local, é lamentável que o Senhor Presidente não

tenha disponibilidade para falar com os figueirenses para explicar o porquê do

impasse.------------------------------------------------------------------------

Além da vergonha do PU, temos a do PDM, que mesmo com uma moção de aprovação

desta Assembleia Municipal, no sentido de aprovar a sua revisão, não anda, mas

desanda em suspensões pontuais que deram a aberração do Galante.----------------

Sr. Presidente, por que razão o PU antes do PDM? Por que razão, hoje nem PU nem

PDM? Infelizmente as explicações não são técnicas, nem este cenário expressa os

anseios dos figueirenses e desta Assembleia.------------------------------------

A segunda parte da minha intervenção tem a ver com a factura da água e a

recorrência deste assunto compreende-se: primeiro, quando em Janeiro os

figueirenses foram confrontados com aumentos da factura da água de

aproximadamente, 5,4%. Aumento de 5,4% que após a intervenção dos vereadores do

PS, em reunião de Câmara, se revelou tratar-se de um lapso. Felizmente os

vereadores do PS estavam atentos, mas ainda assim os aumentos são de

aproximadamente 2,3%; segundo, quando no período de um ano houve 600 000 euros

de trabalhos a mais, em obras contratadas pela Empresa Águas da Figueira, dos

quais a Câmara pagou 25%; terceiro, quando foi adoptado um novo modelo de

factura, que não possibilita ao utente ao contrário do anterior, ter a

informação de quanto pagaria, se tivesse gasto menos ou mais água; quarto,

quando actualmente a factura é incompreensível e a facturação ou está errada ou

não se compreende; quinto, quando foi assinado um contrato leonino, entre a

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Câmara e a Empresa Águas da Figueira, pelo qual em resultado da obrigatoriedade

da facturação mensal, o custo acrescido que daí advém é da responsabilidade da

autarquia. Contudo, a empresa que emite a facturação mensal faz uma leitura por

estimativa, o que curiosamente nos casos que conheço, prejudica o cliente. Em

suma, a Câmara paga o acréscimo resultante da emissão da facturação ser mensal,

a empresa faz uma leitura por estimativa e quem sai prejudicado é o utente.-----

A nossa proposta para ultrapassar a presente situação, tem por base as seguintes

medidas: primeiro, quem o pretender deixa de receber a factura em papel e tem

acesso a ela em formato electrónico; segundo, quem assim o entender paga

mensalmente um valor, calculado com base no consumo do ano anterior e ao fim de

seis meses é feita uma leitura, sendo o utente informado de como está a variar o

seu consumo, relativamente à estimativa. No fim do ano, são feitos os

respectivos acertos.------------------------------------------------------------

As duas medidas podem ser cumuláveis e atendendo a que reduz os custos da

empresa, a Câmara pode evitar o pagamento acrescido da facturação mensal. Também

o utente sai beneficiado.-------------------------------------------------------

Por fim, atendamos à tarifa de resíduos sólidos (TRS), que também está incluída

na factura da água, cuja receita reverte para a Câmara e que se destina ao

pagamento à ERSUC dos custos do tratamento dos resíduos sólidos que nós

produzimos, uns mais outros menos. Saliente-se que cada um de nós paga o mesmo

que uma grande superfície. No entanto, o que hoje está aqui em causa, é saber se

este valor que nós pagamos suporta os custos que a ERSUC cobra à Câmara. Sabemos

que a esta questão, colocada pelos vereadores do PS, o Senhor Presidente

respondeu que sim, que suportava. Então Senhor Presidente, como é que a Câmara

tem uma dívida de aproximadamente um milhão de euros à ERSUC?-------------------

Como o senhor quando lhe convém é parco em resposta, eu respondo: este valor não

é utilizado para o fim que é cobrado, mas para financiar outras actividades da

Câmara. Mais, o actual executivo do PSD está a condicionar e a hipotecar as

decisões de próximos executivos camarários.”------------------------------------

ANTÓNIO BAIÃO (PCP-PEV), interveio dizendo: “infelizmente também em matéria de

desemprego o nosso concelho tem acompanhado os números do distrito e do País:

emprego registado em 2007, 2.538 desempregados, em Dezembro de 2008, 2644. O

Centro de Emprego da Figueira da Foz, tem hoje necessidade de quase duplicar a

sua capacidade de atendimento ao número de desempregados que ali batem à porta.

Com os malabarismos da limpeza de ficheiros os trabalhadores que estão

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desempregados, deixam de contar para as estatísticas caso se encontrem em acções

de formação, mas mesmo assim chegamos ao ponto dos nossos políticos em funções

governativas e os seus acólitos nos diversos organismos, ou até mesmo os seus

seguidores regionais, já terem conseguido transformar o aumento do desemprego

numa coisa com êxito, porque dizem não se atingiram as metas que estavam

previstas.----------------------------------------------------------------------

A politica para os números, dizemos nós, como se os problemas porque passam as

pessoas, homens mulheres e sobretudo jovens que caiem no desemprego todos os

dias, muitos pela sua situação de grande precariedade, não conseguem aceder ao

subsidio de desemprego, ou os desempregados de longa duração como os das

empresas encerradas no concelho nos últimos anos, já esgotam o período de

subsidio de desemprego e encontram-se ainda à espera que lhes façam justiça,

lhes paguem o que lhes devem após as falências das empresas. Para estes e para o

conjunto das famílias que estão a viver mal, não há dinheiro. A grave situação

pode ser comprovada pelas declarações nos últimos meses, efectuadas pelos

representantes de importantes instituições de solidariedade social no concelho,

que vieram trazer as preocupações de quem tem cada vez mais famílias a bater-

lhes à porta e oriundas de classes sociais que não seriam esperadas nestas

dificuldades. A crise não é como nos querem fazer crer, vinda como ave

migratória, a crise também não vem como diziam antigamente às crianças no bico

da cegonha. Para nós deputados da CDU, as culpas de tal estado de coisas é do

modelo de organização do Estado capitalista e não liberal, esse mercado livre

que tudo regulava, permite a acumulação de riqueza para muito poucos e se baseia

no aumento da exploração de quem trabalha.--------------------------------------

Estamos preocupados e também aqui no concelho iremos mobilizar os trabalhadores

e a população em geral contra este Código do Trabalho do PS, porque achamos que

ele vai ser mais uma peça ao serviço dos maus patrões, para a retirada de

direitos de quem trabalha e já temos exemplos disso nos últimos dias no nosso

concelho. Só dois exemplos: em relação à industria, em que muitos trabalhadores

que estão subcontratados em empresas de trabalho temporário, foram os primeiros

a serem despedidos na Vidreira do Mondego, também em relação aos trabalhadores

que estão em situação de subcontratação no Casino da Figueira da Foz, que também

já foram despedidos.”-----------------------------------------------------------

VÍTOR COELHO (PS), interveio para ler um texto sobre a importância de se dispor

de uma Loja do Cidadão de segunda geração na Rua da República, documento que se

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dá por integralmente reproduzido constituindo o anexo número um à presente acta.

MARINA GOMES (PS), interveio para ler um texto sobre o Complexo da Piscina,

documento que constitui o anexo número dois à presente acta.--------------------

ANTÓNIO PADRÃO (PPD/PSD), interveio dizendo: “começaria por me referir à questão

colocada pelo Sr. deputado Rui Carvalheiro e que foi focada também pelo deputado

Municipal do PCP, António Baião. Realmente trata-se de uma situação bastante

séria, bastante complicada para o País, refiram a situação em que o País se

encontra decorrente de todo o contexto que temos conhecimento e claro Sr.

deputado Rui Carvalheiro todos deveremos fazer parte da solução. Nesse sentido e

considerando que a actual situação económico-financeira do País justifica a

tomada de medidas por parte do executivo, que de alguma forma possam contribuir

para menorizar os danos decorrentes particularmente de hipotéticas perdas de

emprego, estamos perfeitamente de acordo no que diz respeito a essa matéria. De

resto, creio que o executivo não é alheio a essa situação e tanto quanto

sabemos, brevemente serão anunciadas algumas medidas de âmbito Municipal, à

semelhança do que alguns municípios já têm feito. No entanto, devemos considerar

que esta matéria que decorre da crise económico-financeira é uma matéria

sobretudo da responsabilidade da Administração Central, seja a nível dos apoios

sociais, porque quem gere os apoios sociais é a Administração Central, não é a

Administração Local, não são os municípios. A nível da formação profissional é

gerida pela Administração Central, a gestão em particular do QREN decorre

directamente da Administração Central, como também a nível de incentivos ao

emprego. Claro que o município pode também tomar alguma medida que possa criar

condições de maior atracção, de sedução para o investimento, mas é evidente que

como o Sr. sabe, os meios mais significativos e fundamentais para o efeito, são

responsabilidade e estão nas mãos do Governo, não estão nas mãos do Município.--

O mesmo acontece também com a questão da fiscalidade. Não são as autarquias que

vão de alguma forma alterar o Regime Fiscal, para efeito de atracção de

investimento. São meios que estão na mão da Administração Central, mas temos

consciência que todos somos poucos para o efeito. No entanto, é verdade também

que cada distrito, cada concelho, encerra uma realidade diferente e seguramente

que devemos estar preventivamente atentos. É óbvio que ouvindo nós os

telejornais, lendo a imprensa, as noticias dão-nos conta de sucessivas situações

de desemprego, mas é alguma satisfação seguramente para todos nós, que até à

data em particular no nosso concelho, não existia nenhuma unidade empresarial

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que tivesse denunciado a intenção de despedimentos ou o encerramento. Num

aspecto mais positivo e no que diz respeito ao nosso concelho, importa salientar

que os investimento decorrentes da Celbi e da EDP em particular, criaram um

número muito significativo de postos de trabalho. Acresce também um novo

investimento, uma nova unidade empresarial ligada à Elis, que vai abrir muito

proximamente e que vai criar mais oitenta postos de trabalho. Mencionaria também

a retoma de actividade prevista dos estaleiros do Mondego.----------------------

A realidade actual traduzida em números, indica-nos que nos últimos três anos de

2006, 2007 e 2008, o maior nível de desemprego inscrito no Centro de Emprego da

Figueira da Foz, foi no ano de 2006, não foi nem em 2007, nem em 2008,

concretamente no ano de 2006, 2757 desempregados, no ano de 2008, 2644

desempregados.------------------------------------------------------------------

Salientar também que se registaram mais ofertas de emprego em 2008 que em 2007.

