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Mais de 180 anos de imprensa na Amazônia Paulo Roberto Ferreira (*) A Amazônia, apesar de ser a segunda palavra mais lembrada no planeta Terra, a história da imprensa da região ainda é pouco conhecida. E o que é mais grave, é que essa história é olimpicamente ignorada pela maioria dos brasileiros e dos próprios habitantes da região, por conta de um ensino (publico e privado) omisso e de uma historiografia que privilegia os fatos e personagens das regiões mais dinâmicas do País . Porém a distância entre a circulação do primeiro jornal independente (embora produzido em Londres), no Brasil, o “Correio Braziliense” 1 , lançado em 1808, e o primeiro periódico do Norte do país, foi de apenas 13 anos. Apesar do extremo isolamento da época entre o Rio de Janeiro (capital da colônia) e Belém, o intervalo foi relativamente pequeno entre o surgimento dos primeiros jornais, que expressavam as mudanças que a sociedade brasileira vivia. A história da imprensa é marcada pela luta em defesa da liberdade, da independência de Portugal e contra a tirania dos novos governantes. Mas é também de sustentação política da ordem vigente em cada período histórico desses quase dois séculos de imprensa na Amazônia. Os jornais foram usados como espaço para a literatura e também como trincheiras para as lutas e agressões contra os adversários. E, por isso mesmo, volta e meia eram alvos de atentados, que acabavam por atingir toda a sociedade. É uma história de mais de 180 anos entre “letras e baionetas”, como bem definiu o historiador Geraldo Mártires Coelho. 1 Sodré, Nelson Werneck , História da Imprensa no Brasil, Editora Mauad, São Paulo, 1999.

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História da imprensa na amazônia

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Mais de 180 anos de imprensa na Amaznia

Mais de 180 anos de imprensa na Amaznia

Paulo Roberto Ferreira (*)

A Amaznia, apesar de ser a segunda palavra mais lembrada no planeta Terra, a histria da imprensa da regio ainda pouco conhecida. E o que mais grave, que essa histria olimpicamente ignorada pela maioria dos brasileiros e dos prprios habitantes da regio, por conta de um ensino (publico e privado) omisso e de uma historiografia que privilegia os fatos e personagens das regies mais dinmicas do Pas .

Porm a distncia entre a circulao do primeiro jornal independente (embora produzido em Londres), no Brasil, o Correio Braziliense, lanado em 1808, e o primeiro peridico do Norte do pas, foi de apenas 13 anos. Apesar do extremo isolamento da poca entre o Rio de Janeiro (capital da colnia) e Belm, o intervalo foi relativamente pequeno entre o surgimento dos primeiros jornais, que expressavam as mudanas que a sociedade brasileira vivia.

A histria da imprensa marcada pela luta em defesa da liberdade, da independncia de Portugal e contra a tirania dos novos governantes. Mas tambm de sustentao poltica da ordem vigente em cada perodo histrico desses quase dois sculos de imprensa na Amaznia.

Os jornais foram usados como espao para a literatura e tambm como trincheiras para as lutas e agresses contra os adversrios. E, por isso mesmo, volta e meia eram alvos de atentados, que acabavam por atingir toda a sociedade. uma histria de mais de 180 anos entre letras e baionetas, como bem definiu o historiador Geraldo Mrtires Coelho.

Abrindo a cortina

A Gazeta do Par, organizada e publicada em Lisboa, em janeiro de 1821, foi o primeiro jornal a circular na Amaznia. Com uma linha que valorizava as notcias da corte portuguesa, teve durao curta. Era afixado nas portas das igrejas da S e de Santa Anna, da Alfndega, e na casa de Domingos Simes da Cunha, no Ver-o-Peso. Um ano depois, surgiu o jornal que durante muito tempo foi apontado como o marco da imprensa livre do Norte.

A primeira edio de O Paraense circulou no dia 22 de maio de 1822. O prelo que imprimia o jornal foi adquirido em Lisboa por Felipe Alberto Patroni Martins Maciel Parente, em sociedade com Domingos Simes da Cunha, Jos Batista da Silva e Daniel Garo de Melo. Era a tecnologia europia que chegava Amaznia. Junto com a mquina, chegaram a Belm dois tipgrafos, um francs e um espanhol.

Novos ventos sopravam em Portugal, que se abre ao iluminismo, ainda que tardiamente em relao ao resto da Europa. S a partir da transferncia da corte de Dom Joo VI para o Rio de Janeiro, em 1808, que se permitiu a entrada de mquinas e livros no Brasil. As idias dos filsofos iluministas ocupam as pginas dos jornais da poca. E a linguagem da publicao refletia a cultura erudita de seu principal redator, um contedo, portanto, bem elitista, mas que refletia a viso que a classe dominante tinha do papel do jornal, conforme fica claro no livro de Geraldo Mrtires Coelho:

Pelas pginas de O Paraense desfilam jusnaturalistas como Filangieri

e Burlamaqui, enciclopedistas como Montesquieu, e, logicamente Jeremy

Benthan, o pensador ingls to caro aos liberais vintistas.

