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Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 – Aspectos Emergentes d na Con Sumário: 1 Introdução. 2 O e a constituição italiana de 1947. 4 brasileira de 1988. 5 Conclusão. 6 R Resumo: Como tentativa de sedimentação do conceito jurídico d objetivo examinar os motivos pelo constitucional italiano e brasileiro demonstrar à sociedade que se faz fundamentais, contra todas as espéc última análise, à proteção das pes Aborda-se o tema a partir de uma v estudo comparado, ainda que sucin direitos fundamentais na Itália e no Palavras-chave: Direito c humana. 1 Introdução A dignidade da pessoa hum contemporâneo. Trata-se de um co devendo estar em conluio com a evo A dignidade humana é carac las a salvo de qualquer ato discric condições mínimas de sobrevivênci 1 Trabalho apresentado no I Congresso de Itália e Brasile a Confronto”. Universidade 2 Mestrado e Doutorado em Direito das R Católica de São Paulo. Professora de D Faculdade de Administração e Ciências Co 3 Mestre em Direitos Humanos Fundam Professor do Curso de Direito da Universi GESTI (Grupo de Estudos de Sistemas e Empresas. nº 1 - 2014 do Princípio da Dignidade da Pessoa H nstituição Italiana e Brasileira 1 Maria B Fernando Silveira Me Origens históricas. 3 O princípio da dignidade da 4 O princípio da dignidade da pessoa humana Referências bibliográficas. e enfrentar as origens histórico-filosóficas que da expressão dignidade da pessoa humana, este os quais os direitos fundamentais estão norma o. Assim, a presente pesquisa ampara-se na z necessária a proteção aos valores que perm cies de abusos de órgãos estatais ou não estatai ssoas que interagem umas às outras nesta m vigorosa pesquisa doutrinária, e desta maneira, nto, os mecanismos jurídicos que asseguram a Brasil. comparado. Direitos fundamentais. Dignid mana abrange uma diversidade de valores exist onceito adequável a realidade e a modernizaçã olução e as tendências atuais das necessidades do cterística inerente a todas as pessoas e tem por cionário, seja qual for o agente e protegê-las ia. É da própria essência do homem ser dotado d e Direito Público Comparado Brasil X Itália: Federalism e Presbiteriana Mackenzie, em 26 de maio de 2014. Relações Sociais, sub-área Direito Empresarial, pela Pon Direito Empresarial e Diretora responsável pelas Revi ontábeis de São Roque – Fac São Roque/Uninove. Advoga mentais pelo Unifieo. Especialista em Direito Empresa idade de Sorocaba e da FAC São Roque/Uninove. Pesqu Tribunais Internacionais) ligado ao Unifieo. Advogado Humana Bernadete Miranda 2 elo Plentz Miranda 3 a pessoa humana e a constituição e culminaram na e estudo tem por atizados no texto necessidade de meiam os direitos is, que visam em mesma sociedade. apresenta-se em a efetivação dos dade da pessoa tentes no mundo ão da sociedade, o ser humano. objetivo colocá- s da ausência de dessa condição e mo e Regionalismo: ntifícia Universidade istas Eletrônicas da ada. arial pela PUC/SP. uisador integrante do e Administrador de

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Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

Aspectos Emergentes do Princípio da Dignidade da Pessoa Hna Constituição Italiana e B

Sumário: 1 Introdução. 2 Origens he a constituição italiana de 1947. 4 O princípio da dignidade da pessoa humana e a constituição brasileira de 1988. 5 Conclusão. 6 Referências b

Resumo: Como tentativa de enfrentar as origens sedimentação do conceito jurídico da expressão objetivo examinar os motivos pelos quais constitucional italiano e brasileiro. Assim, a presente pesquisa amparademonstrar à sociedade que se faz necessária fundamentais, contra todas as espécies de abusos de órgãos estaúltima análise, à proteção das pessoas que interagem umas às outraAborda-se o tema a partir de uma vigorosa pesquisa doutrinária, estudo comparado, ainda que sucinto, os mecanismos jurídicos que asdireitos fundamentais na Itália e no Brasil.

Palavras-chave: Direito comparado. Direitos fundamentais. Dignidade da pessoa

humana.

1 Introdução

A dignidade da pessoa humana abrange uma diversidade de valores existentes

contemporâneo. Trata-se de um conceito adequável a realidade e a modernização da sociedade,

devendo estar em conluio com a evolução e as tendências

A dignidade humana é característica inerente a todas as pess

las a salvo de qualquer ato discricionário, sej

condições mínimas de sobrevivência. É da própria essência do

1 Trabalho apresentado no I Congresso de Direito Público Comparado Brasil X Itália: Itália e Brasile a Confronto”. Universidade Pr 2 Mestrado e Doutorado em Direito das Relações Sociais, subCatólica de São Paulo. Professora de Direito Empresarial e Diretora responsável pelas Revistas Eletrônicas da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque 3 Mestre em Direitos Humanos Fundamentais pelo Unifieo. Especialista em Direito Empresarial pela PUC/SP. Professor do Curso de Direito da Universidade de Sorocaba e da FAC São Roque/Uninove. GESTI (Grupo de Estudos de Sistemas e Tribunais Internacionais) ligado ao Unifieo. Advogado e Administrador de Empresas.

nº 1 - 2014

tes do Princípio da Dignidade da Pessoa HConstituição Italiana e Brasileira 1

Maria Bernadete Miranda

Fernando Silveira Melo Plentz Miranda

Origens históricas. 3 O princípio da dignidade da pessoa humana 4 O princípio da dignidade da pessoa humana e a constituição

Referências bibliográficas.

Como tentativa de enfrentar as origens histórico-filosóficas que culminaram na sedimentação do conceito jurídico da expressão dignidade da pessoa humana, este estudo tem por

examinar os motivos pelos quais os direitos fundamentais estão normatizados no texto rasileiro. Assim, a presente pesquisa ampara-se na necessidade de

se faz necessária a proteção aos valores que permeiam os direitos fundamentais, contra todas as espécies de abusos de órgãos estatais ou não estatais, que visam

proteção das pessoas que interagem umas às outras nesta mesma sociedade. o tema a partir de uma vigorosa pesquisa doutrinária, e desta maneira,

estudo comparado, ainda que sucinto, os mecanismos jurídicos que asseguram a efetivação dos direitos fundamentais na Itália e no Brasil.

Direito comparado. Direitos fundamentais. Dignidade da pessoa

A dignidade da pessoa humana abrange uma diversidade de valores existentes

se de um conceito adequável a realidade e a modernização da sociedade,

devendo estar em conluio com a evolução e as tendências atuais das necessidades do ser humano.

A dignidade humana é característica inerente a todas as pessoas e tem por objetivo colocá

s a salvo de qualquer ato discricionário, seja qual for o agente e protegê-las da

condições mínimas de sobrevivência. É da própria essência do homem ser dotado dessa condição e

Congresso de Direito Público Comparado Brasil X Itália: “Federalismo e Regionalismo: . Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 26 de maio de 2014.

Mestrado e Doutorado em Direito das Relações Sociais, sub-área Direito Empresarial, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora de Direito Empresarial e Diretora responsável pelas Revistas Eletrônicas da

ncias Contábeis de São Roque – Fac São Roque/Uninove. Advogada.

Mestre em Direitos Humanos Fundamentais pelo Unifieo. Especialista em Direito Empresarial pela PUC/SP. Professor do Curso de Direito da Universidade de Sorocaba e da FAC São Roque/Uninove. Pesquisador integrante do GESTI (Grupo de Estudos de Sistemas e Tribunais Internacionais) ligado ao Unifieo. Advogado e Administrador de

tes do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

Maria Bernadete Miranda 2

Fernando Silveira Melo Plentz Miranda 3

O princípio da dignidade da pessoa humana 4 O princípio da dignidade da pessoa humana e a constituição

filosóficas que culminaram na , este estudo tem por

damentais estão normatizados no texto se na necessidade de

a proteção aos valores que permeiam os direitos tais ou não estatais, que visam em

s nesta mesma sociedade. esta maneira, apresenta-se em

seguram a efetivação dos

Direito comparado. Direitos fundamentais. Dignidade da pessoa

A dignidade da pessoa humana abrange uma diversidade de valores existentes no mundo

se de um conceito adequável a realidade e a modernização da sociedade,

das necessidades do ser humano.

por objetivo colocá-

las da ausência de

ser dotado dessa condição e

Federalismo e Regionalismo:

área Direito Empresarial, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora de Direito Empresarial e Diretora responsável pelas Revistas Eletrônicas da

. Advogada.

Mestre em Direitos Humanos Fundamentais pelo Unifieo. Especialista em Direito Empresarial pela PUC/SP. Pesquisador integrante do

GESTI (Grupo de Estudos de Sistemas e Tribunais Internacionais) ligado ao Unifieo. Advogado e Administrador de

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

qualidade. Estar desprovido desse manto prot

subsistência e da convivência social.

O presente trabalho busca analisar a proteção jurídica do princípio da dignidade da pessoa

humana frente às transformações sociais e jurídicas, oriundas da nova ordem

mudanças experimentadas pela sociedade pós

Muito se tem discutido, a respeito da dignidade da pessoa humana, portanto com essa

pesquisa pretende-se localizar e analisar

partindo da origem histórico-filosófica da expressão, procuran

princípios nos direitos fundamentais inseridos no texto constitucional italiano e brasileiro.

O princípio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiri

ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do

democrático de direito.

Tal princípio está elencado no rol dos direitos fundamentais da Constituição italiana de 1947

e da Constituição brasileira de 1988, objeto do presente trabalho.

Portanto, no intuito de facilitar a compreensão, antes de adentrar

faz necessário uma breve explanação a respeito de aspectos das origens históricas

dignidade da pessoa humana, que levaram os legisladores italianos

relevante importância aos direitos fundamentais

brasileira de 1988.

Assim, o presente trabalho compõe

dedicado às origens históricas; o terceiro

constituição italiana de 1947; o quarto ao princípio da dignidade da pessoa humana e a const

brasileira de 1988; o quinto tópico dedica

as referências bibliográficas.

Portanto, o que se deseja é investigar os motivos que levaram as sociedades italian

brasileira a considerar com extrema relevância

2 Origens Históricas

“Considerate la vostra semenza: fatti non foste a viver come bruti, ma per seguir virtute e

conoscenza.” (ALIGHIERE, 2008, p. 195)

4 A Divina Comédia. Inferno. Canto XXVI, 118: “Considerai a vossa procedência: Não fostes feitos pra viver qbrutos, Mas pra buscar virtude e sapiência.”

nº 1 - 2014

qualidade. Estar desprovido desse manto protetor destitui o ser humano da capacidade de

subsistência e da convivência social.

O presente trabalho busca analisar a proteção jurídica do princípio da dignidade da pessoa

humana frente às transformações sociais e jurídicas, oriundas da nova ordem

mudanças experimentadas pela sociedade pós-moderna.

Muito se tem discutido, a respeito da dignidade da pessoa humana, portanto com essa

localizar e analisar, questões sobre o princípio da dignidade da pessoa huma

filosófica da expressão, procurando evidenciar a normatização desses

princípios nos direitos fundamentais inseridos no texto constitucional italiano e brasileiro.

O princípio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiritual inerente à pessoa,

ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do

Tal princípio está elencado no rol dos direitos fundamentais da Constituição italiana de 1947

rasileira de 1988, objeto do presente trabalho.

Portanto, no intuito de facilitar a compreensão, antes de adentrar ao objetivo estabelecido,

breve explanação a respeito de aspectos das origens históricas

dignidade da pessoa humana, que levaram os legisladores italianos e brasileiros

relevante importância aos direitos fundamentais na Constituição italiana de 1947, e na Constituição

compõe-se, além desta introdução, de cinco tópicos. O segundo é

s origens históricas; o terceiro refere-se ao princípio da dignidade da pessoa h

taliana de 1947; o quarto ao princípio da dignidade da pessoa humana e a const

o quinto tópico dedica-se a concluir os escritos, seguindo-se o sexto tópico com

seja é investigar os motivos que levaram as sociedades italian

a relevância o princípio da dignidade da pessoa humana.

a vostra semenza: fatti non foste a viver come bruti, ma per seguir virtute e

(ALIGHIERE, 2008, p. 195) 4

Canto XXVI, 118: “Considerai a vossa procedência: Não fostes feitos pra viver qbrutos, Mas pra buscar virtude e sapiência.”

etor destitui o ser humano da capacidade de

O presente trabalho busca analisar a proteção jurídica do princípio da dignidade da pessoa

humana frente às transformações sociais e jurídicas, oriundas da nova ordem capitalista e às

Muito se tem discutido, a respeito da dignidade da pessoa humana, portanto com essa

, questões sobre o princípio da dignidade da pessoa humana

do evidenciar a normatização desses

princípios nos direitos fundamentais inseridos no texto constitucional italiano e brasileiro.

tual inerente à pessoa,

ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do estado

Tal princípio está elencado no rol dos direitos fundamentais da Constituição italiana de 1947

o objetivo estabelecido, se

breve explanação a respeito de aspectos das origens históricas do princípio da

e brasileiros a oferecerem

e na Constituição

tópicos. O segundo é

se ao princípio da dignidade da pessoa humana e a

taliana de 1947; o quarto ao princípio da dignidade da pessoa humana e a constituição

o sexto tópico com

seja é investigar os motivos que levaram as sociedades italiana e

o princípio da dignidade da pessoa humana.

a vostra semenza: fatti non foste a viver come bruti, ma per seguir virtute e

Canto XXVI, 118: “Considerai a vossa procedência: Não fostes feitos pra viver quais

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

A origem etimológica do termo

significa modo de proceder que infunde

daquilo que é nobre e grande, honra,

Já a palavra princípio, de origem

em que uma coisa tem origem, começo,

Sobre estes termos procura-

emergentes do princípio da dignidade

Em um breve esboço histórico, é possível realçar os relevantes aspectos que marcaram a

compreensão do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, são ele

iluminismo; c) a filosofia Kantiana; e

Inicialmente, cumpre ressaltar que é possível encontrar, na antiguidade, referências à noção

de dignidade da pessoa.

As ideias e valores dos direitos humanos são traça

crenças religiosas e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de uma declaração dos direitos

humanos encontra-se no cilindro de Ciro,

grande.

A religião cristã desenvolveu a ideia de que todo o ser humano possui um valor que lhe é

intrínseco, por meio da concepção de que

portanto, digno. Sua Dignidade se associa ao fato da criação divina.

No pensamento filosófico e político da antiguidade clássica, a dignidade

humana, em regra, era a posição social ocupada pelo indivíduo e o seu grau de reconhecimento

pelos demais membros da comunidade. Já no pensamento

qualidade que, por ser inerente ao ser humano, o distinguia das demais criaturas, no sentido de que,

os seres humanos são dotados da mesma dignidade.

