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Os novos meios de expressão não são maneiras de nos relacionarmos com o antigo mundo real, são o próprio mundo real e remodelam livremente o que resta do mundo antigo” Marshall McLuhan, 1986

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Os novos meios de expresso no so maneiras de nos relacionarmos com o antigo mundo real, so o prprio mundo real e remodelam livremente o que resta do mundo antigo Marshall McLuhan, 1986

Os novos meios de expresso no so maneiras de nos relacionarmos com o antigo mundo real, so o prprio mundo real e remodelam livremente o que resta do mundo antigo

Marshall McLuhan, 1986Tentativa de mapeamento (breve) daproduo artstica no campo de interseco entre arte, cincia e tecnologia:1. Arte em movimento (cintica)2. Arte e meios de comunicao (videoarte)3. Arte e computador (Hipermdia ou webart)Toda arte feita com os meios de seu tempo.Por que ento o artista de nosso temporecusaria o vdeo, o computador, a Internet, os programas de modelao, processamento e edio de imagem, a engenharia gentica?Desde suas primeiras experincias, a videoarte sempre esteve marcada por figuras normalmente avessas comunicao, como o rudo, a distoro, a metamorfose.APROPRIAO E SUBVERSO DO MEIOcontrrio do cinema, A VIDEOARTE no est interessada em encenar uma histria, em apresentar uma narrativa, seja ela linear, fragmentada ou labirntica.INACABADADESCONTNUAFRAGMENTADADISPERSAVIDEOARTE:imagem distorcida, decomposta,suja, sobreposta e desintegrada.

IMAGEM RENASCIDA

VIDEOARTE:

imagem distorcida, decomposta,

suja, sobreposta e desintegrada.

IMAGEM RENASCIDANa VIDEOARTE, portanto, a prpria materialidade que importa, a imagem no mais como janela para o mundo, mas como realidade em si mesma, como um mundo prprio dotado de matria, corpo, textura prpria.O grande convidado, neste domnio, o corpo, o sensvel, o sentir.Breve Linha do TempoSurge em meados da dcada de 1960 como Imagem eletrnica como suporte de criaoPrxis criativa Ao Principal: Vdeo como linguagem de experimentao.Poticas: Oposio indstria de comunicao de massa, para subvert-la. Apropriao da linguagem televisiva: fragmentria, ritmo veloz, imagens em metamorfose.Exibies para alm de museus e galerias: salas de cinema e TV.

Cmera portapack da Sonyimagens PB, fita magntica de polegada de rolo aberto

Grupo FLUXUSO Grupo Fluxus foi um movimento de msicos, cineastas, escritores liderados por George Maciunas, que marcou as artes das dcadas de 1960 e 1970, influenciadas por Marcel Duchamp e John Cage.Livrem o mundo da doena burguesa da cultura "intelectual", profissional e comercializada. Livrem o mundo da arte morta, da imitao, da arte artificial, da arte abstrata. Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma realidade no artstica , para ser compreendido por todos, no apenas pelos crticos, diletantes e profissionais. Aproximem e amalgamem os revolucionrios culturais, sociais e polticos em uma frente unida de ao.(Maciunas apud WOOD, 2001:23)Arte mltiplaValorizando a criao coletiva, esses artistas integravam diferentes linguagens como msica, cinema e dana, se manifestando principalmente atravs de performances, happenings, instalaes, entre outros suportes transitrios e inovadores para a pocaObjetivoCriar composies no-narrativas e aleatrias, incorporando rudos e interferncias, inspirou os artistas na tentativa de dialogar com o cotidiano em seus trabalhos.Pontos de cruzamentoTransdiciplinaridade (hibridismo)Projetos colaborativosPostura anti-arteArte anti-institucionalistaCrtica ao modernismoObra aberta a interpretaesAcasoArte e cotidiano (aproximao)Arte evento e processo (efemeridade)Arte e vidaArte instalada, parte do espao cotidianoArte para ser vivenciadaPerformance/happening/ instalaes evideoarteRefernciasMovimento DadastaObra de Marcel DuchampContestao dos valoresApropriao de elementos do cotidianoA arte deve ser compreendida, por issodeve estar no cotidiano.John CageJoseph BeuysWolf VostellNam June PaikYoko Ono, entre outrosA Videoarte gera uma comunicabilidadeplena,livre das leis de perspectiva, dasregras de composio, das amarrassintticas tradicionais.Dcada de 701 pessoa, intimista e performticaExplora: Conceitualismo,experimentalismoAes performticas,produo de sentidos,VIVNCIA.Decada de 80O ambiente faz parte da obra: videoinstalaesA Videoarte se transforma em video-instalao: arte multimdia, mltipla. A complexidade do espao, da luz, do plano, da forma, do som, do movimento, do homem e das mltiplas possibilidades de combinar todos estes elementos. Tudo convergindo para o sensorial, os sentidos sendo levados ao hipertudo Mltiplas telas e projees com o objetivo de expandir o horizonte visual e intensificar a experincia sensorialVideoarte Nova GeraoO lugar da representao e do sujeito questionado,retrabalhado,redimensionado. As novas tecnologias de imagem permitem a criao de um espao e de objetos, sem recurso a qualquer materialidade prvia, sem qualquer relao a referentes preexistentes. A videoarte surge como o meio privilegiado no qual o artista pode expor as suas obsesses, fragilidades, sonhos; explorar a sua fisicalidade, exorcizar das suas memrias, medos, fobias etc., de forma intima, autnoma e privada.Longe de se deixar escravizar pelasnormas de trabalho, pelos modosestandardizados de operar e de serelacionar com as mquinas, longe aindade se deixar seduzir pela festa de efeitose clichs que atualmente dominam oentretenimento de massa, o artista dignodesse nome busca se reapropriar dastecnologias eletrnicas numa perspectivainovadora, fazendo-as trabalhar embenefcio de suas idias estticas.Mais do que nunca, chegou a hora de traar uma diferena ntida entre o que , de um lado, a mera produo industrial de desenhos agradveis para as mdias de massa e, de outro, a busca de uma tica e uma esttica para a era tecnolgica.