as aulas de inglÊs sÃo significativas para os alunos
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UNIVERSIDADE DE SOROCABA
PRÓ – REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE LETRAS HABILITAÇÃO EM PORTUGUÊS/INGLÊS
Emerson Namar Salim
AS AULAS DE INGLÊS SÃO SIGNIFICATIVAS PARA OS ALUNOS?
Sorocaba/SP
2012
Emerson Namar Salim
AS AULAS DE INGLÊS SÃO SIGNIFICATIVAS PARA OS ALUNOS?
Orientador: Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes
Sorocaba/SP
2012
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como exigência parcial para
obtenção do Diploma de Graduação em Letras
Português/Inglês da Universidade de Sorocaba.
Emerson Namar Salim
AS AULAS DE INGLÊS SÃO SIGNIFICATIVAS PARA OS ALUNOS?
P
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA:
Ass.: ___________________________________
Pres.; Titulação, nome, Instituição
Ass.: ___________________________________
1º Exam. : Titulação, nome, Instituição
Ass.: ___________________________________
3º Exam. : Titulação, nome, Instituição
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado
como requisito parcial para obtenção do
Diploma de Graduação em Letras habilitação
em Português/Inglês da Universidade de
Sorocaba.
RESUMO
Esta pesquisa está voltada para a parte pedagógica, com o intuito de tentar
compreender o porquê de tantas queixas feitas por alunos do Ensino Médio quanto à
maneira em que a Língua Inglesa está sendo ensinada. O objetivo principal desta
pesquisa é questionar alunos entre quinze e dezoito anos de uma escola regular a
fim de saber se a aprendizagem é significativa e como eles se sentem quando
ensinados outro idioma. E se a maneira como isto é feito aproxima ou distancia do
aluno e tentar compreender se é isso que os desanimam a ponto de não querer
aprender.
Há também anexos correspondentes de uma pesquisa de campo mostrando a
posição dos alunos que são realmente “os interessados” e como eles vêem e
esperam de uma aula de uma segunda língua.
Palavras Chaves: PCN, Aprendizagem Significativa, Ensino Médio, Escola
Pública.
ABSTRACT
This research is directed to the pedagogical field, which aims is try to
understand the reason of so many complaints made by the students of High School
and the way in which the English language is being taught. The main objective of this
research is inquire students between fifteen and eighteen years old of a regular
school in order to know if learning is doing significantly and how they feel when they
are taught another language. And if the way this is done it nears or drifts away of the
student and try to understand if that is what discourages them to the point of they do
not want to learn it.
There are also a field search herein showing students ‘position who are the
most interested and how they see and expect from Second Language Classes.
Key-words: PCN, Meaningful Learning, High School, Public School.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Você considera o ensino de Língua Inglesa importante para sua formação? ................................................................................................................. 26
Figura 2 - O seu professor demonstra conhecimento do conteúdo a ser ensinado em sala de aula? ............................................................................................................. 26
Figura 3 - O modo como lhe é ensinada a Língua Inglesa: você consegue tirar resultados positivos? ................................................................................................. 27
Figura 4 - Havendo necessidade de utilizar a Língua Inglesa no seu cotidiano você conseguirá? ............................................................................................................... 27
Figura 5 - Seu professor demonstra preocupação com seu aprendizado? ............... 27
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7
2. ANÁLISE .............................................................................................................. 8
2.1 Você considera o ensino de Língua Inglesa importante para sua formação? 8
2.2 O seu professor demonstra conhecimento do conteúdo a ser ensinado em sala de aula? ............................................................................................................ 8
2.3 O modo como lhe é ensinada a Língua Inglesa: você consegue tirar resultados positivos? ................................................................................................ 8
2.4 Havendo necessidade de utilizar a Língua Inglesa no seu cotidiano você conseguirá? ............................................................................................................. 8
2.5 Seu professor demonstra preocupação com seu aprendizado? .................... 8
3. HISTÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA NO BRASIL ................... 9
4. METODOLOGIA ................................................................................................. 11
5. PCN .................................................................................................................... 12
6. APRENDIZAGEM ............................................................................................... 14
5.1 Aprendizagem significativa .............................................................................. 15
5.2 APRENDIZAGEM PROFUNDA ....................................................................... 16
7. EDUCAR PARA O MERCADO OU PARA A VIDA? ......................................... 18
8. ENSINO MÉDIO ................................................................................................. 19
9. ENSINO PÚBLICO ............................................................................................. 20
8.1 Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil .................................... 21
8.2 John Dewey ..................................................................................................... 22
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 24
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................................... 26
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1. INTRODUÇÃO
Embora haja o caderno do aluno, o qual deve ser seguido pelo professor, ele
fica limitado àquele caderno, não podendo assim progredir com o conteúdo, ou
mesmo mostrar o uso real da Língua Inglesa, devido o caderno do aluno ser confuso
e por não ter uma sequência lógica. No caso do ensino da Língua Inglesa, me
pergunto: como trabalhar de forma que os alunos percebam que aquilo que estão
aprendendo na escola pública é o que realmente precisam ou querem?