5 Trata-se de um cilindro de argila, dividido em vários fragmentos, no qual está escrita uma declaração em grafia cuneiforme acadiana, em nome do rei Aquemênida1879, nas ruínas da Babilônia, atualmenteresponsável pela descoberta do cilindro. 6 O estoicismo (do grego Στωικισμός) é uma escola dea.C. Os estoicos ensinavam que as emoções destrutivas resultam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com "perfeição moral e intelectual", não sofreria dessas emoções.governado por um Logos divino. A alma está identificada com este princípio divino como parte de um todo ao qual pertence. Este logos (ou razão universal) ordena todas asele o mundo é um kosmos (termo grego que significa "harmonia").do homem, não é o prazer, a felicidade, mas a virtude; não é concebida como necessária condição para alcançar a felicidade, e sim sendo ela própria um bem

nº 1 - 2014

termo dignidade vem da expressão latina dignitas

infunde respeito, elevação ou grandeza moral, qualidade

honra, respeitabilidade, nobreza. (MICHELIS, 2000,

origem também latina, vem de principiu que significa

começo, início, ponto de partida. (MICHAELIS, 2000,

-se traçar neste trabalho um contexto geral sobre

dignidade da pessoa humana na constituição italiana e brasileira.

Em um breve esboço histórico, é possível realçar os relevantes aspectos que marcaram a

compreensão do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, são eles: a) o cristianismo; b) o

iluminismo; c) a filosofia Kantiana; e d) o pós-guerra.

Inicialmente, cumpre ressaltar que é possível encontrar, na antiguidade, referências à noção

As ideias e valores dos direitos humanos são traçadas através da história antiga com base n

crenças religiosas e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de uma declaração dos direitos

cilindro de Ciro, 5 escrito por volta de 539 a.C., pelo rei da Pérsia,

religião cristã desenvolveu a ideia de que todo o ser humano possui um valor que lhe é

, por meio da concepção de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus,

Sua Dignidade se associa ao fato da criação divina.

mento filosófico e político da antiguidade clássica, a dignidade (dignitas)

humana, em regra, era a posição social ocupada pelo indivíduo e o seu grau de reconhecimento

pelos demais membros da comunidade. Já no pensamento estóico, 6 a dignidade era considerada

qualidade que, por ser inerente ao ser humano, o distinguia das demais criaturas, no sentido de que,

os seres humanos são dotados da mesma dignidade.

, dividido em vários fragmentos, no qual está escrita uma declaração em grafia Aquemênida da Pérsia, Ciro, o Grande. Data do século VI a.C. Foi descoberto em

1879, nas ruínas da Babilônia, atualmente Iraque. Encontra-se no British Museum, que patrocinou a expedição

) é uma escola de filosofia helenística fundada em Atenas no início do século III a.C. Os estoicos ensinavam que as emoções destrutivas resultam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com "perfeição moral e intelectual", não sofreria dessas emoções. O estoicismo afirma que todo o universo é

divino. A alma está identificada com este princípio divino como parte de um todo ao qual (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a

que significa "harmonia"). No pensamento estoico, o fim supremo, o único bem do homem, não é o prazer, a felicidade, mas a virtude; não é concebida como necessária condição para alcançar a

imediato.

dignitas, dignitate que

qualidade daquele ou

p. 724)

significa momento

2000, p. 1697)

sobre os aspectos

brasileira.

Em um breve esboço histórico, é possível realçar os relevantes aspectos que marcaram a

s: a) o cristianismo; b) o

Inicialmente, cumpre ressaltar que é possível encontrar, na antiguidade, referências à noção

ravés da história antiga com base nas

crenças religiosas e culturais ao redor do mundo. O primeiro registro de uma declaração dos direitos

por volta de 539 a.C., pelo rei da Pérsia, Ciro o

religião cristã desenvolveu a ideia de que todo o ser humano possui um valor que lhe é

o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus,

(dignitas) da pessoa

humana, em regra, era a posição social ocupada pelo indivíduo e o seu grau de reconhecimento

a dignidade era considerada

qualidade que, por ser inerente ao ser humano, o distinguia das demais criaturas, no sentido de que,

, dividido em vários fragmentos, no qual está escrita uma declaração em grafia a.C. Foi descoberto em

, que patrocinou a expedição

no início do século III a.C. Os estoicos ensinavam que as emoções destrutivas resultam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com

O estoicismo afirma que todo o universo é corpóreo e divino. A alma está identificada com este princípio divino como parte de um todo ao qual

coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a No pensamento estoico, o fim supremo, o único bem

do homem, não é o prazer, a felicidade, mas a virtude; não é concebida como necessária condição para alcançar a

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

Filósofos europeus da época do

influenciaram a adoção de documentos como a

a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

Estados Unidos ou Declaração dos Direitos dos Cidadãos dos Estados

Dentre os pensadores iluministas foi

base para a noção moderna de dignida

concepção de que o homem é um ser racional e que todo ser racional, existe como fim em si mesmo

e nunca como um meio, ou seja, possui um valor que lhe é intrínseco:

Para Kant a dignidade é reconhecida como o valor de

coloca-se acima dos valores de mercado ou sentimento por constituir

O sentido de valor absoluto é atribuído para tudo que não pode ser substituído por qualquer

coisa equivalente. Por um lado, o s

preço e, por conseguinte, o que não admite equivalente, isto é: o que tem uma dignidade.

lado, é atribuído a tudo aquilo que não se restrinja a uma apreciação estética e que não tenha p

de sentimento. Colocado, também, acima do sentido de valor de sentimento, o valor absoluto

representa o que constitui uma condição capaz de fazer que alguma coisa seja um fim em si

Para Kant, se alguma coisa não é exclusivamente meio para obte

esta coisa é também um fim em si mesmo, e

relativo, isto é preço, mas sim um valor intrínseco, (ou seja) uma dignidade

Nessa digressão histórica, o último

que a observância apenas da legalidade estrita não era suficiente para proteger o ser humano, pois

todas as atrocidades cometidas nos campos de concentração foram realizadas dentro de um quadro

de legalidade. A Europa passou por um processo de reconstitucionalização, caracterizado pela

positivação constitucional da dignidade humana.

Nesse cenário, surge o movimento de internacionalização dos Direitos Humanos e o

princípio da dignidade humana é erigido a va

Essa universalização de proteção à pessoa inicia

de 1948 que em seu artigo I começa por dizer:

dignidade e direitos”.

7 O Iluminismo, também conhecido comointelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder daconhecimento herdado da tradição medieval. da Igreja e do Estado.

nº 1 - 2014

Filósofos europeus da época do Iluminismo 7 desenvolveram teorias da

influenciaram a adoção de documentos como a Declaração de Direitos de 1689

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 da França e a Carta de Direitos dos

Declaração dos Direitos dos Cidadãos dos Estados Unidos de 1791

ntre os pensadores iluministas foi Kant que desenvolveu o arcabouço teórico

noção moderna de dignidade humana. O conceito kantiano foi construído a partir da

concepção de que o homem é um ser racional e que todo ser racional, existe como fim em si mesmo

e nunca como um meio, ou seja, possui um valor que lhe é intrínseco: a dignidade.

dignidade é reconhecida como o valor de uma maneira de pensar

se acima dos valores de mercado ou sentimento por constituir-se um valor absoluto.

O sentido de valor absoluto é atribuído para tudo que não pode ser substituído por qualquer

coisa equivalente. Por um lado, o sentido de valor absoluto representa o que está acima de todo

preço e, por conseguinte, o que não admite equivalente, isto é: o que tem uma dignidade.

lado, é atribuído a tudo aquilo que não se restrinja a uma apreciação estética e que não tenha p

de sentimento. Colocado, também, acima do sentido de valor de sentimento, o valor absoluto

condição capaz de fazer que alguma coisa seja um fim em si

Para Kant, se alguma coisa não é exclusivamente meio para obtenção de outra coisa

mesmo, e o que tem um fim em si mesmo não tem apenas valor

relativo, isto é preço, mas sim um valor intrínseco, (ou seja) uma dignidade. (KANT,

Nessa digressão histórica, o último momento marcante foi o pós-guerra, onde se percebeu

que a observância apenas da legalidade estrita não era suficiente para proteger o ser humano, pois

todas as atrocidades cometidas nos campos de concentração foram realizadas dentro de um quadro

ade. A Europa passou por um processo de reconstitucionalização, caracterizado pela

positivação constitucional da dignidade humana.

Nesse cenário, surge o movimento de internacionalização dos Direitos Humanos e o

princípio da dignidade humana é erigido a valor-fonte da ordem jurídica internacional.

Essa universalização de proteção à pessoa inicia-se com a Declaração dos Direitos Humanos

começa por dizer: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em

, também conhecido como Século das Luzes foi um movimento culturalque procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a

conhecimento herdado da tradição medieval. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos

desenvolveram teorias da lei natural que

Declaração de Direitos de 1689 da Inglaterra,

e a Carta de Direitos dos

1791.

o arcabouço teórico que deu

construído a partir da

concepção de que o homem é um ser racional e que todo ser racional, existe como fim em si mesmo

uma maneira de pensar, e este valor,

se um valor absoluto.

O sentido de valor absoluto é atribuído para tudo que não pode ser substituído por qualquer

o que está acima de todo

preço e, por conseguinte, o que não admite equivalente, isto é: o que tem uma dignidade. Por outro

lado, é atribuído a tudo aquilo que não se restrinja a uma apreciação estética e que não tenha preço

de sentimento. Colocado, também, acima do sentido de valor de sentimento, o valor absoluto

condição capaz de fazer que alguma coisa seja um fim em si mesmo.

nção de outra coisa, então

um fim em si mesmo não tem apenas valor

(KANT, 2010 e p. 154)

guerra, onde se percebeu

que a observância apenas da legalidade estrita não era suficiente para proteger o ser humano, pois

todas as atrocidades cometidas nos campos de concentração foram realizadas dentro de um quadro

ade. A Europa passou por um processo de reconstitucionalização, caracterizado pela

Nesse cenário, surge o movimento de internacionalização dos Direitos Humanos e o

fonte da ordem jurídica internacional.

se com a Declaração dos Direitos Humanos

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em

movimento cultural da elite , a fim de reformar a sociedade e o

Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

Essas palavras não são novas e já foram lidas por muitas pessoas várias vezes.

da Declaração Universal não são novas, novo é o âmbito de validade de suas disposições, pois

enquanto a afirmação dos direitos naturais foi uma teoria filosófica,

universal, no sentido de exigir respeito à dignidade humana

as formas de poder estabelecidas (COMPARATO, 2010, p. 239).

acolhidos nas constituições modernas, a sua

que era reconhecida por aquele determinado Estado. Depois da Declaração Universal, a proteção

dos direitos naturais passa a ter ao mesmo tempo eficácia jurídica e valor universal. E o indivíduo,

sujeito de uma comunidade estatal, passa a ser também sujeito da comunidade internacional,

potencialmente universal.

Em seguida, e quase concomitantemente, alguns ordenamentos sensibilizaram

mudanças e positivaram nas suas Constituições

precedido da enunciação de princípios que contêm valores caros a um Estado democrático de

Direito.

Na Europa, a Itália foi um dos países que

promulgando uma constituição democráti

princípios fundamentais, já proclamava que

iguais perante a lei”.

No direito brasileiro, a Constituição democrática de 1988 explicitou, no artigo 1º, III,

dignidade da pessoa humana como um dos “fundamentos da República”. A dignidade humana,

então, não é criação da ordem constitucional, embora seja por ela respeitada e protegida. A

Constituição consagrou o comando e, considerando a sua eminência, proclamo

fundamentos republicanos, atribuindo

Significa dizer que o valor da dignidade alcança todos os setores do ordenamento jurídico

A Declaração Universal de Direitos Humanos de

dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais de

Direitos Humanos Pacto de São José da Costa Rica

Atualmente, as Declarações de Direitos contempladas

Constituições Substanciais ou Formais dos países livres consignam capítulo especial aos Direitos

Garantias Fundamentais, como condição essencial da

de uma das maiores conquistas da civ

3 O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e a Constituição Italiana de 1947

nº 1 - 2014

Essas palavras não são novas e já foram lidas por muitas pessoas várias vezes.

da Declaração Universal não são novas, novo é o âmbito de validade de suas disposições, pois

enquanto a afirmação dos direitos naturais foi uma teoria filosófica, essa afirmação teve valor

, no sentido de exigir respeito à dignidade humana em face de abusos exercidos por todas

as formas de poder estabelecidas (COMPARATO, 2010, p. 239). Quando esses direitos foram

acolhidos nas constituições modernas, a sua proteção se tornou eficaz, mas apenas nos limites em

que era reconhecida por aquele determinado Estado. Depois da Declaração Universal, a proteção

dos direitos naturais passa a ter ao mesmo tempo eficácia jurídica e valor universal. E o indivíduo,

de uma comunidade estatal, passa a ser também sujeito da comunidade internacional,

Em seguida, e quase concomitantemente, alguns ordenamentos sensibilizaram

mudanças e positivaram nas suas Constituições um amplo rol de direitos e garantias fundamentais,

precedido da enunciação de princípios que contêm valores caros a um Estado democrático de

Itália foi um dos países que adotou a imediata mudança de regime,

uma constituição democrática. Assim, a Constituição italiana de 1947, entre seus

princípios fundamentais, já proclamava que “todos os cidadãos têm a mesma dignidade e são

No direito brasileiro, a Constituição democrática de 1988 explicitou, no artigo 1º, III,

dignidade da pessoa humana como um dos “fundamentos da República”. A dignidade humana,

então, não é criação da ordem constitucional, embora seja por ela respeitada e protegida. A

Constituição consagrou o comando e, considerando a sua eminência, proclamo

fundamentos republicanos, atribuindo-lhe o valor de alicerce de nossa ordem jurídica democrática.

Significa dizer que o valor da dignidade alcança todos os setores do ordenamento jurídico

Universal de Direitos Humanos de 1948 foi seguida pela Convenção para Proteção

e das Liberdades Fundamentais de 1950 e pela Convenção Americana de

Direitos Humanos Pacto de São José da Costa Rica de 1969.

, as Declarações de Direitos contempladas no plano internacional e

Formais dos países livres consignam capítulo especial aos Direitos

Garantias Fundamentais, como condição essencial da manutenção da vida em sociedade. Trata

conquistas da civilização, em prol da valorização da pessoa humana.

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e a Constituição Italiana de 1947

Essas palavras não são novas e já foram lidas por muitas pessoas várias vezes. Se as palavras

da Declaração Universal não são novas, novo é o âmbito de validade de suas disposições, pois

essa afirmação teve valor

em face de abusos exercidos por todas

Quando esses direitos foram

proteção se tornou eficaz, mas apenas nos limites em

que era reconhecida por aquele determinado Estado. Depois da Declaração Universal, a proteção

dos direitos naturais passa a ter ao mesmo tempo eficácia jurídica e valor universal. E o indivíduo,

de uma comunidade estatal, passa a ser também sujeito da comunidade internacional,

Em seguida, e quase concomitantemente, alguns ordenamentos sensibilizaram-se com estas

de direitos e garantias fundamentais,

precedido da enunciação de princípios que contêm valores caros a um Estado democrático de

a imediata mudança de regime,

. Assim, a Constituição italiana de 1947, entre seus

“todos os cidadãos têm a mesma dignidade e são

No direito brasileiro, a Constituição democrática de 1988 explicitou, no artigo 1º, III, a

dignidade da pessoa humana como um dos “fundamentos da República”. A dignidade humana,

então, não é criação da ordem constitucional, embora seja por ela respeitada e protegida. A

Constituição consagrou o comando e, considerando a sua eminência, proclamou-o entre os

lhe o valor de alicerce de nossa ordem jurídica democrática.