O jornal surgiu no calor da Revoluo Liberal de 1820, que assegurou cidadania aos portugueses da Europa e da Amrica do Sul. Na primeira pgina da edio inaugural, o peridico publica o decreto sobre a liberdade de imprensa prevista na constituio de Portugal. E a luta pela liberdade e a independncia do Brasil marca a linha editorial do jornal, principalmente aps o cnego Joo Batista Gonalves Campos ter assumido a sua direo.

O jornalista responsvel foi perseguido e preso vrias vezes. O jornal deixou de circular em fevereiro de 1823, em sua 70 edio, seis meses antes da ento provncia do Par aderir independncia do Brasil, que ocorrera um ano antes.

Mesmo assim, a influncia poltica portuguesa continuou muito forte no Norte do Brasil, e o despotismo dos novos governantes estimulou os defensores dos ideais de liberdade e os excludos da poltica do Imprio, a fazer a revoluo conhecida como Cabanagem, que se inicia em 1835 e se prolonga por dez anos.

Vrios outros peridicos surgiram depois d O Paraense, que serviram de tribuna para liberais e conservadores. Mas a publicao de mais longa durao no Par, que surgiu antes da metade do sculo XIX foi o Treze de Maio, em homenagem data em que as foras do Imprio retomaram a cidade de Belm das mos dos cabanos, em 1836.

Seu proprietrio foi Honrio Jos dos Santos, que ensinou a dois de seus escravos o ofcio de tipgrafo. O jornal, que foi lanado em 1840 encerrou suas atividades em 1862, durou, portanto, 22 anos.Lngua nheengatu

No Estado do Amazonas, a primeira publicao circula em 1850. Foi A Provncia do Amazonas. Mas a exemplo da Gazeta do Par, teve curta durao. A maioria da populao no falava o portugus, mas o nheengatu, lngua geral que se originou do tronco tupi.

Porm, a primeira publicao impressa no Amazonas foi o Cinco de Setembro, que circulou no dia 3 de maio de 1851 Em 1854 o ttulo muda para Estrella do Amazonas. Era presidente da provncia, Joo Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, que tinha sido redator do jornal paraense A Opinio, onde se entrincheiravam os opositores de Batista Campos.

Tenreiro Aranha foi quem implantou no Amazonas a primeira tipografia, constituda de uma impressora de pedal e uma caixa de tipos. Para comandar o jornal ele contratou Manoel da Silva Ramos.

O Cinco de Setembro avaliado como imprensa ulica, porque se limitava a reproduzir atos governamentais. Nos classificados eram comuns os anncios oferecendo gratificao a quem fornecesse informaes sobre o paradeiro de escravos fugitivos.

O sculo 19 foi marcado por jornais que abriram espao tanto para a literatura como tambm se constituram em tribuna das diversas concepes polticas. Entre 1870 e 1872 aparecem tambm os primeiros jornais em defesa dos interesses republicanos, como o caso de O Argos, no Amazonas, e O Futuro, no Par.

A luta pela emancipao dos escravos tambm est presente nas publicaes peridicas amaznicas. Um bom exemplo foi o surgimento de O Abolicionista do Amazonas, em 1884, feito por um grupo de mulheres, que pregava o fim da escravido na provncia amazonense. Circulava trs vezes por semana. Aos poucos, os jornais vo se espraiando para dentro do territrio amaznico, alm das sedes das provncias.

Nas margens dos rios

A principal via de acesso ao interior da Amaznia era o rio. Vrias cidades foram fundadas nas margens dos rios e sua populao ainda hoje chamada de ribeirinha.

O primeiro peridico do interior paraense desponta na cidade de Vigia, em 1852 (O Vigiense), s margens do rio Guajar-Miri. Outros peridicos circularam naquela cidade histrica, palco de embates no perodo cabano: O Publicista (1874), O Vigilante (1876) e O Liberal da Vigia (1877).

Santarm, que fica entre Belm e Manaus, nas margens do Tapajs, tambm teve os seus jornais no sculo 19. O primeiro foi O Tapajoense (1855), o Monarchista Santareno (1857), O Aldeo (1858), o Quatro de Maio (1859) e o Baixo Amazonas (1872).

Camet, outra cidade histrica do interior paraense, nas margens do rio Tocantins, que foi cenrio das lutas da Cabanagem, tambm contou com peridicos no perodo do Imprio. O primeiro foi O Conservador (1859), depois O Curupira (1860), O Liberal (1861), O Tocantins (1869), O Cysne (1877), etc.

Ligado diretamente ao perodo ureo da economia da borracha, surgiu o Humaythaense, na regio do Alto Madeira, na Provncia do Amazonas, em 1891. Os seringalistas importaram uma mquina tipogrfica para imprimir documentos comerciais ligados atividade extrativista. Aproveitaram para produzir tambm a folha de notcias, que publicava informaes sobre a cotao do preo da borracha no mercado internacional.

