artigo - cintos de segurança

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  • 8/18/2019 Artigo - Cintos de Segurança

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    72 TÉCHNE 175 | OUTUBRO DE 2011

    ARTIGOEnvie artigo para: [email protected] texto não deve ultrapassar o limitede 15 mil caracteres (com espaço).Fotos devem ser encaminhadasseparadamente em JPG

    Análise da aplicação da normaNBR 15.836: 2011 – Cintos deSegurança Tipo Paraquedista emum Canteiro de Obras

    Christiane Wagner MainardesMestrando em Engenharia Civil –

    UTPFR – Curitiba.E-mail: [email protected]

    Maria Regina da S. O. Canonico Mestrando em Engenharia Civil –

    UTPFR – Curitiba.E-mail: [email protected]

    Roberto Serta Mestrando em Engenharia Civil –UTPFR – Curitiba.

    E-mail: [email protected]

    Rodrigo Eduardo CataiProfessor do Programa de Mestrado em

    Engenharia Civil – UTPFR – Curitiba.E-mail: [email protected]

    Em diversos setores produtivos rea-lizam-se trabalhos em altura. Nomundo todo, é uma das principais cau-sas de acidentes de trabalho.

    A construção civil é um dos setorescujas estatísticas mostram um núme-ro elevado de acidentes fatais ou inca-pacitantes. Por isso, o uso de equipa-mento de segurança não é só reco-mendável como obrigatório sob algu-mas condições.

    Para desempenhar atividades emaltura superior a 2 m, a NR-18 e aNR-34 determinam que o trabalhadornecessita utilizar Equipamento deProteção Individual (EPI), que nestecaso é o cinto de segurança tipo para-quedista. Essas normas definem os re-quisitos mínimos de desempenhodeste equipamento assim como as ca-racterísticas desejáveis e obrigatórias.

    Para atender à qualidade recomen-dada, os cintos de segurança devem ser

    fabricados com materiais que garan-tam a resistência necessária bem comooferecer desempenho inclusive quan-to aos aspectos ergonômicos.

    Os requisitos exigidos para cintosde segurança (cinto abdominal e para-quedista) e para talabartes de seguran-ça são especificados pela AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas(ABNT), de acordo com a norma NBR15.836:2011, que trata dos equipa-mentos de proteção individual contraqueda em altura, especificamente o

    cinturão de segurança tipo paraque-

    dista. A norma 15.836 substitui anorma NBR 11.370:2001, de EPI, cin-turão e talabarte de segurança, especi-ficação e métodos de ensaio.

    O cinto de segurança deve obe-decer às normas vigentes de utiliza-ção, manutenção e armazenamentopara garantir a segurança ao profis-sional em caso de uma queda até achegada de resgate.

    Este artigo tem como objetivoanalisar os cintos de segurança queestão sendo utilizados pelos traba-

    lhadores em um canteiro de obrasdentro de uma instituição pública deensino, verificando o atendimentoou não aos itens da norma NBR15836: 2011.

    Revisão bibliográficaO trabalho em altura é caracteri-

    zado pela distância do solo em que otrabalhador desempenha a atividadee requer uma combinação de movi-

    mentos atléticos, que exigem con-trole mental e a aplicação de segu-rança, e métodos utilizados no alpi-nismo, quando o trabalhador é su-portado por cordas, conforme a (fi- gura 1) (Redondo, 2005).

    Segundo Redondo (2005), ospontos mais importantes a serem le-vados em consideração sobre traba-lhos em altura são qualidade e segu-rança, logo a capacitação dos profis-sionais dessa área é fundamental. As

    empresas também devem seguir asnormas vigentes, porque são solidá-rias quanto à responsabilidade emrelação a possíveis acidentes e res-pondem administrativamente, civile penalmente pelo dano.

    Quando este tipo de trabalho érealizado, o maior risco para a pes-soa é de queda de nível, podendolevar à fatalidade, perda de dias tra-balhados e prejuízos à empresa. Se-gundo a Revista Proteção (2009), noBrasil foram identificados 314.240

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    Figura 1 – Trabalho em altura realizadode maneira segura. Fonte: Altiseg, 2011

    Comunicações de Acidentes de Tra-balho (CAT), onde cerca de 17,6%correspondem a quedas, e destas,65,5% correspondem a quedas comdiferença de nível, conforme dadosobtidos no Ministério do Trabalho eEmprego, no período de janeiro de2005 a maio de 2008.

