artigo - ecos do tbc no litoral de sergipe - santos - brazil - cruz - faxina - braghini

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7/23/2019 ARTIGO - Ecos Do TBC No Litoral de Sergipe - Santos - Brazil - Cruz - Faxina - Braghini http://slidepdf.com/reader/full/artigo-ecos-do-tbc-no-litoral-de-sergipe-santos-brazil-cruz-faxina 1/6  ECOS DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NO LITORAL DE SERGIPE Thatiana Carvalho Santos  (1) !o"o L#i$ Santana Bra$il (1) B%nto Ra&a%l Santana 'a Cr#$  (1) aiana a*ina (+)  Cla#'io Ro%rto Bra,hini  (-)  (1)  Discente, Instituto Federal de Sergipe - [email protected] ; (1)  Discente, Instituto Federal de Sergipe – oao.s.!ra"[email protected]; (1)  Discente, Instituto Federal de Sergipe -   pro#!entocru"@hotmail.com; ($)  %ro#essora e &o-'rientadora, Instituto Federal de Sergipe – #a!i#[email protected]; ()  %ro#essor e 'rientador, Instituto Federal de Sergipe – claudio.!raghini@i#s.edu.!r . R%s#.o  – *m !usca de novos caminhos para o turismo em Sergipe, a+es com o *coturismo e o urismo de ase &omunit/ria t0m sido desenvolvidas, so!retudo no litoral. ' o!etivo deste artigo comparar duas iniciativas de turismo com estes per#is no litoral do estado de Sergipe2 na Ilha 3em de S/, munic4pio de Itaporanga D56uda e no %ovoado %onta dos 3angues, munic4pio de %acatu!a. 's dados utili"ados para a reali"a+7o desta an/lise #oram coletados a partir de o!serva+es, relatos dos participantes das comunidades e 8uestion/rios aplicados a estes, durante um interc9m!io entre estas comunidades via!ili"ado pelo IFS, atravs do edital 1:$<1%I*=%>'%*=, desenvolvidos entre o m0s de unho de $<1 e a!ril de $<1?. 6s eperi0ncias #oram descritas considerando-se os seguintes aspectos2 caracter4sticas gerais; in4cio do  processo; a+es reali"adas e a pr/tica com o &;  potencialidades; di#iculdades; e 3omento 6tual. 6s duas eperi0ncias de turismo com per#il comunit/rio em Sergipe, descritas nesse estudo, demonstram a #or+a da ideia 8ue advm de outras partes do rasil e da 6mrica Aatina e continua a ecoar, no sentido da resili0ncia das comunidades locais #ace Bs trans#orma+es territoriais, principalmente nas /reas litor9neas. 6 an/lise do conteCdo coletado durante o interc9m!io evidenciou 8ue o grupo de cada comunidade reconhece suas principais caracter4sticas #avoraveis ao &, como tam!m suas limita+es. Identi#icou-se tam!m 8ue o principal anseio das &omunidades est/ na estrutura+7o dos e8uipamentos  !/sicos para o &, tais como em!arca+es ade8uadas, restaurantes e hospedagem. Palavras/Chav%0 'rgani"a+7o &omunit/ria, &omunidades litor9neas, *coturismo. INTRODU2O 6companhando a tend0ncia mundial, a atividade tur4stica no estado de Sergipe tem apresentado crescimento signi#icativo. De modo geral, o turismo no estado desenvolve-se de maneira tradicional, em dire+7o ao 8ue se conhece como turismo de massa, 8ue na grande maioria representada pelo !inmio sol e mar (36&*D' et al., $<11). 's grandes empreendimentos da capital 6racau hospedam e #ornecem servi+os para os turistas e estes, atravs das principais ag0ncias receptivas, partem em curtas viagens comumente chamadas de E!ate e volta, a partir da capital, para os demais atrativos no litoral e interior do *stado. Dentre os principais atrativos de Sergipe reconhece- se o litoral. 6lm da capital, alguns munic4pios ri!eirinhos e seus povoados dos litorais norte e sul #a"em parte dos roteiros / eistentes ou possuem potencialidades. *ntretanto, na maioria das localidades visitadas #ora da capital n7o h/ o#ertas de servi+os estruturados e o envolvimento de seus moradores com a pr/tica da atividade tur4stica ocorre de #orma t4mida e incipiente. Geralmente, os turistas usu#ruem das paisagens e !ele"as naturais destas comunidades, porm, pouco se mantem contato com os moradores e com a ri8ue"a de seu patrimnio comunit/rio. 6 tend0ncia 8ue, aos poucos, em !usca de !ons negHcios, os empres/rios do turismo comecem a investir nestas comunidades, e assim, esta!elece-se a especula+7o imo!ili/ria. %ara o nordeste, urs"tn et al ($<<J) eplicam so!re a articula+7o dos governos nordestinos entre as a+es do %>'D*K>L* com pol4ticas 8ue #avoreceram o investimento de grandes grupos transnacionais interessados em desenvolver pHlos tur4sticos, replicando megacompleos hoteleiros e de la"er, gerando implanta+7o das chamadas Eilhas de para4so, 8ue culminou em impactos irrevers4veis para as comunidade onde #oram instaladas. *m Sergipe, no litoral Sul, o!ras de estradas e pontes / #oram reali"adas por este programa com o propHsito de impulsionar o turismo sergipano,  !ene#iciando empreendimentos tur4sticos, hoteleiros e imo!ili/rios / eistentes e ampliar o espa+o para novos investimentos (S6L'S; MIA6>, $<1$).  Lo rasil, muitas colnias pes8ueiras tornaram-se relevantes nCcleos receptores de turistas, nacionais e internacionais, e aca!aram perdendo as suas caracter4sticas e seus espa+os para dar lugar a um turismo ecludente, pois na grande maioria das ve"es a popula+7o local #ica B margem dos ganhos e !ene#4cios gerados pelo turismo de massa (36&*D' et al., $<11). Deste modo, semelhante a outras realidades, o turismo vem se instalando em Sergipe sem garantir a  participa+7o das comunidades na constru+7o do conteto tur4stico de suas localidades, como tam!m, a preserva+7o do am!iente e de suas pr/ticas socioculturais. *sse cen/rio recorrente em outros estados e regies e #oi na !usca de alternativas democr/ticas e sustent/veis, 8ue se iniciou no rasil um movimento em  prol de outros tipos de turismo. Dentre estes, t0m-se o *coturismo, 8ue acontece em /reas naturais sem altera+es humanas signi#icativas e com en#o8ue interpretativo da nature"a (%I>*S, 1JJN). 6inda nesse vis, t0m-se o urismo &omunit/rio ou urismo de ase &omunit/ria