Significa dizer que o valor da dignidade alcança todos os setores do ordenamento jurídico.

seguida pela Convenção para Proteção

Convenção Americana de

no plano internacional e as

Formais dos países livres consignam capítulo especial aos Direitos e

manutenção da vida em sociedade. Trata-se

humana.

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e a Constituição Italiana de 1947

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

A Constituição da República Italiana

dezembro de 1947, dispensado o clássico pr

fundamentais, “os quais proporcionam os traços essenciais do rosto do Estado e representam o

fundamento ideológico do ordenamento estatal”.

Nos princípios constitucionais fundamentais

representam os valores essenciais e

“pertencem à essência dos valores supremos na qual a Constituição italiana está fundada”

incluídos diferentes princípios que se relacionam diretamente com os direitos humanos e as

liberdades fundamentais. Esses prin

mais fundamental, o personalista, o da solidariedade, a igualdade, o princípio internacional

proteção jurisdicional; e também o princípio republicano, o democrático, a soberania popular, a

separação dos poderes, o Estado de Direito, o princípio do trabalho, a autonomia e descentralização,

a proteção das minorias, o princípio da laicidade e

A dignidade humana é um princípio ou valor supremo que a Constituição italiana não

qualifica explicitamente.

A fundação constitucional desse princípio

Carta Magna italiana. A Corte Constitucional reconhece a conexão entre o valor da dignidade e a

primazia dos seres humanos como pessoas

Observa-se no ordenamento jurídico italiano que, e

afirmação da dignidade da pessoa humana como princípio

em seu artigo 2º, in verbis: “La Repubblica riconosce e garantisce i diritti inviolabili dell’uomo, sia

come singolo sia nelle formazioni sociali ove si svolge la sua personalità, e richiede l’adempimento

dei doveri inderogabili di solidarietà politica, economica e sociale”

8 Corte Constitucional 1146/1988. SENTENZA nel giudizio di legittimità costituzionale degli artt. 28 e 49 del d.P.R. 31 agosto 1972, n. 670 (Statuto speciale della Regione Trentinonovembre 1987 dalla Corte d'assise di Bolzano nel procedimentregistro ordinanze 1987 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 2, prima serie speciale, dell'anno 1988; Visto l'atto di intervento del Presidente del Consiglio dei Ministri; Udito nGiudice relatore Antonio Baldassarre; Udito l'Avvocato dello Stato Sergio Laporta per il Presidente del Consiglio dei Ministri; LA CORTE COSTITUZIONALE 28 e 49 del d.P.R. 31 agosto 1972, n. 670 (Statuto speciale della Regione Trentinoall'art. 3 della Costituzione, dalla Corte di assise di Bolzano con l'ordinanza indicata in epigrafe. assume, evidentemente, que os princípios, valores, e direitos em questão, tenham respectivamente a própria Constituição e, coem suma, axiologicamente superiores às demais normas de nível constitucional. 9 “A República reconhece e garante os direitos invioláveis do homem, seja como indivíduo ou nos agrupamentos sociais onde desenvolve sua personalidade,econômica e social”.

nº 1 - 2014

A Constituição da República Italiana foi promulgada no imediato pós-guerra em 27 de

ispensado o clássico preâmbulo, no título de abertura contempla os princípios

“os quais proporcionam os traços essenciais do rosto do Estado e representam o

fundamento ideológico do ordenamento estatal”. (ITÁLIA, p. XII)

princípios constitucionais fundamentais previstos na Constituição Italiana

e segundo as palavras da Corte Constitucional n. 1146/1988,

“pertencem à essência dos valores supremos na qual a Constituição italiana está fundada”

ncípios que se relacionam diretamente com os direitos humanos e as

liberdades fundamentais. Esses princípios são: princípio da dignidade humana sendo considerado o

, o personalista, o da solidariedade, a igualdade, o princípio internacional

proteção jurisdicional; e também o princípio republicano, o democrático, a soberania popular, a

separação dos poderes, o Estado de Direito, o princípio do trabalho, a autonomia e descentralização,

a proteção das minorias, o princípio da laicidade e o princípio do Estado cultural.

A dignidade humana é um princípio ou valor supremo que a Constituição italiana não

A fundação constitucional desse princípio encontra-se no conjunto dos artigos 2

Corte Constitucional reconhece a conexão entre o valor da dignidade e a

primazia dos seres humanos como pessoas.

se no ordenamento jurídico italiano que, embora sem a forma d

dignidade da pessoa humana como princípio fundamental, a Constituição já contempla

“La Repubblica riconosce e garantisce i diritti inviolabili dell’uomo, sia

come singolo sia nelle formazioni sociali ove si svolge la sua personalità, e richiede l’adempimento

inderogabili di solidarietà politica, economica e sociale”. 9

SENTENZA nel giudizio di legittimità costituzionale degli artt. 28 e 49 del d.P.R. 31 agosto 1972, n. 670 (Statuto speciale della Regione Trentino-Alto Adige), promosso con ordinanza emessa il 9 novembre 1987 dalla Corte d'assise di Bolzano nel procedimento penale a carico di Pahl Franz, iscritta al n. 853 del registro ordinanze 1987 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 2, prima serie speciale, dell'anno 1988; Visto l'atto di intervento del Presidente del Consiglio dei Ministri; Udito nell'udienza pubblica del 21 giugno 1988 il Giudice relatore Antonio Baldassarre; Udito l'Avvocato dello Stato Sergio Laporta per il Presidente del Consiglio dei Ministri; LA CORTE COSTITUZIONALE Dichiara inammissibile la questione di legittimità costituzio28 e 49 del d.P.R. 31 agosto 1972, n. 670 (Statuto speciale della Regione Trentino-Alto Adige), sollevata, in riferimento all'art. 3 della Costituzione, dalla Corte di assise di Bolzano con l'ordinanza indicata in epigrafe. Assim dizendo, assume, evidentemente, que os princípios, valores, e direitos em questão, tenham “uma valência superior”,respectivamente a própria Constituição e, com maior razão, respectivamente às leis de revisão constitucional: esses são

s demais normas de nível constitucional. “A República reconhece e garante os direitos invioláveis do homem, seja como indivíduo ou nos agrupamentos

sociais onde desenvolve sua personalidade, e exige o cumprimento dos inderrogáveis deveres de solidariedade política,

guerra em 27 de

contempla os princípios

“os quais proporcionam os traços essenciais do rosto do Estado e representam o

previstos na Constituição Italiana, que

Constitucional n. 1146/1988,8

“pertencem à essência dos valores supremos na qual a Constituição italiana está fundada”, estão

ncípios que se relacionam diretamente com os direitos humanos e as

cípios são: princípio da dignidade humana sendo considerado o

, o personalista, o da solidariedade, a igualdade, o princípio internacional, o da

proteção jurisdicional; e também o princípio republicano, o democrático, a soberania popular, a

separação dos poderes, o Estado de Direito, o princípio do trabalho, a autonomia e descentralização,

A dignidade humana é um princípio ou valor supremo que a Constituição italiana não

no conjunto dos artigos 2º e 3º da

Corte Constitucional reconhece a conexão entre o valor da dignidade e a

mbora sem a forma direta e literal de

, a Constituição já contempla

“La Repubblica riconosce e garantisce i diritti inviolabili dell’uomo, sia

come singolo sia nelle formazioni sociali ove si svolge la sua personalità, e richiede l’adempimento

SENTENZA nel giudizio di legittimità costituzionale degli artt. 28 e 49 del d.P.R. 31 Alto Adige), promosso con ordinanza emessa il 9

o penale a carico di Pahl Franz, iscritta al n. 853 del registro ordinanze 1987 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 2, prima serie speciale, dell'anno 1988;

ell'udienza pubblica del 21 giugno 1988 il Giudice relatore Antonio Baldassarre; Udito l'Avvocato dello Stato Sergio Laporta per il Presidente del Consiglio dei

inammissibile la questione di legittimità costituzionale degli artt. Alto Adige), sollevata, in riferimento

Assim dizendo, a Corte “uma valência superior”,

s leis de revisão constitucional: esses são

“A República reconhece e garante os direitos invioláveis do homem, seja como indivíduo ou nos agrupamentos s de solidariedade política,

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

Reitera esse princípio no artigo

sono eguali davanti alla legge, senza distinzione di sesso, di razza, di lingua, di religione, di

opinioni politiche, di condizioni personali e sociali. È compito della Repubblica rimuovere gli

ostacoli di ordine economico e sociale, che, limitando di fatto la libertà e l’eguaglianza dei

cittadini, impediscono il pieno sviluppo della persona humana e

lavoratori all’organizzazione politica, economica e sociale del Paese”.

Sem dúvida, a Constituição italiana

dignidade da pessoa humana, acompanhado

desenvoltura das disposições literais de

ganhou uma reiterada e expressa proteção.

Ambrosini, em comentários

fundamentais, afirmativamente quanto

pessoa humana uma grande relevância, e de ter a pessoa humana

privilegiada, tanto no aspecto físico

Segue o texto livremente tr

egualglianza dei cittadini, sono sicuramente principi cardine dell’ordinamento, e sulla loro

essenzialità non vi può essere problema. Per quanto c

dei principi fondamentali accolti dalla Costituzione. A bem guardare nel texto costituzionale, una

rilevanza non dissimile deve essere attribuita alla tutela della persnoa humana... La persona

humana há una considerazione privilegiata, sia sotto il profilo fisico (libertà personale), sia sotto il

profilo morale”.

Nos dizeres de Zagrebelsky a Itália aderiu às convenções internacionais de direitos do

homem, fundadas na dignidade da pessoa humana, destacando, aind

artigos supracitados na jurisprudência dos tribunais superiores. Com efeito, lembra que

de Cassação, em sua atividade de interpretação global do sistema jurídico, precedeu ao Tribunal

Constitucional ao afirmar a existência de um direito à livre manifestação da personalidade,

segundo o artigo 2º da Constituição”.

Zagrebelsky pondera que o Tribunal Constitucional italiano tem

o valor da pessoa humana” (11/1956) e pr

10 “Todos os cidadãos têm igual dignidade social e são iguais perante a lei, sem distinção de sexo, raça, língua, religião, opiniões políticas e de condições pessoais e sociais. É incumbência da República reordem econômica e social, que, limitando de fato a liberdade e a igualdade dos cidadãos, impedem o pleno desenvolvimento da personalidade humana e a efetiva participação de todos os trabalhadores na organização política, econômica e social do País”.

nº 1 - 2014

no artigo 3º, in verbis: “Tutti i cittadini hanno pari dignità sociale e

sono eguali davanti alla legge, senza distinzione di sesso, di razza, di lingua, di religione, di

opinioni politiche, di condizioni personali e sociali. È compito della Repubblica rimuovere gli

ostacoli di ordine economico e sociale, che, limitando di fatto la libertà e l’eguaglianza dei

cittadini, impediscono il pieno sviluppo della persona humana e l’effettiva partecipazione de tutti i

lavoratori all’organizzazione politica, economica e sociale del Paese”.10

a Constituição italiana, contemplou nas disposições citadas, o princípio da

acompanhado do princípio da isonomia, e embora

ura das disposições literais de outras Constituições, o desenvolvimento da personalidade

reiterada e expressa proteção.

à Constituição da Itália, manifesta-se ao analisar os princíp

fundamentais, afirmativamente quanto ao fato do texto constitucional ter atribuído à tutela da

relevância, e de ter a pessoa humana, merecido uma consideração

no aspecto físico quanto no moral. (AMBROSINI, 1975, p. 26)

livremente traduzido e sumariado pelo autor: “Repubblica, democrazia,

egualglianza dei cittadini, sono sicuramente principi cardine dell’ordinamento, e sulla loro

essenzialità non vi può essere problema. Per quanto caratterizzanti, essi non esauriscono la gamma

dei principi fondamentali accolti dalla Costituzione. A bem guardare nel texto costituzionale, una

rilevanza non dissimile deve essere attribuita alla tutela della persnoa humana... La persona

siderazione privilegiata, sia sotto il profilo fisico (libertà personale), sia sotto il

Zagrebelsky a Itália aderiu às convenções internacionais de direitos do

homem, fundadas na dignidade da pessoa humana, destacando, ainda, o papel que desempenham os

artigos supracitados na jurisprudência dos tribunais superiores. Com efeito, lembra que

de Cassação, em sua atividade de interpretação global do sistema jurídico, precedeu ao Tribunal

istência de um direito à livre manifestação da personalidade,

da Constituição”. (ZAGREBELSKY, 1984, p. 423)

que o Tribunal Constitucional italiano tem “decisões que reconhecem

(11/1956) e proclamam a existência de “bens fundamentais que

“Todos os cidadãos têm igual dignidade social e são iguais perante a lei, sem distinção de sexo, raça, língua, religião, opiniões políticas e de condições pessoais e sociais. É incumbência da República remover os obstáculos de ordem econômica e social, que, limitando de fato a liberdade e a igualdade dos cidadãos, impedem o pleno desenvolvimento da personalidade humana e a efetiva participação de todos os trabalhadores na organização política,

in verbis: “Tutti i cittadini hanno pari dignità sociale e

sono eguali davanti alla legge, senza distinzione di sesso, di razza, di lingua, di religione, di

opinioni politiche, di condizioni personali e sociali. È compito della Repubblica rimuovere gli

ostacoli di ordine economico e sociale, che, limitando di fatto la libertà e l’eguaglianza dei

l’effettiva partecipazione de tutti i

nas disposições citadas, o princípio da

e embora que sem a

olvimento da personalidade

se ao analisar os princípios

atribuído à tutela da

merecido uma consideração

“Repubblica, democrazia,

egualglianza dei cittadini, sono sicuramente principi cardine dell’ordinamento, e sulla loro

aratterizzanti, essi non esauriscono la gamma

dei principi fondamentali accolti dalla Costituzione. A bem guardare nel texto costituzionale, una

rilevanza non dissimile deve essere attribuita alla tutela della persnoa humana... La persona

siderazione privilegiata, sia sotto il profilo fisico (libertà personale), sia sotto il

Zagrebelsky a Itália aderiu às convenções internacionais de direitos do

a, o papel que desempenham os

artigos supracitados na jurisprudência dos tribunais superiores. Com efeito, lembra que “o Tribunal

de Cassação, em sua atividade de interpretação global do sistema jurídico, precedeu ao Tribunal

istência de um direito à livre manifestação da personalidade,

“decisões que reconhecem

“bens fundamentais que

“Todos os cidadãos têm igual dignidade social e são iguais perante a lei, sem distinção de sexo, raça, língua, mover os obstáculos de

ordem econômica e social, que, limitando de fato a liberdade e a igualdade dos cidadãos, impedem o pleno desenvolvimento da personalidade humana e a efetiva participação de todos os trabalhadores na organização política,

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

formam parte do patrimônio inviolável da pessoa humana

com a seguinte ideia: “Em suma, a proclamação de direitos fundamentais possui uma força

expansiva no sistema jurídico e exige uma verdadeira ‘política de direitos fundamentais’. Isto se vê

reforçado pelo artigo 3º”. (ZAGREBELSKY, 1984, p. 436)

Palazzo, ao estudar os valores constitucionais incidentes no Direito Penal,

expansiva do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana

intrínseca politicidade do direito penal, existe uma constante exigência de eticidade,

desse direito. Com eticidade se pode

direito penal, se encontram a política e a exigência da tutela da sociedade, em seu âmago se

encontra a pessoa humana”. (PALAZZO, 1989, p. 17)

Na decisão da Corte Constitucional nº 74/1968,

sobre a constitucionalidade da lei dos hospitais psiquiátricos

pessoa consolidou-se no sistema constitucional

que concerne a ideia de dignidade. Na

autoridade para a segurança pública”

pessoa humana”, consoante aos artigos 2

pode agir sem consideração pela pessoa defi

tratamento dos deficientes deve ser inspirado pelo máximo de cuidado”.

