artigo final - crescimento desordenado das cidades de médio porte

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01 Cascavel, Abril de 2012 CRESCIMENTO DESORDENADO DAS CIDADES DE MÉDIO PORTE VIEIRA, Caroline Godoy 1 PAULETTO, Suellen Alessandra NOGUEIRA, Thays Juliani RESUMO O presente artigo explicitará uma nova modalidade de crescimento desordenado que ultrapassa expectativas e atinge as cidades de médio porte, estas se tornaram polos migratórios atraentes, por vezes mais que os grandes centros. Fora realizada pesquisa técnica-informativa que demostrou tal aumento populacional, este aumento supera as médias nacionais e estaduais e mostra a importância de atitudes prévias no replanejamento dessas cidades, o estudo teve como referência a cidade de Cascavel-PR. PALAVRAS-CHAVE: Crescimento Desordenado; Cidades de Médio Porte. 1 INTRODUÇÃO A procura por vantagens econômicas faz com que cidades sejam mais atrativas que outras em se tratando de investimentos da iniciativa privada para fins de instalação e investimentos visualizando oportunidades de crescimento. O fato é que a fórmula ideal de urbanização ainda não está disponível, pois a instalação de uma empresa deveria ser fator de orgulho com a criação de novas oportunidades à administração pública, porém pode representar problemas quando não tratada como uma nova porta de entrada também de problemas ligados a infraestrutura básica, pois com mais oportunidades, aumentará população, serão necessários mais investimentos e ai surge o crescimento desordenado. Desta forma o trabalho objetiva demonstrar o novo foco de crescimento urbano através de dados científicos pesquisados dos quais apontam um novo movimento migratório. O artigo tem como tema crescimento desordenado nas cidades de médio porte que é a presença certa em todos os grandes centros, pois o consumismo desenfreado faz com que o comércio e o setor terciário propriamente dito injetem diferentes produtos, com novas tecnologias e direcionada a todos os tipos de público fazendo com que se compre de forma impulsiva algo desnecessário e que não se sabe nem onde será descartado, essa é a realidade da sociedade atual, visando apenas o lucro e deixando de lado o bem estar do ser humano. Populações inteiras se deslocam em direção de centros de produção vislumbrando grandes oportunidades, tornando o que deveria ser uma cidade com muitas oportunidades, passando a ser uma com muitos problemas. As cidades de médio porte começaram a contemplar esse ciclo produtivo e, de forma crucial, estão se destacando em seus índices de crescimento nas últimas décadas, destoando do que ocorria até os anos 80, hoje com essa nova realidade essas cidades poderão apresentar em pouco tempo índices assustadores de violência, desemprego, trânsito caótico e deficiências em serviços básicos, característicos de grandes núcleos urbanos. O fato é que alguns centros desenvolvidos ou que estão em desenvolvimento e ainda não apresentaram o caos característico das metrópoles possam estar visualizando o problema e atentando para o bem estar e qualidade de vida do ser humano que está sendo deixado de lado. Para isso, providências devem ser tomadas em diferentes áreas como controle populacional, estímulo à produção agrícola, controle de poluentes e supremacia dos serviços essenciais. Sendo assim o objetivo geral é identificar os problemas de uma nova urbanização onde não se tomou as devidas providencias em tempo hábil a fim de minimizar os efeitos negativos, analisando as necessidades da população que ali residem. Buscando conscientizar a sociedade em 1 Dicente da Faculdades Assis Gurgacz. Curso Arquitetura e Urbanismo. e-mail: [email protected], [email protected], thays- [email protected]

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O presente artigo explicitará uma nova modalidade de crescimento desordenado que ultrapassa expectativas e atinge as cidades de médio porte, estas se tornaram polos migratórios atraentes, por vezes mais que os grandes centros. Fora realizada pesquisa técnica-informativa que demostrou tal aumento populacional, este aumento supera as médias nacionais e estaduais e mostra a importância de atitudes prévias no replanejamento dessas cidades, o estudo teve como referência a cidade de Cascavel-PR.

