portifolio história de coisas, artes e ofícios
DESCRIPTION
Consolidação de projetos apresentados na unidade curricular Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental I, ministrada pela Profa. Patricia Almeida Ashley, aos alunos ingressantes na turma 2012 do curso de Bacharelado em Ciência Ambiental, na Universidade Federal Fluminense. Relatório editado, revisto e consolidado por Erica Pipas Morgado, integrante da equipe da Rede EConsCiencia e Ecocidades.TRANSCRIPT
Portfolio
Projeto História de Coisas, Artes e Ofícios.
A turma 2012 do curso de Bacharelado em Ciência Ambiental do Instituto de
Geociências da Universidade Federal Fluminense, desenvolveu o projeto na unidade curricular Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental I. O seguinte trabalho descreve o oficio ou produto escolhido pelos estudantes . MAIO-2012
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SUMÁRIO
PREFÁCIO 02
HISTÓRIA DE ARTES E OFÍCIOS 03
JULIANA DA ROCHA 03 BEATRIZ DE CARVALHO 06 CRISTIANE DE BARROS 08 ELENA CLAUDIO BRITTO 11 ELENICE GONÇALVES 13 ERICA PIPAS 18 JULIA GOMES 23 MARIANA AMORIM 27 SCARLETY HOHARA MASON 31 PEDRO CREALESE 33 THAMIRIS XAVIER 35 JULIA LADEIRA 37 FERNANDA SILVA 41 GABRIELLE FIGUEIREDO 44 MARIA BEATRIZ AYELLO 47 IZABELE DE ALMEIDA 51 DAIANY DO NASCIMENTO 53 LAINA LOPES 59
HISTÓRIA DE COISAS 63
CAMILA AMÉRICO 63 GRAZIELE NORONHA 67 NATHALIA REIS 74 NICOLAS FERNANDES 77 FLAVIA CUNHA 80 EVELISE CARDOZO 84 THAINARA SAUSA 91 VIVIANE RAMOS 94 MARIANA MENENGOY 98 PAMELA DE MIRANDA 102 THALITA DA FONSECA 108 THAIANE PRADO 112 RAYANE VELLOSO 119 CRISTIANO GOES 124 RAPHAEL DA COSTA 129 PAULO CESAR LEMOS 136 ANA FLAVIA LINS 141
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PREFÁCIO
A turma 2012 do Curso de Bacharelado em Ciência Ambiental do Instituto de
Geociências da Universidade Federal Fluminense, desenvolveu o 1° Projeto na unidade
curricular Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental I, ministrada pela profª. Patricia
Almeida Ashley.
A proposta pedagógica deste projeto de História de Coisas, Artes e Ofícios é uma
releitura de uma primeira edição de História de Produtos e Artesãos com Cuidado Social e
Ambiental adotada pela professora em 2004 junto aos estudantes dos Cursos de Ciências
Econômicas e Administração da Universidade Federal de São João Del-Rei, em Minas
Gerais.
Com o objetivo de oportunizar a experiência prática de fazer um projeto que contribua
para incorporar história e análise do impacto social e ambiental dos ofícios, artes e artigos
comercializados, os alunos se empenharam na realização do projeto. Certamente, foi
realizada uma desconstrução de certezas antes baseadas em ideias impostas e não bem
definidas sobre as coisas. Uma conduta mais crítica e cidadã foi relatada e será lembrada ao
longo de toda a vida acadêmica e em nossa memória,pois as experiências expostas de cada
aluno se tornaram experiências do grupo, mobilizando novas ideias, novos projetos e
principalmente novas formas de agir .
Com o intuito de divulgar o que foi apresentado pelos alunos, os trabalhos foram
reunidos e divididos em História de coisas e História de artes e ofícios. Uma conquista de
novos saberes e o desenvolvimento de novos ideais.
HISTÓRIA DE ARTE /OFÍCIO
TÍTULO: Arte/Ofício- Pintor
AUTORIA: JULIANA DA ROCHA SILVA Matrícula: 112095016 INTRODUÇÃO: O trabalho foi desenvolvido a partir de uma produção artística, conta a
história de um ofício/ arte, em forma de profissão. Relata a história de um pintor, que tem
como forma criativa expressar o seu trabalho através de telas que são decoradas em
cidades brasileiras.