Vinhos e charutos

Em 15 de novembro de 1895 foi lanado no Amap o Pinsonia, iniciativa de Joaquim Francisco de Mendona Junior, e do comerciante Jos Antonio de Cerqueira Mendona. O nome do peridico foi uma homenagem ao navegador espanhol Vicente Ynes Pinzn, descobridor da foz do rio Amazonas, em 1500.

O jornal era impresso no formato tablide, com circulao semanal. Suas primeiras edies foram feitas em Belm. A partir de 1897 chegam a Macap mquinas alems para a impresso do jornal, que no ano seguinte pra de circular.

No incio do sculo 20, medida que a frente da borracha avana em busca de novos seringais nativos, a imprensa tambm segue as pegadas dessa penetrao. o caso do jornal Correio do Acre, que surge em Xapuri. O Alto Purus, em Sena Madureira (AC), registra a chegada do primeiro automvel da Comisso de Defesa da Borracha, em 6 de julho de 1913.

O jornal da primeira capital do Territrio do Acre (uma corruptela de Aquiry, como os ndios Apurin chamavam um de seus rios) publica freqentes anncios sobre a chegada de navios ingleses que abasteciam as casas comerciais de Sena Madureira: Vinhos especiaes do Porto, charutos Trujillo, champanhe e presuntos franceses. Era o sonho de consumo da chamada Sociedade do Ltex, controlada pelos coronis de barranco. Porto fica no norte de Portugal e a regio famosa pela produo de deliciosos vinhos de mesa.

Na ento vila de Boa Vista, hoje capital de Roraima, foi lanado o Jornal do Rio Branco, em 1916. Com circulao mensal, o peridico teve durao de apenas um ano. Antes de se tornar Estado, Roraima, que concentra o ponto extremo do Norte do Brasil, o Monte Cabura, era conhecido como Territrio Federal de Rio Branco. A mudana de nome foi para evitar a confuso que se fazia com a capital do Estado do Acre.

Saudade na lngua inglesa

Em Rondnia, os primeiros jornais foram impressos na lngua inglesa. que circulavam entre os trabalhadores da extinta companhia Madeira-Mamor Railway. A ferrovia, de 364 quilmetros, que ligava Porto Velho a Guajar-Mirim, na fronteira com a Bolvia, foi construda como parte do Tratado de Petrpolis, assinado em 1903, em que a Bolvia reconhece a anexao do Acre ao territrio brasileiro, depois de uma guerra entre seringueiros e as foras legais bolivianas em 1902.

Do lado brasileiro, o estropiado exrcito de seringueiros liderado pelo militar gacho Plcido de Castro, a soldo dos governos das provncias do Par e Amazonas. Do outro lado, o governo boliviano, financiado por um truste internacional, o Bolivian Syndicate, interessado na extrao e controle da borracha.

No acampamento montado para construir a ferrovia, que em 1914 originou a cidade de Porto Velho, viviam muitos americanos, ingleses, italianos, barbadianos (da ex-colnia inglesa da Amrica Central). Na impressora de documentos da empresa, eram feitos os jornais que publicavam poemas dos estrangeiros saudosos de suas origens. Entre esses peridicos esto o The Porto Velho Times (4/7/1906), o Porto Velho Courrier e o Marconigran, este ltimo em 1910.

O primeiro jornal em portugus do antigo territrio do Guapor foi O Municpio, que surgiu em 1915, com circulao semanal. Era impresso em Humait, no interior do Amazonas.

A base econmica

A partir do final da dcada de 70, do sculo 19, a borracha era o principal produto da Amaznia, destronando o cacau, que tambm era de origem extrativa. A goma foi responsvel pela exploso demogrfica na Capitania de So Jos do Rio Negro, que teve sua populao quase triplicada em 30 anos, entre 1840 e 1870.

As migraes ultrapassam os limites da Provncia do Par e do Amazonas. Os seringueiros, em sua maioria nordestinos, dirigem-se s reas de floresta da regio do Tocantins, Xingu, Tapajs, Madeira e Purus, garantindo uma ocupao efetiva ao territrio do imprio brasileiro.

A crescente demanda pelo ltex abre uma atmosfera propcia aos negcios na regio. E um primeiro sinal, foi a abertura do rio Amazonas navegao internacional. A criao da Companhia de Navegao e Comrcio do Amazonas, do Baro de Mau, que assegura tecnologia moderna no setor de transportes, com a incorporao de navio a vapor, a partir de 1853, amplia a insero da economia amaznica no comrcio internacional.

Essa base econmica cria as condies tambm para o desenvolvimento da imprensa na regio. o perodo de transio entre a imprensa episdica, quixotesca, aventureira e herica para uma postura mais empresarial, principalmente nas grandes cidades como Belm e Manaus, onde surgem e vo se consolidando os grandes jornais.