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7/23/2019 ARTIGO - Ecos Do TBC No Litoral de Sergipe - Santos - Brazil - Cruz - Faxina - Braghini

http://slidepdf.com/reader/full/artigo-ecos-do-tbc-no-litoral-de-sergipe-santos-brazil-cruz-faxina 1/6

 

ECOS DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NO LITORAL DE SERGIPE

Thatiana Carvalho Santos (1) !o"o L#i$ Santana Bra$il(1) B%nto Ra&a%l Santana 'a Cr#$ (1) aiana

a*ina(+)

  Cla#'io Ro%rto Bra,hini (-)

 (1) Discente, Instituto Federal de Sergipe - [email protected]; (1) Discente, Instituto Federal de Sergipe – oao.s.!ra"[email protected];

(1) Discente, Instituto Federal de Sergipe -  pro#!entocru"@hotmail.com; ($) %ro#essora e &o-'rientadora, Instituto Federal de Sergipe –#a!i#[email protected]; () %ro#essor e 'rientador, Instituto Federal de Sergipe – claudio.!raghini@i#s.edu.!r .

R%s#.o  – *m !usca de novos caminhos para oturismo em Sergipe, a+es com o *coturismo e ourismo de ase &omunit/ria t0m sido desenvolvidas,so!retudo no litoral. ' o!etivo deste artigo compararduas iniciativas de turismo com estes per#is no litoraldo estado de Sergipe2 na Ilha 3em de S/, munic4pio deItaporanga D56uda e no %ovoado %onta dos 3angues,

munic4pio de %acatu!a. 's dados utili"ados para areali"a+7o desta an/lise #oram coletados a partir deo!serva+es, relatos dos participantes das comunidadese 8uestion/rios aplicados a estes, durante uminterc9m!io entre estas comunidades via!ili"ado peloIFS, atravs do edital 1:$<1%I*=%>'%*=,desenvolvidos entre o m0s de unho de $<1 e a!ril de$<1?. 6s eperi0ncias #oram descritas considerando-seos seguintes aspectos2 caracter4sticas gerais; in4cio do

 processo; a+es reali"adas e a pr/tica com o &; potencialidades; di#iculdades; e 3omento 6tual. 6sduas eperi0ncias de turismo com per#il comunit/rio

em Sergipe, descritas nesse estudo, demonstram a #or+ada ideia 8ue advm de outras partes do rasil e da6mrica Aatina e continua a ecoar, no sentido daresili0ncia das comunidades locais #ace Bstrans#orma+es territoriais, principalmente nas /reaslitor9neas. 6 an/lise do conteCdo coletado durante ointerc9m!io evidenciou 8ue o grupo de cadacomunidade reconhece suas principais caracter4sticas#avoraveis ao &, como tam!m suas limita+es.Identi#icou-se tam!m 8ue o principal anseio das&omunidades est/ na estrutura+7o dos e8uipamentos

 !/sicos para o &, tais como em!arca+es

ade8uadas, restaurantes e hospedagem.

