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1 INTRODUÇÃO
É impossível imaginar o mundo atual sem a rede mundial de computadores.
Por ser uma mídia sem fronteiras, ela possibilita a integração entre as pessoas,
aproximando homens e potencializando trocas de experiências e conhecimento
(FERREIRA; PEREIRA, 2014, p.26). A Internet e suas ferramentas vêm modificando
a forma de como as pessoas se relacionam e também de como elas realizam
negócios sem excluir o seu papel inicial como fonte de informações e ferramenta de
pesquisa (SOUZA, 2011, p.1). Assim, a Internet e suas tecnologias têm impactado
evidentemente a vida humana em seus aspectos social, pessoal e profissional de
maneira muito rápida.
A Internet vem ocupando cada vez mais espaço em todas as profissões.
Como ferramenta de trabalho, ela trouxe uma nova visão do conceito do próprio
trabalho, pois permitiu às empresas e aos profissionais liberais experimentarem
formas de comunicação e trabalho jamais vistas antes.
Neste contexto, este artigo tem como objetivo fazer uma breve análise das
formas de uso da Internet em diferentes campos profissionais por meio de uma
pesquisa bibliográfica. Dessa forma, o conhecimento de regras constantes na
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) também será consolidado com a
presente prática.
A Internet surgiu nos Estados Unidos, na década de 1960, período da
chamada Guerra Fria entre Estados Unidos e a ex-União Soviética. A rede tinha o
objetivo de manter a comunicação das bases militares dos Estados Unidos, mesmo
que o Pentágono fosse destruído por um ataque nuclear (SOUZA, 2011, p.1).
Contudo, somente na década de 1990, alcançou a população em geral.
No Brasil, como explicitado no trabalho de Souza (2011, p.1), o surgimento da
Internet deu-se em 1988, restrita ao meio acadêmico da Universidade de São Paulo
(USP). Somente no ano de 1995, o Ministério das Telecomunicações veio autorizar
o uso comercial da Internet no país. A partir desse momento, o número de
computadores pessoais cresceu enormemente e, com isso, o número de conexões à
rede também aumentou, chegando às estatísticas conhecidas hoje. Informações da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) referentes ao ano de 2013
demonstraram que o Brasil tem aproximadamente 86,7 milhões de usuários de Internet
com 10 anos ou mais, correspondendo a mais de 50% do total de brasileiros.
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Nesse contexto, a utilização da Internet em vários campos profissionais se
tornou quase obrigatória, auxiliando o trabalho em vários aspectos. Como já bem
definido por Souza (2011, p.1) “os computadores em rede, conectados, tornaram-se
um mecanismo de disseminação de informações, colaboração e interação,
independentemente da localização geográfica”.
2 A INTERNET COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
É inegável a importância da Internet como ferramenta de trabalho de
professores, que, por meio da formação continuada, abre possibilidades aos
mesmos para a produção de novas metodologias no processo de ensino-
aprendizagem, além de estreitar as relações entre todos os sujeitos que compõem a
comunidade escolar. Ramos e Coppola (2011, p.1) definem bem esse aspecto, a
saber:
A internet é hoje uma ferramenta indispensável no processo de ensino e aprendizagem, pois ela proporciona uma interação efetiva entre professores e alunos, possibilitando assim novas propostas de trabalho. Ela consegue fazer uma ponte entre a escola e o mundo exterior aumentando assim a comunicação entre a escola, os alunos, os pais e toda a comunidade, além de proporcionar um trabalho mais divertido; através do uso da internet o aluno deixa de ser um mero receptor e passa a fazer parte ativamente do processo ensino-aprendizagem. Para o professor, o uso da internet é uma forma de aproximação dele e do aluno, além de proporcionar um acesso mais rápido a notícias científicas e educacionais atualizadas que podem ser utilizadas em sala de aula.
A Internet possibilitou a ampliação de novas modalidades de ensino como nos
casos dos cursos à distância, tão disseminados hoje. A análise e discussão da
influência da Internet na trajetória da Educação à Distância (EAD) pode ser
encontrada nos trabalhos desenvolvidos por Padilha (2002, p.1) e Leite (2003, p.1).
Por ser uma poderosa ferramenta de comunicação, informação e pesquisa, é
necessário que professores e alunos, ao utilizá-la, tenham um espírito crítico e
reflexivo diante das informações encontradas, não fazendo uma simples reprodução.