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Page 1: Artigo Final - Crescimento Desordenado Das Cidades de Médio Porte

01 Cascavel, Abril de 2012

CRESCIMENTO DESORDENADO DAS CIDADES DE MÉDIO PORTE

VIEIRA, Caroline Godoy1

PAULETTO, Suellen Alessandra

NOGUEIRA, Thays Juliani

RESUMO

O presente artigo explicitará uma nova modalidade de crescimento desordenado que ultrapassa expectativas e

atinge as cidades de médio porte, estas se tornaram polos migratórios atraentes, por vezes mais que os grandes centros.

Fora realizada pesquisa técnica-informativa que demostrou tal aumento populacional, este aumento supera as médias

nacionais e estaduais e mostra a importância de atitudes prévias no replanejamento dessas cidades, o estudo teve como

referência a cidade de Cascavel-PR.

PALAVRAS-CHAVE: Crescimento Desordenado; Cidades de Médio Porte.

1 INTRODUÇÃO

A procura por vantagens econômicas faz com que cidades sejam mais atrativas que outras

em se tratando de investimentos da iniciativa privada para fins de instalação e investimentos

visualizando oportunidades de crescimento. O fato é que a fórmula ideal de urbanização ainda não

está disponível, pois a instalação de uma empresa deveria ser fator de orgulho com a criação de

novas oportunidades à administração pública, porém pode representar problemas quando não

tratada como uma nova porta de entrada também de problemas ligados a infraestrutura básica, pois

com mais oportunidades, aumentará população, serão necessários mais investimentos e ai surge o

crescimento desordenado. Desta forma o trabalho objetiva demonstrar o novo foco de crescimento

urbano através de dados científicos pesquisados dos quais apontam um novo movimento migratório.

O artigo tem como tema crescimento desordenado nas cidades de médio porte que é a

presença certa em todos os grandes centros, pois o consumismo desenfreado faz com que o

comércio e o setor terciário propriamente dito injetem diferentes produtos, com novas tecnologias e

direcionada a todos os tipos de público fazendo com que se compre de forma impulsiva algo

desnecessário e que não se sabe nem onde será descartado, essa é a realidade da sociedade atual,

visando apenas o lucro e deixando de lado o bem estar do ser humano. Populações inteiras se

deslocam em direção de centros de produção vislumbrando grandes oportunidades, tornando o que

deveria ser uma cidade com muitas oportunidades, passando a ser uma com muitos problemas.

As cidades de médio porte começaram a contemplar esse ciclo produtivo e, de forma crucial,

estão se destacando em seus índices de crescimento nas últimas décadas, destoando do que ocorria

até os anos 80, hoje com essa nova realidade essas cidades poderão apresentar em pouco tempo

índices assustadores de violência, desemprego, trânsito caótico e deficiências em serviços básicos,

característicos de grandes núcleos urbanos.

O fato é que alguns centros desenvolvidos ou que estão em desenvolvimento e ainda não

apresentaram o caos característico das metrópoles possam estar visualizando o problema e

atentando para o bem estar e qualidade de vida do ser humano que está sendo deixado de lado. Para

isso, providências devem ser tomadas em diferentes áreas como controle populacional, estímulo à

produção agrícola, controle de poluentes e supremacia dos serviços essenciais.

Sendo assim o objetivo geral é identificar os problemas de uma nova urbanização onde não

se tomou as devidas providencias em tempo hábil a fim de minimizar os efeitos negativos,

analisando as necessidades da população que ali residem. Buscando conscientizar a sociedade em

1 Dicente da Faculdades Assis Gurgacz. Curso Arquitetura e Urbanismo. e-mail: [email protected], [email protected], thays-

[email protected]

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Crescimento Desordenado das Cidades de Médio Porte

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pontos como ética e cidadania, buscando propor um planejamento estratégico mais estruturado que

proporcione à qualidade de vida a população, dando melhoria aos aspectos econômicos, políticos,

sociais e ambientais, sem travar o crescimento.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 CRESCIMENTO DESORDENADO

Atualmente, o crescimento desordenado das cidades de grande e médio porte é um desafio

para muitos estudiosos do meio urbano, pois o mesmo se dá de forma acelerada e desorganizada,

trazendo problemas de ordem social, econômica e de infra-estrutura. (Ferrari e Lapolli, 2000).