Em 2007, 1280 ofertas de emprego, em 2008, 1755. Criaram-se também mais postos

de trabalho em 2008 que em 2007. Criaram-se 129 postos de trabalho em 2008 e 727

postos de trabalho em 2007. Para concluir, a situação face ao emprego no

concelho da Figueira da Foz conserva-se relativamente estável, acompanhando

apenas tendencialmente a situação nacional, concretamente registamos mais 106

desempregados em 2008 que em 2007.----------------------------------------------

Relativamente ao conteúdo das palavras do Sr. deputado Carlos Monteiro e no

sentido da alusão que fez ao PU, eu não vou tecer grandes comentários de ordem

substantiva relativamente ao documento em si.-----------------------------------

É minha convicção que o PU será apresentado quando o executivo entenda que o

documento melhor sirva os interesses da Figueira da Foz. Muito debate houve sem

duvida, mas fique tranquilo porque quanto mais o debatermos, quantas mais

divergências e convergências protagonizarmos, seguramente que o documento mais

rico ficará e o concelho mais ganhará com isso.---------------------------------

Mas eu compreendo que o PS no que diz respeito à questão das divergências e das

convergências e do debate e da democraticidade interna já tenha vivido melhores

dias, eu compreendo que vos cause incómodo que militantes vossos com peso

histórico na vida do vosso partido, venham afirmar publicamente que se instalou

no PS um clima de medo, isso é incómodo para o Sr. deputado e para todos os

deputados do PS seguramente.----------------------------------------------------

Compreendo também Sr. deputado o seu mau estar, que seguramente que o sente,

pelo facto do vosso querido líder ter sido eleito com quase 100% dos votos.

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Encontra-se assim o PS num estado de veneração ao líder, onde o debate, as

divergências, as convergências, encontram-se privadas de autenticidade e

amordaçadas pela hierarquia. Claro que haverá sempre um bom capataz, o ministro

da propaganda que tenderá vir à televisão dar aquelas entrevistas sublimes, o

PSD não se revê nesse contexto. Não faz parte da sua história, como também Sr.

deputado não faz parte da história do PS.”--------------------------------------

RUI CARVALHEIRO (PS), disse o seguinte: “posso concluir da sua intervenção que

atribui ao Governo grande parte do sucesso ou insucesso da resolução da crise e

que se dá por satisfeito com os números do emprego no concelho. Eu posso fazer

uma analogia, os nossos vizinhos espanhóis estariam num patamar de

desenvolvimento económico muito superior ao nosso, por não ser sustentado, a

queda foi maior que a nossa. O concelho da Figueira da Foz, porque não se

encontrava num patamar de desenvolvimento económico, comercial e industrial de

referencia a nível nacional, realmente qualquer crise se sentirá menos do que

nesses concelhos, onde o desenvolvimento atingiu níveis nunca alcançados na

Figueira da Foz.----------------------------------------------------------------

As diversas perguntas que eu fiz à Câmara Municipal, tinham no fundo a intenção

de identificar previamente, antes que as tais empresas que o Sr. deputado

regozija por ainda não terem anunciado encerramentos ou despedimentos e eu tento

com esta minha intervenção de pedir à Câmara Municipal que faça o trabalho de

casa junto de entidades, designadamente as entidades do Poder Central, as

entidades do emprego, da Segurança Social que temos sedeadas na nossa cidade, a

ACIFF. Desde já apresento as minhas desculpas, se eventualmente esse trabalho

tem sido desenvolvido e eu não me tenha apercebido que a Câmara, que em momentos

de crise tão acentuada, que todos os dias nos entram pela casa dentro, tenha

desenvolvido junto destas entidades o esforço de identificação prévia, que

previne efectivamente situações que podem vir a ocorrer e ainda bem Sr. deputado

que ainda não ocorreram. O meu alerta é só esse, não é querer desresponsabilizar

o Governo, é ver se envolvo a Câmara de forma que eu não percebi que se tenha

envolvido até ao momento.”------------------------------------------------------

CARLOS MONTEIRO (PS), disse o seguinte: “queria responder ao Sr. deputado

António Padrão e começava pelo fim, porque na verdade eu concordo consigo quando

diz que não devemos pensar todos iguais, da mesma maneira, temos de ter o

pensamento diferenciado, concordo plenamente consigo. Não é este o âmbito, mas a

nível nacional, que eu enquanto membro do PS, estou muito mais satisfeito por

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haver uma percentagem significativa em torno de um líder, do que ter eleito um

líder há pouco tempo e já ninguém acreditar nele.-------------------------------

O que me preocupa veementemente, é o PSD não pensar igual quando se está a gerir

dinheiros públicos, isso é que me preocupa. O que me preocupa é o PSD querer dar

lições de democracia a uma Assembleia ou a um partido, quando nós aprovámos aqui

por unanimidade acelerar a revisão do PDM e não existir, isso é que me preocupa

muito Sr. deputado. Essas são as lições de democracia que eu gostava que o Sr.

deputado nos desse, quando se gere dinheiro publico, quando se gerem questões

publicas como o PU, porque na realidade não tem que pensar tudo igual, não vale

a pena é gastar ou investir 306 mil euros no PU e depois sem sabermos porquê e

sem qualquer explicação parar.--------------------------------------------------

Relativamente às questões sociais, eu fiquei um pouco confuso com o seu

discurso, pareceu-me um pouco contraditório, estava de acordo com o deputado da

CDU, mas pareceu-me que ficou em desacordo, porque afinal não há desemprego e

que a situação da Figueira não é preocupante.-----------------------------------

Felizmente o Sr. já vai tendo alguma informação privilegiada, referiu-nos aqui

que brevemente serão anunciadas medidas de âmbito concelhio, a seguir disse que

eram difíceis, bem difíceis é relativo, temos o IMI, temos o IRS, temos algumas

e outras. Contudo, já que o Sr. deputado tem informação privilegiada

relativamente às medidas de âmbito concelhio que vão ser tomadas, enumere-nos

duas, três, uma, porque nós na verdade não temos conhecimento de nenhuma.”------

ANTÓNIO PADRÃO (PPD/PSD), referiu o seguinte: “relativamente às medidas,

sinceramente não tenho essa informação privilegiada. Sei que o executivo está a

trabalhar nesse sentido e compete obviamente ao executivo no momento certo,

expô-las a todos nós. Uma pequena referencia, o Sr. deputado falou-me na gestão

de dinheiros públicos? Olhe, uma boa parte dos jornais que têm sido vendidos

ultimamente, têm precisamente a ver com essa matéria que é uma matéria que é

querida hoje no debate nacional, que é o que tem haver com o Governo e aquilo

que faz com os dinheiros públicos. Penso que aí não haverá muita legitimidade da

vossa parte, tendo em conta que têm assuntos tão quentes e tão pendentes para

resolver e eu não queria ir por aí de forma nenhuma.”---------------------------

NELSON FERNANDES (PCP-PEV), disse o seguinte: “a primeira questão tem a ver com

o desemprego e penso que o meu camarada na sua intervenção já mostrou que há

mais do ano passado, para este ano. A segunda questão tem haver que mesmo que

houvesse menos, enquanto houver desempregados a situação é difícil para eles.

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Nós devemos ter sempre essa preocupação e essa cautela, porque haver 11% é muito

mau mas haver 7% é mau, pelo que não temos que nos regozijar por haver um número

assim.--------------------------------------------------------------------------

A outra questão, tem haver com o problema da crise económico-financeira e nisto

vale a pena lembrar uma coisa muito simples que a mim sempre me espantou antes,

durante a discussão do défice e espanta-me agora, com a discussão da crise. É

que estas declarações de que todos devemos fazer parte da solução e de que todos

somos poucos para resolver os assuntos da crise, são declarações de

branqueamento das responsabilidades. É necessário termos em atenção que isto

permite a que os próprios responsáveis pela crise, aqueles que no Governo e nos

sucessivos Ministérios da Economia e das Finanças fizeram o défice, passados uns

anos apareçam a gritar “aqui del’rei que há défice”. Damos soluções para esses

défices e a solução foi para o povo português que teve que pagar seriamente por

causa do défice, acabou o défice e todos tínhamos já uma grande folga e estava

toda a gente a pensar como é que se ia utilizar a folga, rebentou a crise. Não

rebentou crise nenhuma foi uma bolha, aquilo vinha no ar e por diferenças de

pressão rebentou. Os mesmos que andaram a soprar a bolha durante tantos anos,

andam hoje a dizer-nos como é que nós havemos de resolver o problema e isto

inclui os economistas do pensamento único, inclui os governantes do pensamento

económico único, inclui os jornalistas do pensamento económico único e da

opinião única, mas naturalmente que há gente que não está incluída nisso. Penso

que valerá a pena termos algum cuidado, quando se diz que todos devemos fazer

parte da solução, porque nem todos fizemos parte do problema.”------------------

JOÃO CARRONDA (PS), interveio dizendo: “quero aqui debater algumas coisas que

foram levantadas pelo Dr. Padrão, porque não estou de acordo com algumas e quero

aqui deixar, a questão do desemprego na Figueira da Foz. Nós estamos a

atravessar na Figueira da Foz uma situação de sazonalidade, que tem a ver com as

grandes obras da Celbi e da Central Termoeléctrica de Lares. Estas obras

terminam este ano e mais quatro cinco meses desaparece tudo e não nos podemos

esquecer que isso é que está a empregar muita gente. Não nos podemos esquecer

também que há uma significativa população no concelho flutuante, que trabalha em

Espanha e que estão a regressar e não nos podemos esquecer que muitos desses são

recibos verdes e que de facto não são contemplados pelo desemprego.-------------

Pensamos que estamos num concelho que é um oásis no meio de uma crise mas esta

está cá. Estas obras é que estão a suportar um pouco esta ocupação de mão-de-

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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obra e na Assembleia Municipal de Junho, se calhar iremos falar de outra

