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O POTENCIAL DE DESENVOLVIMENTO DOS MUNICIacutePIOS DA METADE SUL
DO RIO GRANDE DO SUL UMA ABORDAGEM ATRAVEacuteS DA ANAacuteLISE FATORIAL
Adayr da Silva Ilha1
Clailton Ataiacutedes de Freitas2
Daniel Arruda Coronel3
Fabiano Dutra Alves4
RESUMO
Este trabalho consiste na mensuraccedilatildeo do grau de desenvolvimento relativo dos municiacutepios da Mesorregiatildeo Metade Sul do Rio Grande do Sul atraveacutes da anaacutelise de multi-variaacuteveis O instrumental utilizado fundamenta-se na Anaacutelise Fatorial que possibilitaraacute classificar os municiacutepios atraveacutes do seu niacutevel de desenvolvimento O artigo tem como objetivo hierarquizar os municiacutepios de abrangecircncia da Metade Sul do Estado do Rio Grande do Sul levando em consideraccedilatildeo o potencial de desenvolvimento econocircmico e social de cada municiacutepio para tanto foi utilizado um banco de dados constituiacutedo no MILAUFSM tendo como fontes principais oacutergatildeos nacionais e estaduais de pesquisa como o IBGE e FEE Como resultado final foi possiacutevel elencar o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul de acordo com seus principais fatores para o ano de 1990 e 2000 Propiciando assim verificar o estaacutegio em que se encontra o processo de desenvolvimento dos municiacutepios desta regiatildeo aleacutem de permitir visualizar a evoluccedilatildeo destes municiacutepios ao longo do periacuteodo analisado
PALAVRAS CHAVES Potencial de desenvolvimento Metade Sul Anaacutelise fatorial
Aacuterea temaacutetica localizaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo regional do desenvolvimento
1INTRODUCcedilAtildeO
O processo de desenvolvimento econocircmico no Rio Grande do Sul do ponto de vista do
crescimento econocircmico apresenta uma situaccedilatildeo iacutempar no Estado onde as estruturas produtivas e os
processos de desenvolvimento econocircmico se demonstraram totalmente diacutespares Dentro deste
contexto histoacuterico-estrutural do Estado seraacute desenvolvida uma anaacutelise do potencial de
desenvolvimento dos municiacutepios da metade Sul do Rio Grande do Sul na perspectiva de se
verificar a dinacircmica econocircmica desta mesoregiatildeo do Estado Com efeito os estudos no campo da
economia regional demonstram que do ponto de vista das disparidades regionais essa regiatildeo
apresenta uma situaccedilatildeo suigeneres onde as estruturas produtivas e os processos de desenvolvimento
econocircmico tecircm se demonstrado significativamente estagnados Sobretudo por serem cada vez mais
excludentes tais disparidades regionais tornaram-se tatildeo notoacuterias e evidentes a ponto do Governo
Federal implantar uma poliacutetica proacutepria e especial para a regiatildeo atraveacutes do BNDES Quase que
concomitantemente vecircem agrave baila uma seacuterie de poliacuteticas regionais (seja estadual ou nacional) para
tentar resolver os ditos problemas da Metade Sul O fato determinante eacute que a regiatildeo foi encarada
Texto produzido a partir de pesquisa realizada no Nuacutecleo de Estudos Multidisciplinar do Mestrado em Integraccedilatildeo Latino-Americana da UFSM 1 Dr Em economia pela UFV professor do Curso de Mestrado em Integraccedilatildeo Latino-Americanas e professor do Curso de Ciecircncias Econocircmicas pesquisador CNPQ Adayrccshufsmbr 2 Dr em economia pela USPEsalq professor do Curso de Mestrado em Integraccedilatildeo Latino-Americanas e professor do Curso de Ciecircncias Econocircmicascafccshufsmbr 3 Mestrando do curso de agronegoacutecio da UFRGS bolsista CNPQ danielcoronelmailufsmbr 4 Mestre em Integraccedilatildeo Latino-Americana pela UFSM professor da UEMS pesquisador CNPQ Fabianofdauemsbr
2
como um problema regional Neste contexto a regiatildeo passou a demandar poliacuteticas e planos que
potencializassem suas atividades econocircmicas e que tivessem por finalidade revitalizar seus setores
produtivos
De acordo com autores como Andreoli (1989) Alonso (1994) Bandeira (1994) Almeida
(1990) Engevix (1997) Schuch (2000) Schmidt amp Herrlein Jr (2001) Ilha et al (2002) diversos e
variados foram os fatores5 que levaram a essa desigualdade repercutindo inclusive na retraccedilatildeo
populacional da Metade Sul Por outro lado ocorreu a expansatildeo da Metade Norte pela soma de
vaacuterios aspectos Todavia eles estatildeo ligados sem sombra de duacutevida agraves questotildees conjunturais da
dinacircmica demograacutefica6 A dinacircmica populacional pode ser considerada uma das variaacuteveis
determinantes para o surgimento de economias de aglomeraccedilatildeo7 que se instalaram nas
proximidades de Porto Alegre constituindo-se em um dos principais fatores de inibiccedilatildeo e da
desestruturaccedilatildeo dos setores produtivos da Metade Sul8 Estas caracteriacutesticas do processo de
desenvolvimento proporcionaram a maior expansatildeo e diversificaccedilatildeo industrial da Metade Norte e
em contrapartida ocorreu um baixo crescimento na Metade Sul Este processo eacute explicado pela
transferecircncia de capitais do comeacutercio de produtos agriacutecolascoloniais para a induacutestria (movimento
natildeo visto na Metade Sul) sobretudo destacando-se a estrutura dos mercados consumidores das duas
regiotildees onde a Metade Norte apresenta uma renda menos concentrada e a Metade Sul em
contrapartida9 apresentava e ainda apresenta iacutendices com alta concentraccedilatildeo de renda Soma-se a
este conjunto de fatores o capital social os traccedilos culturais e as caracteriacutesticas das regiotildees10
5 A questatildeo da imigraccedilatildeo o baixo niacutevel de renda da populaccedilatildeo da Metade Sul as grandes propriedades que facilitavam o processo d acumulaccedilatildeo em bases capitalistas constituindo um mercado pouco atrativo e centros urbanos com baixo potencial para atrair postos de trabalho 6 Neste sentido Bandeira (1994 p 11) argumenta que estas diferenccedilas de crescimento populacional[] decorreram da accedilatildeo conjunta de diversos fatores cuja influecircncia eacute difiacutecil de distinguir de forma precisa Dentre eles os principais parecem ter sido as migraccedilotildees internas e o padratildeo de assentamento dos imigrantes oriundos do exterior que entraram no Rio Grande do Sul a partir das uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo passado embora se possa cogitar da ocorrecircncia de diferenccedilas regionais quanto agrave fertilidade agrave mortalidade e a nupcialidade 7 Satildeo aglomeraccedilotildees industriais que oferecem vantagens para a implantaccedilatildeo de novas empresas desencadeando uma dinacircmica proacutepria de crescimento As empresas que chegam se beneficiam do ambiente industrial criado pelas induacutestrias jaacute instaladas 8 Este fato eacute atribuiacutedo por que reduzia a capacidade de competir daquela regiatildeo e como consequumlecircncia agrave participaccedilatildeo da Metade Sul no processo de industrializaccedilatildeo tambeacutem foi reduzindo-se Dentro deste cenaacuterio as cidades da Metade Sul que dispunham de parques industriais relativamente competitivos como eacute o caso de Pelotas e Rio Grande viram a regiatildeo Nordeste expandir-se e diversificar sua produccedilatildeo enquanto isso as atividades industriais da Metade Sul foram perdendo espaccedilo e competitividade tanto em termos estaduais como a niacutevel nacional 9 As aacutereas coloniais mais densamente povoadas e com uma distribuiccedilatildeo de renda mais igualitaacuteria apresentavam um mercado mais amplo e adequado para manufaturas simples [] O Sul com sua concentraccedilatildeo de renda e com uma populaccedilatildeo mais dispersa contava com um mercado menos propiacutecio para sustentar a continuidade de uma industrializaccedilatildeo baseada na produccedilatildeo de bens de consumo corrente de pouca sofisticaccedilatildeo com empreendimentos voltados essencialmente para mercados locais (Almeida 1990) 10 Sheneider amp Lubeck (2003) ao analisarem as caracteriacutesticas sociais das duas regiotildees do Estado verificam que as trajetoacuterias histoacutericas diferenciadas resultaram em diferenccedilas sociais e culturais gerando vocaccedilotildees diferenciadas para o associativismo e cooperaccedilatildeo o que em grande medida acaba sendo um potencial em termos de desenvolvimento econocircmico e institucional Para um aprofundamento da relevacircncia do capital social para o desenvolvimento econocircmico ver Putnam (1996)
3
Dentro deste cenaacuterio de desigualdade regional o artigo pretende apontar o potencial de
desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul Desta forma a anaacutelise fatorial destes municiacutepios
pode demonstrar de maneira empiacuterica os principais setores e variaacuteveis que dinamizam e auxiliam no
desenvolvimento destes municiacutepios A abordagem atraveacutes de dois periacuteodos (1990 e 2000)
possibilita verificar a dinacircmica do desenvolvimento identificando se os municiacutepios continuam com
suas mesmas caracteriacutesticas socioeconocircmicas ou natildeo Para que esta abordagem seja possiacutevel o
trabalho estaacute fundamentado na utilizaccedilatildeo de variaacuteveis selecionadas que proporcionam a)
identificar os setores que apresentam maior contribuiccedilatildeo no desenvolvimento soacutecioeconocircmico dos
municiacutepios b) apontar com base nos resultados os municiacutepios que mais se destacam de acordo com
os grupos de desenvolvimento Para tanto o artigo aleacutem desta introduccedilatildeo apresenta uma abordagem
metodoloacutegica e conceitual do meacutetodo de anaacutelise multivariada (SPSS) apoacutes satildeo analisados os
resultados do modelo onde eacute verificado o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios da Metade
Sul
2 ANAacuteLISE FATORIAL ABORDAGEM CONCEITUAL E METODOLOacuteGICA
A abordagem recorre a teacutecnica estatiacutestica multivariada denominada de anaacutelise fatorial
(factory analisis) que permite em primeiro lugar explicar de maneira funcional as relaccedilotildees mais
importantes entre as variaacuteveis e em segundo lugar interpretar as relaccedilotildees que surgem
especificamente em cada fator Para a caracterizaccedilatildeo de uma realidade especiacutefica podem-se
agrupar as variaacuteveis que estatildeo mais diretamente correlacionadas A teacutecnica de agrupamento de
variaacuteveis eacute conhecida como anaacutelise fatorial enquanto a teacutecnica de agrupamento de objetos ou
indiviacuteduos eacute conhecida como anaacutelise de agrupamento (cluster analysis) Assim a anaacutelise fatorial
expressa o comportamento de um nuacutemero relativamente grande de variaacuteveis elencadas em termos
de um nuacutemero relativamente pequeno de variaacuteveis latentes ou fatores Essas variaacuteveis em termos
econocircmicos estatildeo de alguma maneira correlacionada
A este respeito Gontijo amp Aguirre (1988) destacam trecircs objetivos da anaacutelise fatorial i) obter
o menor nuacutemero de variaacuteveis a partir do material original e reproduzir toda a informaccedilatildeo de forma
resumida ii) obter os fatores que reproduzam um padratildeo separado de relaccedilotildees entre as variaacuteveis11
iii) interpretar de forma loacutegica o padratildeo de ralaccedilotildees entre as variaacuteveis
O pressuposto da anaacutelise fatorial ressaltado por Gontijo amp Aguirre (1988) de existir certos
fatores causais gerais que originam as correlaccedilotildees observadas entre as variaacuteveis Assim
11 O fator eacute gerado por meio de transformaccedilotildees linear das variaacuteveis em estudo Para maiores detalhes ver Hoffmann (1999)
4
considerando que muitas relaccedilotildees entre as variaacuteveis satildeo provavelmente derivadas dos mesmos
fatores causais gerais o nuacutemero de fatores tenderaacute a ser menor que o nuacutemero de variaacuteveis
Nesta perspectiva a anaacutelise fatorial pode ser criticada em um ponto ao selecionar as
relaccedilotildees mais importantes ajuda a interpretar as relaccedilotildees que surgem de cada fator separado Como
as escolhas e as interpretaccedilotildees satildeo em maior ou menor medidas subjetivas natildeo se pode assegurar
que essas relaccedilotildees sejam as uacutenicas e verdadeiras Apesar dessa criacutetica o meacutetodo da anaacutelise fatorial eacute
uma ferramenta importante para a definiccedilatildeo de um padratildeo de relaccedilotildees especiacuteficas
Com base em Hoffmann (1999) e Gontijo amp Aguirre (1988) apresenta-se o modelo baacutesico
de anaacutelise fatorial que seraacute usado no presente estudo Eacute proacuteprio nesse modelo que cada variaacutevel
observada xi represente uma combinaccedilatildeo linear dos n componentes principal Assim cada uma das
ieacutesimas variaacuteveis eacute uma combinaccedilatildeo de m (sendo m lt n) fatores comuns e de um fator especiacutefico
Portanto considerando a i-eacutesima variaacutevel pode-se representar matematicamente o modelo de anaacutelise
fatorial como
ijimjimjijiij yufafafax 2211 (1)
onde pjf representa o valor da p-eacutesimo fator comum para a j-eacutesima observaccedilatildeo ipa (com p =
1m) com m representando os fatores comuns e ui satildeo coeficientes e yij representa o valor do i-
eacutesimo fator especiacutefico para a j-eacutesima observaccedilatildeo
No modelo de anaacutelise fatorial pressupotildee-se a condiccedilatildeo de ortogonalidade isto eacute cada um dos
fatores especiacuteficos yi eacute ortogonal com todos os m fatores comuns12 Aleacutem disso pressupotildee-se
tambeacutem que todos os fatores tecircm meacutedia zero e os respectivos vetores no espaccedilo L-dimensional tecircm
moacutedulo igual a 1 ou seja
1
0
22
j jijpj
j jijpj
yf
yf
com p = 1 m e i = 1 n (2)
Em notaccedilatildeo matricial a equaccedilatildeo (1) poderaacute ser representada por
X = AF + UY (3)
sendo a matriz XnxL Anxm FmxL YnxL e U eacute a matriz diagonal Onde n indica o nuacutemero de variaacuteveis
L eacute o nuacutemero de observaccedilotildees de cada uma dessas variaacuteveis m representa os fatores comuns
Considerando as condiccedilotildees impostas pelo sistema de equaccedilotildees (2) e a ortogonalidade entre
os n-eacutesimos fatores especiacuteficos e os m-eacutesimos fatores comuns resulta em
YY = In e FF = In (4)
FY = 0 sendo 0 uma matriz de m x n de zeros (5)
12 A condiccedilatildeo de ortogonalidade admite que os fatores comuns natildeo sejam correlacionados entre si
5
Considerando que a matriz de correlaccedilatildeo R eacute dada por XX e com base nas equaccedilotildees (3)
(4) pode-se definir a nova formulaccedilatildeo matemaacutetica para R isto eacute
R = AA + UU (6)
Um elemento da diagonal de R pode ser representado como
1 = 2
1
2
1
2i
m
pip
L
jij uax
(7)
Na anaacutelise fatorial os elementos da diagonal principal da matriz R representado pelo uacuteltimo
membro da equaccedilatildeo (7) satildeo denominados de comunalidade da variaacutevel Comunalidade13 significa
que parte da variacircncia eacute explicada pelos fatores comuns Matematicamente ela eacute definida por
m
pipi ah
1
22 (8)
O 2iu eacute a proporccedilatildeo da variacircncia da i-eacutesima variaacutevel devida ao fator especiacutefico e eacute
denominada especificidade (uniqueness) da variaacutevel
Procedendo a multiplicaccedilatildeo de ambos os membros da equaccedilatildeo (1) por pjf somando em
relaccedilatildeo a j e admitindo a ortogonalidade entre os fatores comuns e especiacuteficos e com moacutedulo igual a
1 tem-se em notaccedilatildeo matricial
XF = A (9)
A i-eacutesima da matriz A denominada de estrutura de fatores eacute constituiacuteda pelos coeficientes
de correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns Os coeficientes da matriz A
ipa satildeo denominados de cargas fatoriais (factor loadings)
A questatildeo que se depara no estaacutegio atual do desenvolvimento do trabalho eacute a seguinte que
meacutetodos poderatildeo ser utilizados para efetuar a anaacutelise fatorial Hoffmann (1999) sugere o meacutetodo de
maacutexima verossimilhanccedila desde que se pressupotildee que os fatores tenham distribuiccedilatildeo normal o
meacutetodo dos fatores principais e meacutetodo dos componentes principais14
No meacutetodo dos fatores principais os m fatores comuns correspondem agraves m maiores raiacutezes
caracteriacutesticas da matriz R obtida a partir da substituiccedilatildeo dos elementos da diagonal principal por
estimativas das comunalidades das n variaacuteveis Esse meacutetodo pode ser aplicado de forma interativa
percorrendo os seguintes passos i) deve-se calcular as comunalidades e colocar esses valores na
matriz R ii) novamente as comunalidades satildeo calculadas e inseridas na matriz R iii) repete-se o
passo anterior ateacute que as comunalidades possam ser consideradas despreziacuteveis
13 As comunalidades se referem a parte da variabilidade de cada variaacutevel que eacute explicada no modelo para facilitar a interpretaccedilatildeo pode-se padronizar o valordas comunalidades de modo que seja expressa em termos percentuais (Lemos amp Assunccedilatildeo 2005) 14 Mais informaccedilotildees sobre os meacutetodos da anaacutelise fatorial poderaacute ser encontrado em Harman H H Modern factor analysis 3 ed The University of Chigaco Press Johnson R A Wichern D W Applied multivariate statistical analysis Prentice Hall