A expansão de áreas urbanas está diretamente ligada ao crescimento e distribuição espacial

da população. Os censos demográficos produzem avaliações quantitativas sobre as populações e os

mapas de densidade demográfica informam também as necessidades de infraestrutura (Costa e

Alves, 2005).

O bom momento econômico brasileiro acentua um fator negativo da vida nas grandes

cidades: o crescimento desordenado. O desenvolvimento das centralidades geralmente acontece de

forma orgânica, sem planos para viabilizar um futuro satisfatório para todos os seus moradores. Isso

gera problemas como o trânsito, violência, poluição, desemprego, supervalorização dos terrenos e

dos imóveis e a falta de infraestrutura em algumas regiões.

O cenário é preocupante principalmente porque o desenvolvimento vem se espalhando em

direção às cidades de médio porte. De acordo com a pesquisa “Reflexões sobre os Deslocamentos

Populacionais no Brasil”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são as cidades

com menos de 500 mil habitantes que mais cresceram em densidade populacional na última década.

É público e notório o problema brasileiro referente à desordem na forma que está sendo

utilizado o território do país, com megalópoles que não mais apresentam soluções em se tratando de

urbanização, tão pouco que atenda aspectos mínimos de qualidade de vida ou ainda que pudessem

comportar nem mesmo parte da população que lá habitam com alguma estrutura. Porém o problema

fora disseminado há séculos ou mesmo na própria colonização quando as populações que vinham

para habitar ou mesmo para trabalhar em prol do Reino de Portugal se concentrou em sua totalidade

na região litorânea, isso não coincidentemente é onde aparece muitas dessas cidades das quais a

concentração populacional se multiplicou de forma descontrolada.

A aglomeração em torno do litoral teve seu preço, que se fez desde a colonização, a Mata

Atlântica é o mais desmatado dos biomas brasileiro teve seu território diminuído em 93% do total

de sua área original ao longo dos anos, isso de acordo com o Portal SOS Mata Atlântica, esse

desmatamento não só foi utilizado para abastecer os Reinos europeus nos primórdios da

colonização, mas se passando os anos para dar lugar a casas, prédios, indústrias, e tudo aquilo que

faz parte dessa nova realidade que perdura até os dias atuais.

Sob esse mesmo prisma é que se estabelece no Brasil uma nova ideia de urbanização, pois

não mais os grandes centros são tão atrativos como mostra o estudo da Revista Pequenas Empresas

Grandes Negócios, onde demonstra que atual situação financeira nacional impulsiona a instalação

de empreendimentos em cidades de médio porte, saindo do então estagnado crescimento dos

grandes centros e ainda fugindo de problemas inerentes desses locais procurando também aliar a

uma melhor qualidade de vida nas cidades de médio porte onde tal pesquisa revela que nessas

cidades apresenta o PIB com um índice elevado de crescimento de 49%. “Trata-se do fenômeno da

‘deseconomia de aglomeração’, que transfere atividades econômicas, principalmente a indústria,

para regiões menos concorridas, favorecendo seu crescimento”, afirma Tânia Bacelar, professora da

Universidade Federal de Pernambuco e especialista em economia regional do Nordeste.

