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CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS WIARA MARIA DE LIMA SILVA CONTABILIDADE GERENCIAL: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E DO CONTROLE FINANCEIRO SUGESTAO MUDAR O TITULO POIS BANCA NÃO GOSTA DESTA PALAVRA IMPORTANCIA CONTABILIDADE GERENCIAL INSERIDA DENTRO DO CONTEXTO DO PLANEJAMENTO E DO CONTROLE FINANCEIRO

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

WIARA MARIA DE LIMA SILVA

CONTABILIDADE GERENCIAL: A IMPORTÂNCIA DO

PLANEJAMENTO E DO CONTROLE FINANCEIRO

SUGESTAO MUDAR O TITULO POIS BANCA NÃO GOSTA DESTA

PALAVRA IMPORTANCIA

CONTABILIDADE GERENCIAL INSERIDA DENTRO DO CONTEXTO

DO PLANEJAMENTO E DO CONTROLE FINANCEIRO

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FORTALEZA

2012

WIARA MARIA DE LIMA SILVA

CONTABILIDADE GERENCIAL: A IMPORTÂNCIA DO

PLANEJAMENTO E DO CONTROLE FINANCEIRO

Artigo científico apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis do Centro Universitário Estácio do Ceará como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel.

Orientador: Prof. Ms. Greyciane Passos

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2

FORTALEZA

2012

TERMO DE APROVAÇÃO

CONTABILIDADE GERENCIAL: A IMPORTÂNCIA DO

PLANEJAMENTO E DO CONTROLE FINANCEIRO

Por

WIARA MARIA DE LIMA SILVA

Artigo científico apresentado ao Curso de Graduação em Ciência Contábeis do Centro

Universitário Estácio do Ceará como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Profa. Ms.

Orientador - FIC

_________________________________________

Prof. Ms.

Examinador - FIC

Page 4: Artigo  tcc

3

__________________________________________

Profa. Ms.

Coordenador do Curso – FIC

CONTABILIDADE GERENCIAL: A IMPORTÂNCIA DO

PLANEJAMENTO E DO CONTROLE FINANCEIRO

Wiara Maria de Lima Silva 1

Prof. Orientador Ms. Greyciane Passos2

RESUMO

Palavas-chave:

ABSTRACT

Keywords:

1 Aluna concludente do Curso de Graduação em Administração do Centro Universitário Estácio do Ceará.2 Professor Orientador do Curso de Graduação em Administração do Centro Universitário Estácio do Ceará

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4

1 INTRODUÇÃO

Durante muito tempo, a Contabilidade não possuía a atual diferenciação

verificada. Todavia, é importante mencionar que o tema ora tratado, ou seja, a Contabilidade

gerencial a partir de uma análise da importância do planejamento e controle financeiro como

uma ferramenta imprescindível à gestão dos negócios, pois através delas as empresas

adquirem as informações contábeis necessárias, saindo do simples cálculo de impostos e do

atendimento da legislação atualmente vigente.

Além disso, é por meio da Contabilidade gerencial que as empresas obtêm uma

forma de melhor operacionalizar suas atividades e reduzir a burocracia governamental. É

utilizada na projeção dos orçamentos empresariais, planejamento tributário, controles

orçamentários, ponto de equilíbrio, dentre outros.

Ciente disso, a pergunta que se busca responder ao final da pesquisa é qual a o

papel da Contabilidade Gerencial ao correto planejamento e controle financeiro?

Como objetivo geral, tem-se analisar a relevância da Contabilidade Gerencial ao

correto planejamento e controle financeiro.

Os objetivos específicos consistem em analisar o planejamento orçamentário,

caracterizar a natureza do planejamento orçamentário e seus principais tipos e averiguar a o

papel do orçamento pela lógica do Planejamento.

O estudo fundamenta-se em uma pesquisa bibliográfica, de cunho descritivo e

exploratório, empreendendo uma análise qualitativa das informações coletadas via observação

direta e assistemática com a pesquisadora comportando-se como intérprete da situação, mas

sem nela interferir. Neste caso, não ocorreu a aplicação de um instrumento de coleta de dados

mais específica como um questionário ou roteiro de entrevistas, não havendo pesquisa de

campo ou estudo de caso.