6
O mais simples dos meacutetodos utilizado na anaacutelise fatorial eacute o dos componentes principais O
procedimento eacute simples de posse da matriz R toma-se como fatores comuns os m componentes
principais dessa matriz
Com o propoacutesito de obter uma estrutura de fatores mais simplificada e facilitar a
interpretaccedilatildeo dos fatores eacute recomendaacutevel fazer a rotaccedilatildeo dos eixos dos fatores mantendo a
ortogonalidade Esse recurso iraacute gerar uma nova matriz de coeficiente de fatores n x m (cada coluna
dessa matriz aproxima-se de 0 ou 1) Com a rotaccedilatildeo dos eixos cada um dos novos fatores deveraacute
apresentar correlaccedilatildeo relativamente forte com uma ou mais variaacuteveis e correlaccedilatildeo relativamente
fraca com as demais variaacuteveis
Conforme salienta Hoffmann (1999) o VARIMAX eacute um dos criteacuterios mais usados nos
estudos de anaacutelise fatorial envolvendo a transformaccedilatildeo ortogonal (T) A seguir procede-se o
desenvolvimento algeacutebrico para obter-se a matriz de estrutura de fatores com a transformaccedilatildeo
ortogonal Admitindo que
TT = Im (10)
Considerando a matriz de correlaccedilotildees entre as variaacuteveis equaccedilatildeo (3) sem os fatores
singulares e a equaccedilatildeo (10) tem-se
X = ATT F (11)
Representando os produtos
T F = Q e AT = B (12)
onde Q gera uma nova matriz dos fatores e B uma nova matriz n x m de cargas fatoriais
Cabe ressaltar que essa rotaccedilatildeo natildeo altera a comunalidade das variaacuteveis A partir da equaccedilatildeo
(6) e com algumas operaccedilotildees matriciais envolvendo a equaccedilatildeo (12) obteacutem-se
R = BB + U2 (13)
Apoacutes multiplicar ambos os membros da equaccedilatildeo (9) por T e considerar os produtos dado em
(12) tem-se apoacutes a transformaccedilatildeo ortogonal a equaccedilatildeo matricial constituiacuteda pelos coeficientes de
correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns isto eacute
XQ = B (14)
Essa equaccedilatildeo matricial seraacute utilizada para a classificaccedilatildeo dos municiacutepios da Metade Sul
quanto ao seu potencial de desenvolvimento
Como afirma Rangel amp Kume (1983 p 12) diferenccedilas significativas das varaacuteveis (natildeo
relevantes na caracterizaccedilatildeo de um dado fator) observados em relaccedilatildeo agrave miacutedia podem levar a
distorccedilotildees significativas mesmo que os coeficientes fatoriais sejam baixos
Para a classificaccedilatildeo dos potenciais de desenvolvimento dos municiacutepios utilizou-se do
mesmo procedimento de Perobelli (1999) ou seja os escores fatoriais foram normalizados
7
tomando o maior valor igual a 100 e o menor igual a 0 sendo os valores intermediaacuterios obtidos por
interpolaccedilatildeo
Ainda seguindo os fundamentos teacutecnicos utilizados por Perobelli (1999) o trabalho
apresenta sete categorias de potencialidades de desenvolvimento dos municiacutepios
1) A primeira categoria eacute composta por municiacutepios que superam a meacutedia em dez desvios-
padratildeo esses municiacutepios satildeo classificado como potencial de desenvolvimento muitiacutessimo
alto (PDMA)
2) A segunda categoria supera a meacutedia entre dez e seis desvios-padratildeo esses municiacutepios satildeo
classificados como potencial de desenvolvimento muito alto (PDA)
3) A terceira categoria supera a meacutedia entre seis e dois desvios-padratildeo sendo os municiacutepios
classificados como potencial de desenvolvimento alto (PA)
4) A quarta categoria compreende o intervalo entre a meacutedia ou seja estaacute entre zero e dois
desvios-padratildeo com os municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de
desenvolvimento meacutedio (PDM)
5) A quinta categoria fica abaixo da meacutedia entre dois e seis desvios-padratildeo e os municiacutepios
enquadrados nessa categoria satildeo classificados como potencial de desenvolvimento baixo
(PB)
6) a sexta categoria situa-se abaixo da meacutedia entre e seis e dez desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muito baixo (PDB)
7) a seacutetima categoria situa-se abaixo da meacutedia em dez ou mais desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muitiacutessimo baixo
(PDMB)
A Tabela 1 apresenta um resumo das categorias que seratildeo utilizadas no presente trabalho
para classificar os municiacutepios de acordo com o seu grau de desenvolvimento
Tabela 1 Criteacuterio para a classificaccedilatildeo do grau de desenvolvimento dos municiacutepios
Potencial de Desenvolvimento Criteacuterio para a classificaccedilatildeo
PDMA 10D PDA 106D PA 62D PDM 20D PB 62D
8
PDB 106D PDMB 10D
Fonte compilaccedilatildeo proacutepria a partir dos dados dos autores
21 A construccedilatildeo da base de dados e as suas fontes
Este trabalho teve como fonte dos dados variaacuteveis que contemplam os setores produtivos e
os principais indicadores soacutecio-econocircmicos tais como variaacuteveis dos setor agropecuaacuterio agriacutecola do
setor industrial e comercial Indicadores populacionais que vatildeo desde o iacutendice social municipal
ampliado (ISMA) elaborado pela FEE ateacute a populaccedilatildeo total dos municiacutepios PIB per capita iacutendice
de retorno do ICMS valor adicionado fiscal per capita entre outros
Por se tratar variaacuteveis divididas em dois periacuteodos a proposta do trabalho eacute captar os setores
que contribuem para o desenvolvimento dos municiacutepios no periacuteodo denominado 1990 (mas que
tambeacutem utiliza variaacuteveis do Censo agropecuaacuterio de 1985 bem como do Anuaacuterio Estatiacutestico para o
ano de 1996) E para o periacuteodo de 2000 que aleacutem dos dados relativos ao ano 2000 apresenta
tambeacutem variaacuteveis censitaacuterias do ano de 1995 e indicadores do Anuaacuterio Estatiacutestico do RS para o ano
de 1999 Para verificar as variaacuteveis utilizadas no modelo ver Anexo A ( variaacuteveis utilizadas no
modelo)
3 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS
No presente trabalho foi analisado o potencial de desenvolvimento de 84 municiacutepios do Rio
Grande do Sul sendo utilizado 38 variaacuteveis trabalhadas em dois periacuteodos distintos o ano de 1990 e
o ano de 2000 As nomenclaturas dos iacutendices investigados satildeo equivalentes mudando apenas o
periacuteodo para posterior comparaccedilatildeo cuja finalidade eacute verificar o potencial de desenvolvimento dos
municiacutepios da Metade Sul no periacuteodo de 1990 e captar a mudanccedila ou natildeo em relaccedilatildeo ao ano de
2000 Buscando identificar se o potencial de cada municiacutepio aumentou diminuiu ou manteve-se na
mesma faixa A anaacutelise fatorial foi realizada atraveacutes do Software Statistical Package for Social
Science (SPSS) for Windows em que se aplicou uma rotaccedilatildeo ortogonal atraveacutes do criteacuterio Varimax
os fatores comuns (componentes) os valores das raiacutezes (eigenvalues) sua variaccedilatildeo individual e
acumulada bem como sua comunalidade encontram-se representados na Tabela 2 para o periacuteodo
de 1990 bem como para 2000
Com base nos resultados obtidos para o ano de 1990 observou-se que existem 11 fatores
correspondendo a raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 No entanto optou-se por analisar os cinco
primeiros fatores que satildeo suficientes para explicar 525 da variabilidade do conjunto das
9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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2
como um problema regional Neste contexto a regiatildeo passou a demandar poliacuteticas e planos que
potencializassem suas atividades econocircmicas e que tivessem por finalidade revitalizar seus setores
produtivos
De acordo com autores como Andreoli (1989) Alonso (1994) Bandeira (1994) Almeida
(1990) Engevix (1997) Schuch (2000) Schmidt amp Herrlein Jr (2001) Ilha et al (2002) diversos e
variados foram os fatores5 que levaram a essa desigualdade repercutindo inclusive na retraccedilatildeo
populacional da Metade Sul Por outro lado ocorreu a expansatildeo da Metade Norte pela soma de
vaacuterios aspectos Todavia eles estatildeo ligados sem sombra de duacutevida agraves questotildees conjunturais da
dinacircmica demograacutefica6 A dinacircmica populacional pode ser considerada uma das variaacuteveis
determinantes para o surgimento de economias de aglomeraccedilatildeo7 que se instalaram nas
proximidades de Porto Alegre constituindo-se em um dos principais fatores de inibiccedilatildeo e da
desestruturaccedilatildeo dos setores produtivos da Metade Sul8 Estas caracteriacutesticas do processo de
desenvolvimento proporcionaram a maior expansatildeo e diversificaccedilatildeo industrial da Metade Norte e
em contrapartida ocorreu um baixo crescimento na Metade Sul Este processo eacute explicado pela
transferecircncia de capitais do comeacutercio de produtos agriacutecolascoloniais para a induacutestria (movimento
natildeo visto na Metade Sul) sobretudo destacando-se a estrutura dos mercados consumidores das duas
regiotildees onde a Metade Norte apresenta uma renda menos concentrada e a Metade Sul em
contrapartida9 apresentava e ainda apresenta iacutendices com alta concentraccedilatildeo de renda Soma-se a
este conjunto de fatores o capital social os traccedilos culturais e as caracteriacutesticas das regiotildees10
5 A questatildeo da imigraccedilatildeo o baixo niacutevel de renda da populaccedilatildeo da Metade Sul as grandes propriedades que facilitavam o processo d acumulaccedilatildeo em bases capitalistas constituindo um mercado pouco atrativo e centros urbanos com baixo potencial para atrair postos de trabalho 6 Neste sentido Bandeira (1994 p 11) argumenta que estas diferenccedilas de crescimento populacional[] decorreram da accedilatildeo conjunta de diversos fatores cuja influecircncia eacute difiacutecil de distinguir de forma precisa Dentre eles os principais parecem ter sido as migraccedilotildees internas e o padratildeo de assentamento dos imigrantes oriundos do exterior que entraram no Rio Grande do Sul a partir das uacuteltimas deacutecadas do seacuteculo passado embora se possa cogitar da ocorrecircncia de diferenccedilas regionais quanto agrave fertilidade agrave mortalidade e a nupcialidade 7 Satildeo aglomeraccedilotildees industriais que oferecem vantagens para a implantaccedilatildeo de novas empresas desencadeando uma dinacircmica proacutepria de crescimento As empresas que chegam se beneficiam do ambiente industrial criado pelas induacutestrias jaacute instaladas 8 Este fato eacute atribuiacutedo por que reduzia a capacidade de competir daquela regiatildeo e como consequumlecircncia agrave participaccedilatildeo da Metade Sul no processo de industrializaccedilatildeo tambeacutem foi reduzindo-se Dentro deste cenaacuterio as cidades da Metade Sul que dispunham de parques industriais relativamente competitivos como eacute o caso de Pelotas e Rio Grande viram a regiatildeo Nordeste expandir-se e diversificar sua produccedilatildeo enquanto isso as atividades industriais da Metade Sul foram perdendo espaccedilo e competitividade tanto em termos estaduais como a niacutevel nacional 9 As aacutereas coloniais mais densamente povoadas e com uma distribuiccedilatildeo de renda mais igualitaacuteria apresentavam um mercado mais amplo e adequado para manufaturas simples [] O Sul com sua concentraccedilatildeo de renda e com uma populaccedilatildeo mais dispersa contava com um mercado menos propiacutecio para sustentar a continuidade de uma industrializaccedilatildeo baseada na produccedilatildeo de bens de consumo corrente de pouca sofisticaccedilatildeo com empreendimentos voltados essencialmente para mercados locais (Almeida 1990) 10 Sheneider amp Lubeck (2003) ao analisarem as caracteriacutesticas sociais das duas regiotildees do Estado verificam que as trajetoacuterias histoacutericas diferenciadas resultaram em diferenccedilas sociais e culturais gerando vocaccedilotildees diferenciadas para o associativismo e cooperaccedilatildeo o que em grande medida acaba sendo um potencial em termos de desenvolvimento econocircmico e institucional Para um aprofundamento da relevacircncia do capital social para o desenvolvimento econocircmico ver Putnam (1996)
3
Dentro deste cenaacuterio de desigualdade regional o artigo pretende apontar o potencial de
desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul Desta forma a anaacutelise fatorial destes municiacutepios
pode demonstrar de maneira empiacuterica os principais setores e variaacuteveis que dinamizam e auxiliam no
desenvolvimento destes municiacutepios A abordagem atraveacutes de dois periacuteodos (1990 e 2000)
possibilita verificar a dinacircmica do desenvolvimento identificando se os municiacutepios continuam com
suas mesmas caracteriacutesticas socioeconocircmicas ou natildeo Para que esta abordagem seja possiacutevel o
trabalho estaacute fundamentado na utilizaccedilatildeo de variaacuteveis selecionadas que proporcionam a)
identificar os setores que apresentam maior contribuiccedilatildeo no desenvolvimento soacutecioeconocircmico dos
municiacutepios b) apontar com base nos resultados os municiacutepios que mais se destacam de acordo com
os grupos de desenvolvimento Para tanto o artigo aleacutem desta introduccedilatildeo apresenta uma abordagem
metodoloacutegica e conceitual do meacutetodo de anaacutelise multivariada (SPSS) apoacutes satildeo analisados os
resultados do modelo onde eacute verificado o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios da Metade
Sul
2 ANAacuteLISE FATORIAL ABORDAGEM CONCEITUAL E METODOLOacuteGICA
A abordagem recorre a teacutecnica estatiacutestica multivariada denominada de anaacutelise fatorial
(factory analisis) que permite em primeiro lugar explicar de maneira funcional as relaccedilotildees mais
importantes entre as variaacuteveis e em segundo lugar interpretar as relaccedilotildees que surgem
especificamente em cada fator Para a caracterizaccedilatildeo de uma realidade especiacutefica podem-se
agrupar as variaacuteveis que estatildeo mais diretamente correlacionadas A teacutecnica de agrupamento de
variaacuteveis eacute conhecida como anaacutelise fatorial enquanto a teacutecnica de agrupamento de objetos ou
indiviacuteduos eacute conhecida como anaacutelise de agrupamento (cluster analysis) Assim a anaacutelise fatorial
expressa o comportamento de um nuacutemero relativamente grande de variaacuteveis elencadas em termos
de um nuacutemero relativamente pequeno de variaacuteveis latentes ou fatores Essas variaacuteveis em termos
econocircmicos estatildeo de alguma maneira correlacionada
A este respeito Gontijo amp Aguirre (1988) destacam trecircs objetivos da anaacutelise fatorial i) obter
o menor nuacutemero de variaacuteveis a partir do material original e reproduzir toda a informaccedilatildeo de forma
resumida ii) obter os fatores que reproduzam um padratildeo separado de relaccedilotildees entre as variaacuteveis11
iii) interpretar de forma loacutegica o padratildeo de ralaccedilotildees entre as variaacuteveis
O pressuposto da anaacutelise fatorial ressaltado por Gontijo amp Aguirre (1988) de existir certos
fatores causais gerais que originam as correlaccedilotildees observadas entre as variaacuteveis Assim
11 O fator eacute gerado por meio de transformaccedilotildees linear das variaacuteveis em estudo Para maiores detalhes ver Hoffmann (1999)
4
considerando que muitas relaccedilotildees entre as variaacuteveis satildeo provavelmente derivadas dos mesmos
fatores causais gerais o nuacutemero de fatores tenderaacute a ser menor que o nuacutemero de variaacuteveis
Nesta perspectiva a anaacutelise fatorial pode ser criticada em um ponto ao selecionar as
relaccedilotildees mais importantes ajuda a interpretar as relaccedilotildees que surgem de cada fator separado Como
as escolhas e as interpretaccedilotildees satildeo em maior ou menor medidas subjetivas natildeo se pode assegurar
que essas relaccedilotildees sejam as uacutenicas e verdadeiras Apesar dessa criacutetica o meacutetodo da anaacutelise fatorial eacute
uma ferramenta importante para a definiccedilatildeo de um padratildeo de relaccedilotildees especiacuteficas
Com base em Hoffmann (1999) e Gontijo amp Aguirre (1988) apresenta-se o modelo baacutesico
de anaacutelise fatorial que seraacute usado no presente estudo Eacute proacuteprio nesse modelo que cada variaacutevel
observada xi represente uma combinaccedilatildeo linear dos n componentes principal Assim cada uma das
ieacutesimas variaacuteveis eacute uma combinaccedilatildeo de m (sendo m lt n) fatores comuns e de um fator especiacutefico
Portanto considerando a i-eacutesima variaacutevel pode-se representar matematicamente o modelo de anaacutelise
fatorial como
ijimjimjijiij yufafafax 2211 (1)
onde pjf representa o valor da p-eacutesimo fator comum para a j-eacutesima observaccedilatildeo ipa (com p =
1m) com m representando os fatores comuns e ui satildeo coeficientes e yij representa o valor do i-
eacutesimo fator especiacutefico para a j-eacutesima observaccedilatildeo
No modelo de anaacutelise fatorial pressupotildee-se a condiccedilatildeo de ortogonalidade isto eacute cada um dos
fatores especiacuteficos yi eacute ortogonal com todos os m fatores comuns12 Aleacutem disso pressupotildee-se