maneira.------------------------------------------------------------------------

Também quero dizer que quando se diz que os grandes empresários e as grandes

unidades produtoras deste País não despedem, não é bem verdade. A Corticeira

Amorim começou por aí, já foram cento e tal, mas também não nos podemos esquecer

que no concelho da Figueira da Foz há duas empresas, tanto quanto eu sei, que

produzem significativamente para a industria automóvel que está a atravessar a

crise que todos conhecem.-------------------------------------------------------

Dr. Padrão, o Sr. como pessoa de bem que eu gosto de ouvir falar, não estará a

transmitir para fora aquilo que lhe vai dentro e que lhe vai na alma, no que diz

respeito ao PU e ao PDM. O PDM no ano de 2000, se a memória não me atraiçoa,

foram feitas visitas às freguesias entusiasmando as pessoas, empolgando as

pessoas para ausculta-las, no sentido de que o PDM fosse alterado, estamos em

2009 e nada.--------------------------------------------------------------------

Isto é o descrédito, como está a ser o descrédito do PU e falo assim porque

houve um documento da Assembleia de Freguesia que veio para aqui e tem sido

defendido por Vila Verde a alteração do PU, não nos esquecendo que Vila Verde

tem PDM e tem PU. De facto faz falta a Vila Verde e não tem a ver com

construção, tem a ver com acessibilidades, qualidade de vida, que as pessoas

precisam e o Sr. que passa lá algumas vezes, sabe o que é aquilo. Houve em

tempos alguém, penso que não tinha um sentido pejorativo, chamar “gueto” a Vila

Verde. Revoltei-me na altura e disse que não, mas há alturas que aquilo em

termos de acessibilidades e de qualidade de vida dá-me a impressão que se calhar

tenho que dar razão. O Sr. hoje se passar em Vila Verde, com a construção da

Central de Ciclo Combinado em Lares, os camiões à porta da fábrica para entrarem

é indescritível e não se consegue fazer uma coisa que é uma via de acesso para a

fábrica. O PU para além das tricas porque as há, a população em geral não o

saberá tanto, sabe aquilo que sai nos jornais, mas aqueles mais interessados

sabem perfeitamente que há aqui um atraiçoar a vontades que o tinham de

implementar e algumas das pessoas estão a olhar para mim, de que como é que um

concelho pode andar para a frente com todas estas situações, com todas as

questões partidárias que há de parte a parte.-----------------------------------

Magoa-me profundamente quando se houve aqui falar no PU e se diz que está a ser

utilizado pela negativa, quando aqui denunciado está a ser utilizado pela

positiva, precisamos dele como precisamos do PDM. Aquilo que aconteceu em

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Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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relação ao PU, que se andou na pedir às pessoas uma auscultação publica, que

escrevam, dêem os seus pormenores ou não terem respostas ou não verem o PU

aprovado com aquilo tudo que tinha sido prometido, é um desacreditar completo da

classe politica que dirige o concelho da Figueira da Foz, começando pelas Juntas

de Freguesia que é para não dizerem que é só pelo outro lado e isso é que magoa,

faz falta esse documento. Quem for de fora do concelho e assistir aqui a algumas

sessões, há-de dizer como é que isto pode andar para a frente.”-----------------

ANTÓNIO PADRÃO (PPD/PSD), disse o seguinte: “Sr. deputado João Carronda eu não

falei substantivamente do PU nem do PDM. Eu falei de um aspecto decorrente da

intervenção do Sr. deputado Carlos Monteiro.------------------------------------

Estou de acordo consigo, uma boa parte do emprego que hoje se tem criado

ultimamente é de carácter sazonal, é um facto. Mas acontece também que esse

emprego tem um carácter móvel, porque deriva com frequência de empresas de

trabalho temporário, ou seja, não mexe com o nível básico de desemprego da

Figueira da Foz, hoje está aqui, amanhã pode estar noutro sitio.”---------------

JOÃO CARRONDA (PS), disse o seguinte: “Sr. Presidente como lhe disse a minha

intervenção assentava na questão do PU e do PDM e de manifestar a preocupação da

Freguesia de Vila Verde pela sua não discussão em Câmara e Assembleia e a sua

possível aprovação. Nesta minha intervenção, penso que já mostrei o desagrado da

Freguesia por ele não ter consequência, portanto daí advir um mau estar, um

desacreditar em tudo aquilo que foi motivador, que foi participativo, que levou

as pessoas a aderirem à discussão e foi aquilo que eu já manifestei, dispenso-me

de estar a repetir.”------------------------------------------------------------

JOÃO PAULO (INDEPENDENTE), interveio dizendo: “Sr. deputado António Padrão

gostei de o ouvir porque efectivamente o Sr. tem a certeza do que diz. De facto,

apesar de compreender que todos devemos ter solução para a crise, também

compreende que há uns que têm que ser mais solução do que outros, porque ao

longo destes trinta anos eu era assim pequenino e sempre ouvi dizer este País

há-de ser, ao longo destes trinta anos o que é que temos visto? Eu peço desculpa

em fazer esta ilustraçãozinha, mas temos visto um jogo de ping-pong em que um

jogador está de camisola cor de laranja e o outro de camisola cor de rosa e

então mandam a bola de um lado para o outro e assobiam para o ar e nós andamos

assim há trinta e poucos anos. Agora a questão concreta, é quem deve pagar a

crise, quem tem que dar resposta à crise não somos todos são estes, são estes é

que têm que pensar em solução concreta, são estes é que têm que ver exactamente

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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o que é que têm feito. Eu estava a ver no Canal História um programa sobre o

cavaquismo e hoje o Sr. se for tirar a fotografia de todos aqueles que

acompanharam quer o professor Cavaco Silva e governos posteriores, vai ver onde

é que eles estão, que legitimidade é que o Sr. tem para dizer que neste caso

FREEPORT ou outros, eu penso que foi isso que se quis reportar, não sei se foi,

mas presumo que tenha sido, que legitimidade tem o Sr. para dizer isso? Ouça

chamemos as coisas pelos nomes certos, mas Sr. deputado ainda bem que os

senhores pensam assim, porque afinal os senhores têm solução para a crise e

todos estamos à espera disso, os primeiros a estar à espera com certeza são os

munícipes da Figueira da Foz que há não sei quantos mandatos desta Câmara, estão

à espera que a crise dê a volta e até hoje o que é que vêem? Diga-me, o que é

que resultou destas câmaras PSD, diga-me. Diga-me duas ou três medidas assim de

fundo que sejam a vanguarda das medidas que o Sr. apregoou, ou que eventualmente

apregoa, presumo eu, nenhuma, não é?--------------------------------------------

Por isso, acho que devemos ser todos a encontrar respostas certas, mas alguns a

ser chamados por isso à responsabilidade.---------------------------------------

Sr. Presidente, há uma questão que me preocupa, aliás tenho ouvido o Sr.

Primeiro-Ministro a apregoar isso, que o Estado deve ser o primeiro a dar o

exemplo e na sequência disso, eu gostaria que a Câmara Municipal da Figueira da

Foz dissesse de uma vez por todas a todos os munícipes e que desse o exemplo, de

quando é que prevê pagar ou quando é que pagará as dividas aos fornecedores de

curto e de médio prazo. Isso penso que é uma questão que tem que dar resposta e

será uma resposta como medida de combate à crise.-------------------------------

Outra questão, que medidas tem esta Câmara previstas para durante este ano e

sabemos que é um ano eleitoral, para fazer face às franjas da sociedade

economicamente mais fragilizadas, neste caso estou-me a lembrar dos actuais

desempregados e dos novos desempregados que por aí virão, os reformados, as

famílias numerosas que muitas vezes se esquecem de falar nelas, mas

efectivamente são um problema neste País e por outro lado também Sr. Presidente

de que forma V. Exa e a sua Câmara equacionam fazer face aos exagerados preços

do custo da água, a que todos os figueirenses e todos os munícipes estão

sujeitos desde 2005, pelo menos que esta questão se tem vindo a pôr e o Sr. com

as suas respostas têm dado uma solução para o problema, mas gostaria que

dissesse novamente o que é que está a pensar fazer.”----------------------------

MANUEL CAIANO (PS), interveio dizendo: “queria alertar a Câmara, não sei se ela

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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tem conhecimento de algumas situações que se verificam em Marinha das Ondas, que

põem em perigo as pessoas que utilizam os passeios, como sejam tampas de caixas

pluviais partidas. Há já desde Setembro, no recinto de recreio da escola de

Marinha das Ondas do Primeiro Ciclo de Ensino Básico, cimento partido que não

tem sido reposto e é um perigo para as crianças da escola que lá brincam.-------

As ruas de acesso à Marinha das Ondas pela parte do IC1, estão totalmente

esburacadas e intransitáveis, os caminhos estão destruídos. Não seria a mim

nesta Assembleia que caberia pôr estas questões, mas sim ao responsável do

executivo da Junta, mas como já há muito tempo e tenho sido eu ou como suplente

ou na qualidade de publico que assisto a estas Assembleias, como não vejo nem o

Sr. Presidente do Executivo, nem o seu legitimo representante nesta Assembleia,

cabe-me a mim pôr estas questões. Isto é um alerta para a Câmara, já nos foi

informado que tinha lá ido um técnico para ver estas situações, mas isto foi em

Setembro ou em Dezembro, aliás que nos foi dito e até hoje nada foi feito.”-----

CARLOS MOÇO (PS), disse o seguinte: “a minha intervenção é só no sentido de

fazer uma proposta no seguimento da intervenção do Sr. deputado Carlos Monteiro,

sobre a empresa Águas da Figueira (documento que constitui o anexo número três à

presente acta).”----------------------------------------------------------------

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “alguém quer fazer alguma

referência? Não havendo referências, eu punha desde já esta proposta à votação.”