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Crescimento Desordenado das Cidades de Médio Porte

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Segundo HARDT (1994) o crescimento urbano acelerado, tão relevante no país, gera muitos

problemas, que resultam na incapacidade dos municípios em abrigar este contingente populacional

com a devida organização de seus territórios, entre outras razões por deficiência na

profissionalização da gestão urbana. Esses problemas assumem grandes níveis de complexidade e

têm como conseqüência à degradação da qualidade ambiental, aumentam os custos sociais. Os

eventuais investimentos realizados nesse campo possuem, em grande parte, um caráter corretivo,

onde os resultados, na maioria das vezes, apenas minimizam os efeitos. A partir disso as áreas que

possuem ainda um ecossistema quase inalterado representam grande importância, considerando os

seus reais benefícios, tornando cada vez mais importante um planejamento das cidades e seus

crescimentos. O crescimento urbano instala-se quando o número de habitantes em cidades cresce

relativamente à população como um todo (CLARK, 1982).

Explica o sócio-lider para o atendimento as empresas do interior do Estado de São Paulo,

Edgar Jabbour. Essas situações costumam provocar um fluxo migratório desproporcional para esses

municípios, muito superior à sua capacidade de acomodação dos novos

contingentes de pessoas. (JABOUR, Edgar. 2010. p.4).

O fato é que o crescimento desordenado normalmente traz distorções à vida

econômica e social do município, o que leva ao caos. (JABOUR, Edgar. 2010. p. 4).

Jabbour acrescenta que, para dar um ordenamento nesse processo, é necessário que os

municípios de médio porte, que apresentam grande poder de influência sobre as cidades do entorno,

se organizem e façam um planejamento bem estruturado, o que deve incluir a adoção de políticas de

desenvolvimento de negócios e de capacitação de trabalhadores.

Relata o sócio da Deloite:

Isso pode melhorar a qualidade de vida nessas cidades e reter as pessoas, o que

evitaria a migração para os grandes centros urbanos, que já não suportam mais os

processos migratórios. (JABOUR, Edgar. 2010. p.5).

2.2 CIDADES DE MÉDIO PORTE

De acordo com Pereira (2005), um dos critérios mais utilizados na definição de cidades de

porte médio tem sido a dimensão demográfica. Ainda de acordo com a autora, quando se debate

sobre cidades de porte médio, trata-se mais de uma noção do que de um conceito. Dessa forma, para

se alcançar o objetivo proposto neste artigo, optou-se pela classificação de cidades de porte médio

como sendo o conjunto de cidades cuja população urbana residente situava-se entre 100 mil a 500

mil habitantes, presentes nos censos demográficos de 1970 e 2000. Essa classificação é utilizada em

trabalhos de autores como: Santos (2005), Braga (2005), Maricato (2001), Amorim Filho e Serra

(2001), Brito, Horta e Amaral (2001), Andrade e Serra (2001a) e Lima (1998). Vale ressaltar que o

enfoque está sobre as cidades de porte médio ao invés das cidades pequenas, porque é inevitável a

necessidade de uma escala mínima urbana, mesmo sabendo que uma cidade de porte médio esteja

fortemente associada a sua funcionalidade com seu em torno.

São aquelas cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. As cidades de porte

médio, a partir da década de 60, vêm aumentando consideravelmente sua participação no total dos

municípios do país, na distribuição regional da população e, de modo geral, na influência da rede

urbana nacional (BRITO; HORTA; AMARAL, 2001).

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Crescimento Desordenado das Cidades de Médio Porte

04 Cascavel, Abril 2012

De acordo com a pesquisa Reflexões sobre os Deslocamentos Populacionais no Brasil, do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são as cidades com menos de 500 mil

habitantes que mais crescem em densidade populacional na ultima década.

De acordo com França e Soares (2007), a definição ou o conceito de cidade média remete

aos estudos de pesquisadores, órgãos governamentais e planejadores urbanos. Do ponto de vista do

nível hierárquico das cidades, uma cidade média é aquela que se localiza entre a grande cidade e a

pequena cidade, tendo dessa forma, uma posição intermediária.

Segundo Lustosa (2000), os municípios de médio porte, em geral, são cidades-pólo de suas

microrregiões, exercendo papel de grande importância junto aos municípios de sua área de

influência.

