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ADMINISTRADOR: PROFISSÃO DO PRESENTE E DO FUTURO Alessandro Penna – Administrador, Mestre em Ciências Ambientais e Saúde RESUMO O Administrador é o elemento responsável pelo planejamento estratégico e gerenciamento do cotidiano das empresas privadas e públicas. Num mercado tão dinâmico, globalizado e de mudanças constantes o Administrador passa a ocupar um lugar de extrema importância nas organizações. De forma técnico-científica e humanista, mas com a humildade de aprendiz, esse profissional se faz a cada dia mais essencial colaborando com o desenvolvimento de seu país. Palavras-chave: administrador, organizações e desenvolvimento. Surgida em meados do ano 5.000 a.C., na Suméria, quando os sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, a Administração vem se transformando e sendo conceituada no decorrer dos tempos por vários pensadores. Chegamos então a vários conceitos, dentre os quais destacamos: “Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização e utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para alcançar objetivos organizacionais definidos.” James A. F. Stoner. Muito se têm discutido a respeito da Administração, seus métodos, suas teorias, suas finalidades, suas perspectivas e sua evolução. Porém, neste breve colóquio, temos a intenção trazer à tona o grande elemento de execução de todas as funções inerentes à Administração: o Administrador. Ao nos referirmos a este importante profissional dos tempos atuais precisamos, antes, trazer à discussão

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ADMINISTRADOR: PROFISSÃO DO PRESENTE E DO FUTURO

Alessandro Penna – Administrador, Mestre em Ciências Ambientais e Saúde

RESUMO

O Administrador é o elemento responsável pelo planejamento estratégico e gerenciamento do cotidiano das empresas privadas e públicas. Num mercado tão dinâmico, globalizado e de mudanças constantes o Administrador passa a ocupar um lugar de extrema importância nas organizações. De forma técnico-científica e humanista, mas com a humildade de aprendiz, esse profissional se faz a cada dia mais essencial colaborando com o desenvolvimento de seu país.

Palavras-chave: administrador, organizações e desenvolvimento.

Surgida em meados do ano 5.000 a.C., na Suméria, quando os sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, a Administração vem se transformando e sendo conceituada no decorrer dos tempos por vários pensadores.Chegamos então a vários conceitos, dentre os quais destacamos:

“Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização e utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis para alcançar objetivos organizacionais definidos.” James A. F. Stoner.

Muito se têm discutido a respeito da Administração, seus métodos, suas teorias, suas finalidades, suas perspectivas e sua evolução. Porém, neste breve colóquio, temos a intenção trazer à tona o grande elemento de execução de todas as funções inerentes à Administração: o Administrador.

Ao nos referirmos a este importante profissional dos tempos atuais precisamos, antes, trazer à discussão elementos como: o que motiva alguém a se interessar pela ciência da Administração: afinidade ou última opção? O Administrador recém-formado tem conhecimento e competência suficiente para encarar os desafios apresentados por um mercado organizacional cada vez mais complexo?

É perfeitamente possível afirmar que qualquer indivíduo detém subconscientemente características de um Administrador. Para tanto, basta apontá-lo como Administrador de sua própria vida. As escolhas, as decisões, o planejamento de vida pessoal ou profissional já nos dão indícios suficientes que sustentam esta afirmação.

Mas voltando nosso raciocínio para o lado mais formal da Administração, e com a preocupação de quem acredita na importância desta ciência, é que nos questionamos: a busca pela formação na área se deve a uma tendência advinda da necessidade demandada pelo mercado ou a Administração é tida e

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vista como a única opção restante para aqueles que por um motivo ou outro não conseguiram seguir outras carreiras?