Existem várias outras decisões que se referem não só a

disposto no artigo 3º da Constituição

dignidade pessoal”. Essas decisões levam em consideração

11 CC n. 74/1968. SENTENZA nei giudizi riuniti di legittimità costituzionale della legge 14 febbraio 1904, n. 36, recante "disposizioni sui manicomi e sugli alienati", promossi con un'ordinanza in data 30 luglio 1966 e con tre ordinanze in data 18 agosto 1966 emesse dal Tribunale di Ferrara nei procedimenti di internamento per sospetta alienazione mentale a carico di Mingozzi Guido, Dragoni Giuseppe, Fantini Natalina e Migliorini Silvio, iscritte ai nn. 197, 198, 199 e 200 del registro ordinanze 1966 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 284 del 12 novembre 1966. Visto l'atto d'intervento del Presidente del Consiglio dei Ministri; udita nell'udienza pubblica del 21 maggio 1968 la relazione del Giudice Michele Fragali; udiper il Presidente del Consiglio dei Ministri. LA CORTE COSTITUZIONALE dell'art. 2, secondo comma, della legge 14 febbraio 1904, n. 36, sui manicomi e gli acui non permette la difesa dell'infermo nel procedimento che si svolge innanzi al Tribunale ai fini della emanazione del decreto di ricovero definitivo; dichiara l'illegittimità costituzionale dell'art. 2, terzo comma, limitatamente alla parte in cui dispone che l'autorità di pubblica sicurezza, quando ordina il ricovero provvisorio, può riferire al procuratore della Repubblica in un termine superiore alle quarantotto ore; dichiara non fondate le queslegittimità costituzionale proposte dal Tribunale di Ferrara con le ordinanze del 30 luglio e 18 agosto 1966 in ordine: a) alle rimanenti parti dell'art. 2, secondo comma, della medesima legge, in riferimento agli artt. 2, 3 e 32 della Costituzione; b) alle rimanenti parti dell'art. 2, terzo comma, della legge stessa, in riferimento agli artt. 2, 3, 24 e 32 della Costituzione; c) all'art. 3, quinto comma, della medesima legge e alle altre disposizioni di essa cui non si riferisce la dichiarazione di illegittimità costituzionale che precede, in riferimento all'art. 13, primo, secondo e terzo comma, della Costituzione.

nº 1 - 2014

formam parte do patrimônio inviolável da pessoa humana” (33/1974), concluindo seu pensamento

“Em suma, a proclamação de direitos fundamentais possui uma força

o e exige uma verdadeira ‘política de direitos fundamentais’. Isto se vê

(ZAGREBELSKY, 1984, p. 436)

estudar os valores constitucionais incidentes no Direito Penal, analisa essa

onal da dignidade da pessoa humana e afirma que, contraposta à

intrínseca politicidade do direito penal, existe uma constante exigência de eticidade,

esse direito. Com eticidade se pode “simplesmente aludir ao fato de que se, no manancial do

direito penal, se encontram a política e a exigência da tutela da sociedade, em seu âmago se

(PALAZZO, 1989, p. 17)

onstitucional nº 74/1968, 11 onde foi pedido à Corte que decidisse

ei dos hospitais psiquiátricos, o valor dos seres hum

sistema constitucional italiano, como princípio de importância central no

que concerne a ideia de dignidade. Na verdade, os juízes constitucionais assumiram que

autoridade para a segurança pública” deveria ter sido tomado “respeitosamente para com a

, consoante aos artigos 2º e 32 da Constituição, e essa mesma autoridade

onsideração pela pessoa deficiente, enquanto está colocado no ar

cientes deve ser inspirado pelo máximo de cuidado”.

decisões que se referem não só a “igual dignidade social”

da Constituição italiana, mas também ao conceito mais amplo de

Essas decisões levam em consideração “a primazia das pessoas humanas e os

CC n. 74/1968. SENTENZA nei giudizi riuniti di legittimità costituzionale della legge 14 febbraio 1904, n. 36, recante "disposizioni sui manicomi e sugli alienati", promossi con un'ordinanza in data 30 luglio 1966 e con tre

data 18 agosto 1966 emesse dal Tribunale di Ferrara nei procedimenti di internamento per sospetta alienazione mentale a carico di Mingozzi Guido, Dragoni Giuseppe, Fantini Natalina e Migliorini Silvio, iscritte ai nn.

nanze 1966 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 284 del 12 novembre 1966. Visto l'atto d'intervento del Presidente del Consiglio dei Ministri; udita nell'udienza pubblica del 21 maggio 1968 la relazione del Giudice Michele Fragali; udito il sostituto avvocato generale dello Stato Renato Carafa, per il Presidente del Consiglio dei Ministri. LA CORTE COSTITUZIONALE dichiara l'illegittimità costituzionale dell'art. 2, secondo comma, della legge 14 febbraio 1904, n. 36, sui manicomi e gli alienati, limitatamente alla parte in cui non permette la difesa dell'infermo nel procedimento che si svolge innanzi al Tribunale ai fini della emanazione del decreto di ricovero definitivo; dichiara l'illegittimità costituzionale dell'art. 2, terzo comma, limitatamente alla parte in cui dispone che l'autorità di pubblica sicurezza, quando ordina il ricovero provvisorio, può riferire al procuratore della Repubblica in un termine superiore alle quarantotto ore; dichiara non fondate le queslegittimità costituzionale proposte dal Tribunale di Ferrara con le ordinanze del 30 luglio e 18 agosto 1966 in ordine: a) alle rimanenti parti dell'art. 2, secondo comma, della medesima legge, in riferimento agli artt. 2, 3 e 32 della

e; b) alle rimanenti parti dell'art. 2, terzo comma, della legge stessa, in riferimento agli artt. 2, 3, 24 e 32 della Costituzione; c) all'art. 3, quinto comma, della medesima legge e alle altre disposizioni di essa cui non si riferisce

i illegittimità costituzionale che precede, in riferimento all'art. 13, primo, secondo e terzo comma,

concluindo seu pensamento

“Em suma, a proclamação de direitos fundamentais possui uma força

o e exige uma verdadeira ‘política de direitos fundamentais’. Isto se vê

analisa essa força

que, contraposta à

intrínseca politicidade do direito penal, existe uma constante exigência de eticidade, que é própria

“simplesmente aludir ao fato de que se, no manancial do

direito penal, se encontram a política e a exigência da tutela da sociedade, em seu âmago se

Corte que decidisse

, o valor dos seres humanos, enquanto

princípio de importância central no

verdade, os juízes constitucionais assumiram que “o ato da

“respeitosamente para com a

, e essa mesma autoridade “não

ciente, enquanto está colocado no artigo 32 que o

“igual dignidade social” conforme

, mas também ao conceito mais amplo de “igual

“a primazia das pessoas humanas e os

CC n. 74/1968. SENTENZA nei giudizi riuniti di legittimità costituzionale della legge 14 febbraio 1904, n. 36, recante "disposizioni sui manicomi e sugli alienati", promossi con un'ordinanza in data 30 luglio 1966 e con tre

data 18 agosto 1966 emesse dal Tribunale di Ferrara nei procedimenti di internamento per sospetta alienazione mentale a carico di Mingozzi Guido, Dragoni Giuseppe, Fantini Natalina e Migliorini Silvio, iscritte ai nn.

nanze 1966 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 284 del 12 novembre 1966. Visto l'atto d'intervento del Presidente del Consiglio dei Ministri; udita nell'udienza pubblica del 21

to il sostituto avvocato generale dello Stato Renato Carafa, l'illegittimità costituzionale

lienati, limitatamente alla parte in cui non permette la difesa dell'infermo nel procedimento che si svolge innanzi al Tribunale ai fini della emanazione del decreto di ricovero definitivo; dichiara l'illegittimità costituzionale dell'art. 2, terzo comma, della stessa legge, limitatamente alla parte in cui dispone che l'autorità di pubblica sicurezza, quando ordina il ricovero provvisorio, può riferire al procuratore della Repubblica in un termine superiore alle quarantotto ore; dichiara non fondate le questioni di legittimità costituzionale proposte dal Tribunale di Ferrara con le ordinanze del 30 luglio e 18 agosto 1966 in ordine: a) alle rimanenti parti dell'art. 2, secondo comma, della medesima legge, in riferimento agli artt. 2, 3 e 32 della

e; b) alle rimanenti parti dell'art. 2, terzo comma, della legge stessa, in riferimento agli artt. 2, 3, 24 e 32 della Costituzione; c) all'art. 3, quinto comma, della medesima legge e alle altre disposizioni di essa cui non si riferisce

i illegittimità costituzionale che precede, in riferimento all'art. 13, primo, secondo e terzo comma,

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

direitos dos quais são dotadas”

exemplo: Corte Constitucional nº 26/1999, nº 390/1999, nº 159/2001, nº 448

561/1987.

A Corte reconhece o legado de direitos invioláveis às pessoas contanto que eles sejam

destinados a “seres humanos” e não porque

específica”, conforme disposto em decisões da

Existem muitas outras decisões que colocam o conceito de dignidade humana como algo

somente relacionado aos princípios do artigo

479/1987, 14 que diz respeito à lei sobre as condiçõe

12 CC n. 249/2010. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale dell’art. 61, numero 11come introdotto dall’art. 1, lettera f), del decretopubblica), o nel testo risultante dalle modifiche apportate, in sede di conversione, dalla legge 24 luglio 2008, n. 125 (Conversione in legge, con modificazioni, del decretosicurezza pubblica), promossi dal Tribunale di Livorno con ordinanza del 4 febbraio 2009 e dal Tribunale di Ferrara con ordinanza del 26 gennaio 2010, rispettivamente iscritte ai nn. 16 e 121 del registro ordinanze 2010 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica nn. 6 e 17, primPresidente del Consiglio dei ministri; udito nella camera di consiglio del 9 giugno 2010 il Giudice relatore Gaetano Silvestri. LA CORTE COSTITUZIONALE riuniti i giudizi, dichiara l’illegittim11-bis, del codice penale; dichiara, in via consequenziale, ai sensi dell’art. 27 della legge 11 marzo 1953, n. 87, l’illegittimità costituzionale dell’art. 1, comma 1, della legge 15 luglio 2009, n. 94 (Disposizionipubblica); dichiara, in via consequenziale, ai sensi dell’art. 27 della legge n. 87 del 1953, l’illegittimità costituzionale dell’art. 656, comma 9, lettera a), del codice di procedura penale, limitatamente alle parole «e per i dell’aggravante di cui all’art. 61, primo comma, numero 11questione di legittimità costituzionale dell’art. 61, numero 11l’ordinanza indicata in epigrafe. 13 CC n. 105/2001. Sentenza nei giudizi di legittimità costituzionale dell'art. 13, commi 4, 5 e 6, e dell'art. 14, commi 4 e 5, del decreto legislativo 25 luglio 1998, n. 286 (Testo unico delle disposizioni concernenti la discidell'immigrazione e norme sulla condizione dello straniero), promossi con sei ordinanze del 2 novembre 2000 (r.o. dal n. 762 al n. 767 del 2000), otto del 4 novembre 2000 (r.o. dal n. 768 al n. 775 del 2000) e tredici del 6 novembre 2000 (r.o. dal n. 776 al n. 788 del 2000) dal tribunale di Milano, in composizione monocratica, iscritte nel registro ordinanze 2000 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 49, 1a serie speciale, dell'anno 2000. Visti gli attiintervento del Presidente del Consiglio dei ministri; Udito nella camera di consiglio del 21 febbraio 2001 il giudice relatore Carlo Mezzanotte. LA CORTE COSTITUZIONALE Riuniti i giudizi; 1) Dichiara non fondata, nei sensi di cui in motivazione, la questione di legittimità costitulegislativo 25 luglio 1998, n. 286 (Testo unico delle disposizioni concernenti la disciplina dell'immigrazione e norme sulla condizione dello straniero), sollevata, in riferimento atribunale di Milano, in composizione monocratica, con le ordinanze indicate in epigrafe; 2) Dichiara non fondata la questione di legittimità costituzionale dell'art. 14, comma 5, del medesimo decrein riferimento all'art. 13, commi secondo e terzo, della Costituzione, dal tribunale di Milano, in composizione monocratica, con le ordinanze indicate in epigrafe. 14 CC n. 479/1987. SENTENZA nei giudizi di legittmarzo 1956, n. 303 (Norme generali per l'igiene del lavoro) e 3, lett. a), e 4 del d.P.R. 27 aprile 1955, n. 547 (Norme per la prevenzione degli infortuni sul lavoro), promossi con le seguentdal Pretore di Legnano nel procedimento penale a carico di Sciuccati Maria Luisa ed altra, iscritta al n. 277 del registro ordinanze 1981 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 227 del1985 dal Pretore di Adria nel procedimento penale a carico di Ghinati Renzo ed altro, iscritta al n. 643 del registro ordinanze 1986 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 54 atti di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 13 ottobre 1987 il Giudice relatore Aldo Corasaniti;Udito l'Avvocato dello Stato Giorgio D'Amato per il Presidente del Consiglio dei minisCORTE COSTITUZIONALE. Riuniti i giudizi, dichiara non fondata la questione di legittimità costituzionale dell'art. 3,

nº 1 - 2014

direitos dos quais são dotadas” como elemento fundamental do sistema constitucional, po

nº 26/1999, nº 390/1999, nº 159/2001, nº 448/2002, nº 341/2006, nº

A Corte reconhece o legado de direitos invioláveis às pessoas contanto que eles sejam

e não porque “eles façam parte de alguma comunidade política

, conforme disposto em decisões da Corte Constitucional nº 249/2010, 12

Existem muitas outras decisões que colocam o conceito de dignidade humana como algo

somente relacionado aos princípios do artigo 2º da Constituição italiana. Por exemplo, a decisão nº

lei sobre as condições de saúde no local de trabalho

CC n. 249/2010. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale dell’art. 61, numero 11-bis, del codice penale, come introdotto dall’art. 1, lettera f), del decreto-legge 23 maggio 2008, n. 92 (Misure urgenti in materia di sicurezza

sto risultante dalle modifiche apportate, in sede di conversione, dalla legge 24 luglio 2008, n. 125 (Conversione in legge, con modificazioni, del decreto-legge 23 maggio 2008, n. 92, recante misure urgenti in materia di

ribunale di Livorno con ordinanza del 4 febbraio 2009 e dal Tribunale di Ferrara con ordinanza del 26 gennaio 2010, rispettivamente iscritte ai nn. 16 e 121 del registro ordinanze 2010 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica nn. 6 e 17, prima serie speciale, dell’anno 2010.Visto l’atto di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; udito nella camera di consiglio del 9 giugno 2010 il Giudice relatore Gaetano Silvestri. LA CORTE COSTITUZIONALE riuniti i giudizi, dichiara l’illegittimità costituzionale dell’art. 61, numero

bis, del codice penale; dichiara, in via consequenziale, ai sensi dell’art. 27 della legge 11 marzo 1953, n. 87, l’illegittimità costituzionale dell’art. 1, comma 1, della legge 15 luglio 2009, n. 94 (Disposizioni in materia di sicurezza pubblica); dichiara, in via consequenziale, ai sensi dell’art. 27 della legge n. 87 del 1953, l’illegittimità costituzionale dell’art. 656, comma 9, lettera a), del codice di procedura penale, limitatamente alle parole «e per i dell’aggravante di cui all’art. 61, primo comma, numero 11-bis), del medesimo codice,»; dichiara inammissibile la questione di legittimità costituzionale dell’art. 61, numero 11-bis, cod. pen., sollevata dal Tribunale di Livorno con

