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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES DE ARTES ASPECTOS IDEOLÓGICOS NA MÍDIA

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Análise da Campanha da Fraternidade de 2011 como campanha ideológica. A escolha temática não foi boa, pois é uma campanha de cunho interno da Igreja, o que permite que a mesma use tais elementos citados; mas que obteve boa nota por detalhamento de análise. (8,5)

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE COMUNICAÇÕES DE ARTES

ASPECTOS IDEOLÓGICOS NA MÍDIA

SÃO PAULO2011

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE COMUNICAÇÕES DE ARTES

Débora Smid Rozão

ASPECTOS IDEOLÓGICOS NA MÍDIA

Trabalho da disciplina de Propaganda Ideológica, curso de Publicidade e Propaganda, Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo.

Professor Doutor Leandro Leonardo Batista

SÃO PAULO2011

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A IGREJA CATÓLICA NO BRASIL E A CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Introdução

Se a abordagem é a ideologia contida em determinadas campanhas, o modo como a

mesma veicula a ideia que prega e seus efeitos sobre o público-alvo, uma pauta indiscutível

para exemplificação são as campanhas de cunho religioso.

Mas antes de qualquer comentário acerca de aspectos ideológicos contidos em

determinadas campanhas, é necessário primeiro delimitar os caminhos a serem permeados

pela argumentação, assim deve-se ter primordialmente uma definição mesmo que compacta

do que vem a ser essa ideologia estudada.

O que é ideologia

Ideologia, segundo a linha de raciocínio de Bakhtin (1981), é algo que se instaura no

ambiente social através da práxis e passa a refletir-se e refratar-se através de determinados

signos. Desse modo, todo e qualquer sistema que vigore entre um grupo de indivíduos através

de convenções sociais, tal qual o sistema monetário ou o sistema moral, tem por base alguma

ideologia. A própria palavra, embora seja considerada signo neutro (BAKHTIN, 1981), por

funcionar como “elemento essencial que acompanha toda criação ideológica, seja ela qual

for” (idem), dependendo do contexto e a forma em que for utilizada, é carregada de ideologia,

como refletem Baccega e Citelli (1999) em seu artigo sobre o uso dos termos “invasão” ou

“ocupação” para referência aos Sem-Terra pelos jornais.

Abstrai-se daí outro aspecto importante que deve ser considerado neste estudo: a ideia

a ser transmitida pelo material ideológico é percebida de maneira diferente por cada

indivíduo, pois o mesmo irá recebê-la e interpretá-la com base em seu material ideológico

anterior, como a educação que recebeu, a cultura em que foi criado, a crença que lhe foi

pregada, o sistema linguístico que incorporou para comunicar-se, entre outros tantos aspectos

que podem influir. Por isso a ideologia nazista, embora parecesse tão absurda para alguns,

fora tão facilmente aderida por tantos alemães: a crise da Alemanha após a Primeira Guerra e

o aviltamento da nação alemã facilitaram a aceitação dos conteúdos argumentativos utilizados

nas campanhas por Hitler.

Ideologia, portanto, pode ser tudo aquilo que se refere desde a adoção de determinadas

ideias até a tomada de certas atitudes, conquanto seja algo aceito por um considerável grupo

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de indivíduos. Desse modo, depreende-se também que as ideologias são elementos

constituintes daquilo a que se chamam “fatos sociais”, ou seja, “maneiras de agir, de pensar e

de sentir, exteriores ao indivíduo, e que são dotadas de um poder de coerção em virtude do

qual esses fatos se impõem a ele” (DURKHEIM, 2007), ou seja, podem fazer-se até mesmo

imperceptíveis para o indivíduo desde que esse não as contrarie, senão exercerão certa pressão

sobre o mesmo. É o caso da religião, por exemplo, independente das crenças às quais é ligada.

A religião e sua força

O discurso religioso por sempre ser baseado e parafrasear conceitos pré-formados –

como versículos da Bíblia, no Catolicismo, ou do Corão, no Islamismo – é caracteristicamente

autoritário, já que o receptor possui “pouca ou nenhuma capacidade de interferir e modificar o

que está sendo dito” (CITELLI, 2000), e torna-se simplesmente indiscutível para aqueles

tementes à crença ali pregada, já que para eles a palavra dita vem de um Ser superior, como

Deus, e não pode ser contestada.

