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O ESTUDO DA CAPACIDADE INFORMATIVA ENTRE A DEMONSTRAO DE ORIGENS E APLICAES DE RECURSOS E A DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA. UMA APLICAO DA ANLISE FATORIAL.MANUELA REGAZIO DE SALESGraduanda do Curso de Cincias Contbeis

LUIZ CLUDIO LOUZADAProfessor Orientador do Curso de Cincias Contbeis Departamento de Cincias Contbeis do Centro de Cincias Jurdicas e Econmicas da Universidade Federal do Esprito Santo ES

RESUMO Este artigo tem por objetivo comparar a capacidade informativa das Demonstraes de Fluxo de Caixa (DFC) e da Demonstrao das Origens e Aplicaes dos Recursos (DOAR), a partir dos indicadores neles gerados. No estudo foram utilizados os indicadores financeiros, de suficincia e eficincia das demonstraes de fluxos, aplicados em 38 empresas dos setores da Indstria que possuem aes na Bolsa de Valores de So Paulo. Para a seleo dos fatores relevantes utilizou-se KMO (Kaiser-Meyer-Olkin); Esferidade de Bartlett e a Anlise Fatorial, buscando identificar a relao e o comportamento entre as variveis estudadas. Os resultados obtidos pela pesquisa demonstram que 13 indicadores apresentam capacidade informativa de 70,59%, sendo destes 39,33% referentes aos indicadores da DFC. Com base nisso, concluiuse que a anlise fatorial aponta para uma maior capacidade informativa da Demonstrao de Fluxo de Caixa em relao Demonstrao das Origens e Aplicaes dos Recursos. Palavras-chave: Fluxos de Caixa; Capital Circulante Lquido; Indicadores de Desempenho; Anlise Fatorial.

1. INTRODUO O principal produto da Contabilidade a informao. Com isso, considera-se importante o uso de instrumentos capazes de fornecer informaes relevantes para os usurios. Estes instrumentos, as demonstraes contbeis, apresentam a situao patrimonial da empresa e suas variaes, o que fundamental para o estudo da contabilidade. Contudo faz-se necessrio que essas demonstraes possuam a capacidade de atender as necessidades de seu grupo de usurios. Nesse sentido as demonstraes de fluxos, como DOAR e DFC que denotam a transao de dinheiro na empresa, so importantes para que esses usurios conheam e acompanhem a evoluo financeira de seus investimentos. Dessa forma, em dezembro de 2007 foi sancionada a Lei 11.638, alterao da Lei 6.404/76, que entre outras modificaes, tornou obrigatria a publicao da Demonstrao do

Fluxo de Caixa (DFC), para as empresas de capital aberto, em substituio a Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR). No entanto, apesar de passados mais de dois anos da Lei em vigor, ainda h discusso entre profissionais da rea sobre as reais vantagens e desvantagens dessa modificao, e qual seria a mudana quanto aos aspectos informacionais para os usurios externos dessas demonstraes. Visto que essas demonstraes possuem objetivos distintos, porm convergentes em seus fins (Oliveira, 2008, p.13) De acordo com Lustosa (1997) a DOAR se diferencia da DFC nas atividades operacionais, visto que as outras fontes de longo prazo so, normalmente, em dinheiro e constam em ambas as demonstraes. E afirma ainda que aquela era vista mais para atender fins legais do que pelo seu potencial de utilidade, que segundo Martins (1990) possui superioridade informativa sobre esta. A anlise atravs de indicadores proporciona a visualizao de medidas a serem tomadas para a obteno de melhorias, e conduz ao desenvolvimento de planos estratgicos no longo prazo. A Anlise por meio de indicadores muito utilizada por analistas, pois fornece informaes que no so fceis de visualizar diretamente nas demonstraes contbeis (SILVA, 2008, p. 225). Neste contexto, este trabalho investiga a seguinte questo problema: Dada a substituio da Demonstrao das Origens e Aplicaes dos Recursos pela Demonstrao de Fluxo de Caixa, comparativamente, qual destas apresentam maior capacidade informativa? Como Objetivo geral, o artigo visa comparar a capacidade informativa da Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos e a Demonstrao de Fluxo de Caixa, a partir de seus indicadores (financeiros, suficincia e eficincia) buscando identificar a capacidade informativa entre esses demonstrativos de fluxos. No atendimento ao objetivo geral so delineados alguns objetivos especficos, como: Descrever os aspectos relevantes da DFC e DOAR; Demonstrar as vantagens e desvantagens da DFC e DOAR; Elaborar a anlise e tratamento dos dados atravs da anlise fatorial. Dada o obrigatoriedade de substituio da DOAR pela DFC, muito se discutiu, no campo terico, sobre perdas e ganhos da capacidade informativa da Contabilidade. Este estudo, resgata o assunto, utilizando-se de modelos estatsticos para verificar e comparar a capacidade informacional (relevncia) a partir de indicadores extrados destas demonstraes. O desenvolvimento do trabalho, quanto a seus objetivos, foi classificado como pesquisa explicativa, pois segundo Gil (2002) esse o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razo, o porqu das coisas. Em seus procedimentos, utilizou-se mtodos de pesquisa bibliogrfica, para a sustentao da idia e aperfeioamento do trabalho. O estudo de caso, que ser com um grupo de 39 empresas dos setores da Indstria de capital aberto. Quanto ao problema, caracteriza-se como pesquisa quantitativa, tanto na coleta de informaes, quanto no tratamento dessas atravs de tcnicas estatsticas, desde as mais simples como percentual, mdia, desvio padro, as mais complexas, como coeficiente de correlao, anlise de regresso etc. (RICHARDSON, 1999, p. 70 apud BOFF, 2008, p.4). Na anlise e o tratamento dos dados das demonstraes, que foram extrados do programa Economtica, foi aplicado o modelo estatstico de Anlise Fatorial. 2. DEMONSTRAO DE FLUXOS Os demonstrativos financeiros apresentam toda a evoluo econmico-financeira da empresa. Eles podem revelar os dados em uma data, como o Balano Patrimonial, que so os demonstrativos estticos, ou podem expor a evoluo dessas informaes em um determinado perodo, como na Demonstrao Resultado do Exerccio, Demonstrao das Mutaes do

