asbases -...

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As bases da cartografia A orienta~ao no espa~o Se tivessemos de nos orientarno deserto ou no inte- rior de uma floresta, como farfamos? E 0 pilato de um aviao ou 0 comandante de um grande navio? Em que eles se baseiam para determinar adire<;ao de vao ou de navega<;ao? No interior das cidades, usamos as pra<;as, as igrejas, os ediffcios, as lojas e outros lugares como pontes de referencia quando desejamos nos deslocar de um local para outro. Nas estradas, utilizamos as paradas de ani- bus, as esta<;6es de trem e os cruzamentos, bem como as cidades, as vilas e os povoados que ficam a beira das rodovias. Mas nao se pode contar com esses tipos de pontes de referencia nos casas mencionados acima. Sao neces- sarios pontes de referencia que indiquem dire<;6es segu- ras e exatas, em qualquer local da superffcie da Terra. Por isso,foram definidos pontos globais de referencia, cha- mados de pontos cardeais. Sao quatro os pontos cardeais: norte (N); suI (S); les- te (L); oeste (0). Nas posi<;6es intermediarias aos pontes cardeais, existem os pontos colaterais: nordeste (NE) - entre 0 norte e 0 leste -; noroeste (NO) - entre 0 nortee 0 oeste -; sudeste (5E) - entre 0 sui e 0 leste -; sudoes- te (50) - entre 0 sui eo oeste. Nas posi<;6es intermediarias aos pontes cardeais e colaterais, existem os pontos subcolaterais: norte-nordes- te (N-NE); norte-noroeste (N-NO); sul-sudeste (5-5E); sul- sudoeste (5-50); leste-nordeste (L-NE); leste-sudeste (L-5E); oeste-noroeste (O-NO) e oeste-sudoeste (0-50). Reunidos, os pontes cardeais, colaterais e subcolate- rais formam uma figura chamada rosa-dos-ventos, indis- pensavel para indicar corretamente as dire<;6es de nossos deslocamentos (figura a seguir). 5e conhecermos qualquer uma das dire<;6es dadas por umdos pontes globais de referencia, bastafazer coin- cidir a dire<;ao conhecida com a dire<;ao correspondente da' rosa-dos-ventos para term os as demais dire<;6es. E impor- tante lembrar que devemos nos considerar no centro da rosa-dos-ventos. Outras denomina~6es dos pontos cardeais e colaterais * Nortee chamado de setentriao - setentrional e boreal sac adjetivos referentes ao norte; por exemplo, quando alguem diz que mora na parte setentrional da cidade, esta informando que sua casa fica na zona norte da cidade. * 5ul eo mesmo que meridiao - meridional e aus- tral sac adjetivos relativosao suI.

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As basesda cartografia

A orienta~ao no espa~oSe tivessemos de nos orientar no deserto ou no inte-

rior de uma floresta, como farfamos? E 0 pilato de um

aviao ou 0 comandante de um grande navio? Em que

eles se baseiam para determinar a dire<;ao de vao ou de

navega<;ao?

No interior das cidades, usamos as pra<;as, as igrejas,os ediffcios, as lojas e outros lugares como pontes de

referencia quando desejamos nos deslocar de um local

para outro. Nas estradas, utilizamos as paradas de ani-

bus, as esta<;6es de trem e os cruzamentos, bem como ascidades, as vilas e os povoados que ficam a beira dasrodovias.

Mas nao se pode contar com esses tipos de pontesde referencia nos casas mencionados acima. Sao neces-

sarios pontes de referencia que indiquem dire<;6es segu-

ras e exatas, em qualquer local da superffcie da Terra. Por

isso, foram definidos pontos globais de referencia, cha-

mados de pontos cardeais.

Sao quatro os pontos cardeais: norte (N); suI (S); les-te (L); oeste (0).

Nas posi<;6es intermediarias aos pontes cardeais,existem os pontos colaterais: nordeste (NE) - entre 0

norte e 0 leste -; noroeste (NO) - entre 0 norte e 0

oeste -; sudeste (5E) - entre 0 sui e 0 leste -; sudoes-te (50) - entre 0 sui eo oeste.

Nas posi<;6es intermediarias aos pontes cardeais e

colaterais, existem os pontos subcolaterais: norte-nordes-te (N-NE); norte-noroeste (N-NO); sul-sudeste (5-5E); sul-sudoeste (5-50); leste-nordeste (L-NE); leste-sudeste(L-5E); oeste-noroeste (O-NO) e oeste-sudoeste (0-50).

