artes e ofícios e arte nova
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Artes e Ofícios e Arte Nova
No início do século 19, cria-se uma relação entre o
Homem e a máquina: se por um lado esta permite
reproduzir objectos em grande número, por outro, isto
acontece graças ao trabalho repetitivo e desumano de
linhas de montagem, surgindo a standartização do objeto,
(através de trabalho em linhas de montagem estudado por
Frederyck Taylor) criando-se também maior desemprego,
uma vez que a máquina tirava trabalho que era feito à mão.
Só mais tarde, com o aparecimento do design, tira-se
partido da experiência manual dos artesãos criando-se
pelas máquinas objectos estéticos, valorizados como algo
moderno, por representarem trabalho preciso e racional.
Artes e Ofícios (Arts & Crafts)
Como reação à cultura artística da aristocracia, a
burguesia afirma-se criando um movimento romântico
inspirado em elementos naturais como folhas e nervuras,
que aplica de um modo standartizado em papeis de
parede, móveis e livros, como nas habitações, com pinturas
nas paredes ou em estuques nos tetos, fazendo renascer,
na arquitetura o gosto pelo estilo gótico medieval. Na
Inglaterra, John Ruskin e William Morris fazem a sua
produção industrial orientados por artistas e artesãos,
surgindo assim o movimento Artes e Ofícios ( ou
Arts&Crafts) com essas ilustrações associadas a formas
naturais e orgânicas.
Tapeçaria
Sir Frank
Dicksee
Edmund, Lord Leighton (1853 - 1922)
John William
Waterhouse
(1849-1917)
Edward Robert Hughes
(1851-1914)
Arte Nova
A Arte Nova (também chamada de «Modern Style», «Stile
Liberty», «Art Nouveau» ou «Sezessionstill») entrou em
sintonia com a arte japonesa, na forma com linhas
sinuosas como na cor, utilizando cores planas sem
sugestão de volumes, como ainda estruturas decorativas
naturais e simbólicas.
Alfonse Mucha
A Arte Nova foi influenciada pelos artistas do movimento
simbolista, como William Blake, Redon, William Holman,
Hunt ou Jonh Everet Millais, que foram por sua vez
inspirados na simplicidade da pintura italiana dos artistas
«pré-rafaelitas» como Boticelli.
A Arte Nova retira a ideia da corrente Arte e Ofícios, de
valorizar esteticamente as estruturas dos móveis, neste
caso, inspiradas em estruturas da Natureza, como por
exemplo, ossos de pássaros ou nervuras de folhas.
A Arte Nova retira a ideia da corrente simbolismo, ao
pretender com essas estruturas da Natureza, simbolizar ou
evocar forças naturais como a do movimento do voo.
William Blake destacou-se nesta procura de encontrar
coerência entre a decoração e o conteúdo.
Assim, ao contrário do que acontecia no romantismo,
estes elementos naturais não apenas decorativos e
aplicados aos objetos, mas são implicados nas estruturas
dos próprios objetos.
Henry
van de Velde
Esta preocupação simultânea com forma e com a função
dos objetos, simbólica e estética, fará surgir o design
industrial. Se a Arte Nova soube unir símbolo, estrutura e
material, esta não foi porém meio de democratização das
artes: na Arte Nova não houve intenção relevante de
produção industrial, o que acontecerá mais tarde com a
escola Bauhaus, tornando-se por isso ainda apenas ao
serviço de elites com poder de compra. No gosto pelo
desenho de mobiliário, destacaram-se arquitetos como
Gustav Stickley, Frank Lloyd Wright e Greene & Greene ou
do botânico, teórico de arte e designer Christopher Dresser.
Frank Lloyd Wright
Charles Rennie
Mackintosh Argyle
Victor Horta
Fontes sugeridas:
http://www.thetapestryhouse.com/tapestries/category/other-arts-
crafts-27
http://www.strictlymission.com/Books.html
http://www.pinterest.com/bumblelondon/furniture/
Sugestão de ibook:
Popular Woodworking's Arts & Crafts Furniture Projects
https://itunes.apple.com/br/book/popular-woodworkings-
arts/id451518977?mt=11#