FALTA COLOCAR AQUI A ESTRUTURA DA PESQUISA

Encerra-se o estudo expondo o alcance da proposta inicial, seus achados,

limitações e sugestões de melhorias para trabalhos futuros, a fim de que este possa ser

aperfeiçoado em outras verentes de análise.

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5

2 DO PLANEJAMENTO

Toda e qualquer empresa que objetive o sucesso precisa de um planejamento

prévio como uma forma de ter uma gestão administrativa mais efetiva, possibilitando a

identificação de quais os melhores caminhos a serem seguidos, implantando uma direção

rumo a um futuro próspero, com lucratividade e garantindo a competitividade necessária em

seu mercado de atuação.

O planejamento empresarial, conforme Mintzberg (2004), ganhou mais destaque a

partir da globalização de mercados que desencadeou uma intensa crise global, fazendo com

que as empresas precisassem se adaptar a um ambiente mais competitivo, com clientes mais

exigentes e concorrência mais acirrada e desleal.

A partir desse novo cenário econômico e mercantil, as empresas viram-se

obrigadas a implantarem, efetivamente, métodos e técnica de planejamento, ou seja, o

operacional, o tático e o estratégico. O conjunto deles representa a utilização efetiva de uma

estratégia operacional focada. O planejamento operacional é analisado por Oliveira (2006, p.

45) como:

Pode ser considerado como formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantações estabelecidas. Portanto, nesta situação tem-se, o plano de ação. O planejamento operacional é normalmente, elaborados pelos níveis organizacionais inferiores, como foco básico nas atividades do dia-a-dia da empresa.

É nesse tipo de planejamento em que são elaborados os planos operacionais

destinados à implantação de melhorias efetivas no que se refere à eficiência e eficácia,

buscando diminuir os problemas que ocorrem nos níveis intermediários e institucionais da

organização.

Chiavenato (2006, p. 121) também analisa o planejamento operacional ao afirmar

que:

[...] se preocupa basicamente com ‘o que fazer’ e ‘como fazer’ no nível em que as tarefas são executadas. Refere-se e às tarefas e operações realizadas no dia-a-dia no nível operacional. Como está inserido na lógica de sistema fechado, o planejamento operacional focaliza a otimização e a maximização de resultados (...). Por meio do planejamento operacional, os administradores visualizam e determinam ações futuras dentro do nível operacional que melhor conduzam ao alcance dos objetivos da empresa. (grifo original do autor)

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A partir da análise supracitada, pode-se perceber que o planejamento operacional

possibilita o desdobramento dos planos táticos e estratégicos da empresa, com cada setor

podendo ter o seu, a fim de facilitar a execução de suas atividades e possibilitando um melhor

resultado.

Tem-se então, de acordo com Oliveira (2006, p. 48) o planejamento tático que

objetiva a otimização de um dado setor “(...) e não a empresa como um todo. Portanto,

trabalha com decomposição de objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento

estratégico”.

Desse modo, verifica-se que o planejamento tático é mais complexo que o

operacional, envolvendo decisões deliberadas e sistemáticas em projetos mais limitados, bem

como tendo prazos mais específicos e níveis intermediários da escala hierárquica.

Esse tipo de planejamento pode ser considerado como uma vertente do

planejamento estratégico, mas não deve ser considerado como um conceito absoluto, apenas

relativo por abranger determinados setores da empresa, analisados separadamente.

Ciente de que o planejamento estratégico é o foco principal deste capítulo, adota-

se a conceituação de Oliveira (2006, p. 49) ao citar que é “de responsabilidade dos níveis mais

altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de

ação a serem seguidos para a sua consecução”.

O planejamento estratégico deve estar totalmente alinhado à missão e visão da

empresa, direcionando os colaboradores ao alcance das metas e objetivos, é de longo prazo e

de responsabilidade da alta administração da organização. Chiavenato (2006, p. 128) afirma

que o planejamento estratégico:

É um conjunto de tomada deliberada e sistemática de decisões acerca de empreendimentos que afetam ou deveriam afetar toda a empresa por longos períodos de tempo. É o planejamento que envolve prazos mais longos de tempo, é mais abrangente e é discutido e formulado por níveis hierárquicos mais elevados da empresa, isto é, no nível institucional. É um processo contínuo de tomada de decisão estratégica e não mais um plano feito e refeito a cada ano que passa. Não se preocupa em antecipar decisões a serem tomadas no futuro, mas sim de considerar as implicações futuras das decisões que devem ser tomadas no presente.