Fogueira poltica

O dirio mais antigo da Amaznia, que durou 125 anos, foi A Provncia do Par, fundado em 25 de maro de 1876 por Joaquim Jos de Assis (redator), Francisco de Souza Cerqueira (tipgrafo) e Antnio Lemos (redator-gerente). Na poca da luta contra a escravido, A Provncia do Par publicava extensas relaes contendo nomes dos escravos redimidos, espontaneamente, pelos seus senhores.

Desde o incio aquele jornal alinhou-se ao Partido Liberal e depois ganhou linha independente e se estruturou como empresa. Com o advento da Repblica (1889), ganha a primeira mquina rotativa, a impressora francesa Marinoni, em 1897, e inaugura uma nova era no jornalismo regional e na histria da regio. Isto revela a pujana da economia regional. Para se fazer um paralelo com outros grandes peridicos, bom lembrar que o jornal O Estado de So Paulo s passa a contar com aquele maquinrio a partir de 1907.

Mas o posicionamento poltico do jornal custou caro aos seus dirigentes. Em 1912 a sede do dirio, localizada na praa da Repblica, no centro de Belm, foi incendiada pelos inimigos de Antnio Lemos, uma das lideranas polticas do Par, que foi intendente (prefeito) de Belm. Sobre o episdio, o jornalista e escritor Carlos Rocque publicou o depoimento do tambm ex-prefeito de Belm, Abelardo Conuduru:

"Houve aquela coisa toda e o povo, insuflado, resolveu incendiarA Provncia do

Par. E eu tambm tomeiparte nesse incndio. Uma das balas deflagradas pelo

pessoal que defendia A Provncia me raspou por aqui pelo ombro. Depois

resolveram incendiar a casa do velho Lemos. Eu fui contra: incendiar o jornal

lemista, sim; mas a residncia particular do Lemos, no. Opus-me tenazmente, sem

que nada adiantasse. Retirei-me ento, e no acompanhei o povo".

Depois de passar oito anos sem circular, o peridico volta em 1920 sob a direo de Pedro Chermont de Miranda. Novamente A Provncia do Par interrompe sua circulao em 1926 por problemas financeiros e s retorna em 1947, sob controle dos Dirios Associados, de Assis Chateaubriand, que comandou uma rede nacional de jornais, rdio e televiso.

Em 1973 o jornal passa a ser impresso no sistema off-set e em 1997 o empresrio Gengis Freire compra o matutino dos Dirios Associados. Em 2001 passa o seu comando para o publicitrio Miguel ngelo Arraes, que encerra, antes do final do ano, as atividades do mais antigo peridico da Amaznia. Dvidas trabalhistas e problemas de gesto foram as principais causas de um conjunto de fatores que conseguiram o que nem as mais sangrentas lutas entre as faces polticas de Lauro Sodr (ex-governador do Par) e Antnio Lemos foram capazes.

Panfletrio das liberdades

Outro jornal que marcou poca no cenrio regional foi a Folha do Norte, que iniciou sua circulao em 1896, fundado por Enas Martins e Cipriano Santos. Surge como oposio a Antnio Lemos e como rgo de sustentao das idias do Partido Republicano Federal, chefiado por Lauro Sodr e depois por Paes de Carvalho, todos polticos da ordem vigente. Quando o revisor de provas, jornalista Paulo Maranho, assume a direo do peridico, a linha editorial muda parcialmente.

O jornal passa a divulgar mais as mudanas urbanas que Belm experimentava, mas sem deixar de acompanhar o desempenho dos polticos, j que a poltica tanto na velha Repblica como no novo momento histrico, aps a Revoluo de 30, mexia com tantos interesses, que mesmo aqueles que se mantinham aparentemente distantes dos partidos, no deixavam de tomar suas posies.

O jurista e jornalista Csar Coutinho de Oliveira, que foi redator chefe de um jornal de curta durao, O Critrio, em depoimento a Carlos Rocque, fala do ambiente e do contexto em que eram feita a Folha do Norte:

"No Par quase quebraram os dedos de Paulo Maranho, por escrever contra o velho Lemos; picharam o AcrsioMota, redator da Folha; mataram o Holanda Lima, por ser oposicionista. Isso foi criando, em Belm, uma revolta. E a Folha passou a ser trincheira da oposio, e Paulo Maranho o grande panfletrio das liberdades".

Era o tempo do baratismo, movimento poltico ligado ao interventor (nomeado por Getlio Vargas) e depois governador Joaquim Magalhes Cardoso Barata, que surge na poltica paraense a partir de 1930. Barata era afilhado de Lauro Sodr, o maior inimigo de Antnio Lemos, mas convivia socialmente com Paulo Maranho, dono da Folha do Norte. O rompimento entre os dois se deu em 1933.

Maranho, que guardava mgoa da censura comandada, no Par, por Barata, escreveu uma nota criticando a deciso do interventor, que mandara punir todos os funcionrios estaduais que no elegeram os representantes paraenses na Assemblia Constituinte. A nota foi assinado por um pseudnimo de Maranho, Justino de Souza Montalvo. Barata reagiu com a suspenso da Folha, durante quatro dias. Estava instalada a guerra entre o jornalista e o homem pblico.