tambeacutem que todos os fatores tecircm meacutedia zero e os respectivos vetores no espaccedilo L-dimensional tecircm
moacutedulo igual a 1 ou seja
1
0
22
j jijpj
j jijpj
yf
yf
com p = 1 m e i = 1 n (2)
Em notaccedilatildeo matricial a equaccedilatildeo (1) poderaacute ser representada por
X = AF + UY (3)
sendo a matriz XnxL Anxm FmxL YnxL e U eacute a matriz diagonal Onde n indica o nuacutemero de variaacuteveis
L eacute o nuacutemero de observaccedilotildees de cada uma dessas variaacuteveis m representa os fatores comuns
Considerando as condiccedilotildees impostas pelo sistema de equaccedilotildees (2) e a ortogonalidade entre
os n-eacutesimos fatores especiacuteficos e os m-eacutesimos fatores comuns resulta em
YY = In e FF = In (4)
FY = 0 sendo 0 uma matriz de m x n de zeros (5)
12 A condiccedilatildeo de ortogonalidade admite que os fatores comuns natildeo sejam correlacionados entre si
5
Considerando que a matriz de correlaccedilatildeo R eacute dada por XX e com base nas equaccedilotildees (3)
(4) pode-se definir a nova formulaccedilatildeo matemaacutetica para R isto eacute
R = AA + UU (6)
Um elemento da diagonal de R pode ser representado como
1 = 2
1
2
1
2i
m
pip
L
jij uax
(7)
Na anaacutelise fatorial os elementos da diagonal principal da matriz R representado pelo uacuteltimo
membro da equaccedilatildeo (7) satildeo denominados de comunalidade da variaacutevel Comunalidade13 significa
que parte da variacircncia eacute explicada pelos fatores comuns Matematicamente ela eacute definida por
m
pipi ah
1
22 (8)
O 2iu eacute a proporccedilatildeo da variacircncia da i-eacutesima variaacutevel devida ao fator especiacutefico e eacute
denominada especificidade (uniqueness) da variaacutevel
Procedendo a multiplicaccedilatildeo de ambos os membros da equaccedilatildeo (1) por pjf somando em
relaccedilatildeo a j e admitindo a ortogonalidade entre os fatores comuns e especiacuteficos e com moacutedulo igual a
1 tem-se em notaccedilatildeo matricial
XF = A (9)
A i-eacutesima da matriz A denominada de estrutura de fatores eacute constituiacuteda pelos coeficientes
de correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns Os coeficientes da matriz A
ipa satildeo denominados de cargas fatoriais (factor loadings)
A questatildeo que se depara no estaacutegio atual do desenvolvimento do trabalho eacute a seguinte que
meacutetodos poderatildeo ser utilizados para efetuar a anaacutelise fatorial Hoffmann (1999) sugere o meacutetodo de
maacutexima verossimilhanccedila desde que se pressupotildee que os fatores tenham distribuiccedilatildeo normal o
meacutetodo dos fatores principais e meacutetodo dos componentes principais14
No meacutetodo dos fatores principais os m fatores comuns correspondem agraves m maiores raiacutezes
caracteriacutesticas da matriz R obtida a partir da substituiccedilatildeo dos elementos da diagonal principal por
estimativas das comunalidades das n variaacuteveis Esse meacutetodo pode ser aplicado de forma interativa
percorrendo os seguintes passos i) deve-se calcular as comunalidades e colocar esses valores na
matriz R ii) novamente as comunalidades satildeo calculadas e inseridas na matriz R iii) repete-se o
passo anterior ateacute que as comunalidades possam ser consideradas despreziacuteveis
13 As comunalidades se referem a parte da variabilidade de cada variaacutevel que eacute explicada no modelo para facilitar a interpretaccedilatildeo pode-se padronizar o valordas comunalidades de modo que seja expressa em termos percentuais (Lemos amp Assunccedilatildeo 2005) 14 Mais informaccedilotildees sobre os meacutetodos da anaacutelise fatorial poderaacute ser encontrado em Harman H H Modern factor analysis 3 ed The University of Chigaco Press Johnson R A Wichern D W Applied multivariate statistical analysis Prentice Hall
6
O mais simples dos meacutetodos utilizado na anaacutelise fatorial eacute o dos componentes principais O
procedimento eacute simples de posse da matriz R toma-se como fatores comuns os m componentes
principais dessa matriz
Com o propoacutesito de obter uma estrutura de fatores mais simplificada e facilitar a
interpretaccedilatildeo dos fatores eacute recomendaacutevel fazer a rotaccedilatildeo dos eixos dos fatores mantendo a
ortogonalidade Esse recurso iraacute gerar uma nova matriz de coeficiente de fatores n x m (cada coluna
dessa matriz aproxima-se de 0 ou 1) Com a rotaccedilatildeo dos eixos cada um dos novos fatores deveraacute
apresentar correlaccedilatildeo relativamente forte com uma ou mais variaacuteveis e correlaccedilatildeo relativamente
fraca com as demais variaacuteveis
Conforme salienta Hoffmann (1999) o VARIMAX eacute um dos criteacuterios mais usados nos
estudos de anaacutelise fatorial envolvendo a transformaccedilatildeo ortogonal (T) A seguir procede-se o
desenvolvimento algeacutebrico para obter-se a matriz de estrutura de fatores com a transformaccedilatildeo
ortogonal Admitindo que
TT = Im (10)
Considerando a matriz de correlaccedilotildees entre as variaacuteveis equaccedilatildeo (3) sem os fatores
singulares e a equaccedilatildeo (10) tem-se
X = ATT F (11)
Representando os produtos
T F = Q e AT = B (12)
onde Q gera uma nova matriz dos fatores e B uma nova matriz n x m de cargas fatoriais
Cabe ressaltar que essa rotaccedilatildeo natildeo altera a comunalidade das variaacuteveis A partir da equaccedilatildeo
(6) e com algumas operaccedilotildees matriciais envolvendo a equaccedilatildeo (12) obteacutem-se
R = BB + U2 (13)
Apoacutes multiplicar ambos os membros da equaccedilatildeo (9) por T e considerar os produtos dado em
(12) tem-se apoacutes a transformaccedilatildeo ortogonal a equaccedilatildeo matricial constituiacuteda pelos coeficientes de
correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns isto eacute
XQ = B (14)
Essa equaccedilatildeo matricial seraacute utilizada para a classificaccedilatildeo dos municiacutepios da Metade Sul
quanto ao seu potencial de desenvolvimento
Como afirma Rangel amp Kume (1983 p 12) diferenccedilas significativas das varaacuteveis (natildeo
relevantes na caracterizaccedilatildeo de um dado fator) observados em relaccedilatildeo agrave miacutedia podem levar a
distorccedilotildees significativas mesmo que os coeficientes fatoriais sejam baixos
Para a classificaccedilatildeo dos potenciais de desenvolvimento dos municiacutepios utilizou-se do
mesmo procedimento de Perobelli (1999) ou seja os escores fatoriais foram normalizados
7
tomando o maior valor igual a 100 e o menor igual a 0 sendo os valores intermediaacuterios obtidos por
interpolaccedilatildeo
Ainda seguindo os fundamentos teacutecnicos utilizados por Perobelli (1999) o trabalho
apresenta sete categorias de potencialidades de desenvolvimento dos municiacutepios
1) A primeira categoria eacute composta por municiacutepios que superam a meacutedia em dez desvios-
padratildeo esses municiacutepios satildeo classificado como potencial de desenvolvimento muitiacutessimo
alto (PDMA)
2) A segunda categoria supera a meacutedia entre dez e seis desvios-padratildeo esses municiacutepios satildeo
classificados como potencial de desenvolvimento muito alto (PDA)
3) A terceira categoria supera a meacutedia entre seis e dois desvios-padratildeo sendo os municiacutepios
classificados como potencial de desenvolvimento alto (PA)
4) A quarta categoria compreende o intervalo entre a meacutedia ou seja estaacute entre zero e dois
desvios-padratildeo com os municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de
desenvolvimento meacutedio (PDM)
5) A quinta categoria fica abaixo da meacutedia entre dois e seis desvios-padratildeo e os municiacutepios
enquadrados nessa categoria satildeo classificados como potencial de desenvolvimento baixo
(PB)
6) a sexta categoria situa-se abaixo da meacutedia entre e seis e dez desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muito baixo (PDB)
7) a seacutetima categoria situa-se abaixo da meacutedia em dez ou mais desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muitiacutessimo baixo
(PDMB)
A Tabela 1 apresenta um resumo das categorias que seratildeo utilizadas no presente trabalho
para classificar os municiacutepios de acordo com o seu grau de desenvolvimento
Tabela 1 Criteacuterio para a classificaccedilatildeo do grau de desenvolvimento dos municiacutepios
Potencial de Desenvolvimento Criteacuterio para a classificaccedilatildeo
PDMA 10D PDA 106D PA 62D PDM 20D PB 62D
8
PDB 106D PDMB 10D
Fonte compilaccedilatildeo proacutepria a partir dos dados dos autores
21 A construccedilatildeo da base de dados e as suas fontes
Este trabalho teve como fonte dos dados variaacuteveis que contemplam os setores produtivos e
os principais indicadores soacutecio-econocircmicos tais como variaacuteveis dos setor agropecuaacuterio agriacutecola do
setor industrial e comercial Indicadores populacionais que vatildeo desde o iacutendice social municipal
ampliado (ISMA) elaborado pela FEE ateacute a populaccedilatildeo total dos municiacutepios PIB per capita iacutendice
de retorno do ICMS valor adicionado fiscal per capita entre outros
Por se tratar variaacuteveis divididas em dois periacuteodos a proposta do trabalho eacute captar os setores
que contribuem para o desenvolvimento dos municiacutepios no periacuteodo denominado 1990 (mas que
tambeacutem utiliza variaacuteveis do Censo agropecuaacuterio de 1985 bem como do Anuaacuterio Estatiacutestico para o
ano de 1996) E para o periacuteodo de 2000 que aleacutem dos dados relativos ao ano 2000 apresenta
tambeacutem variaacuteveis censitaacuterias do ano de 1995 e indicadores do Anuaacuterio Estatiacutestico do RS para o ano
de 1999 Para verificar as variaacuteveis utilizadas no modelo ver Anexo A ( variaacuteveis utilizadas no
modelo)
3 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS
No presente trabalho foi analisado o potencial de desenvolvimento de 84 municiacutepios do Rio
Grande do Sul sendo utilizado 38 variaacuteveis trabalhadas em dois periacuteodos distintos o ano de 1990 e
o ano de 2000 As nomenclaturas dos iacutendices investigados satildeo equivalentes mudando apenas o
periacuteodo para posterior comparaccedilatildeo cuja finalidade eacute verificar o potencial de desenvolvimento dos
municiacutepios da Metade Sul no periacuteodo de 1990 e captar a mudanccedila ou natildeo em relaccedilatildeo ao ano de
2000 Buscando identificar se o potencial de cada municiacutepio aumentou diminuiu ou manteve-se na
mesma faixa A anaacutelise fatorial foi realizada atraveacutes do Software Statistical Package for Social
Science (SPSS) for Windows em que se aplicou uma rotaccedilatildeo ortogonal atraveacutes do criteacuterio Varimax
os fatores comuns (componentes) os valores das raiacutezes (eigenvalues) sua variaccedilatildeo individual e
acumulada bem como sua comunalidade encontram-se representados na Tabela 2 para o periacuteodo
de 1990 bem como para 2000
Com base nos resultados obtidos para o ano de 1990 observou-se que existem 11 fatores
correspondendo a raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 No entanto optou-se por analisar os cinco
primeiros fatores que satildeo suficientes para explicar 525 da variabilidade do conjunto das
9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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3
Dentro deste cenaacuterio de desigualdade regional o artigo pretende apontar o potencial de
desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul Desta forma a anaacutelise fatorial destes municiacutepios
pode demonstrar de maneira empiacuterica os principais setores e variaacuteveis que dinamizam e auxiliam no
desenvolvimento destes municiacutepios A abordagem atraveacutes de dois periacuteodos (1990 e 2000)
possibilita verificar a dinacircmica do desenvolvimento identificando se os municiacutepios continuam com
suas mesmas caracteriacutesticas socioeconocircmicas ou natildeo Para que esta abordagem seja possiacutevel o
trabalho estaacute fundamentado na utilizaccedilatildeo de variaacuteveis selecionadas que proporcionam a)
identificar os setores que apresentam maior contribuiccedilatildeo no desenvolvimento soacutecioeconocircmico dos
municiacutepios b) apontar com base nos resultados os municiacutepios que mais se destacam de acordo com
os grupos de desenvolvimento Para tanto o artigo aleacutem desta introduccedilatildeo apresenta uma abordagem
metodoloacutegica e conceitual do meacutetodo de anaacutelise multivariada (SPSS) apoacutes satildeo analisados os
resultados do modelo onde eacute verificado o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios da Metade
Sul
2 ANAacuteLISE FATORIAL ABORDAGEM CONCEITUAL E METODOLOacuteGICA
A abordagem recorre a teacutecnica estatiacutestica multivariada denominada de anaacutelise fatorial
(factory analisis) que permite em primeiro lugar explicar de maneira funcional as relaccedilotildees mais
importantes entre as variaacuteveis e em segundo lugar interpretar as relaccedilotildees que surgem
especificamente em cada fator Para a caracterizaccedilatildeo de uma realidade especiacutefica podem-se
agrupar as variaacuteveis que estatildeo mais diretamente correlacionadas A teacutecnica de agrupamento de
variaacuteveis eacute conhecida como anaacutelise fatorial enquanto a teacutecnica de agrupamento de objetos ou
indiviacuteduos eacute conhecida como anaacutelise de agrupamento (cluster analysis) Assim a anaacutelise fatorial
expressa o comportamento de um nuacutemero relativamente grande de variaacuteveis elencadas em termos
de um nuacutemero relativamente pequeno de variaacuteveis latentes ou fatores Essas variaacuteveis em termos
econocircmicos estatildeo de alguma maneira correlacionada
A este respeito Gontijo amp Aguirre (1988) destacam trecircs objetivos da anaacutelise fatorial i) obter
o menor nuacutemero de variaacuteveis a partir do material original e reproduzir toda a informaccedilatildeo de forma
resumida ii) obter os fatores que reproduzam um padratildeo separado de relaccedilotildees entre as variaacuteveis11
iii) interpretar de forma loacutegica o padratildeo de ralaccedilotildees entre as variaacuteveis
O pressuposto da anaacutelise fatorial ressaltado por Gontijo amp Aguirre (1988) de existir certos
fatores causais gerais que originam as correlaccedilotildees observadas entre as variaacuteveis Assim
11 O fator eacute gerado por meio de transformaccedilotildees linear das variaacuteveis em estudo Para maiores detalhes ver Hoffmann (1999)
4
considerando que muitas relaccedilotildees entre as variaacuteveis satildeo provavelmente derivadas dos mesmos
fatores causais gerais o nuacutemero de fatores tenderaacute a ser menor que o nuacutemero de variaacuteveis
Nesta perspectiva a anaacutelise fatorial pode ser criticada em um ponto ao selecionar as
relaccedilotildees mais importantes ajuda a interpretar as relaccedilotildees que surgem de cada fator separado Como
as escolhas e as interpretaccedilotildees satildeo em maior ou menor medidas subjetivas natildeo se pode assegurar
que essas relaccedilotildees sejam as uacutenicas e verdadeiras Apesar dessa criacutetica o meacutetodo da anaacutelise fatorial eacute
uma ferramenta importante para a definiccedilatildeo de um padratildeo de relaccedilotildees especiacuteficas
Com base em Hoffmann (1999) e Gontijo amp Aguirre (1988) apresenta-se o modelo baacutesico
de anaacutelise fatorial que seraacute usado no presente estudo Eacute proacuteprio nesse modelo que cada variaacutevel
observada xi represente uma combinaccedilatildeo linear dos n componentes principal Assim cada uma das
ieacutesimas variaacuteveis eacute uma combinaccedilatildeo de m (sendo m lt n) fatores comuns e de um fator especiacutefico
Portanto considerando a i-eacutesima variaacutevel pode-se representar matematicamente o modelo de anaacutelise
fatorial como
ijimjimjijiij yufafafax 2211 (1)
onde pjf representa o valor da p-eacutesimo fator comum para a j-eacutesima observaccedilatildeo ipa (com p =
1m) com m representando os fatores comuns e ui satildeo coeficientes e yij representa o valor do i-
eacutesimo fator especiacutefico para a j-eacutesima observaccedilatildeo
No modelo de anaacutelise fatorial pressupotildee-se a condiccedilatildeo de ortogonalidade isto eacute cada um dos
fatores especiacuteficos yi eacute ortogonal com todos os m fatores comuns12 Aleacutem disso pressupotildee-se
tambeacutem que todos os fatores tecircm meacutedia zero e os respectivos vetores no espaccedilo L-dimensional tecircm
moacutedulo igual a 1 ou seja
1
0
22
j jijpj
j jijpj
yf
yf
com p = 1 m e i = 1 n (2)
Em notaccedilatildeo matricial a equaccedilatildeo (1) poderaacute ser representada por
X = AF + UY (3)
sendo a matriz XnxL Anxm FmxL YnxL e U eacute a matriz diagonal Onde n indica o nuacutemero de variaacuteveis
L eacute o nuacutemero de observaccedilotildees de cada uma dessas variaacuteveis m representa os fatores comuns
Considerando as condiccedilotildees impostas pelo sistema de equaccedilotildees (2) e a ortogonalidade entre
os n-eacutesimos fatores especiacuteficos e os m-eacutesimos fatores comuns resulta em
YY = In e FF = In (4)
FY = 0 sendo 0 uma matriz de m x n de zeros (5)
12 A condiccedilatildeo de ortogonalidade admite que os fatores comuns natildeo sejam correlacionados entre si
5
Considerando que a matriz de correlaccedilatildeo R eacute dada por XX e com base nas equaccedilotildees (3)