Palavras/Chav%0 'rgani"a+7o &omunit/ria,&omunidades litor9neas, *coturismo.

INTRODU2O6companhando a tend0ncia mundial, a

atividade tur4stica no estado de Sergipe temapresentado crescimento signi#icativo. De modo geral,o turismo no estado desenvolve-se de maneiratradicional, em dire+7o ao 8ue se conhece comoturismo de massa, 8ue na grande maioria representada pelo !inmio sol e mar (36&*D' et al.,

$<11). 's grandes empreendimentos da capital 6racauhospedam e #ornecem servi+os para os turistas e estes,atravs das principais ag0ncias receptivas, partem emcurtas viagens comumente chamadas de E!ate e volta,

a partir da capital, para os demais atrativos no litoral einterior do *stado.

Dentre os principais atrativos de Sergipe reconhece-se o litoral. 6lm da capital, alguns munic4pios ri!eirinhose seus povoados dos litorais norte e sul #a"em parte dosroteiros / eistentes ou possuem potencialidades.*ntretanto, na maioria das localidades visitadas #ora da

capital n7o h/ o#ertas de servi+os estruturados e oenvolvimento de seus moradores com a pr/tica da atividadetur4stica ocorre de #orma t4mida e incipiente. Geralmente,os turistas usu#ruem das paisagens e !ele"as naturais destascomunidades, porm, pouco se mantem contato com osmoradores e com a ri8ue"a de seu patrimnio comunit/rio.

6 tend0ncia 8ue, aos poucos, em !usca de !onsnegHcios, os empres/rios do turismo comecem a investirnestas comunidades, e assim, esta!elece-se a especula+7oimo!ili/ria. %ara o nordeste, urs"tn et al ($<<J)eplicam so!re a articula+7o dos governos nordestinosentre as a+es do %>'D*K>L* com pol4ticas 8ue#avoreceram o investimento de grandes grupos

transnacionais interessados em desenvolver pHlostur4sticos, replicando megacompleos hoteleiros e de la"er,gerando implanta+7o das chamadas Eilhas de para4so, 8ueculminou em impactos irrevers4veis para as comunidadeonde #oram instaladas. *m Sergipe, no litoral Sul, o!ras deestradas e pontes / #oram reali"adas por este programacom o propHsito de impulsionar o turismo sergipano,

 !ene#iciando empreendimentos tur4sticos, hoteleiros eimo!ili/rios / eistentes e ampliar o espa+o para novosinvestimentos (S6L'S; MIA6>, $<1$).

 Lo rasil, muitas colnias pes8ueiras tornaram-serelevantes nCcleos receptores de turistas, nacionais einternacionais, e aca!aram perdendo as suas caracter4sticas

e seus espa+os para dar lugar a um turismo ecludente, poisna grande maioria das ve"es a popula+7o local #ica Bmargem dos ganhos e !ene#4cios gerados pelo turismo demassa (36&*D' et al., $<11).

Deste modo, semelhante a outras realidades, oturismo vem se instalando em Sergipe sem garantir a

 participa+7o das comunidades na constru+7o do contetotur4stico de suas localidades, como tam!m, a preserva+7odo am!iente e de suas pr/ticas socioculturais.

*sse cen/rio recorrente em outros estados eregies e #oi na !usca de alternativas democr/ticas esustent/veis, 8ue se iniciou no rasil um movimento em

 prol de outros tipos de turismo. Dentre estes, t0m-se o

*coturismo, 8ue acontece em /reas naturais sem altera+eshumanas signi#icativas e com en#o8ue interpretativo danature"a (%I>*S, 1JJN). 6inda nesse vis, t0m-se ourismo &omunit/rio ou urismo de ase &omunit/ria

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(&) 8ue, dentre outras caracter4sticas, a suacondi+7o #undamental 8ue o controle e odesenvolvimento da atividade esteam e#etivamenteso! o controle das comunidades locais (3I>6KD,$<<).

 La 6ma"nia, por eemplo, desde os anos 1JJ<o *coturismo passou a ser visto como uma #orma dedesenvolvimento rural e como atividade mitigadora de

 po!re"a, pois tendeu a redu"ir a press7o so!re osrecursos naturais, principalmente por8ue alm de gerarrenda, esta pr/tica tur4stica depende diretamente damanuten+7o de /reas naturais e sua !iodiversidade(%*>6A6, $<1$). Lo Lordeste, so!retudo no &ear/,algumas iniciativas com o & / est7o alcan+andocerto n4vel de maturidade, a eemplo das comunidades8ue compem a >ede &earense de urismo&omunit/rio (K&K3). 6 rede surgiu com a propostade promover um desenvolvimento tur4stico 8uegarantam Bs popula+es tradicionais a perman0ncia emseu territHrio untamente com a continuidade das suas

atividades econmicas tradicionais, em particular a pesca e a agricultura (L6S&I3*L', $<1$).Diante deste conteto e motivados por essas

inciativas #oi 8ue, nos Cltimos anos, grupos de pessoas,'LGs, institui+es acad0micas e pes8uisadores deSergipe iniciaram seus proetos em !usca daconstru+7o do &. 6s primeiras a+es deram-se em$<11 (S6L'S; 6>6GO', $<1$) e desde ent7omunic4pios como reo Grande, %acatu!a, arra dos&o8ueiros, Itaporanga D56uda, Santa Au"ia do Itanhe Indiaro!a possuem iniciativas nesta linha, emest/gios di#erentes do processo de implanta+7o.