Para França, et al (2007), as cidades médias representam importantes centros econômicos e

demográficos, definindo novos papéis frente a recente organização territorial brasileira. As atuais

dinâmicas de consumo e produção que se estabelecem nos espaços intra-urbanos dessas cidades

influenciam e são igualmente condicionadas pelos novos arranjos territoriais e econômicos relativos

à produção e consumo do espaço urbano.

Verifica-se também o crescimento ou o fortalecimento de centros de médio porte, que,

reunindo condições favoráveis de infra-estrutura e de qualidade de vida, passa a ter

reforçada sua competitividade na atração de novos investimentos. Esses centros já

receberam os impactos do investimento produtivo, ao mesmo tempo que, produzindo

sinergia com outras cidades próximas, conformam áreas de grande dinamismo [...]. (IBGE,

2002, p.89).

Para Rochefort (1998), as ações de desenvolvimento das cidades médias objetivavam:

(...) desenvolver, prioritariamente, algumas cidades médias para refrear o crescimento das

metrópoles e, à medida que as cidades são escolhidas no interior do território, levar para

esses espaços subdesenvolvidos atividades e homens que permitam um desenvolvimento

da economia regional. (ROCHEFORT, 1998, p. 93).

Amorim e Serra (2001) alertam que a posição que as cidades médias ocupam no interior de

um país não é fechada ou está pronta e inacabada, visto que uma cidade média não é média, ela está

média em uma determinada situação e em um contexto específico. Essa posição pode permanecer

por muito tempo, não obstante a cidade média pode se elevar à categoria de cidade grande. Para que

qualquer uma dessas duas situações ocorra, no entanto, uma condição prevalecente será a situação

socioeconômica dessas cidades, que se relaciona à sua economia, rede de consumo, infra-estrutura e

potencialidades, entre outros.

Soares (2005) confirma esse crescimento quando diz que um “número cada vez maior de

cidades vem apresentando um crescimento demográfico expressivo, pois em 1960 elas eram em

número de 60 e, em 2000, 188 com um crescimento demográfico na última década do século XX de

2,02%”. O IBGE confirmou a existência de 193 cidades médias no Brasil em 2000.

Há que se considerar também a localização espacial da cidade média, pois, se ela está isolada

em uma determinada região, esse fato pode indicar dificuldade de autonomia e de

manutenção de sua posição de cidade média. Além disso, essa cidade pode estar sob a

influência direta ou indireta de uma metrópole nacional, metrópole regional, de uma capital

estadual ou se posicionar próxima a uma importante cidade, o que, provavelmente, confere-

lhe maiores possibilidades de desenvolvimento e crescimento. Todos esses fatores tornam

cada cidade média singular no espaço e no tempo em que se localizam. (Soares, 1999, p. 3).

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Crescimento Desordenado das Cidades de Médio Porte

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2.3 CASCAVEL E OUTRAS CIDADES BRASILEIRAS

Até o final da década de 80 a região que mais absorvia população oriunda do campo ou

mesmo de centros menos desenvolvidos era a Região Sudeste brasileira de maneira geral os estados

de São Paulo e Rio de Janeiro e na maioria das vezes vindas da Região Nordeste do Brasil, porém o

quadro se modificou a partir da metade da década de 90 do século XX, quando a Região Centro-

Oeste brasileira passou a absorver grande parte da migração registrada no país, sendo que os estados

que mais atraíram migrantes foi Maranhão, Pernambuco, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do

Sul, Mato Grosso do Sul, isso nos últimos quinze anos.

O fato é que as expectativas de crescimento eram sobre as metrópoles da Região Sudeste do

Brasil que absorviam boa parte da população repudiada de outras regiões, porém por diversos

fatores esse movimento migratório se inverteu tornando outros centros até então não tão atraentes

em grandes centros de absorção das populações de regiões distintas e com elas as indústrias que por

incentivos fiscais ou até mesmo por interesse em sair das regiões com acúmulo de indústrias

procuraram se instalar em locais que hoje se tornam grandes potências regionais.