Patrimnio Lquido, Demonstraes das Origens e Aplicaes dos Recursos e Demonstraes do Fluxo de Caixa, conhecidos tambm como demonstraes de fluxos. Os Demonstrativos de Fluxos das empresas representam a movimentao que ocorre em determinado perodo. Quando se trata de fluxos econmicos podemos verific-los na DRE e DMPL. J os fluxos financeiros so expostos na DFC e DOAR, sendo o fluxo de caixa representado de forma mais evidente na Demonstrao de Fluxo de Caixa, pois este analisa quais as transaes que afetaram o disponvel no perodo, j o fluxo operacional melhor evidenciado na Demonstrao das Origens e Aplicaes dos Recursos, que aduz a diferena entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, tambm chamado de Capital Circulante Lquido, englobando as contas financeiras e as no-financeiras. Conforme explica Thephilo:Financeiro refere-se a dinheiro (...). O termo financeiro tem sentido amplo e restrito. Quando encarado de forma restrita, refere-se a caixa; quando seu significado amplo, refere-se a Capital Circulante Lquido. (MATARAZZO, 1980 apud THEPHILO, 1998, p. 43.)

No presente estudo, avalia-se apenas os demonstrativos que abordam os fluxos financeiros, que como dito so a DFC e DOAR, pois estes so a base do trabalho. 3. DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA A Demonstrao de Fluxo de Caixa (DFC) proporciona aos usurios uma base para avaliar se a entidade possui capacidade de gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de liquidez. O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) n 03 define equivalentes de caixa como sendo:aplicaes financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que so prontamente conversveis em um montante conhecido de caixa e que esto sujeitas a um insignificante risco de mudana de valor.

Assaf Neto e Silva (2002) explicam que o fluxo de caixa, de maneira ampla, um processo pelo qual a empresa gera e aplica seus recursos de caixa determinados pelas vrias atividades desenvolvidas, sendo que atividades da empresa so divididas em operacionais, de investimentos e de financiamento. Para Zdanowicz (1998, p.33), o fluxo de caixa o instrumento que permite demonstrar as operaes financeiras que so realizadas pela empresa, e isso permite uma melhor anlise e tomada de deciso quanto aplicao dos recursos financeiros que a empresa dispe. Marques (2001, p. 90), afirma que a DFC fornece indicativos de liquidez, solvncia e flexibilidade financeira da organizao. Fazendo a diferenciao entre os trs indicativos: Liquidez capacidade da companhia de possuir ativo circulante (AC) em montante superior ao passivo circulante (PC); Solvncia capacidade de pagamento de dvidas por ocasio de seus vencimentos; e Flexibilidade financeira habilidade da empresa em conseguir fontes alternativas de financiamento. Conforme citam Silva, Santos e Ogawa (1994, p. 02) a DFC tm sido considerada o mais importante instrumento de anlise financeira de uma empresa moderna. Zdanowicz (1998, p.60) explica que:A anlise de indicadores econmico-financeiros atravs do fluxo de caixa visa estabelecer relaes entre os dados econmico-financeiros da empresa, para verificar os pontos de estrangulamento que possam causar desequilbrios a curto ou longo prazos.

Com isso, nota-se que a DFC demonstra tanto a origem dos recursos quanto sua aplicao na entidade. Lembrando que estes recursos so apenas os financeiros, ou seja, aquele que reflete no caixa.

Dessa forma, conhecer o fluxo de caixa conhecer o fluxo financeiro da empresa. Atravs dele que as empresas planejam e tomam as decises importantes de investimentos, financiamentos, distribuio de recursos que so fundamentais para a continuidade de suas operaes. 3.1 Vantagens da DFC

A DFC est relacionada ao Balano Patrimonial e Demonstrao de Resultados do Exerccio e muito til no curto prazo. Martins (1990, p.1) esclarece que: ativo possui, alm das disponibilidades e das aplicaes de caixaefetuadas, direitos que esto para se transformar em caixa, alm disso, possui bens que esto representando o montante de caixa desembolsado em funo de sua aquisio e que o passivo representa valores a desembolsar futuramente, logo, o balano inteiro sem exceo, possui ligao com o fluxo de caixa.

Silva, Santos e Ogawa (1994, p. 58) citam que dentre as vantagens do fluxo de caixa podem-se citar: Indispensvel na avaliao da capacidade de solvncia da empresa e conseqentemente do risco, do caixa e dos dividendos futuros. A exposio dos fluxos dos recursos financeiros, que proporciona facilidade de entendimento; Elaborada com base num conceito de fundos preciso, crtico em qualquer empresa e necessrio no curto/curtssimo prazo; O fluxo de caixa histrico til nas previses de fluxo de caixa futuro, pois evidencia como a entidade gera e consome recursos. Alm desses aspectos, os autores ainda afirmam que um instrumento de fcil entendimento pelos no detentores de conhecimentos na rea contbil e um importante instrumento de anlise financeira. De outro ngulo a DFC se comparada a outros demonstrativos tambm proporciona informaes sobre a diferena entre resultado lquido e recebimentos e pagamentos em caixa, bem como, a necessidade de financiamentos externos para o pagamento de dvidas caso no tenha recursos disponveis. 3.2 Desvantagens da DFC