Guerra essa que durou 26 anos, quando Barata morreu em 1959. Tempo que valeu, por exemplo, famlia de Maranho, permanecer praticamente homiziada durante 13 anos no prdio que abrigava a oficina, a redao, a gerncia comercial e a residncia do proprietrio do jornal.

O escritor Haroldo Maranho, neto de Paulo Maranho, escreveu sobre a rotina das crianas da famlia que, impedidas de ir rua, faziam das oficinas do jornal, campo de futebol. Creio que jamais viajamos de nibus, tudo conta dos dios polticos que lavravam na cidade. A Folha do Norte, como jornal matutino, deixou de circular em 1974, um ano aps ser adquirida pelo jornalista Rmulo Maiorana, que j era dono do jornal que sustentara Barata e seus seguidores.

1.1.1.1.1.1 Jornal centenrio

No Estado do Amazonas, o jornal mais antigo e que ainda est em circulao o Jornal do Commercio, fundado em 2 de janeiro 1904, em Manaus, por J. Rocha dos Santos. O peridico passou para o controle da rede de Assis Chateaubriand, em 1943, e de Guilherme Aluzio de Oliveira Silva, a partir de 1985.

Foi o terceiro jornal da Amrica do Sul a importar uma mquina linotipo, para composio de textos, em 1906. Sua linha editorial est voltada para a economia e a poltica. Hoje o jornal mais antigo em atividade na Amaznia.

Outro empastelado

Em 1911 foi fundado o jornal O Estado do Par, tambm para combater Antnio Lemos, mas foi empastelado em 1928 por policiais civis e militares, que destruram suas mquinas.

Pouco tempo depois voltou a circular, sendo impresso nas oficinas da Folha Norte, e se tornou porta-voz dos novos personagens que entraram em cena, a partir de 1930.

O interventor Magalhes Barata ganha apoio poltico.

E em 1959 Lus Geols de Moura Carvalho, do mesmo grupo de Barata, compra o controle do jornal e entrega a direo ao jornalista Hlio Gueiros, que foi governador do Par (1987 a 1990) e depois prefeito de Belm (1993 a 1996). O jornal deixa de circular em 1961 por falta de condies financeiras.

1.1.2 Correio de Macap

Na capital do Amap foi fundado no dia 11 de julho de 1915 o jornal Correio de Macap, com circulao semanal (posteriormente quinzenal) em Macap e tiragem mdia de 500 exemplares. O fundador do peridico foi o tenente-coronel Jovino Albuquerque Dino.

Um dos redatores era o padre belga Julio Maria Lombardi. A linha editorial era atrelada aos interesses da Intendncia (hoje prefeitura) de Macap. Durante muitos anos o Amap fez parte do territrio do Par e s em 1943 que se tornou Territrio Federal. Com a Constituio de 1988 foi elevado a condio de Estado do Amap Alto Madeira

No dia 15 de abril de 1917 foi criado o Alto Madeira, em Porto Velho, pelo mdico Joaquim Augusto Tanajura, que chegara a Guapor, como tenente da fora policial, na companhia da expedio liderada por Cndido Rondon (que implantava o sistema de telgrafo) e depois se tornou prefeito de Santo Antnio do Alto Madeira, atual cidade de Porto Velho. O atual Estado de Rondnia fazia parte do Estado do Amazonas. No Governo Getlio Vargas passa a condio de Territrio Federal e em 1982 ganha autonomia com Estado de Rondnia.

A primeira mquina do jornal, uma Minerva, foi adquirida em Manaus e o peridico circulava duas vezes por semana, em formato tablide. Desde a dcada de 20 passou a integrar a rede dos Dirios Associados. Em 1931 noticiou a passagem do primeiro hidroavio por Porto Velho, pilotado pelo conde Francesco Di Pinedo. Passou a dirio e em 1938 ganhou formato estandart (31 cm de largura por 54 cm de altura).

Nos anos 50 foi adquirido pelo grupo Tourinho, liderado por Euro Tourinho, que fazia a crnica social do jornal h muitos anos. Uma das caractersticas do peridico a valorizao da notcia de cunho regional.

Tribuna partidria

Mesmo com a crise que se abateu sobre a sociedade amaznica, aps o declnio da economia da borracha, novas publicaes surgiram. No Par, as de maior expresso foram A Vanguarda, criada no ano do golpe do Estado Novo, em 1937, dirigido por Pires de Camargo, que depois repassa para o grupo dos Dirios Associados, como peridico vespertino, independente. Sai de circulao em 1962.

Em 1946, ano da redemocratizao do Pas, aps a ditadura de Getlio Vargas, surge em Belm o jornal O Liberal, que nasceu carimbado como veculo do Partido Social Democrtico, para defender o governo dos ataques da Folha do Norte. Alm do Interventor do Par, eram proprietrios daquela publicao Moura Carvalho (o mesmo do jornal O Estado do Par), Joo Camargo, Dionsio Brito de Carvalho e Lameira Bittencourt.