Reunidos, os pontes cardeais, colaterais e subcolate-

rais formam uma figura chamada rosa-dos-ventos, indis-

pensavel para indicar corretamente as dire<;6es de nossos

deslocamentos (figura a seguir).

5e conhecermos qualquer uma das dire<;6es dadaspor um dos pontes globais de referencia, basta fazer coin-cidir a dire<;ao conhecida com a dire<;ao correspondente da'rosa-dos-ventos para term os as demais dire<;6es. E impor-tante lembrar que devemos nos considerar no centro darosa-dos-ventos.

Outras denomina~6esdos pontos cardeais e colaterais* Norte e chamado de setentriao - setentrional e

boreal sac adjetivos referentes ao norte; porexemplo, quando alguem diz que mora na partesetentrional da cidade, esta informando que suacasa fica na zona norte da cidade.

* 5ul eo mesmo que meridiao - meridional e aus-tral sac adjetivos relativos ao suI.

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* Leste 12 oriente e orientale 0 adjetivo que dafprovem.

* Oeste 12 ocidente e ocidental 0 adjetivo.

As denominac;oes oriental e ocidental tambem po-

dem ser usadas para designar pontos colaterais: norte-oriental, ou nordeste; norte-ocidental, ou noroeste;suI-oriental, ou sudeste; e sul-ocidental, ou sudoeste.

Como encontrar os pontos cardeaisNa verdade, nao 12 muito facil determinar com preci-

saGos pontos cardeais; isso 12 tarefa para os cart6grafos,que usam aparelhos sofisticados. No entanto, ha umamaneira simples de encontrar os pontos de referenciacom aproximac;ao aceitavel: basta verificar 0 movimentoaparente do Sol. 1550porque os pontos cardeais saG de-terminados com base nesse movimento.

o nascer do sol ocorre sempre de um mesmo lado- 12 0 leste ou oriente -, embora 0 lugar exato varie nodecorrer do ano, por motivos que veremos logo adiante.o lado onde 0 sol se poe 120 oeste ou ocidente.

Tendo a direc;ao leste-oeste, teremos todas as demais,bastando usar a rosa-dos-ventos.

Meios de orienta~aoA orientac;ao correta depende da identificac;ao dos

pontos cardeais. Alem do movimento aparente do Sol, haoutros meios naturais de orientac;ao: a Lua, a estrela Polareo Cruzeiro do SuI.

Lua - A Lua serve de orientac;ao porque ela surgediariamente no lado leste e desaparece no lado oeste ..

Estrela Polar - Para orientar-se por essa estrela,que 56 pode ser vista pelos habitantes do hemisferionorte, imagina-se uma linha perpendicular ao solo quedesc;a desse astro luminoso e indique sempre 0 norte.

Cruzeiro do Sui - Os habitantes do hemisferio suipodem se orientar pelo Cruzeiro do Sui. Trata-se de umaconstelac;ao, isto 12, um agrupamento de estrelas, no casocinco, assim denominado porque os astros estao dispos-tos no ceu em forma de cruz. Prolongando imaginaria-me~te para baixo 0 corpo da cruz, poderemos encontraro suI. Para isso, basta marcar quatro vezes e meia 0 tama-nho do corpo da cruz sobre 0 seu prolongamento e, daf,

trac;ar uma linha perpendicular a linha do horizonte, con-forme a ilustrac;ao a seguir.

o mais antigo e eficiente instrumento de orientac;aoinventado pelo homem 12 a bUssola, cujo ponteiro (agu-Iha imantada) aponta sempre para 0 norte, em virtude domagnetismo terrestre.

Todavia, os meios mais modernos de orientac;ao uti-

lizam 0 sistema conhecido como GPS (Global PositioningSystem), que funciona com base em uma rede de sateli-tes artificiais, circulando a 20 mil quil6metros de altitudee enviando permanentemente sinais a Terra.

Em geral, os variados e soflsticados aparelhos que

usam 0 GPS possuem uma antena para receber os sinais

dos satelites. Calculando-se 0 tempo que uma onda de ra-dio emitida por cada satelite leva em seu percurso, determi-na-se com precisao 0 local do aparelho receptor, inclusive aaltitude em que se encontra, bem como, se for 0 caso, a

direc;ao e a velocidade do vefculo em que estiver instalado.

A rota~ao da Terra

Como todos os astros do Universo, a Terra nao esta

parada; ela realiza diversos movimentos. Os principais SaG:

• movimento de translac;ao - ao redor do Sol;• movimento de rotac;ao - em torno de si mesma.

