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Nome da Revista Vol. 1, Nº. 1, Ano 2011 Viviane Belarmino Barbosa [email protected] O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II RESUMO O educador tem o papel de motivar o aprendizado e como o ser humano está em constante aprendizagem à mesma, quando possível, deve ser inovadora. O jogo deve fazer parte do desenvolvimento da criança até fase adulta e a escola é um dos lugares em que ele deve ser explorado, pois a mesma faz com que o educando desenvolva inúmeras habilidades, além de promover o aprendizado. A metodologia lúdica deve ser desenvolvida sempre, pois ela se perde quando os alunos chegam ao Ensino Fundamental II e isso pode fazer com que os alunos ão tenham interesse em aprender. O lúdico faz parte do processo de ensino-aprendizagem e jamais deve ser deixado de lado. Os educandos demonstram maior interesse quando adotada tal metodologia. Palavras-Chave: educando, educador, lúdico, ensino- aprendizagem, metodologia, aprender, desenvolver. ABSTRACT The abstract should be written in just one paragraph (usually between 100 and 150 words) using an objective and concise discourse with respect to the original article’s content and structure. It is relevant condensed peace of information that reflects the article’s significant information, i.e., research goals, methodology, tests and results, insights and conclusions. The abstract paragraph must show a direct association with the article keywords. It should not be confused with the introduction and must not contain abbreviations, symbols, formulas, diagrams, footnotes, references to literature or figures. Besides, the description of e personal criticism or points of view is not acceptable. At last, avoid expressions like “this article/paper presents a study that...” or “the author describes a study that...”. Style: <Abstract>. Template version 1.5. Keywords: Keyword list, separated by semicolons. Estilo: <Keywords> 1 Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, São Paulo CEP 13.278-181 [email protected] du.br Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento

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Nome da RevistaVol. 1, Nº. 1, Ano 2011

Viviane Belarmino [email protected]

O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

RESUMO

O educador tem o papel de motivar o aprendizado e como o ser humano está em constante aprendizagem à mesma, quando possível, deve ser inovadora. O jogo deve fazer parte do desenvolvimento da criança até fase adulta e a escola é um dos lugares em que ele deve ser explorado, pois a mesma faz com que o educando desenvolva inúmeras habilidades, além de promover o aprendizado. A metodologia lúdica deve ser desenvolvida sempre, pois ela se perde quando os alunos chegam ao Ensino Fundamental II e isso pode fazer com que os alunos ão tenham interesse em aprender. O lúdico faz parte do processo de ensino-aprendizagem e jamais deve ser deixado de lado. Os educandos demonstram maior interesse quando adotada tal metodologia.

Palavras-Chave: educando, educador, lúdico, ensino-aprendizagem, metodologia, aprender, desenvolver.

ABSTRACT

The abstract should be written in just one paragraph (usually between 100 and 150 words) using an objective and concise discourse with respect to the original article’s content and structure. It is relevant condensed peace of information that reflects the article’s significant information, i.e., research goals, methodology, tests and results, insights and conclusions. The abstract paragraph must show a direct association with the article keywords. It should not be confused with the introduction and must not contain abbreviations, symbols, formulas, diagrams, footnotes, references to literature or figures. Besides, the description of e personal criticism or points of view is not acceptable. At last, avoid expressions like “this article/paper presents a study that...” or “the author describes a study that...”. Style: <Abstract>. Template version 1.5.

Keywords: Keyword list, separated by semicolons. Estilo: <Keywords>

1

Anhanguera Educacional Ltda.Correspondência/Contato

Alameda Maria Tereza, 2000Valinhos, São PauloCEP [email protected]

CoordenaçãoInstituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE

<tipo manuscrito>Recebido em: 30/12/1899Avaliado em: 30/12/1899

Publicação: 22 de setembro de 2011

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2 O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

1. INTRODUÇÃO

Sempre é bom brincar independente de qual idade apresenta. O mais

interessante é poder brincar e aprender, nas ruas, nas escolas, em todos os

lugares.

É comum deparar-se com o uso da metodologia lúdica na Educação

Infantil ou mesmo nas séries iniciais do Ensino Fundamental I, e pouco

utilizada nas séries do Ensino Fundamental II.

Utilizar o lúdico no ambiente escolar é uma maneira de promover

valores de diversas maneiras, não apenas aquelas aulas tradicionais.

Ao jogar ou brincar a criança desenvolve diversas áreas como

linguagem, memória, raciocínio-lógico, etc., e ao trabalhar com a metodologia

lúdica o professor promove os desenvolvimentos necessários para que

aprendizagem ocorra e ao mesmo tempo fazer com que a criança desenvolva

habilidades próprias concentradas no seu eu.

O ser humano está em constante aprendizagem desde o momento de

seu nascimento, pois desde dado momento ele consegue adquirir inúmeras

habilidades, tanto para sua sobrevivência quanto para a construção de seus

conhecimentos, que são constantes e por toda vida.