Intensas jornadas polticas marcam a vida desse vespertino, que perde um de seus redatores, Paulo Eleutrio Filho, assassinado pelo capito Humberto de Vasconcelos dentro da redao, em 1950. Trs anos depois foram suas oficinas destrudas e incendiadas. Em 1965 passa pelas mos de Ocyr Proena, que apia o tenente-coronel Alacid Nunes, militar que surge do golpe militar de 1964, junto com Jarbas Passarinho.

O jornalista Rmulo Maiorana, que comeou como colunista social e era empresrio do setor lojista, adquire o jornal O Liberal em 1966. A circulao passa a ser matutina. A linha editorial se desatrela do PSD. Aumenta o nmero de pginas e a partir de 1972 passa a ser impresso em off-set, sistema a frio, que d mais qualidade visual ao jornal.

No Amazonas surge, em 1949, o jornal A Crtica, pelas mos de Umberto Calderaro, que era genro de Andr Arajo, influente poltico ligado ao PSD. Quando Gilberto Mestrinho, que era do PTB, assume o governo, uma bomba foi atirada no jornal, que passou alguns dias fora de circulao. Eram tempos de intolerncia, tempo que em vez de se combater as idias, partia-se para a eliminao do adversrio ou dos instrumentos de propagao de suas posies ideolgicas.

Em 1954 fundado o jornal O Guapor, de propriedade do coronel Aluzio Ferreira, que era deputado federal e foi o primeiro governador do Territrio Federal do Guapor (atual Estado de Rondnia). Os diretores do jornal eram todos filiados ao PTB e sua linha estava voltada para a sustentao poltica do governo de Getlio Vargas e do governador Paulo Nunes Leal.

Descentralizao cultural

No Amap o poeta Ivo Torres lanou, em novembro de 1957, a revista mensal Rumos, que chegou a circular em vrias cidades brasileiras. A publicao foi considerada como rgo de difuso cultural.

A primeira edio traz uma matria assinada por John H. Newman sobre a cultura da seringueira no Amap, enquanto Paul Ledoux escreve sobre agricultura, silvicultura e pecuria. E Amaury Farias aborda a questo do latifndio. A msica no ento Territrio Federal do Amap tambm destaque na revista, com matria assinada por Mavil Serrot.

A importncia da revista pode ser avaliada pela crtica do ensasta Osrio Nunes, publicada no suplemento literrio do jornal "Dirio de Minas" em outubro de 1958:

1.1.2.1.1.1.1 "A Rumo conduz e explica o Amap. Encontramos suas razes na Semana de Arte Moderna. A sua vida constitui um resultado de descentralizao cultural que houve a partir daquela data e que cada vez se acentua. Se fssemos um Carlos Drumond, Mrio de Andrade, um Vincius de Morais ou Anibal Machado, nada nos alegraria mais do que nos saber lido l pelos confins do Brasil, no Amap.

1.1.2.1.1.1.2 Imprensa alternativa

No perodo da ditadura militar de 1964 surgem diversos jornais alternativos na Amaznia, como forma de fugir da camisa-de-fora imposta pelo regime, que amordaava e intimidava a imprensa em todo o Brasil. No Par surgem o Bandeira 3, editado por Lcio Flvio Pinto, jornalista experiente que passou pelos jornais A Provncia do Par, O Estado de So Paulo , O Liberal e hoje edita o peridico Jornal Pessoal.

Em formato tablide, circulou com poucos nmeros, em 1975. Apesar de sua proposta editorial dirigida periferia de Belm do Par, Bandeira 3 tornou-se um jornal basicamente voltado classe mdia politizada e com forte vocao ecolgica, dada a sua insero na regio Amaznica.

No Acre, surge o Varadouro (estrada de seringueiro), em 1977, editado por lson Martins da Silveira e Silvio Martinello. O jornal das selvas, em formato tablide, circulava em Rio Branco e durou mais de quatro anos. Se propunha a registrar as conseqncias da segunda patada, ou seja, a entrada no Acre de grandes empresas agropecurias, j que a primeira patada aconteceu com o ciclo da borracha.

Bernardo Kucinski, em sua tese de doutorado defendida na Escola de Comunicao e Artes da Universidade de So Paulo, assim define o Varadouro:

Apesar de suas reportagens abordarem aspectos da vida na Amaznia, sempre de forma crtica e colada s camadas populares, sem meias palavras, o jornal contava com anncios do comrcio local. No possui nenhum rano da linguagem doutrinria dos alternativos nacionais.

De carter mais ideolgico, ligado Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, aparece em Belm o Resistncia, em 1978. Com uma linha frontal de combate ao regime militar, sofre perseguies e obrigado a imprimir suas edies at fora da capital paraense. Diretores, editores e colaboradores so enquadrados na Lei de Segurana Nacional.

A edio de nmero 5 foi apreendida pela Polcia Federal e sua grfica invadida por agentes da PF. Seu editor, Luiz Maklouf de Carvalho, era ligado ao PCdoB e depois dissidncia daquele partido, chamada de PRC.