(4) pode-se definir a nova formulaccedilatildeo matemaacutetica para R isto eacute
R = AA + UU (6)
Um elemento da diagonal de R pode ser representado como
1 = 2
1
2
1
2i
m
pip
L
jij uax
(7)
Na anaacutelise fatorial os elementos da diagonal principal da matriz R representado pelo uacuteltimo
membro da equaccedilatildeo (7) satildeo denominados de comunalidade da variaacutevel Comunalidade13 significa
que parte da variacircncia eacute explicada pelos fatores comuns Matematicamente ela eacute definida por
m
pipi ah
1
22 (8)
O 2iu eacute a proporccedilatildeo da variacircncia da i-eacutesima variaacutevel devida ao fator especiacutefico e eacute
denominada especificidade (uniqueness) da variaacutevel
Procedendo a multiplicaccedilatildeo de ambos os membros da equaccedilatildeo (1) por pjf somando em
relaccedilatildeo a j e admitindo a ortogonalidade entre os fatores comuns e especiacuteficos e com moacutedulo igual a
1 tem-se em notaccedilatildeo matricial
XF = A (9)
A i-eacutesima da matriz A denominada de estrutura de fatores eacute constituiacuteda pelos coeficientes
de correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns Os coeficientes da matriz A
ipa satildeo denominados de cargas fatoriais (factor loadings)
A questatildeo que se depara no estaacutegio atual do desenvolvimento do trabalho eacute a seguinte que
meacutetodos poderatildeo ser utilizados para efetuar a anaacutelise fatorial Hoffmann (1999) sugere o meacutetodo de
maacutexima verossimilhanccedila desde que se pressupotildee que os fatores tenham distribuiccedilatildeo normal o
meacutetodo dos fatores principais e meacutetodo dos componentes principais14
No meacutetodo dos fatores principais os m fatores comuns correspondem agraves m maiores raiacutezes
caracteriacutesticas da matriz R obtida a partir da substituiccedilatildeo dos elementos da diagonal principal por
estimativas das comunalidades das n variaacuteveis Esse meacutetodo pode ser aplicado de forma interativa
percorrendo os seguintes passos i) deve-se calcular as comunalidades e colocar esses valores na
matriz R ii) novamente as comunalidades satildeo calculadas e inseridas na matriz R iii) repete-se o
passo anterior ateacute que as comunalidades possam ser consideradas despreziacuteveis
13 As comunalidades se referem a parte da variabilidade de cada variaacutevel que eacute explicada no modelo para facilitar a interpretaccedilatildeo pode-se padronizar o valordas comunalidades de modo que seja expressa em termos percentuais (Lemos amp Assunccedilatildeo 2005) 14 Mais informaccedilotildees sobre os meacutetodos da anaacutelise fatorial poderaacute ser encontrado em Harman H H Modern factor analysis 3 ed The University of Chigaco Press Johnson R A Wichern D W Applied multivariate statistical analysis Prentice Hall
6
O mais simples dos meacutetodos utilizado na anaacutelise fatorial eacute o dos componentes principais O
procedimento eacute simples de posse da matriz R toma-se como fatores comuns os m componentes
principais dessa matriz
Com o propoacutesito de obter uma estrutura de fatores mais simplificada e facilitar a
interpretaccedilatildeo dos fatores eacute recomendaacutevel fazer a rotaccedilatildeo dos eixos dos fatores mantendo a
ortogonalidade Esse recurso iraacute gerar uma nova matriz de coeficiente de fatores n x m (cada coluna
dessa matriz aproxima-se de 0 ou 1) Com a rotaccedilatildeo dos eixos cada um dos novos fatores deveraacute
apresentar correlaccedilatildeo relativamente forte com uma ou mais variaacuteveis e correlaccedilatildeo relativamente
fraca com as demais variaacuteveis
Conforme salienta Hoffmann (1999) o VARIMAX eacute um dos criteacuterios mais usados nos
estudos de anaacutelise fatorial envolvendo a transformaccedilatildeo ortogonal (T) A seguir procede-se o
desenvolvimento algeacutebrico para obter-se a matriz de estrutura de fatores com a transformaccedilatildeo
ortogonal Admitindo que
TT = Im (10)
Considerando a matriz de correlaccedilotildees entre as variaacuteveis equaccedilatildeo (3) sem os fatores
singulares e a equaccedilatildeo (10) tem-se
X = ATT F (11)
Representando os produtos
T F = Q e AT = B (12)
onde Q gera uma nova matriz dos fatores e B uma nova matriz n x m de cargas fatoriais
Cabe ressaltar que essa rotaccedilatildeo natildeo altera a comunalidade das variaacuteveis A partir da equaccedilatildeo
(6) e com algumas operaccedilotildees matriciais envolvendo a equaccedilatildeo (12) obteacutem-se
R = BB + U2 (13)
Apoacutes multiplicar ambos os membros da equaccedilatildeo (9) por T e considerar os produtos dado em
(12) tem-se apoacutes a transformaccedilatildeo ortogonal a equaccedilatildeo matricial constituiacuteda pelos coeficientes de
correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns isto eacute
XQ = B (14)
Essa equaccedilatildeo matricial seraacute utilizada para a classificaccedilatildeo dos municiacutepios da Metade Sul
quanto ao seu potencial de desenvolvimento
Como afirma Rangel amp Kume (1983 p 12) diferenccedilas significativas das varaacuteveis (natildeo
relevantes na caracterizaccedilatildeo de um dado fator) observados em relaccedilatildeo agrave miacutedia podem levar a
distorccedilotildees significativas mesmo que os coeficientes fatoriais sejam baixos
Para a classificaccedilatildeo dos potenciais de desenvolvimento dos municiacutepios utilizou-se do
mesmo procedimento de Perobelli (1999) ou seja os escores fatoriais foram normalizados
7
tomando o maior valor igual a 100 e o menor igual a 0 sendo os valores intermediaacuterios obtidos por
interpolaccedilatildeo
Ainda seguindo os fundamentos teacutecnicos utilizados por Perobelli (1999) o trabalho
apresenta sete categorias de potencialidades de desenvolvimento dos municiacutepios
1) A primeira categoria eacute composta por municiacutepios que superam a meacutedia em dez desvios-
padratildeo esses municiacutepios satildeo classificado como potencial de desenvolvimento muitiacutessimo
alto (PDMA)
2) A segunda categoria supera a meacutedia entre dez e seis desvios-padratildeo esses municiacutepios satildeo
classificados como potencial de desenvolvimento muito alto (PDA)
3) A terceira categoria supera a meacutedia entre seis e dois desvios-padratildeo sendo os municiacutepios
classificados como potencial de desenvolvimento alto (PA)
4) A quarta categoria compreende o intervalo entre a meacutedia ou seja estaacute entre zero e dois
desvios-padratildeo com os municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de
desenvolvimento meacutedio (PDM)
5) A quinta categoria fica abaixo da meacutedia entre dois e seis desvios-padratildeo e os municiacutepios
enquadrados nessa categoria satildeo classificados como potencial de desenvolvimento baixo
(PB)
6) a sexta categoria situa-se abaixo da meacutedia entre e seis e dez desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muito baixo (PDB)
7) a seacutetima categoria situa-se abaixo da meacutedia em dez ou mais desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muitiacutessimo baixo
(PDMB)
A Tabela 1 apresenta um resumo das categorias que seratildeo utilizadas no presente trabalho
para classificar os municiacutepios de acordo com o seu grau de desenvolvimento
Tabela 1 Criteacuterio para a classificaccedilatildeo do grau de desenvolvimento dos municiacutepios
Potencial de Desenvolvimento Criteacuterio para a classificaccedilatildeo
PDMA 10D PDA 106D PA 62D PDM 20D PB 62D
8
PDB 106D PDMB 10D
Fonte compilaccedilatildeo proacutepria a partir dos dados dos autores
21 A construccedilatildeo da base de dados e as suas fontes
Este trabalho teve como fonte dos dados variaacuteveis que contemplam os setores produtivos e
os principais indicadores soacutecio-econocircmicos tais como variaacuteveis dos setor agropecuaacuterio agriacutecola do
setor industrial e comercial Indicadores populacionais que vatildeo desde o iacutendice social municipal
ampliado (ISMA) elaborado pela FEE ateacute a populaccedilatildeo total dos municiacutepios PIB per capita iacutendice
de retorno do ICMS valor adicionado fiscal per capita entre outros
Por se tratar variaacuteveis divididas em dois periacuteodos a proposta do trabalho eacute captar os setores
que contribuem para o desenvolvimento dos municiacutepios no periacuteodo denominado 1990 (mas que
tambeacutem utiliza variaacuteveis do Censo agropecuaacuterio de 1985 bem como do Anuaacuterio Estatiacutestico para o
ano de 1996) E para o periacuteodo de 2000 que aleacutem dos dados relativos ao ano 2000 apresenta
tambeacutem variaacuteveis censitaacuterias do ano de 1995 e indicadores do Anuaacuterio Estatiacutestico do RS para o ano
de 1999 Para verificar as variaacuteveis utilizadas no modelo ver Anexo A ( variaacuteveis utilizadas no
modelo)
3 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS
No presente trabalho foi analisado o potencial de desenvolvimento de 84 municiacutepios do Rio
Grande do Sul sendo utilizado 38 variaacuteveis trabalhadas em dois periacuteodos distintos o ano de 1990 e
o ano de 2000 As nomenclaturas dos iacutendices investigados satildeo equivalentes mudando apenas o
periacuteodo para posterior comparaccedilatildeo cuja finalidade eacute verificar o potencial de desenvolvimento dos
municiacutepios da Metade Sul no periacuteodo de 1990 e captar a mudanccedila ou natildeo em relaccedilatildeo ao ano de
2000 Buscando identificar se o potencial de cada municiacutepio aumentou diminuiu ou manteve-se na
mesma faixa A anaacutelise fatorial foi realizada atraveacutes do Software Statistical Package for Social
Science (SPSS) for Windows em que se aplicou uma rotaccedilatildeo ortogonal atraveacutes do criteacuterio Varimax
os fatores comuns (componentes) os valores das raiacutezes (eigenvalues) sua variaccedilatildeo individual e
acumulada bem como sua comunalidade encontram-se representados na Tabela 2 para o periacuteodo
de 1990 bem como para 2000
Com base nos resultados obtidos para o ano de 1990 observou-se que existem 11 fatores
correspondendo a raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 No entanto optou-se por analisar os cinco
primeiros fatores que satildeo suficientes para explicar 525 da variabilidade do conjunto das
9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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HOFFMANN R Componentes principais e anaacutelise fatorial Piracicaba ESALQUSPDEAS
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PEROBELLI Fernando Salgueiro Uma Anaacutelise das potencialidades de desenvolvimento dos
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ANUAacuteRIO ESTATIacuteSTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2001 Secretaria da Coordenaccedilatildeo e
Planejamento Fundaccedilatildeo de Economia E Estatiacutestica Siegfried Emanuel Heuser
19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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4
considerando que muitas relaccedilotildees entre as variaacuteveis satildeo provavelmente derivadas dos mesmos
fatores causais gerais o nuacutemero de fatores tenderaacute a ser menor que o nuacutemero de variaacuteveis
Nesta perspectiva a anaacutelise fatorial pode ser criticada em um ponto ao selecionar as
relaccedilotildees mais importantes ajuda a interpretar as relaccedilotildees que surgem de cada fator separado Como
as escolhas e as interpretaccedilotildees satildeo em maior ou menor medidas subjetivas natildeo se pode assegurar
que essas relaccedilotildees sejam as uacutenicas e verdadeiras Apesar dessa criacutetica o meacutetodo da anaacutelise fatorial eacute
uma ferramenta importante para a definiccedilatildeo de um padratildeo de relaccedilotildees especiacuteficas
Com base em Hoffmann (1999) e Gontijo amp Aguirre (1988) apresenta-se o modelo baacutesico
de anaacutelise fatorial que seraacute usado no presente estudo Eacute proacuteprio nesse modelo que cada variaacutevel
observada xi represente uma combinaccedilatildeo linear dos n componentes principal Assim cada uma das
ieacutesimas variaacuteveis eacute uma combinaccedilatildeo de m (sendo m lt n) fatores comuns e de um fator especiacutefico
Portanto considerando a i-eacutesima variaacutevel pode-se representar matematicamente o modelo de anaacutelise
fatorial como
ijimjimjijiij yufafafax 2211 (1)
onde pjf representa o valor da p-eacutesimo fator comum para a j-eacutesima observaccedilatildeo ipa (com p =
1m) com m representando os fatores comuns e ui satildeo coeficientes e yij representa o valor do i-
eacutesimo fator especiacutefico para a j-eacutesima observaccedilatildeo
No modelo de anaacutelise fatorial pressupotildee-se a condiccedilatildeo de ortogonalidade isto eacute cada um dos
fatores especiacuteficos yi eacute ortogonal com todos os m fatores comuns12 Aleacutem disso pressupotildee-se
tambeacutem que todos os fatores tecircm meacutedia zero e os respectivos vetores no espaccedilo L-dimensional tecircm
moacutedulo igual a 1 ou seja
1
0
22
j jijpj
j jijpj
yf
yf
com p = 1 m e i = 1 n (2)
Em notaccedilatildeo matricial a equaccedilatildeo (1) poderaacute ser representada por
X = AF + UY (3)
sendo a matriz XnxL Anxm FmxL YnxL e U eacute a matriz diagonal Onde n indica o nuacutemero de variaacuteveis
L eacute o nuacutemero de observaccedilotildees de cada uma dessas variaacuteveis m representa os fatores comuns
Considerando as condiccedilotildees impostas pelo sistema de equaccedilotildees (2) e a ortogonalidade entre
os n-eacutesimos fatores especiacuteficos e os m-eacutesimos fatores comuns resulta em
YY = In e FF = In (4)
FY = 0 sendo 0 uma matriz de m x n de zeros (5)
12 A condiccedilatildeo de ortogonalidade admite que os fatores comuns natildeo sejam correlacionados entre si
5
Considerando que a matriz de correlaccedilatildeo R eacute dada por XX e com base nas equaccedilotildees (3)
(4) pode-se definir a nova formulaccedilatildeo matemaacutetica para R isto eacute
R = AA + UU (6)
Um elemento da diagonal de R pode ser representado como
1 = 2
1
2
1
2i
m
pip
L
jij uax
(7)
Na anaacutelise fatorial os elementos da diagonal principal da matriz R representado pelo uacuteltimo
membro da equaccedilatildeo (7) satildeo denominados de comunalidade da variaacutevel Comunalidade13 significa
que parte da variacircncia eacute explicada pelos fatores comuns Matematicamente ela eacute definida por
m
pipi ah
1
22 (8)
O 2iu eacute a proporccedilatildeo da variacircncia da i-eacutesima variaacutevel devida ao fator especiacutefico e eacute
denominada especificidade (uniqueness) da variaacutevel
Procedendo a multiplicaccedilatildeo de ambos os membros da equaccedilatildeo (1) por pjf somando em
relaccedilatildeo a j e admitindo a ortogonalidade entre os fatores comuns e especiacuteficos e com moacutedulo igual a
1 tem-se em notaccedilatildeo matricial
XF = A (9)
A i-eacutesima da matriz A denominada de estrutura de fatores eacute constituiacuteda pelos coeficientes
de correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns Os coeficientes da matriz A
ipa satildeo denominados de cargas fatoriais (factor loadings)
A questatildeo que se depara no estaacutegio atual do desenvolvimento do trabalho eacute a seguinte que
meacutetodos poderatildeo ser utilizados para efetuar a anaacutelise fatorial Hoffmann (1999) sugere o meacutetodo de
maacutexima verossimilhanccedila desde que se pressupotildee que os fatores tenham distribuiccedilatildeo normal o
meacutetodo dos fatores principais e meacutetodo dos componentes principais14
No meacutetodo dos fatores principais os m fatores comuns correspondem agraves m maiores raiacutezes
caracteriacutesticas da matriz R obtida a partir da substituiccedilatildeo dos elementos da diagonal principal por
estimativas das comunalidades das n variaacuteveis Esse meacutetodo pode ser aplicado de forma interativa
percorrendo os seguintes passos i) deve-se calcular as comunalidades e colocar esses valores na
matriz R ii) novamente as comunalidades satildeo calculadas e inseridas na matriz R iii) repete-se o
passo anterior ateacute que as comunalidades possam ser consideradas despreziacuteveis
13 As comunalidades se referem a parte da variabilidade de cada variaacutevel que eacute explicada no modelo para facilitar a interpretaccedilatildeo pode-se padronizar o valordas comunalidades de modo que seja expressa em termos percentuais (Lemos amp Assunccedilatildeo 2005) 14 Mais informaccedilotildees sobre os meacutetodos da anaacutelise fatorial poderaacute ser encontrado em Harman H H Modern factor analysis 3 ed The University of Chigaco Press Johnson R A Wichern D W Applied multivariate statistical analysis Prentice Hall
6
O mais simples dos meacutetodos utilizado na anaacutelise fatorial eacute o dos componentes principais O
procedimento eacute simples de posse da matriz R toma-se como fatores comuns os m componentes
principais dessa matriz
Com o propoacutesito de obter uma estrutura de fatores mais simplificada e facilitar a
interpretaccedilatildeo dos fatores eacute recomendaacutevel fazer a rotaccedilatildeo dos eixos dos fatores mantendo a
ortogonalidade Esse recurso iraacute gerar uma nova matriz de coeficiente de fatores n x m (cada coluna
dessa matriz aproxima-se de 0 ou 1) Com a rotaccedilatildeo dos eixos cada um dos novos fatores deveraacute
apresentar correlaccedilatildeo relativamente forte com uma ou mais variaacuteveis e correlaccedilatildeo relativamente
fraca com as demais variaacuteveis