6ssim, o o!etivo deste artigo comparar duas

iniciativas de turismo com per#il comunit/rio no litoraldo estado de Sergipe2 na Ilha 3em de S/, munic4pio deItaporanga D56uda e no %ovoado %onta dos 3angues,munic4pio de %acatu!a.

MATERIAL E M3TODOS's dados utili"ados para a reali"a+7o desta an/lise

#oram coletados a partir de o!serva+es, relatos dos participantes das comunidades e 8uestion/riosaplicados a estes, durante um interc9m!io entre estascomunidades via!ili"ado pelo IFS, atravs do edital1:$<1%I*=%>'%*=, desenvolvidos entre o m0sde unho de $<1 e a!ril de $<1?.

6s eperi0ncias #oram descritas considerando-se osseguintes aspectos2 caracter4sticas gerais; in4cio do processo; a+es reali"adas e a pr/tica com o &; potencialidades; di#iculdades; e 3omento 6tual.

RESULTADOS E DISCUSS2O

 ESTADO DA ARTE: ECOTURISMO E TURISMO DE BASECOMUNITÁRIA

6 dcada de :< #oi marcada por discusses acercadas 8uestes econmicas relacionadas B degrada+7osocioam!iental, nesta poca tem-se a &on#er0ncia de

*stocolmo onde 11 pa4ses discutem amplamente otema e nesta realidade de preocupa+es 8ue novosconceitos re#erentes ao desenvolvimento e meioam!iente alcan+aram a atividade tur4stica. Deste modo,

o *coturismo surge a partir de movimentos am!ientalistase da !usca de novas vises de desenvolvimento econmicoatrelado a 8ualidade am!iental e inclus7o social (3K>,$<1<), onde come+ou-se a esta!elecer uma rela+7o entre aatividade tur4stica em /reas naturais em conson9ncia comas comunidades 8ue vivem nestas ou em seu entorno.

>ecorrendo a literatura perce!e-se uma amplaconceitua+7o para o *coturismo. %ires (1JJN) relata ossetores da sociedade 8ue tem interesse no *coturismo - otrade tur4stico, /rea governamental e os organismoso#iciais, as organi"a+es n7o governamentais, as

 popula+es residentes nos destinos, o pC!lico turista e suasdi#erentes motiva+es, alm do meio acad0mico - e a#irma8ue estes tendem a designar seus prHprios conceitos deacordo com seus interesses, resultando em um grandenCmero de terminologias e de#ini+es.

Fre8uentemente o termo E*co utili"ado de #ormainade8uada e at maliciosa. &om o deseo de atender oaumento da demanda por viagens na nature"a resultante davida atri!ulada nas cidades e incrementar os lucros, a

indCstria tur4stica tam!m se apropria do termo, mesmo8ue nem sempre cumpra na pr/tica com o 8ue se o#erece.*ssa realidade pode con#undir os viaantes. Desta #orma,algumas condicionantes devem ser veri#icadas para 8ue de#ato a atividade sea en8uadrada como ecotur4stica. *m seuamplo estudo acerca do tema, 3'LF'>P (1JJ apud%I>*S, 1JJN) prope 8ue a pr/tica precisa satis#a"er osseguintes critrios2 a sustenta!ilidade am!iental, social,cultural e econmica; possuir aspecto educativo e pre"ar

 pela participa+7o da comunidade local. * antes destascondicionantes, a atividade deve acontecer na nature"a, emseu estado natural sem altera+es humanas signi#icativas,sendo esta uma condi+7o #undamental (%I>*S, 1JJN).

Dentre alguns conceitos reconhecidos atualmente tem-se o utili"ado por Pone ($<<N), o ecoturismo auda aeducar o viaante; proporciona recursos para a conserva+7o;

 !ene#icia diretamente o desenvolvimento econmico e o poder pol4tico das comunidades locais; e estimula orespeito por culturas di#erentes e pelos direitos humanos. 6*3>6K>, 336 (1JJ? apud 3K> $<1<) di" 8ue oecoturismo um segmento da atividade tur4stica 8ueutili"a, de #orma sustent/vel, o patrimnio natural ecultural, incentiva sua conserva+7o e !usca a #orma+7o deuma consci0ncia am!ientalista por meio da interpreta+7odo am!iente, promovendo o !em-estar das popula+es.Destaca-se ent7o 8ue o *coturismo tem um car/ter

interpretativo, de sensi!ili"a+7o e educa+7o am!iental.Deste modo, os ecoturistas s7o pessoas 8ue se apresentammotivadas para aprender so!re aspectos da nature"a e dasculturas visitadas (36>6FIG6; S*M*>', $<1<).