    Diante deste problema, inúmerossão os estudos de ergonomia para o

    desenvolvimento e melhoria emequipamentos de trabalho, que ofere-ça segurança para trabalhos em altu-ra. De acordo com Iida (2005) a ergo-nomia estuda tanto as condições pré-vias como as consequências do traba-lho e todas as interações que ocorrem– homem, máquina e ambiente – du-rante a realização desse trabalho.

    Em 1960 foi desenvolvido o pri-meiro cinto de segurança para traba-lhos em altura, na Alemanha. Eracomposto por dois anéis para as per-

    nas e dois para as costas. Posterior-mente, um tipo de cinto mais con-fortável, colocado na altura do estô-mago, foi criado por um austríaco(Schubert, 2001). A figura 2, apre-sentada no segundo projeto denorma ABNT/CB-32 32:004.03-003

    (2010), mostra cinturões de segu-rança desse modelo.

    O cinto serve para unir o traba-lhador à corda, devendo se ajustaradequadamente ao usuário, permitirliberdade de movimentos e ser seguropara a atividade que será realizada. O

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    Figura 2 – Cinturão de segurança tipo paraquedista com elemento de engate para proteçãocontra queda dorsal e elemento de engate para posicionamento. Fonte: Altiseg, 2011

    Figura 3 – Cinto tipo paraquedista: (A) Cinto Ergo, (B) Cinto Telecom e (C) Cinto Amazonas.Fonte: Altiseg, 2011

    A B C

    Cinto

    Capacete

    Conector degrande abertura

    Talabarte

    Fitas primárias superioresFitas secundáriasFita primária subpélvicaFita primária da coxaApoio dorsal paraposicionamentoFivela de ajuste

    Elemento de engatedorsal para proteçãocontra quedaFivela de engateElemento de engatepara posicionamentoEtiqueta deidentificação

    Etiqueta de indicação deengate para proteçãocontra queda, com letra“A” maiúscula para pontoúnico ou letras “A/2”,quando existirem doispontos simultâneosde engate.

    12345

    6

    117

    8

    10

    9

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    que garante a qualidade de um cintode segurança é a reunião das seguin-tes características (Redondo, 2005):n Ponto de ancoragem robusto econfiáveln Menor número de costuras possíveln Sistema de regulagem cômodo erápidon Cintas ou anéis para levar pendura-do o material a ser utilizado

    Conforme Paladini (2004), a Or-ganização Europeia de Controle daQualidade conceitua a qualidadecomo sendo: “a condição necessária deaptidão para o fim a que se destina”.Neste sentido, é importante que oscintos de segurança sejam avaliados etestados, para a certificação de que asnormas regulamentadoras estãosendo cumpridas, e a segurança de seuusuário, garantida.

    Assim, conforme Schubert (2001),os cintos deverão ser submetidos a tes-

    tes de qualidade, a cargas de 16 kN eainda não soltar pontos de costura ougerar algum dano que coloque seuusuário em risco. Ainda segundo esseautor, na prática, a maior tensão ad-missível causada pela queda de umapessoa é de 7,5 kN.

    A maioria dos cintos de segu-rança é multifuncional, projetadospara prevenção de uma possível

    queda ou ainda para adequar o po-sicionamento do trabalhador du-rante a atividade ( figura 3). A NBR15836 (2011) define o cinto de se-gurança para trabalho em altura,tipo paraquedista, como “compo-nente de um sistema de proteçãocontra queda, constituído por umdispositivo preso ao corpo destina-do a deter as quedas”.

    Conforme abordado, a utilizaçãodo cinto de segurança é de funda-mental importância na preservação

    do profissional em atividades de al-tura. Entretanto, é necessário queestes sejam produzidos de acordocom as normas vigentes. Na conti-nuidade deste artigo apresenta-seuma análise dos cintos de segurançatipo paraquedista.

    MetodologiaEste artigo pretende avaliar os

    cintos de segurança que são utiliza-dos pelos trabalhadores da constru-ção civil, com o objetivo de verificarse atendem às normas vigentes.Para tanto foi realizada uma pes-quisa exploratória, quantitativa ecom a utilização de checklist emuma instituição de ensino públicono Sul do Brasil. Essa instituição

    está em fase de obras para amplia-ção de seu campus, tendo um gran-de contingente de trabalhadores daconstrução civil, sendo em média80 funcionários, entre eles um mes-tre de obras, pedreiros e carpintei-ros. Estes trabalhadores estão namaior parte do tempo realizandotrabalhos em altura, necessitando,para isso, utilizar EPIs, inclusive ocinto de segurança.