Hoje em dia se fala muito em Língua Estrangeira Moderna (LEM). Este
trabalho tem como objetivo saber se a maneira como é ensinado este idioma atinge
ou está de acordo com a realidade dos alunos. Nossa hipótese é que o inglês, ao
invés de se aproximar da realidade dos alunos, dela se distancia. Justifica-se assim,
a importância da realidade da Língua Inglesa na formação do aluno do Ensino
Médio, tentando verificar se nossa hipótese se confirma, ou apresentar propostas
que ajude a aproximar o ensino de Língua Inglesa à realidade dos alunos.
O objetivo é mostrar que ao trazer o inglês para a realidade deles, de uma
forma geral, embora cada um tenha sua realidade e a aprendizagem se torna mais
prazerosa, incitando a curiosidade. Então surge a pergunta: A maneira como a
língua inglesa está sendo ensinada, realmente privilegia a realidade do aluno? Isso
importa para o aluno, ou tanto faz?
As atividades para realização deste trabalho serão desenvolvidas no âmbito
escolar, para obter informações com os alunos quanto à aprendizagem, o que eles
de fato esperam de uma aula de inglês, bem como saber suas expectativas quanto
ao uso do idioma. Pesquisar bibliografias como PCN, livros sobre aprendizagem e
internet, podendo assim obter todas as informações adquiridas para validar a
pesquisa.
8
2. ANÁLISE
Através de pesquisa realizada no dia doze de novembro de 2012 com
quatorze alunos entre quinze e dezoito anos de idade foram formuladas perguntas
com o objetivo de validar o trabalho de conclusão de curso ao responder a seguinte
pergunta: a forma como a língua inglesa é ensinada privilegia a realidade dos
alunos?
2.1 Você considera o ensino de Língua Inglesa importante para sua formação?
Vide Figura 1 – Você considera o ensino de Língua Inglesa importante para sua formação?.
2.2 O seu professor demonstra conhecimento do conteúdo a ser ensinado em sala de aula?
Vide Figura 2 - O seu professor demonstra conhecimento do conteúdo a ser ensinado em
sala de aula?
2.3 O modo como lhe é ensinada a Língua Inglesa: você consegue tirar resultados positivos?
Vide Figura 3 - O modo como lhe é ensinada a Língua Inglesa: você consegue tirar
resultados positivos?
2.4 Havendo necessidade de utilizar a Língua Inglesa no seu cotidiano você conseguirá? Vide Figura 4 - Havendo necessidade de utilizar a Língua Inglesa no seu cotidiano você
conseguirá?
2.5 Seu professor demonstra preocupação com seu aprendizado? Vide Figura 5 - Seu professor demonstra preocupação com seu aprendizado?
9
3. HISTÓRIA DO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA NO BRASIL
A primeira língua estrangeira falada no Brasil foi a Língua Portuguesa, a qual
foi trazida pelos colonizadores e ensinada aos índios, em 1500.
A oficialização do idioma Português ocorreu em 1750, com a expulsão dos
jesuítas, havendo o impedimento do uso do tupi. Nove anos depois foi instituído
aulas de gramáticas Latina e Grega.