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A rota<;ao da Terra faz parecer que 0 Sol se movi-menta diariamente, surgindo de um lade e desaparecen-do do outro no horizonte. Por isso, fala-se em movimen-to aparente do Sol, que ocorre de leste para oeste, por-que a Terra gira de oeste para leste.

A rota<;ao e feita em torno de um eixo imaginario,cujas extremidades sac os p%s: 0 p610 Norte, ou Artico,e 0 p610 Sui, ou Antartico (figura abaixo).

Em rela<;ao as estrelas em geral, 0 tempo que a Terragasta para dar uma volta completa sobre si mesma e de23 horas, 56 minutos e 4 segundos (23h 56min 45). Noentanto, em rela<;ao ao Sol, um giro completo leva 24horas, tempo que foi chamado dia. Portanto, 0 tempo deuma rota<;ao e 3min 565 mais curto que 0 dia. Essa dife-ren<;ase deve ao fate de a Terra realizar, simultaneamen-te, 0 movimento de transla<;ao.

Os povos antigos nao conheciam a forma daTerra, embora alguns ja desconfiassem da esferici-dade do planeta. Somente no fim do seculo XV,com a viagem de Colombo, e, logo em seguida,com as circunavega<;oes, ficou provado que a Terraassemelhava-se a uma esfera.

Com as conquistas espaciais, sobretudo a partirda decada de 1960, gra<;as aos modernos recursosdispon[veis, como as camaras fotograficas conduzi-das por sondas a enormes distancias, nao restarammais duvidas sobre a forma da Terra. Ela e arredon-dada, mas nao e uma esfera perfeita, pois tem umleve achatamento nos p610s. A essa forma peculiarda Terra da-se 0 nome de ge6ide.

Sendo um planeta, a Terra nao tem luz pr6pria; elae iluminada por um astro luminoso - 0 Sol -, que euma estrela.

Em virtude de sua forma, sempre havera uma meta-de da Terra recebendo diretamente a luz solar, na qual se-ra dia, enquanto a outra metade estara as escuras, na qual

sera noite. Gra<;asao movimento de rota<;ao, a luz do Solvai progressivamente iluminando diferentes areas, do que

resulta a sucessao de dias e noites nos diversos pontes dasuperficie terrestre.

Tambem em virtude da forma da Terra, mas sobretu-do por causa da inclina<;ao do eixo de rota<;ao, combinadacom 0 movimento de transla<;ao, os dias e as noites nao

tem a mesma dura<;ao nas diferentes regioes do planeta.

Na faixa de terras eqOidistantes dos p610s, na cha-

mad a regiao do Equador, 0 dia (a parte clara do dial e anoite tem a mesma dura<;ao. Mas, quanta mais nos afas-tames do Equador, em dire<;ao aos p610s, maior e a varia-<;ao horaria entre a dura<;ao da noite e a do dia.

A localiza~ao no espa~oEncontrar um determinado predio numa cidade e

relativamente facil; basta ter 0 endere<;o. Mas como po-demos localizar uma cidade ou um ponto qualquer nasuperficie terrestre? 1550e feito por meio de linhas imagi-narias tra<;adas sobre 0 globo, conhecidas como coorde-nadas geogrMicas. A localiza<;ao precisa de um ponto edada pela intersec<;ao de duas linhas, q'ue se cruzam emangulo reto (a 90°).

Coordenadas geograficasAs coordenadas geograficas sac como imensas ruas

ou caminhos que cobrem imaginariamente toda a super-

ffcie da Terra. Sao elas os meridian os e os para/e/as (vejaas figuras na pagina seguinte).

Os paralelos e os meridianos sac indicados por nu-meros ou, mais precisamente, por graus de circunferen-cia, segundo a divisao sexagesimal. Vale lembrar que uma

circunferencia tem trezentos e sessenta graus (360°), cadagrau tem sessenta minutos (60') e cada minuto divide-se

em sessenta segundos (60").

o paralelo de zero grau (0°) e a linha imaginaria tra-<;ada na parte mais larga da Terra, cujos pontes sac eqOi-

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distantes dos p610s Ele foi denominado Equador e divi-e 0 planeta em dois hemisferios, 0 norte e 0 suI.