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com vinte um votos a favor (16 do

PS, 2 do PCP-PEV e 3 dos Membros Independentes), com vinte e um votos contra do

PPD/PSD e com uma abstenção do PPD/PSD, tendo o Presidente feito uso do voto de

qualidade, de acordo com o n.º 2 do artigo 89.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e pelas declarações

de Rectificação n.º 4/2002 de 6 de Fevereiro e n.º 9/2002, de 5 de Março,

publicadas na I Série do Diário da República, reprovar a proposta apresentada

pelo PS, sobre a criação de uma comissão de acompanhamento para a execução do

contrato de concessão estabelecido entre a Câmara e a Empresa Águas da Figueira.

CARLOS MOÇO (PS), disse o seguinte: “esta proposta permitiu-me pessoalmente e

penso que também aos deputados do PS, perceber que afinal quem está a favor ou

quem estaria disponível para de uma vez por todas percebermos como é que

funcionaria a questão das Águas da Figueira.”-----------------------------------

2 – PERÍODO DA ORDEM DO DIA

2.1 – INFORMAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA E APRECIAÇÃO DA INFORMAÇÃO

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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ESCRITA SOBRE A ACTIVIDADE MUNICIPAL

ANTÓNIO BAIÃO (PCP-PEV), disse o seguinte: “Sr. Presidente tomámos conhecimento

nos últimos dias através de declarações feitas na imprensa, onde manifestou

preocupações sobre as alterações verificadas no conselho de Administração da

empresa Águas da Figueira, pela saída do accionista Águas de Portugal e a

entrada de um outro accionista, AQUAPOR e afirmou até ter solicitado reunião com

a nova administração da empresa. Gostaríamos da bancada da CDU, que o Sr.

Presidente partilhasse com esta Assembleia as suas preocupações e gostaríamos de

saber se a referida reunião já se realizou, dizer-nos aqui se a mesma o deixou

mais tranquilo ou mais preocupado. Da nossa parte, queremos também reafirmar as

posições assumidas aqui nesta sede, de que continuamos a defender que a água é

de todos os munícipes e não queríamos que fosse um negócio de alguns, como todos

estes processos deixam transparecer. A qualidade dos serviços prestados e os

preços pagos, são cada vez mais desiguais em desfavor dos munícipes e por fim

queria solicitar ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal, que pudesse ser

distribuído a cada uma das bancadas, um exemplar de um documento que aqui tenho,

que é um documento nacional acerca da questão da defesa da água publica.”-------

CARLOS MONTEIRO (PS), questionou o seguinte: “relativamente à informação escrita

do Sr. Presidente, na pág. 6, o ultimo parágrafo refere aprovar o início do

procedimento de estabelecimento de medidas preventivas para a área abrangida

pelo Parque Desportivo de Buarcos. Eu só queria que o Sr. Presidente

clarificasse, se isto tem a ver com suspensão do PDM para a zona do Parque

Desportivo de Buarcos e se tem, se não seria necessário essa suspensão vir a

esta Assembleia Municipal.”-----------------------------------------------------

NELSON FERNANDES (PCP-PEV), interveio dizendo: “era para me congratular com esta

adesão da Câmara à regularização extraordinária das dividas do Estado e se o Sr.

Presidente me esclarecia uma duvida: nos documentos que nos foram distribuídos,

a quantia é de um milhão duzentos e sessenta e sete mil oitocentos e noventa e

quatro euros, a intervenção do meu colega Rui Carvalheiro falava em dez milhões

euros que foram concedidos. Era para saber efectivamente qual é a quantia e

dizer que esta regularização extraordinária das dividas do Estado é uma boa

medida e penso que a Câmara ao aderir a ela fez muito bem, porque dinamiza a

economia do concelho.-----------------------------------------------------------

Queria também que nos informasse se esta dividida conta ou não para a capacidade

de endividamento da Câmara, eu não li a legislação sobre isto, mas presumo que é

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Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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mesmo para pagar as dividas da Câmara aos fornecedores.”------------------------

PRESIDENTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “como é do conhecimento publico e aliás

foi aprovado em Câmara, nós concorremos a esta medida do Governo para poder

auferir de um financiamento para pagar dividas aos fornecedores. Nós

inicialmente fizemos uma interpretação errada e ainda bem que o fizemos, porque

assim o financiamento inicial que era estimado por nós e que era dos dois

milhões e duzentos mil euros, acabou por poder subir ao montante de dez milhões

e oitocentos mil, contas redondas.----------------------------------------------

Trata-se de um financiamento que tem uma bonificação muito interessante, porque

40% é contraído em condições muito especiais junto da Direcção Geral do Tesouro,

com um período de moratória não sei se é de quatro se de cinco anos, quer para

capital quer para juros e 60% vai-se ao mercado.--------------------------------

É um financiamento que tem os mesmos procedimentos, que aliás estão claramente

definidos na legislação que foi publicada para este efeito, portanto tem que ter

uma aprovação na Câmara, que já teve uma aprovação inicial, depois da negociação

com a banca e formulado o empréstimo, ele tem que ser outra vez de novo levado à

Câmara, porque houve uma alteração dos montantes em causa e depois tem que vir à

Assembleia Municipal e uma vez aprovado pela Assembleia Municipal e tal como a

legislação indica, nós temos que definir a quem e como vamos pagar e depois será

submetido a uma aprovação do Tribunal de Contas. Há aqui um seguimento muito

apertado da execução destes empréstimos. A Assembleia Municipal terá que aprovar

o financiamento e com certeza que terá naturalmente para isso o conhecimento de

todos os procedimentos que vão ser feitos.--------------------------------------

Sr. deputado João Paul, não consigo dizer-lhe o dia exacto, mas a previsão é

levar à reunião de Câmara em principio na próxima e possivelmente convocar uma

sessão extraordinária desta Assembleia, para não estarmos a perder tempo, para

ver se durante o mês de Março temos aprovado pelo lado dos órgãos autárquicos

este pedido de empréstimo, para submeter ao Tribunal de Contas. Há prazos para

isto, eu julgo que serão depois trinta dias e há uma vontade e penso que não é

só pela crise, a crise também ajudará, mas há uma vontade de todas as partes

para que rapidamente se possam saldar estas dividas, é isso que eu posso dizer

quanto a prazos.----------------------------------------------------------------

Não quero chegar ao exagero de algumas pessoas, que em tempos disseram que

enquanto houver um desempregado não podemos fazer não sei o quê, mas é evidente

que não podemos nem com certeza que estamos contentes por ter o nível

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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desemprego, apesar de por enquanto na Figueira não se notar, ou não se ter

notado uma situação muito gravosa, mas existe uma situação de algum desemprego e

principalmente com certeza que existe uma preocupação, por haver um

desconhecimento da evolução económica do estado geral global e que acaba por nos

afectar a todos. Sabemos como aqui também foi dito, que apesar de nos últimos

tempos ter havido um preenchimento de emprego muito satisfatório no concelho,

mas que é transitório, porque advém de obras que estão a meses de estarem

prontas e ainda não há uma programação bem conhecida de por exemplo de quando

arranca a obra da instalação da outra Central de Ciclo Combinado, que está

prevista para o concelho. Também não temos e não podemos dar prazos seguros para

outros projectos que nós temos e que com certeza que vão concorrer para a

criação de emprego, que tem a ver com a actividade portuária e com a actividade

logística que se pretende desenvolver no nosso concelho.------------------------

Naturalmente que nos preocupa a situação na Figueira e na Câmara os serviços

sociais, que funcionam em rede com diversos organismos do concelho, com as

instituições de apoio social, com a Associação Comercial e Industrial da

Figueira da Foz estão a fazer um levantamento cuidadoso do que se está a passar,

procurar projectar algumas situações e contamos em breve, durante o próximo mês,

apresentar algumas medidas de acompanhamento e da possibilidade de atendermos a

essas situações.----------------------------------------------------------------

Gostava de dizer que obviamente não estou de acordo com aquilo que disse o Sr.