Conforme salienta Hoffmann (1999) o VARIMAX eacute um dos criteacuterios mais usados nos
estudos de anaacutelise fatorial envolvendo a transformaccedilatildeo ortogonal (T) A seguir procede-se o
desenvolvimento algeacutebrico para obter-se a matriz de estrutura de fatores com a transformaccedilatildeo
ortogonal Admitindo que
TT = Im (10)
Considerando a matriz de correlaccedilotildees entre as variaacuteveis equaccedilatildeo (3) sem os fatores
singulares e a equaccedilatildeo (10) tem-se
X = ATT F (11)
Representando os produtos
T F = Q e AT = B (12)
onde Q gera uma nova matriz dos fatores e B uma nova matriz n x m de cargas fatoriais
Cabe ressaltar que essa rotaccedilatildeo natildeo altera a comunalidade das variaacuteveis A partir da equaccedilatildeo
(6) e com algumas operaccedilotildees matriciais envolvendo a equaccedilatildeo (12) obteacutem-se
R = BB + U2 (13)
Apoacutes multiplicar ambos os membros da equaccedilatildeo (9) por T e considerar os produtos dado em
(12) tem-se apoacutes a transformaccedilatildeo ortogonal a equaccedilatildeo matricial constituiacuteda pelos coeficientes de
correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns isto eacute
XQ = B (14)
Essa equaccedilatildeo matricial seraacute utilizada para a classificaccedilatildeo dos municiacutepios da Metade Sul
quanto ao seu potencial de desenvolvimento
Como afirma Rangel amp Kume (1983 p 12) diferenccedilas significativas das varaacuteveis (natildeo
relevantes na caracterizaccedilatildeo de um dado fator) observados em relaccedilatildeo agrave miacutedia podem levar a
distorccedilotildees significativas mesmo que os coeficientes fatoriais sejam baixos
Para a classificaccedilatildeo dos potenciais de desenvolvimento dos municiacutepios utilizou-se do
mesmo procedimento de Perobelli (1999) ou seja os escores fatoriais foram normalizados
7
tomando o maior valor igual a 100 e o menor igual a 0 sendo os valores intermediaacuterios obtidos por
interpolaccedilatildeo
Ainda seguindo os fundamentos teacutecnicos utilizados por Perobelli (1999) o trabalho
apresenta sete categorias de potencialidades de desenvolvimento dos municiacutepios
1) A primeira categoria eacute composta por municiacutepios que superam a meacutedia em dez desvios-
padratildeo esses municiacutepios satildeo classificado como potencial de desenvolvimento muitiacutessimo
alto (PDMA)
2) A segunda categoria supera a meacutedia entre dez e seis desvios-padratildeo esses municiacutepios satildeo
classificados como potencial de desenvolvimento muito alto (PDA)
3) A terceira categoria supera a meacutedia entre seis e dois desvios-padratildeo sendo os municiacutepios
classificados como potencial de desenvolvimento alto (PA)
4) A quarta categoria compreende o intervalo entre a meacutedia ou seja estaacute entre zero e dois
desvios-padratildeo com os municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de
desenvolvimento meacutedio (PDM)
5) A quinta categoria fica abaixo da meacutedia entre dois e seis desvios-padratildeo e os municiacutepios
enquadrados nessa categoria satildeo classificados como potencial de desenvolvimento baixo
(PB)
6) a sexta categoria situa-se abaixo da meacutedia entre e seis e dez desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muito baixo (PDB)
7) a seacutetima categoria situa-se abaixo da meacutedia em dez ou mais desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muitiacutessimo baixo
(PDMB)
A Tabela 1 apresenta um resumo das categorias que seratildeo utilizadas no presente trabalho
para classificar os municiacutepios de acordo com o seu grau de desenvolvimento
Tabela 1 Criteacuterio para a classificaccedilatildeo do grau de desenvolvimento dos municiacutepios
Potencial de Desenvolvimento Criteacuterio para a classificaccedilatildeo
PDMA 10D PDA 106D PA 62D PDM 20D PB 62D
8
PDB 106D PDMB 10D
Fonte compilaccedilatildeo proacutepria a partir dos dados dos autores
21 A construccedilatildeo da base de dados e as suas fontes
Este trabalho teve como fonte dos dados variaacuteveis que contemplam os setores produtivos e
os principais indicadores soacutecio-econocircmicos tais como variaacuteveis dos setor agropecuaacuterio agriacutecola do
setor industrial e comercial Indicadores populacionais que vatildeo desde o iacutendice social municipal
ampliado (ISMA) elaborado pela FEE ateacute a populaccedilatildeo total dos municiacutepios PIB per capita iacutendice
de retorno do ICMS valor adicionado fiscal per capita entre outros
Por se tratar variaacuteveis divididas em dois periacuteodos a proposta do trabalho eacute captar os setores
que contribuem para o desenvolvimento dos municiacutepios no periacuteodo denominado 1990 (mas que
tambeacutem utiliza variaacuteveis do Censo agropecuaacuterio de 1985 bem como do Anuaacuterio Estatiacutestico para o
ano de 1996) E para o periacuteodo de 2000 que aleacutem dos dados relativos ao ano 2000 apresenta
tambeacutem variaacuteveis censitaacuterias do ano de 1995 e indicadores do Anuaacuterio Estatiacutestico do RS para o ano
de 1999 Para verificar as variaacuteveis utilizadas no modelo ver Anexo A ( variaacuteveis utilizadas no
modelo)
3 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS
No presente trabalho foi analisado o potencial de desenvolvimento de 84 municiacutepios do Rio
Grande do Sul sendo utilizado 38 variaacuteveis trabalhadas em dois periacuteodos distintos o ano de 1990 e
o ano de 2000 As nomenclaturas dos iacutendices investigados satildeo equivalentes mudando apenas o
periacuteodo para posterior comparaccedilatildeo cuja finalidade eacute verificar o potencial de desenvolvimento dos
municiacutepios da Metade Sul no periacuteodo de 1990 e captar a mudanccedila ou natildeo em relaccedilatildeo ao ano de
2000 Buscando identificar se o potencial de cada municiacutepio aumentou diminuiu ou manteve-se na
mesma faixa A anaacutelise fatorial foi realizada atraveacutes do Software Statistical Package for Social
Science (SPSS) for Windows em que se aplicou uma rotaccedilatildeo ortogonal atraveacutes do criteacuterio Varimax
os fatores comuns (componentes) os valores das raiacutezes (eigenvalues) sua variaccedilatildeo individual e
acumulada bem como sua comunalidade encontram-se representados na Tabela 2 para o periacuteodo
de 1990 bem como para 2000
Com base nos resultados obtidos para o ano de 1990 observou-se que existem 11 fatores
correspondendo a raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 No entanto optou-se por analisar os cinco
primeiros fatores que satildeo suficientes para explicar 525 da variabilidade do conjunto das
9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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5
Considerando que a matriz de correlaccedilatildeo R eacute dada por XX e com base nas equaccedilotildees (3)
(4) pode-se definir a nova formulaccedilatildeo matemaacutetica para R isto eacute
R = AA + UU (6)
Um elemento da diagonal de R pode ser representado como
1 = 2
1
2
1
2i
m
pip
L
jij uax
(7)
Na anaacutelise fatorial os elementos da diagonal principal da matriz R representado pelo uacuteltimo
membro da equaccedilatildeo (7) satildeo denominados de comunalidade da variaacutevel Comunalidade13 significa
que parte da variacircncia eacute explicada pelos fatores comuns Matematicamente ela eacute definida por
m
pipi ah
1
22 (8)
O 2iu eacute a proporccedilatildeo da variacircncia da i-eacutesima variaacutevel devida ao fator especiacutefico e eacute
denominada especificidade (uniqueness) da variaacutevel
Procedendo a multiplicaccedilatildeo de ambos os membros da equaccedilatildeo (1) por pjf somando em
relaccedilatildeo a j e admitindo a ortogonalidade entre os fatores comuns e especiacuteficos e com moacutedulo igual a
1 tem-se em notaccedilatildeo matricial
XF = A (9)
A i-eacutesima da matriz A denominada de estrutura de fatores eacute constituiacuteda pelos coeficientes
de correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns Os coeficientes da matriz A
ipa satildeo denominados de cargas fatoriais (factor loadings)
A questatildeo que se depara no estaacutegio atual do desenvolvimento do trabalho eacute a seguinte que
meacutetodos poderatildeo ser utilizados para efetuar a anaacutelise fatorial Hoffmann (1999) sugere o meacutetodo de
maacutexima verossimilhanccedila desde que se pressupotildee que os fatores tenham distribuiccedilatildeo normal o
meacutetodo dos fatores principais e meacutetodo dos componentes principais14
No meacutetodo dos fatores principais os m fatores comuns correspondem agraves m maiores raiacutezes
caracteriacutesticas da matriz R obtida a partir da substituiccedilatildeo dos elementos da diagonal principal por
estimativas das comunalidades das n variaacuteveis Esse meacutetodo pode ser aplicado de forma interativa
percorrendo os seguintes passos i) deve-se calcular as comunalidades e colocar esses valores na
matriz R ii) novamente as comunalidades satildeo calculadas e inseridas na matriz R iii) repete-se o
passo anterior ateacute que as comunalidades possam ser consideradas despreziacuteveis
13 As comunalidades se referem a parte da variabilidade de cada variaacutevel que eacute explicada no modelo para facilitar a interpretaccedilatildeo pode-se padronizar o valordas comunalidades de modo que seja expressa em termos percentuais (Lemos amp Assunccedilatildeo 2005) 14 Mais informaccedilotildees sobre os meacutetodos da anaacutelise fatorial poderaacute ser encontrado em Harman H H Modern factor analysis 3 ed The University of Chigaco Press Johnson R A Wichern D W Applied multivariate statistical analysis Prentice Hall
6
O mais simples dos meacutetodos utilizado na anaacutelise fatorial eacute o dos componentes principais O
procedimento eacute simples de posse da matriz R toma-se como fatores comuns os m componentes
principais dessa matriz
Com o propoacutesito de obter uma estrutura de fatores mais simplificada e facilitar a
interpretaccedilatildeo dos fatores eacute recomendaacutevel fazer a rotaccedilatildeo dos eixos dos fatores mantendo a
ortogonalidade Esse recurso iraacute gerar uma nova matriz de coeficiente de fatores n x m (cada coluna
dessa matriz aproxima-se de 0 ou 1) Com a rotaccedilatildeo dos eixos cada um dos novos fatores deveraacute
apresentar correlaccedilatildeo relativamente forte com uma ou mais variaacuteveis e correlaccedilatildeo relativamente
fraca com as demais variaacuteveis
Conforme salienta Hoffmann (1999) o VARIMAX eacute um dos criteacuterios mais usados nos
estudos de anaacutelise fatorial envolvendo a transformaccedilatildeo ortogonal (T) A seguir procede-se o
desenvolvimento algeacutebrico para obter-se a matriz de estrutura de fatores com a transformaccedilatildeo
ortogonal Admitindo que
TT = Im (10)
Considerando a matriz de correlaccedilotildees entre as variaacuteveis equaccedilatildeo (3) sem os fatores
singulares e a equaccedilatildeo (10) tem-se
X = ATT F (11)
Representando os produtos
T F = Q e AT = B (12)
onde Q gera uma nova matriz dos fatores e B uma nova matriz n x m de cargas fatoriais
Cabe ressaltar que essa rotaccedilatildeo natildeo altera a comunalidade das variaacuteveis A partir da equaccedilatildeo
(6) e com algumas operaccedilotildees matriciais envolvendo a equaccedilatildeo (12) obteacutem-se
R = BB + U2 (13)
Apoacutes multiplicar ambos os membros da equaccedilatildeo (9) por T e considerar os produtos dado em
(12) tem-se apoacutes a transformaccedilatildeo ortogonal a equaccedilatildeo matricial constituiacuteda pelos coeficientes de
correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns isto eacute
XQ = B (14)
Essa equaccedilatildeo matricial seraacute utilizada para a classificaccedilatildeo dos municiacutepios da Metade Sul
quanto ao seu potencial de desenvolvimento
Como afirma Rangel amp Kume (1983 p 12) diferenccedilas significativas das varaacuteveis (natildeo
relevantes na caracterizaccedilatildeo de um dado fator) observados em relaccedilatildeo agrave miacutedia podem levar a
distorccedilotildees significativas mesmo que os coeficientes fatoriais sejam baixos
Para a classificaccedilatildeo dos potenciais de desenvolvimento dos municiacutepios utilizou-se do
mesmo procedimento de Perobelli (1999) ou seja os escores fatoriais foram normalizados
7
tomando o maior valor igual a 100 e o menor igual a 0 sendo os valores intermediaacuterios obtidos por
interpolaccedilatildeo
Ainda seguindo os fundamentos teacutecnicos utilizados por Perobelli (1999) o trabalho
apresenta sete categorias de potencialidades de desenvolvimento dos municiacutepios
1) A primeira categoria eacute composta por municiacutepios que superam a meacutedia em dez desvios-
padratildeo esses municiacutepios satildeo classificado como potencial de desenvolvimento muitiacutessimo
alto (PDMA)
2) A segunda categoria supera a meacutedia entre dez e seis desvios-padratildeo esses municiacutepios satildeo
classificados como potencial de desenvolvimento muito alto (PDA)
3) A terceira categoria supera a meacutedia entre seis e dois desvios-padratildeo sendo os municiacutepios
classificados como potencial de desenvolvimento alto (PA)
4) A quarta categoria compreende o intervalo entre a meacutedia ou seja estaacute entre zero e dois
desvios-padratildeo com os municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de
desenvolvimento meacutedio (PDM)
5) A quinta categoria fica abaixo da meacutedia entre dois e seis desvios-padratildeo e os municiacutepios
enquadrados nessa categoria satildeo classificados como potencial de desenvolvimento baixo
(PB)
6) a sexta categoria situa-se abaixo da meacutedia entre e seis e dez desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muito baixo (PDB)
7) a seacutetima categoria situa-se abaixo da meacutedia em dez ou mais desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muitiacutessimo baixo
(PDMB)
A Tabela 1 apresenta um resumo das categorias que seratildeo utilizadas no presente trabalho
para classificar os municiacutepios de acordo com o seu grau de desenvolvimento
Tabela 1 Criteacuterio para a classificaccedilatildeo do grau de desenvolvimento dos municiacutepios
Potencial de Desenvolvimento Criteacuterio para a classificaccedilatildeo
PDMA 10D PDA 106D PA 62D PDM 20D PB 62D
8
PDB 106D PDMB 10D
Fonte compilaccedilatildeo proacutepria a partir dos dados dos autores
21 A construccedilatildeo da base de dados e as suas fontes
Este trabalho teve como fonte dos dados variaacuteveis que contemplam os setores produtivos e
os principais indicadores soacutecio-econocircmicos tais como variaacuteveis dos setor agropecuaacuterio agriacutecola do
setor industrial e comercial Indicadores populacionais que vatildeo desde o iacutendice social municipal
ampliado (ISMA) elaborado pela FEE ateacute a populaccedilatildeo total dos municiacutepios PIB per capita iacutendice
de retorno do ICMS valor adicionado fiscal per capita entre outros
Por se tratar variaacuteveis divididas em dois periacuteodos a proposta do trabalho eacute captar os setores
que contribuem para o desenvolvimento dos municiacutepios no periacuteodo denominado 1990 (mas que
tambeacutem utiliza variaacuteveis do Censo agropecuaacuterio de 1985 bem como do Anuaacuterio Estatiacutestico para o
ano de 1996) E para o periacuteodo de 2000 que aleacutem dos dados relativos ao ano 2000 apresenta
tambeacutem variaacuteveis censitaacuterias do ano de 1995 e indicadores do Anuaacuterio Estatiacutestico do RS para o ano
de 1999 Para verificar as variaacuteveis utilizadas no modelo ver Anexo A ( variaacuteveis utilizadas no
modelo)
3 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS
No presente trabalho foi analisado o potencial de desenvolvimento de 84 municiacutepios do Rio
Grande do Sul sendo utilizado 38 variaacuteveis trabalhadas em dois periacuteodos distintos o ano de 1990 e
o ano de 2000 As nomenclaturas dos iacutendices investigados satildeo equivalentes mudando apenas o
periacuteodo para posterior comparaccedilatildeo cuja finalidade eacute verificar o potencial de desenvolvimento dos
municiacutepios da Metade Sul no periacuteodo de 1990 e captar a mudanccedila ou natildeo em relaccedilatildeo ao ano de
2000 Buscando identificar se o potencial de cada municiacutepio aumentou diminuiu ou manteve-se na
mesma faixa A anaacutelise fatorial foi realizada atraveacutes do Software Statistical Package for Social
Science (SPSS) for Windows em que se aplicou uma rotaccedilatildeo ortogonal atraveacutes do criteacuterio Varimax
os fatores comuns (componentes) os valores das raiacutezes (eigenvalues) sua variaccedilatildeo individual e
acumulada bem como sua comunalidade encontram-se representados na Tabela 2 para o periacuteodo
de 1990 bem como para 2000
Com base nos resultados obtidos para o ano de 1990 observou-se que existem 11 fatores
correspondendo a raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 No entanto optou-se por analisar os cinco
primeiros fatores que satildeo suficientes para explicar 525 da variabilidade do conjunto das
9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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6
O mais simples dos meacutetodos utilizado na anaacutelise fatorial eacute o dos componentes principais O
procedimento eacute simples de posse da matriz R toma-se como fatores comuns os m componentes
principais dessa matriz
Com o propoacutesito de obter uma estrutura de fatores mais simplificada e facilitar a