' urismo de ase &omunit/ria surge tam!m nesseconteto / relatado. Lo rasil, desde 1JN<, iniciativasindependentes de a+es pC!licas iniciaram eperi0nciascom o & (3K>, $<1<). * desde ent7o, este modelo deturismo 8ue tem como protagonistas organi"a+escomunit/rias v0m ganhando espa+o e visi!ilidade. *m$<<N o 3inistrio do urismo (3tur) lan+a o *dital<1$<<N, voltado para o #inanciamento espec4#ico doturismo comunit/rio, re#lete as a+es do poder pC!lico

#ederal no apoio deste novo modelo de turismo. 6 chamadacontou com a inscri+7o de 8uinhentas propostas de todorasil, das 8uais cin8uenta #oram selecionadas (F6>IL',$<1). Q importante ressaltar 8ue o & n7o representa

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mais um segmento de mercado, e sim uma proposta dedesenvolvimento para o turismo, apoiada em !asesendHgenas, 8ue pode ser pensada a partir de diversossegmentos (F6>IL', $<1).

's conceitos tam!m s7o diversos, inclusiveassociados a segmentos, este mesmo autor a#irma 8ue omeio acad0mico, o poder pC!lico e o terceiro setorconvergem no entendimento do turismo comunit/riocomo uma iniciativa 8ue transcende a dimens7o doturismo em si. 6 8uest7o da escala, o envolvimentocomunit/rio, a participa+7o e o compromisso com asustenta!ilidade s7o, ao mesmo tempo, as !asesteHricas do & e a ess0ncia do desenvolvimentolocal.

' 3inistrio do urismo ($<1<) cita alguns itensnecess/rios para identi#icar a pr/tica tur4stica como dease &omunit/ria, tais como autogest7o;associativismo e cooperativismo; democrati"a+7o deoportunidades e !ene#4cios; centralidade dacola!ora+7o, parceria e participa+7o; valori"a+7o da

cultura local e, principalmente; protagonismo dascomunidades locais na gest7o da atividade eou nao#erta de !ens e servi+os tur4sticos, visando Bapropria+7o por parte destas dos !ene#4cios advindosdo desenvolvimento da atividade tur4stica. %ara&oriolano ($<<), urismo &omunit/rio a8ueledesenvolvido pelos prHprios moradores de um lugar8ue passam a serem os articuladores e os construtoresda gest7o do negHcio, onde a renda e o lucro #icam nacomunidade e contri!uem para melhorar a 8ualidade devida; levam todos a se sentirem capa"es de contri!uir, eorgani"ar, as estratgias do desenvolvimento tur4stico.3itraud ($<<) usa o termo *coturismo de ase

&omunit/ria e a#irma 8ue um turismo reali"ado em/reas naturais, determinado e controlado pelascomunidades locais, 8ue gera !ene#4cios

 predominantemente para estas e para as /reasrelevantes para a conserva+7o da !iodiversidade.

Sansolo e urs"tn ($<<J), em estudo com $Riniciativas com o & no rasil, a#irma 8ue a maioriadestas est/ ocorrendo no nordeste e detecta pontossimilares entre elas, dentre eles 8ue, as iniciativasocorrem em pe8uenas comunidades, N< dasanalisadas est7o no entorno ou dentro de Knidades de&onserva+7o, tem na /gua (rios e praias) um grandeatrativo e contam com apoio eterno normalmente

'LGs ou Kniversidades.6s duas localidades 8ue #a"em parte deste estudo possuem caracter4sticas similares 8uanto ao seu modode vida e a vulnera!ilidade #rente Bs trans#orma+esdos espa+os litor9neos e identi#icam-se com os pontosconvergentes das iniciativas estudadas neste Cltimorelato. Leste conteto, o urismo de ase &omunit/ria(&) emerge como uma alternativa capa" de#ortalecer a organi"a+7o social e minimi"ar os impactosgerados pelo turismo tradicional.

' *coturismo, apesar de n7o apresentar v4nculoo!rigatHrio com o protagonismo e empreendedorismodas popula+es locais, nas eperi0ncias descritas ele #oi

desenvolvido na perspectiva de resili0ncia dascomunidades e para tal, ad8uiriu o sentido e o per#ilcomunit/rio.