A DFC, por ser uma demonstrao com baixa capacidade informativa depende da anlise conjunta com outras demonstraes, por isso possui carter complementar. Silva, Santos e Ogawa (1993, p. 21) apontam desvantagens da DFC, dentre as quais se destacam: Possui uma capacidade informativa menor que a DOAR; O fluxo de caixa to, ou at mais, manipulvel que qualquer outra demonstrao contbil; J Marques e Braga (1996, p. 14) destacam que como instrumento de deciso, o relatrio pode ser confuso e por vezes enganoso. E afirmam que o fluxo de caixa pode flutuar entre positivos e negativos para empresas com resultados sazonais. Os mesmos autores afirmam que a ocorrncia de um caixa operacional negativo em um perodo (variao negativa do saldo) no reflete, necessariamente, uma situao financeira desfavorvel. Da mesma forma, pode existir uma situao financeira comprometida, ainda que os fluxos de caixa se mostrem positivos. Isso pode ser observado no caso de emprstimos, que provocam aumento nas disponibilidades em determinado perodo, no entanto haver necessidade, em outro perodo, de desembolso para seu pagamento, no sendo demonstrado se a empresa ter

condies de arcar com essa dvida no futuro, podendo na pior das hipteses piorar sua situao financeira. Por isso Thephilo (1998, p.44) defende o uso da DOAR e DFC em conjunto, quando diz que a anlise conjunta das mesmas constitui-se a melhor opo para conhecer a verdadeira capacidade financeira dos empreendimentos. 3.3 ndices Financeiros

A anlise da DFC atravs de indicadores permite a visualizao do desempenho dos fluxos de caixa da organizao. Segundo Braga e Marques (2001, p. 16) representam um dos instrumentos disponveis para o acompanhamento da situao financeira da empresa. ndices Propostos por Matarazzondices Capacidade de Financiamento da Necessidade de Capital de Giro CfNCG Capacidade de Pagamento de Dvidas Bancrias de Curto Prazo CpDCP Capacidade de Investimento -Cin Frmula Gerao Bruta de Caixa x 100 Variao NCG Conceito Capacidade da empresa em financiar o crescimento de sua atividade comercial

Gerao Operacional de Caixa x 100 Capacidade da empresa em pagar seus emprstimos bancrios de curto Saldo inicial de emprstimos prazo bancrios Gerao Operacional de Caixa Variao dos itens permanentes de Caixa Gerao Operacional de Caixa Variao permanente de caixa Saldo inicial de ELP Capacidade que a empresa tem de efetuar investimentos com recursos prprios

Capacidade de Amortizao de Financiamentos - CaF

Capacidade da empresa em amortizar financiamentos de longo prazo

Quadro 1: Indicadores de Desempenho Fonte: Matarazzo, 1997 apud Da Hora, 2008, p. 52.

Gerao bruta de caixa segundo Matarazzo (2003, p.370) revela o caixa gerado pelas atividades comerciais, representa os recursos com os quais a empresa poder financiar as operaes de compra, produo e venda. Ainda afirma o autor (2003, p. 377) que O Confronto das variaes dos itens do Ativo Circulante Operacional e Passivo Circulante Operacional resultam na variao da NCG. J a gerao operacional de caixa a soma da variao NCG gerao bruta de caixa, cujo significado o caixa gerado pelas atividades comerciais acoplado aos investimentos operacionais e fontes operacionais. (MATARAZZO, 2003,p. 377). Tanto o valor referente ao saldo inicial de emprstimos de curto prazo, quanto o saldo inicial de Exigvel longo prazo foram retirados do balano patrimonial. O valor da variao dos itens permanentes de caixa composto pelo aumento de capital, pagamento de dividendos e aumento do ativo permanente. 3.4 ndices de Suficincia

Os ndices dispostos abaixo representam a capacidade que a empresa possui de se manter com seus recursos, sem precisar recorrer a terceiros.

ndices Propostos por Marquesndices Cobertura de Dividendos Frmula Dividendos Pagos CGO Reinvestimentos Compras de Ativos CGO Cobertura de Dvidas Exigvel Total CGO Impacto de Depreciao e Amortizao Quadro 2: Indicadores de Suficincia Fonte: Marques, 1999 apud Da Hora, 2008, p.53. Despesas com (Depreciao e Amortizao) CGO Conceito Capacidade do caixa em cobrir os dividendos Capacidade de reinvestir caixa operacional em Ativos. Capacidade de liquidao das dvidas com terceiros Qual o impacto da depreciao e amortizao sobre o caixa operacional gerado

Marques (1996, p. 4) explica que CGO comea com o capital de giro fornecido pelas operaes, ao passo que as variaes nas contas integrantes dos grupos circulantes associadas s operaes (exceto disponibilidades) seriam acrescidas ou deduzidas daquele valor. 3.5 ndices de Eficincia

Os ndices de eficincia propostos demonstram quo eficiente a atividade operacional da empresa, ou seja, o retorno dos recursos gerado. ndices Propostos por Marquesndices Fluxo de Caixa sobre as Vendas ndices de Operao Frmula CGO Vendas Lquidas CGO Conceito Capacidade que a empresa possui em converter o lucro obtido nas vendas em caixa operacional

Mede o grau de eficincia das atividades operacionais da Resultados das Operaes Contnuas empresa CGO Ativos Totais Capacidade dos ativos da empresa de transitarem pelo seu disponvel.

Retorno do Fluxo de Caixa sobre os Ativos Quadro 3: Indicadores de Eficincia.

Fonte: Marques, 1999 apud Da Hora, 2008, p.53.