deputado Rui Carvalheiro, relativamente à questão do terminal rodoviário. É

claro que quando nós enveredámos pela solução aprovada e apresentada e posta em

prática, tinha um contexto que depois não se verificou, pelo menos não deixou de

se passar de uma situação transitória a uma situação definitiva. Esse protocolo

foi assinado e não foi executado, não por responsabilidade nossa, mas por

responsabilidade da INVESFER/REFER, onde entretanto houve uma alteração da

administração, houve também sabemos uma alteração de toda a situação e não se

pôde passar à situação definitiva. Para todos os efeitos aquilo que nós fizemos,

é dentro de um modelo que é um modelo praticado sempre que possível, que é

tentar juntar num mesmo espaço diversos tipos de transportes. Neste caso era o

transporte rodoviário e o transporte ferroviário e foi esse o objectivo e que

esse objectivo conseguisse, não da forma total como nós pretendíamos, mas de

alguma forma funciona e cria uma habituação que é aquilo que pretendemos na

articulação e ligação entre os diversos tipos de transporte publico local. Isto

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Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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permitiu também que o antigo terminal passasse a ser utilizado para uma função

que consideramos que é do maior interesse, que é em actividades de

enriquecimentos curriculares na formação. Libertou-nos um espaço que permite o

desenvolvimento em condições muito boas dessa prática e por isso acho que a

Figueira e os munícipes não perderam nada, antes pelo contrário.----------------

Devo dizer que obviamente também não tenho grande satisfação da forma como têm

corrido os trabalhos dos planos de ordenamento territorial no concelho, por

razões que talvez não queira estar agora aqui a utilizar muito em detalhe.------

Já dei explicações publicas da muita dificuldade de conseguir trazer aquele que

inicialmente devia ser visto, porque também estou perfeitamente de acordo que

era o PDM, de procurar pelo menos trazer à aprovação o ordenamento do plano da

zona urbana, que não está terminado. Na discussão publica levantaram-se muitas

questões, questões essas que procurei dialogar e dialoguei com algumas das

partes envolvidas, designadamente com os senhores vereadores não só do executivo

mas também os não executivos e ainda não perdi totalmente a perspectiva de poder

avançar. Mas como sempre um plano deste tipo tem contras e a favor, é sempre

muito discutível, porque nunca nenhum plano de ordenamento vai conseguir

responder totalmente aos anseios de todos e vai sempre contrariar as

expectativas de alguns e tem que se ver se no seu somatório se ele é positivo ou

não, porque senão for positivo, então pode não valer a pena. Quer dizer, o plano

abriu-se à discussão publica, não há prazos para as respostas, o único prazo que

há é que 150 dias após a abertura da discussão publica, as medidas que ficaram

suspensas no plano em vigor por virtude disso caem e volta em plenitude o plano

em vigor. Mas mesmo assim não há prazos, há situações obviamente que não são

desejáveis, mas de grandes arrastamentos e compete-me a mim tomar uma decisão

que tomarei em tempo oportuno, quando sentir que esgotei para um lado ou para o

outro, as possibilidades de apresentar ou não apresentar à Câmara, o que se me

oferece sobre este assunto e portanto as coisas não estão fechadas, estão em

aberto. Não estão com a velocidade que inicialmente desejaria, mas estão dentro

daquilo que até agora me tem sido possível fazer.-------------------------------

Relativamente à questão da água, eu ouvi com atenção o que o Sr. deputado Carlos

Monteiro disse sobre a questão da facturação electrónica. É um assunto que vou

analisar, confesso que não sei responder se isto tem ou não tem qualquer

hipótese. Para já e justamente o aumento que houve, é o aumento derivado do

contrato que é a actualização em face dos parâmetros contratuais que tem a ver

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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com a inflação e não está ainda definido ou melhor, a Câmara ainda não aceitou o

encargo que vai ter com esta modificação na forma de facturação, quer dizer

foram indicados uns números e uns valores pela empresa, que até agora ainda não

demos a nossa aceitação, é uma questão que estamos a discutir.------------------

Tomei conhecimento, já também o disse em Câmara na passada segunda-feira, que as

Águas de Portugal autorizaram ou melhor, tiveram autorização governamental para

venderem a sua posição na AQUAPOR. A AQUAPOR é uma das sócias das Águas da

Figueira, os sócios das Águas da Figueira são a AQUAPOR com 40%, a AGS 40% e 20%

a EFACEC. A gestão da AQUAPOR era praticamente conduzida pelas Águas de

Portugal, ou por gestores eleitos para o efeito do universo das Águas de

Portugal e foi quer no contrato de concessão em 1998 ou 1999, quer depois na sua

renegociação, lideraram por parte das Águas da Figueira todo o processo, a

partir de certa altura e por a SOMAGUE ou principal sócia do outro grupo e pelas

diversas participações que tinha investimentos no âmbito das instalações em

alta, passou a tomar uma posição mais liderativa da gestão das Águas da Figueira

e tanto que nos últimos dois mandatos o administrador delegado das Águas da

Figueira vinha do grupo SOMAGUE, quando anteriormente vinha do grupo AQUAPOR.---

Eu notei agora e daí a minha preocupação, que ao ter havido esta transacção a um

grupo que eu desconheço, o grupo a que a AQUAPOR foi vendida é um grupo de

Braga, não há nada no contrato que limite ou obrigue a Câmara a pronunciar-se e

daí aquela preocupação do Sr. deputado da CDU.----------------------------------

Tive uma reunião com alguns dos gestores que poderão vir também a ser os futuros

gestores, mas ainda não é seguro que o sejam, porque neste momento há uma

administração de transição, onde se mantém o mesmo administrador delegado que é

o Presidente que já estava e em Março haverá uma alteração. O que já há é uma

alteração na forma de gestão, que é já ter sido nomeado um director-geral

residente e esse director-geral passa a ser o responsável máximo na empresa na

Figueira da Foz, em toda a sua área de intervenção e vai responder no futuro a

um concelho de administração, que não tem nenhum membro executivo e que não está

sedeado na Figueira. Das conversas que tive, ainda estou a aguardar o

desenvolvimento e um melhor conhecimento de quem vai estar envolvido, para além

do Director Geral que é uma pessoa que estava nas Águas do Mondego e que de

certo modo é da Figueira.-------------------------------------------------------

Sobre os resíduos sólidos, como o Sr. deputado sabe não estão consignadas as

receitas e são receitas da Câmara que não estão no compartimento especifico para

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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determinado pagamento. Poderá haver um outro modelo que é uma coisa que se

poderá pelo menos analisar, é se se será possível e se tem alguma vantagem, não

sei responder porque não analisei em detalhe, de haver um pagamento directo de

quem cobra a quem faz o trabalho. É uma questão que pode ter ou não ter

vantagens, tem que se analisar com cuidado, isto é, quem cobra a tarifa que é as

Águas, pagarem directamente à ERSUC. É uma possibilidade, não sei se tem

interesse confesso, mas com toda a abertura digo que vamos olhar para isso.-----

Sr. deputado Vítor Coelho, sobre isto já falámos diversas vezes, nós até fomos

dos primeiros municípios a manifestar o interesse e a diligenciar várias medidas

para trazer uma Loja do Cidadão para a Figueira da Foz. Durante bastante tempo

procurámos encontrar como o Sr. sabe bem, aliás o Sr. participou também nessas

análises e que e nós quando começámos com isto, havia uma regulamentação que foi

alterada, quer dizer, inicialmente havia uma participação maior por parte da

Administração Central do que há na actual situação, porque enquanto o que

inicialmente a Administração iria pagar um tanto por metro quadrado, que era que

correspondia a 80% da renda, hoje em dia não paga nada. E como não paga nada,

obviamente que vai privilegiar a instalação de Lojas de Cidadão em municípios

onde tenham espaço para tal, o que não acontece connosco. Nós não temos

propriedade nossa, 800m2 numa zona conveniente. Tivemos até coisas já quase que

fechadas aqui na Rua da Republica, de qualquer forma temos ainda alguma

esperança e está agendada ainda uma reunião para a semana, a ver ainda de uma

possibilidade.------------------------------------------------------------------

Srª deputada Marina, a questão da piscina tem sido discutida na Câmara e nós

tentámos até à exaustão procurar encontrar uma solução com os actuais

concessionários e procurámos até à exaustão, porque de várias diligencias que

fiz ao longo de todo este tempo, não consegui encontrar um alternativa credível

para o projecto tal como nós pensámos. Isto é, há alternativas e aliás houve até

pela subconcessão como a Sr.ª referiu, para a exploração só da piscina, mas o

nosso projecto ia para além disso, ia para a parte hoteleira e também para a

instalação de SPA, Talassoterapia. Como não conseguimos, tivemos a fazer tudo

que estava ao nosso alcance, até que chegou a um ponto em que efectivamente

também reconhecemos que não valia a pena continuar a insistir. Também não íamos

encontrar as respostas que estavam desenhadas com o concessionário e daí termos

renunciado o contrato e agora está em contencioso, está entregue pela nossa

parte a um gabinete jurídico e nesse aspecto eu não tenho e nem é conveniente

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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estar a dar mais informações. Consideramos que está bem entregue e pretendemos

tomar conta do “objecto” e pelo menos passar assim que possível a uma exploração

da piscina e depois lançando um novo concurso dentro dos moldes que entretanto

se desenharão. Não sei prazos nem sei como as coisas vão correr, mas tenho a

perspectiva de conseguir ganhar, porque acho que temos toda a razão.------------

Relativamente à questão que foi colocada agora já na parte final pelo Sr.

deputado Carlos Monteiro, queria dizer o seguinte: não há nenhuma alteração,

quer dizer nós enveredámos por esta solução das medidas preventivas. Há aqui a

possibilidade ao abrigo de uma nova legislação não ter que ir para ratificação,

ainda não se sabe se tem ou não que ter ratificação governamental e por isso é

que este procedimento pode ser mais rápido. Depois, em face desse parecer, vai

de novo à Câmara e da Câmara vem à Assembleia, portanto é à partida teoricamente

um procedimento mais expedito do que uma suspensão do PDM, porque como o Sr.