Esse fator passou a ser de suma importância para que se tomem as devidas providências em

tempo hábil para que cidades de médio porte não passem a apresentar as características já próprias

de cidades grandes. Quando ocorreu a ocupação desordenada das cidades do Sudeste do Brasil não

havia estudos e planejamentos que pudessem de forma eficaz conter tal ocupação ou até mesmo

descentraliza lá. Segundo o site do município de Cascavel-Pr, hoje Cascavel é uma cidade que

cresceu em torno de 49% nos últimos dezesseis anos, sendo que o país cresceu 25% e o Estado do

Paraná 21% no mesmo período, tal cidade com sessenta anos e já possui uma população de quase

trezentos mil habitantes, sete parques industriais e em crescente absorção de migrantes regionais.

Por outro lado, segundo o IBGE, cidades como São Paulo no ano de 2000 possuía

10.434.252 habitantes e em 2011 estava com 11.316.149 habitantes, ou seja, obteve um aumento de

praticamente 10% em onze anos. Esses dados fornecidos pelo IBGE dão uma idéia da referida

tendência de aquecimento da migração rumo a outras cidades, das que eram alvo nos anos 80, hoje

a de médio porte é tendenciosamente atrativa em diferentes regiões, no geral o estado de São Paulo

obteve entre 2004 e 2009 um saldo líquido migratório negativo, 215.308 habitantes saíram do

estado, provando que há uma nova rota migratória, rumo a diferentes regiões.

Dessa forma pode se ter a real ideia de qual poderá ser o destino destas cidades que hoje são

atrativas, e que necessitam de cuidados na forma correta de ocupação, criando meios de controle

populacional, de emissão de poluentes, fontes de recursos naturais, qualidade de vida de um modo

geral, propiciando condições de reestruturação em qualquer tempo, fazendo com que essas cidades

permaneçam atrativas mesmo com grandes populações, ou quem sabe que se possa inclusive criar

incentivo a indústrias de caráter agrário, evitando acúmulo populacional.

2.4 DESIGUALDADE SOCIAL

Assim sendo o crescimento desordenado não é algo que se pode sentir em dado momento,

mas sim algo que se fará presente no decorrer daquele desenvolvimento tão almejado sendo assim

algo anexado, pois com o desenvolvimento vem seus problemas como aumento populacional, com

surgimento de favelas e consequente aumento da violência e precariedade dos serviços dos órgãos

públicos para atender a demanda da população. Dado esse bem demonstrado na pesquisa da

Fiocruz-Fundação Oswaldo Cruz na capital do Rio de Janeiro, no Laboratório de

Geoprocessamento do Cict - Centro de Informação Científica e Tecnológica a pesquisa revela que

na Capital Carioca surgiram 69 favelas entre os anos de 1991 e 2000 e o aumento da população na

cidade foi de 6,77% (371.146 pessoas) enquanto que a população das favelas aumentou quase 25%

(1.092.958 pessoas).

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Crescimento Desordenado das Cidades de Médio Porte

06 Cascavel, Abril 2012

De acordo com Orson Camargo graduado em Sociologia e Política pela Escola de

Sociologia e Política de São Paulo-FESPSP. Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de

Campinas – UNICAMP, colaborador Brasil Escola:

O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos

tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até

desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a

desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de

desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda. No Brasil, a

desigualdade social tem sido um cartão de visita para o mundo, pois é um dos países

mais desiguais. Segundo dados da ONU, em 2005 o Brasil era a 8º nação mais

desigual do mundo. O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, divulgou em

2009 que a do Brasil caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de 1, maior a

desigualdade), porém esta ainda é gritante.

Baseado em que Orson sustenta, a desigualdade começa em falta de oportunidades,

passando por necessidades de estrutura em ensino. Se faz ver que o planejamento de um centro

urbano tem inúmeras consequências e que estas afetarão a população em seu todo, inclusive tendo

interferência nos resultados de cunho social.