CC n. 105/2001. Sentenza nei giudizi di legittimità costituzionale dell'art. 13, commi 4, 5 e 6, e dell'art. 14, commi 4 e 5, del decreto legislativo 25 luglio 1998, n. 286 (Testo unico delle disposizioni concernenti la discidell'immigrazione e norme sulla condizione dello straniero), promossi con sei ordinanze del 2 novembre 2000 (r.o. dal n. 762 al n. 767 del 2000), otto del 4 novembre 2000 (r.o. dal n. 768 al n. 775 del 2000) e tredici del 6 novembre 2000

776 al n. 788 del 2000) dal tribunale di Milano, in composizione monocratica, iscritte nel registro ordinanze 2000 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 49, 1a serie speciale, dell'anno 2000. Visti gli atti

del Consiglio dei ministri; Udito nella camera di consiglio del 21 febbraio 2001 il giudice relatore Carlo Mezzanotte. LA CORTE COSTITUZIONALE Riuniti i giudizi; 1) Dichiara non fondata, nei sensi di cui in motivazione, la questione di legittimità costituzionale dell'art. 13, commi 4, 5 e 6, e dell'art. 14, comma 4, del decreto legislativo 25 luglio 1998, n. 286 (Testo unico delle disposizioni concernenti la disciplina dell'immigrazione e norme sulla condizione dello straniero), sollevata, in riferimento all'art. 13, commi secondo e terzo, della Costituzione, dal tribunale di Milano, in composizione monocratica, con le ordinanze indicate in epigrafe; 2) Dichiara non fondata la questione di legittimità costituzionale dell'art. 14, comma 5, del medesimo decreto legislativo n. 286 del 1998, sollevata, in riferimento all'art. 13, commi secondo e terzo, della Costituzione, dal tribunale di Milano, in composizione monocratica, con le ordinanze indicate in epigrafe.

CC n. 479/1987. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale degli artt. 3, secondo comma, del d.P.R. 19 marzo 1956, n. 303 (Norme generali per l'igiene del lavoro) e 3, lett. a), e 4 del d.P.R. 27 aprile 1955, n. 547 (Norme per la prevenzione degli infortuni sul lavoro), promossi con le seguenti ordinanze: 1) ordinanza emessa il 10 dicembre 1980 dal Pretore di Legnano nel procedimento penale a carico di Sciuccati Maria Luisa ed altra, iscritta al n. 277 del registro ordinanze 1981 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 227 del 1981; 2) ordinanza emessa il 23 aprile 1985 dal Pretore di Adria nel procedimento penale a carico di Ghinati Renzo ed altro, iscritta al n. 643 del registro ordinanze 1986 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 54 - 1ª serie speciale dell'anno 1986; Visti gli atti di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 13 ottobre 1987 il Giudice relatore Aldo Corasaniti;Udito l'Avvocato dello Stato Giorgio D'Amato per il Presidente del Consiglio dei minisCORTE COSTITUZIONALE. Riuniti i giudizi, dichiara non fondata la questione di legittimità costituzionale dell'art. 3,

fundamental do sistema constitucional, por

/2002, nº 341/2006, nº

A Corte reconhece o legado de direitos invioláveis às pessoas contanto que eles sejam

de alguma comunidade política 12 nº 105/2001. 13

Existem muitas outras decisões que colocam o conceito de dignidade humana como algo

emplo, a decisão nº

s de saúde no local de trabalho frisou “o valor

bis, del codice penale, legge 23 maggio 2008, n. 92 (Misure urgenti in materia di sicurezza

sto risultante dalle modifiche apportate, in sede di conversione, dalla legge 24 luglio 2008, n. 125 legge 23 maggio 2008, n. 92, recante misure urgenti in materia di

ribunale di Livorno con ordinanza del 4 febbraio 2009 e dal Tribunale di Ferrara con ordinanza del 26 gennaio 2010, rispettivamente iscritte ai nn. 16 e 121 del registro ordinanze 2010 e pubblicate nella

a serie speciale, dell’anno 2010.Visto l’atto di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; udito nella camera di consiglio del 9 giugno 2010 il Giudice relatore Gaetano

ità costituzionale dell’art. 61, numero bis, del codice penale; dichiara, in via consequenziale, ai sensi dell’art. 27 della legge 11 marzo 1953, n. 87,

in materia di sicurezza pubblica); dichiara, in via consequenziale, ai sensi dell’art. 27 della legge n. 87 del 1953, l’illegittimità costituzionale dell’art. 656, comma 9, lettera a), del codice di procedura penale, limitatamente alle parole «e per i delitti in cui ricorre

bis), del medesimo codice,»; dichiara inammissibile la bis, cod. pen., sollevata dal Tribunale di Livorno con

CC n. 105/2001. Sentenza nei giudizi di legittimità costituzionale dell'art. 13, commi 4, 5 e 6, e dell'art. 14, commi 4 e 5, del decreto legislativo 25 luglio 1998, n. 286 (Testo unico delle disposizioni concernenti la disciplina dell'immigrazione e norme sulla condizione dello straniero), promossi con sei ordinanze del 2 novembre 2000 (r.o. dal n. 762 al n. 767 del 2000), otto del 4 novembre 2000 (r.o. dal n. 768 al n. 775 del 2000) e tredici del 6 novembre 2000

776 al n. 788 del 2000) dal tribunale di Milano, in composizione monocratica, iscritte nel registro ordinanze 2000 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 49, 1a serie speciale, dell'anno 2000. Visti gli atti di

del Consiglio dei ministri; Udito nella camera di consiglio del 21 febbraio 2001 il giudice relatore Carlo Mezzanotte. LA CORTE COSTITUZIONALE Riuniti i giudizi; 1) Dichiara non fondata, nei sensi di cui

zionale dell'art. 13, commi 4, 5 e 6, e dell'art. 14, comma 4, del decreto legislativo 25 luglio 1998, n. 286 (Testo unico delle disposizioni concernenti la disciplina dell'immigrazione e norme

ll'art. 13, commi secondo e terzo, della Costituzione, dal tribunale di Milano, in composizione monocratica, con le ordinanze indicate in epigrafe; 2) Dichiara non fondata la

to legislativo n. 286 del 1998, sollevata, in riferimento all'art. 13, commi secondo e terzo, della Costituzione, dal tribunale di Milano, in composizione

imità costituzionale degli artt. 3, secondo comma, del d.P.R. 19 marzo 1956, n. 303 (Norme generali per l'igiene del lavoro) e 3, lett. a), e 4 del d.P.R. 27 aprile 1955, n. 547 (Norme per

i ordinanze: 1) ordinanza emessa il 10 dicembre 1980 dal Pretore di Legnano nel procedimento penale a carico di Sciuccati Maria Luisa ed altra, iscritta al n. 277 del registro

1981; 2) ordinanza emessa il 23 aprile 1985 dal Pretore di Adria nel procedimento penale a carico di Ghinati Renzo ed altro, iscritta al n. 643 del registro

ll'anno 1986; Visti gli atti di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 13 ottobre 1987 il Giudice relatore Aldo Corasaniti;Udito l'Avvocato dello Stato Giorgio D'Amato per il Presidente del Consiglio dei ministri. LA CORTE COSTITUZIONALE. Riuniti i giudizi, dichiara non fondata la questione di legittimità costituzionale dell'art. 3,

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absoluto do ser humano como pessoa, estabelecido no artigo

posterior da Corte Constitucional nº 217/1988

rejeitar” está a imposição que “se tome conta das vidas das pessoas para que isso se

representação universal da dignidade humana todos os dias e sob todos os aspec

Outros casos interessantes,

previsões do artigo 2º da Constituição

nº 368/1992, nº 81/1993, nº 224/1996.

Na decisão da Corte Constitucional

clareza a importância que a Constituição confere ao valor da pessoa humana e, como consequência,

da dignidade humana. Foi estabelecido

topo da hierarquia dos valores”,

prevenção geral e que “a Constituição requer que todos os indivíduos se empenhem ao máximo e

constantemente para respeitar os interesses de outras pesso

da ignorância da lei criminal é aceita, a proteção de bens jurídicos vai prevalecer

incondicionalmente a despeito da liberdade e dignidade das pessoas”.

configurar uma violação do “espírito

inspiraram” ou, em outras palavras,

secondo comma, del d.P.R. 19 marzo 1956, n. 303 (Norme generali per l'igiene del lavoro), sollevata, in riferimento agli artt. 3 e 41 Cost., dal Pretore di Legnano, con ordinanza emessa il 10 dicembre 1980; Dichiara non fondata la questione di legittimità costituzionale degli artt. 3, lett. a), e 4 del d.P.R. 27 aprile 1955, n. 547 (Norme per la prevenzione degli infortuni sul lavoro), sollevata, in riferimento agli artt. aprile 1985. 15 CC n. 217/ 1988. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale della legge 18 dicembre 1986, n. 891, intitolata: "Disposizioni per l'acquisto da parte dei lavoratori dipendenti della prima casa di abitazione nelle aree ad altatensione abitativa", promossi con ricorso dei Presidenti delle Giunte provinciali di Bolzano e Trento, notificati il 22 gennaio 1987, depositati in cancelleria il 30 gennaio successivo ed iscritti ai nn. 4 e 5 del registro ricorsi 1987; Visti glatti di costituzione del Presidente del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 15 dicembre 1987 il Giudice relatore Antonio Baldassarre; Uditi l'Avv. Sergio Panunzio per le Province di Bolzano e Trento e l'Avv. dello Stato Stefano Onufrio per il Presidente del Consiglio fondata la questione di legittimità costituzionale della legge 18 dicembre 1986, n. 891, in riferimento agli artt. 8, n. 10, 16 dello Statuto Trentino Alto Adige (d.P.R. 31 agosto 1972, n. 670) e relatiProvince autonome di Trento e di Bolzano, con i ricorsi di cui in epigrafe. 16 CC n. 364/1988. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale degli artt. 5, 42, 43 e 47 del codice penale e dell'art. 17, lett. b), della legge 28 gennaio 1977, n. 10 (Norme per l'edificabilità dei suoli) promossi con le seguenti ordinanze: 1) ordinanza emessa il 22 luglio 1980 dal Pretore di Cingoli nel procedimento penale a carico di Marchegiani Mario ed altri, iscritta al n. 694 deRepubblica n. 338 dell'anno 1980; 2) ordinanza emessa il 14 maggio 1982 dal Pretore di Padova nel procedimento penale a carico di Marin Giacinto, iscritta al n. 472 del registro ordinanzdella Repubblica n. 351 dell'anno 1982; Visti gli atti di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 29 settembre 1987 il Giudice relatore Renato Dell'Andro; Udito l'AvGiorgio Azzariti per il Presidente del Consiglio dei ministri; LA CORTE COSTITUZIONALE. Riuniti i giudizi, dichiara l'illegittimità costituzionale dell'art. 5 c.p. nella parte in cui non esclude dall'inescusabilità dell'ignoranza delegge penale l'ignoranza inevitabile.

nº 1 - 2014

omo pessoa, estabelecido no artigo 2º da Constituição”.

onstitucional nº 217/1988, 15“dentre as tarefas que o governo nunca pode

“se tome conta das vidas das pessoas para que isso se

representação universal da dignidade humana todos os dias e sob todos os aspectos”.

Outros casos interessantes, referentes ao conceito de dignidade human

da Constituição italiana, podem ser representados pelas decisões nº 167/1991,

nº 368/1992, nº 81/1993, nº 224/1996.

da Corte Constitucional nº 364/1988, 16 os juízes constitucionais

clareza a importância que a Constituição confere ao valor da pessoa humana e, como consequência,

estabelecido que o sistema constitucional “coloca a pess

, portanto, não pode ser restringida, sequer por motivos

“a Constituição requer que todos os indivíduos se empenhem ao máximo e

constantemente para respeitar os interesses de outras pessoas”. Assim, “se a absoluta irrelevância

da ignorância da lei criminal é aceita, a proteção de bens jurídicos vai prevalecer

incondicionalmente a despeito da liberdade e dignidade das pessoas”. Tal interpretação poderia

“espírito da Carta fundamental e os princípios essenciais que a

ou, em outras palavras, “derrubaria as garantias fundamentais que um governo

secondo comma, del d.P.R. 19 marzo 1956, n. 303 (Norme generali per l'igiene del lavoro), sollevata, in riferimento agli 41 Cost., dal Pretore di Legnano, con ordinanza emessa il 10 dicembre 1980; Dichiara non fondata la questione

di legittimità costituzionale degli artt. 3, lett. a), e 4 del d.P.R. 27 aprile 1955, n. 547 (Norme per la prevenzione degli ), sollevata, in riferimento agli artt. 3 e 27 Cost., dal Pretore di Adria, con ordinanza emessa il 23

CC n. 217/ 1988. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale della legge 18 dicembre 1986, n. 891, intitolata: "Disposizioni per l'acquisto da parte dei lavoratori dipendenti della prima casa di abitazione nelle aree ad alta

omossi con ricorso dei Presidenti delle Giunte provinciali di Bolzano e Trento, notificati il 22 gennaio 1987, depositati in cancelleria il 30 gennaio successivo ed iscritti ai nn. 4 e 5 del registro ricorsi 1987; Visti gl

nte del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 15 dicembre 1987 il Giudice relatore Antonio Baldassarre; Uditi l'Avv. Sergio Panunzio per le Province di Bolzano e Trento e l'Avv. dello Stato Stefano Onufrio per il Presidente del Consiglio dei Ministri; LA CORTE COSTITUZIONALE. fondata la questione di legittimità costituzionale della legge 18 dicembre 1986, n. 891, in riferimento agli artt. 8, n. 10, 16 dello Statuto Trentino Alto Adige (d.P.R. 31 agosto 1972, n. 670) e relative norme di attuazione, sollevata dalle Province autonome di Trento e di Bolzano, con i ricorsi di cui in epigrafe.