Graças a sua força e coerção proporcionada pelo temor à palavra divina por parte dos

fieis, a religião, durante muito tempo, foi elemento indissociável da política e da cultura:

desde a Grécia, em que tudo era voltado ao Olimpo e aos seus deuses; passando pela Idade

Média, em que a Igreja detinha poder sobre a educação e mesmo sobre a monarquia, privando

aos indivíduos sua escolha de crenças e impondo-lhes uma única opção; e ainda hoje em

alguns países, como os árabes, em que constitui-se a base da sociedade, da política, da

educação e de todos os costumes.

No Brasil atual, embora cada indivíduo seja livre para optar pela religião de seu

agrado, a religião Católica mostra-se ainda a mais forte, sendo o mesmo considerado o país

com maior número de católicos do mundo.

Brasil católico

Mesmo tendo perdido forças devido à segmentação religiosa no país no passar dos

anos, a religião Católica mostra-se ainda muito forte e tem muita influência sobre o povo

brasileiro. O país por inteiro reflete as heranças dos Jesuítas vindos junto aos portugueses

durante sua colonização: são nomes de cidades, estados, lugares, ruas, instituições,

festividades e monumentos. Não é por acaso que a maior cidade do país traz o nome de São

Paulo e o cartão postal do mesmo é o Cristo Redentor. Até mesmo os que não se dizem

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crentes à religião católica sofrem sua influência, como quando em uma hora de espanto

deixam escapar a expressão “Nossa Senhora!” ou apenas um “Nossa!”, que remete ao mesmo.

E é exatamente por essa força perante a nação que se faz possível o lançamento de

uma campanha nacional todos os anos durante o período da Quaresma, cujo nome é

Campanha da Fraternidade e o objetivo é mobilizar milhões de brasileiros em prol de alguma

ideologia específica, sendo esta mesma embasada também na ideologia Cristã.

Campanha da Fraternidade

Essas campanhas sempre adotam lemas baseados em citações bíblicas, como se se

apoiassem nas mesmas para fazer garantida sua aceitação pelos fieis, e constam de uma

pluralidade de veículos e meios para sua divulgação como spots de rádio, comerciais

televisivos, cartazes, banners e livros, e também hinos de louvor e orações correspondentes a

cada tema específico, que serão cantados e proclamados durante todo o período de campanha

em paróquias de norte a sul do país.

O órgão responsável pela eleição do tema anual, elaboração e distribuição de todo o

material relacionado, é a CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), em que se

encontram as maiores autoridades nacionais relativas à Igreja Católica, e parte dos materiais,

como o cartaz e o hino das campanhas, são produtos de um concurso nacional lançado pela

mesma organização e aberto ao público.

A temática das campanhas é muito variada e já se direcionou para assuntos universais

tais quais a preservação da água, contra o aborto e a eutanásia, a favor do respeito para com as

pessoas deficientes; assuntos mais ligados a ideais do Cristianismo em si, como solidariedade

e paz, ser missionário da igreja; e por vezes o tema até mesmo permitiu que a campanha se

fizesse ecumênica, aderindo-a outras religiões, como aconteceu em 2010, em que o lema

adotado era “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (CNBB, 2010), inspirado no

versículo 24 do sexto capítulo do livro de Mateus na Bíblia Católica.

Campanha da fraternidade 2011: análise temática e ideológica

A Campanha da Fraternidade do ano de 2011 apresenta como tema “Fraternidade e a

Vida no Planeta” (CNBB, 2011), inspirado em seu lema “A criação geme em dores de parto”

(idem), do livro bíblico Romanos. Segundo cita a introdução do livro referente à campanha,

seu objetivo é

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“contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade

sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-los a

participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as

condições de vida no planeta.” (ibidem)

Temática bem metaforizada no cartaz ostentado pela campanha em que se vê no

segundo plano a imagem de uma indústria infestando o ar com fumaça, aspecto reforçado no

hino no trecho que diz que “gases disseminam morte”, e cercada por um rio em tons de

marrom, ou, ainda de acordo com o hino, “rios que agonizam tristes”, ambos símbolos

representantes da poluição; isso em contraste com, em primeiro plano, uma árvore nascendo

por sobre o concreto, referência ao lema, sendo o fruto da Mãe-Terra a figura do broto de

árvore e as dores de parto a dureza e frieza do concreto.