Os ingleses vieram para o Brasil estabelecendo casas, comércios e o
progresso no país. Dessa forma, as oportunidades de emprego que surgiam para os
brasileiros, exigiam que eles fossem treinados e tivessem instruções na língua deles,
o inglês, ou seja, era obrigatória a comunicação em língua inglesa para que assim
houvesse a cominação. ¹
Acredita-se que os primeiros alunos e professores de inglês surgiram a partir
dessa necessidade. ²
Houve um decreto criado pelo Príncipe de Portugal para a criação de duas
escolas de língua estrangeira, uma do inglês e outra do francês. O esforço para
manter as línguas modernas como inglês e francês no currículo escolar iniciou-se
com a fundação do Colégio Pedro II em 1837. Entretanto, a língua universal da
época era o francês, sendo também a mais falada nas altas camadas sociais, bem
como exigidas para entrar no ensino superior. O Inglês por sua vez era o idioma com
menos importância na sociedade.
Com algumas reformas educacionais feitas pelo ministro Benjamin Constant
em 1889, ele excluiu as línguas modernas como inglês, alemão e italiano, com a
justificativa de inserir no lugar delas, matérias de caráter cientifico. Mas com seu
afastamento, as línguas voltaram novamente a fazer parte do currículo escolar, com
caráter cultural e literário.
Na década de 1930, com a Inglaterra perdendo força e dando lugar ao
mercado Norte Americano, fortaleceu-se o crescimento da língua inglesa no Brasil.
Língua, como o latim, teve sua carga horária reduzida dando lugar às línguas
modernas, e uma nova metodologia, a metodologia direta, mudando o ensino que
até então era focado em leitura e tradução.
10
O surgimento dos primeiros cursos de idiomas se deu na década de 1930,
cuja iniciativa era do Governo Britânico em recuperar o domínio perdido para os
Estado Unidos.
______________________
¹. Site: <http://www.webartigos.com/artigos/o-surgimento-do-ingles-nas-escolas-do
brasil/52301/>
______________________
² Cópia da frase tirada do site: http://www.webartigos.com/artigos/o-surgimentodoingles-nas-escolas-do-brasil/52301/
11
4. METODOLOGIA
Para atingir o objetivo proposto, foi utilizada a metodologia de pesquisa
exploratória. Uma metodologia de abordagem quantitativa e descritiva que é
utilizada para obter informações um determinado problema ou questão. Assim
proporcionar um entendimento mais próximo da realidade pesquisada.
Para que a pesquisa se efetivasse foram selecionados alunos do segundo e
terceiro ano do Ensino Médio, pelos próprios professores e cujo critério foi
assiduidade e também foram escolhidos alunos de todos os níveis sociais para que
não houvesse nenhum tipo de discriminação e que não influenciasse no resultado
final.
A pesquisa aconteceu na própria escola onde cada estudante recebeu uma
folha com as cinco questões e responderam na própria folha. Não houve uma
obrigatoriedade de fazê-lo a caneta, deixando-os mais a vontade para respondê-las.
Depois de respondidas, forma recolhidas as pesquisas e foram transcritas no
trabalho contendo no final deste os gráficos correspondentes em porcentagem,
tendo assim uma análise quantitativa do procedimento e resultado.
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5. PCN
A importância de aprender uma língua estrangeira já vem de vários séculos.
O ensino do latim e do grego bem como a literatura clássica, são exemplos de
ensino de idiomas, cada um em determinado momento da história.
Na metade deste século já havia uma legislação que era dar apoio ao ensino
de língua estrangeira, mas infelizmente não obteve sucesso. Muitos fatores
externos, como número de horas reduzidas, assim como a carência de professores
com formação linguística, colaboraram para a não aplicação do ensino. O objetivo
das aulas de Língua Estrangeira Moderna era capacitar o aluno a falar, ler e
escrever em um idioma novo. Entretanto, nas escolas de nível médio, as aulas se
tornaram monótonas e repetitivas, desmotivando professores e alunos.
Segundo o PCN (2000, p.25)
Evidentemente, não se chegou a essa situação por acaso. Além da carência de docentes com formação adequada e o fato de que, salvo exceções, a língua estrangeira predominante no currículo ser o inglês, reduziu muito o interesse pela aprendizagem de outras línguas estrangeiras e a consequente formação de professores de outros idiomas. Portanto, mesmo quando a escola manifestava o desejo de incluir a oferta de outra língua estrangeira, esbarrava na dificuldade de não contar com profissionais qualificados. Agravando esse quando, o país vivenciou a escassez de materiais didáticos que, de fato, incentivassem o ensino e a aprendizagem de Línguas Estrangeira; quando os havia, o custo os tornava inacessíveis a grande parte dos estudantes.