Proposta feita pela disciplina de Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental I,
aos alunos da Universidade Federal Fluminense no ano de dois mil e doze.
O ENCONTRO: Fui surpreendida pela arte quando passava por uma rua de meu bairro,
Trindade- São Gonçalo -RJ, no dia dezoito de março de dois mil e doze, como a proposta do
trabalho já havia sido dada, comecei ali a elaboração. A montagem do trabalho foi feita
através de observação, entrevista e analise de dados coletados no momento em que o
pintor desenvolvia seu ofício, em apenas um encontro.
OFÍCIO E SUA HISTÓRIA: Esse produto que ele vende é ele mesmo que produz, são telas
de paisagens e de coisas abstratas capazes de nos remeterem ao seu interior.
O trabalho é desenvolvido pelo artista chamado Jessé, de 50 anos de idade e 45 de
profissão. Jessé disse que foi profundamente influenciado pelo trabalho de seus pais, e que
aprendeu seu ofício com eles desde pequeno, assim como seus irmãos, que como Jessé,
decoram telas na magia de proporcionar ao público esse maravilhoso trabalho.
Jessé é natural de Olinda, Pernambuco, porém reside em Guarapari , Espírito Santo,
quando não esta a rodar cidades brasileiras com o seu trabalho. O próximo lugar segundo
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ele será Juiz de Fora, cidade mineira, onde passará alguns dias desenvolvendo suas obras e
daí por diante.
Jessé trabalhando
O DESENVOLVER DA ARTE: Jessé pinta em média de quinze a trinta telas por dia,
diversificadas. Segundo ele, se pegarmos todos os seus trabalhos veremos que não são
iguais. Sempre tem um detalhe que faz a diferença, pois as telas são feitas de acordo com
sua imaginação.
Ele trabalha apenas com cinco cores de tinta óleo que se transformam em um grande
arco- íris, são elas o branco, o preto, o vermelho, o amarelo e o azul , um simples jogo de
pincel e um banco que juntos formam os equipamentos de seu trabalho.
Instrumentos e local de produção das telas
OS RISCOS DO OFÍCIO: O trabalho de Jessé é sem dúvidas uma grande obra de arte,
que além de utilizar a imaginação, requer um desgaste físico muito grande já que as telas
são feitas em lugar rasteiro, uma calçada, e Jessé passa horas curvado trabalhando, além
do perigo de ficar horas exposto na rua em meio ao caos que se encontra a sociedade
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moderna. O sol também é um grande desafio, e o cheiro que vem das tintas é muito forte.
CONCLUSÃO- O RECONHECIMENTO DO TRABALHO E SEUS RESULTADOS: Todos
que passavam pela calçada paravam para admirar Jessé trabalhando, e ficavam um grande
tempo a observar e parabenizar. Não tinha quem não se encantasse com a habilidade do
pintor.
Embora esse encontro tenha sido de puro encantamento pela arte e pelo ofício de
Jessé, acho que ele deixou no coração de cada pessoa que passava uma inspiração para
um mundo melhor, um desejo de mudança, de atribuir valores as coisas que realmente nos
importa: A vida. Aquele senhor mostrou, talvez sem a intensão, que a paz, a felicidade está
em fazer o que se gosta.
A admiração do público ao ver Jessé trabalhando. Depois de observar o nobre pintor em seu ofício, pode se dizer que o trabalho é para
o homem algo que o enaltece e dignifica perante a sociedade. Que embora não proporcione
grandes lucros, o que importa é a vontade de querer executá-lo e isso vem se perdendo ao
longo dos tempos. A busca não por uma profissão, mas sim pelo quanto de dinheiro ela vai
me render, e isso tem feito o homem enxergar o trabalho como algo que não oferece prazer. FONTES PESQUISADAS: A coleta de dados para elaboração do trabalho foi feita no
momento em que o pintor desenvolvia sua arte, seu ofício, através de observação, conversa
informal, e fotografias.