O jornal circulou de forma quase regular at 1983. Passaram pelo Resistncia, que tambm funcionou como espao para a prtica de um jornalismo mais livre, Paulo Roberto Ferreira, Rosaly Brito, Regina Lima, Ana Petrucelli, Rosa Leal, Pedro Estevo da Rocha Pomar, Janurio Guedes, Srgio Bastos, Paulo Santos, Miguel Chikaoka, Carlos Bouo, entre outros.

Uma edio especial do jornal Resistncia, circulou em abril de 2003 para comemorar os 25 de existncia da Sociedade Paraense de Direitos Humanos. O principal destaque foi dado para os conflitos agro-ambientais na regio do Xingu, no Oeste do Par. A grilagem de terras para extrao de mogno funciona como um ciclone, que vai destruindo tudo: floresta, rios, ndios, extrativistas e lavradores.

No sculo 21

Ainda no perodo da ditadura militar, a modernizao dos sistemas de comunicao quebra, gradativamente, o isolamento e as publicaes regionais assumem uma linha editorial mais nacional. Os jornais no tratam mais, prioritariamente, dos fatos e acontecimentos locais.

As fotos e as manchetes se ocupam dos grandes problemas nacionais e tambm dedicam amplo espao conjuntura internacional. Os peridicos ficam cada vez mais parecidos, com uma uniformidade de posies que contrasta com o perodo em que o trabalho e o texto do jornalista tinham mais peso no produto final.

Com a redemocratizao do Pas, aps 1985, a imprensa recupera parte do seu papel de informar, sem as restries dos censores oficiais. Agora a liberdade limitada pelos interesses econmicos das empresas jornalsticas. a fase em que o jornal dispensa, no conjunto, a opinio dos leitores e passa a servir aos anunciantes, predominantemente.

Hoje, no incio do sculo 21, circulam, nos seis estados inteiramente amaznicos, quase meia centena de jornais dirios, diversos peridicos semanais e quinzenais, alm de algumas revistas mensais.

A maioria dos jornais no valoriza as pautas estruturais, com nfase na economia, nas finanas pblicas. E o material publicado ainda se restringe aos centros urbanos. Poucos retratam o interior da Amaznia. Polcia, esporte, vida urbana e fragmentos da poltica partidria ainda so os assuntos mais pautados. As colunas sociais tm grande espao nesses peridicos.

A seguir uma lista de publicaes que em maro de 2004 circulam na Amaznia: 1.1.2.2 Acre

1.1.2.3 O Rio Branco circula diariamente desde 1970, com 16 pginas, em dois cadernos, incluindo classificados. Seu diretor Liberdade Marques e seu editor Ezi Melo; A Gazeta, lanado em 1985, o jornal dirio dirigido por Silvio Martinello (que atuou no Varadouro) e editado por Silvnia Pinheiro, com 16 pginas, sendo quatro de classificados; A Tribuna, tambm dirio, com 16 pginas, chegou ao pblico pela primeira vez em 1992, sob a direo de Ely Assem de Carvalho e no comando da editoria, Alessandra Machado; Pgina 20, peridico dirio, no formato tablide, com 24 pginas, fundado em 1995, conta com lson Dantas Filho na direo e Jorge Gallina como editor.

1.1.2.4 Amap

Jornal do Dia, dirio fundado em 1987. Circula com 20 pginas, sendo seis de classificados. dirigido por Maria Inerine Pinto Pereira e editado por Lcia Thereza Ghammachi; Dirio do Amap, fundado em 1 de janeiro de 1992, dirigido por Luiz Melo e o editor Izael Marinho. Circula com 16 pginas, em trs cadernos, incluindo um de classificados; O Amap, semanrio lanado em 1967, no formato tablide, com 12 pginas, dirigido por Kitt Nascimento e editado por Ramilton Farias; Folha do Amap, semanal, no formato tablide, surgiu em 1992, pelas mos de lson Martins. Circula com 16 pginas, dirigido por Girlei Batista e editado por Osmar Trindade; Planeta Amaznia, revista de variedade, bilnge (portugus e francs), toda em policromia, sob a direo de Aldenor Jnior e edio de Edson Cardoso. Circula no Amap, Rio de Janeiro, So Paulo, Braslia e na Guiana Francesa; Vanguarda Cultura, uma odissia nos trpicos, jornal bimensal, com 20 pginas, formato tablide, dirigido e editado por Aroldo Pedrosa.