está recordado, tivemos uma experiência muito má com dois processos de suspensão

do PDM: um acabou por não dar nada que foi o da Quinta de Foja e outro com a

própria Plataforma Logística, que só entrou em discussão publica, passados

praticamente dois anos da aprovação aqui na Assembleia Municipal e portanto não

nos dá conforto nenhum este processo.”------------------------------------------

RUI CARVALHEIRO (PS), disse o seguinte: “ia começar pela questão principal, que

é o programa de regularização da divida que foi concedido à Figueira da Foz e a

situação é tão simplesmente, é para ficar claro aqui e agora, de que estamos a

falar da regularização das dividas certas, liquidas, exigíveis e vencidas e não

estamos a falar das dividas de médio e longo prazo. Havendo a possibilidade da

Câmara Municipal se candidatar a esse novo pacote de financiamento, eu pergunto

se a Câmara já está a trabalhar no assunto, uma vez que a resolução do Conselho

de Ministros para isso aponta e aguardamos expectantes, aquilo que a Câmara nos

vai propor quanto à prioridade de satisfação das dividas vencidas efectivamente

e dos serviços prestados a esta Câmara Municipal.-------------------------------

Quanto às questões que lhe coloquei, congratulo-me em saber que a Câmara está a

trabalhar em rede com os diversos organismos, para identificar as carências do

concelho e aguardamos também expectantes que essa conclusão seja a mais rápida

possível.-----------------------------------------------------------------------

Quanto à questão dos transportes urbanos que eu lhe coloquei, respondeu-me

endossando à REFER a responsabilidade da não conclusão ou da não consecução do

objectivo de deslocalização da central de camionagem em termos provisórios,

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Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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bastante provisórios, mesmo com as carências todas mais do que identificadas e a

questão que eu lhe coloquei no fundo é o que é que os figueirenses tinham ganho

com essa mudança, designadamente no espaço onde estavam antes. Um município que

investiu tanto num centro de formação profissional, que o ganho foi um espaço de

formação suponho que privado, suponho que não era esse o objectivo que motivou

tão rápida deslocalização da Central de Camionagem, na situação precária em que

ocorreu para junto da REFER. Se era um elemento de pressão junto da REFER, para

que efectivamente a Central Multimodal fosse desenvolvida de forma mais célere,

o que é que a Câmara já fez junto da REFER durante todo este tempo, para

pressionar, porque apenas a mudança só por si naturalmente não iria ter esse

desidrato. São questões que me parece que ficaram por responder e eu quando

perguntei em matéria de transportes urbanos, é que efectivamente esta cidade,

com esta deslocalização da Central de Camionagem, deixando de estar no coração

da Zona Urbana para estar na periferia, necessita forçosamente de uma

articulação com o transporte urbano propriamente dito e era essa a minha

questão, porque não tive qualquer resposta e é um dos aspectos onde não vejo

dinâmica nenhuma nesta Câmara Municipal de há muitos anos, desde o tempo do

Farreca Rodrigues, que era a empresa que eventualmente mais dinamizou no passado

o transporte urbano nesta cidade.-----------------------------------------------

Outro aspecto que coloquei, foi quanto à possibilidade da Câmara equacionar a

revisão de taxas e de impostos se se justificar. Fico expectante uma vez mais às

respostas que a Câmara irá dar no futuro, compreendo que esta resposta também

tivesse ficado por dar.---------------------------------------------------------

Quanto ao tipo de parcerias, nomeadamente com o Ministério da Economia, também

não obtive resposta, não sei se estão a trabalhar com isso, mas sei que o

Ministério da Economia tem programas para estabelecer com outras entidades.-----

Em relação às habitações degradadas, também foi um dos aspectos que eu coloquei,

porque é um facto que tendo sido um programa desenvolvido no passado, eu

confesso que desde que abandonei as funções que tive na Câmara Municipal no

passado, deixei de ter informação de como é que esse programa de recuperação

está a decorrer e até que ponto é que efectivamente os jovens que eram uma das

expectativas, passariam a ter acesso à habitação, de forma e ao mesmo tempo

dinamizando a zona urbana. Não sei se foram recuperadas muitas se poucas se

nenhumas das habitações da zona urbana, era no fundo isso que eu tentava

questionar quando coloquei a pergunta, porque sei que hoje é difícil, o mercado

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Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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de arrendamento infelizmente nesta terra, também à semelhança do País tende em

não arrancar, porque é que há tanta habitação fechada e não há um programa, não

vejo nenhuma entidade, mesmo a própria Câmara Municipal a dinamizar o mercado de

arrendamento com tanta habitação encerrada.-------------------------------------

Só ia concluir com a questão da piscina, porque já há muito tempo que não ouvia

falar na talassoterapia e realmente recordo o dia em que foi inaugurada aquela

piscina Municipal com pompa e circunstância, que eu pensava que ia ficar ao

serviço dos figueirenses e não me parece que uma sede do concelho que se calhar

é das poucas deste País que não tem uma piscina Municipal, tinha ali uma

excelente oportunidade de dar aos figueirenses uma perfeita utilização daquele

espaço e nem esse engenho foi capaz de ter e manteve aquele espaço apenas

disponível para alguma elite.”--------------------------------------------------

NELSON FERNANDES (PCP-PEV), disse o seguinte: “é para dizer ao Sr. Presidente da

Câmara, que nem todas as suspensões do PDM correram mal, aquela da Ponte do

Galante até correu bem. O Sr. Presidente não me respondeu certamente por lapso,

que era se a verba relativamente à regularização extraordinária do Estado, se

conta ou não para o endividamento da Câmara.------------------------------------

Em relação à água, nós fomos informados aqui à tempo pela Mesa da Assembleia

Municipal, de que teria havido uma acção inspectiva às Águas da Figueira e

gostaríamos de saber se já há resultados dessa acção ou não.”-------------------

PRESIDENTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “dividas a fornecedores não contam para

o endividamento.----------------------------------------------------------------

Sr. deputado Rui Carvalheiro, as coisas estão publicadas, sabe-se o que é que se

faz ou o que é que se tem que fazer. Depois isto passa pelas contas e portanto

já que o Sr. está tão preocupado, são as contas vinte e dois, duzentos e

cinquenta e dois, duzentos e sessenta e um, duzentos e sessenta e cinco,

duzentos e sessenta e seis e duzentos e sessenta e sete do POCAL. Mais ainda,

agora depois que subtrair alguns valores das contas trinta e um, sessenta e

dois, quarenta e dois, quatrocentos e quarenta e dois, quatrocentos e quarenta e

cinco e quarenta e cinco do POCAL. Está perfeitamente tudo definido, nós não

vamos meter aqui nenhuma conta, eu não vou meter aqui nenhum almoço nem nenhum

investimento que vou fazer e que são contas vencidas. O Sr. com certeza, ainda

por cima como bom funcionário da Administração Pública, tem confiança na

Direcção-Geral do Tesouro, que não vai dar “dinheiro”, porque não dá, não vai

pelo menos pôr dinheiro à disposição, sem controlar quais são os destinos deste

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dinheiro e como é que eles são aplicados. Nesse aspecto, aliás como em tudo, nas

contas municipais temos o controle do Tribunal de Contas, desta própria

Assembleia portanto aí acho que pode estar descansado.--------------------------

Agora claro que eu estou, primeiro nós não fazemos pressão sobre ninguém, não

fazemos pressão nenhuma nem nunca fizemos pressão sobre a REFER, só que a

INVESFER é que nos veio convidar para este projecto, não fomos nós, não fui eu

que me lembrei, olha vou falar com a INVESFER para a gente fazer uma estação de

camionagem, eles é que vieram ter connosco, porque era uma altura em que o Sr.

deve saber, que criaram uma empresa a REFER, que se chama INVESFER, para no

fundo dar um destino comercial às estações, seja estações em estacionamento, ou

estações já desactivadas e dentro desse programa olharam para a Figueira da Foz

e contactaram-nos no sentido de ver do nosso interesse em desenvolver um

projecto em conjunto, que passava na transformação da propriedade deles na

estação, para criar outro tipo de actividades, designadamente um centro

multimodal de transportes e foi nesse sentido que assinámos um protocolo. Eu

tenho um protocolo assinado que dizia o que é se fazia, o que é que eles

disponibilizavam e o que é que nós tínhamos que fazer e era um protocolo válido

por cinco anos, porque a partir do terminus desse protocolo, estava

perspectivado que arrancariam já as obras definitivas para essa central. A

INVESFER entretanto mudou e congelou vários desses projectos que tinha em curso,

avançou e completou o projecto que tinha em Viana do Castelo e o de Aveiro, são

os dois que eu conheço, mas os outros estão em compasso de espera. A REFER

continua a dizer que tem interesse em desenvolver na Figueira da Foz um centro

multimodal, agora não tem é neste momento a capacidade de se comprometer com

programa para esse efeito.------------------------------------------------------

De qualquer forma, não me parece que as instalações sejam assim tão fracas como

o Sr. diz e além disso continuo a considerar que ter um terminal de camionagem

junto do terminal ferroviário, é a solução correcta. É evidente que eu não sou

especialista em transportes, o Sr. é que é, mas eu julgo que é aquilo que eu

vejo na maior parte das cidades ditas europeias. Agora que não correu nos prazos

que a gente pretendia, não correu.----------------------------------------------

A questão da piscina, eu já não me recordo se quando foi inaugurada a piscina se

havia a intenção, porque de facto havia um projecto nas conversações que foram

feitas pelo executivo Municipal que me antecedeu e a Figueira Praia que era a

proprietária da piscina e havia já um projecto para uma talassoterapia, também

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Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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para algum aproveitamento hoteleiro. Depois foi modificado mas que nunca foi

completado e por isso é que estão no meu entender em falta os actuais

concessionários. Não somos de opinião que a piscina-mar tenha as características

para ser uma piscina dita Municipal, porque tinha que ter outras condições,

tinha que ser coberta. Nós entendemos que a piscina-mar é uma piscina

essencialmente turística até pela localização que tem. Temos duas piscinas

municipais, uma na zona sul e outra na zona norte, para além das outras cinco

que temos em várias freguesias do concelho. Se calhar somos dos concelhos que

tem mais piscinas por metro quadrado ou por habitante, mas aqui o que tem sido

utilizado ou que espera que possa ter alguma utilização desse género, será a

futura piscina do Ginásio. Recordo que em Viseu, as piscinas que são ditas

municipais, foram construídas por um particular e são exploradas para o

município por um particular.”---------------------------------------------------

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “a auditoria da Inspecção Geral de