E os professores, por mais que não utilize o lúdico como metodologia

de apoio deveria entrar nesse mundo, onde o brincar pode trazer a criança

para o real e ao mesmo tempo preparando as crianças para tomada de

decisões futuras.

Ao observar o comportamento de muitos alunos, nota-se que muitos

chegam a ser agressivos e não compreendem o que são regras, então quando

colocado a jogar ou brincar o mesmo tem de aprender a lidar com regras e o

lúdico proporciona um ambiente de aprendizado até de comportamento.

2. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

O Ensino Fundamental caracteriza-se por capacitar os alunos a ter

domínio da leitura, da escrita e do cálculo, além de auxiliar nas decisões da

realidade que os cerca. Os prepara para compreender seu papel na sociedade

e do que pode ser feito para a sociedade. Realização de experiências,

observação e estabelecer um elo entre fatos e acontecimentos, sejam eles de

ambiente natural ou social, político, etc.

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Viviane Belarmino Barbosa 3

A atualidade do Ensino fundamental no Brasil hoje é totalmente

diferente de alguns anos atrás, a mesma passou por processos de

transformação necessários.

“A análise da atual configuração no Ensino Fundamental II no Brasil requer

que se compreenda que sua constituição se deu no processo de democratização do ensino

público, no esforço da expansão da oferta de vagas e nas tentativas de alcançar mais

igualdade nos direitos à Educação. Desde a década de 1970, o Brasil mantém no mesmo nível

de ensino crianças e adolescentes, uma organização na época estratégica para garantir uma

Educação Básica de oito anos (dos 7 aos 14 anos de idade), que só veio se realizar com o

advento da Lei 5.692, em 1971 (Brasil, 1971).”(DAVIS, C.L.F; TARTUCE, G.L.B.P; NUNES, M.M.R;

ALMEIDA, P.C.A.; SILVA, A.P.F; COSTA, B.S.D.O; SOUZA, J.C E FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS

(FCC) Anos finais do Ensino Fundamental: aproximando-se da configuração atual

Documento eletrônico. São Paulo, dezembro de 2012. Disponível em: <

http://www.fvc.org.br/estudospesquisas/2011/pdf/livro3/02%20anos%20finais%20do%20ensino

%20fundamental.pdf> Acesso em 02de janeiro de 2013).

Antes o ensino era importante nas séries inicias do ensino

fundamental, ou seja, obrigatórias e quem deseja-se dar continuidade aos

estudos deveriam passar pelo Exame de Admissão ao Ginásio, assim muitos

alunos desistiam de dar continuidade aos estudos, a evasão era muito maior

que nos dias atuais. Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Base da Educação

Nacional (LDB) 9.394 de 20 de dezembro de 1996 o ensino no Brasil tornou-se

mais democrático e com o foco de acabar com o analfabetismo e a evasão das

escolas. E com o passar do tempo o Ensino Médio tornar-se-ia progressiva

universalização e gratuidade.

Segundo a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB) em seu

artigo 32, o Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) anos tem como

objetivo a formação básica do cidadão.

Quando o aluno entra no Ensino Fundamental II ele passará a adquirir

habilidades necessárias para seus estudos, ou seja, para sua aprendizagem.

A primeira diferença notória para todos os alunos, ao chegarem ao 6º

ano, será deparar-se com vários professores num mesmo dia, de diferentes

áreas. Fator, que antes, era apenas para atividades extraclasses, como nas

disciplinas de artes, educação física, etc.

Neste momento o aluno se depara com mais responsabilidades e

independência é neste momento em que ele deve mostrar-se organizado com

seu material, cadernos, com atividades em sala ou em casa, etc.

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4 O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

No Ensino Fundamental II os alunos conseguem formular hipóteses e

debater questões, além de assimilar o conteúdo adquirido com o

conhecimento cotidiano.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em

seu artigo 1º:

“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida

família, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. (Lei N°

9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm> Acesso em 30 de dezembro de 2012).

Como o próprio nome diz o Ensino Fundamental, é a base para adquirir

conhecimento, tanto para os aprendizados em sala de aula, quanto para o

cotidiano.

Para Philippe Perrenoud (2004) aponta que

”As mudanças de rumo que ocorreram na educação brasileira na última

década não foram fruto do acaso. Elas buscaram responder a um desafio: desenvolver no aluno

uma série de competências e prepará-lo para entender e transformar o mundo em que vive”.

(Perrenoud, F. ENTREVISTA COM PHILIPE PERRENOUD SOBRE A DEMOCRATIZAÇÃO DO

ENSINO. Revista Nova Escola. São Paulo, novembro 2004. Disponível em:

<http://www.revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/entrevista-philippe-

perrenoud-democratizacao-ensino-534507.shtml>. Acesso em: 02/01/2013.

3. PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL II

Uma abordagem muito difícil hoje, é falar sobre o ensino fundamental em suas

séries finais, pois é muito comum encontrar artigos e livros que abordem

como ocorre o processo de aprendizagem na educação infantil e nos anos

iniciais do ensino fundamental.

Nos dias atuais, é muito comum um professor deparar-se com

distúrbios de aprendizagem e alunos com comportamentos inadequados em

sala de aula, com tal comportamento aos alunos criam uma maneira natural

de defesa e ate mesmo bloqueio. Com a metodologia lúdica, o professor pode

utilizar as regras para promover um momento de socialização e aprendizado.

Para que a aprendizagem ocorra de maneira plena e satisfatória é

necessário que os docentes proporcionem situações que favoreçam a

aprendizagem. É primordial levar em consideração o conhecimento que os

educandos trazem para a sala de aula, o aluno consegue ter uma

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compreensão melhor de fatores que o cercam quando aproximam a realidade

do conhecimento que está sendo construído.

Assim, é importante e fundamental valorizar os conhecimentos prévios

dos educandos neste momento e colocá-los em prática, muitos resultados

obtidos em sala de aula dependem muito da vivencia e de sua valorização, os

educandos conseguem aprender com muita facilidade, pois os educandos

transformam o abstrato no concreto.

É importante utilizar o lúdico no desenvolvimento dos educandos, pois nas

salas de aula encontram-se alunos em vários níveis de desenvolvimento, e

quando adotada a metodologia lúdica pode-se fazer com os educandos

desenvolvam-se num mesmo estágio ou ao menos estejam próximos uns aos

outros.

No ensino fundamental o educando têm que desenvolver habilidades

de leitura, escrita e cálculo, e com o lúdico, como metodologia adotada,

facilita o domínio de tais habilidades, que os educandos devem compreender

que essas habilidades vão além da sala de aula, elas vão desempenhar um

papel importante em sua vida em sociedade.

O educador deve ter como objetivos desenvolver em seus educandos

seu individual e coletivo. Principalmente o coletivo, que num pequeno espaço

como a sala de aula já encontram inúmeras diferenças.

3.1. Importância do lúdico na aprendizagem

É possível utilizar o lúdico como metodologia, até mesmo como facilitador do

processo de ensino de aprendizagem, para difundir o conteúdo trabalhado.

“A sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar os

objetivos pedagógicos com os desejos do aluno. Para isso é necessário encontrar o equilíbrio

sempre móvel entre o cumprimento de suas funções pedagógicas – ensinar conteúdos e

habilidades, ensinar a aprender – e psicológicas – contribuir para o desenvolvimento da

subjetividade, para a construção do ser humano e criativo...”. (FORTUNA, T.R. Sala de aula é

lugar de brincar?. Documento Eletrônico. Rio Grande do Sul, 2000. Disponível em:

<http://brincarbrincando.pbworks.com/f/texto_sala_de_aula.pdf>. Acesso em : 25 de julho de

2012.)

É extraordinário que ao brincar ou jogar a criança está em seu mundo,

mas ao mesmo tempo ela se insere num meio social, ou seja, o lúdico pode

ser um meio de inseri-lo na sociedade, por via de regras, pois a sociedade

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6 O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

consiste-se em inúmeras regras e um bom momento de inserir a criança neste

mundo e utilizar a metodologia lúdica.

É indispensável que ocorra o aprendizado com a metodologia lúdica,

pois quando a criança ou aluno brinca tende a expressar-se, até mesmo de

maneira adulta, resolver os conflitos, situações ou problemas apresentados no

lúdico. Ao jogar, brincar a criança começa a construir parte do seu eu.

Sobre a metodologia lúdica em sala de aula, Santos (2010) afirma:

“A utilização de jogos permite que o aluno de forma prática, ressaltando que

o universo lúdico proporciona vivenciar o processo educativo, privilegiando concepções de

aprendizagem e de desenvolvimento”. (Santos, R.J. O lúdico no processo ensino

aprendizagem do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Documento Eletrônico. 25 de

junho de 2010. Disponível em: <http://www.artigos.etc.br/o-ludico-no-processo-ensino-

aprendizagem-do-6%C2%BA-ao-ao-9%C2%BA-ano-do-ensino-fundamental.html>. Acesso em:

25 de julho de 2012).

A criança ou o educando desenvolve diversas áreas de seu corpo, seu

afetivo e cognitivo, além de ter caminhos para desenvolver a aprendizagem,

ao utilizar o lúdico, é estimulada a comunicação, o desenvolvimento, a

interação, a cooperação, o equilíbrio, a dinamicidade, a atenção, a

compreensão entre outros fatores presentes no individuo que podem ser

desenvolvidas.

“A ludicidade é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da

criança. O lúdico tão importante para a saúde física e mental do ser humano é um espaço que

merece atenção dos pais e educadores”. (Luna, 2012. Disponível em:

<http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2012/02/importancia-do-ludico-no-processo-

de.html>. Acesso em 25 de julho de 2012).