    Para coleta de dados foram utiliza-

    das três amostras de cintos de segu-rança tipo paraquedista de diferentesfabricantes para a análise. Estas amos-tras foram retiradas do almoxarifadodo canteiro de obras e foram denomi-nadas pela cor predominante, sendo:Amostra 1 (amarela), Amostra 2(verde) e Amostra 3 (cinza).

    Segundo De Cicco e Fantazzini(2003), o checklist (questionário) é “umdos meios mais frequentes para avalia-ção de riscos”. O principal objetivo do

    checklist é identificar os riscos por umaavaliação padrão em uma atividade emandamento, sendo o nível de detalha-mento determinado de acordo com anecessidade ou risco da atividade.

    A pesquisa foi realizada pela aplica-ção de um checklist, conforme o qua-dro 1, de verificação de atendimento daNBR 15.836 – Equipamento de Prote-ção Individual Contra Queda de Altura– Cinturão de Segurança Tipo Para-quedista, tendo como requisito 47 itens,organizados em seis grupos, sendo:

    Quadro 1 – CHECKLIST APLICADO.Grupo Descrição Sim Não Observações

    4 Requisitos

    4.1 Desenho e ergonomiaO cinturão de segurança tipo paraquedista deve

    ser projetado e fabricado de forma que:

    4.1.a

    Nas condições de utilização previsíveis para asquais se destina, o usuário possa desenvolver

    normalmente a atividade que lhe expõe ariscos, dispondo de uma proteção adequada de

    um nível tão elevado quanto possível;

    Fonte: Autores, 2011.

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    Figura 4 – Trabalhador vestindo a amostra 1. a) frontal; b) dorsal (suspensório).Fonte: Autores, 2011.

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    n 4.1 – Desenho e ergonomian 4.2 – Materiais de construçãon 4.5 – Resistência à corrosão por ex-posição à névoa salinan 6 – Marcação

    n 7 – Manual de Instruçõesn 8 – Embalagem

    As amostras foram coletadas alea-toriamente, pois são de fabricantes,datas de fabricação e tempo de utiliza-

    Quadro 2 – ITENS CONFORME NBR 15836: 2011.

    Grupo DescriçãoAmostras/itens atendidos

    1 2 34.1 Desenho e ergonomia (6 subitens) 1 5 54.2 Materiais e construção (13 subitens) 5 6 8

    4.5Resistência à corrosão por exposição ànévoa salina (1 subitem)

    0 1 1

    6 Marcação (7 subitens) 1 3 37 Manual de instruções (18 subitens) 0 0 08 Embalagem (1 subitem) 0 0 0

    Total de itens atendidos 7 15 17Fonte: Autores, 2011.

    Figura 5 – Trabalhador vestindo a amostra 1. a) posição de detenção de queda; b)ajuste da fita secundária. Fonte: Autores, 2011

    A B

    Figura 6 – Trabalhador vestindo a Amostra 2: a) fivela de ajuste da perna; b) posiçãode detenção de queda Fonte: Autores, 2011

    ção diferentes. Os resultados obtidosforam agrupados em forma de tabelas,gráficos e figuras.

    Resultados e discussõesOs itens avaliados e os resulta-

    dos obtidos pela aplicação do che-

    cklist elaborado a partir da NBR15.836 referem-se a desenho e ergo-nomia (4.1); materiais e construção(4.2); resistência à corrosão por ex-posição a névoa salina (4.5); marca-ção (6); o manual de instruções (7)e a embalagem (8), e estão apresen-tados no quadro 2 .

    Quanto ao Grupo 4.1, referente adesenho e ergonomia, na Amostra 1(amarela), observou-se que a fita daperna direita possuía uma fivela de

    ajuste, e a fita da perna esquerda pos-suía uma adaptação sem fivela deajuste. Provavelmente havia sido rea-lizado um remendo, pois estava comcores diferentes ( figura 4).

    Foi possível avaliar também quenão havia ajuste no suspensório, oque poderia ocasionar uma posiçãode detenção de queda incorreta, ouseja, impossibilitaria o usuário deficar em uma posição confortável atéser socorrido. O ajuste da fita secun-

    dária também se mostrou ineficiente,pois permitia um posicionamentoque poderia estrangular o trabalha-dor, conforme mostrado na figura 5.