Tal fato foi muito bem exposto por Ferreira e Pereira (2014, p.26):
No mundo virtual a busca por informações é muito fascinante. É um mundo que proporciona possibilidades de pesquisas sobre diversas áreas e culturas atraindo o discente pelos vários mecanismos de busca disponíveis, que combinam textos, imagens, animação, sons e vídeos. Porém, o
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professor tem que ficar atento a essas possibilidades porque pode fazer com que a ação que o aluno realiza seja somente de escolher entre opções apresentadas. Essa ação não faz com que o aluno se torne analítico diante das várias possibilidades oferecidas pela Web.
Antes, os autores supracitados fazem a distinção entre informação e
conhecimento, que vale ser aqui destacada:
Através da Internet se pode adquirir conhecimento de várias áreas, mas o conhecimento difere da informação, pois a informação são todos os dados que encontramos nas publicações, na internet ou mesmo aquilo que as pessoas trocam entre si. Já o conhecimento é o que cada indivíduo constrói como produto do processamento, da interpretação, da compreensão da informação (FERREIRA; PEREIRA, 2014, p.28).
Pimentel et al. (2009, p.1), ao realizarem estudo de caso sobre o uso da
Internet como fonte de pesquisa entre universitários, verificaram que o hábito dos
estudantes de consultar a Internet para obter informações não é acompanhado da
preocupação em verificar a credibilidade das informações ou se os resultados
alcançados são adequados a sua formação. Constataram a necessidade de uma
maior consulta a periódicos on-line com caráter cientifico reconhecido.Como já
concluído por Magalhães e Oliveira (2014, p.1):
A Internet como ferramenta cognitiva pode ampliar, estender e enriquecer o processo de aprendizagem, permitindo a diminuição do trabalho de memorizar informações, a recuperação de informações previamente aprendidas e necessárias para ajudar o aluno na aprendizagem específica de novas informações e no auxilio a estruturação e integração de novas ideias àquelas já existentes.
Enfim, é perfeitamente admitido que a Internet facilitou a pesquisa em
diversos campos e ampliou a gama de ferramentas usadas no processo de ensino-
aprendizagem, integrando conhecimentos.
3 A INTERNET COMO FERRAMENTA DE NEGÓCIOS
Quando se fala em negócios e Internet, as primeiras ideias que surgem são
do site de alguma loja que vende seus produtos ou de transações bancárias
realizadas através da rede. Porém, as relações de negócio e Internet são bem mais
amplas e envolvem uma definição bem mais complexa. Para o entendimento da
Internet como ferramenta de negócios, é primordial o conhecimento de dois
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conceitos hoje amplamente difundidos. Eles são o e-business e o e-commerce, que
são didaticamente distinguidos por Mendonça (2010, p. 9):
O e-business pode ser definido como uma estratégia de inserção da empresa na Internet, visando automatizar suas atividades em diversas áreas, como as comunicações internas e externas, a transmissão de dados, os controles internos, o treinamento de pessoal, os contatos com fornecedores e clientes, entre outras possibilidades. O e-commerce - ou comércio eletrônico, por outro lado, é parte integrante do e-business. É a atividade mercantil que, em última análise, vai fazer a conexão eletrônica entre a empresa e o cliente para a venda de produtos ou serviços, seguindo a estratégia estabelecida pelo e-business.
Como também observado por Souza (2011, p.1), o e-business é uma
estratégia global de redefinição dos antigos modelos de negócios, com o auxílio de
tecnologia, para maximizar o valor do cliente e os lucros. É fato de que no mundo
inteiro, mais e mais pessoas têm adquirido produtos pela Internet, formando um
número imenso de e-consumidores. Segundo Mendonça (2010, p.12), “a
possibilidade de realizar pesquisas de preço, compras, fazer serviços de banco e
burocráticos sem ter que sair de casa ou da empresa, a qualquer hora do dia, é o
grande responsável pelo crescimento deste setor”. Dessa forma, é possível observar
que uma organização que não está por dentro desse cenário só tem a perder,
sobretudo no que se refere à inovação, que é um dos três pilares do
empreendedorismo.