O apoio tanto da equipe escolar quanto da família na utilização do

lúdico é de grande importância e de grande valor, a família é a base

primordial, principalmente no desenvolvimento das crianças.

Segundo Rosilda Maria Alves (2004)

“Quando os pais participam nos jogos com os educadores, têm uma

oportunidade para interagir com seus filhos de uma forma alegra e descontraída. Assim, as

aprendizagens e benefícios deles surgem de maneira natural e sem coação”. (Disponível em:

<http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/evento2004/GT.8/

GT8_3_2004.pdf> Acesso em: 17 de novembro de 2012.

Sendo assim, o lúdico torna-se um método que pode beneficiar

situações, afetivas, educativas, além do respeito mutuo entre os educandos e

a sociedade.

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“O lúdico exerce a função de ferramenta de extrema importância no que diz

respeito à educação infantil, uma vez que a utilização dos jogos permite que o aluno aprenda

de forma prática, ressaltando que o universo lúdico proporciona ao ser humano vivenciar o

processo educativo, privilegiando concepções de aprendizagem e de desenvolvimento.”

(Disponível em: www.artigos.etc.br/o-ludico-no-processo-ensino-aprendizagem-do-6%C2%BA-

ao-ao-9%C2%BA-ano-do-ensino-fundamental.html Acesso em: 25 de julho de 2012).

As crianças precisam ter contato com a ludicidade, pois o lúdico é

fundamental para o desenvolvimento, o tocar, o conhecer, faz parte do

crescimento de cada um.

Quando o lúdico é adotado como metodologia lúdica, ela deve

proporcionar diversas experiências, desde que saiba qual resultado pretende

obter. Pois, ao realizar atividades lúdicas, o educador, deve saber o resultado

que se quer obter, a metodologia lúdica não deve ser adotada para ocupar

tempo, o lúdico enriquece as aulas, sempre que usado de maneira coerente.

“As atividades lúdicas são situações em que a criança realiza, constrói

e apropria de conhecimento das mais diversas ordens”. (TEIXEIRA, 2012, p.

45).

No momento em que o educador utiliza o lúdico ele desenvolve o

potencial do educando, quesito este, de extrema importância para o

aprendizado, pois neste momento o lúdico estará sendo utilizado como apoio

ao que está sendo aplicado, ou seja, a metodologia lúdica é um procedimento

facilitador de aprendizado.

Como o lúdico é um facilitador de apoio pedagógico, e não único, o

educador necessita de outras metodologias para o processo de ensino-

aprendizagem.

“O educador deve fazer dos jogos, dos brinquedos e das brincadeiras

uma arte, um instrumento para promover e facilitar a educação”. (TEIXEIRA,

2012, p. 39).

Quando adotada o lúdico como prática educativa, com o foco na

aprendizagem, os educadores conseguem resultados formidáveis.

Sobre metodologias adotadas pelo educador Carneiro (2008) diz:

“O aluno deve aprender o hábito de utilizar diversas estratégias de

aprender. Aprender a observar, escutar, exprimir-se e a questionar. A escola deve apoiar o

aluno no sentido de ele tornar-se capaz de identificar suas necessidades em matéria de

educação e de planejar, conduzir e avaliar seus estudos. A escola deve equipar-se não apenas

transmitir o saber, mas, principalmente para exercitar o saber-fazer. Neste caso, o aluno

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8 O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

substitui a aprendizagem de conhecimentos específicos pela atividade de tarefas a cumprir. (p.

80).

Com o lúdico, além de promover o ensino-aprendizagem também é

possível desenvolver o comportamento social de cada educando, assim, o

mesmo não está na escola para aprender os conteúdos curriculares, mas

também aqueles fundamentais para a sua vida em sociedade.

Para Geraldo Peçanha de Almeida (2010), “os jogos podem ser

classificados de várias formas, no entanto a melhor maneira de concebê-los é

os encarado como forma de crescimento psicossocial”. (p.111).

O educando desperta inúmeras capacidades no momento em que está

brincando, o educador deve estar atento a este momento, pois é neste ponto

em que o educando desperta suas curiosidades, é importante estar atento

com dúvidas que surgirem e até mesmo idéias que surjam para adaptações

possíveis ao jogo.

Sobre o despertar do interesse nos educandos, através do lúdico, Luna

(2012) afirma:

“Partindo de concepções teóricas de que a criança tem sua capacidade

despertada por jogos e brincadeiras e por meio deles se relaciona com o meio físico e social, de

modo a ampliar seus conhecimentos, desenvolver habilidades motora, cognitivas e lingüísticas,

a escola deve considerar o lúdico como parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no

desenvolvimento dos alunos”.

Assim nota-se que o educando consegue, ao brincar, realizar

transformações internas quanto externas, transmitindo assim suas idéias e

comportamentos.