interpretaccedilatildeo dos fatores eacute recomendaacutevel fazer a rotaccedilatildeo dos eixos dos fatores mantendo a
ortogonalidade Esse recurso iraacute gerar uma nova matriz de coeficiente de fatores n x m (cada coluna
dessa matriz aproxima-se de 0 ou 1) Com a rotaccedilatildeo dos eixos cada um dos novos fatores deveraacute
apresentar correlaccedilatildeo relativamente forte com uma ou mais variaacuteveis e correlaccedilatildeo relativamente
fraca com as demais variaacuteveis
Conforme salienta Hoffmann (1999) o VARIMAX eacute um dos criteacuterios mais usados nos
estudos de anaacutelise fatorial envolvendo a transformaccedilatildeo ortogonal (T) A seguir procede-se o
desenvolvimento algeacutebrico para obter-se a matriz de estrutura de fatores com a transformaccedilatildeo
ortogonal Admitindo que
TT = Im (10)
Considerando a matriz de correlaccedilotildees entre as variaacuteveis equaccedilatildeo (3) sem os fatores
singulares e a equaccedilatildeo (10) tem-se
X = ATT F (11)
Representando os produtos
T F = Q e AT = B (12)
onde Q gera uma nova matriz dos fatores e B uma nova matriz n x m de cargas fatoriais
Cabe ressaltar que essa rotaccedilatildeo natildeo altera a comunalidade das variaacuteveis A partir da equaccedilatildeo
(6) e com algumas operaccedilotildees matriciais envolvendo a equaccedilatildeo (12) obteacutem-se
R = BB + U2 (13)
Apoacutes multiplicar ambos os membros da equaccedilatildeo (9) por T e considerar os produtos dado em
(12) tem-se apoacutes a transformaccedilatildeo ortogonal a equaccedilatildeo matricial constituiacuteda pelos coeficientes de
correlaccedilatildeo da i-eacutesima variaacutevel com cada um dos m fatores comuns isto eacute
XQ = B (14)
Essa equaccedilatildeo matricial seraacute utilizada para a classificaccedilatildeo dos municiacutepios da Metade Sul
quanto ao seu potencial de desenvolvimento
Como afirma Rangel amp Kume (1983 p 12) diferenccedilas significativas das varaacuteveis (natildeo
relevantes na caracterizaccedilatildeo de um dado fator) observados em relaccedilatildeo agrave miacutedia podem levar a
distorccedilotildees significativas mesmo que os coeficientes fatoriais sejam baixos
Para a classificaccedilatildeo dos potenciais de desenvolvimento dos municiacutepios utilizou-se do
mesmo procedimento de Perobelli (1999) ou seja os escores fatoriais foram normalizados
7
tomando o maior valor igual a 100 e o menor igual a 0 sendo os valores intermediaacuterios obtidos por
interpolaccedilatildeo
Ainda seguindo os fundamentos teacutecnicos utilizados por Perobelli (1999) o trabalho
apresenta sete categorias de potencialidades de desenvolvimento dos municiacutepios
1) A primeira categoria eacute composta por municiacutepios que superam a meacutedia em dez desvios-
padratildeo esses municiacutepios satildeo classificado como potencial de desenvolvimento muitiacutessimo
alto (PDMA)
2) A segunda categoria supera a meacutedia entre dez e seis desvios-padratildeo esses municiacutepios satildeo
classificados como potencial de desenvolvimento muito alto (PDA)
3) A terceira categoria supera a meacutedia entre seis e dois desvios-padratildeo sendo os municiacutepios
classificados como potencial de desenvolvimento alto (PA)
4) A quarta categoria compreende o intervalo entre a meacutedia ou seja estaacute entre zero e dois
desvios-padratildeo com os municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de
desenvolvimento meacutedio (PDM)
5) A quinta categoria fica abaixo da meacutedia entre dois e seis desvios-padratildeo e os municiacutepios
enquadrados nessa categoria satildeo classificados como potencial de desenvolvimento baixo
(PB)
6) a sexta categoria situa-se abaixo da meacutedia entre e seis e dez desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muito baixo (PDB)
7) a seacutetima categoria situa-se abaixo da meacutedia em dez ou mais desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muitiacutessimo baixo
(PDMB)
A Tabela 1 apresenta um resumo das categorias que seratildeo utilizadas no presente trabalho
para classificar os municiacutepios de acordo com o seu grau de desenvolvimento
Tabela 1 Criteacuterio para a classificaccedilatildeo do grau de desenvolvimento dos municiacutepios
Potencial de Desenvolvimento Criteacuterio para a classificaccedilatildeo
PDMA 10D PDA 106D PA 62D PDM 20D PB 62D
8
PDB 106D PDMB 10D
Fonte compilaccedilatildeo proacutepria a partir dos dados dos autores
21 A construccedilatildeo da base de dados e as suas fontes
Este trabalho teve como fonte dos dados variaacuteveis que contemplam os setores produtivos e
os principais indicadores soacutecio-econocircmicos tais como variaacuteveis dos setor agropecuaacuterio agriacutecola do
setor industrial e comercial Indicadores populacionais que vatildeo desde o iacutendice social municipal
ampliado (ISMA) elaborado pela FEE ateacute a populaccedilatildeo total dos municiacutepios PIB per capita iacutendice
de retorno do ICMS valor adicionado fiscal per capita entre outros
Por se tratar variaacuteveis divididas em dois periacuteodos a proposta do trabalho eacute captar os setores
que contribuem para o desenvolvimento dos municiacutepios no periacuteodo denominado 1990 (mas que
tambeacutem utiliza variaacuteveis do Censo agropecuaacuterio de 1985 bem como do Anuaacuterio Estatiacutestico para o
ano de 1996) E para o periacuteodo de 2000 que aleacutem dos dados relativos ao ano 2000 apresenta
tambeacutem variaacuteveis censitaacuterias do ano de 1995 e indicadores do Anuaacuterio Estatiacutestico do RS para o ano
de 1999 Para verificar as variaacuteveis utilizadas no modelo ver Anexo A ( variaacuteveis utilizadas no
modelo)
3 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS
No presente trabalho foi analisado o potencial de desenvolvimento de 84 municiacutepios do Rio
Grande do Sul sendo utilizado 38 variaacuteveis trabalhadas em dois periacuteodos distintos o ano de 1990 e
o ano de 2000 As nomenclaturas dos iacutendices investigados satildeo equivalentes mudando apenas o
periacuteodo para posterior comparaccedilatildeo cuja finalidade eacute verificar o potencial de desenvolvimento dos
municiacutepios da Metade Sul no periacuteodo de 1990 e captar a mudanccedila ou natildeo em relaccedilatildeo ao ano de
2000 Buscando identificar se o potencial de cada municiacutepio aumentou diminuiu ou manteve-se na
mesma faixa A anaacutelise fatorial foi realizada atraveacutes do Software Statistical Package for Social
Science (SPSS) for Windows em que se aplicou uma rotaccedilatildeo ortogonal atraveacutes do criteacuterio Varimax
os fatores comuns (componentes) os valores das raiacutezes (eigenvalues) sua variaccedilatildeo individual e
acumulada bem como sua comunalidade encontram-se representados na Tabela 2 para o periacuteodo
de 1990 bem como para 2000
Com base nos resultados obtidos para o ano de 1990 observou-se que existem 11 fatores
correspondendo a raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 No entanto optou-se por analisar os cinco
primeiros fatores que satildeo suficientes para explicar 525 da variabilidade do conjunto das
9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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7
tomando o maior valor igual a 100 e o menor igual a 0 sendo os valores intermediaacuterios obtidos por
interpolaccedilatildeo
Ainda seguindo os fundamentos teacutecnicos utilizados por Perobelli (1999) o trabalho
apresenta sete categorias de potencialidades de desenvolvimento dos municiacutepios
1) A primeira categoria eacute composta por municiacutepios que superam a meacutedia em dez desvios-
padratildeo esses municiacutepios satildeo classificado como potencial de desenvolvimento muitiacutessimo
alto (PDMA)
2) A segunda categoria supera a meacutedia entre dez e seis desvios-padratildeo esses municiacutepios satildeo
classificados como potencial de desenvolvimento muito alto (PDA)
3) A terceira categoria supera a meacutedia entre seis e dois desvios-padratildeo sendo os municiacutepios
classificados como potencial de desenvolvimento alto (PA)
4) A quarta categoria compreende o intervalo entre a meacutedia ou seja estaacute entre zero e dois
desvios-padratildeo com os municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de
desenvolvimento meacutedio (PDM)
5) A quinta categoria fica abaixo da meacutedia entre dois e seis desvios-padratildeo e os municiacutepios
enquadrados nessa categoria satildeo classificados como potencial de desenvolvimento baixo
(PB)
6) a sexta categoria situa-se abaixo da meacutedia entre e seis e dez desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muito baixo (PDB)
7) a seacutetima categoria situa-se abaixo da meacutedia em dez ou mais desvios-padratildeo com os
municiacutepios recebendo a classificaccedilatildeo de potencial de desenvolvimento muitiacutessimo baixo
(PDMB)
A Tabela 1 apresenta um resumo das categorias que seratildeo utilizadas no presente trabalho
para classificar os municiacutepios de acordo com o seu grau de desenvolvimento
Tabela 1 Criteacuterio para a classificaccedilatildeo do grau de desenvolvimento dos municiacutepios
Potencial de Desenvolvimento Criteacuterio para a classificaccedilatildeo
PDMA 10D PDA 106D PA 62D PDM 20D PB 62D
8
PDB 106D PDMB 10D
Fonte compilaccedilatildeo proacutepria a partir dos dados dos autores
21 A construccedilatildeo da base de dados e as suas fontes
Este trabalho teve como fonte dos dados variaacuteveis que contemplam os setores produtivos e
os principais indicadores soacutecio-econocircmicos tais como variaacuteveis dos setor agropecuaacuterio agriacutecola do
setor industrial e comercial Indicadores populacionais que vatildeo desde o iacutendice social municipal
ampliado (ISMA) elaborado pela FEE ateacute a populaccedilatildeo total dos municiacutepios PIB per capita iacutendice
de retorno do ICMS valor adicionado fiscal per capita entre outros
Por se tratar variaacuteveis divididas em dois periacuteodos a proposta do trabalho eacute captar os setores
que contribuem para o desenvolvimento dos municiacutepios no periacuteodo denominado 1990 (mas que
tambeacutem utiliza variaacuteveis do Censo agropecuaacuterio de 1985 bem como do Anuaacuterio Estatiacutestico para o
ano de 1996) E para o periacuteodo de 2000 que aleacutem dos dados relativos ao ano 2000 apresenta
tambeacutem variaacuteveis censitaacuterias do ano de 1995 e indicadores do Anuaacuterio Estatiacutestico do RS para o ano
de 1999 Para verificar as variaacuteveis utilizadas no modelo ver Anexo A ( variaacuteveis utilizadas no
modelo)
3 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS
No presente trabalho foi analisado o potencial de desenvolvimento de 84 municiacutepios do Rio
Grande do Sul sendo utilizado 38 variaacuteveis trabalhadas em dois periacuteodos distintos o ano de 1990 e
o ano de 2000 As nomenclaturas dos iacutendices investigados satildeo equivalentes mudando apenas o
periacuteodo para posterior comparaccedilatildeo cuja finalidade eacute verificar o potencial de desenvolvimento dos
municiacutepios da Metade Sul no periacuteodo de 1990 e captar a mudanccedila ou natildeo em relaccedilatildeo ao ano de
2000 Buscando identificar se o potencial de cada municiacutepio aumentou diminuiu ou manteve-se na
mesma faixa A anaacutelise fatorial foi realizada atraveacutes do Software Statistical Package for Social
Science (SPSS) for Windows em que se aplicou uma rotaccedilatildeo ortogonal atraveacutes do criteacuterio Varimax
os fatores comuns (componentes) os valores das raiacutezes (eigenvalues) sua variaccedilatildeo individual e
acumulada bem como sua comunalidade encontram-se representados na Tabela 2 para o periacuteodo
de 1990 bem como para 2000
Com base nos resultados obtidos para o ano de 1990 observou-se que existem 11 fatores
correspondendo a raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 No entanto optou-se por analisar os cinco
primeiros fatores que satildeo suficientes para explicar 525 da variabilidade do conjunto das
9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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8
PDB 106D PDMB 10D
Fonte compilaccedilatildeo proacutepria a partir dos dados dos autores
21 A construccedilatildeo da base de dados e as suas fontes
Este trabalho teve como fonte dos dados variaacuteveis que contemplam os setores produtivos e
os principais indicadores soacutecio-econocircmicos tais como variaacuteveis dos setor agropecuaacuterio agriacutecola do
setor industrial e comercial Indicadores populacionais que vatildeo desde o iacutendice social municipal
ampliado (ISMA) elaborado pela FEE ateacute a populaccedilatildeo total dos municiacutepios PIB per capita iacutendice
de retorno do ICMS valor adicionado fiscal per capita entre outros
Por se tratar variaacuteveis divididas em dois periacuteodos a proposta do trabalho eacute captar os setores
que contribuem para o desenvolvimento dos municiacutepios no periacuteodo denominado 1990 (mas que
tambeacutem utiliza variaacuteveis do Censo agropecuaacuterio de 1985 bem como do Anuaacuterio Estatiacutestico para o
ano de 1996) E para o periacuteodo de 2000 que aleacutem dos dados relativos ao ano 2000 apresenta
tambeacutem variaacuteveis censitaacuterias do ano de 1995 e indicadores do Anuaacuterio Estatiacutestico do RS para o ano
de 1999 Para verificar as variaacuteveis utilizadas no modelo ver Anexo A ( variaacuteveis utilizadas no
modelo)
3 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS
No presente trabalho foi analisado o potencial de desenvolvimento de 84 municiacutepios do Rio
Grande do Sul sendo utilizado 38 variaacuteveis trabalhadas em dois periacuteodos distintos o ano de 1990 e
o ano de 2000 As nomenclaturas dos iacutendices investigados satildeo equivalentes mudando apenas o
periacuteodo para posterior comparaccedilatildeo cuja finalidade eacute verificar o potencial de desenvolvimento dos
municiacutepios da Metade Sul no periacuteodo de 1990 e captar a mudanccedila ou natildeo em relaccedilatildeo ao ano de
2000 Buscando identificar se o potencial de cada municiacutepio aumentou diminuiu ou manteve-se na
mesma faixa A anaacutelise fatorial foi realizada atraveacutes do Software Statistical Package for Social
Science (SPSS) for Windows em que se aplicou uma rotaccedilatildeo ortogonal atraveacutes do criteacuterio Varimax
os fatores comuns (componentes) os valores das raiacutezes (eigenvalues) sua variaccedilatildeo individual e
acumulada bem como sua comunalidade encontram-se representados na Tabela 2 para o periacuteodo
de 1990 bem como para 2000
Com base nos resultados obtidos para o ano de 1990 observou-se que existem 11 fatores
correspondendo a raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 No entanto optou-se por analisar os cinco
primeiros fatores que satildeo suficientes para explicar 525 da variabilidade do conjunto das
9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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9
variaacuteveis De acordo com os resultados para o ano de 1990 foi possiacutevel formar grupos de
desenvolvimento ver Anexo B (cargas fatoriais) os valores em negrito representam as cargas
fatoriais de maior valor para uma dada variaacutevel o que significa dizer que esta variaacutevel estaacute
fortemente correlacionada com o respectivo fator Em outras palavras o Anexo B possibilita
verificar a correlaccedilatildeo de cada variaacutevel com relaccedilatildeo aos fatores ou dos fatores com cada variaacutevel
apoacutes ter sido realizada a rotaccedilatildeo ortogonal Desta forma foi possiacutevel eleger um nome para cada fator
em funccedilatildeo das suas variaacuteveis conforme Anexo C (grupo de desenvolvimento)
Tabela 2 Descriccedilatildeo dos Fatores Comuns para os anos de 1990 e 2000
1990 2000
Initial Eigenvalues Initial Eigenvalues
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
Comp
Total of
Variance Cumulative
Comunalidade
1
8458
22258
22258
0673
1
8623
22692
22692
0672
2
388
1021
32468
0847
2
3645
9592
32284
0719
3
3001
7896
40365
076
3
2988
7863
40147
0992
4
2331
6134
46499
0905
4
2676
7042
47189
0832
5
2282
6005
52504
0812
5
2117
557
52759
0812
6
2039
5367
57871
0747
6
1939
5103
57862
0691
7
1877
4941
62811
0791
7
1534
4037
619
0698
8
1469
3866
66678
0742
8
1435
3776
65675
0665
9
1193
3141
69818
0767
9
1332
3504
6918
0993
10
117
308
72898
0747
10
12
3157
72337
0774
11
106
2788
75687
0863
11
1162
3057
75394
0932
12
0935
2462
78148
0874
12
1036
2725
78119
0922
13
0855
2251
804
0721
13
0986
2594
80713
0652
14
0802
2109
82509
0753
14
0846
2226
82939
0833
15
0763
2009
84518
0859
15
0729
1917
84856
0833
16
0714
1879
86397
0493
16
0684
18
86656
0655
17
0638
1679
88076
0869
17
064
1685
88341
0906
18
0609
1601
89678
0923
18
0544
1432
89773
0854
19
0516
1357
91035
0578
19
0517
1361
91134
0793
20
0487
1281
92316
0723
20
0426
1122
92256
0683
21
046
1211
93526
0639
21
0404
1064
9332
0425
22
036
0946
94472
0501
22
0383
1008
94328
071
23
0306
0804
95277
0606
23
0369
0972
953
069
24
0272
0717
95993
083
24
0317
0834
96134
068
25
0258
0679
96672
0684
25
0277
073
96864
0745
26
0222
0584
97256
0693
26
026
0684
97549
0722
27
0182
0478
97734
0801
27
0209
055
98099
0803
28
0163
0429
98163
0839
28
0152
0401
985
0801
29
0155
0409
98572
0684
29
0126
033
9883
0781
30
0133
0351
98923
0748
30
011
0288
99119
0841
31
0112
0293
99216