A confecção deste trabalho contou com os métodos apresentados em sala, com o
compartilhamento de ideias trocadas com componentes do grupo e colegas de classe e
visitas a sites na internet: Acessado ao longo da elaboração do trabalho
http://redeeconsciencia.blogspot.com.br/search?updated-max
http://www.projetoterra.org.br/portugues/index.htmlv Acessado 02/05/2012.
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ETIQUETA NARRATIVA: A etiqueta do produto foi elaborada em forma de poesia.
ImaginAÇÃO Imaginação, ès um dom que me motiva a expressar meus desejos, minhas imagens em formas, em ações e assim confeccionar minhas conclusões.
Pinturas de telas- Trabalho feito em São Gonçalo -RJ. Arte- Ofício – Março/ 2012
TÍTULO: Arte/Ofício- Deglier Vidal
AUTORIA: BEATRIZ DE CARVALHO SOUZA CUNHA Matrícula: 1120955006
INTRODUÇÃO: O trabalho foi desenvolvido a partir do ofício de Deglier Vidal, brasileira,
casada, natural do Rio de Janeiro, moradora de São Gonçalo. Trata se de uma profissão
que a mesma faz com muito carinho e dedicação, conquista seus clientes pela simpatia e a
competência que aparentemente veio de berço. Cabeleireira e maquiadora, ela produz
noivas, debutantes e afins. Além de ajudar as mulheres a manter a autoestima sempre
elevada, se realiza na sua profissão. Segue algumas fotos de uma das noivas que a mesma
produziu.
HISTÓRIA: Deglier começou a trabalhar no salão da Denise, que eu e minha mãe
freqüentamos desde muito tempo. Ela tinha seu próprio negócio, cresceu muito
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profissionalmente, porém tinha sócio, o que a desfavorecia em algumas situações. Começou
fazendo escova e maquiagem em parentes e amigos e desde cedo já demonstrava certa
intimidade com escovas e pincéis. Com 15 anos abriu um salão, como dito anteriormente.
Contando assim, até parece que foi fácil, mas até chegar nessa conquista passou por
poucas e boas para enfrentar a sociedade, largou os estudos por sofrer bullying, e foi
expulsa da casa da mãe logo assim que assumiu sua homossexualidade.
Ela apenas nasceu de uma forma e vive de outra. Esta forma de viver a deixa mais
satisfeita e, diante de alguns olhos, por não ser convencional, não é bem aceito. Impôs uma
filosofia de vida para ser feliz, e isso não depende de raça, cor, credo. Hoje, trabalha no
salão da Denise. Com seu bom humor, contagia a todos com seu jeito e seu talento.
Têm planos para a realização de um blog e um site onde terão dicas de penteado,
tutoriais de maquiagens e dicas de como cuidar dos cabelos, ao qual divulgarei em breve.
UTENSÍLIOS: Escova, prancha, tinta, pente, produtos de alisamento, variados cremes,
pincéis, paleta de sombra, rímel, blush, batons, bases, pó de correção, entre outros.
RISCOS ENCONTRADOS: Risco de intoxicação pelo uso de produtos químicos, risco de
alergia a determinados produtos usados tanto no cabelo como em maquiagens. E, por isso,
faz teste antes de executar o trabalho e faz uso de luvas.
COMO APRENDEU: Não fez cursos, aprendeu vendo outros profissionais trabalharem e
aprimorou o que foi preciso em workshops.
FONTES PESQUISADAS: O trabalho foi feito através da coleta de dados pessoais, uma
entrevista através de vídeo e exposição de fotos de alguns trabalhos já realizados.