Ainda diz: “Assim, as Línguas Estrangeiras na escola regular passaram a
pautar-se, quase sempre, apenas no estudo de formas gramaticais, na memorização
de regras e na prioridade da língua escrita e, em geral, tudo isso de forma
descontextualizada e desvinculada da realidade”.
Ainda, de acordo com o PCN (2000, p.27), uma das funções principais no
Ensino Médio é ter o compromisso com a educação para o trabalho, ou seja, eles
devem ter acesso ao conhecimento que possivelmente será exigido no mercado de
trabalho.
De acordo com o PCN (2000, p. 28)
“O que aí se verifica é uma afluência de condições que propiciam uma aprendizagem significativa, como podem ser a possibilidade de o aluno optar pelo idioma que mais lhe interessar e o foco desses cursos centrar-se na comunicação em lugar de centrar-se na gramática normativa. Convém, pois, ao inserir um ou mais idiomas estrangeiros na grade curricular, procurar aproveitar os pontos positivos dessas e de outras experiências semelhantes, no sentido de que o Ensino Médio passe a organizar seus
13
cursos de Línguas objetivando tornar-se algo útil e significativo, em vez de representar apenas uma disciplina a mais na grade curricular”.
Embora muitas escolas fundamentam-se em levar o aluno a entender, falar,
ler e escrever nota-se que nas escolas regulares da rede pública, o sistema e os
professores acabam centrando-se na gramática e na escrita, quando não em
tradução; dificilmente tem-se a oportunidade para ouvir e falar a língua estrangeira,
logo professores e alunos acabam se desmotivando, concretizando então o
desinteresse total por aquela matéria.
Supondo que a aula seja sobre alimento, ao invés de trabalhar com
listas que ofereçam pouco resultado prático, devemos discutir as culturas, o porquê
de algumas coisas serem diferentes, ou como se fala tal coisa, e assim também os
questionando a pensarem e até buscarem respostas, não se limitando ou
dependendo do professor.
14
6. APRENDIZAGEM
Libâneo (1994, p.81) diz: “A condução do processo de ensino requer uma
compreensão clara e segura do processo de aprendizagem: em que consiste. como
as pessoas aprendem quais as condições externas e internas que o influenciam”.
Segundo Libâneo (1994), estamos propensos ao aprendizado. Não importa a
idade tampouco onde estamos. Há a aprendizagem casual e a aprendizagem
organizada. A aprendizagem casual é a que faz parte do nosso dia-a-dia, surge da
interação com outras pessoas, leituras, em conversas, é uma aprendizagem
espontânea.
Por outro lado, a aprendizagem organizada é a busca de conhecimento e
habilidades mais especificas. Sabe-se que esse tipo conhecimento pode ocorrer em
vários lugares, mas para alcançar esse objetivo é na escola que ocorre a
organização e condições especificas para esse conhecimento. Por exemplo, um
professor fala sobre diferenças de expressões idiomáticas no Brasil e nos Estados
Unidos, embora, aparentemente os alunos tenham uma postura passiva, eles estão
analisando as informações passadas pelo professor com seus conhecimentos
prévios, ou seja, eles estão aprendendo, claro que em algum momento surgirá uma
pergunta ou outra, então o professor está causando dúvidas e questionamento nos
alunos, motivando-os assim a querer saber mais a respeito, por que é dessa forma,
e não de outro jeito. É verdade que lá é assim?
A aprendizagem escolar é desse modo, um processo de assimilação de
determinados conhecimentos e modos de ação física e mental, organizados e
orientados no processo de ensino. ¹
[...] Conhecimentos, habilidades, atitudes, modos de agir não são coisas físicas que podem ser transferidas da cabeça do professor para a cabeça da criança. A aprendizagem efetiva acontece quando, pela influência do professor, são mobilizadas as atividades físicas e mentais próprias das crianças no estudo das matérias. É o que denominamos de processo de assimilação ativa.