Como o objetivo geral da campanha é a mudança de atitude relacionada ao que a

mesma expõe, vemos o raciocínio do cartaz e do hino também na oração, porém de maneira

antagonista, fazendo com que os fieis ao proclamarem-na assumam o compromisso de

mudança, como podemos interpretar no trecho “que nesta quaresma nos convertamos e

vejamos que a criação geme em dores de parto, para que possa renascer segundo o vosso

plano de amor, por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes” (CNBB, 2011).

A partir do último excerto pode-se analisar mais detalhadamente os aspectos

ideológicos não apenas da campanha, mas da religião em si, pois, como vê-se, o discurso,

embora seja pré-formado, encontra-se em primeira pessoa do plural, o que induz o indivíduo a

proclamá-lo não somente como se o assumisse como sua própria opinião, mas ao mesmo

tempo fizesse parte de um conjunto maior: o “nós”, a comunidade; preceito pelo qual pode-se

entender que todos estão de acordo com a ideologia presente no discurso, aspecto que

fortalece o mesmo e suprime o “eu”individual. Outro ponto importante a ser notado é a

presença de outro Ser durante o discurso, representado pela segunda pessoa do plural, e ao

qual o indivíduo se submete, como no trecho “pecadores que somos, não respeitamos a vossa

obra” (idem), ou seja, Deus, que norteia todas as ideologias que possam ser ali identificadas.

E como suporte para a verificação dos discursos ainda são notáveis os parafraseios, como a

aparição de outras duas passagens bíblicas, uma ligada ao livro do Gênesis e outra ligada ao

segundo livro de Pedro, durante o hino; hábito comum em discursos religiosos, como dito

anteriormente.

E não há na campanha apenas elementos ligados à ideologia Cristã como também

signos defendidos por diversas instituições pelo mundo. O tema voltado ao cuidado com a

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natureza têm-se feito um dos mais presentes em pautas de discussões nos últimos anos, não

apenas em instituições, como em Governos, companhias de produtos diversos, congressos

científicos: após a divulgação do Aquecimento Global e dos danos ocasionados pelo Efeito

Estufa, é frequente a dúvida sobre como agir para que a situação do mundo melhore, já que as

consequências de tanta interferência humana na natureza se fazem cada vez mais presentes,

como nas mudanças climáticas repentinas, devastação por ondas gigantes, furacões e

terremotos em diversas regiões do Globo.

Assim, pode-se reunir então um conjunto característico de elementos ideológicos,

como o uso de símbolos, o parafraseio, a aproveitamento do cenário mundial, o apelo à

crença, e a repetição, pois todas as mídias utilizam-se da mesma argumentação e elementos

para divulgar a campanha, o que faz com que uma reforce a outra.

Não há como obter números exatos sobre a abrangência real de tal campanha, porém

se se considerar que todas as Igrejas Católicas brasileiras, ligadas a uma diocese qualquer, e

que são consequentemente ligadas à CNBB, divulgam obrigatoriamente pelo menos parte do

material difundido pela mesma, cantam seu hino e rezam sua oração durante pelo menos

quarenta dias, fora as vigílias realizadas pelos fieis de acordo com o material do livro

temático, os cartazes colados nas residências, e demais indivíduos que mesmo desligados

dessa religião são atingidos pelos comerciais em rádio e TV, ter-se-á no mínimo noção de que

há um grande número de receptores.

Em uma pesquisa do grupo de palavras “Campanha da Fraternidade 2011” no website

Google, os resultados aproximaram-se de 580 mil no dia 27 de abril de 2011, além de

haverem também comentários de outros países a respeito da campanha brasileira; e ao se

acessar o site oficial da CNBB, encontra-se uma série de notícias ligadas à sua campanha,

como quando alguns políticos engajados a citam durante sessões no Senado ou na Câmara,

sobre movimentos em prol da campanha realizados por paróquias ou grupos de oração, entre

outros.

Após o final da quaresma, no entanto, embora ainda se lembre do tema, guarde-se suas

músicas e orações em mente, já é lançada a proposta para o ano seguinte, dando vida a um

processo contínuo de disseminação de ideias com fundamentos em preceitos cristãos, que se

faz durante a quaresma mas fica presente no ambiente religioso durante o ano todo para ser

trabalhado e interiorizado por milhões de brasileiros.