4. DEMONSTRAO DAS ORIGENS E APLICAES DE RECURSOS Conhecida em outros pases como Demonstrao das Alteraes na Posio Financeira, a Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR) evidencia o que causa a folga financeira da entidade no curto prazo. Ela procura mostrar as alteraes que ocorreram na posio financeira, permitindo avaliar aspectos relacionados com as trs decises financeiras da empresa: deciso de investimento, de financiamento e de dividendos (Silva, Santos e Ogawa). Seu principal objetivo apresentar as variaes relacionadas aos financiamentos, que so as origens, e aos investimentos, que so as aplicaes, durante o exerccio, que por sua vez afetam o capital circulante lquido (CCL) da empresa. O Capital Circulante Lquido (CCL) indica a diferena entre o ativo circulante e o passivo circulante, que est relacionado idia de folga financeira, logo pode-se concluir que a DOAR demonstra as origens e fontes que provocam alteraes no CCL. Com tudo, a DOAR, sendo tambm um demonstrativo do fluxo financeiro da empresa de se esperar que seja muito utilizado para a anlise de suas disponibilidades. No entanto por ser elaborado por contas financeiras e no-financeiras, como estoques e despesas, torna-se mais difcil sua utilizao no que se refere liquidez e solvncia. Assim, mesmo quando era obrigatria sua publicao, era pouco utilizada, segundo alguns autores, principalmente por no contadores. Isso devido dificuldade de compreenso por estes. No entanto, Thephilo (1998) afirma que, o fato, de que as demonstraes do fluxo do CCL sejam de difcil entendimento no parece, no entanto, um motivo suficiente para sua substituio por outra de menor abrangncia e mais suscetvel a manipulaes. 4.1 Vantagens da DOAR

A DOAR um demonstrativo de extrema relevncia para a anlise da empresa. Segundo Silva, Santos e Ogawa, sua anlise permite superar muitas deficincias da anlise de outras demonstraes como o Balano e a Demontrao do Resultado do Exerccio. Conforme Silva, Santos e Ogawa (1993, p. 19), a DOAR possui vantagens como: Possui maior capacidade analtica, a longo prazo, do que o Fluxo de Caixa; Conciliar a posio financeira da empresa e a distribuio de dividendos; Complementa as outras demonstraes, no tocante a capacidade informativa; Verifica as mutaes na situao financeira da empresa e avaliado com alto poder preditivo, ou seja, a possibilidade de gerar previses sujeitas a testes. Como tambm permite que os gestores possam avaliar constantemente a poltica de investimentos e financiamentos da empresa, e assim tomar as decises necessrias. 4.2 Desvantagens da DOAR

Ainda que possua grande capacidade analtica, a DOAR apresenta dificuldades quando o assunto o seu entendimento pelos usurios, e tambm por no manifestar as modificaes nos itens do circulante no curto prazo quanto no longo prazo. Silva, Santos e Ogawa (1993, p. 20) enumeram outros problemas desta demonstrao: Embora possa ser adaptada, no atende a setores especficos sendo necessrio uma reformulao do conceito de fundos; No h consenso sobre qual conceito de fundos aplicar na elaborao da DOAR (caixa e equivalente-caixa, working capital ou recursos financeiros);

Depende da conceituao de circulante que pode prejudicar a capacidade analtica; O seu uso no tem sido pesquisado de forma cientfica, inclusive nos pases onde a pesquisa contbil encontra-se mais desenvolvida; A falta de generalidade na conceituao de fundos, talvez tenha feito com que a DOAR no se tornasse consagrada entre os usurios. Por no ser uma demonstrao fundamentalmente financeira o mtodo de avaliao de ativos no monetrios influencia o resultado. Sendo este ltimo ponto, citado tambm por outros autores como um aspecto negativo para a DOAR. Tephilo (1998, p.43) afirma que na DOAR o fluxo financeiro sofre influncia de fatores econmicos, que podem variar de valor de acordo com o critrio de avaliao, como no caso dos estoques. 4.3 ndices Financeiros

A DOAR um demonstrativo com grande capacidade informativa, e se trabalhada atravs de indicadores pode fornecer informao relevantes para gestores na tomada de decises, bem como para seus investidores. Conforme explicam Silva, Santos e Ogawa:As informaes (...) so da maior relevncia para se analisar uma empresa, e a DOAR o relatrio financeiro que as expressa melhor; por isso, sua anlise permite superar muitas das deficincias da anlise feita apenas do Balano e Demonstrao de Resultado do exerccio. (Silva, Santos e Ogawa apud Matarazzo, 1994, p.18)

ndices Propostos por Matarazzondices Recursos Gerados Disponveis RDG Capacidade de Amortizao do Exigvel Longo Prazo CAELP Imobilizao Marginal do Patrimnio Lquido - IMPL Imobilizao Marginal dos Recursos no-Correntes IMRnC Imobilizao geridas de Recursos no-Correntes - IgRnC Frmula LL + Ajustes - Dividendos - CCL inicial x inflao1 Exigvel Longo Prazo RGD Variao do AP / AP inicial Variao do PL / PL Variao do AP / AP inicial Variao dos RNC / RNC iniciais Conceito Capacidade de aplicar seus recursos gerados no Ativo Permanente, aps pagar seus dividendos. Capacidade de liquidar suas dvidas de longo prazo com o lucro gerado pelas operaes. Qual a aplicao no Ativo Permanente com relao ao aumento do Patrimnio Lquido. Qual a aplicao no Ativo Permanente com relao ao aumento do Exigvel Longo Prazo e Patrimnio Lquido. Qual a aplicao de recursos prprios disponveis no Ativo Permanente.

Aplicaes no AP RPGD + realizao de capital Acrscimo do CCL / CCL inicial

Liquidez Corrente Marginal LCM

Qual a liquidez corrente da empresa. Acrscimo do PC / PC inicial

1

Dados obtidos no site do IBGE.

Quadro 4: Indicadores de Desempenho Fonte: Matarazzo, 1980 apud Da Hora, 2008, p. 41.