Sobre o que os jogos podem proporcionar aos educandos Santos

(2010) dize:

“Os jogos lúdicos oferecem condições do educando vivenciar situações-

problemas, a partir do desenvolvimento de jogos planejados e livres que permitam à criança

uma vivência no tocante com a lógica e o raciocínio e permitindo atividades físicas e mentais

que favorecem a sociabilidade e estimulando as reações afetivas, cognitivas, sociais, morais,

culturais e lingüísticas”. (Santos, Élia Amaral do Carmo. O lúdico no processo ensino-

aprendizagem, 2010. Disponível em: < http://need.unemat.br/4.forum/artigos/elia.pdf>

Acesso em: 25 de julho de 2012).

Quanto mais a criança brinca, experimenta e vivencia mais ela

descobre sobre si, e vai além do que ela mesma sabe, está construindo seu

conhecimento.

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Seria propicio que o educando pudesse vivenciar seus primeiros anos

de vida explorando este aspecto de desenvolvimento com ludicidade, e

sempre que possível ser cultivado ao longo de sua vida, não ficando apenas

em casa, na hora do recreio, mas que seja proporcionado nas aulas. E é isso

que pode tornar o ensino diferenciado, no Ensino Fundamental II o lúdico se

perde, pois muitos educadores acham que os educandos estão bem

“desenvolvidos” e não é bem assim, os jovens conseguem aprender com o

lúdico e aprendem a atender regras.

A sala de aula deve ser um espaço de aprendizado, de diversas

maneiras e o lúdico proporciona isto, Alves (2004) diz:

“Quando utilizamos o lúdico na escola estamos buscamos também um

resgate cultural da criança onde ela traz à escola vivencias aprendidas em casa, com os

amigos, na sua comunidade, ou seja, resgatando movimentos muitas vezes passados e

modificados no decorrer de gerações. É necessário darmos valor a estas vivencias, pois se não

dermos estamos desvalorizando a historia e a cultura do individuo no contexto escolar”. (Alves,

Rosilda Maria. Atividades lúdicas e jogos no ensino fundamental. Disponível em:

<www.ufpi.br/subsiteFile/ppged/arquivos/files/eventos/evento2004/GT.8/GT8_3_2004.pdf>.

Acesso em: 17 de novembro de 2012.

É importante e fundamental valorizar os conhecimentos prévios dos

alunos neste momento e colocá-los em prática, muitos resultados obtidos em

sala de aula dependem muito da vivência e de sua valorização, o aluno

consegue aprender com mais facilidade se ele transformar o abstrato no

concreto.

O momento lúdico de cada educando não deve restringir-se a hora do

recreio, mas sim e momentos oportunos de aprendizagem.

O educador deve também deve ter como percepção que nem sempre

pode-se utilizar o lúdico como única metodologia de apoio, pois, em

determinado momentos, suas aulas irão tornar-se entediantes e repetitivas e

com isso os alunos perdem total interesse ao aprender brincando.

“O jogo além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a

autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da

concentração e da atenção”. (Luna, Danielle Conceição. A importância do

lúdico no processo de aprendizagem. Blog. 13 de fevereiro de 2012.

Disponível em:

<http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2012/02/importância-do-ludico-no-

processo-de.html>. Acesso em: 25 de julho de 2012).

Nome da Revista Vol. 1, Nº. 1, Ano 2011 p. 1-17

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10 O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

A escola tem que ser um espaço de criação, assim, o lúdico tem como

caráter de estimular a imaginação e concretização de vários processos

educativos, não pode ocorrer nas escolas um processo de reprodução, pois

assim tornaríamos alunos como bonecos de manipulação, sem que os mesmo

possam andar com suas próprias pernas, ou seja, sem imaginar e inventar.

O educador pode utilizar o lúdico é capaz de tornar suas aulas

fascinantes, envolventes e chamativas. Isso é o diferencial, que faz com que

os educandos tenham maior interesse para aprender.

“A escola, precisa se dar conta que através do lúdico as crianças têm

chances de crescerem e se adaptarem ao mundo coletivo. O lúdico deve ser considerado parte

integrante da vida do homem não só no aspecto de divertimento ou como forma de

descarregar tensões, mas também como uma forma de penetrar no âmbito da realidade,

inclusive na realidade social”. (Almeida, p. 2004).

Alves (2004) aborda sobre o papel da escola no lúdico:

“Em contrapartida, não devemos negar que a escola tenha também o seu

lado sério; o problema é a forma pela qual ela interage com as crianças. O fato de apresenta-se

séria não quer dizer que ela deve ser rigorosa e castradora, mas que ela consiga penetrar no

mundo infantil para a partir daí, poder desempenhar a sua real função de formadora afetivo-

intelectual. Para tanto, é necessário que a mesma busque valorizar a seriedade na busca do

conhecimento, resgatando o lúdico, o prazer do estudo, sem, contudo reduzir a aprendizagem

ao que é apenas prazeroso em si mesmo”. (Alves, Rosilda Maria. Atividades lúdicas e jogos

no ensino fundamental. Artigo. Disponível em:

<www.ufpi.br/subsiteFile/ppged/arquivos/files/eventos/evento2004/GT.8/GT8_3_2004.pdf>.