Finanças ao município da Figueira da Foz e à empresa Águas da Figueira S.A, teve

o seu inicio a 22 de Outubro e continua neste momento em curso.”----------------

RUI CARVALHEIRO (PS), acrescentou o seguinte: “quanto à minha duvida ela era de

boa fé e parece-me que a resposta nomeadamente com os números avulso que me deu,

não foi assim tão de boa fé quanto isso. Logicamente, com os números eu não

identifico e a minha duvida é de boa fé, exactamente porque eu tenho a resolução

do Conselho de Ministros à frente e no número um fala no programa, dizendo que

visa garantir os pagamentos a credores privados das dividas vencidas, no número

oito diz criar uma segunda fase de candidaturas de acesso à linha de

financiamento de médio e longo prazo, a conceder aos municípios para pagamento

das dividas a fornecedores que se desenvolve nos termos da lei. Era esta a minha

duvida, se este programa dos onze milhões tem a ver com o número um ou tem a ver

com o número oito e é colocada de boa fé e era só essa a resposta que eu

pretendia e não os números avulso que me deu, que logicamente poderei e dar-me-

ei ao trabalho de verificar posteriormente, mas de momento não me esclarece

absolutamente nada.-------------------------------------------------------------

Quanto à piscina impõe-se a pergunta, ela vai funcionar este verão? Será que

mesmo no verão os figueirenses não têm direito a aceder àquele espaço onde a

Câmara investiu tanto dinheiro? Será que as características que evocou aí com

alguma hesitação, impedem os figueirenses de um modo geral, de frequentar aquele

espaço são assim tão gravosas, o que é que impede realmente, será que o turismo

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sai prejudicado se o comum dos figueirenses frequentar aquele espaço? São

perguntas que realmente a sua resposta não me convence e eu deixo no ar para

resposta futura.”---------------------------------------------------------------

PRESIDENTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “as dividas são as dividas vencidas. E

peço desculpa eu acho que já tinha dito.----------------------------------------

É evidente que os figueirenses até devem usar, é pena é não usarem mais a

piscina. Quando eu falo em piscina Municipal, se o Sr. entende como piscina

Municipal ser propriedade do município, se é só isso que isso quer dizer para si

uma piscina Municipal, então por exemplo a piscina de Quiaios é uma piscina

Municipal. Para mim uma piscina Municipal é uma piscina coberta aquecida para se

ter aulas, formação, é uma piscina como é a das Alhadas ou do Paião, pode ser é

muito maior ou mais pequena, mas quer dizer é uma piscina desse género e é só

nesse sentido Sr. deputado. Com certeza quem nos dera a nós que todos

utilizassem a piscina. Num dos projectos havia a intenção de ter uma cobertura

amovível, justamente para dar um maior período de utilização. É um tipo de

equipamento pela sua localização, que deve e pode ser aproveitado com todas as

valências para essencialmente ser uma exploração turística.---------------------

Sobre os problemas sociais sobre o que se vai fazer, eu não respondi mais porque

é justamente nisso que estamos a trabalhar e enquanto não tivermos as coisas

mais trabalhadas, não tenho respostas para lhe dar.”----------------------------

2.2 – REVISÃO DO REGULAMENTO PARA A CEDÊNCIA DE LOTES DE TERRENO DO

DESIGNADO PARQUE INDUSTRIAL DA FIGUEIRA DA FOZ

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião

de Câmara de 19 de Janeiro de 2009.---------------------------------------------

NELSON FERNANDES (PCP-PEV), interveio dizendo: “este regulamento vem no fundo

resolver o problema que já veio aqui antes por duas vezes, relativamente à Resin

e destina-se a um caso particular e a alargar as facilidades do não cumprimento

das normas do regulamento anterior, a todas no futuro e nós não estamos muito de

acordo com isto. Pensamos e dissemo-lo aqui na discussão relativamente à United

Resin, que aquilo que é dos bancos, compete aos bancos, aquilo que compete às

empresas compete às empresas, aquilo que compete à Câmara compete à Câmara e por

isso pensamos que este regulamento não devia ser aprovado.----------------------

Independentemente disso, o próprio regulamento em si é um bocado contraditório:

por exemplo no artº 15º, diz que na cedência dos lotes, é da responsabilidade do

adquirente todo o investimento necessário ao projecto, o nº 6 diz que o valor da

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Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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transmissão terá que ser liquidado até à celebração da escritura publica no caso

de cedência em propriedade plena, sendo por conta dos adquirentes todos os

encargos decorrentes das cedência de lotes individuais incluindo emolumentos,

custas e impostos e naturalmente que o financiamento e as condições de venda

também são da responsabilidade dos adquirentes.---------------------------------

A Câmara cria com o artº 19º, um conjunto de situações excepcionais, que lhe

permite alterar tudo aquilo que o regulamento diz, nomeadamente os prazos para

as condições de pagamento e substituir os ónus de reversão etc.. Por outro lado,

penso que neste artº 19º, o ponto c), prorrogação do prazo para inicio da

actividade é contraditório com o número 6 do artº 16º, porque este número 6 do

artº 16º diz que o inicio de laboração da actividade da empresa, terá

imperativamente lugar no prazo máximo de três anos, contados da data da

celebração de escritura, incluindo prorrogações. Esta alínea c), diz que a

Câmara pode prorrogar ou tem a possibilidade de prorrogar o prazo para inicio da

actividade. Com a documentação que nos foi fornecida, nós não temos noticia de

que mais nenhuma empresa tenha levantado os problemas que a United Resin

levantou e não vemos nenhuma necessidade de que a Câmara se substitua aos

bancos, no sentido de proporcionar aos adquirentes dos terrenos da Zona

Industrial, condições que só os bancos devem fornecer.”-------------------------

PRESIDENTE DA CÂMARA, disse o seguinte: “há que ter em atenção que nós estamos

numa actividade empresarial e por isso é uma actividade concorrencial e até

muitas vezes temos sido acusados de não dar condições vantajosas para a

instalação de empresas neste Parque Industrial. Isto ainda por cima agora,

agrava-se com a actual situação, em que há dificuldades financeiras e de outro

tipo ou maiores exigências para a contratação de financiamento. Por isso, nós

temos que ter mais flexidade para as respostas a dar, porque somos um organismo

publico que tem a rigidez que têm os organismos públicos, mas estamos a

trabalhar numa actividade empresarial e temos de procurar na medida do possível

conjugar estas duas situações.--------------------------------------------------

Isto são aqui situações excepcionais e eu recordo que estas alterações ao

regulamento, de certo modo são no seguimento de nós termos vindo aqui a

apresentar por diversas vezes excepções ao regulamento e foi-nos até pedido por

uma das bancadas aqui desta Assembleia que sim senhora, compreendiam e aprovavam

a decisão da Câmara, que de uma vez por todas fossemos mais longe e

introduzíssemos um regulamento que não fosse preciso estar sempre a pôr aqui

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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excepções. Até me lembro muito bem do Sr. deputado que apresentou esta proposta

e foi isso que aconteceu, para além obviamente de actualização e um melhoramento

geral dos termos de apresentação do regulamento. Não foi só a United Resins,

tivemos agora ainda recentemente uma empresa que foi das primeiras empresas a

funcionar, já quando a gestão do parque voltou para a Câmara e que também tinha

necessidade de contratar um empréstimo e tal como estava o regulamento, o banco

não lho concedia, porque nenhuma situação pode ser aprovada, ou melhor posta em

prática, sem ser com a aprovação da Câmara. De qualquer forma, temos sempre a

Câmara a decidir sobre uma proposta que seja para uma situação destas do artigo

19º e por isso, acho que é para ser mais expedito, porque enquanto que a Câmara

se reúne pelo menos duas vezes por mês, a Assembleia reúne-se não sei se é seis

vezes se é cinco por ano, o que pode dificultar uma operação, como foi agora o

ultimo caso mais recente, que se se estivesse à espera da Assembleia, a empresa

perdia as condições de financiamento, não quer dizer que perdesse o

financiamento, mas depois já tinha que renegociar, o que seria mais gravoso para

a empresa e possivelmente não tinha interesse ou viabilidade.-------------------

Uma vez que estamos no mercado empresarial concorrencial, nós temos que ter

minimamente uma resposta mais adequada e por isso é que apresentámos este

regulamento, mas o que eu acho que está inteiramente defendido é que a Câmara é

que decide.”--------------------------------------------------------------------

NELSON FERNANDES (PCP-PEV), disse o seguinte: “é só para dizer que o conjunto de

acusações a que o Sr. Presidente se referiu, sobre o facto da Câmara não dar

condições vantajosas, não partiu da nossa bancada, porque nós de facto não

dissemos nada disso.------------------------------------------------------------

O que está a acontecer na nossa opinião com este regulamento, é que a Câmara se

está a desarmar, face aos adquirentes que não venham a cumprir com o

regulamento.--------------------------------------------------------------------

Quanto ao número, eu recordo-me de duas situações e eram da mesma empresa, a

United Resins, não me recordo de mais, mas naturalmente que a partir do momento

em que se abre uma excepção, aí nós abrimos aqui um “dique” que depois há-de ter

de facto uma boa corrente. É só isso.”------------------------------------------

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “não havendo mais intervenções sobre

o ponto passava de imediato à votação.”-----------------------------------------

A Assembleia Municipal, deliberou, por maioria com vinte e oito votos a favor

(17 do PPD/PSD, 10 do PS e 1 do Membro Independente), com dois votos contra do

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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PCP-PEV e com duas abstenções (1 do PS e 1 do Membro Independente), aprovar o

