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Português Livro 1 | Unidade 9 | Capítulos 18 e 19 As relações comunicativas | Da fala para a escrita, da escrita para a fala O trecho a seguir faz parte de uma reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo no dia seguinte à corrida de Hockenheim, na Alemanha, uma das etapas do campeonato mundial de Fórmula 1 de 2010. Leia-o para responder às questões de 1 a 7. Sem vergonha Ferrari manipula o GP da Alemanha, ao pedir que Massa ceda vitória a Alonso, e recebe multa de US$ 100 mil da FIA “Bom trabalho. Felipe Massa está de volta, de volta ao jogo. Você foi magnânimo. Você não deve saber o que isso significa, mas depois eu explico.” Foi assim que o engenheiro Rob Smedley tentou animar o piloto brasileiro ao cruzar a linha de chegada no segundo lugar ontem, no GP da Alemanha, após ter recebido ordens indiretas da Ferrari para ceder, 18 voltas antes, a primeira colocação para seu colega, Fernando Alonso. A Ferrari saiu de Hockenheim com a segunda dobradinha no ano, mas com US$ 100 mil a menos. Foi punida pela FIA pela inversão de posições – o regulamento proíbe as ordens de equipe. Segundo a entidade, a Ferrari violou o artigo 39.1 do Regulamento Esportivo, sobre ordens de time, e o artigo 151c do Código Esportivo Internacional, que visa evitar “conduta fraudulenta ou ato prejudicial aos inte- resses de qualquer competição ou do esporte a motor”. O caso ainda será levado ao Conselho Mundial da FIA, o que pode acarretar mais punição. “Situação ridícula” A polêmica começou porque Massa, terceiro no grid, assumiu a ponta na largada, passando Sebastian Vettel [corredor alemão da equipe Red Bull], pole, e Alonso, segundo, que também passou o alemão. Insatisfeito por não conseguir superar o colega, o espanhol reclamou via rádio: “Esta situação é ridícula”. Passadas as trocas de pneus, as colocações continuavam inalteradas, com Massa, Alonso e Vettel na frente e os ferraristas alternando os tempos de volta. Cada hora um era mais veloz. Na 48ª volta, veio a deixa para que Massa abrisse caminho. “Então... Fernando é mais veloz que você”, disse Smedley, via rádio. “Você pode confirmar que entendeu a mensagem?”, seguiu. O brasileiro, que fazia voltas na casa de 1min17s, subiu seu tempo para 1min19s, e Alonso o ultrapassou. “Agora só fique na cola dele [Alonso]. Desculpe”, disse Smedley ao ver a manobra. Até o final da prova, os tempos dos dois voltaram a se alternar e as posições continuaram as mesmas. No pódio, a festa chocha dos ferraristas não condizia com a dobradinha que acabara de encerrar um jejum de dez corridas sem vencer. “Explicamos ao Felipe qual era a situação. Às vezes uma disputa pode não ser o melhor para uma equipe”, justificou Stefano Domenicali, chefe da Ferrari. “Aquela era a informação que queríamos passar e deixamos para nossos pilotos decidirem.” Para ele, a equipe ter “sugerido” que o brasileiro cedesse seu lugar a Alonso não significa que haja primeiro e segundo piloto no time. “Sabemos que seria importante a vitória para ele hoje [ontem completou um ano do grave acidente de Massa na Hungria], mas sei que, na próxima chance que tivermos, Felipe vai ser mais veloz”, declarou Domenicali. CUNHA, Tatiana. “Sem vergonha”. Folha de S. Paulo, 26 jul. 2010 Vocabulário de apoio Ferrarista: piloto ou membro da equipe da Ferrari FIA: Federação Internacional de Automobilismo Grid (do inglês grid): colocação de largada nas corridas de carros Magnânimo: generoso Pole (do inglês pole-position): primeira posição na largada de uma corrida de carros

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Português Livro 1 | Unidade 9 | Capítulos 18 e 19

As relações comunicativas | Da fala para a escrita, da escrita para a fala

O trecho a seguir faz parte de uma reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo no dia seguinte à corrida de Hockenheim, na Alemanha, uma das etapas do campeonato mundial de Fórmula 1 de 2010. Leia-o para responder às questões de 1 a 7.