Num mercado tão dinâmico, globalizado e de mudanças constantes a Administração, Gestão Organizacional ou seja qual for a denominação dada, a existência de profissionais capacitados tornou-se imprescindível. Contudo, a mercantilização do ensino superior no Brasil acaba por lançar ao mercado bacharéis em Administração sem a tarimba ou traquejo suficiente para assumirem de forma efetiva o comando de nossas organizações. O resultado disso é o aumento do número de empresas que encerram suas atividades precocemente, segundo dados do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Não devemos, contudo, atribuir somente às instituições de ensino superior o baixo quilate dos profissionais, por elas, formados. Muito do que se tem no mercado é resultado da falta de envolvimento e comprometimento do estudante quando em sala de aula e no decorrer de todo o curso. A preocupação com o alcance das médias bimestrais e finais tem sido, na maioria das vezes, o único objetivo acadêmico, não somente no curso de Administração, mas nas demais áreas de formação. Seria uma inverdade generalizarmos esta afirmação, pois fora esta boa parte de alunos aos quais nos referimos, existem sim aqueles que saem das instituições de ensino superior com toda uma excelência em formação. Estes, por sua vez, são aqueles que se destacam nas grandes corporações, obtêm as melhores remunerações e colaboram de forma efetiva para o crescimento do país.

O fato é que o amadorismo não é mais aceito frente ao atual cenário econômico e o Administrador é o elemento responsável pelo planejamento estratégico e gerenciamento do cotidiano das empresas privadas e públicas. Um exemplo prático de que o amadorismo na Administração em nada contribui para o crescimento, é citarmos o exemplo dos Estados Unidos onde 19% dos graduados nas universidades americanas são formados em Administração, o que a torna a profissão mais freqüente e que justifica o nível de desenvolvimento daquele país.

O aumento da participação de Administradores na gestão das empresas brasileiras fará com que seja possível reverter a estatística que até a pouco nos apresentava um percentual de que 75% das empresas encerram suas atividades nos primeiros quatro anos de vida. Podemos afirmar que o Administrador é o elo que ligará progresso e estabilidade econômica, dada a sua importância profissional.

No que tange à Administração Pública, os Administradores na verdade foram pouco considerados e ouvidos pela classe política. Tanto que nunca elegemos um Presidente da República formado em Administração. A maioria dos governantes aprenderam a lidar com a Administração, já empossados em seus cargos e errando, incorriam em imensos custos sociais para a nação.

Os Administradores geram riquezas que ainda não existem, através da criatividade, inspiração e muita transpiração, ao contrário de outros profissionais que aprendem a lidar com as riquezas que já existem. Esta geração de riquezas é que movimenta a economia em um país gerando também novos postos de trabalho, aumentando o poder aquisitivo e melhorando a qualidade de vida de todos. Mas na humildade que deve existir em todos os profissionais, nós Administradores devemo-nos colocar na posição de eternos aprendizes, levando seu aprendizado para o ambiente organizacional. Tal aprendizado tornar-se-á uma grande ferramenta capaz de

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direcioná-lo em suas ações e métodos, tornando-se também sua filosofia de vida. Afinal, a novidade que temos hoje será o elemento passado para a novidade que surgirá amanhã.

É necessário que estejamos conscientes que todo o processo de mudança é gradual e contínuo e que, já no presente bem como no futuro, seremos os agentes de transformação das organizações. As organizações, por sua vez, são e continuarão sendo os grandes celeiros de aprendizagem gerando e compartilhando conosco o conhecimento necessário para auxiliá-las a se transformarem constante e continuamente na busca da sobrevivência. E para tanto o capital intelectual do Administrador é o principal elemento capaz de conduzi-las ao sucesso. Só conseguirão sucesso os Administradores e organizações que inserirem-se neste contexto.

Não deixemos, entretanto, de considerar a responsabilidade social que está e sempre estará nas mãos dos condutores das organizações, pois indiretamente estamos presentes e exercemos influência nos lares de todos os atores organizacionais. Isto se dará quando, além de considerarmos a formação técnico-centífica, considerarmos, sobretudo nossa formação humanística.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processos e prática. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

Relatório de Pesquisa – SEBRAE. Fatores condicionantes e taxa de mortalidade de empresas no Brasil (2003-2005). Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/.../NT00037936.pdf>. Acesso em: 12 de janeiro de 2011.

SILVA, Reinaldo O. Teorias da Administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.