Conforme exposto nesse item, verifica-se que cada um dos tipos de planejamento

possui sua relevância no cenário organizacional.

Diante da análise realizada, no planejamento operacional ocorrem as decisões

sobre a adequação tecnológica, de materiais, além da escolha dos materiais e metodologias a

serem utilizadas.

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O planejamento tático ocorre no nível intermediário, relacionando-se aos

problemas administrativos, ou seja, de racionalização e utilização dos recursos disponíveis.

O planejamento estratégico relaciona-se ao problema da empresa como um todo,

como a escolha do produto ou serviço a ser lançado, qual a estratégia de segmentação deve ser

usada, qual o mercado-alvo a ser atingido.

2.2 Do planejamento orçamentário

Dentro de um orçamento existem dois conceitos básicos que são a receita e a

despesa, que no caso de despesas, pode ser entendido como sendo todos os gatos realizados

ou por uma pessoa física ou jurídica. Além disso, podem ser classificados conforme a

destinação final. Já a receita, este é considerado todo aquele provimento recebido, as quais são

classificadas como:

- receitas geradas pelo seu proprietário, denominada de Patrimoniais;

- receita geradas a partir de operações financeiras, chamadas de extraordinárias; e,

- rendas exclusivas do Estado, ou seja, as rendas tributárias.

De acordo com alguns autores, o orçamento, em sua concepção inicial, era

vinculado à chamada burguesia, que possuía o desejo de que houvesse limitações aos poderes

soberanos imputados pelo absolutismo, de forma que a vontade do Rei não se sobrepujasse ao

ordenamento legal da sociedade.

Segundo Padoveze (2005, p.31) “orçar significa processar todos os dados

constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o

próximo exercício, considerando as alterações já definidas para o próximo exercício”, estas

alterações previstas nada mais são os novos produtos ou empreendimentos que a empresa

planeja lançar para que haja um aumento no seu faturamento e consequentemente um lucro

maior.

De acordo com Hoji (2003), o orçamento é uma espécie de plano de ação

detalhado, com alta relevância para acionistas e demais executivos de qualquer empresa. Uma

vez que se delimitam objetivos a serem perseguidos a médio prazo, as áreas internas da

empresa irão precisar de documento formal aprovado pela diretoria da empresa, alocando os

recursos e a execução de atividades. Deste modo, ainda na visão de Hoji (2003), o orçamento

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deve corresponder tanto ao plano anual de lucros como deve ser usado como instrumento de

controle a curto prazo.

Em uma visão conceitual, orçamento corresponde a uma contrapartida financeira

de atividades previstas em um plano de ação. É feito a partir do momento em que objetivos

estratégicos foram definidos, tornando clara a forma como será feita a alocação de recursos,

inclusive financeiros, humanos e materiais. (HOJI, 2003).

Na concepção de Catelli (2001, p. 27), o orçamento pode ser compreendido como

“um plano de ação detalhado, desenvolvido e distribuído como um guia para as operações e

como uma base parcial para subsequente avaliação de desempenho”.

Desse modo, pode-se observar que envolve aspectos relacionados à avaliação,

cálculo, estimativas, aproximação, gestão, análises, tomada de decisão, não sendo apenas uma

forma de controlar custos, mas de gerir resultados positivos.

Padoveze (2005, p.31) fala que o orçamento é a principal ferramenta do processo

operacional da empresa, pois para que haja a sua montagem tem que existir uma integração de

todos os setores da empresa. O autor ainda afirma que:

Orçar significa processar todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício [...]. O orçamento não deixa de ser uma pura repetição dos relatórios gerenciais atuais, só que com os dados previstos. Portanto, não há basicamente nada de especial para se fazer orçamento, bastando apenas colocar no sistema informação contábil gerencial os dados que deverão acontecer no futuro.

O orçamento empresarial é importante por ser uma ferramenta que tende a apoiar

o gestor responsável nas suas tomadas de decisões, não sendo empregado apenas para

administrar as despesas, mas também como uma forma de orientar os líderes sobre como

alcançar seus objetivos e metas de médio e longo prazo.