Sem vergonhaFerrari manipula o GP da Alemanha, ao pedir que Massa ceda vitória a Alonso,

e recebe multa de US$ 100 mil da FIA

“Bom trabalho. Felipe Massa está de volta, de volta ao jogo. Você foi magnânimo. Você não deve saber o que isso significa, mas depois eu explico.”

Foi assim que o engenheiro Rob Smedley tentou animar o piloto brasileiro ao cruzar a linha de chegada no segundo lugar ontem, no GP da Alemanha, após ter recebido ordens indiretas da Ferrari para ceder, 18 voltas antes, a primeira colocação para seu colega, Fernando Alonso.

A Ferrari saiu de Hockenheim com a segunda dobradinha no ano, mas com US$ 100 mil a menos. Foi punida pela FIA pela inversão de posições – o regulamento proíbe as ordens de equipe.

Segundo a entidade, a Ferrari violou o artigo 39.1 do Regulamento Esportivo, sobre ordens de time, e o artigo 151c do Código Esportivo Internacional, que visa evitar “conduta fraudulenta ou ato prejudicial aos inte-resses de qualquer competição ou do esporte a motor”. O caso ainda será levado ao Conselho Mundial da FIA, o que pode acarretar mais punição.

“Situação ridícula”

A polêmica começou porque Massa, terceiro no grid, assumiu a ponta na largada, passando Sebastian Vettel [corredor alemão da equipe Red Bull], pole, e Alonso, segundo, que também passou o alemão.

Insatisfeito por não conseguir superar o colega, o espanhol reclamou via rádio: “Esta situação é ridícula”.

Passadas as trocas de pneus, as colocações continuavam inalteradas, com Massa, Alonso e Vettel na frente e os ferraristas alternando os tempos de volta. Cada hora um era mais veloz.

Na 48ª volta, veio a deixa para que Massa abrisse caminho. “Então... Fernando é mais veloz que você”, disse Smedley, via rádio. “Você pode confirmar que entendeu a mensagem?”, seguiu.

O brasileiro, que fazia voltas na casa de 1min17s, subiu seu tempo para 1min19s, e Alonso o ultrapassou.

“Agora só fique na cola dele [Alonso]. Desculpe”, disse Smedley ao ver a manobra.

Até o final da prova, os tempos dos dois voltaram a se alternar e as posições continuaram as mesmas.

No pódio, a festa chocha dos ferraristas não condizia com a dobradinha que acabara de encerrar um jejum de dez corridas sem vencer.

“Explicamos ao Felipe qual era a situação. Às vezes uma disputa pode não ser o melhor para uma equipe”, justificou Stefano Domenicali, chefe da Ferrari. “Aquela era a informação que queríamos passar e deixamos para nossos pilotos decidirem.”

Para ele, a equipe ter “sugerido” que o brasileiro cedesse seu lugar a Alonso não significa que haja primeiro e segundo piloto no time.

“Sabemos que seria importante a vitória para ele hoje [ontem completou um ano do grave acidente de Massa na Hungria], mas sei que, na próxima chance que tivermos, Felipe vai ser mais veloz”, declarou Domenicali.

CUNHA, Tatiana. “Sem vergonha”. Folha de S. Paulo, 26 jul. 2010

Vocabulário de apoio

Ferrarista: piloto ou membro da equipe da Ferrari

FIA: Federação Internacional de Automobilismo

Grid (do inglês grid): colocação de largada nas corridas de carros

Magnânimo: generoso

Pole (do inglês pole-position): primeira posição na largada de uma corrida de carros

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As relações comunicativas | Da fala para a escrita, da escrita para a fala

1. O relato da corrida em Hockenheim focaliza uma situação comunicativa específica: o momento em que Rob Smedley, engenheiro da Ferrari, deu uma ordem indireta a Felipe Massa para que ele cedesse a primeira posição da corrida ao espanhol Fernando Alonso. Indique no esquema abaixo, com o núme-ro correspondente, a qual dos elementos da comunicação descritos por Jakobson se refere cada um dos aspectos da situação comunicativa listados a seguir.