________________________
¹ LIBÂNEO, José Carlos (1994, p. 83)
15
5.1 Aprendizagem significativa
Segundo (Santos, internet) algumas questões, como: Como deixar de ser um
bom professor porque sabe o conteúdo e passar a ser um bom professor porque
sabe facilitar a aprendizagem? Como conjugar na prática o verbo interagir? Essas
questões estão na base da construção do real papel do professor diante de uma
aprendizagem significativa.
De acordo com Paulo Afonso Caruso Ronca (1996 apud Julio Cesar)
questiona: “Se o papel do professor é dar aulas, enquanto ele dá a sua aula, o aluno
faz o quê?”, ele deixa claro que não temos que dar aula e sim construir junto com os
estudantes.
O aprender está relacionado com a busca de uma resposta e que esta o
satisfaça, nós como professores não devemos dar respostas, mas sim questioná-los
e induzi-los a buscar a resposta, caso contrário estamos poupando o aluno do
exercício da aprendizagem significativa.
Não estamos mais em um mundo pronto, por isso nosso papel é o de
estimular, fazer com que o aluno busque informações, visto que ao darmos a
resposta, isso impede a aprendizagem. Muitas informações que são passadas aos
alunos na escola, não têm necessidade para eles.
Nosso objetivo deve ser desafiar os conceitos já aprendidos, porque quanto
mais enriquecido e elaborado é um conceito, maior a possibilidade de ele construir
novos conceitos, em outras palavras, quanto mais sabemos, mais temos condições
de aprender, segundo Julio Cesar.
O papel de desafiar deve ser insistentemente aperfeiçoado, temos que
procurar maneiras estimuladoras de desafiar o aluno, a problematização, por
exemplo, tem função de gerar conflitos nos estudantes, com o propósito de provocar
a necessidade de levá-los a uma busca pessoal².
__________________________
¹ Júlio César Furtado dos Santos Especialista em Psicopedagogia pela Universidade de Havana. Psicólogo, Pedagogo e Professor. Pró-Reitor Acadêmico da UNIABEU, RJ. Mestre em Educação pela UFRJ Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Havana. Site:<http://www.famema.br/capacitacao/papelprofessorpromocaoaprendizagemsignificativa.pdf>
16
_________________________
² Texto tirado e cópia do site : <http://www.famema.br/capacitacao/papelprofessorpromocaoaprendizagemsignificativa.pdf>
5.2 APRENDIZAGEM PROFUNDA
Nós professores com o objetivo de buscar uma aprendizagem colaborativa
devemos desafiar os conceitos já aprendidos, tornando os alunos mais receptivos a
novos conceitos, ou seja, quanto mais sabemos, mais temos condições de aprender.
¹
Ao planejar uma aula significativa, devemos buscar formas criativas e
estimuladoras que desafiem os conceitos dos alunos, causando dúvidas e
questionamentos, mas sem darmos respostas.
“Os problemas têm a função de gerar conflitos cognitivos nos alunos
(desequilíbrios) provocando a necessidade de empreender uma busca pessoal”. ²
Segundo Ausubel (1988), é indispensável para que haja uma aprendizagem
significativa onde eles se predisponham a aprender significativamente. Uma
pesquisa feita na década de oitenta (Marton et al. 1984) com um universo de cerca
de 800 alunos do Ensino Médio chegou a conclusão de que dois tipos de pré-
disposição eram presentes: a aprendizagem superficial e a aprendizagem profunda.
A aprendizagem superficial ocorre quando a intenção limita-se a preencher os
requisitos da tarefa; assim, mais importante do que a compreensão do conteúdo é
prever o tipo de perguntas que possam ser formuladas sobre ele, aquilo que o
professor julgará importante. O foco é transferido da importância real do conteúdo
para as exigências que serão feitas sobre ele. A aprendizagem superficial ocorre,
então, quando há a intenção principal de cumprir os requisitos da tarefa. Como
consequência, ocorre à memorização de informações necessárias para testes e
provas. A tarefa é encarada como imposição externa.