 A EXPERIÊNCIA DA ILHA MEM DE SÁ, ITAPORANGA D’AJUDA- SE

6 Ilha 3em de S/ uma ilha #luvial 8ue se locali"a no3unic4pio de Itaporanga D56uda, Aitoral Sul do *stado deSergipe, distante $ Tm da sede do munic4pio e R Tm dacidade de 6racau, possui uma /rea de cerca de $.<<< m$ de etens7o e conta com uma popula+7o de :R ha!itantes

(IG*, $<1<). 6 ilha est/ situada entre os riachos Uguaoa e %aru4, a#luentes do >io Ma"a arris. %rHimo da ilhaencontra-se o &ampo *perimental de Itaporanga e a>eserva %articular do %atrimnio Latural do &au, da*m!rapa a!uleiros &osteiros.

 La Ilha 3em de S/ a ocupa+7o populacional deaproimadamente $1$ moradores, originadas pelo

 povoamento de tr0s #am4lias, sendo 8ue, 1N crian+as, ovens, $ adultos e 1: idosos. &onsiderando oseo, R1 da popula+7o correspondem a homens e ?J amulheres. 6 pesca a principal atividade econmica, emespecial no >io Ma"a-arris e a agricultura reali"ada decunho #amiliar (&K>6D', $<<N).

' in4cio do processo do desenvolvimento do*coturismo na comunidade deu-se com a presen+a da*m!rapa a!uleiros &osteiros na perspectiva de #omentaro desenvolvimento local com parecerias de outrasinstitui+es como o Instituto Federal de Sergipe, na /rea deecoturismo, em $<<J. ' ecoturismo surgiu como proposta

 para ampliar as perspectivas de renda complementar dacomunidade e principalmente para os ovens. 6 atividadeecotur4stica se ade8uaria ao per#il da localidade com oentorno de mangue"ais conservados, proimidade com a>eserva %articular de %atrimnio Latural (>%%L) do &aue a inten+7o de se valori"ar as pr/ticas comunit/riastradicionais da pesca artesanal, cata do aratu, entre outras.

Aogo se re#or+ou a ideia de 8ue o ecoturismo seria poss4vel se a comunidade se tornasse empreendora e cadave" mais autnoma, reiterando o per#il comunit/rio da

 proposta.Desde ent7o, a parceria com o Instituto Federal de

Sergipe (IFS) possi!ilitou a reali"a+7o de diversos proetos,incluindo cursos de capacita+7o em roteri"a+7o, condu+7ode grupos e hospitalidade, alm de o#icinas com temas deempreendedorismo na hospitalidade, a!rangendo assuntosso!re transporte, alimentos e !e!idas, condutores locais,hospedagem e artesanato.

*sta parceria #avoreceu a motiva+7o dos moradores para a pr/tica desta modalidade de urismo na localidade.*stes v0em nas a+es do IFS uma possi!ilidade demelhoria na organi"a+7o social e conse8uentemente umaoportunidade de complementa+7o da renda #amiliar dos

 participantes resultado do aper#ei+oamento dos servi+os.Dentre as potencialidades relatadas pelos prHprios

moradores est/ a condi+7o de ser uma Ilha e a proimidadeda capital 6racau, a culin/ria !aseada em mariscos e

 pescados com evid0ncia no aratu, os 8uintais produtivos, osam!a de coco e o mangue"al preservado, alm destes, a#esta do carangueo 8ue ocorre todo ano no per4odo dede"em!ro.

6 condi+7o de isolamento con#ere a comunidadecaracter4sticas peculiares positivas e negativas com rela+7oao *coturismo de !ase comunit/ria. 6o passo 8ue, segundoos seus moradores, #avorecer a seguran+a e a tran8uilidadee a prHpria travessia de acesso / ser um passeio, por outro

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lado di#iculta a atua+7o das pol4ticas pC!licasmunicipais e servi+os !/sicos de in#raestrutura nacomunidade. ' #ornecimento de energia eltrica e/gua, por eemplo, #oi uma das principais di#iculdadesen#rentadas durante o processo, sendo resolvido8uando os moradores organi"aram-se em 6ssocia+7o ecom o apoio do Sr. *vandro upinam!/ (morador e

 pes8uisador da *m!rapa) 8ue mediou a+es com asentidades e pessoas envolvidas (Gri#o nosso), a partirde um proeto unto ao Governo Federal, via%>'L*S*.

 Lo 8ue se re#ere ao carangueo denominado aratu,sua coleta e comerciali"a+7o essencialmente reali"ada

 pelas mulheres da comunidade (Fig.1). 6 atividadeinter-relaciona sa!eres locais so!re o am!iente e osvalores e cren+as da popula+7o humana 8ue ha!ita aIlha. 6 produ+7o eige conhecimentos da tcnica decata+7o e envolve conhecimentos tradicionais so!re oaratu, o mangue"al, o rio e as mars, sendo importanteconhecer todo o ecossistema ligado de #orma direta ou

indireta B vida desse crust/ceo (S6L6L6, $<<J).Vunto com a ainha, #a" parte dos itens maissigni#icativos para a economia da Ilha 3em de S/(6>6GO' et al., $<1<).