Os paralelos sac trac;ados lateralmente ao Equador,:anto para 0 norte quanta para 0 suI. A cada um deles e

atribuido 0 numero correspondente ao angulo que formacom a linha do Equador, considerando 0 centro dClTerrao centro da circunferencia. Portanto, os p610s estao a 90°o Equador. Ao lade do numero do paralelo vai a indica-

c;ao norte ou sui. Veja a figura a seguir.

Os meridianos sac linhas imaginarias que dao a vol-:a na Terra, passando pelos dois p610s. Assim, ao contra-'0 dos paralelos, todos os meridianos tem a mesma me-ida. Por isso, a escolha do meridiana de zero grau (0°)

:eve de ser convencionada. Escolheu-se, entao, para infcioe contagem, 0 meridiana que passa pela torre do obser-

lat6rio astronomico de Greenwich, que e uma localidade

a area metropolitana de Londres, capital da Inglaterra.

o ,,-~:;ii~ '= -r~c wich divide a Terra em dois he-misfen. ~E-:a EO onental. A partir dele, que cor-responae a -= :: ~a~ar quantos meridianos qui-sermos, oce --:::::= • - =. canto para oeste quanta paraleste, 0 q e: :ii ~ ...~5_ = a circunferencia. Ao lade do

numero do rre ::~-- :::G dicaC;ao leste ou oeste.

Para localizarmos uma c oaee ~ ...••..., oca qualquer,

precisamos ter uma rede de c 'aE~G::::C:: "a qua os parale-

105e os meridianos aparecerr or s...a "aiCa~aO numerica.

Para indicar a localizac;ao, basra dar 0 oara e 0 e 0 meridianodo local. 0 centro de Brasilia, par ex.e 00, fica no paralelo15°45' sui e no meridiano 47°20' oesi:€ "igura abaixo).

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Latitude e longitudeDar as coordenadas geogrMicas de uma cidade sig-

nifica informar sua latitude e sua longitude.Latitude e 0 afastamento, medido em graus, da li-

nha do Equador a um ponto qualquer da superficie ter-restre. Ela vai de 0° a 90° e pode ser norte ou sui (figuraabaixo).

\ \ Paralelo central (Equado()

~ O'~.~06>

$(;/

Longitude e 0 afastamento, medido em graus, domeridiana de Greenwich a um ponto qualquer da super-ffcie da Terra. Ela vai de 0° a 180° e pode ser leste ou oes-te (figura ao lado, acima).

Meridiana(Iinha de longitude)

Meridiano deGreenwich - 00

Extensao: 40 007 km

Equador.•..

• - - - - - - - - 41'20' - -- - - - - - - -~Brasilia

Equador - 00r En"""' "075 km

__ - - '-- Tr6pico de Capric6rnio

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f'.s distanciasangulares sao indicadas em graus e naoem quil6metros, porque se trata de medic;6es sabre umaesfera, forma aproximada da Terra. Parase ter uma ideia dasdistancias metricas, pode-se lembrar que, na linha do Equa-dor, cada grau corresponde a pouco mais de 111 km. Vejaa figura na pagina anterior.

o movimento de transla~aoda Terra

Ao mesmo tempo que gira em torno de si mesma,realizando a movimento de rotac;ao, a Terra gira ao redordo Sol, realizando a movimento de translar;ao; a tempogasto para executa-Io e de um ana.

Ao fazer uma volta completa ao redor do Sol, a Terrada 365 voltas em torno de si mesma e mais uma quartaparte de volta. Isso quer dizer que a Terra completa umaranslar;ao depois de fazer 365 rotar;6es e mais um quar-

to. Como cada rotar;ao com relar;ao ao Sol e igual a umdia ou 24 horas, dizemos que uma translar;ao dura cercade 365 dias e 6 horas.

Como ficaria 0 nosso calendario se fosse considera-o 0 tempo real de uma translar;ao? Nesse caso, cada

3no comer;aria num h.orario diferente. Para nao aconte-::er isso, foi criada uma maneira de ajustar 0 nosso calen-Jario ao ana solar. Assim, os 365 dias foram distribufdos=m 12 meses. As 6 horas que sobram anualmente sao:eixadas de lade durante tres anos seguidos. No quarto

ano, as horas que nao estavam sendo consideradas com-pletam 24, ou seja, um dia. Essedia a mais e acrescenta-do ao calendario no mes de fevereiro, que fica, entao,com 29 dias. Quando isso acontece, de quatro em qua-tro anos, temos 0 ana bissexto, com 366 dias.