É no orçamento empresarial onde se quantifica tudo aquilo que foi determinado

no planejamento estratégico, devendo reunir diversos objetivos, ressaltando que não é uma

simples forma de prever o que pode ou não ser gerido, mas sim um processo de

estabelecimento e coordenação de objetivos para todos os setores da organização de modo

com que todos trabalhem juntos em busca de resultados positivos capazes de aumentar os

lucros e a vantagem competitiva das empresas.

Em complemento a esta análise, Femenick (2012, on line) ainda conceitua

planejamento orçamentário empresarial como:

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Um estudo sistemático, a partir do qual são consolidadas as definições quantitativas dos objetivos e metas traçadas para a empresa, detalhado os fatores necessários para atingi-los, bem como os meios para fazer o controle do desempenho. A partir desse conceito, pode-se afirmar que o orçamento é o método de planejamento e controle financeiro, vinculado aos planos operacionais e de investimentos da empresa, que visa otimizar o rendimento de seus recursos físicos e monetários.

De acordo com análise de Ianesko (2001), o planejamento orçamentário é

imprescindível ao processo de planejamento e controle das empresas privadas brasileiras, pois

auxilia na coordenação das atividades e ações a serem estabelecidas pelos gestores dos setores

distintos, sendo estes relacionados ou não com o setor financeiro ou contábil da empresa,

consolidando um acordo com as metas qualitativas e quantitativas a que se almejam alcançar.

Além disso, são estabelecidas também as despesas que podem ser geradas, assim como as

principais receitas a serem criadas.

Na etapa do planejamento é primordial que auxilie na programação das atividades

de forma lógica e sistemática de acordo com a estratégia de longo prazo que a organização

possua.

Na fase de coordenação é preciso que haja a coordenação das atividades entre os

diversos setores da empresa, a fim de possibilitar a consistência das ações a serem realizadas.

Sobre a comunicação, Ianesko (2001) menciona a necessidade dela ocorrer de

forma clara e objetiva, estando alinhada com as oportunidades e planos que a empresa possua,

independente do setor de atuação do gestor.

Na opinião de Femenick (2012, on line), a comunicação é importante ao

planejamento orçamentário, pois:

Possibilita, ainda, que através da comunicação clara, sejam conhecidos, por parte dos gestores, as exigências e resultados por eles esperados, permitindo a compreensão e participação de cada um nos objetivos empresariais, motivando o desenvolvimento e implantação de planos de ação voltados à melhoria contínua dos processos visando a boa administração dos recursos disponíveis.

Além disso, Catelli (2001) destaca a necessidade de ter uma equipe motivada,

fornecendo os estímulos necessários aos diferentes gestores de modo que alcancem seus

objetivos individuais e empresariais.

No que se refere ao controle, é fundamental que as atividades da empresa estejam

condizente com os planos originais e, se necessário, sejam realizados os ajustes precisos.

Analisando a importância do controle ao planejamento orçamentário, Passarelli e

Femenick (2012, on line) afirmam que:

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O controle orçamentário significa a utilização de orçamentos e relatórios, correspondem, tendo em vista coordenar, controlar e avaliar as operações da empresa, de acordo com objetivos estabelecidos antecipadamente pela sua administração. Isso quando o orçamento empresarial é tomado como parte de uma estrutura de controle gerencial, que promove a discussão do planejamento da empresa de forma geral, contribuindo no envolvimento de todos os responsáveis, nos objetivos e planos da empresa definido dentro de diretrizes já traçadas, bem como, melhoria na comunicação, coordenação e integração das demais áreas da empresa.

Na avaliação, o referenciado autor destaca a necessidade de fornecer as bases

necessárias para que cada gerente tenha a oportunidade de avaliar seus resultados e de suas

equipes.

No entanto, isoladamente o orçamento não é nada, pois não alcançará os objetivos

e metas empresariais, sendo preciso que haja em conjunto com o controle e avaliação

permanente, assim será uma ferramenta eficaz para as empresas privadas.

2.2.1 Características

Nesta seção do trabalho, seguindo a linha da pesquisa, são apresentadas as

principais peculiaridades sobre o planejamento orçamentário.