1. Rádio

2. Linguagem verbal (língua inglesa)

3. Rob Smedley

4. Regras da Fórmula 1; condições mecânicas do carro; pontuação dos pilotos no campeonato; características do circuito; interesses da equipe...

5. Felipe Massa

6. “Então... Fernando é mais veloz que você. Você pode confirmar que entendeu a mensagem?”

2. Para Jakobson, as situações comunicativas apresentariam, conforme as finalidades dos falantes, dife-rentes funções da linguagem, cada uma delas centrada em um elemento da comunicação: referencial (centrada no referente), emotiva (centrada no remetente), apelativa (centrada no destinatário), fática (centrada no canal), metalinguística (centrada no código) e poética (centrada na mensagem). Conside-re o aspecto identificado por você na questão 1 como a mensagem daquela situação comunicativa. Por que, em um primeiro momento, seria possível reconhecer na fala de Rob Smedley a predominância das funções referencial (na primeira frase) e fática (na segunda)?

3. Os conceitos propostos pela Teoria da Comunicação foram ampliados nos estudos mais recentes so-bre a linguagem, que mostram que a interação entre os sujeitos não ocorre de forma tão esquemática quanto dava a entender aquela teoria. Explique como a análise mais aprofundada da fala de Rob Sme-dley pode ilustrar essa afirmação.

4. Os sentidos produzidos na interação de Felipe Massa e Rob Smedley são influenciados por um com-plexo conjunto de fatores.

a) Explique a importância do papel social desempenhado por Rob Smedley na interação discursiva com Felipe Massa para que o piloto cedesse a primeira posição a Fernando Alonso.

b) A fala de Rob Smedley, que representa o discurso da Ferrari, revela uma provável imagem que o en-genheiro e sua equipe teriam do piloto brasileiro. Que imagem seria essa?

c) Os dois últimos parágrafos da reportagem confirmam ou contrariam essa hipótese? Explique.

CONTEXTO ou referente

CONTATO (canal + relação entre remetente e destinatário)

CÓDIGODestinatário

ou receptor

Remetente

ou emissor

Mensagem

¬ ¬

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5. Leia o boxe a seguir, publicado também na Folha de S. Paulo e responda:

Tanto os interlocutores da situação comunicativa descrita na questão 1, quanto o público e a imprensa, conheciam o episódio ocorrido com a Ferrari em 2002. Em que medida esse conhecimento contribui para a atribuição de sentido feita à fala de Rob Smedley?

6. As aspas foram empregadas no texto “Sem vergonha” com finalidades variadas.

a) Qual a função desse sinal gráfico no quarto parágrafo da reportagem?

b) Dê outro exemplo de uso de aspas no texto com essa mesma finalidade.

c) Que efeito de sentido o emprego das aspas cria no penúltimo parágrafo do texto? Explique.

7. Na escala contínua que vai da formalidade à informalidade, o texto “Sem vergonha” e o boxe citado na questão 5 estão mais próximos da primeira. No entanto, podem ser encontradas nos dois textos al-gumas palavras e expressões mais coloquiais.

a) Dê três exemplos de marcas de informalidade retiradas dos textos lidos.

b) A presença dessas marcas de informalidade é adequada à modalidade escrita da língua? Explique.

Vocabulário de apoio

Infringir: desobedecer, desrespeitar

Pódio: plataforma onde os primeiros colocados numa competição se apresentam ao público

Suscitar: fazer surgir, provocar, originar

Ferrari infringe regra que suscitou

O artigo quebrado pela equipe foi “criado” após o próprio time protagonizar a maior marmelada da história da F-1, na Áustria, em 2002. Tendo feito a pole e dominado toda a corrida, Rubens Barrichello recebeu ordens para abrir passagem para seu colega, Michael Schumacher. O brasileiro manteve sua posição até poucos metros da linha de chegada, quando tirou o pé e deixou o piloto alemão vencer. No pódio, os dois pilotos receberam vaias.

“Ferrari infringe regra que suscitou” Folha de S. Paulo, 26 jul. 2010

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As relações comunicativas | Da fala para a escrita, da escrita para a fala

Os cartazes a seguir foram produzidos pelo governo federal para veicular campanhas. Analise-os para responder às questões 8 e 9.