As esta~6esdo anoHa um fate muito importante que envolve os movi-

mentos da Terra: 0 eixo de rotar;ao esta permanentementeinclinado em relar;ao ao plano da translar;ao. Essainclina-r;ao determina que, durante um certo perfodo da transla-r;ao, 0 hemisferio sui fique mais exposto a luz do Sol e, emoutro perfodo, a hemisferio norte sofra maior exposir;ao ainsolar;ao. E isso que causa as estar;6es do ano.

Em dezembro, 0 hemisferio sui recebe os raios solarescom mais intensidade que nos outros meses do ano. Nes-sa epoca, 0 hemisferio norte recebe menos diretamente asraios do Sol. Dizemos, entao, que e verao no hemisferio suie inverno no hemisferio norte (figura abaixo).

Em junho, ocorre exatamente 0 contrario. 0 hemis-ferio norte da Terra recebe mais diretamente a luz do Sol,enquanto 0 hemisferio sui e atingido com menor intensi-dade pelos raios solares. Nessa epoca, e inverno no he-misferio sui e verao no hemisferio norte (figura na pagi-na seguinte).

Em marr;o e em setembro, a luz solar esta igualmen-te repartida entre os dois hemisferios. Nesses meses, osraios do Sol chegam diretamente a zona do Equador e

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VaGaos poucos diminuindo sua intensidade na direC;aodos

palos. Por isso, tanto no hemisferio norte quanta no hemis-'ferio sui, a intensidade da luz solar e maior que no inverno,mas e menor que no verao. No hemisferio norte, marc;o eo mes da primavera e setembro e 0 mes do outono. Nohemisferio sui, acontece 0 inverso: a primavera ocorre em

setembro, e 0 outono, em marc;o.

o calendario das esta~oesNo hemisferio sui, dezembro e 0 apogeu do ve-

rao, pois e quando ocorrem os dias mais longos e asnoites mais curtas; junho e 0 apice do inverno. Nohemisferio norte acontece 0 contrario. No entanto,para fins de calendario, consideram-se estac;6es doana os seguintes periodos:

HEMISFERIOS

Periodos* Norte Sui

De 21/12 a 21/3 Inverna Veraa

De 2 1/3 a 2 1/6 Primavera Gutana

De 21/6 a 22/9 Veraa Inverna

De 22/9 a 21/12 Gutana Primavera

* Como 0 nosso calendario nao coincide exatamente com a realidadeastron6mica em que esta baseado, as vezes ocorrem pequenas varia~6esnas datas assinaladas: em vez de 21, 0 dia pode ser 22; em setembro,pode ser 23.

Solstkio e equin6cioSolsticio - 0 solsticio de verao austral, ou seja, 0

ponto maximo do verao no hemisferio sui, ocorre no dia21 de dezembro. E nesse dia que a hemisferio sui recebemais luz e calor do Sol. Trata-se tambem do dia com suaparte clara mais longa e da noite mais curta do ana nessaparte da Terra. E quando 0 Sol esta exatamente sobre 0

tropico de Capricornio. Como as estac;6es sac opostasnos dois hemisferios, nesse dia, no hemisferio norte, e 0

solsticio de inverno boreal. 0 polo Sui esta ensolarado(dia polar) e 0 polo Norte esta escuro (noite polar).

o solsticio de inverno no hemisferio sui, 0 pontomaximo do inverno nessa metade do planeta, aconteceno dia 21 de junho. E nesse dia que 0 hemisferio sui rece-be menDs luz e calor do Sol e apresenta a noite mais lon-ga e 0 dia mais curto do ano. E quando 0 Sol esta exata-mente sobre 0 tropico de Cancer. Nesse dia, no hemisfe-rio norte, e 0 solsticio de verao. 0 polo Norte fica enso-larado (dia polar) e 0 polo Sui fica escuro (noite polar).

Equin6cio - Equin6cio e uma palavra de origem lati-na - equi, 'igual', e n6cio, 'noite' -, que quer dizer 'noi-tes iguais aos dias'. 0 equin6cio de primavera acontece, nohemisferio norte, no dia 21 .de marc;o. E quando 0 Sol estaexatamente sobre 0 Equador. Na maior parte dos lugaresda Terra, 0 dia e a noite duram exatamente doze horas.Nesse dia, no hemisferio sui, e 0 equin6cio de outono.

No dia 22 de setembro, 0 Sol tambem estara exata-mente sobre 0 Equador. Na maior parte dos lugares daTerra, 0 dia e a noite duram exatamente doze horas. Nessedia, no hemisferio norte, e 0 equin6cio de outono; no he-misferio sui, e 0 equin6cio de primavera.