Segundo Solé (2002), é preciso levar em consideração que esses enfoques
aplicam-se à forma de abordar a tarefa e não o estudante, ou seja, um aluno pode
modificar seu enfoque de uma tarefa para a outra ou de um professor para o outro,
embora sejam observadas tendências para o uso de enfoques profundos e
17
superficiais. O que determina seu empenho é a disponibilidade interna para a
aprendizagem.
A aprendizagem profunda ocorre quando a intenção dos alunos é entender o
significado do que estudam. Uma vez tendo esse objetivo, os eles passam a
relacionar o conteúdo com aprendizagens anteriores e com suas experiências
pessoais, o que, por sua vez, os leva a avaliarem o que vai sendo realizado e a
perseverarem até conseguirem um grau aceitável de compreensão sobre o assunto.
A aprendizagem profunda se torna real, então, quando há a intenção de
compreender o conteúdo e, por isso, há forte interação com ele através do constante
exame da lógica dos argumentos apresentados.
O que faz com que um estudante mostre maior ou menor disposição para a
realização de aprendizagens significativas?
Digamos que é um misto de condições que pertençam ao universo do aluno e
de questões que pertençam à própria situação de ensino, ao "contexto físico" da
aprendizagem, que é resultante da pré-disposição do professor em promover uma
aprendizagem superficial ou profunda. “Perseguir, pois, uma aprendizagem profunda
significa organizar os elementos que compõem a situação de ensino de forma
motivante e desafiadora”.³
_____________________
¹.< http://www.pedagogia.com.br/artigos/aprendizagemsig/index.php?pagina=1>
____________________
². <http://www.pedagogia.com.br/artigos/aprendizagemsig/index.php?pagina=1>
____________________
³. Cópia
18
7. EDUCAR PARA O MERCADO OU PARA A VIDA?
O professor Paulo em seu artigo “Educar para o mercado ou para a vida?”
questiona o rumo da educação nesse início de século, onde ele deixa claro que o
interesse são debates do dia-a-dia. Já que estamos vivendo em um mundo
globalizado, com informações de todos os lados, e como muitas delas sem precisão,
devemos priorizar situações do cotidiano e realistas que serão usadas, após o
término da escola.
Ele ainda diz: “Na escola, informações são passadas sem que os alunos
tenham necessidade delas, logo, nossa função principal como professores é de
gerar questionamentos, dúvidas, criar necessidade e não apresentar respostas”. ¹
_______________________
¹ Texto tirado do site: http://www.microeducacao.com.br/Artigos/Artigos2Sem2003.htm
19
8. ENSINO MÉDIO
Segundo Wikipédia (internet), o ensino médio é um nível ou subsistema de
ensino com caraterísticas diferentes conforme o país. Em muitos países,
corresponde à totalidade ou a parte do ensino secundário ministrado a adolescentes
com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos. Em outros países, contudo,
pode corresponder a um nível de ensino pré-secundário ou pós-secundário.
Desde 1996, no Brasil, corresponde ao ensino médio (antigamente chamado
de segundo grau) a etapa do sistema de ensino equivalente à última fase da
educação básica, cuja finalidade é o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos
no ensino fundamental, bem como a formação do cidadão para a vida social e para
o mercado de trabalho, oferecendo o conhecimento básico necessário para o
estudante ingressar no ensino superior.¹
Como mencionado acima, o ensino médio corresponde à última fase do
ensino fundamental, e a preparação para o mercado de trabalho, por isso então a
necessidade de ensinar o idioma de forma realista como abordado pelo PCN.
“Uma das funções principais no Ensino Médio é ter o compromisso com a educação para o trabalho, ou seja, eles devem ter acesso ao conhecimento que possivelmente será exigido no mercado de trabalho”. (PCN, 2000, p. 27).
Conforme o site www.simposioestadopoliticas.com.br, o Ensino Médio
abrange a etapa final da educação básica, como visto anteriormente.
É papel da educação básica a garantia da formação comum indispensável para o exercício da cidadania, a todos os brasileiros, e fornecimento dos meios para a progressão no trabalho e nos estudos posteriores. Dessa forma, os principais documentos que norteiam a educação básica no Brasil, são: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e Plano Nacional de Educação (PNE). (www.simposioestadopoliticas.ufu.br/)
De acordo com Paulo Afonso Caruso Ronca (1996 apud Julio Cesar, internet)
não temos que dar aula e sim construir junto com os estudantes. Julio ainda
menciona que o aprender está relacionado com a busca de respostas e que estas os
satisfaçam.