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REFERÊNCIAS

1. BIBLIOGRÁFICAS

BACCEGA, M. A. & CITELLI, A. Retórica da manipulação: os sem-terra nos jornais. In: Comunicação e Artes. São Paulo, (20) 23-29. abril 1999.

BAKHTIN, M.M. O Marxismo e a filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.

CITELLI, A. Estudos enunciativos do Brasil. São Paulo: Ática, 2000.

DURKHEIM, E. Fato social e divisão do trabalho. São Paulo: Ática, 2007.

2. INTERNET

CNBB. Notícias sobre a Campanha da Franternidade. Acesso em 27 de abril de 2011.

<http://www.cnbb.org.br/site/campanhas/fraternidade?start=18>

Comercial da Campanha da Fraternidade 2011: Fraternidade e a Vida do Planeta.

Acesso em 27 de abril de 2011.

<http://www.youtube.com/watch?v=Wm6b1nV0pvo>

CNBB. Hino da CF 2011. Acesso em: 27 de abril de 2011.

<http://www.youtube.com/watch?v=Bm_mzNtb1fs>

CNBB. Cartaz da Campanha da Fraternidade 2011. Acesso em 27 de abril de 2011.

<http://www.cnbb.org.br/site/component/docman/doc_download/1208-cartaz-da-cf-2011>

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ANEXOS

1. TEXTO-BASE DO LIVRO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

Para a Campanha da Fraternidade 2011, a Igreja no Brasil propõe, como Objetivo Geral:

contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a

gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá -los a participar dos

debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.

Para atingir este objetivo, são propostos os seguintes objetivos específicos:

Viabilizar meios para a formação da consciência ambiental em relação ao problema do

aquecimento global e identificar responsabilidades e implicações éticas;

Promover a discussão sobre os problemas ambientais com foco no aquecimento global;

Mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento

global e articular a realidade local e regional com o contexto nacional e planetário;

Trocar experiências e propor caminhos para a superação dos problemas ambientais

relacionados ao aquecimento global.

Serão adotadas as seguintes estratégias:

Mobilizar pessoas, comunidades, Igrejas, religiões e sociedade para assumirem o

protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas

socioambientais decorrentes do aquecimento.

Propor atitudes,comportamentos e práticas fundamentados em valores que tenham a vida

como referência no relacionamento com o meio ambiente;

Denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas

ambientais decorrentes do aquecimento global.

2. ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011 CNBB

Senhor Deus, nosso Pai e Criador.

A beleza do universo revela a vossa grandeza,

A sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas,

E o eterno amor que tendes por todos nós.

Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,

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E o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.

A beleza está sendo mudada em devastação,

E a morte mostra a sua presença no nosso planeta.

Que nesta quaresma nos convertamos

E vejamos que a criação geme em dores de parto,

Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor,

Por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.

E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,

Também nós, movidos pelos princípios do Evangelho,

Possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor,

O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.

Amém.

3. HINO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

Olha, meu povo, este planeta terra:

Das criaturas todas, a mais linda!

Eu a plasmei com todo amor materno,

Pra ser um berço de aconchego e vida. (Gn 1)

Nossa mãe terra, Senhor,

Geme de dor noite e dia.

Será de parto essa dor?

Ou simplesmente agonia?!

Vai depender só de nós!

Vai depender só de nós!

A terra é mãe, é criatura viva;

Também respira, se alimenta e sofre.

É de respeito que ela mais precisa!

Sem teu cuidado ela agoniza e morre.

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Vê, nesta terra, os teus irmãos. São tantos...

Que a fome mata e a miséria humilha.

Eu sonho ver um mundo mais humano,

Sem tanto lucro e muito mais partilha!

Olha as florestas: pulmão verde e forte!

Sente esse ar que te entreguei tão puro...

Agora, gases disseminam morte;

O aquecimento queima o teu futuro.

Contempla os rios que agonizam tristes.

Não te incomoda poluir assim?!

Vê: tanta espécie já não mais existe!

Por mais cuidado implora esse jardim!

A humanidade anseia nova terra. (2 Pd 3,13)

De dores geme toda a criação. (Rm 8,22)

Transforma em Páscoa as dores dessa espera,

Quero essa terra em plena gestação!

4. RESULTADO AO SE PESQUISAR “CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011” NO

GOOGLE EM 27 DE ABRIL DE 2011

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5. CARTAZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011