De acordo com Atkinson e Kaplan (2000, p. 502), as principais características do

planejamento orçamentário são:

1. Identificar seus objetivos a longo prazo e suas metas a curto prazo e ser específica no estabelecimento de metas e na avaliação do desempenho relativo as elas.2. Reconhecer a necessidade de enxergar a empresa como um sistema de componentes interagindo que devem estar coordenados.3. Comunicar as metas da empresa a todos os seus sócios e envolvê-los no processo orçamentário.4. Antecipar problemas e tratá-los proativamente em lugar de reativamente

As características de um planejamento orçamentário para empresas privadas,

quando realizado adequadamente, devem englobar todas as suas fases.

Ciente disso, Feminick (2012, on line) afirma que as principais características do

planejamento orçamentário para instituições privadas são:

a) Especificação de quanto, quando e onde as atividades previstas deverão acontecer.

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b) Tomada de elementos do passado e do presente, para projetar o futuro. c) Flexibilidade das previsões orçamentárias.d) Uso de mecanismos que permitam uma rápida adaptação do sistema, quando ocorrem mudanças de comportamento no mercado.e) Participação direta dos responsáveis por todas as unidades da empresa – diretorias, divisões, gerências, departamentos, setores etc. – no processo, de forma a se comprometerem com a sua execução e a economicidade, isto é, revelando em termos econômicos o que se terá de fazer e o que se pretende fazer na empresa durante o período orçamentário.

Nesse caso, é primordial que as características do planejamento orçamentário

esteja condizente com os objetivos da empresa, direcionando ao seu alcance, fazendo com que

todos os setores organizacionais atuem em conjunto com o envolvimento de todos,

principalmente dos gestores, pois é primordial que haja a consolidação de um orçamento

específico envolvendo os processos de gestão e controle.

Concordando com esse posicionamento, Femenick (2012, on line) destaca a

necessidade de que todo planejamento orçamentário de empresas privadas tenha:

a) envolvimento dos gerentes, que devem participar ativamente dos processos de planejamento e controle.b) O orçamento deve se direcionar para que os objetivos da empresa sejam atingidos eficiente e eficazmente.c) A comunicação interna deve simplificar o sistema de informações, o processo de tomada de decisões e a estrutura organizacional.d) A expectativa deve ser realística – para que o sistema seja motivador, deve apresentar objetivos que sejam desafiadores, mas possíveis de serem cumpridos.e) O sistema deve ser flexível o bastante para suportar atualizações. f) O sistema orçamentário não deve ser um instrumento de dominação. g) O valor do orçamento empresarial está no processo de produzir os planos, e não nos planos em si. Assim, o sistema deve permitir correções, ajustes, revisões de valores e planos.h) O sistema orçamentário deve incluir elementos de reconhecimento dos esforços individuais e de grupos.i) O processo orçamentário não deve ser, em si mesmo, um dos principais instrumentos de avaliação de desempenho.

2.2.2 Natureza do Planejamento Orçamentário

Existem diversos entendimentos sobre a natureza do planejamento orçamentário,

todas elas complementares entre si, conforme poderá ser observado ao longo desta seção.

No entendimento de Thompson e Strickland (2000, p.356):

Uma cotação orçamentária muito pequena atrasa o progresso e impede as unidades organizacionais de executar proficientemente sua parte do plano estratégico. Uma cotação muito grande desperdiça recursos organizacionais e reduz o desempenho

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financeiro. Para ter um bom planejamento orçamentário, o primeiro passo é entender como ele pode ser feito, e, após a sua implementação, como cada um pode ajudar a tomar a decisão e gerenciar o seu cotidiano sem transtornos, com um bom grau de acerto.

Por tudo o que foi mencionado até aqui, pode-se afirmar categoricamente que um

orçamento é mais do que um conjunto de números, é um conjunto de esforços que tem o

objetivo de maximizar os resultados. É também uma ferramenta de negócios que ajuda na

participação, organização e controle das ações desenvolvidas dentro da empresa.

Por este fato, o orçamento representa um importante instrumento de planejamento

e controle possibilitando uma gestão eficaz e eficiente do ponto de vista da tomada de

decisões, podendo a instituição visualizar possíveis mudanças, adaptar-se a elas ou ainda, caso

necessário, corrigir essas mudanças durante a sua execução dentro do período estabelecido.