_____________________
¹ Texto tirado do site: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_m%C3%A9dio>; acessado no dia 29 de
abril às 17:45>
20
9. ENSINO PÚBLICO
O ensino público é a forma de ensino em que o Estado é a instituição
patrocinadora da escola ou universidade de referência. (Wikipedia).
No Brasil, o ensino público para escolas de ensino fundamental é conhecido
por geralmente ter uma qualidade inferior em relação ao ensino privado, embora
colégios militares constituem exceções, pois normalmente estão entre os melhores
do país. Para o ensino médio, contudo, o ensino público consegue obter escolas de
melhor qualidade, como, por exemplo, os Centros Federais de Educação
Tecnológica (CEFET), as Escolas Técnicas Estaduais (ETCs) e os Colégios de
Aplicação das universidades públicas. Além da questão de qualidade, as escolas
públicas brasileiras também apresentam como entraves a violência, a baixa
remuneração dos docentes, a falta de infra-estrutura e as greves.¹
______________________
¹ Texto tirado do site: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_p%C3%BAblico>; acessado no dia 29 de
abril às 16:56>
21
8.1 Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil
Conforme a revista Escola (internet) Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro
na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de
oferecer educação gratuita para todos. Como teórico da educação, Anísio não se
preocupava em defender apenas suas ideias. Muitas delas eram inspiradas na
filosofia de John Dewey¹ (1852-1952), de quem foi aluno ao fazer um curso de pós-
graduação nos Estados Unidos.
Para o pragmatismo, o mundo em transformação requer um novo tipo de
homem consciente e bem preparado para resolver seus próprios problemas
acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo incremento das
ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção
exige, segundo Anísio, "uma educação em mudança permanente e em permanente
reconstrução”. ²
__________________
¹ John Dewey é um dos fundadores da escola filosófica chamada Pragmatismo, juntamente como Vygotsky, concebia o conhecimento e o desenvolvimento como um processo social, ou seja, o conhecimento não deve ficar apenas para nós, é preciso transmitir.
__________________
² Texto tirado do site <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/anisio-teixeira-428158.shtml;
acessado no dia 29 de abril às 18:05>
22
8.2 John Dewey
John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do
estado norte-americano de Vermont.
Segundo o texto (internet) sua educação na escola não foi interessante,
tampouco estimulante, mas foi compensado pela formação que recebeu em casa.
Foi professor secundário por três anos antes de cursar a Universidade Johns
Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da
Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação, além de arte,
religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse por
pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em
grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado às
descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais. Fiel à
causa democrática, ele participou de vários movimentos sociais.
Para Dewey as ideias só tem importância desde que sirvam de instrumento
para a resolução de problemas reais.
De acordo com Dewey os alunos aprendem melhor realizando tarefas
associadas aos conteúdos ensinados.
Influenciado pelo empirismo, ele insistia na necessidade de estreitar a relação
entre teoria e prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só tem sentido no
dia-a-dia.
Conforme Dewey (internet) "O aprendizado se dá quando compartilhamos
experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja
barreiras ao intercâmbio de pensamento". Por isso, a escola deve proporcionar
práticas conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as
crianças de forma isolada.
Ele acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo
de pessoas se comunicando e trocando ideias, sentimentos e experiências sobre as
situações práticas do dia-a-dia. O objetivo da escola deveria ser ensinar a criança a
viver no mundo.
A Educação, na visão deweyana, é "uma constante reconstrução da
experiência, de forma a dar-lhe cada vez mais sentido e a habilitar as novas
gerações a responder aos desafios da sociedade". Educar, portanto, é mais do que
23
reproduzir conhecimentos. É incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo,
preparar pessoas para transformar algo.
A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos
conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa
verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um
problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação
e que tenha a chance de testar suas ideias. Reflexão e ação devem estar ligadas,
são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao
homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor.
Para Dewey, o professor deve apresentar os conteúdos escolares na forma
de questões ou problemas e jamais dar de antemão respostas ou soluções prontas.