Regulamento para a Cedência de Lotes de Terreno do designado Parque Industrial

da Figueira da Foz.-------------------------------------------------------------

2.3 – PROCESSO N.º 378/05 – IRMÃOS NORINHO, LDA – ALHADAS – PEDIDO DE

CERTIDÃO DE INTERESSE PÚBLICO

Foi presente o processo mencionado em epígrafe, o qual foi aprovado em reunião

de Câmara de 2 de Fevereiro de 2009.--------------------------------------------

NELSON FERNANDES (PCP-PEV), interveio dizendo: “nós andamos a reclamar aqui há

muitos anos, que sobretudo ao nível das freguesias, deveria haver alterações do

Plano Director Municipal, no sentido de se poder construir e considerou-se

sempre impossível que isso pudesse acontecer. Até hoje não acontece, este

processo mostra que afinal pode-se construir, depende sempre dos caminhos e das

voltas que se derem para se poderem fazer as coisas. Isto que aqui está, é no

fundo uma alteração do Plano Director Municipal e não é apresentado como isso.--

Confesso que não percebo, como é que vamos dar certidão de interesse publico à

construção, ou à ampliação de um armazém de venda de produtos alimentares. Se

isto para a Câmara onde até votaram por unanimidade está bem fundamentado, eu

não sei quantos é que não vão ter daqui para o futuro, porque eu vou guardar

isto religiosamente e quando alguém de Lavos, de Maiorca, de Marinha das Ondas,

ou de Santana me perguntar como é que pode construir, tem que ler isto e então

já sabe.”-----------------------------------------------------------------------

PRESIDENTE DA CÂMARA, interveio dizendo: “não se trata de uma construção, está

tudo no PDM, o que é que se pode e o que é não se pode fazer.-------------------

Trata-se de uma instalação de transformação frigorifica e como tal está ligada à

actividade agrícola e pode desde que autorizada, ter uma expansão até quinhentos

metros quadrados, mas é preciso que possa ser reconhecido o interesse publico

pela autarquia, para que isso possa ser feito. É uma situação que está prevista,

isto não pode ser para uma utilização particular, tem que haver uma justificação

que se entenda que vale a pena deixar fazer isto. Para instruir este processo de

desafectação da reserva agrícola, é preciso que haja por parte da autarquia o

reconhecimento do interesse publico e agora compete ao Ministério da

Agricultura, analisar se considera se é de aceitar ou não este pedido da Câmara

face à argumentação que nós temos.----------------------------------------------

Aquilo que é feito está perfeitamente de acordo com o regulamento do Plano

Director Municipal, que nos seus artigos que estão juntos da proposta do

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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requerimento feito pelo preponente, tem lá a regulamentação do PDM em vigor que

permite isto.-------------------------------------------------------------------

A Câmara acha que é de interesse publico neste caso, porque cria postos de

trabalho, porque o pedido é apresentado directamente pelo preponente e agora

compete à entidade agrícola deferir ou indeferir.”------------------------------

JOÃO PAULO (INDEPENDENTE), disse o seguinte: “Sr. Presidente da Câmara, gostava

que o Sr. salientasse concretamente quais são as razões que levam a atribuir

interesse publico a este tipo de projecto.”-------------------------------------

PRESIDENTE DA CÂMARA, respondeu dizendo: “está aqui dito na deliberação de

Câmara, tendo em consideração que a requerente pretende a manutenção dos postos

de trabalho actualmente existentes, os sócios e mais três empregados, bem como a

criação de nove postos de trabalho num certo prazo e o escoamento de produtos da

região, o Chefe da Divisão com competências subdelegadas, concordou com a

informação técnica remetendo o pedido à consideração superior, tendo em conta a

informação nelas constantes e isto foi atendido e aprovado pela Câmara

Municipal, está cá a informação técnica.”---------------------------------------

JOÃO PAULO (INDEPENDENTE), questionou o seguinte: “os postos de trabalho são

temporários, são permanentes qual foi o critério que levou efectivamente a essa

decisão?”-----------------------------------------------------------------------

PRESIDENTE DA CÂMARA, referiu o seguinte: “nós entendemos que são permanentes,

isto é, pretende-se fazer uma expansão e nós temos de ter confiança, aliás isto

é uma empresa que já trabalha na Figueira da Foz.”------------------------------

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, não havendo mais intervenções colocou o ponto à

votação.------------------------------------------------------------------------

A Assembleia Municipal, deliberou por maioria, com vinte e oito votos a favor

(17 do PPD/PSD, 10 do PS e 1 do Membro Independente) e com três abstenções (2 do

PCP-PEV e 1 do Membro Independente), aprovar o reconhecimento de interesse

público para a ampliação das instalações da empresa Irmãos Norinho, Lda.,

atendendo ao disposto na alínea d) do artigo 9º, do Decreto-Lei n.º 169/89, de

14 de Junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 274/92, de 12

de Dezembro.--------------------------------------------------------------------

3 – PERÍODO DA INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “estão inscritos dois munícipes e

como é regulamentar, cada um tem cinco minutos para fazer a sua intervenção.”---

MUNÍCIPE, VITAL CASIMIRO, interveio para ler um texto sobre questões

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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relacionadas com as Águas da Figueira e seus serviços, documento que se dá por

integralmente reproduzido constituindo o anexo número quatro à presente acta.---

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, disse o seguinte: “muito obrigado pela sua

intervenção, nós vamos tomar, pedia ao Sr. David Pereira Carvalho para fazer a

sua intervenção.”---------------------------------------------------------------

MUNÍCIPE, DAVID CARVALHO, interveio dizendo: “como membro da comissão ADOC de

Santo Amaro da Boiça, venho referir algumas das verdades que nos assistem e

derrotando as mentiras que sobre nós estão caindo e que as querem fazer

prevalecer, porque a mentira permanece e as nossas verdades não servem de nada,

porque têm um compromisso de honra de palavra e de vergonha para quem a tem, se

quem foi a Stº da Boiça em 1995 mandar-nos ligar os nossos ramais prediais no

prazo de 180 dias que nada pagariam mas que pagariam sim aqueles que não

ligassem nessa data, ou então novas obras que se fizessem estariam sujeitas à

taxa que na altura estivesse em vigor.------------------------------------------

No entanto as pessoas esqueceram-se que nós temos boa memória, eu então graças a

Deus não é preciso escrever, há uma coisa é que fizeram da gente mentirosos,

caloteiros, tudo o que está escrito nos papéis e há então uma que está

sublinhada num documento feito pela Câmara Municipal de que o 1995 esqueceu, não

esqueceu, está em vigor, para a gente está sempre em vigor, ameaçam-nos com

questões judiciais, pois já respondemos a isso tudo apelando até e pedindo que

vamos realmente para o Tribunal, para que esta pouca vergonha acabe, porque não

há direito de uma coisa destas, será que no tempo do Sr. Aguiar de Carvalho esse

homem era algum bandido? Não era, era uma pessoa de bem, os senhores que foram

fazer a entrega eram pessoas de bem encarregues de irem fazer uma entrega de uma

obra que tinha acabado de ser feita.--------------------------------------------

Passados quatro anos há a ETAR, a ETAR está a funcionar num terreno que era

nosso, do povo de Santo Amaro, isto aqui é que a Câmara deve de ir buscar este

dinheiro já que não sabem eu explico-vos e lembro-vos, eu estou a avivar a

memória das pessoas, compraram então um terreno ao Sr. José Gonçalves para fazer

a ETAR, o dito terreno manifestou-se incompetente para o efeito, o que é que

acontece? O Sr. Fernando Filipe com o Sr. Presidente da Junta, propuseram o

terreno aonde está agora a ETAR a trabalhar que era o referido terreno que era

da população de Santo Amaro. Como era pequeno foi o Sr. Fernando Filipe e o Sr.

Joaquim de Zorro Simplício antigos empregados da Quinta de Foja e de grande

reputação, perante os directores da quinta e foram-lhe pedir mais uma parcela de

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Acta nº 1 da Sessão Ordinária de 19-02-2009

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terreno pegada com a que já lá estava. Com autorização dos donos da quinta

cedemos o terreno o qual foi entregue para fazer a referida ETAR. Quando foi a

inauguração da ETAR passado pouco tempo, eu não fui a essa reunião mas tenho

provas por escrito, no entanto começaram a dizer porque não emitiram qualquer

papel nem qualquer factura que iam pagar cerca de quarenta contos pronto, mas é

claro era a Junta de Freguesia que ia começar a fazer as listas, era a Junta de

Freguesia que tinha portanto por incumbência de fazer listas das pessoas que

fossem pagar, mas é claro pagar mas era preciso um papel, era preciso uma

factura, isso não existiu, essas listas ainda estão feitas mas nunca foram

elaboradas e nem nunca foram para pagamento. No entanto aquilo assim ficou,

ficou apagado.------------------------------------------------------------------

Agora em Dezembro de 2007 vêm então as referidas cartas a meter medo às pessoas,

muitos até foram pagar com medo, não é? Eu não tenho medo que ninguém me prenda

porque eu não cometi erro, nem erro nem delito a ninguém, estou a dizer

verdades, no entanto o que é que agora acontece? Vamos pagar? Não pagamos só em

tribunal. Pronto é esta a nossa decisão, a nossa decisão é tribunal.”-----------

A Assembleia Municipal, deliberou por unanimidade, aprovar a acta em minuta.----

E não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente da Assembleia

Municipal declarada encerrada a sessão eram dezoito horas e quarenta e cinco

minutos, da qual, para constar, se lavrou a presente acta, que será previamente

distribuída a todos os membros da Assembleia Municipal para posterior aprovação

e que vai ser assinada pelo Presidente e pelo Secretário, nos termos da Lei.----