5. PESQUISA EXPLORATRIA Os setores trabalhados no estudo de caso, Papel e Celulose; Minerao; Siderurgia e Metalurgia e Petrleo e Gs, foram escolhidos, pois so setores em expanso no mundo. As empresas esto se desenvolvendo a cada ano e ganhando mais espao no cenrio mundial. As Indstrias do estudo englobam empresas dos mais variados segmentos, empresas que possuem grandes investimentos no pas. Logo, so muito visadas pelos investidores externos, que buscam credibilidade, confiabilidade e segurana no momento de escolher o investimento a ser feito. A anlise das demonstraes do setor torna-se relevante, pois estes investidores, que na grande maioria s possui as informaes publicadas pelas empresas, precisam de dados mais conclusivos para a deciso sobre seus investimentos. A partir do momento que uma lei desobriga uma entidade de capital aberto de publicar uma de suas demonstraes, seus investidores deixam de obter informaes, que dependendo da circunstncia, so cruciais para o bom desempenho da empresa e por fim o crescimento de seus investimentos. Um dos usurios mais importantes da informao contbil o investidor, responsvel pela prpria existncia da entidade (CATELLI, 1999, p.86 apud TEIXEIRA; DALMACIO E RANGEL, p. 1) 6. ANLISE E TRATAMENTO DOS DADOS Gil (2009, p. 125) explica que o processo de anlise dos dados envolve diversos procedimentos: codificao das respostas, tabulao dos dados e clculos estatsticos. Aps, ou juntamente com a anlise, pode ocorrer tambm interpretao dos dados, que consiste, fundamentalmente, em estabelecer a ligao entre os resultados obtidos com outros j conhecidos, que sejam derivados de teorias, quer sejam de estudos realizados anteriormente. A anlise e tratamento dos dados foram desenvolvidos a partir de um banco de dados 38 empresas, sendo 4 do setor de Petrleo e Gs, 3 do setor de Minerao, 6 do setor de Papel e Celulose e 25 do setor e Siderurgia e Metalurgia. Estes dados foram extrados das demonstraes contbeis, que por sua vez foram obtidos pelo programa Economtica. A anlise dos dados foi realizada atravs da anlise fatorial, com auxlio do software SPSS verso 11.5. Foram dispostos para anlise 17 indicadores das 38 empresas dos setores em estudo. No entanto, por no obter dados suficientes para o calculo do indicador IgRnC (Imobilizao geridas de Recursos no-Correntes) no ano de 2008, o ndice no foi utilizado na anlise, sendo ento trabalhados 16 indicadores. Primeiramente os dados foram padronizados para que assim pudessem ser analisados em uma escala nica, e para essa padronizao utilizou-se o mtodo de desvio-padro. Aps isso foram processados, pela Anlise Fatorial, 5 Componentes Principais para verificar quais os indicadores assumem relao entre eles.

A Anlise Fatorial foi utilizada devido a pouca quantidade de dados obtidos. Isto porque o ano de 2008 foi o nico, em um perodo de 10 anos, que apresentou o maior nmero de indicadores das empresas trabalhadas. Devido a esta insuficincia de dados no pode ser adotados outro modelo estatstico. 6.1 Pressupostos

Para verificar se os dados so adequados uma anlise fatorial, foram utilizados dois testes estatsticos. O primeiro, o de Esferidade de Bartlett, que testa a presena de correlaes entre as variveis. Ele fornece a probabilidade estatstica de que a matriz de correlao tenha correlaes significantes entre pelo menos algumas das variveis, Hair (2005, pag. 98). O segundo, o teste Kaiser-Meyer-Olkin (KMO), uma medida para quantificar o grau de intercorrelaes entre as variveis, esse ndice varia de zero a um, alcanando um quando cada varivel perfeitamente prevista sem erro pelas outras variveis. No tratamento dos dados, quando se utilizou os 16 indicadores, no primeiro teste verificou-se uma significncia de 0,00% de probabilidade, ou seja, indicao de presena nonula de correlaes entre as variveis. J para segundo teste, com os mesmos dados, o grau de intercorrelaes apresentou um valor de 0,435, que segundo Hair (2005, p. 98) orienta que a estatstica de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) maior ou igual a 0,50 ruim, mais aceitvel.Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square df Sig.Quadro 5: Resumo do Teste KMO e Bartletts dos 16 indicadores.

0,435 289,924 120 ,000

Como na primeira anlise, utilizando-se os 16 indicadores, a estatstica de teste KMO ficou abaixo do mnimo aceitvel e considerando a sugesto do Hair (2005, pag. 98) o teste KMO pode ser estendido para as variveis individuais, detectou que dos dezesseis indicadores, 6 apresentaram valores aceitveis e 10 inaceitveis. Na tentativa de obter o KMO mnimo decidiu ento a retirada do indicador CAELP, pois, ele apresentou a menor estatstica de teste KMO (0,11). Aps a retirada do CAELP, aplicou novamente os teste Bartletts e KMO com 15 indicadores. Com a retirada do indicador CAELP(Capacidade de Amortizao do Exigvel Longo Prazo) e as principais suposies na anlise fatorial em nveis aceitveis, decidiu pela continuidade da aplicao da anlise fatorial.Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. Bartlett's Test of Sphericity Approx. Chi-Square df Sig. Quadro 6: Resumo do Teste KMO e Bartletts dos 16 indicadores. ,550 259,444 105 ,000

6.2

Tratamento dos Dados

A rotao dos fatores feita com a finalidade de melhor definir as relaes entre os indicadores e os fatores. A rotao pode ser, por exemplo, ortogonal ou oblqua, ou seja, os

eixos (fatores) podem ser rotacionados de maneira a preservar a independncia entre os fatores ou no. Na rotao ortogonal, os mtodos comuns usados so o Quartimax e o Varimax. Neste trabalho, usamos o mtodo Varimax, pois permite definir mais claramente quais os indicadores esto associadas com um dado fator e quais no esto.