0908
31
856E-02
0225
99344
0799
32
914E-02
0241
99457
0798
32
667E-02
0175
99519
0942
33
786E-02
0207
99664
0827
33
617E-02
0162
99682
0761
34
585E-02
0154
99818
0658
34
412E-02
0108
9979
0811
35
474E-02
0125
99942
0802
35
393E-02
0103
99893
0902
10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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10
36
159E-02
418E-02
99984
0821
36
279E-02
733E-02
99967
0933
37
424E-03
112E-02
99995
0714
37
124E-02
328E-02
99999
067
38
177E-03
465E-03
100
0759
38
246E-04
647E-04
100
0758
Fonte dados compilados pelos autores a partir dos resultados do SPSS
Nesta perspectiva a anaacutelise para o ano de 1990 conforme o Anexo B eacute demonstrada da
seguinte forma
FATOR 1 =gt Eacute identificado como inerente ao desenvolvimento urbano representa 223
da variaccedilatildeo total do modelo todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas de forma positiva com este
fator aleacutem de apresentarem correlaccedilatildeo acima de 065 Os municiacutepios que apresentaram grande
potencial com base neste fator demonstram sua vocaccedilatildeo para um desenvolvimento voltado para os
setores mais dinacircmicos do meio urbano como setores puacuteblicos evidenciados nos indicadores X17 e
X18 e o setor terciaacuterio X9 aleacutem do que os indicadores de saneamento e ISMA estatildeo fortemente
correlacionados com o fator demonstrando o grande vieacutes para o desenvolvimento voltado para o
meio urbano
FATOR 2=gt eacute o fator do desenvolvimento industrial sendo responsaacutevel por 102 da
variaccedilatildeo total Existe ainda 5 variaacuteveis fortemente relacionadas a este fator sendo todas relacionadas
de forma positiva Destaca-se que as variaacuteveis deste fator apresentam uma correlaccedilatildeo superior ou
igual a 060
FATOR 3 =gt eacute o fator responsaacutevel pelo desenvolvimento agropecuaacuterio representa 789
da variaccedilatildeo total do modelo Existem apenas duas variaacuteveis correlacionadas a este fator sendo
ambas correlacionadas de forma positiva Apresentando uma correlaccedilatildeo com o fator acima de 076
Este fator demonstra que quanto maior for agrave razatildeo entre o valor dos financiamentos agropecuaacuterios e
o valor agregado na agropecuaacuteria a razatildeo entre o consumo de oacuteleo diesel e o valor agregado na
agropecuaacuteria e o consumo de energia eleacutetrica rural per capita mais desenvolvido em termos da
agricultura e da pecuaacuteria seraacute o municiacutepio Isto pode significar que havendo grande quantidade de
financiamentos para o setor aumentaraacute em grande escala as possibilidades de investimento e
consequumlentemente a produccedilatildeo quanto maior o consumo de oacuteleo diesel mais se estaacute produzindo ou
tentando produzir o que demonstra maior dinacircmica do setor rural
FATOR 4=gt esta associado a educaccedilatildeo e a sauacutede sendo composto pelas variaacuteveis taxa de
mortalidade infantil e taxa de analfabetismo correspondendo a 61 da variaccedilatildeo total do modelo A
variaacutevel taxa de analfabetismo estaacute correlacionada de forma negativa a este fator (-0829) o sinal
desta variaacutevel eacute coerente na medida em que quanto menor o nuacutemero de analfabetos melhor seraacute o
desenvolvimento da educaccedilatildeo nos municiacutepios com maior potencial neste fator
FATOR5 =gt representa 60 da variaccedilatildeo total do modelo podendo ser identificado como
inerente ao desenvolvimento agriacutecola pois possui duas variaacuteveis correlacionadas de forma positiva
com este fator acima de 084 Este fator do desenvolvimento agriacutecola explica mais de 80 da
11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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11
variacircncia das variaacuteveis X4 e X5 o que significa que a (razatildeo entre o valor da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea do estabelecimento agriacutecola bem como a razatildeo entre o valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola e a
aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas) indica um desenvolvimento em termos de produccedilatildeo e
produtividade da agricultura nos municiacutepios com um potencial destacado neste fator
Analisando os resultados obtidos para o periacuteodo de 2000 verifica-se a existecircncia de 12
fatores com raiacutezes caracteriacutesticas maiores que 1 poreacutem do mesmo modo como ocorreu em 1990
optou-se por escolher 5 fatores que explicam conjuntamente 527 da variacircncia das variaacuteveis
FATOR 1 =gt Eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento urbano representa 227 da variaccedilatildeo
total do modelo existem sete variaacuteveis correlacionadas fortemente com este fator sendo 4 de forma
positiva e 3 relacionadas negativamente Estes resultados indicam que quanto maior a participaccedilatildeo
da populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total o nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita percentual de
domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral percentual de domiciacutelios com destino de
lixo coletado mais desenvolvido em termos de potencial urbano seraacute o municiacutepio Por outro lado
as variaacuteveis negativas (X1 X12 e X30) razatildeo entre nuacutemero de armazeacutens e valor agregado na
agropecuaacuteria participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total e nuacutemero de escolas
de 1ordm e 2ordm grau per capita indicam que os municiacutepios com maior potencial neste fator
apresentam poucos armazeacutens para produccedilatildeo agropecuaacuteria a populaccedilatildeo rural natildeo eacute
expressiva no conjunto da economia E o que merece maior destaque eacute o crescimento
da zona urbana irregular ou acelerada que estaacute demandando um nuacutemero cada vez
maior de escolas Desta forma estaacute variaacutevel (X30) eacute coerente na medida em que
explica o crescimento da populaccedilatildeo da aacuterea urbana Por fim verifica-se que as
variaacuteveis apresentam uma correlaccedilatildeo igual ou superior a 056
FATOR 2 =gt Eacute o fator do desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo sendo responsaacutevel por
96 da variaccedilatildeo total do modelo Destaca-se que todas as variaacuteveis estatildeo correlacionadas
positivamente tendo uma correlaccedilatildeo de no miacutenimo 068 Percebe-se neste fator que quanto maior
retorno dos impostos e maior a carga de arrecadaccedilatildeo mais elevado seraacute o potencial de
desenvolvimento para os municiacutepios que se destacam neste fator
FATOR 3 =gt eacute identificado como inerente ao desenvolvimento industrial representa 78 da
variaccedilatildeo do modelo Todas as variaacuteveis estatildeo relacionadas de forma positiva como fator sendo que
a correlaccedilatildeo das variaacuteveis se apresenta entre 06 e 08 para o conjunto do fator
FATOR 4 =gt eacute responsaacutevel pelo desenvolvimento Social representando mais ou menos 7
da variaccedilatildeo total do modelo existindo 3 variaacuteveis fortemente correlacionadas sendo duas positivas e
uma negativa A variaacutevel negativa eacute a taxa de analfabetismo que em grande medida explica o
desenvolvimento social pois com esta taxa negativa significa uma menor quantidade de analfabetos
12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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12
no municiacutepio corroborando para com o elevado nuacutemero do ISMA (0609) pois somente com niacuteveis
elevados de educaccedilatildeo sauacutede e renda eacute possiacutevel apresentar um indicador como ISMA relativamente
alto
FATOR 5 =gt estaacute associado ao desenvolvimento agropecuaacuterio representando 56 da
variaccedilatildeo total do modelo tendo duas variaacuteveis fortemente relacionadas ao fator com cargas
fatoriais explicativas na ordem de 099 ou seja a correlaccedilatildeo com o fator eacute quase total
31 Classificaccedilatildeo dos Municiacutepios em Relaccedilatildeo ao Potencial de Desenvolvimento
Existe grande dificuldade de se analisar simultaneamente 38 variaacuteveis que indicam a
evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento regional dos municiacutepios da mesorregiatildeo Metade Sul em
decorrecircncia da diversidade e especificidade das variaacuteveis
Nesta perspectiva Hofmann (1992) indica que a anaacutelise fatorial pelo meacutetodo dos
componentes principais eacute um instrumental aconselhado pelos pesquisadores pois possibilita inferir
um nuacutemero pequeno de fatores que passaratildeo a ser utilizados como indicadores que mais
influenciam no desenvolvimento dos municiacutepios Desta forma foi possiacutevel classificar os municiacutepios
de acordo com o seu potencial de desenvolvimento15 em cada periacuteodo de acordo com os fatores de
desenvolvimento como eacute apresentado no quadro 1
Quadro 1 Potencial de Desenvolvimento dos municiacutepios da Metade Sul (1990-2000)
1990 2000 FI F2 F3 FI F2 F3
Municiacutepios PD PD PD PD PD PD
Morro Redondo PDMB PA PDMB PDMB PDA PDA
Amaral Ferrador PDMB PDB PDM PDMB PB PDB
Ivoraacute PDMB PB PDB PDB PB PB
Capatildeo do Leatildeo PDMB PDMA PDM PDMA PB PDMA
Palmares do Sul PDMB PDMA PDM PDMA PA PA
Silveira Martins PDMB PB PB PDB PDM PDB
Tavares PDMB PB PDB PDB PDM PDB
Nova Esperanccedila do Sul PDMB PDMA PB PDA PDM PDMA
Arambareacute PDMB PA PDM PDMA PB PB
Satildeo Vicente do Sul PDMB PB PDM PA PB PB
Mostardas PDB PA PDM PA PDMA PDM
Restinga Seca PDB PDMA PDA PA PDM PA
Continuaccedilatildeo
Mata PDB PDM PB PDB PB PB
Herval PDB PDM PA PB PDM PB
Cerro Branco PDB PA PB PDMB PB PDM
Satildeo Francisco PDB PB PDA PA PB PB
Manoel Viana PDB PDM PDM PDA PDB PB
15 Pelas caracteriacutesticas do evento o trabalho natildeo pode passar de 20 paacuteginas seraacute e portanto seraacute apenas apresentados os resultados do fator 1 nos dois periacuteodos
13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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13
Nova Palma PDB PA PDMB PDMB PB PB
Pinhal Grande PDB PDM PB PDMB PDB PDMA
Santana da Boa Vista PDB PDMB PDMB PDB PDM PDB
Hulha Negra PDB PDM PA PDMB PB PDMA
Satildeo Martinho da Serra PDB PB PB PB PB PDB
Minas do Leatildeo PDB PDM PA PDMA PDB PDM
General Cacircmara PDB PDM PA PDM PB PDB
Julio de Castilhos PDB PDB PA PDA PDB PB
Cerro Grande do Sul PDB PDB PDM PDMB PB PB
Piratini PB PDB PB PDM PDM PDB
Quevedos PB PDB PDM PDMB PDM PB
Satildeo Joatildeo do Polesine PB PDMB PDB PB PDM PB
Vila Nova do Sul PB PB PB PDM PB PB
Dom Feliciano PB PB PDMB PDMB PDM PB
Cristal PB PDB PA PA PB PB
Sentinela do Sul PB PB PDM PDMB PDA PDMA
Paraiacuteso do Sul PB PDA PA PDMB PDM PB
Satildeo Joseacute do Norte PB PA PB PB PB PB
Encruzilhada do Sul PB PDB PB PDM PB PB
Candiota PB PDMA PDMB PB PDB PDMA
Mariana Pimentel PB PDB PB PDMB PB PB
Dona Francisca PB PDA PB PB PB PDM
Baratildeo do Triunfo PB PDB PDM PDMB PA PDB
Barra do Ribeiro PB PDB PDMB PDA PB PDB
Cacequi PDM PDB PA PDA PB PB
Pedro Osoacuterio PDM PDMB PDM PDMA PDB PB
Sertatildeo Santana PDM PB PDB PDMB PDM PDMA
Butiaacute PDM PDB PDMA PDMA PDB PB
Passo do Sobrado PDM PDM PB PDMB PDM PDM
Arroio dos Ratos PDM PDB PB PDA PDB PB
Tupanciretatilde PDM PB PA PDA PB PDM
Satildeo Pedro do Sul PDM PDM PDB PA PB PDB
Itaqui PDM PDMA PDMA PDA PDMA PDA
Satildeo Sepeacute PDM PDM PDMA PDA PB PB
Tapes PDM PDB PDA PDMA PDM PB
Satildeo Jerocircnimo PDM PDB PB PA PB PDA
Pantano Grande PDM PA PDM PDA PB PDM
Rio Pardo PDM PDA PA PA PDM PB
Agudo PDM PDA PDB PDMB PB PDM
Candelaacuteria PDM PDM PB PDMB PA PDB
Faxinal do Soturno PA PDB PDB PB PDM PDB
Jaguari PA PB PB PDB PDM PDB
Rosaacuterio do Sul PA PB PDA PDMA PB PB
Lavras do Sul PA PDMB PDMA PA PB PDM
Formigueiro PA PDM PDM PB PB PA
Arroio Grande PA PDM PDA PDA PDB PA
Canguccedilu PA PDB PDMB PDMB PA PDB
Pinheiro Machado PA PDM PDMB PA PDA PDMA
continuaccedilatildeo
Satildeo Gabriel PA PA PDA PDA PDM PA
Santiago PDA PDMB PB PDMA PDB PDB
Camaquatilde PDA PDA PDA PDM PDA PA
Satildeo Lourenccedilo do Sul PDA PA PB PDB PDM PB
Santa Vitoacuteria do Palmar PDA PB PDMA PDA PB PDM
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Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
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Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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18
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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14
Dom Pedrito PDMA PDA PDM PDA PA PDA
Satildeo Borja PDMA PDA PDMA PDA PDA PB
Charqueadas PDMA PDMA PDMB PDMA PDM PDMA
Caccedilapava PDMA PDM PDMB PDM PA PDB
Alegrete PDMA PA PDA PDMA PDA PDM
Jaguaratildeo PDMA PDMB PDM PDMA PDB PDM
Quaraiacute PDMA PDMB PDB PDMA PDB PA
Cachoeira do Sul PDMA PDB PDM PA PDM PDM
Uruguaiana PDMA PDM PDMA PDA PDA PDB
Bageacute PDMA PDB PDB PDMA PA PB
Santana do Livramento PDMA PDMB PDMB PDMA PDM PB
Rio Grande PDMA PDMA PDMA PDM PDMA PA
Santa Maria PDMA PDB PDB PDMA PDMA PDMB
Pelotas PDMA PA PDMB PDMA PDMA PDB Fonte elaboraccedilatildeo proacutepria a partir dos resultados do modelo
Conforme o Quadro 1 do ponto de vista do potencial de desenvolvimento os resultados para
o ano de 1990 da anaacutelise dos trecircs primeiros fatores destaca os municiacutepios de Pelotas Santa Maria
Rio Grande Santana do Livramento Bageacute todos os municiacutepios com desvio padratildeo acima de 20
pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia para o primeiro fator ligado ao desenvolvimento urbano
Realizando uma constataccedilatildeo in loco das variaacuteveis que compotildee o fator percebe-se claramente que o
desenvolvimento destes municiacutepios eacute altamente correlacionado a estas variaacuteveis Na ponta de baixo
da anaacutelise do primeiro fator encontram-se municiacutepios como Morro Redondo Amaral ferrador
Ivoraacute Capatildeo do Leatildeo Palmares do Sul Silveira Martins Tavares que no seu todo apresentam
pouca infra-estrutura urbana e baixos iacutendices sociais fatores que colaboraram para estes
municiacutepios apresentarem um PDMB
A anaacutelise deste fator possibilitou constatar que mesmo cidades que satildeo caracterizadas pela
agropecuaacuteria como Santana do Livramento Bageacute Uruguaiana Quarai Alegrete Charqueadas
apresentam um setor urbano e iacutendices de desenvolvimento urbano elevados o que demonstra que
mesmo sendo municiacutepios com forte vieacutes agropecuaacuterio existe reflexo do meio urbano no
desenvolvimento dos municiacutepios Com base nos resultados para o fator 2 ano de 1990 verifica-se
que os municiacutepios de Quarai Lavras Santana do Livramento satildeo os que apresentam menor
potencial sobretudo pelo seu viacutenculo com a agropecuaacuteria e com o setor de comeacutercio Por outro lado
os municiacutepios de Candiota Itaqui Rio Grande Capatildeo do Leatildeo satildeo os que apresentam PDMA com
um desvio padratildeo superior a 20 pontos percentuais em relaccedilatildeo agrave meacutedia o que demonstra que
existem induacutestrias chaves que alavancam os municiacutepios e potencializam natildeo soacute o setor industrial
bem como geram sinergias para outros setores como eacute o caso de Rio Grande que apresenta uma
induacutestria atuante e potencializadora do municiacutepio assim como o setor de comeacutercio
Jaacute o fator 3 leva em consideraccedilatildeo os insumos agriacutecolas apresentando como expoentes do
PDMB os municiacutepios de Charqueadas Candiota Pelotas Morro Redondo Santana do Livramento
15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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15
Caccedilapava todos municiacutepios com particularidades industriais que satildeo determinantes para o
desenvolvimento destes municiacutepios natildeo apresentando estreita dependecircncia coma produccedilatildeo
agropecuaacuteria em contra-partida Butiaacute apresenta um desvio padratildeo na ordem de 5115 pontos
percentuais sendo acompanhado de Satildeo Borja e Lavras com um PDMA e forte vieacutes de
desenvolvimento atrelado ao setor agropecuaacuterio Constata-se que o municiacutepio de Itaqui apresenta
potencial de desenvolvimento elevado nos fatores (2) e (3) o que remete a concluir que tanto o
setor agropecuaacuterio como industrial dinamizam o municiacutepio e mais vem a demonstrar a relaccedilatildeo
destes dois setores que converge em um grande dinamismo par ao municiacutepio
No ano de 2000 o fator (1) apresenta como municiacutepios com PDMA Butiaacute Minas do Leatildeo
Quarai Charqueadas isto demonstra que as atividades urbanas ganharam novas dimensotildees nesses
municiacutepios sendo responsaacuteveis pelo desenvolvimento nesse periacuteodo analisado aleacutem de mostrar que
a qualidade dos serviccedilos urbanos vem melhorando nesses municiacutepios bem como o meio urbano
passa a tornar-se um intensificador do desenvolvimento Enquanto que municiacutepios maiores e mais
tradicionais como Pelotas Santa Maria Santana do Livramento Bageacute e Uruguaiana mantiveram a
condiccedilatildeo de PDMA no primeiro fator que determina em grande medida que esta ocorrendo no
miacutenimo uma manutenccedilatildeo das condiccedilotildees de desenvolvimento urbano apesar de algumas variaacuteveis
serem substituiacutedas por outras neste fator
No fator 2 relacionado com os tributos tem-se como municiacutepios com PDMA Rio Grande
Pelotas Itaqui Mostardas Santa Maria todos municiacutepios na sua maioria com uma populaccedilatildeo