Acesso em: 17 de novembro de 2012).

A escola, a sala de aula deve ser um lugar harmonioso, em que o

educando sinta-se a vontade, não pode ser um ambiente ameaçado, deve ser

um espaço de aconchego e aprendizado.

“Brincar é importante, porque enquanto estimula o desenvolvimento

intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os hábitos mais necessários a

esse crescimento, como a persistência, tão relevante em todo aprendizado”. (Alves, Rosilda

Maria. Atividades lúdicas e jogos no ensino fundamental. Artigo. Disponível em:

<www.ufpi.br/subsiteFile/ppged/arquivos/files/eventos/evento2004/GT.8/GT8_3_2004.pdf>.

Acesso em: 17 de novembro de 2012).

Além dos jogos desenvolverem várias habilidades nas crianças,

principalmente habilidades naturais do ser humano, desde novas as mesmas

aprenderão a enfrentar com situações de perdas e ganhos, ter consciência de

que é importante competir, mas sempre devem obter aprendizados daquele

momento, principalmente ao perderem, pois neste momento estarão sendo

preparados a encarar situações em sua vida.

Nome da Revista Vol. 1, Nº. 1, Ano 2011 p. 1-17

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Viviane Belarmino Barbosa 11

O educador, na escola, como mediador deste momento vivido, o

lúdico, assume o papel fundamental, pois os educandos irão motivar-se

observando as atitudes de seu mestre, se o educador deixar a atividade sem

coordenação o educando também não dará importância aquele momento,

além de que o educador ira ministrar as regras, ou seja, o que poderá e o que

não poderá acontecer no momento lúdico, mas ao abordar erros cometidos

pelo educando, o educador deve intervir de maneira coerente, para que não

ocorram bloqueios no aprendizado. Além, de estar envolvido em tal atividade.

Em relação ao assunto Alves (2004) afirma:

“A postura do professor frente a esse trabalho é fundamental. O professor

precisa adquirir o prazer de brincar e se envolver nesta atividade, para que o aluno aprenda a

curtir esse momento. Todas as dificuldades de relacionamento não são resolvidas neste

momento, por isso é de extrema importância os alunos perceberem que seus professores

curtem também brincar”. (Alves, Rosilda Maria. Atividades lúdicas e jogos no ensino

fundamental. Artigo. Disponível em:

<www.ufpi.br/subsiteFile/ppged/arquivos/files/eventos/evento2004/GT.8/GT8_3_2004.pdf>.

Acesso em: 17 de novembro de 2012).

O jogo é uma metodologia que deve ser adotada pelo educador para,

que, de maneira inovadora, ele possa explicar e mostrar o que deseja ensinar,

ou seja, o que deseja que seus alunos consigam desenvolver, ele utiliza um

método novo, para que ocorra o aprendizado.

Com o uso do lúdico é possível fazer com que os educandos tenham

contanto humano um com o outro, fugindo um pouco dessa era em que se

vive em torna da informatização, tanto um quanto o outro são importantes

para o desenvolvimento dos educandos, mas sempre é importante que ocorra

o contato corpo a corpo, olho a olho, poder observar reações, movimentos,

expressões, etc. que são demonstradas pelos educandos. O momento lúdico,

proporcionado pelo educador, é único a cada educando, eles fogem de aulas

tradicionais, sentem-se importantes, pois tem a chance de aprender de

maneira diferenciada.

O educador também deve contar com apoios de softwares para

promover a aprendizagem, mas antes de ser executado o aplicativo o

educador deve ter vivenciado o jogo a ser trabalhado, para compreender o

que aquela prática trará de acréscimo ao educando, além de enfrentar

obstáculos, como, alunos que nunca tiveram contato com o computador, e

neste momento o educador deve tomar uma postura para poder ensinar os

alunos quais os mecanismos adequados para desenvolver o que está sendo

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12 O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

proposto. Os educandos precisam de momentos como este, para que ocorra

seu pleno desenvolvimento.

Lopes (2011) afirma:

O jogo é a vivência das próprias possibilidades. Favorece encarar perdas e

ganhos e perceber, por meio do resultado, o que precisa ser melhorado, onde é preciso

superar-se. As regras são iguais para todos e vencerá quem tiver o melhor desempenho,

portanto, se não venceu, é porque precisa se esforçar mais para melhorar. É uma situação que

pode ser transportada para outras situações da vida, em que se perde se ganha e se busca

sempre a superação, percebendo onde.

O lúdico torna-se além de método de desenvolvimento ao educando,

mas vai além ele auxilia o educador reconhecer em seus educandos

habilidades e dificuldades.