Component Total 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 3,402 2,497 1,877 1,459 1,353 ,941 ,805 ,740 ,705 ,404 ,260 ,243 ,175 ,089 ,049

Initial Eigenvalues % of Variance 22,683 16,645 12,513 9,728 9,022 6,273 5,368 4,936 4,700 2,693 1,731 1,617 1,170 ,594 ,326 Cumulative % 22,683 39,328 51,841 61,569 70,591 76,864 82,232 87,168 91,868 94,562 96,293 97,910 99,080 99,674 100,000

Extraction Sums of Squared Loadings Total 3,402 2,497 1,877 1,459 1,353 % of Variance 22,683 16,645 12,513 9,728 9,022 Cumulative % 22,683 39,328 51,841 61,569 70,591

Rotation Sums of Squared Loadings Total 2,789 2,418 2,153 1,750 1,478 % of Variance 18,593 16,123 14,351 11,670 9,855 Cumulative % 18,593 34,716 49,067 60,736 70,591

Quadro 7: Resumo para a Extrao de Fatores Componentes. Extraction Method: Principal Component Analysis.

A Tabela 7 apresenta os fatores obtidos sem e com rotao varimax e tambm os percentuais da varincia explicada por cada fator e da varincia explicada acumulada. Para a definio dos fatores, usou-se o critrio de se considerar apenas aqueles com autovalor (varincia total explicada) maior do que um e cargas fatoriais iguais ou superiores a 0,70. Deste modo, os cinco primeiros fatores explicam 70,59% da variao de todos os indicadores utilizados, sendo ento bastante significativos.

FATOR

SIGLA IDA CDDIV REIN

Quadro 8: Resultados da extrao de Fatores e com a descrio.

Avaliando a Tabela 8, observamos o agrupamento de 15 indicadores referentes s demonstraes financeiras DOAR e DFC, apenas dois indicadores foram desconsiderados: Capacidade de Amortizao de Financiamentos (CFA) e Cobertura de Dividendos (CDDIVID).

Fator 1 Este fator agrupou indicadores que esto diretamente relacionados com o caixa operacional da empresa. Seja o impacto da depreciao e amortizao sobre este, a capacidade de liquidar as dvidas com terceiros ou a possibilidade de reinvestimentos deste no ativo da empresa. Todos os indicadores representados aqui foram extrados da DFC, o que mostra que este demonstrativo bem representativo quando o aspecto levantado esteja relacionado a capacidade de gerao de caixa operacional.

1

Fator 2 O Fator 2, bem como no Fator 1, totalmente representado por indicadores da DFC. A assim como na varivel anterior todos representam a transao que ocorre no caixa operacional da empresa seja a transio desse caixa pelo ativo, a capacidade de investimentos com os recursos prprios, ou a converso de caixa em lucro. Fator 3 O Fator 3 representado por indicadores relacionados a atividade comercial da empresa, seja a parcela dos recursos gerados que podem ser aplicados no ativo permanente, a eficincia da atividade comercial da empresa, bem como sua liquidez. Nota-se que aqui foram agrupados trs indicadores, sendo dois da DOAR e um da DFC. Fator 4 Aqui o Fator composto por dois indicadores, sendo um da DOAR e um da DFC. O indicador da DFC est relacionado com a capacidade da empresa em financiar sua atividade comercial, sem precisar de capital de terceiros, j o indicador da DOAR demonstra a relao de capital de terceiros e capital prprio com o ativo permanente. Fator 5 Neste ltimo podemos verificar que um indicador da DOAR e um da DFC compem a varivel. O indicador da DFC analisa a capacidade de pagamento de dvidas

RFSA CIN

2

bancrias no custo prazo, enquanto o da DOAR verifica o aumento de ativo permanente em relao ao aumento do capital prprio. 7. CONCLUSO No presente estudo, o objetivo proposto foi verificar a capacidade informativa da DOAR e da DFC, atravs da Anlise Fatorial aplicada no indicadores financeiros das duas demonstraes, Para o estudo foram utilizadas 38 empresas dos setores da Indstria que possuem aes na Bolsa de Valores de So Paulo. O uso da Anlise Fatorial no foi para prever valores das variveis examinadas, mas identificar a estrutura de relacionamento que possibilite a explicao da variao dessas variveis. Quanto anlise e comparao das informaes geradas pelas demonstraes, os indicadores nos mostram que a DOAR e DFC se apresentam de forma distinta. Enquanto a DOAR registra a variao do CCL, atravs evidenciao de seus recursos e aplicaes, a DFC nos permite uma analise mais profunda da formao do caixa. Verificou-se, ento, que os indicadores extradas das demonstraes e tratados atravs da anlise fatorial, explicam 70,59% da variao de todos os indicadores, e revelam que nas trs ltimas variveis os indicadores das duas demonstraes possuem relao direta entre eles. Levando-se em considerao que foram utilizados quatro indicadores da DOAR e nove indicadores da DFC. Constatou-se tambm que dos 70,59% de toda a variabilidade desses indicadores, 39,33% so representados apenas por indicadores da DFC, o que sugere um maior poder preditivo da Demonstrao de Fluxo de Caixa em relao a Demonstrao das Origens e Aplicaes dos Recursos. 7.1 Sugestes para futuras pesquisas Aplicar o teste em uma base de dados mais significativa, desagrupando por setor, e analisando a diferena entre eles. Replicar o teste de Anlise Fatorial aos indicadores dos demonstrativos de fluxos, relacionando-os s vantagens e desvantagens da DOAR e DFC.