Amazonas

Jornal do Commercio, dirio fundado em 1904, dirigido por Guilherme Aluzio de Oliveira Silva e editado por Fred Novaes, circula de tera-feira a sbado; A Crtica, dirio lanado em 1949 por Umberto Calderaro Filho, hoje dirigido por Rita de Arajo Calderaro e seu diretor de redao Sebastio Reis, circula com 78 pginas aos domingos, sendo 18 de classificados; Dirio do Amazonas, em seu 18 ano (surgiu em 1986) de atividade, sob a presidncia de Cassiano Anunciao, tem na direo de redao, Wilson Nogueira, e editor, Hudson Braga, com 32 pginas nos dias teis e 68 pginas aos domingos; Amazonas Em Tempo, dirio, com 16 anos de circulao (lanado em 1988), presidido por Hermengarda Junqueira, dirigido por Mrio Adolfo e Augusto Banega, conta seis cadernos e 36 pginas nas edies de domingo; e O Estado do Amazonas, lanado em 2002, com direo editorial de Walter Sipelli e edio de Cludio Barboza, circula diariamente com 32 pginas em cinco cadernos; Amaznia Oportunidades & Negcios, revista bimestral de negcios, lanada em 2002, dirigida por Neiva Kischener e editada por Mrcia Valria.

1.1.2.5 Par

O Liberal, circula desde 1946. Atualmente dirigido por Lucida Maiorana e tem como editor Walmir Botelho dOliveira. Suas edies dirias variam entre 46 pginas nos dias teis e 144 pginas aos domingos, em dez cadernos e trs revistas; Dirio do Par, fundado por Larcio Barbalho em 1982, dirigido por Jader Barbalho Filho e editado por Gerson Nogueira. Circula com 34 pginas nos dias de semana e mais dois tablides (Esportes e Polcia), com 20 pginas, e aos domingos, com 72 pginas standart e mais 44 pginas no formato tablide; Amaznia Jornal, lanado no ano 2000 pela famlia Maiorana, editado por Antnio Carlos Pimentel Jnior, circula nos dias teis com 20 pginas e aos domingos com 20 pginas standart e um tablide com 16 pginas; O Estado do Tapajs, criado em Santarm, no ano 2000, sob a direo de Miguel Oliveira e Valdir Marques, editado por Silvia Vieira, circula na regio oeste do Par, com 12 pginas diariamente; Opinio, com sede em Marab, circula trs vezes por semana, nos municpios do sul e sudeste do Par. Direo de Joo Salame Neto e edio de Nilson Santos; Jornal Gazeta, semanrio com sede em Santarm, sob a responsabilidade de Celivaldo Carneiro; Gazeta Carajs, semanrio com sede em Parauapebas, de propriedade de Juno Brasil Custdio de Souza; Jornal de Santarm, de circulao semanal, tambm com sede em Santarm; Jornal Pessoal, publicao quinzenal, com 12 pginas no formato A-4, sem publicidade, lanado em 1987, em Belm, por seu diretor e editor, Lcio Flvio Pinto. Sua linha editorial est voltada para a anlise profunda das questes amaznicas e um feroz combate pilhagem dos recursos naturais; Em Questo, revista mensal, com 28 pginas. Com miolo em papel jornal, lanada em 2003 por Elias Tavares e Otavio Rodrigues e editada por Willys Lins. A publicao faz parte do Instituto Cultural Fala para o desenvolvimento de mdias populares da Amaznia; Amazon View, revista mensal, em policromia, na linha de variedades, criada em 1995, com 68 pginas, por Estrela Brito e editada por Apolonildo Brito; Ver-o-Par, revista bimensal de turismo, criada em 1993, com 52 pginas, em policromia, dirigida e editada por Walbert Monteiro; Rota Amaznica, revista de variedades lanada no ano 2000, em policromia, com 34 pginas, dirigida e editada por Oldemar Pereira Alves.

1.1.2.6 Rondnia

Alto Madeira, o mais antigo jornal dirio de Rondnia, foi lanado no mercado em 1917. Hoje dirigido por Euro Tourinho e Luiz Tourinho. Seu editor Sued Pinheiro. Circula todos os dias com 16 pginas; Dirio da Amaznia, lanado em 1993, dirigido por Fbia Demomi e editado por Nilton Salina. Circula com 30 pginas diariamente e mais um caderno tablide com oito pginas; Estado do Norte, dirio, surgiu em 1981, dirigido por Mrio Calixto Filho e editado por Antnio Pessoa, com 28 pginas; Folha de Rondnia, dirio fundado no ano 2000, na cidade de Ji-Paran, com circulao em todo o estado, com 28 pginas, incluindo classificados, dirigido por Ayres do Amaral e sob comando editorial de Roni Viana Cruz; O Observador, jornal semanal, lanado em 1998 por Everaldo Fogaa, com oito pginas; Agronorte, revista mensal, com 40 pginas, em policromia, sobre agronegcios, dirigida por Waldir Costa.

1.1.2.7 Roraima

Folha de Boa Vista, criado em 1983, pertence ao empresrio Getlio Cruz e atualmente editado por Jess Souza. Circula diariamente com 28 pginas; e Brasil Norte, dirio, com 20 pginas, surgiu em 1997, dirigido por Rivaldo Neves e editado por Eudiene Martins.

(*) Paulo Roberto Ferreira jornalista

e-mail: [email protected] [email protected]

Bibliografia

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Maranho, Tocantins e Mato Grosso fazem parte da Amaznia Legal, mas boa parte de seus territrios pertence a outras regies brasileiras.