Texto 1

• É expressamente proibido dirigir alcoolizado. Qualquer concentração de álcool no organismo sujei-ta o condutor às penalidades previstas na legislação brasileira, que agora está mais rígida.

• Consumir álcool e dirigir aumenta a probabilidade de acidentes com lesões e mortes de crianças no trânsito. O motorista alcoolizado tem reações mais lentas e menos precisas. Além disso, perde a noção real das distâncias e da velocidade. Muitas crianças são mortas em atropelamentos por es-ses motoristas. Portanto, se beber, não dirija, para não colocar a sua vida e a dos outros em risco.

Texto 2

Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/saude/campanha/folder.jpg>. Acesso em: 31 ago. 2010

Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cartaz_pratique_saude_2006_copa.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2010

Min

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rio

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, Bra

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8. Os dois cartazes são exemplos de textos materializados em meio gráfico.

a) No primeiro cartaz, um recurso expressivo próprio da modalidade escrita é explorado na parte su-perior esquerda para a produção de sentidos. Qual? Que efeito a exploração desse recurso produz no cartaz?

b) O segundo cartaz representa graficamente um recurso expressivo próprio da modalidade oral. Qual? A que situação da vida cotidiana esse elemento remete?

9. A intertextualidade e a interdiscursividade também são fatores importantes para a produção de sen-tidos nos dois cartazes.

a) Que textos o leitor precisa conhecer para atribuir sentido às figuras presentes no primeiro cartaz? Como o conhecimento prévio do leitor sobre esses textos contribui para que se cumpram os objeti-vos do produtor do cartaz?

b) Que elementos não verbais do segundo cartaz remetem ao contexto discursivo do futebol? Por que a referência a esse discurso é importante para que se atinja a finalidade pretendida pelo cartaz?

10. Releia.

O acento grave (`) sinaliza na escrita a existência de uma crase, a pronúncia de dois sons /a/ seguidos como se fossem um só. No trecho em questão, trata-se da junção da preposição a com o artigo femi-nino as (sujeitar alguém a / as penalidades previstas). Nas frases a seguir, assinale com x aquela(s) em que a o acento grave deve ser utilizado pela mesma razão.

( ) I. O condutor deve se curvar as normas de direção defensiva.

( ) II. O condutor está sujeito a essa situação.

( ) III. O condutor está sujeito a algumas leis.

( ) IV. O condutor foi condenado a pagar uma multa.

( ) V. O condutor foi condenado a prisão.

Qualquer concentração de álcool no organismo sujeita o condutor às penalidades previstas na legislação brasileira [...].

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Respostas1. Remetente: 3; contexto: 4; mensagem: 6; código: 2; contato: 1; destinatário: 5

2. Na primeira parte da mensagem (“Fernando é mais veloz que você”), parece sobressair a informação de algo objetivo, como se a mensagem do engenheiro apenas intencionasse dar ao piloto notícia da sua situação na corrida. Por isso, seria possível identificar a função referencial.

Na segunda frase da mensagem (“Você pode confirmar que entendeu a mensagem?”), parece sobres-sair a necessidade de testar o canal, a transmissão por rádio. Por isso, poder-se-ia falar da função fática.

3. Na prática, não predominavam na mensagem de Rob Smedley as funções referencial e fática. Isso pode ser constatado pela reação que ela desencadeou em Felipe Massa. Ele não agiu como quem se informava sobre quem era o mais veloz no momento – até porque ele sabia ser o mais rápido – ou como se testasse o funcionamento de um canal. Ao diminuir a velocidade e deixar o segundo coloca-do ultrapassá-lo, Felipe respondeu de acordo com o que julgou mais acertado tendo em vista sua rela-ção com a Ferrari e com o engenheiro Rob Smedley. Isso se deveu à capacidade do piloto de perceber a intenção do seu interlocutor – mesmo não tendo ouvido uma ordem explícita.