3.2. Jogos em sala de aula

Jogos que podem ser aplicados em sala de aula e quais objetivos

pretendem alcançar, os jogos foram extraídos do livro: Jogos na Educação –

Criar, fazer, jogar por Maria da Glória Lopes, (págs. 84 – 102; 110 – 115; 122 –

132). Além de apresentar os jogos à autora ensina a montar os jogos, com

materiais de fácil aquisição.

I. Jogo da memória

Objetivos:

Trabalhar atenção e concentração;

Desenvolvimento da criatividade;

Aceitação de regras e limites;

Trabalhar a memória, estratégia, planejamento e antecipação.

Material:

Retângulos de 6 x 4 cm em papel cartão ( o mesmo deve ser confeccionado pelos

alunos);

Réguas (diferentes tipos);

Tesoura;

Lápis de cor;

Canetas hidrográficas.

Estratégia:

Consiste na montagem de pares de figuras diferentes. De acordo com a faixa etária,

aumenta-se o nível de dificuldades com o aumento do numero de cartões, a complexidade das

figuras e a proposta escolhida como tema do jogo.

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Viviane Belarmino Barbosa 13

II. Quebra-cabeça

Objetivos:

Desenvolvimento da coordenação motora fina;

Organização espacial;

Percepção de figura-fundo;

Aceitação de regras;

Controle segmentar;

Controle de ansiedade;

Desenvolvimento da capacidade criadora;

Desenvolvimento de habilidades matemáticas;

Desenvolvimento da linguagem;

Trabalhar antecipação e estratégia.

Material sugestivo pode ser utilizado outros tipos de materiais:

Doze caixas de fósforos vazias;

Uma figura em preto e branco de aproximadamente 15 x 20 cm;

Lápis de cor;

Giz de cera;

Tesoura;

Cola;.

Estratégia:

Para que a atividade atinja os objetivos propostos é necessário que haja uma

preparação da criança ou grupo que sensibilize para a tarefa. Para se ter um clima estimulante

e envolvente, deve-se integrar a atividade dentro de um contexto que faça parte da

experiência de vida da criança. Fazer um questionário oral que propicie a participação de todos

é um bom começo para uma historinha inventada pela(s) criança(s).

Qualquer gravura que tenha personagens como crianças ou animais leva a uma identificação

da criança, podendo surgir conteúdos emocionais com os quais é possível trabalhar

clinicamente, ou em situação escolar. A professora pode, por meio dos conteúdos trazidos

pelas crianças, conhecer melhor o grupo.

III. Jogo de damas

Objetivos:

Exercício de memorização do conteúdo matemático de cálculo de área e perímetro

quadrado;

Desenvolvimento da atenção e concentração;

Exercício das habilidades de: antecipação e estratégia;

Respeito a regras e limites;

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14 O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

Treino de controle emocional diante de ganhar e perder;

Trabalhar autoestima;

Trabalhar ansiedade;

Trabalhar controle segmentar.

Material:

Um quarto de folha de papel-cartão de cor clara;

Régua;

Tesoura;

Lapiseira com grafite 0,5 mm;

Canetas hidrográficas;

Massa plástica para modelar ou argila;

Tinta plástica ou cola colorida.

Estratégia:

É preciso coincidir o momento de confecção e de jogos exatamente com o momento

oportuno do ensino do conteúdo, para que a relação entre a teoria e a vivencia prática se

transformem em verdadeiro aprendizado.

A preparação deste jogo requer dois momentos com um intervalo de três dias, para

que seque a massa de que são feitas as pedras do jogo. Desse modo, é aconselhável o seu

preparo antes do tabuleiro.

Tanto a massa plástica quanto a argila são muito fáceis de trabalhar, pois já vêm

preparadas e são de fácil manuseio. Cada aluno pode confeccionar seu próprio jogo, ou cada

jogo pode ser feito em dupla e depois para quem deve ficar.

Com a massa é preciso fazer um cilindro uniforme, rolando-o com os dedos sobre a

mesa. Em seguida deverão ser feitos, em sentido transversal, 24 cortes aproximadamente

iguais, obtendo-se os círculos que formarão as do jogo.

O tabuleiro é feito mediante o cálculo das áreas do quadrado maior e dos

quadradinhos internos. Realizando o cálculo, é necessário dividir, marcar com a régua os

quatro lados do quadrado, traçar as retas, primeiro de um lado e depois sobrepondo o outro, o

que formará o quadriculado do tabuleiro. Em seguida, com as canetas hidrográficas, escolhem-

se as cores, desde que uma seja clara e outra escura, para pintar os quadradinhos; também

podem ser pintados somente os escuros e os claros permanecem na cor natural do papel.

Na segunda etapa do trabalho, já com os círculos secos, escolhem-se novamente

duas diferentes cores, uma clara e outra escura, para as pedras, que deverão ser pintadas com

a tinta plástica.

IV. Adivinhações

Objetivos:

Desenvolver a criatividade;

Desenvolver o espírito cooperativo;

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Viviane Belarmino Barbosa 15

Trabalhar a atenção e concentração;

Fixação de conteúdos;

Desenvolver o gosto pela pesquisa.