2.5 TRÂNSITO

As cidades estão dispostas em territórios extensos que fazem com que pessoas e mercadorias

necessitem ser deslocadas, isso interfere em diferentes aspectos, inclusive no meio ambiente devido

à quantidade de poluentes que os veículos despejam na atmosfera. Ainda que hoje o trânsito influi

também na saúde das pessoas, pois pode ser relacionado inclusive a males como stress e problemas

cardíacos devido a grandes períodos que as pessoas passam em congestionamentos, sendo esse um

dos vilões resultantes de um crescimento desordenado.

É o que mostra a reportagem da UOL exibida em 16/09/2009:

Segundo o órgão que cuida do trânsito no Brasil, no mês de abril de 2009 existiam no

Brasil 32,7 milhões de automóveis, 11,4 milhões de motocicletas e 407,6 mil ônibus. No

ano de 1999, dez anos atrás, esses números eram 18,8 milhões, 3,0 milhões e 243 mil,

respectivamente. O aumento de veículos nessa magnitude em tão pouco tempo nas estradas

e nas ruas de nossas cidades só poderia levar a isso: caos, sofrimento, perdas, atraso para o

pregresso do país e aumento do custo Brasil. São nas grandes cidades, onde está a maioria

das pessoas com maior poder aquisitivo e que, portanto, possuem recursos para comprarem

os veículos que entram no mercado.

Desta forma, as grandes e médias cidades concentram a maior parte dos veículos que estão

rodando atualmente. As pessoas com o maior poder aquisitivo e, consequentemente,

proprietárias de veículos, geram um custo infinitamente maior do que as pessoas com renda

mais baixa em termos uso de combustíveis e poluição. Por exemplo, uma pessoa que ganha

R$ 3.600,00 e outra que ganha um pouco abaixo de um salário mínimo possuem uma

diferença monumental com relação aos custos sociais do uso de transporte. As primeiras

consomem energia nove vezes mais do que a segunda, consomem onze vezes mais

combustíveis, colocam quatorze vezes mais poluentes na atmosfera e provocam quinze

vezes mais acidentes de trânsito.

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Crescimento Desordenado das Cidades de Médio Porte

07 Cascavel, Abril 2012

3 METODOLOGIA

Para a confecção deste trabalho foi utilizada a pesquisa bibliográfica, na qual foi embasada

nos livros Fundamentos da Metodologia de Barros (2000) e Lehfeld (2000) e Metodologia

Cientifica de Cervo (2002) e Bervian (2002).

De acordo com os autores:

A pesquisa bibliográfica é necessária para que se tenham trabalhos inéditos, para

isso é indispensável o levantamento e seleção de uma bibliografia, sendo pré-

requisito para elaboração das características de um objeto de estudo. BARROS e

LEHFELD. 2000. p.

A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referencias

teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independente ou como parte

da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e

analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existente sobre um

determinado assunto, tema ou problema. CERVO e BERVIAN. 2002. p.

4 DISCUSSÃO

O convívio da civilização retoma inúmeros assuntos que entornam tão complexo aspecto de

convivência em sociedade. Vida essa em sociedade que é inerente do ser humano e quando esse

convívio é englobado por uma grande quantidade de pessoas e instrumentos necessários para tal,

isso demanda suporte a fim de proporcionar condições estruturais para condicionar os ambientes

utilizados para humanos e suas necessidades.

É transparente a imagem mutante que se vê do convívio em sociedade e a aglomeração das

pessoas. Nos primórdios era um benefício aos grandes grupos conviverem juntos e hoje é motivo de

preocupação, haja vista o acumulo demasiado de pessoas e o atual leque de necessidades que se

fazem presentes no dia a dia atual.

O fato é que não mais de alimentação e moradia o ser humano se dá por contente, a

sociedade atual é munida de ciência, tecnologia, religião, cultura, esportes, entretenimento, entre

outras atividades que de maneira direta ou indireta influenciam no atual cenário da vida em

sociedade. E se toda essa mudança nos hábitos não fosse o suficiente há a realidade do aumento

exagerado da população.