8. BIBLIOGRAFIA

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APNDICE A CORRELAO PARCIAIS ENTRE AS 16 VARIVEISMedida de adequao da amostra e correlao parciais (16 indicadores) CAF CDIVID REIN CDDIV IDA FCV IO RFSA RGD CAELP

CFNCG CPDCP CIN CFNCG 0,29 CPDCP 0,02 0,46 CIN 0,58 -0,07 0,33 CAF 0,16 0,00 0,05 0,59 CDIVID 0,11 0,07 0,21 0,08 REIN 0,27 0,14 0,22 -0,08 CDDIV -0,20 0,05 -0,33 0,00 IDA 0,25 0,11 0,25 -0,06 FCV 0,31 0,08 0,20 0,04 IO 0,03 0,10 0,23 0,16 RFSA -0,13 -0,11 0,21 -0,25 RGD -0,12 0,02 -0,20 -0,28 CAELP -0,48 -0,13 -0,47 0,00 IMPL -0,19 -0,34 -0,07 -0,23 IMRNC -0,80 -0,08 -0,62 -0,14 LCM -0,12 0,10 -0,19 -0,12 Tabela 9: Measures of Sampling Adequacy(MSA)

IMPL

IMRNC

LCM

0,38 0,13 -0,08 0,15 0,19 0,29 -0,05 -0,29 -0,31 0,07 -0,26 -0,10

0,45 -0,19 0,80 0,66 0,16 -0,40 0,16 -0,55 0,06 -0,27 0,24

0,67 -0,67 -0,06 -0,07 -0,08 0,09 0,11 0,03 0,20 0,04

0,48 0,46 0,15 -0,26 0,07 -0,41 0,02 -0,27 0,17

0,45 0,12 -0,78 0,20 -0,64 0,00 -0,28 -0,04

0,54 0,03 -0,60 -0,35 -0,09 -0,19 0,07

0,57 -0,20 0,35 0,13 0,12 -0,02

0,50 0,04 0,16 0,21 0,30

0,11 0,10 0,56 -0,04

0,43 0,21 0,01

0,30 0,09

0,66

APNDICE B CORRELAO PARCIAIS ENTRE AS 15 VARIVEIS

CFNCG CPDCP CFNCG 0,42 CPDCP -0,05 0,53 CIN 0,46 -0,15 0,43 CAF 0,19 0,00 0,05 0,56 CDIVID -0,04 0,03 0,08 0,08 REIN 0,01 0,08 -0,05 -0,10 CDDIV -0,17 0,06 -0,32 0,00 IDA 0,06 0,06 0,08 -0,07 FCV 0,00 0,00 -0,15 0,05 IO -0,16 0,06 0,08 0,17 RFSA 0,05 -0,07 0,45 -0,27 RGD -0,11 0,02 -0,21 -0,28 IMPL -0,16 -0,33 -0,02 -0,23 IMRNC -0,73 -0,01 -0,49 -0,17 LCM -0,16 0,09 -0,23 -0,12 Tabela 10: Measures of Sampling Adequacy(MSA)

Medida de adequao da amostra e correlao parciais (15 indicadores) CIN CAF CDIVID REIN CDDIV IDA FCV IO RFSA

RGD

IMPL

IMRNC

LCM

0,60 -0,06 -0,05 0,03 -0,02 0,20 0,07 -0,30 0,10 -0,12 -0,11

0,60 -0,16 0,76 0,48 -0,04 -0,27 0,22 0,14 0,04 0,27

0,67 -0,69 0,02 -0,03 -0,13 0,09 0,02 0,18 0,04

0,58 0,29 0,01 -0,13 0,09 0,07 -0,05 0,17

0,59 -0,14 -0,77 0,30 0,08 0,13 -0,08

0,60 0,17 -0,62 -0,05 0,00 0,06

0,58 -0,23 0,10 -0,11 -0,01

0,47 0,15 0,23 0,30

0,43 0,19 0,01

0,43 0,14

0,61

APNDICE C AGRUPAMENTO DOS INDICADORESComponent 1 IDA CDDIV REIN RFSA CIN FCV CAF RGD IO LCM CFNCG IMRNC IMPL CPDCP CDIVID Tabela 11: Resumo para a Extrao de Fatores Componentes. 0,868 0,811 -0,708 0,902 0,844 0,820 0,755 0,970 0,926 -0,911 0,897 -0,768 0,763 2 3 4 5

.

APNDICE D

RELAO ANLISE FATORIAL vs. CONTBIL

O RDEM

SIGLA IDA CDDIV CFNCG RFSA

Tabela 12: O autor.