No entendimento de Sanvicente e Santos (2000, p.37), “para fins de planejamento

orçamentário anual, essa idéia (ou o próprio plano de longo prazo, no caso de existir) é que

fornece as premissas (a orientação básica) para se dar início ao planejamento para os doze

meses seguintes”.

Outra afirmação que também pode ser feita é a de que o orçamento não se

restringe apenas a realizar previsões e para ser utilizado para comparar os resultados orçados

com os alcançados, mas também, busca analisar as possibilidades de atuação futuro e

estabelecer metas que a empresa deve alcançar. Na visão de Braga (1995, p.230):

Sistema orçamentário traduz, em quantidades físicas e valores monetários, o desenvolvimento e os resultados de todos os planos das unidades operacionais e órgãos administrativos [...]. Os dados são equacionados em um conjunto de quadros orçamentários, observando-se a estrutura organizacional [...].

De acordo com Braga (1995) outro fato a ser citado é a relação aos elementos

envolvidos na realização do orçamento, onde se destacam os fatores material e humano.

Segundo este autor, o fator material é influenciado por condições externas, tais corno

macroeconomia, concorrentes, globalização, entre outros. É também profundamente

influenciado por condições internas como capacidade produtiva, potencial de vendas e

situação financeira que devem ser consideradas na política de elaboração global do

orçamento.

Ainda de acordo com Braga (1995), por outro lado, no que dizer respeito ao fator

humano, estão também envolvidos no orçamento o comprometimento dos diretores e lideres

da empresa, a partir das suas responsabilidades e autoridades necessárias à realização do

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plano de operações empresariais, criado pelo orçamento a partir dos recursos e condições

disponíveis.

Para atingir o resultado esperado em todas as fases do orçamento empresarial, a

participação do elemento humano é fundamental. É por esse motivo que várias técnicas já

foram criadas para garantir a fidedignidade dos orçamentos, assim como a realização de

vários debates em torno deste tema, haja vista que o fator humano é tão primordial quanto

subjetivo.

Mesmo que seja um orçamento empresarial, é notório que o orçamento público

tem a transparência entre uma de suas maiores exigências, onde os valores de ética estão

incorporados intrinsecamente, haja vista que, o ser humano é o principal componente de

criação de quaisquer tipos de orçamento.

4 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E DO CONTROLE FINANCEIRO

Ao longo desta seção do trabalho acadêmica, apresenta-se como a Contabilidade

gerencial

Segundo Lacombe e Heilborn (2003, p. 161), “a importância do planejamento

como ferramenta decisiva do desenvolvimento institucional encontra hoje amplo

reconhecimento, seja no âmbito empresarial ou entre organizações governamentais”.

Para Lacombe e Heilborn (2003), quando se pensa no futuro, avalia-se o contexto

no qual atua, avaliam-se os recursos escassos de que dispõe e decidir sobre as melhores

possibilidades de mobilização e direcionamentos dos recursos representando um importante

aumento da habilidade das empresas em atingir suas metas e seus objetivos, de forma

consistente.

Todavia, se o uso do planejamento torna-se cada vez mais disseminado e consensual, permanecem importantes diferenciações sobre a avaliação dos resultados alcançados por processos de planejamento concretos. "O Planejamento é um processo administrativo que visa determinar a direção a ser seguida para alcançar um resultado desejado” (LACOMBE; HEILBORN, 2003, p.162).

Lacombe e Heilborn (2003, p. 163) afirmam ainda que planejamento é uma

técnica administrativa capaz de promover uma melhor percepção sobre a realidade

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empresarial, avaliando os possíveis caminhos a serem seguidos, além de implantar um

referencial futuro, concebendo o tramite correto, bem como reavaliando todo o processo a que

o planejamento se destina. “Sendo, portanto, o lado racional da ação. Tratando-se de um

processo de deliberação abstrato e explícito que escolhe e organiza ações, antecipando os

resultados esperados”.