elevada alicerccedilados numa boa base de funcionaacuterios puacuteblicos que representam uma arrecadaccedilatildeo
maior aleacutem de serem municiacutepios com um iacutendice de retorno do ICMS proporcionalmente maior em
relaccedilatildeo a meacutedia do estado apresentando outros fatores especiacuteficos como o porto em Rio Grande o
setor comercial e de imoacuteveis em santa Maria e Pelotas e um promissor setor industrial em Itaqui e
Mostardas que satildeo outras fontes de tributaccedilatildeo para os municiacutepios analisados
Para o terceiro fator em 2000 ligado ao setor industrial tem-se como municiacutepios de PDMA
Candiota Charqueadas Pinheiro Machado Capatildeo do Leatildeo satildeo municiacutepios com induacutestrias
potencializadoras de desenvolvimento na regiatildeo apresentando grande distorccedilatildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
a situaccedilatildeo de Candiota com mais de 787 pontos de desvio padratildeo em relaccedilatildeo a meacutedia
perfeitamente explicado pela posiccedilatildeo estrateacutegica da hidreleacutetrica na regiatildeo
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
O estudo atraveacutes do meacutetodo de anaacutelise fatorial proporcionou classificar os municiacutepios de
acordo com seu potencial a anaacutelise por periacuteodos visou apresentar um caraacuteter dinacircmico para
16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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16
verificar a evoluccedilatildeo do potencial de desenvolvimento tanto do ponto de vista da constituiccedilatildeo das
variaacuteveis dos fatores como do potencial dos municiacutepios A anaacutelise com base nos trecircs principais
fatores explica-se pela maior significacircncia dos mesmos sendo os mais significativos e explicando
satisfatoriamente o potencial de desenvolvimento dos municiacutepios em mais de 40 para o periacuteodo
de 1990 e mais de 47 para o ano de 2000
Desta forma os principais resultados do modelo demonstram que os municiacutepios com PDMA
para o primeiro fator no ano de 1990 mantiveram um potencial de no miacutenimo PDM para o primeiro
fator em 2000 com exceccedilatildeo de Quarai e Jaguaratildeo Demonstrando que o fator que exerce maior
influecircncia no potencial de desenvolvimento nos municiacutepios da Metade Sul estaacute ligado ao setor
urbano ou seja as condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas de desenvolvimento dos municiacutepios bem como aos
retorno da arrecadaccedilatildeo que estes municiacutepios recebem A grosso modo os municiacutepios que
apresentam maior potencial de desenvolvimento no principal fator estavam ligados a atividade
comercial e muito vinculados a receitas da esfera estadual no periacuteodo de 1990 passando a depender
um pouco menos no periacuteodo de 2000 haja vista que o desenvolvimento em funccedilatildeo da tributaccedilatildeo
passou a ser considerado um segundo fator devido a correlaccedilatildeo das variaacuteveis mas para os grandes
municiacutepios como Santa Maria Rio Grande e Pelotas apesar de explicar somente 96 ainda
corresponde a um PDMA destes municiacutepios
Na outra ponta da tabela os municiacutepios com PDMB apresentaram uma certa dinacircmica nos
seus resultados permanecendo apenas Morro Redondo e Amaral Ferrador com os mesmos
potenciais enquanto que Capatildeo do leatildeo Palmares do Sul e Arambareacute tiveram uma mudanccedila
abrupta mudando do pior potencial para o potencial mais elevado Jaacute os municiacutepios de Ivoraacute
Silveira Martins Tavares Nova Esperanccedila do Sul e Satildeo Vicente do Sul melhoraram suas condiccedilotildees
em termos de potencial de desenvolvimento urbano uma vez que no miacutenimo passaram para o PDB
As principais conclusotildees sobre os resultados obtidos norteiam a ideacuteia de que natildeo soacute com
base em um setor os municiacutepios potencializam seu desenvolvimento sendo que mais de uma
variaacutevel eacute responsaacutevel pela capacidade de crescimento dos municiacutepios Destaca-se ainda que o setor
de comeacutercio geralmente esta inter-relacionado com outra cadeia produtiva sendo potencializado
pelo setor industrial do agropecuaacuterio ou pelas transferecircncias estaduais conforme demonstra os
resultados da porcentagem de variaccedilatildeo de cada fator na explicaccedilatildeo do modelo Os setores industrial
e agropecuaacuteriosatildeo componentes importantes do desenvolvimento conforme verifica-se nos grupos
de desenvolvimento contudo eles explicam em medida menor a variaccedilatildeo dos potenciais de
desenvolvimento haja vista que sozinhos natildeo agregam valor ou natildeo satildeo tatildeo dinacircmicos quanto
poderiam ser tendo seus efeitos verificados nos fatores 1 para o ano de 1990 e nos fatores 1 e 2
para o ano de 2000 seja na arrecadaccedilatildeo e participaccedilatildeo do ICMS ou mesmo no nuacutemero de pessoas
ocupadas na atividade comercial
17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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17
Por fim pode-se dizer que os fatores reproduzem a realidade dos setores produtivos sendo
que se destacam as variaacuteveis relacionadas ao ICMS pessoal ocupado no comeacutercio produccedilatildeo
industrial por habitante valor dos financiamentos agropecuaacuterios condiccedilotildees sociais como instalaccedilatildeo
sanitaacuteria e coleta de lixo e o consumo de energia eleacutetrica nos setores analisados O padratildeo da
relaccedilatildeo das variaacuteveis indica o vieacutes que cada municiacutepio apresenta para o desenvolvimento ocorrendo
casos em que os municiacutepios podem ser potencializados em mais de um setor devido agrave
complementaridade dos setores produtivos
5 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
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Sul do Rio Grande do Sul Causas e perspectivas Fundaccedilatildeo de Economia e Estatiacutestica Siegfried
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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18
GONTIJO C AGUIRRE A Elementos para uma tipologia do uso do solo agriacutecola no Brasil uma
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HOFFMANN R KEGEYAMA A A Modernizaccedilatildeo da agricultura e distribuiccedilatildeo de renda no
Brasil Pesquisa e Planejamento Econocircmico v15 n1 1985
HOFFMANN R Componentes principais e anaacutelise fatorial Piracicaba ESALQUSPDEAS
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PEROBELLI Fernando Salgueiro Uma Anaacutelise das potencialidades de desenvolvimento dos
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ANUAacuteRIO ESTATIacuteSTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2001 Secretaria da Coordenaccedilatildeo e
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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19
ANEXOS
ANEXO A TABELA - VARIAacuteVEIS UTILIZADAS NO MODELO
Variaacuteveis 1990 2000
Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X1
Valor dos financiamentos agropecuaacuterios valor agregado na agropecuaacuteria X2
Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria X3
Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimento agriacutecola X4
Valor agregado da produccedilatildeo agropecuaacuteriaaacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas (em Reais) X5
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeovalor agregado na induacutestria X6
Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais (em reais) X7
Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X8
Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X9
Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agreegado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) (mil reais) X10
Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total X11
Participaccedilatildeo da populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total X12
Nuacutemero de oacutebitos totalpopulaccedilatildeo total X13
Taxa de mortalidade infantil X14
Valor arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X15
Valor adicionado fiscal per capita X16
Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS () X17
Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios X18
Consumo de energia eleacutetrica por unidade residencial em Mwh X19
Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X20
Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X21
Consumo de energia eleacutetrica rural per capita em Mwh X22
Saldo de depoacutesitos bancaacuterios per capita X23
Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicospopulaccedilatildeo urbana) X24
Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nuacutemero de veiacuteculospopulaccedilatildeo total) X25
Total de leitos per capita (total de leitos hospitalarespopulaccedilatildeo total) X26
Gastos do SUS per capita X27
PIB per capita X28
Relaccedilatildeo docentealuno X29
Escolas de 1ordm e 2ordm grau per capita X30
Alunos de 1ordm e 2ordm grau per capita X31
Docentes de 1ordm e 2ordm grau per capita X32
Taxa de analfabetismo (total da populaccedilatildeo analfabetapopulaccedilatildeo total) X33
Evasatildeo escolar em percentagem X34
Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada da rede geral (domiciacutelios permanentes) X35
Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X36
Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral (domiciacutelios permanentes) X37
ISMA X38
20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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20
ANEXO B QUADRO - CARGAS FATORIAIS PARA 1990
F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7
X1 -0103 -0168 -0334 -423E-02 -704E-02 -0198
-0287
X2 0127 -110E-02 0763 -0156 0434 304E-02
0132
X3 863E-02 381E-03 0825 622E-02 -017 484E-02
885E-02
X4 -0105 -232E-02 0154 -257E-03 0915 -521E-02
-0103
X5 -420E-02 0214 -0149 717E-02 0844 623E-02
-865E-02
X6 -691E-02 -0545 -0238 -0295 0395 737E-02
0327
X7 0151 0553 -0168 -0226 570E-02 0272
045
X8 537E-03 0828 -396E-02 0107 0112 201E-02
-135E-02
X9 082 0174 0127 -113E-02 -601E-02 015
0103
X10 0219 0605 0462 -0182 -0215 862E-02
-0121
X11 0451 458E-02 0275 0154 -0164 0151
0681
X12 -0452 -478E-02 -0277 -0155 0177 -0142
-0687
X13 0198 -014 -647E-02 881E-02 797E-02 -445E-02
-0133
X14 -252E-02 -0101 -539E-03 -0176 478E-02 -0145
0133
X15 0427 076 0122 -829E-02 -190E-03 627E-02
0131
X16 -991E-03 0419 -695E-02 -417E-02 0128 -0218
395E-03
X17 0711 0338 999E-02 -392E-02 -406E-02 -137E-02
376E-02
X18 0837 0252 0116 -628E-02 -0102 884E-03
639E-02
X19 0451 331E-02 375E-02 0165 -150E-02 0243
-0241
X20 678E-02 0597 -0254 -860E-02 874E-02 -0148
0152
X21 203E-02 -599E-02 -764E-03 0735 -551E-02 018
746E-02
X22 0179 0204 0404 -0277 -286E-02 -0187
0161
X23 0224 888E-02 -506E-02 -547E-02 -601E-02 -0124
551E-02
X24 0404 734E-02 -0117 198E-02 960E-02 239E-02
0195
X25 0695 -601E-02 -0139 -191E-02 672E-02 0234
968E-02
X26 406E-02 193E-03 -835E-02 0188 147E-03 0349
480E-02
X27 -0302 862E-02 -985E-02 0487 990E-03 0105
-0216
X28 -599E-02 075 699E-02 -259E-02 0158 -968E-02
549E-02
X29 -043 -0111 -0265 0385 0319 794E-02
0237
X30 -0285 -0191 -900E-02 0118 -966E-02 0503
-0318
X31 035 711E-02 0169 -525E-02 -973E-02 0855
740E-02
X32 -903E-03 -469E-02 -496E-02 0203 0135 0821
0177
X33 -0242 -620E-02 950E-02 -0829 -388E-02 -772E-03
-788E-02
X34 0201 0215 -0312 -0447 -0216 887E-02
0339
X35 0659 -566E-02 034 0157 -0199 -402E-03
0367
X36 0667 -249E-02 0273 0195 -838E-02 412E-02
106E-02
X37 0808 -361E-03 -843E-02 -012 -310E-02 543E-03
0132
X38 0703 466E-02 904E-02 0345 856E-02 -019
0139
Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
QUADRO CARGAS FATORIAS PARA 2000
Fatores Varaacuteveis
1 2 3 4 5 6 7
X1 -0673 -993E-03 -0174 -847E-02 342E-02
-0116 0169
X2 -0103 -533E-02 -123E-02 -921E-03 -375E-03
125E-03 435E-02
X3 578E-02 -455E-03 -157E-02 503E-02 0992
-176E-02 143E-02
X4 -0426 546E-03 -183E-02 0359 -367E-02
0273 179E-03
X5 -0413 -325E-02 -509E-02 0498 -510E-02
0402 -0145
X6 -0279 -389E-02 -799E-02 -0113 -253E-02
308E-02-289E-02
X7 0227 076 0129 -816E-02 -832E-02
469E-02 132E-02
X8 -0161 0223 0676 0186 -165E-02
312E-02 -0121
X9 766E-02 688E-03 -230E-02 581E-02 099
-210E-02 325E-02
X10 0191 0406 0692 -361E-02 -618E-02
-953E-02 225E-02
21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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21
X11 0928 015 -265E-02 -571E-02 440E-02
-627E-02 0117
X12 -0916 -0165 566E-02 310E-02 -417E-02
468E-02 -014
X13 -519E-02 0112 -0262 0297 686E-02
-0542 965E-02
X14 -719E-03 -631E-02 186E-02 -0101 -781E-02
103E-02 262E-02
X15 0137 0793 0407 623E-02 552E-03
-166E-02-241E-02
X16 -182E-02 201E-02 0599 -0258 -162E-03
0259 0142
X17 0115 094 137E-02 168E-02 197E-02
149E-02 654E-02
X18 0343 076 154E-03 699E-02 961E-02
-457E-02 0367
X19 0336 0281 0215 -0249 189E-02
0104 0568
X20 433E-02 241E-02 0781 -804E-02 456E-02
-323E-02 194E-02
X21 -354E-02 -758E-02 -696E-02 0617 859E-02
-438E-02-184E-03
X22 0149 573E-02 0122 -197E-02 -603E-02
-869E-03 327E-02
X23 700E-02 718E-02 -621E-02 441E-03 -101E-02
0766 0235
X24 056 0343 901E-02 0195 620E-02
014 0239
X25 0223 0144 -418E-02 0436 335E-02
-486E-02 0644
X26 243E-02 -586E-03 -0125 017 -901E-02
-0112 0116
X27 -559E-02 -676E-02 -0123 0237 176E-02
0684 -018
X28 014 0221 048 0261 -819E-02
0415 -0463
X29 -0487 -0308 808E-02 0298 363E-02
186E-02-146E-02
X30 -0778 -0188 -163E-02 185E-02 -349E-02
237E-02-426E-02
X31 0231 695E-02 412E-02 -497E-02 -342E-02
244E-02-281E-03
X32 -0204 -0201 0133 0199 455E-03
512E-02-380E-03
X33 -0278 -0158 -0134 -054 290E-02
-0273 -044
X34 0128 637E-03 0797 -288E-02 -445E-02
-0111 0125
X35 089 979E-02 813E-02 505E-03 450E-02
-261E-02 0183
X36 0913 0153 737E-02 0106 296E-02
937E-02 0148
X37 0428 0156 873E-02 -322E-02 238E-02
0128 0599
X38 055 0193 252E-02 0609 422E-02
798E-02 270E-02 Fonte saiacuteda da anaacutelise do modelo SPSS
ANEXO C TABELA GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 1990
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS X25 Nuacutemero de veiacuteculos per capita (nordmde veiacuteculos do municiacutepio pela populaccedilatildeo total) X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado X37 Percentual de domiciacutelios com instalaccedilatildeo sanitaacuteria na rede geral X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F2 X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita (valor total da arrecadaccedilatildeopopulaccedilatildeo total) X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade Industrial Mwh X28 PIB per capita
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO Fator F3
X2 Valor dos financiamentos agropecuaacuteriosValor agregado na agropecuaacuteria X3 Consumo de oacuteleo dieselvalor agregado na agropecuaacuteria CONTINUACcedilAtildeO
GRUPO DO DESENV DO SETOR DE SERVICcedilOS Fator F4
22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
fonte elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
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22
X21 Taxa de mortalidade infantil
X33 Taxa de analfabetismo
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO DO SETOR AGRIacuteCOLA Fator F5
X4 Valor da produccedilatildeo agriacutecolaaacuterea de estabelecimentos agriacutecolas X5 Valor agregado da produccedilatildeo agriacutecola aacuterea total dos estabelecimentos agriacutecolas
Fonte Elaboraccedilatildeo dos autores a partir dos resultados do modelo
Descriccedilatildeo das variaacuteveis por grupo para o ano de 2000
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO URBANO Fator F1
X1Nuacutemero de armazeacutensvalor agregado na agropecuaacuteria X11 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo urbana na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X12 Participaccedilatildeo populaccedilatildeo rural na populaccedilatildeo total (em porcentagem) X24 Nuacutemero de terminais telefocircnicos per capita (terminais telefocircnicos pela populaccedilatildeo urbana) X30 Escolas de 1ordm e 2ordm graus per capita X35 Percentual de domiciacutelios abastecidos com aacutegua encanada na rede geral X36 Percentual de domiciacutelios com destino de lixo coletado
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO EM FUNCcedilAtildeO DA TRIBUTACcedilAtildeO Fator F2 X7 Pessoal ocupado na induacutestria de transformaccedilatildeonuacutemero de estabelecimentos industriais X15 Valor da arrecadaccedilatildeo per capita X17 Participaccedilatildeo do municiacutepio no Estado - ICMS X18 Iacutendice de retorno do ICMS aos municiacutepios
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Fator F3
X8 Produccedilatildeo industrial por habitante (valor agregado induacutestriapopulaccedilatildeo urbana) X10 Produtividade do trabalho na induacutestria (valor agregado na induacutestriapessoal ocupado na induacutestria) X16 Valor adicionado fiscal per capita X20 Consumo de energia eleacutetrica por unidade industrial em Mwh X34 Evasatildeo escolar em porcentagem
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Fator F4
X21 Consumo de energia eleacutetrica por unidade comercial em Mwh X33 Taxa de analfabetismo X38 ISMA
GRUPO DO DESENVOLVIMENTO AGROPECUAacuteRIO E COMERCIAL Fator F5
X3 Consumo de oacuteleo diesel Valor agregado agropecuaacuterio X9 Pessoal ocupado no comeacutercionuacutemero de estabelecimentos comerciais
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