Em lugar de começar com definições ou conceitos já elaborados, deve usar
procedimentos que façam o aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos para
depois confrontar com o conhecimento sistematizado. Pode-se afirmar que as
teorias mais modernas da didática, como o construtivismo e as bases teóricas dos
Parâmetros Curriculares Nacionais, têm inspiração nas ideias do educador.
Como ele dizia, "as crianças não estão, num dado momento, sendo
preparadas para a vida e, em outro, vivendo". Então, qual é a diferença entre
preparar para a vida e para passar de ano? Como educar alunos que têm realidades
tão diferentes entre si e que, provavelmente, terão também futuros tão distintos?¹
____________________
¹ Cópia tirada do site <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/john-dewey-307892.shtml>; acessado no dia 29 de abril às 21:49>
24
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a maneira como a Língua Inglesa está sendo ensinada não
corresponde às expectativas dos alunos e tampouco os prepara para o mercado de
trabalho como é sugerido nos PCNs (2000, p.27).
É importante ressaltar que as queixas apresentadas dizem respeito ao
professor focar apenas a parte escrita e deixando de lado a parte oral, e o conteúdo
que eles estão aprendendo é o mesmo que viram no Ensino Fundamental. O idioma
é importante para eles, mas os alunos acabam desmotivados devido à forma com
que a Língua Inglesa está sendo ensinada.
O conhecimento deles não é levado em conta quando o foco da aula é
apenas trabalhar apostila, preencher lacunas.
Embora haja a preocupação da parte do professor segundos alguns alunos
pesquisados, a matéria é focada na escrita, enquanto a oralidade é deixada de lado,
haja vista que apenas 21% dos alunos conseguiriam se comunicar em uma situação
real, sendo que alguns fazem curso em escolas de idiomas.
Sendo assim, poderia tentar encontrar mecanismos que trouxesse a língua
inglesa mais próxima deles, por exemplo, ajudá-los na produção de currículos,
discutir sobre o mesmo em inglês; ensinar expressões idiomáticas; mostrar as
curiosidades das duas línguas quanto a expressões, entre outras atividades que eles
se sintam envolvidos e que se sintam também diante de uma situação real, como
por exemplo, dar direções, fazer compras, entre outras atividades, lógico, o
professor orientando e também questionando, porém sem dá-los respostas prontas,
deixá-los pensarem e assim trabalhar com uma aprendizagem significativa.
25
REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, José Carlos. Didática/José Carlos Libâneo. – São Paulo: Cortez, 1994. –
(Coleção magistério, 2º grau. Série formação do professor)
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf> acesso em 22 out. 2011
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_m%C3%A9dio>; acesso em 29 de abril 2012
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_p%C3%BAblico>; acesso em 29 de abril 2012
<http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/anisio-teixeira-
428158.shtml; acesso em 29 de abril 2012
<http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/john-dewey-307892.shtml>;
acesso em 29 de abril 2012
<http://www.webartigos.com/artigos/o-surgimento-do-ingles-nas-escolas-do-
brasil/52301/> acesso em 5 mai. 2012
<http://www.pedagogia.com.br/artigos/aprendizagemsig/index.php?pagina=1>
acesso em 06 mai. 2012
<http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-que-e-aprendizagem.htm>
acesso em 26 mai. 2012.
<http://www.famema.br/capacitacao/papelprofessorpromocaoaprendizagemsignificati
va.pdf> acesso em 10 jun. 2012
<http://www.simposioestadopoliticas.ufu.br/imagens/anais/pdf/EP07.pdf> acesso em
12 ago. 2012
<http://www.revistas2.uepg.br/index.php/humanas/article/view/594> acesso em 12
ago. 2012
<http://www.microeducacao.com.br/Artigos/Artigos2Sem2003.htm> acesso em 26
ago. 2012
26
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Você considera o ensino de Língua Inglesa importante
para sua formação?
Figura 2 - O seu professor demonstra conhecimento do conteúdo a ser
ensinado em sala de aula?
27
Figura 3 - O modo como lhe é ensinada a Língua Inglesa: você consegue
tirar resultados positivos?
Figura 4 - Havendo necessidade de utilizar a Língua Inglesa no seu
cotidiano você conseguirá?
28
Figura 5 - Seu professor demonstra preocupação com seu aprendizado?