    Na amostra 2 (verde), observou--se a existência de fivelas de regula-gem das fitas das pernas, porém estasnão permitiam travamento, além deserem desconfortáveis ao usuárioquando ajustado. Este fato era pro-vocado porque uma das pontas dafivela exercia pressão na perna do

    usuário ( figura 6a ).Na posição de detenção de queda,constatou-se que o indivíduo perma-necia em uma situação confortávelaté ser resgatado, porém a fita secun-dária, que mantém o suspensório nolugar, pode correr e machucá-lo, e seestiver próximo ao pescoço, até es-trangulá-lo ( figura 6b).

    Na Amostra 3 (cinza), observou--se a inexistência de fivelas para a re-gulagem das fitas das pernas, porémeste modelo pode ser fornecido em

    A B

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    vários tamanhos, proporcionando

    uma melhor adaptação ao usuário.Na posição de detenção de queda( figura 7a), constatou-se que o usuá-rio permanecia em uma posiçãoconfortável na espera de ajuda,porém a fita secundária que manti-nha o suspensório no lugar poderiacorrer e machucar o usuário. Casoestivesse próximo ao pescoço pode-ria até estrangulá-lo ( figura 7b).

    Na análise do Grupo 4.1, dese-nho e ergonomia, a Amostra 1

    (amarela) atendeu a 17% do totaldos seis itens verificados, a Amostra2 (verde) atendeu a 83% e a Amos-tra 3 (cinza) atendeu a 83%, confor-me o gráfico 1.

    Em relação ao Grupo 4.2, referen-te ao material e construção, nasAmostras 1 e 2, observou-se que amatéria-prima era o polietileno, cujautilização para essa finalidade é proi-bida pela norma regulamentadoracitada. Já na Amostra 3, observou-se

    que a matéria-prima utilizada – nái-lon e poliéster – atendem às especifi-cações da norma.

    Na análise do Grupo 4.2, mate-rial e construção, a Amostra 1(amarela) atendeu a 38% do totaldos 13 itens verificados, a Amostra2 (verde) atendeu a 46% e a Amos-tra 3 (cinza) atendeu a 62%, confor-me o gráfico 2.

    Na análise realizada do Grupo4.5, resistência à corrosão, foi possí-vel identificar que a Amostra 1

    (amarela) apresentava pontos decorrosão acentuada; as Amostras 2 e3 estavam em perfeito estado, semsinais de corrosão. Quanto ao aten-dimento da norma, do Grupo 4.5,resistência à corrosão, a Amostra 1(amarela) não atendeu e as Amostras2 (verde) e 3 (cinza) estavam deacordo com o solicitado.

    Em relação ao Grupo 6, “marca-ção”, na análise da Amostra 1 (ama-rela), verificou-se a existência deetiqueta de identificação, porém

    Gráfico 1 – Item 4.1 – Desenho eergonomia (6 itens). Fonte: Autores, 2011

    Gráfico 3 – Item 6 – Marcação (7 itens).Fonte: Autores, 2011

    Gráfico 2 – Item 4.2 – Materiais econstrução (13 itens). Fonte: Autores, 2011

    Figura 7 – Trabalhador vestindo aamostra 3: a) posição de detenção dequeda; b) ajuste da fita secundária. Fonte:Autores, 2011

    A

    B

    Figura 8 – Amostra 2: a) etiquetaAmostra 1, b) etiqueta amostra 2.Fonte: Autores, 2011

    B

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    83% 83%

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    60%

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    100%

    Amostra 1(amarela)

    Amostra 2(verde)

    Amostra 3(cinza)

    Desenho e ErgonomiaItens Atendidos (%) x Amostra

    0%

    Amostra 1(amarela)

    Amostra 2(verde)

    Amostra 3(cinza)

    Materiais e ConstruçãoItens Atendidos (%) x Amostra

    38%46%

    62%

    20%

    40%

    60%

    80%

    0%

    Amostra 1(amarela)

    Amostra 2(verde)

    Amostra 3(cinza)

    MarcaçãoItens Atendidos (%) x Amostra

    14%

    43% 43%

    20%

    40%

    60%

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    LEIA MAISNBR 15836:2011 – Equipamentode Proteção Individual ContraQueda de Altura – Cinturão deSegurança Tipo Paraquedista. 2 o Projeto CB-32 (Comissão deEstudo de Cinturão deSegurança do Comitê Brasileirode Equipamentos de ProteçãoIndividual). Associação Brasileirade Normas Técnicas (ABNT), 2010.