CC n. 364/1988. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale degli artt. 5, 42, 43 e 47 del codice penale e della legge 28 gennaio 1977, n. 10 (Norme per l'edificabilità dei suoli) promossi con le seguenti

ordinanze: 1) ordinanza emessa il 22 luglio 1980 dal Pretore di Cingoli nel procedimento penale a carico di Marchegiani Mario ed altri, iscritta al n. 694 del registro ordinanze 1980 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 338 dell'anno 1980; 2) ordinanza emessa il 14 maggio 1982 dal Pretore di Padova nel procedimento penale a carico di Marin Giacinto, iscritta al n. 472 del registro ordinanze 1982 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 351 dell'anno 1982; Visti gli atti di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 29 settembre 1987 il Giudice relatore Renato Dell'Andro; Udito l'AvGiorgio Azzariti per il Presidente del Consiglio dei ministri; LA CORTE COSTITUZIONALE. Riuniti i giudizi, dichiara l'illegittimità costituzionale dell'art. 5 c.p. nella parte in cui non esclude dall'inescusabilità dell'ignoranza de

da Constituição”. Em decisão

“dentre as tarefas que o governo nunca pode

“se tome conta das vidas das pessoas para que isso se reflita na

tos”.

o conceito de dignidade humana derivado das

, podem ser representados pelas decisões nº 167/1991,

os juízes constitucionais definem com

clareza a importância que a Constituição confere ao valor da pessoa humana e, como consequência,

“coloca a pessoa humana no

portanto, não pode ser restringida, sequer por motivos de

“a Constituição requer que todos os indivíduos se empenhem ao máximo e

“se a absoluta irrelevância

da ignorância da lei criminal é aceita, a proteção de bens jurídicos vai prevalecer

Tal interpretação poderia

da Carta fundamental e os princípios essenciais que a

as garantias fundamentais que um governo

secondo comma, del d.P.R. 19 marzo 1956, n. 303 (Norme generali per l'igiene del lavoro), sollevata, in riferimento agli 41 Cost., dal Pretore di Legnano, con ordinanza emessa il 10 dicembre 1980; Dichiara non fondata la questione

di legittimità costituzionale degli artt. 3, lett. a), e 4 del d.P.R. 27 aprile 1955, n. 547 (Norme per la prevenzione degli 3 e 27 Cost., dal Pretore di Adria, con ordinanza emessa il 23

CC n. 217/ 1988. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale della legge 18 dicembre 1986, n. 891, intitolata: "Disposizioni per l'acquisto da parte dei lavoratori dipendenti della prima casa di abitazione nelle aree ad alta

omossi con ricorso dei Presidenti delle Giunte provinciali di Bolzano e Trento, notificati il 22 gennaio 1987, depositati in cancelleria il 30 gennaio successivo ed iscritti ai nn. 4 e 5 del registro ricorsi 1987; Visti gli

nte del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 15 dicembre 1987 il Giudice relatore Antonio Baldassarre; Uditi l'Avv. Sergio Panunzio per le Province di Bolzano e Trento e l'Avv. dello

dei Ministri; LA CORTE COSTITUZIONALE. Dichiara non fondata la questione di legittimità costituzionale della legge 18 dicembre 1986, n. 891, in riferimento agli artt. 8, n. 10, e

ve norme di attuazione, sollevata dalle

CC n. 364/1988. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale degli artt. 5, 42, 43 e 47 del codice penale e della legge 28 gennaio 1977, n. 10 (Norme per l'edificabilità dei suoli) promossi con le seguenti

ordinanze: 1) ordinanza emessa il 22 luglio 1980 dal Pretore di Cingoli nel procedimento penale a carico di l registro ordinanze 1980 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della

Repubblica n. 338 dell'anno 1980; 2) ordinanza emessa il 14 maggio 1982 dal Pretore di Padova nel procedimento e 1982 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale

della Repubblica n. 351 dell'anno 1982; Visti gli atti di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; Udito nell'udienza pubblica del 29 settembre 1987 il Giudice relatore Renato Dell'Andro; Udito l'Avvocato dello Stato Giorgio Azzariti per il Presidente del Consiglio dei ministri; LA CORTE COSTITUZIONALE. Riuniti i giudizi, dichiara l'illegittimità costituzionale dell'art. 5 c.p. nella parte in cui non esclude dall'inescusabilità dell'ignoranza della

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

democrático reconhece aos cidadãos e manipularia o conceito de ser humano como pessoa,

deixando com que se degradasse da posição prioritária que preenche, na hierarquia dos valores

constitucionais protegidos”.

A decisão nº 37/1985 17 cria uma conexão entre o conceito de dignidade humana e o

reconhecimento ao direito de pensão de alimentos. Quando os estatutos

fornecem, a previsão para o dever de pagar pensão alimentícia é funcional para a proteção de

valores essenciais como a vida e dignidade humana. Tal proteção se deve

solidariedade aos membros da comunidade familiar que estão em estado

possível encontrar outra referência na decisão nº 10/2010 (posteriormente relembrada pela decisão

posterior nº 61/2011), onde a Corte Constitucional

pelo governo central quando for necessár

estiverem em estado de necessidade e são dotados de um direito fundamental, tão conectado à

proteção do cerne irrestringível da dignidade e da pessoa humana, que deve ser respeitado em toda

a Nação de maneira uniforme, apropriada e oportuna, por uma regulamentação coerente com esse

propósito”.

Há uma série de decisões tornando inerente a conexão ente a liberdade de iniciativa

econômica e o valor da dignidade, pretendido, mais uma vez, como uma limitação geral. Por

exemplo, é interessante relembrar a decisão nº 270/2010

17 CC n. 37/1985. SENTENZA nei giudizi riuniti di legittimità costituzionale dell'art. 2, n. 1 del d.P.R. 5 gennaio 1950, n. 180 (Approvazione del testo unico delle leggi concernenti il sequestro, il pignoramento e la csalari e pensioni dei dipendenti dalle pubbliche Amministrazioni), promossi con le seguenti ordinanze: 1) ordinanza emessa il 16 marzo 1977 dal Pretore di Bolzano nel procedimento esecutivo promosso da Del Monego Assunta contro la Provincia autonoma di Bolzano, iscritta al n. 211 del registro ordinanze 1977 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 148 dell'anno 1977; 2) ordinanza emessa il 4 giugno 1981 dal Pretore di Roma nel procedimento esecutivo promosso da Dini Elda ed altra contro Pia Marisa ed altro, iscritta al n. 550 del registro ordinanze 1981 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 325 dell'anno 1981. Visti gli atti di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; udito nell'udienza pubblica dell'11 dicembre 1984 il Giudice relatore Francesco Saja; udito l'Avvocato dello Stato Renato Carafa per il Presidente del Consiglio dei ministri. LA CORTE COSTITUZIONALE riuniti i giudizi, dichiara non fondata nei sensi di cui in motivazione lan. 1, d.P.R. 5 gennaio 1950 n. 180 sollevata in riferimento agli artt. 3 e 24 Cost. dai Pretori di Bolzano e di Roma con le ordinanze indicate in epigrafe. 18 CC n. 270/2010. SENTENZA nei giudizi di leglegge 23 dicembre 2003, n. 347 (Misure urgenti per la ristrutturazione industriale di grandi imprese in stato di insolvenza), convertito, con modificazioni, dalla legge 18 febbraio 200decreto-legge 28 agosto 2008, n. 134 (Disposizioni urgenti in materia di ristrutturazione di grandi imprese in crisi), convertito, con modificazioni, dalla legge 27 ottobre 2008, n. 166, promossi dal Tribil Lazio con tre ordinanze del 27 maggio 2009, rispettivamente iscritte ai nn. 223, 224 e 225 del registro ordinanze 2009 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 37, prima serie speciale, dell’anno 2009.costituzione di Eurofly s.p.a ed altra, del Commissario straordinario di Alitaliaamministrazione straordinaria e di Alitalia Compagnia Aerea Italiana s.p.a. nonché gli atti di intervento del Presidente del Consiglio dei ministri; udito nell’udienza pubblica del 22 giugno 2010 il Giudice relatore Giuseppe Tesauro; uditi gli avvocati Aldo Travi, Romolo Persiani e Cristoforo Osti per la Eurofly s.p.a ed altra, Massimo Luciani, Gian Michele

nº 1 - 2014

democrático reconhece aos cidadãos e manipularia o conceito de ser humano como pessoa,

asse da posição prioritária que preenche, na hierarquia dos valores

cria uma conexão entre o conceito de dignidade humana e o

reconhecimento ao direito de pensão de alimentos. Quando os estatutos especifi

fornecem, a previsão para o dever de pagar pensão alimentícia é funcional para a proteção de

valores essenciais como a vida e dignidade humana. Tal proteção se deve

solidariedade aos membros da comunidade familiar que estão em estado de necessidade”

possível encontrar outra referência na decisão nº 10/2010 (posteriormente relembrada pela decisão

posterior nº 61/2011), onde a Corte Constitucional justificou a invasão de competências regionais

pelo governo central quando for necessário “para garantir a proteção efetiva dos indivíduos que

estiverem em estado de necessidade e são dotados de um direito fundamental, tão conectado à

proteção do cerne irrestringível da dignidade e da pessoa humana, que deve ser respeitado em toda

maneira uniforme, apropriada e oportuna, por uma regulamentação coerente com esse

á uma série de decisões tornando inerente a conexão ente a liberdade de iniciativa

econômica e o valor da dignidade, pretendido, mais uma vez, como uma limitação geral. Por

relembrar a decisão nº 270/2010 18 sobre a liberdade de

CC n. 37/1985. SENTENZA nei giudizi riuniti di legittimità costituzionale dell'art. 2, n. 1 del d.P.R. 5 gennaio 1950, n. 180 (Approvazione del testo unico delle leggi concernenti il sequestro, il pignoramento e la cessione degli stipendi, salari e pensioni dei dipendenti dalle pubbliche Amministrazioni), promossi con le seguenti ordinanze: 1) ordinanza emessa il 16 marzo 1977 dal Pretore di Bolzano nel procedimento esecutivo promosso da Del Monego Assunta contro

rovincia autonoma di Bolzano, iscritta al n. 211 del registro ordinanze 1977 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 148 dell'anno 1977; 2) ordinanza emessa il 4 giugno 1981 dal Pretore di Roma nel procedimento

Elda ed altra contro Pia Marisa ed altro, iscritta al n. 550 del registro ordinanze 1981 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 325 dell'anno 1981. Visti gli atti di intervento del Presidente del

a pubblica dell'11 dicembre 1984 il Giudice relatore Francesco Saja; udito l'Avvocato dello Stato Renato Carafa per il Presidente del Consiglio dei ministri. LA CORTE COSTITUZIONALE riuniti i giudizi, dichiara non fondata nei sensi di cui in motivazione la questione di legittimità costituzionale dell'art. 2, n. 1, d.P.R. 5 gennaio 1950 n. 180 sollevata in riferimento agli artt. 3 e 24 Cost. dai Pretori di Bolzano e di Roma con le

CC n. 270/2010. SENTENZA nei giudizi di legittimità costituzionale dell’articolo 4, comma 4-quinquies, del decretolegge 23 dicembre 2003, n. 347 (Misure urgenti per la ristrutturazione industriale di grandi imprese in stato di insolvenza), convertito, con modificazioni, dalla legge 18 febbraio 2004, n. 39, introdotto dall’articolo 1, comma 10, del

legge 28 agosto 2008, n. 134 (Disposizioni urgenti in materia di ristrutturazione di grandi imprese in crisi), convertito, con modificazioni, dalla legge 27 ottobre 2008, n. 166, promossi dal Tribunale amministrativo regionale per il Lazio con tre ordinanze del 27 maggio 2009, rispettivamente iscritte ai nn. 223, 224 e 225 del registro ordinanze 2009 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 37, prima serie speciale, dell’anno 2009.costituzione di Eurofly s.p.a ed altra, del Commissario straordinario di Alitalia-Linee Aeree Italiane s.p.a. in amministrazione straordinaria e di Alitalia Compagnia Aerea Italiana s.p.a. nonché gli atti di intervento del Presidente

Consiglio dei ministri; udito nell’udienza pubblica del 22 giugno 2010 il Giudice relatore Giuseppe Tesauro; uditi gli avvocati Aldo Travi, Romolo Persiani e Cristoforo Osti per la Eurofly s.p.a ed altra, Massimo Luciani, Gian Michele

democrático reconhece aos cidadãos e manipularia o conceito de ser humano como pessoa,

asse da posição prioritária que preenche, na hierarquia dos valores

cria uma conexão entre o conceito de dignidade humana e o

especificamente a

fornecem, a previsão para o dever de pagar pensão alimentícia é funcional para a proteção de

valores essenciais como a vida e dignidade humana. Tal proteção se deve “a razões de

de necessidade”. É

possível encontrar outra referência na decisão nº 10/2010 (posteriormente relembrada pela decisão

a invasão de competências regionais

“para garantir a proteção efetiva dos indivíduos que

estiverem em estado de necessidade e são dotados de um direito fundamental, tão conectado à

proteção do cerne irrestringível da dignidade e da pessoa humana, que deve ser respeitado em toda

maneira uniforme, apropriada e oportuna, por uma regulamentação coerente com esse

á uma série de decisões tornando inerente a conexão ente a liberdade de iniciativa

econômica e o valor da dignidade, pretendido, mais uma vez, como uma limitação geral. Por

sobre a liberdade de iniciativa

CC n. 37/1985. SENTENZA nei giudizi riuniti di legittimità costituzionale dell'art. 2, n. 1 del d.P.R. 5 gennaio 1950, essione degli stipendi,

salari e pensioni dei dipendenti dalle pubbliche Amministrazioni), promossi con le seguenti ordinanze: 1) ordinanza emessa il 16 marzo 1977 dal Pretore di Bolzano nel procedimento esecutivo promosso da Del Monego Assunta contro

rovincia autonoma di Bolzano, iscritta al n. 211 del registro ordinanze 1977 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 148 dell'anno 1977; 2) ordinanza emessa il 4 giugno 1981 dal Pretore di Roma nel procedimento