Dados de sites especializados em comércio eletrônico mostraram que, em
2014, o Brasil ocupou o décimo lugar no ranking de mercado mundial de comércio
eletrônico, faturando 35,8 bilhões de reais com expectativa de 43 bilhões para o ano
de 2015. Diante desse cenário, as empresas vêm buscando se consolidar e ganhar
credibilidade através dessa ferramenta de vendas on-line, reduzindo custos internos
e buscando adquirir maior segurança por meio da entrega de serviços de logística
mais sólidas e eficientes para seus clientes, como observado por Giovanini e Brito
(2012, p.1).
Vale ainda destacar que o comércio eletrônico foi reforçado pelo chamado
social e-commerce ou comércio social, que pode ser definido como um subconjunto
do e-commerce. Ele “não está relacionado apenas a motivar as pessoas a falarem
sobre sua marca nas redes sociais, mas a incentivá-las a fazerem compras por meio
do canal social, ou seja, o comércio social integra ambientes de venda a formatos de
redes sociais” (SOUZA, 2011, p.1). Segundo Giovanini e Brito (2012, p.1), as
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“práticas de comércio social surgiram na China, quando uma equipe do chamado
Time de Compras se organizou para adquirir itens com um desconto substancial
devido ao grande número de compradores para os mesmos produtos em 2006”.
Mais recentemente, shoppings virtuais on-line emergiram como majoritários de
práticas de compras grupais através da publicação de sites de compra coletiva na
Internet.
De acordo com dados divulgados por Gavioli (2010, p.1), esse modelo de
negócio foi criado nos Estados Unidos por Andrew Mason, quando lançou o primeiro
site do gênero em novembro de 2008, o Groupon. Aqui no Brasil o pioneiro foi o
Peixe Urbano, iniciando suas atividades em março de 2010. Desde então, a
modalidade de compra coletiva se consolidou entre os brasileiros, beneficiando tanto
as empresas que podem vender suas mercadorias em maior volume por conta de
seu baixo preço, quanto os consumidores, que poderão adquirir bens com
generosos descontos por estarem realizando uma compra em grupo.
4 A INTERNET COMO FERRAMENTA DE MARKETING
As potencialidades da Internet como ferramenta de marketing já foram
amplamente analisadas por diversos trabalhos como já bem elucidado pelo estudo
de Couto et al. (2007, p.1). Sem dúvida, essa poderosa ferramenta de comunicação
vem mudando a maneira de como se faz marketing, criando uma forma de
relacionamento mais interativa com o consumidor.
Como relatado por Mendonça (2010, p. 15), através da Internet “é possível
disponibilizar para pessoas ou grupos de pessoas com interesses comuns,
informações pertinentes aos seus hábitos e formas de consumo, influenciando a
decisão de compra desse público”. Além disso, esse novo público é mais exigente e
interage, dá e busca opiniões sobre empresas, produtos e marcas, e por isso as
ações de marketing devem estar sempre centradas em atender os clientes e cultivar
um bom relacionamento com eles mesmo depois da compra. Segundo Gabriel
(2010, p. 105) e Souza (2011, p.1), as novas ações de marketing têm de ter foco em
atrair e manter as pessoas certas e fazê-las se expressarem em relação aos seus
produtos, agregando valor para a marca.
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Enfim, inovação continua sendo a palavra chave para as estratégias de
marketing e ganhará mais aqueles que souberem utilizar as mídias digitais da forma
mais criativa possível.
5 CONCLUSÃO
Hoje a Internet e suas tecnologias são uma realidade na vida do homem.
Estão presentes nas atividades de lazer e diversão, mas também nas atividades de
trabalho e estudo. Como ferramenta pedagógica, a Internet desponta como uma
nova estratégia metodológica no processo de ensino-aprendizagem utilizada na
formação continuada de professores e também como fonte de pesquisa na busca
por conhecimento e informações imprescindíveis em todo e qualquer curso de
formação por parte dos estudantes. No ambiente de trabalho das pequenas e
grandes organizações empresariais, percebe-se que qualquer empresa que tenha
como objetivo tornar-se referência em seu ramo de atividade deve adotar as
ferramentas disponibilizadas pela Internet, chamadas de negócios eletrônicos e
marketing digital, a fim de aproximar de seus clientes agregando valor a seus
produtos.
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REFERÊNCIAS
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