    Segurança em Altura. Altiseg. Disponível em: .Acessado em: 20/06/2011.

    Cartilha de Segurança, Seleção eUtilização de EPI para Trabalhoem Altura. Curitiba: Altiseg, 2011.

    Tecnologias Consagradas deGestão de Riscos. Ediçãocomemorativa 25 anos. Francescode Cicco, Mario Luiz Fantazzini. SãoPaulo: Risk Tecnologia Editora, 2003.

    Ergonomia: Projeto e Produção.2a Edição Revisada e Ampliada.IIDA, Itiro. São Paulo: EditoraEdgard Blücher, 2005.

    Prevención y seguridad entrabajos verticales. JonRedondo. Madri: EdicionesDesnivel, 2005.

    Desafio nas Alturas. RevistaProteção. Novo Hamburgo: no 205,p. 39-54, 2009.

    Seguridad y Riesgo. Análisis yprevención de accidentes deescalada. Pit Schubert. Madri:Ediciones Desnivel, 2001. Manual para Trabalhos emAltura. Departamento deSegurança e Medicina doTrabalho. Fabiano Viana. TST-Brinks.Campinas: Disponível em: www.segurancaetrabalho.com.br/download/trabalhos-altura.doc.

    Gráfico 4 – Itens atendidos por amostra.Fonte: Autores, 2011

    Figura 10 – Pictograma para indicaçãode leitura do manual de instruções. Fonte:

    adaptado da NBR 15.836: 2011

    Figura 9 – Etiqueta de identificação de umcinturão paraquedista. Fonte: Altiseg, 2011

    estava ilegível. Nas Amostras 2(verde) e 3 (cinza), constatou-se aexistência de etiquetas com as in-formações especificadas pelanorma, como: fabricante, logotipo,Certificado de Aprovação (CA),data de fabricação, lote e demais in-formações sobre a utilização, porématendendo à norma NBR 11.370 ( fi- guras 8 e 9 ).

    Total de itens atendidos (%)x amostra

    0%

    Amostra 1(amarela)

    Amostra 2(verde)

    Amostra 3(cinza)

    16%

    35%40%

    20%

    40%

    60%

    Na análise do Grupo 6, “marca-ção”, a Amostra 1 (amarela) atendeu a14% do total dos 7 itens verificados; aAmostra 2 (verde) atendeu a 43%, e aAmostra 3 (cinza) atendeu a 43%,conforme o gráfico 3.

    Quanto à marcação, vale ressaltar

    que é estabelecido na norma NBR15836: 2011 a necessidade de conterno cinto um pictograma ( figura 10 ).O pictograma tem por objetivo infor-mar que os usuários devem ler o ma-nual antes de utilizar o cinto.

    Na análise do Grupo 7, manualde instruções, das três amostras ana-lisadas não foram localizados os ma-nuais de instrução dos cintos de se-gurança, item importante paraorientação de uso e conservação des-

    ses equipamentos.Em relação ao Grupo 8, embala-gem, também não foram localizadasas embalagens de acondicionamentodas três amostras no canteiro deobras, portanto está em desacordocom a especificação da norma.

    Na análise dos quatro grupos, re-ferentes aos itens 4.1, 4.2, 4.5, 6, 7 e 8,a Amostra 1 (amarela) atendeu a 16%do total dos 47 itens verificados, aAmostra 2 (verde) atendeu a 35% e a

    Amostra 3 (cinza) atendeu a 40%,conforme o gráfico 4.

    ConclusõesO estudo realizado demonstra que

    os cintos de segurança tipo paraquedis-ta utilizados na referida obra não aten-dem à norma NBR 15.836 e devem serprontamente substituídos. Constatou--se que na Amostra 1 (amarela), 16%dos itens verificados foram atendidos,assim como na Amostra 2 (verde), 35%

    dos itens atenderam, e na Amostra 3(cinza), 43% foram atendidos.Atenção também deve ser dada

    ao armazenamento e embalagemdos cintos de segurança, manual deutilização e controle da vida útil, ga-rantindo assim a segurança do tra-balhador. Com isto a fiscalização re-ferente ao atendimento das NormasRegulamentadoras deverá estar emsintonia com as normas ABNT paraqualquer tipo de equipamento deproteção individual.

    ‘‘LEIA O MANUAL’’