6 presen+a marcante dos 8uintais produtivos naIlha 3em de S/, con#ere-lhe relev9ncia em serconsiderado um potencial atrativo tur4stico. Santos etal. ($<1) estudaram 1 8uintais produtivos na Ilha3em de S/ e o!servaram 8ue, de modo geral, estesapresentam caracter4sticas marcantes inerentes aos

 princ4pios da agroecologia, evidenciando dentre outrositens, o sa!er popular. *ste estudo permitiu destacar o

 potencial deste espa+o para a gera+7o de alimentos,

seguran+a alimentar e nutricional, na manuten+7o daagro!iodiversidade e preserva+7o do conhecimentotradicional.

Dentre as principais di#iculdades os moradoresreconhecem a #alta de coleta de lio e cuidados com as/reas comuns, limita+es re#erentes aos incentivos paramelhoria dos servi+os / o#erecidos por eles aosvisitantes e turistas, como !arco com e8uipamento deseguran+a e incentivos para constru+7o dehospedagens.

 Lo ano de $<1 as a+es de planeamento com o& na Ilha 3em de S/ se consolidaram e asiniciativas se voltam para a prepara+7o de produtos

ecotur4sticos e o #ortalecimento de a+es coletivas parao gerenciamento da atividade tur4stica peloscomunit/rios. 6inda em $<1 #oram contempladoscom a aprova+7o do proeto Ilha dos 6ratus paraimplanta+7o de uma cooperativa de turismo nacomunidade 8ue iniciar/ em $<1?, e 8ue, de acordocom os moradores, espera-se 8ue #avore+a a aderenciade novos participantes nas capacita+es e ao grupo detra!alho.

%ara os moradores envolvidos com o *coturismo de !ase comunit/ria na Ilha 3em de S/, imprescind4veluma melhoria na organi"a+7o social, assim como vemocorrendo de #orma gradativa ao longo do curso de seu

 processo com o & e uma participa+7o mais e#etivados comunit/rios nas a+es e servi+os, tais como#ornecimento de alimentos e uso de em!arca+es 8ueest7o sendo desenvolvidas (Figs. 1 e $).

 EXPERIÊNCIA DO POVOADO PONTA DOS MANGUES, PACATUBA–SE

' %ovoado %onta dos 3angues locali"a-se nomunic4pio de %acatu!a, Aitoral Lorte do *stado de Sergipe,distante $ Tm da sede do munic4pio e cerca de 1<< Tm dacidade de 6racau, possui uma /rea de ?$R.R$R,J m$  econta com uma popula+7o de W?1 ha!itantes (IG* $<1<).' povoado encontra-se B margem do canal %arapuca, comin#lu0ncia da #o" do >io S7o Francisco, e temcomo caracter4sticas a presen+a de praias semidesertas,dunas, lagoas permanentes e tempor/rias, mangue"ais,vegeta+7o de restinga e #auna rica associada a estesecossistemas. 6 economia !aseada na pesca, mas tam!mno cultivo do coco e da mandioca em menor escala(I&3I', $<1<).

6s a+es com o & iniciou-se em %onta dos 3angues

em agosto de $<1$ com a cria+7o do %roeto ainha deurismo de ase &omunit/ria na8uela comunidade. 6ideia surgiu como estratgia de desenvolvimento local,simult9neo com a preserva+7o dos recursos naturais, a

Figura 1. Demonstra+7o do uso de e8uipamentos desalva vida em em!arca+es. Ilha 3em de S/ItaporangaD56uda - S*, em <? de agosto de $<1.

Foto2 Vo7o ra"il

Figura $. *spa+o de eposi+7o e venda dos produtosdesenvolvidos pela comunidade, <? de agosto de $<1.Foto2 Vo7o ra"il

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7/23/2019 ARTIGO - Ecos Do TBC No Litoral de Sergipe - Santos - Brazil - Cruz - Faxina - Braghini

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 partir da o!serva+7o das potencialidades desta regi7ocom rela+7o a seus atrativos tur4sticos naturais, comotam!m com a vontade de ter seus moradoresenvolvidos no processo de desenvolvimento tur4sticoeminente.

*ste proeto teve como primeiras a+es, o#icinas desensi!ili"a+7o destinadas B identi#ica+7o de pessoasinteressadas em participar da proposta e da import9nciado tra!alho coletivo e cooperado, aos esclarecimentosacerca do &, ao #ortalecimento da identidade local e,a elucida+7o re#erente B possi!ilidade de o!ten+7o derenda a partir de sua vida cotidiana.

%ara tra!alhar a identidade local reali"aram-seo#icinas utili"ando tr0s linguagens art4sticas2 #otogra#ia,ilogravura e serigra#ia. 6s o#icinas possi!ilitaram umaamplitude no olhar acerca de vida cotidiana (espa+osnaturais, atividades econmicas, #ormas de alimenta+7oetc.), como tam!m, uma re#le7o so!re o 8uerepresenta o %ovoado de %onta dos 3angues para essesitens. 6lm do 8ue, capacitou-os para con#ec+7o de

 produtos comerciali"/veis.6o completar um ano de proeto, o grupo detra!alho organi"ou o I Festival 3ar Aan+a com o

 propHsito de epor os produtos das o#icinas. *stestam!m s7o epostos e vendidos sempre 8ue h/oportunidade.