Com tantos aspectos que foram alterados no decorrer da história, a necessidade de adaptação

do meio que se vive e de formas de suprir as devidas demandas é fato presente na nova concepção

de sociedade, pois não só o bem estar do homem está em jogo, mas também a própria manutenção

da espécie, tendo em vista o aumento crescente de poluentes emitidos e a má preservação do meio

ambiente que põem em risco o futuro.

As cidades estão com acumulo cada dia maior de pessoas e serviços que devem ser

reestruturados constantemente a fim de dar condições de convívio à sociedade de maneira geral.

Esse aumento populacional tem seus reflexos negativos aumentados proporcionalmente, pois as más

condições de moradia, a falta de transporte público eficaz e deficiência nos serviços acarretam

problemas como violência urbana e condições inadequadas de sobrevivência.

Esses aspectos já estão presentes na maioria dos grandes centros, onde o acúmulo da

população de maneira geral que vive em condições inadequadas, por falta de segurança, ou de

transporte, ou até mesmo vivendo em condições subumanas, sem moradia ou o que comer,

demonstrando assim toda influência direta do crescimento desordenado, que hoje faz com que esses

problemas se tornem incorrigíveis.

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Crescimento Desordenado das Cidades de Médio Porte

08 Cascavel, Abril 2012

As cidades de médio porte, que são foco de um novo movimento migratório, crescem de

maneira animadora, porém em um pequeno espaço de tempo devem apresentar as mesmas carências

vitais presentes nas grandes cidades. Constata-se então que as devidas correções devem ser tomadas

a tempo de evitar as consequências indesejadas, pois é sabido que o concerto é utópico.

Sob esse mesmo ponto de vista que se torna relevante a ideia de que as cidades de um modo

geral devem possuir um planejamento adequado que vislumbre um futuro provável e que supra as

necessidades da sociedade, com aplicação rigorosa de normas e diretrizes que apontem um norte

que beneficie a coletividade.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desta forma se faz necessária uma nova visão em se tratando de urbanização, os grandes

centros estão superlotados e as cidades de médio porte estão crescendo em média mais do que as

cidades consideradas grandes centros, e assim exteriorizando um novo problema para gestão

pública, pois a tomada de providências a fim de minimizar os efeitos negativos que assolam os

grandes centros, antes que eles apresentem-se nessas cidades de porte médio, ou mesmo procurar

alternativas a fim de viabilizar um número maior de investimentos e incentivos para que não só em

assentamentos haja população no campo.

O crescimento das cidades de um modo geral é bem mais acelerado nas últimas décadas

devido à demanda da população ou até mesmo pelo crescimento populacional, que faz com que

estruturas criadas para suportar esse crescimento logo se tornem obsoleto, pois não mais cumprem

sua finalidade, precisando ser ampliadas ou substituídas. Claro que problemas são difíceis de

resolver até mesmo no âmbito familiar ou no trabalho, seria utópico dizer que há receita única que

pode ser implantada para solucionar os problemas urbanos, porém o mínimo em infraestrutura de

transporte, saúde dentre outros serviços básicos é essencial para suportar o aumento populacional

nas diversas novas metrópoles regionais que, hoje, são vistas como potencialidades.

Não há como negar que o crescimento seria algo muito bom para uma localidade, mas com

ele vêm seus inconvenientes dos quais se formam as desordens, assim cabe a quem esteja à frente

das políticas urbanas de cada localidade agindo previamente para que os efeitos negativos sejam

minimizados com atitudes antecipadas primando pelo bem estar daqueles que ali procuram

qualidade de vida e meios de auferir lucros em produção, calculando os efeitos que tal

desenvolvimento trará e que fatores deverão receber atenção para garantir que o crescimento não

faça com que localidades caminhem para trás.

REFERÊNCIAS

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da expansão urbana versus o comportamento da rede de distribuição de água da cidade de

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