1 2 3 4 5APNDICE E

RGD

RELAO DAS EMPRESAS/SETORE RS S MP E A Ceg ON Comgas Pet Manguinhos Petrobras ON Magnesita AS MMX Miner Vale Metisa Mundial Panatlantica Paranapanema Rimet Sid Nacional Tekno Usiminas Alco Altona Acoss Vill Aliperti Confab Eluma ON Ferbasa Fibam Forjas Taurus gerdau Gerdau Met Haga AS Hercules Kepler Weber Lupatech Mangells Met Duque Metal Iguau Aracruz ON Celul Irani ON Fibria ON Klabin AS ON Melpaper ON Suzano Papel ON ST E OR Petroleo e gs Petroleo e gs Petroleo e gs Petroleo e gs Minerao Minerao Minerao siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia siderurgia e metalurgia Celulose Celulose Celulose Celulose Celulose Celulose cfncg 1,653 0,057 -0,313 -1,021 -0,129 0,037 -0,791 -0,160 -0,205 -0,148 5,172 -0,105 -0,201 -0,787 -0,223 -0,198 -0,417 -0,156 -0,247 -0,104 -0,270 -0,013 -0,151 -0,203 -0,203 -0,366 -0,006 -0,186 -0,154 -0,380 -0,151 0,183 -0,422 1,737 -0,411 0,313 -0,679 -0,349 c pdcp 0,166 0,365 0,157 0,319 0,170 0,172 0,382 0,123 0,182 0,112 0,190 0,551 0,182 0,080 0,188 0,178 0,288 -0,012 -0,663 -0,008 0,195 0,139 0,104 0,185 0,184 0,194 0,195 -5,745 0,119 0,204 0,176 0,143 0,209 0,199 0,207 0,185 0,167 0,209 c in -0,158 -0,546 5,040 -0,209 -0,144 -0,143 0,087 -0,175 -0,187 -0,146 -0,146 -1,217 -0,145 0,135 -0,214 -0,202 2,223 -0,107 0,050 0,254 -0,470 -0,210 -0,163 -0,268 -0,266 -0,298 -0,158 -0,770 -0,163 -0,254 -0,160 -0,158 -0,203 -0,177 -0,187 -0,213 -0,182 -0,222 ca cdiv f id -0,456 0,888 -0,081 -0,519 -1,277 0,888 0,070 0,389 0,451 0,888 -0,023 0,888 -0,207 0,162 0,688 0,842 -0,310 0,706 -0,317 0,525 -0,513 0,888 -0,282 0,888 -0,393 -4,012 2,936 -0,247 0,012 -0,065 -0,222 0,888 -0,141 -0,110 -0,340 -0,700 0,351 -0,020 -0,564 0,888 4,813 0,207 -0,147 0,252 -0,099 0,343 -0,229 0,162 -0,229 0,162 -0,320 0,888 -0,330 0,888 -0,297 0,842 -0,237 0,888 -0,089 0,661 -0,234 0,888 -0,689 0,888 -0,192 -0,655 -0,157 0,888 -0,169 -0,519 -0,270 0,888 -0,275 0,888 -0,232 0,706 rein 0,163 -0,089 0,165 -0,349 -2,086 2,312 -0,130 -0,136 -0,324 0,029 0,009 4,134 -0,477 0,102 -0,226 -0,127 0,053 0,045 0,132 2,211 0,023 -0,606 -0,215 -0,198 -0,212 0,018 0,163 0,138 -0,393 -0,075 -0,442 0,163 -0,491 -1,139 -0,718 -0,324 -0,767 -0,171 c ddiv 0,123 0,161 0,119 0,158 0,206 0,119 0,157 0,157 0,218 0,160 0,180 -5,977 0,199 0,149 0,156 0,166 0,154 0,195 0,154 -0,335 0,148 0,176 0,167 0,163 0,168 0,233 0,340 0,165 0,174 0,159 0,187 0,122 0,185 0,189 0,187 0,211 0,238 0,170 IND AD R S IC O E ida fcv io rfsa rg ca d elp -0,224 -1,223 0,412 -1,520 0,379 -0,096 0,162 0,249 0,197 0,709 0,396 -0,083 -0,045 -2,780 0,366 -4,183 0,341 0,835 0,162 0,417 -2,796 0,585 0,188 -2,092 0,871 0,081 0,248 -0,344 0,215 -0,222 -0,086 -3,284 -0,017 -1,706 0,425 -0,109 0,107 1,469 -4,409 0,523 -5,262 -0,192 0,093 -0,214 -0,079 0,399 0,331 -0,154 0,396 -0,045 -0,035 -0,344 0,344 0,260 0,079 -0,340 0,345 0,213 0,325 -0,158 0,258 -0,340 0,666 -0,096 0,162 -0,171 -5,018 -0,676 0,410 -0,653 0,348 -0,067 0,286 -0,045 0,255 -0,220 -0,962 -0,192 0,058 0,501 -0,778 0,585 0,316 -0,154 0,120 0,754 0,266 0,523 -0,780 -0,177 0,162 0,291 0,134 0,895 0,345 -0,072 0,114 0,291 0,066 1,018 0,259 -0,170 0,355 -0,214 0,345 -0,406 0,332 -0,171 0,065 0,165 0,292 0,647 0,197 -0,156 -2,628 -0,676 0,417 -0,653 0,297 -0,162 0,058 1,090 -0,155 1,638 0,259 -0,154 0,210 -0,466 -0,865 -0,096 0,339 -0,228 0,141 0,039 0,209 0,152 0,310 -0,168 0,134 0,375 0,099 0,461 -1,502 -0,199 0,141 0,333 0,103 0,399 -1,504 -0,203 0,093 0,333 0,215 1,142 0,343 -0,052 0,010 2,478 0,412 1,328 0,340 5,552 0,210 0,039 0,235 0,213 0,323 -0,188 0,231 0,670 0,300 0,213 0,272 -0,204 0,086 0,459 -0,377 0,833 0,293 -0,182 0,541 -0,466 0,342 -0,468 0,343 -0,146 -0,183 -1,013 1,791 -1,149 0,337 -0,158 0,389 0,754 0,461 0,028 0,146 -0,314 0,472 -0,087 -0,039 -0,034 0,351 -0,058 0,479 0,628 0,662 -0,220 0,429 0,069 0,424 -0,214 0,496 -0,282 0,344 0,363 1,071 -0,466 0,445 -0,344 0,346 0,000 0,217 1,132 0,185 0,213 0,033 -0,228 im l p 0,231 0,387 0,120 0,438 0,560 0,156 0,216 0,578 0,102 0,296 0,116 0,156 0,560 0,290 0,462 0,122 0,165 -0,247 0,189 0,146 0,287 0,908 0,572 0,351 0,374 -1,168 -0,405 -2,222 0,030 -5,166 0,404 0,099 0,155 0,114 0,120 0,183 0,156 0,161 im rnc -0,016 -1,841 2,143 0,024 -0,371 -0,058 -0,095 -0,383 -0,811 0,032 4,672 -0,099 -0,400 0,040 -0,045 0,306 -0,141 -0,630 -0,125 -0,066 0,022 -0,789 -0,041 0,034 0,011 1,187 -1,737 -0,386 0,042 -0,005 -0,484 -0,141 0,088 0,218 -0,014 -0,102 0,020 -0,058 lc m -0,492 -0,047 0,196 -0,259 1,883 -1,813 2,769 -0,057 -0,273 -0,199 0,231 -0,237 -0,187 -0,204 -0,519 0,704 -0,241 -0,731 3,399 0,347 -0,026 -0,525 -0,127 0,055 0,055 -2,157 0,441 -0,506 -0,106 0,477 -0,119 -1,038 -0,089 -0,139 -0,041 -0,240 0,002 -0,076