Elda ed altra contro Pia Marisa ed altro, iscritta al n. 550 del registro ordinanze 1981 e pubblicata nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 325 dell'anno 1981. Visti gli atti di intervento del Presidente del

a pubblica dell'11 dicembre 1984 il Giudice relatore Francesco Saja; udito l'Avvocato dello Stato Renato Carafa per il Presidente del Consiglio dei ministri. LA CORTE COSTITUZIONALE

questione di legittimità costituzionale dell'art. 2, n. 1, d.P.R. 5 gennaio 1950 n. 180 sollevata in riferimento agli artt. 3 e 24 Cost. dai Pretori di Bolzano e di Roma con le

quinquies, del decreto-legge 23 dicembre 2003, n. 347 (Misure urgenti per la ristrutturazione industriale di grandi imprese in stato di

4, n. 39, introdotto dall’articolo 1, comma 10, del legge 28 agosto 2008, n. 134 (Disposizioni urgenti in materia di ristrutturazione di grandi imprese in crisi),

unale amministrativo regionale per il Lazio con tre ordinanze del 27 maggio 2009, rispettivamente iscritte ai nn. 223, 224 e 225 del registro ordinanze 2009 e pubblicate nella Gazzetta Ufficiale della Repubblica n. 37, prima serie speciale, dell’anno 2009. Visti gli atti di

Linee Aeree Italiane s.p.a. in amministrazione straordinaria e di Alitalia Compagnia Aerea Italiana s.p.a. nonché gli atti di intervento del Presidente

Consiglio dei ministri; udito nell’udienza pubblica del 22 giugno 2010 il Giudice relatore Giuseppe Tesauro; uditi gli avvocati Aldo Travi, Romolo Persiani e Cristoforo Osti per la Eurofly s.p.a ed altra, Massimo Luciani, Gian Michele

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

econômica e competição de mercado. No caso em questão o

que “a iniciativa privada econômica não pode ser exercida de maneira contrária a utilidade social

ou de maneira que prejudique a segurança, liberdade e dign

“toda atividade econômica, pública ou privada, pode ser dirigida e coordenada para implementar

os propósitos sociais”. Portanto, não é surpreendente que a Corte chegou à conclusão que

previsão constitucional permite regulamentações que podem garantir a proteção de interesses sem

relação alguma com a proteção do mercado competitivo”.

Duas outras decisões da C

perspectiva diferente, mas coerente. Nesses casos, os juíz

limitação da liberdade de iniciativa econômica para proteger o valor da dignidade humana. A Corte

decidiu que “atividades humanas podem ser exercidas de muitas maneiras diferentes e uma

regulamentação com a intenção de

as atividades humanas sem que leve em consideração os diferentes modos de vida”

estabelecido nas decisões da Corte

427/1995, nº 479/1987, nº 125/1963

Observa-se que a jurisprudência constitucional tem delineado um conceito de dignidade

humana apto para funcionar como um

constitucionalmente, simplesmente porque representa o único limite qu

respeitar e seguir”.

Dentro dessa perspectiva,

constitucional’ comparado com outras liberdades protegidas pelos artigos 13 e seguintes

Magna italiana e com direitos huma

utilizada, no contexto da hierarquia dos valores constitucionais,

Roberti e Filippo Lattanzi per l’Alitalia Compagnia Aerea Italiana s.p.a., Mario Sanino per il Commissario straordinario di Alitalia-Linee Aeree Italiane s.p.a. in amministrazione straordinaria e l’avvocato dello Stato Paolo Gentili per il Presidente del Consiglio dei ministri. LA CORTE COSTITUZIONALE riuniti i giudizi, dichiara inammissibile l’intervento della Alitalia-Linee Aeree Italiane s.p.a., in amministrazione straordinaria, in persona del Commissario straordinario, nel giudizio introdotto dall’ordinanza iscritta nel r.legittimità costituzionale dell’articolo 4, comma 4urgenti per la ristrutturazione industriale di grandi imprese in stato di insolvenza)legge 18 febbraio 2004, n. 39, introdotto dall’articolo 1, comma 10, del decreto(Disposizioni urgenti in materia di ristrutturazione di grandi imprese in crisi), convertito, con modificaz27 ottobre 2008, n. 166, sollevata, in riferimento agli articoli 3 e 41 della Costituzione, dal Tribunale amministrativo regionale del Lazio, con le ordinanze indicate in epigrafe.

nº 1 - 2014

de mercado. No caso em questão o artigo 42 da Constituição estabelece

“a iniciativa privada econômica não pode ser exercida de maneira contrária a utilidade social

ou de maneira que prejudique a segurança, liberdade e dignidade humana”. A Corte afirmou

“toda atividade econômica, pública ou privada, pode ser dirigida e coordenada para implementar

. Portanto, não é surpreendente que a Corte chegou à conclusão que

gulamentações que podem garantir a proteção de interesses sem

relação alguma com a proteção do mercado competitivo”.

Corte Constitucional nº 111/1974 e 12/1970

perspectiva diferente, mas coerente. Nesses casos, os juízes constitucionais consentiram a uma

limitação da liberdade de iniciativa econômica para proteger o valor da dignidade humana. A Corte

“atividades humanas podem ser exercidas de muitas maneiras diferentes e uma

regulamentação com a intenção de proteger a dignidade e individualidade humana não pode reger

as atividades humanas sem que leve em consideração os diferentes modos de vida”

orte Constitucional nº 345/2005, nº 161/2005, nº 419/2000, nº

479/1987, nº 125/1963.

a jurisprudência constitucional tem delineado um conceito de dignidade

humana apto para funcionar como um “limite visado pelas liberdades protegidas

constitucionalmente, simplesmente porque representa o único limite que elas sempre devem

“dignidade humana termina por constituir um valor ‘super

m outras liberdades protegidas pelos artigos 13 e seguintes

e com direitos humanos invioláveis”. Há de ser ressaltar que

utilizada, no contexto da hierarquia dos valores constitucionais, tem a função de lei coercitiva

ttanzi per l’Alitalia Compagnia Aerea Italiana s.p.a., Mario Sanino per il Commissario straordinario Linee Aeree Italiane s.p.a. in amministrazione straordinaria e l’avvocato dello Stato Paolo Gentili per il

i. LA CORTE COSTITUZIONALE riuniti i giudizi, dichiara inammissibile Linee Aeree Italiane s.p.a., in amministrazione straordinaria, in persona del Commissario

straordinario, nel giudizio introdotto dall’ordinanza iscritta nel r.o. n. 225 del 2009; dichiara non fondata la questione di legittimità costituzionale dell’articolo 4, comma 4-quinquies, del decreto-legge 23 dicembre 2003, n. 347 (Misure urgenti per la ristrutturazione industriale di grandi imprese in stato di insolvenza), convertito, con modificazioni, dalla legge 18 febbraio 2004, n. 39, introdotto dall’articolo 1, comma 10, del decreto-legge 28 agosto 2008, n. 134 (Disposizioni urgenti in materia di ristrutturazione di grandi imprese in crisi), convertito, con modificaz27 ottobre 2008, n. 166, sollevata, in riferimento agli articoli 3 e 41 della Costituzione, dal Tribunale amministrativo regionale del Lazio, con le ordinanze indicate in epigrafe.

go 42 da Constituição estabelece

“a iniciativa privada econômica não pode ser exercida de maneira contrária a utilidade social

A Corte afirmou que

“toda atividade econômica, pública ou privada, pode ser dirigida e coordenada para implementar

. Portanto, não é surpreendente que a Corte chegou à conclusão que “a

gulamentações que podem garantir a proteção de interesses sem

apontaram uma

es constitucionais consentiram a uma

limitação da liberdade de iniciativa econômica para proteger o valor da dignidade humana. A Corte

“atividades humanas podem ser exercidas de muitas maneiras diferentes e uma

proteger a dignidade e individualidade humana não pode reger

as atividades humanas sem que leve em consideração os diferentes modos de vida”, conforme

nº 345/2005, nº 161/2005, nº 419/2000, nº

a jurisprudência constitucional tem delineado um conceito de dignidade

“limite visado pelas liberdades protegidas

e elas sempre devem

“dignidade humana termina por constituir um valor ‘super

m outras liberdades protegidas pelos artigos 13 e seguintes da Carta

que “a expressão

tem a função de lei coercitiva

ttanzi per l’Alitalia Compagnia Aerea Italiana s.p.a., Mario Sanino per il Commissario straordinario Linee Aeree Italiane s.p.a. in amministrazione straordinaria e l’avvocato dello Stato Paolo Gentili per il

i. LA CORTE COSTITUZIONALE riuniti i giudizi, dichiara inammissibile Linee Aeree Italiane s.p.a., in amministrazione straordinaria, in persona del Commissario

o. n. 225 del 2009; dichiara non fondata la questione di legge 23 dicembre 2003, n. 347 (Misure

, convertito, con modificazioni, dalla legge 28 agosto 2008, n. 134

(Disposizioni urgenti in materia di ristrutturazione di grandi imprese in crisi), convertito, con modificazioni, dalla legge 27 ottobre 2008, n. 166, sollevata, in riferimento agli articoli 3 e 41 della Costituzione, dal Tribunale amministrativo

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

substancial ou valor/princípio fundador na base da natureza teleologicamente personalista do

sistema de direito italiano”. (RUGGERI, SPA

Num estudo recente (2013), intitulado

prestigiado jurista e político italiano, chama oportunamente a atenção para o conceito de dignidade

da pessoa humana.

Assevera Rodotà que da Constituição italiana de 47

de dignidade da pessoa, e não apenas o do sujeito abstrato de direitos, passou a constituir o

fundamento constitucional da ação política democrática.

Este conceito de dignidade humana não se reduz, todavia, ao respeito por parte do Estado

(ou de outros poderes) pela liberdade ou pela igualdade abstrata de cada pessoa, convertendo

também no reconhecimento de que, a cada uma delas, devem assistir, para tant

susceptíveis de assegurar uma vida material e culturalmente decente.

Porém, a justa medida dessas condições não se resume ao reconhecimento de um mínimo

essencial à sua sobrevivência, assumindo verdadeiramente o direito a um conjunto de meios

materiais e culturais que permitam estar livremente em sociedade, num plano de dignidade igual à

dos demais cidadãos.

As políticas que estas constituições consentem são, portanto, as que podem dar expressão a

uma transformação da realidade que tenha como o

a sua dignidade humana.

Ou, como explicita o insigne jurista italiano

igualdade para evitar discriminações ou estigmatizações sociais".

Toda a atividade política tem assim, obrigatoriamente, de emanar do cumprimento desse

desígnio, devendo as leis que lhe dão corpo ser apreciadas em função do maior ou menor

afastamento desse fundamento.

Rodotà, ao caracterizar o conceito de dignidade, refere que, nesta perspect

abstrato encarna a pessoa concreta"

mercado.

Rodotà é um homem que se expressa politicamente na área da esquerda.

Em um discurso mais vasto, ouvimos

realidade atual dizendo que: "A alegria de viver desvanece

respeito e a violência, a desigualdade social torna

nº 1 - 2014

substancial ou valor/princípio fundador na base da natureza teleologicamente personalista do

(RUGGERI, SPADARO, 1991, p. 228).

Num estudo recente (2013), intitulado "La Revoluzione della Dignitá", Stefano Rodotà, um

prestigiado jurista e político italiano, chama oportunamente a atenção para o conceito de dignidade

e da Constituição italiana de 47 à Constituição alemã de 49 o conceito

de dignidade da pessoa, e não apenas o do sujeito abstrato de direitos, passou a constituir o

fundamento constitucional da ação política democrática.

conceito de dignidade humana não se reduz, todavia, ao respeito por parte do Estado

(ou de outros poderes) pela liberdade ou pela igualdade abstrata de cada pessoa, convertendo

também no reconhecimento de que, a cada uma delas, devem assistir, para tant

susceptíveis de assegurar uma vida material e culturalmente decente.

Porém, a justa medida dessas condições não se resume ao reconhecimento de um mínimo

essencial à sua sobrevivência, assumindo verdadeiramente o direito a um conjunto de meios

materiais e culturais que permitam estar livremente em sociedade, num plano de dignidade igual à

As políticas que estas constituições consentem são, portanto, as que podem dar expressão a

uma transformação da realidade que tenha como objetivo a qualificação da sua condição de pessoas:

Ou, como explicita o insigne jurista italiano, "o princípio da liberdade conjuga

igualdade para evitar discriminações ou estigmatizações sociais".

ica tem assim, obrigatoriamente, de emanar do cumprimento desse

desígnio, devendo as leis que lhe dão corpo ser apreciadas em função do maior ou menor

Rodotà, ao caracterizar o conceito de dignidade, refere que, nesta perspect

abstrato encarna a pessoa concreta", tornando-a irredutível à condição de objeto ou variante do

Rodotà é um homem que se expressa politicamente na área da esquerda.

mais vasto, ouvimos, entretanto, o Papa Francisco manifestar sobre a

"A alegria de viver desvanece-se frequentemente; crescem a falta de

dade social torna-se cada vez mais patente”...

substancial ou valor/princípio fundador na base da natureza teleologicamente personalista do

, Stefano Rodotà, um

prestigiado jurista e político italiano, chama oportunamente a atenção para o conceito de dignidade

à Constituição alemã de 49 o conceito

de dignidade da pessoa, e não apenas o do sujeito abstrato de direitos, passou a constituir o

conceito de dignidade humana não se reduz, todavia, ao respeito por parte do Estado

(ou de outros poderes) pela liberdade ou pela igualdade abstrata de cada pessoa, convertendo-se

também no reconhecimento de que, a cada uma delas, devem assistir, para tanto, condições

Porém, a justa medida dessas condições não se resume ao reconhecimento de um mínimo

essencial à sua sobrevivência, assumindo verdadeiramente o direito a um conjunto de meios

materiais e culturais que permitam estar livremente em sociedade, num plano de dignidade igual à

As políticas que estas constituições consentem são, portanto, as que podem dar expressão a

bjetivo a qualificação da sua condição de pessoas:

, "o princípio da liberdade conjuga-se com o da

ica tem assim, obrigatoriamente, de emanar do cumprimento desse

desígnio, devendo as leis que lhe dão corpo ser apreciadas em função do maior ou menor

Rodotà, ao caracterizar o conceito de dignidade, refere que, nesta perspectiva, "o sujeito

a irredutível à condição de objeto ou variante do

anifestar sobre a

se frequentemente; crescem a falta de

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

4 O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e a Constituição Brasileira de 1988

No final da década de 1970 no Brasil, sob o peso dos fracassos econômicos e da pressão

social, após anos de assassinatos e perseguições, a Ditadura Militar que instaurara um reg

autoritário que suprimiu todos os direitos e liberdades básicas dos cidadãos, iniciou um lento e

progressivo processo de abertura política e de redemocratização. O processo de democratização no

Brasil iniciou-se em 1985, inclusive com eleições no ano s

que se reuniriam em Assembleia Constituinte

A tortura e outras formas de desrespeito à pessoa humana, praticados durante o regime

militar, outorgaram ao constituinte brasileiro

Carta Magna um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito da República Federativa do

Brasil, qual seja, a dignidade da pessoa humana

República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do

Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III. a

dignidade da pessoa humana”.