Realmente, ninguém planeja alguma coisa para o nada, ou a partir do nada. Ninguém planeja alguma coisa se não tiver objetivos simples e claros para serem atingidos. O conceito de Planejamento Estratégico, ou mesmo o conceito mais amplo de Estratégia sempre estiveram presentes na atividade empresarial, ainda que de forma simples e não sistemática. Mesmo na época em que a economia era menos complexa e a facilidade de colocação dos produtos no mercado era maior, fica difícil de se imaginar que os empresários deixassem de fazer algum tipo de prospecção sobre o futuro, ou que evitassem conhecer mais a fundo a natureza de seus negócios, pois afinal, não há forma melhor para se definir os conceitos de Estratégia Empresarial e Planejamento Estratégico do que conhecer a natureza do próprio negócio e as potencialidades dos mercados e da empresa ou procurar visualizar o futuro e se preparar para enfrentá-lo (MONTENEGRO, 2012, on line).

Muito se ouve falar sobre a relevância do planejamento estratégico, mas poucos

efetivamente sabem da importância que este procedimento possui na elaboração de seu

orçamento e na concepção inicial de sua política, diretrizes, missão, visão, objetivos e metas,

objetivando a otimização de seus recursos e melhorias de seus resultados. Catelli (2001, p.

145) analisa o planejamento estratégico como,

O planejamento é feito não apenas por causa da globalização, das incertezas, do aumento da competição, ou das novas tecnologias que tornam o ambiente mais inseguro e cheio de riscos. Planeja-se porque existem tarefas a cumprir, atividades a desempenhar, enfim, produtos a fabricar e serviços a prestar.

Devido às características que possui e à sua importância, o planejamento

estratégico ganhou em importância notadamente em meados da década de 1990, tornando-se o

foco do processo gestacional das empresas, encontrando nele uma medida positiva da empresa

enfrentar suas ameaças e pontos fracos, tornando-os verdadeiras oportunidades e pontos

fortes.

Conforme Alday (2012, on line), as empresas começaram a valorizar o

planejamento estratégico como uma forma de intensificar sua estratégia empresarial e

aumentar sua vantagem competitiva, pois possibilita uma melhor adaptação das organizações

às mudanças à sua volta.

O planejamento estratégico funciona como um elemento que estimula os gestores

a pensarem fora da caixa, ou seja, trata de diferentes assuntos com concepções e abordagens

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diferenciadas, de modo a fazer com que se adaptem às mudanças de forma rápida e objetiva,

pois o mais importante é obter os resultados inicialmente planejados. Analisando a

importância da utilização do planejamento estratégico pelas empresas, Alday (2012, on line)

menciona que:

O mais importante na utilização do Planejamento Estratégico é o seu estreito vínculo com a administração estratégica nas organizações. Não se pode tratar isoladamente o planejamento estratégico sem entrar no processo estratégico, contribuindo assim de forma mais eficaz com a gestão dos administradores na obtenção dos seus resultados.

Mesmo assim, o autor ainda acredita que as empresas brasileiras pouco utilizam o

planejamento estratégico, pois não tem conhecimento de como ele pode ser utilizado enquanto

metodologia gerencial que auxilia no estabelecimento de uma direção a ser seguida pela

empresa mediante interações internas e externas. ADAPTAR A

IMPORTANCIA DO PLANEJAMENTO

ORCAMENTARIO E SEU CONTROLE

FALTA O ULTIMA SECAO DO SEU TRABALHO TODO SEU

DISCORRENDO DO PAPEL DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO

PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO, SENAO VC NÃO

CUMPRE O OOBJETIVO GERAL DO SEU TRABALHO.

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REFERÊNCIAS

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BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1995.

CATELLI, Armando el al . Controladoria: uma abordagem da gestão econômica. São Paulo: Atlas, 2001.

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HOJI, Masakasu. Administração financeira uma abordagem prática. São Paulo Atlas, 2003.

IANESKO, I. A. Orçamento econômico-financeiro: uma contribuição relevante para a administração, Atlas. 2001.

LACOMBE, F.J.M, HEILBORN, G.L.J. Administração: princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003

MINTZBERG, Henry; QUINN, James. O processo da estratégia. Porto Alegre: Bookman, 2004.

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THOMPSON JUNIOR, Arthur; STRICKLAND III. A. J. Planejamento estratégico: elaboração, implementação e execução. São Paulo: Pioneira, 2000.

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