6inda 8ue em #ase de sensi!ili"a+7o os participantes #oram estimulados para a o#erta dere#ei+es e hospedagens domiciliares. 6 primeiraoportunidade se deu durante o Festival onde osmoradores puderam eperimentar a hospedagem ere#ei+es em suas casas. >ecentemente #oi rea!erto oCnico restaurante do povoado 8ue estava desativado h/

cerca de dois anos e um morador trans#ormou sua casae#etivamente em hospedagem domiciliar.Dentre as potencialidades reconhecidas pelos

moradores do povoado est/ a tran8uilidade, as !ele"asnaturais, dunas, praias e o %roeto de &onserva+7o dasartarugas 3arinhas (636>), as croas, comevid0ncia para uma regi7o chamada de lagoa a"ul, acria+7o de ostras, catar massunim e mariscos nomangue (Fig. 1) e a culin/ria em geral, o artesanato, aFesta da %adroeira Lossa Senhora da &oncei+7o e oFestival 3ar Aan+a (criado por eles en8uanto

 participantes do proeto ainha de &).%ara os moradores, as principais di#iculdades s7o a

 participa+7o redu"ida da comunidade nas atividadesdesenvolvidas no proeto, #alta de apoio da associa+7ode pescadores, o avan+o das drogas e da viol0ncia, a

 presen+a de moradores de #ora do povoado nos !arracos do porto, o transporte, a estrada 8ue d/ acessoao povoado ser n7o pavimentada e a aus0ncia de

 pousada, restaurante e centro comunit/rio.6tualmente est/ sendo desenvolvido o segundo ano

de proeto com temas de & e as a+es dessa #ase s7oas o#icinas de artesanato em conchas (Fig. $) eculin/ria, resgate do reisado e o#icinas de hospitalidadee roteiri"a+7o. >e#erente B perspectiva de #uturomostraram deseos em adi8uirir novos conhecimentos

atravs de cursos de capacita+7o e melhorias naorgani"a+7o do grupo, alm do acrscimo de #ontes derenda comunit/ria e da 8ualidade de vida.

CONSIDERA4ES INAIS 6s duas eperi0ncias de turismo com per#il comunit/rio

em Sergipe, descritas nesse estudo, demonstram a #or+a daideia 8ue advm de outras partes do rasil e da 6mricaAatina e continua a ecoar, no sentido da resili0ncia dascomunidades locais #ace Bs trans#orma+es territoriais,

 principalmente nas /reas litor9neas. 6 an/lise do conteCdo coletado durante o interc9m!ioevidenciou 8ue o grupo de cada comunidade reconhece

Figura 1. &oleta de mariscos nas croas #ormadasdurante a mar !aia do rio. %onta dos3angues%acatu!a-S*, em 1: de setem!ro de $<1.Foto2 hatiana &arvalho

Figura $. 6+es de Semsi!ili"a+7o para o urismo dease &omunit/ria em %onta dos 3angues - '#icina de6rtesanato em &onchas. %onta dos 3angues%acatu!a-S*, em $$ de novem!ro de $<1.Foto2 hatiana &arvalho

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7/23/2019 ARTIGO - Ecos Do TBC No Litoral de Sergipe - Santos - Brazil - Cruz - Faxina - Braghini

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suas principais caracter4sticas #avoraveis ao &,como tam!m suas necessidades de melhoria.

6 Ilha 3em de S/ est/ envolvida com o ecoturismode per#il comunit/rio a cerca de 8uatro anos edemonstra estar num momento importante deamadurecimento e concreti"a+7o de suas a+es, 8uandocomparados B %onta dos 3angues 8ue possui um ano emeio de proeto. 6inda assim, am!as as comunidadesevidenciaram a relev9ncia de incrementar a

 participa+7o dos moradores, como tam!m aorgani"a+7o comunit/ria para se alcan+ar os o!etivoscoletivos propostos.

%ara a Ilha 3em de S/, o mangue"al, o catado dearatu e o sam!a de coco #oram os itens ressaltados 8uemarcam a sua identidade, en8uanto 8ue para %onta dos3angues #oram2 a paisagem eu!erante ediversi#icada, com evid0ncia na praia e tartarugasmarinhas, nas croas e no rio; a culin/ria e o artesanato.

Identi#icou-se tam!m 8ue o principal anseio das&omunidades est/ na estrutura+7o dos e8uipamentos

 !/sicos para o &, tais como em!arca+esade8uadas, restaurantes e hospedagem.

REER5NCIAS

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