O estudo deste tópico, inserido no inciso III da Constituição brasileira,

demonstrativa do forte elo existente

constitucionais europeus, em especial o italiano, objeto de estudo, e usado

como modelo para a Carta Magna de 1988

Convém observar, no que tange

humana, que o Brasil adota a concepção de personalismo humanista, característica do

constitucionalismo de valores que car

da pessoa humana como fundamento do Estado

A República Federativa do Brasil constitui

precisa prescrição do artigo 1º da Carta

meio, concebido como instrumento a serviço do ser humano.

Na Europa, a civilização cristã ocidental

homem é uma pessoa, isto é, um ser, individual e social, material

transcendente, e, consequentemente

preservados e promovidos pelo Estado

ideia do Estado a serviço da dignidade e do

democrático.

nº 1 - 2014

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e a Constituição Brasileira de 1988

No final da década de 1970 no Brasil, sob o peso dos fracassos econômicos e da pressão

social, após anos de assassinatos e perseguições, a Ditadura Militar que instaurara um reg

autoritário que suprimiu todos os direitos e liberdades básicas dos cidadãos, iniciou um lento e

progressivo processo de abertura política e de redemocratização. O processo de democratização no

se em 1985, inclusive com eleições no ano seguinte para os representantes do p

ia Constituinte (PIOVESAN, 2010, p. 429).

tortura e outras formas de desrespeito à pessoa humana, praticados durante o regime

onstituinte brasileiro de 1988, a motivação e justificativa para inserir

um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito da República Federativa do

a dignidade da pessoa humana, ao dispor, em seu artigo 1º, III,

República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do

se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III. a

inserido no inciso III da Constituição brasileira, cinge

demonstrativa do forte elo existente, entre o ordenamento brasileiro e os ordenamentos

, em especial o italiano, objeto de estudo, e usado pelo legislador brasil

para a Carta Magna de 1988.

no que tange à constitucionalização do princípio da dignidade da pessoa

a concepção de personalismo humanista, característica do

constitucionalismo de valores que caracteriza a própria cultura ocidental da atualidade.

da pessoa humana como fundamento do Estado.

A República Federativa do Brasil constitui-se em um Estado Democrático de Direit

Carta Magna. No regime democrático, o Estado não é fim

meio, concebido como instrumento a serviço do ser humano.

a Europa, a civilização cristã ocidental consolidou-se no princípio da concepção de que o

essoa, isto é, um ser, individual e social, material, porém espiritualmente aberto ao

consequentemente, dotado de dignidade e de direitos fundamentais a serem

rvados e promovidos pelo Estado. Foi no âmbito dessa nova civilização que se consolidou a

ideia do Estado a serviço da dignidade e dos direitos da pessoa. Esta é a ideia do Estado

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e a Constituição Brasileira de 1988

No final da década de 1970 no Brasil, sob o peso dos fracassos econômicos e da pressão

social, após anos de assassinatos e perseguições, a Ditadura Militar que instaurara um regime

autoritário que suprimiu todos os direitos e liberdades básicas dos cidadãos, iniciou um lento e

progressivo processo de abertura política e de redemocratização. O processo de democratização no

eguinte para os representantes do povo

tortura e outras formas de desrespeito à pessoa humana, praticados durante o regime

ivação e justificativa para inserir na

um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito da República Federativa do

artigo 1º, III, in verbis: “A

República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do

se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III. a

cinge-se na análise

, entre o ordenamento brasileiro e os ordenamentos

pelo legislador brasileiro

à constitucionalização do princípio da dignidade da pessoa

a concepção de personalismo humanista, característica do

da atualidade. A dignidade

Estado Democrático de Direito, na

, o Estado não é fim, mas

concepção de que o

espiritualmente aberto ao

, dotado de dignidade e de direitos fundamentais a serem

. Foi no âmbito dessa nova civilização que se consolidou a

a ideia do Estado

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

A Constituição brasileira de 1988

fez por diversas motivações, dentre

edição, enquanto violador de direitos fundamentais e, por isso, desrespeitador da dignidade da

pessoa humana, na condução dos negócios de Estado.

O constituinte buscou inspiração nas

e Espanha, tornando expresso o compromisso jurídico com a dignidade da pessoa humana. A

Constituição da República Federativa do Brasil

brasileiro, a instituir um título próprio na parte inaugural do texto, logo após o preâmbulo e ant

dos direitos fundamentais, destacando uma

destes princípios.

Observa-se que na história do constitucionalismo pátrio, é a primeira vez que aparece

positivado o princípio da dignidade da pessoa humana

Direito.

A intenção do legislador constitucional,

próprio, foi a de outorgar a esses princípios

fundamentais, da ordem normativa, revelando que mesmo num Estado constitucional democrático

se tornam necessárias (necessidade que se fez sentir da forma mais cont

sucedeu a Segunda Grande Guerra) certas vinculações de cunho material para fazer frente aos

aspectos da ditadura e do totalitarismo

Tal é o relevo dado pelo legislador constituinte ao princípio da dignidade da pessoa humana

que ele aparece expresso em várias outras disposições da arquitetura constitucional. Assim no artigo

170, caput, dispondo que “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na

livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça

social...”

De igual modo, no título da ordem social

idoso – previu o artigo 226, parágrafo 6º

dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, assegurando o direito à dignid

criança e ao adolescente previsto no artigo 227, caput

Logo, a dignidade da pessoa humana, conquanto tardiamente reconhecida no plano

normativo, está induvidosamente positivada na ordem constitucional pátria. Constitui, sem dúvida,

princípio normativo fundamental, com a qualificação

jurídica.

nº 1 - 2014

brasileira de 1988, ao dispor o princípio da dignidade da pessoa humana

motivações, dentre elas a de exorcizar o período autoritário antecedente à sua

quanto violador de direitos fundamentais e, por isso, desrespeitador da dignidade da

pessoa humana, na condução dos negócios de Estado.

buscou inspiração nas constituições congêneres da Alemanha, Itália, Portugal

sso o compromisso jurídico com a dignidade da pessoa humana. A

Federativa do Brasil de 1988 foi pioneira, no constitucionalismo

brasileiro, a instituir um título próprio na parte inaugural do texto, logo após o preâmbulo e ant

destacando uma manifesta homenagem ao especial significado e função

na história do constitucionalismo pátrio, é a primeira vez que aparece

positivado o princípio da dignidade da pessoa humana como fundamento do Estado Demo

legislador constitucional, ao instituir os princípios fundamentais em título

a esses princípios o “núcleo substancial, formado pelas decisões

normativa, revelando que mesmo num Estado constitucional democrático

se tornam necessárias (necessidade que se fez sentir da forma mais contundente no período que

Segunda Grande Guerra) certas vinculações de cunho material para fazer frente aos

aspectos da ditadura e do totalitarismo”. (SARLET, 2011, p. 61)

é o relevo dado pelo legislador constituinte ao princípio da dignidade da pessoa humana

expresso em várias outras disposições da arquitetura constitucional. Assim no artigo

“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na

livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça

De igual modo, no título da ordem social – capítulo relativo à família, criança

previu o artigo 226, parágrafo 6º o planejamento familiar fundado nos princípios da

dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, assegurando o direito à dignid

sto no artigo 227, caput.

Logo, a dignidade da pessoa humana, conquanto tardiamente reconhecida no plano

normativo, está induvidosamente positivada na ordem constitucional pátria. Constitui, sem dúvida,

princípio normativo fundamental, com a qualificação de norma jurídica fundamental da ordem

da dignidade da pessoa humana, o

a de exorcizar o período autoritário antecedente à sua

quanto violador de direitos fundamentais e, por isso, desrespeitador da dignidade da

congêneres da Alemanha, Itália, Portugal

sso o compromisso jurídico com a dignidade da pessoa humana. A

, no constitucionalismo

brasileiro, a instituir um título próprio na parte inaugural do texto, logo após o preâmbulo e antes

ial significado e função

na história do constitucionalismo pátrio, é a primeira vez que aparece

como fundamento do Estado Democrático de

princípios fundamentais em título

“núcleo substancial, formado pelas decisões

normativa, revelando que mesmo num Estado constitucional democrático

undente no período que

Segunda Grande Guerra) certas vinculações de cunho material para fazer frente aos

é o relevo dado pelo legislador constituinte ao princípio da dignidade da pessoa humana

expresso em várias outras disposições da arquitetura constitucional. Assim no artigo

“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na

livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça

lativo à família, criança, adolescente e

o planejamento familiar fundado nos princípios da

dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, assegurando o direito à dignidade à

Logo, a dignidade da pessoa humana, conquanto tardiamente reconhecida no plano

normativo, está induvidosamente positivada na ordem constitucional pátria. Constitui, sem dúvida,

fundamental da ordem

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

Denota-se que a Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988 trouxe

maior liberdade e direitos ao cidadão, ficando conhecida por “

centrado na segurança, no bem-estar, na igualdade e na justiça social, apresentando assim o Estado

Democrático, que tem por finalidade garantir os direitos individuais, baseados nos princípios da

solidariedade e da dignidade da pessoa humana. É uma

da pessoa humana como nenhuma outra o fez.

5 Conclusão

Em virtude dos fatos mencionados

sobre o princípio da dignidade da pessoa humana

sua origem histórico-filosófica. Para a devida compreensão d

constitucional, fez-se necessária uma

italiano e brasileiro.

É imprescindível que todos se conscientizem de que

verificação que, ambas as sociedades, italiana

detentores do poder durante certo período de tempo,

constitucionais dos direitos fundamentais, garantidores do princípio da dignidade da pessoa

humana.

Levando-se em consideração os aspectos abordados, os direitos fundamentais evoluíram

com grande intensidade no sentid

necessário ampliar o conceito desses valores e promover a emancipação da sociedade, no sentido de

distribuir de forma justa e equilibrada

Em vista dos argumentos apresentados c

ainda é a marca; ante a um contexto de vida onde o capitalismo e outras ideologias alimentam o

individualismo; ante aos reclamos da atualidade, em que valores e vidas são cons

depredados, pondo em risco o próprio planeta, só resta à

solidário para a raça humana.

Assim, propõe-se a reflexão a respeito do estado

possibilidade de se admitir o outro não

nós”.

Acredita-se que cabe aos operadores do Direito esse papel de transformação, utilizando a

dignidade da pessoa humana como hermenêutica

nº 1 - 2014

se que a Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988 trouxe

maior liberdade e direitos ao cidadão, ficando conhecida por “Constituição Cidadã

estar, na igualdade e na justiça social, apresentando assim o Estado

por finalidade garantir os direitos individuais, baseados nos princípios da

solidariedade e da dignidade da pessoa humana. É uma Carta que valoriza o conceito da dignidade

da pessoa humana como nenhuma outra o fez.

Em virtude dos fatos mencionados buscou-se, diante da pesquisa realizada, uma reflexão

sobre o princípio da dignidade da pessoa humana no direito constitucional comparado

Para a devida compreensão da abrangência de

se necessária uma análise teórica do seu conceito no ordenamento jurídico

imprescindível que todos se conscientizem de que estas digressões

ambas as sociedades, italiana e brasileira, sofreram abusos constantes por parte dos

to período de tempo, fazendo com que priorizassem

constitucionais dos direitos fundamentais, garantidores do princípio da dignidade da pessoa

se em consideração os aspectos abordados, os direitos fundamentais evoluíram

com grande intensidade no sentido de proteger o indivíduo em sua dignidade, porém, se faz

necessário ampliar o conceito desses valores e promover a emancipação da sociedade, no sentido de

justa e equilibrada o que, pelo trabalho de todos, foi e é conquistado.

dos argumentos apresentados conclui-se que ante uma sociedade cuja desigualdade

ainda é a marca; ante a um contexto de vida onde o capitalismo e outras ideologias alimentam o

individualismo; ante aos reclamos da atualidade, em que valores e vidas são cons

co o próprio planeta, só resta à esperança de um projeto

a reflexão a respeito do estado da humanidade, e de imaginar

não como “alguém além de nós”, mas sim enquanto

abe aos operadores do Direito esse papel de transformação, utilizando a

nidade da pessoa humana como hermenêutica, a partir da Constituição Federal, sempre

se que a Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988 trouxe

Constituição Cidadã”, com o foco

estar, na igualdade e na justiça social, apresentando assim o Estado

por finalidade garantir os direitos individuais, baseados nos princípios da

Carta que valoriza o conceito da dignidade

se, diante da pesquisa realizada, uma reflexão

no direito constitucional comparado a partir da

a abrangência deste princípio

no ordenamento jurídico

stas digressões objetivaram a

brasileira, sofreram abusos constantes por parte dos

fazendo com que priorizassem os textos

constitucionais dos direitos fundamentais, garantidores do princípio da dignidade da pessoa

se em consideração os aspectos abordados, os direitos fundamentais evoluíram

o de proteger o indivíduo em sua dignidade, porém, se faz

necessário ampliar o conceito desses valores e promover a emancipação da sociedade, no sentido de

o que, pelo trabalho de todos, foi e é conquistado.

uma sociedade cuja desigualdade

ainda é a marca; ante a um contexto de vida onde o capitalismo e outras ideologias alimentam o

individualismo; ante aos reclamos da atualidade, em que valores e vidas são constantemente

esperança de um projeto ainda mais

de imaginar-se a

enquanto “alguém em

abe aos operadores do Direito esse papel de transformação, utilizando a

, a partir da Constituição Federal, sempre

Revista Virtual Direito Brasil – Volume 8 –

objetivando a ampliação do princípio da solidariedade humana para além das fronteiras das

palavras, reconhecendo que a civilização só

projeto de vida que leve em consideração

sempre melhor e em busca do seu maior

Quem sabe analisando as palavras de René Descartes

seja feliz sem que o outro também seja”...

Ou, parafraseando madre Teresa de Calcuta

nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”...

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nº 1 - 2014

ação do princípio da solidariedade humana para além das fronteiras das

palavras, reconhecendo que a civilização só evoluiu e evoluirá se todos puderem

projeto de vida que leve em consideração sua essência de seres sociais a caminho de um mundo

maior objetivo: O Direito à Felicidade.

Quem sabe analisando as palavras de René Descartes “Humanamente não existe um ser que

seja feliz sem que o outro também seja”...

arafraseando madre Teresa de Calcuta “Não devemos permitir que alguém saia da

nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”...

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a caminho de um mundo

Humanamente não existe um ser que

permitir que alguém saia da

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