4. a) Uma vez que o regulamento da Fórmula 1 não permite a ordem de equipe, Rob Smedley, no papel de engenheiro da Ferrari, não deixou explícito em sua mensagem a Felipe Massa que lhe passava uma. No entanto, tal intenção ficou clara a ponto de a Ferrari ser multada. Isso significa que a ascendên-cia de Rob Smedley sobre o piloto era grande, maior do que o desejo de Massa de vencer a corrida, ainda que o chefe da equipe Stefano Domenicali argumente que a decisão de permitir a ultrapassa-gem de Fernando Alonso foi do piloto.

b) A comunicação feita ao piloto Felipe Massa revela que, naquele momento, ele era preterido pela Ferrari, sendo visto como alguém que abriria mão da vitória em prol dos interesses da equipe.

c) Essa hipótese se confirma na reportagem. No penúltimo parágrafo, a reportagem permite supor que o chefe da equipe chegou a ser interrogado sobre a possibilidade de o brasileiro ser o segundo piloto na equipe. Essa ideia também é reforçada pela declaração que ele dá no último parágrafo: “mesmo admitindo a importância da vitória para o brasileiro, ela não foi a opção da equipe”.

5. Com o episódio de 2002, ficou estabelecida a imagem da Ferrari como equipe interessada em favore-cer o piloto com mais chance de ser o campeão da temporada, em detrimento do mérito individual de outro piloto em uma dada corrida. Dessa forma, a fala de Smedley, que não faria sentido como mera informação, foi interpretada como ordem pelo piloto, a despeito de haver uma proibição para que isso ocorresse.

6. a) No quarto parágrafo, as aspas foram empregadas para demarcar a citação de um outro texto; no caso, o Código Esportivo Internacional.

b) A necessidade de demarcar uma citação pode ser verificada, por exemplo, quando o texto reproduz a fala de Alonso no sexto parágrafo: “Insatisfeito por não conseguir superar o colega, o espanhol reclamou via rádio: ‘Esta situação é ridícula’.”

Professor: todas as citações em discurso direto podem exemplificar o que a questão solicita.

c) As aspas usadas para a forma verbal sugerido criam um efeito de ironia, indicando que, para o au-tor da notícia, o comunicado não era uma sugestão, como o líder da equipe tentava assegurar, e sim uma ordem.

7. a) Sem vergonha; dobradinha; veio a deixa; chocha; marmelada; tirou o pé.

b) Sim. A necessidade de se estabelecer um registro mais formal ou informal no uso da língua não depende da modalidade (oral ou escrita), e sim do gênero textual utilizado e do seu contexto de produção. A maior formalidade que se poderia esperar nesses dois textos não se deve simples-mente ao seu meio gráfico de produção, mas à necessidade de praticá-la na produção do gênero reportagem e no veículo Folha de S. Paulo. Certa dose de informalidade, por outro lado, é própria do noticiário esportivo.

Português Livro 1 | Unidade 9 | Capítulos 18 e 19

Respostas8. a) O primeiro cartaz explora um tipo especial de letra, que é um recurso próprio da modalidade escri-

ta. O estilo gótico desse traçado evoca o tipo empregado em livros antigos.

b) O segundo cartaz explora (por meio da representação gráfica) o prolongamento de vogais próprio da fala. Esse recurso evoca o bordão de locutores esportivos durante a transmissão de jogos de futebol.

9. a) O leitor precisa conhecer os contos de fadas para identificar as personagens retratadas: bruxa, prínci-pe, princesa, um dos porquinhos e a menina Chapeuzinho Vermelho. O cartaz evoca as personagens dos contos de fadas para destacar o universo infantil. Assim, emprega a imagem da criança, da prote-ção que ela merece do adulto, para estimular o cuidado do motorista em não dirigir alcoolizado.

b) O fundo verde e amarelo remete à bandeira brasileira e as cinco estrelas pintadas de amarelo evocam a camisa da seleção, com sua representação do número de vezes que o Brasil foi campeão do mundo. Além disso, a vuvuzela também faz referência ao torcedor de futebol. A referência a elementos rela-cionados à Copa é importante, porque o Ministério da Saúde pretende estimular o controle emocional do torcedor a fim de que ele não enfrente problemas cardíacos e arteriais próprios das situações de forte emoção, como costumam ser os jogos da seleção.

10. I e V