Material:

Papel-cartão;

Lápis de cor;

Canetas hidrográficas;

Tesoura;

Régua;

Cola.

Estratégia:

Como elemento facilitador da fixação de conteúdos, é possível o

trabalho com diferentes disciplinas ao mesmo tempo, como ciências.

Também é possível usar este jogo como forma de avaliação dos

conteúdos.

Selecionados os conteúdos, deve-se pedir com antecedência que os

alunos pesquisem e guardem o maior numero de possível de figuras

relacionadas. A classe por ser dividida em equipes para a realização

das tarefas. Este clima de competição estimula bastante os alunos.

Deverão trazer, em dia marcado pelo (a) professor (a), o material

pesquisado e o conteúdo estudado. São preparados cartões, com o

conteúdo estudado. Os cartões, depois de cortados, deverão conter

em seu verso figuras, que tanto podem ser gravuras de livros,

revistas, xerox ou mesmo desenhos feitos pelos alunos.

V. Dominó

Objetivos:

Fixação de conteúdos;

Avaliação;

Trabalhar regras e limites;

Trabalhar a criança e o jogo (ganhar e perder);

Trabalhar conceitos matemáticos: divisão, área de triângulos;

Estratégia;

Planejamento.

Material:

Papel-cartão de cor clara;

Canetas hidrográficas;

Tesoira;

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Régua.

Estratégia:

Antes da confecção do jogo, é necessário um planejamento prévio e

um estudo do jogo de dominó para que o arranjo das pedras fique

perfeito, pois é preciso que todas as peças se encaixem; portanto, é

importante explorar este momento de descobertas e fazer um jogo

com a mesma estrutura original:

0.0 1.1 2.2 3.3 4.4 5.5 6.6

0.1 1.2 2.3 3.4 4.5 5.6

0.2 1.3 2.4 3.5 4.6

0.3 1.4 2.5 3.6

0.4 1.5 2.6

0.5 1.6

0.6

O arranjo, portanto, é assim:

7 + 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 28 peças.

Dominó de estados e capitais do Brasil

Em duplas, as crianças dividirão a folha de papel-cartão em retângulos

de aproximadamente 6 x 4 cm, recortando-os e dividindo-os ao meio

com um traço. Um dos elementos da dupla pode colocar de um lado

os nomes dos estados da dupla pode colocar de um lado os nomes dos

estados e o outro colocará os nomes das capitais. Outros modelos

podem ser criados: soma ciências, inglês e ortografia.

VI. Loto

Objetivos:

Fixação de conteúdos;

Avaliação;

Trabalhar regras e limites;

Trabalhar a criança e jogo (ganhar e perder);

Trabalhar conceitos matemáticos (divisão e área do retângulo);

Planejamento espacial;

Estratégias;

Incentivar o gosto pela pesquisa.

Material:

Uma folha de cartolina por grupo;

Lápis preto;

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Canetas hidrográficas;

Tesoura;

Régua.

Estratégia:

Cada grupo deve dividir uma folha de cartolina em retângulos,

losângulos, triângulos, enfim, em peças iguais. Essas deverão ser

divididas em partes. Em cada parte, por exemplo, podem ser escritas

perguntas ou nomes que se queira relacionar. À parte, fazem-se

pequenos cartões, nos quais se escrevem as respostas das perguntas

ou as palavras relacionadas ao cartão. Sorteia-se, e os jogadores terão

de assinalar nas cartelas a resposta correspondente. Esta atividade

pode ser programada e anunciada antecipadamente para que os

alunos tragam material de pesquisa para a confecção dos jogos.

Estes são apenas alguns exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas no

Ensino Fundamental II, existem muitas outras que podem ser adaptadas de acordo com a

realidade de todas as turmas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabendo que o jogo faz parte do processo de aprendizagem, ele deve

ser explorado pelos educadores de forma que promova o aprendizado e

facilite a compreensão de certos conteúdos, ou mesmo um método auxiliador

no desenvolvimento de habilidades a serem adquiridas pelos alunos. O lúdico

sempre deve vir como metodologia de apoio à aprendizagem.

É sempre importante planejar aulas que levem ao aprendizado, para

que o jogo não vire um motivo de passar o tempo.

O trabalho tem o intuito de auxiliar os educadores a introduzir uma

nova metodologia de aprendizado e assim fazer com que os educandos

aprendam um conteúdo que possa não gostar e com a metodologia pode

gostar.

REFERÊNCIAS

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Implicações no processo de aprendizagem e desenvolvimento. 2ª edição. Rio de

Janeiro. Wak Editora 2012.

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18 O LÚDICO COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

Almeida, Geraldo Peçanha de. Teoria e prática em Psicomotricidade: jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. 6ª edição. Rio de Janeiro. Wak Editora, 2012.

Lopes, Maria da Glória. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. 7ª edição. São Paulo. Cortez Editora, 2011.

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