CARTÃO DE VISITA:
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TÍTULO: Arte/Oficio - A Dádiva do Ensino
AUTORIA: CRISTIANE DE BARROS PEREZ Matrícula: 112095001
INTRODUÇÃO: Uma das maiores dádiva do ser humano é capacidade de passar seu
conhecimento para outras pessoas. Um dos trabalhos mais bonitos e importantes do mundo
inteiro é a do profissional de ensino, o professor. Todos nós em alguma fase de nossas
vidas passamos por esses profissionais e, através deles, que nos capacitamos futuramente
para sermos profissionais em qualquer escolha de carreira. Sabemos que por mais
importante que seja esta profissão, aqui no Brasil não há tanto incentivo, vemos todos os
dias esses profissionais lutando por melhores salários e condições de trabalho. Por esse
motivo, resolvi destinar esta pesquisa a esse profissional.
Minha entrevistada é Fernanda de Barros Perez, ela esta se formando em Biologia na
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Formação de Professores (UERJ/
FFP), futuramente pretende fazer de seu “hobby” sua profissão. Atualmente ela vive no
México, onde voluntariamente dar aulas de língua portuguesa para os mexicanos e está
cursando um semestre na Universidad de Guadalajara (UDG) – Centro Universitário de
Ciências Biológicas Agropecuárias (CUCBA).
Foto de Fernanda de Barros Perez, em trabalho de campo, México.
Universidade de Guadalajara, México.
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro, São Gonçalo.
Como aprendeu dentro e fora de cursos o que faz? Sobre este questionamento, a
entrevistada não sabe dizer se foi alguém que a ensinou a lecionar aulas, mas ela diz que
desde pequena sempre gostou muito de dar aulas de reforço para os moradores próximos a
elas, e também sempre ajudou a irmã e os primos com as tarefas de casa, então, desde
nova já desenvolveu uma experiência em passar conhecimentos.
Quando adolescente ela sempre ficava depois da aula para passar a matéria para
seus colegas que não haviam entendido a explicação do docente, e de uma maneira mais
simbólica, conseguia fazer que seus colegas de classe entendessem a matéria.
“Então eu tenho isso, não de uma pessoa que me ensinou e sim foi uma habilidade
que eu descobri desde cedo e com o tempo fui me aperfeiçoando através de horas e horas
de estudo.” Ela relata o quanto é prazeroso passar seus conhecimentos para outras
pessoas. E então, só busca adquirir mais conhecimentos com atividade extracurriculares tais
como: Cursos de línguas estrangeiras e outras.
O que precisa para realizar o ofício? “Para realizar o oficio eu apenas necessito de
pessoas disposta a aprender e um espaço para poder receber os alunos.”
Não são necessárias muitas coisas para essa prática, mas, se no caso o local
oferecer outros dispositivos tecnológicos, fica muito melhor. Porém, de nada adianta ter um
local bem aconchegante e com aparelhos que facilitam o aprendizado se não tiver alunos
com vontade e determinação de aprender. Ela já voluntariou em diversos locais, mas todos
eles sempre tiveram alguma precariedade, mas mesmo assim, nunca deixou de dar aulas
por esses motivos, “É sempre um prazer ver que as pessoas que buscam conhecimentos
também não se importam com os locais.”
Quais as situações de risco a saúde você vive, ou pode sofrer? Todos nós estamos
predispostos a qualquer tipo de perturbação. Como o professor fala muito, o que pode ter
risco se não cuidar é a perda da voz e também o contato direto com pessoas, que podem ter
algum tipo de doença contagiosa e passar, mas fora isso, acredita que não há grandes
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riscos a saúde neste ofício. Acrescenta que: “O maior risco a saúde acho que pode ser o
psicológico, porque lidamos com pessoas de todos os tipos. E às vezes podemos nos
envolver demais com os alunos, ou então eles conosco. Além do que é um oficio muito
desgastante e estressante!”
Numa turma de alunos existem diversas características, assim como pessoas mais
tímidas, outros mais brigões e os dispersos. Há uma enorme pressão para que você se
adapte a esses tipos de pessoas “(...) ainda mais nós que somos professores, somos o
intermediário desses alunos, através de nós que eles conhecem outros amigos e interagem
entre si. Há também aqueles alunos em que a educação em casa é tão falha que os pais
cobram de nós o que seria o papel deles. Vivemos com pressões psicológicas a todos os
momentos e eu sei que isso pouco a pouco vai afetando a minha saúde. Procuro ser bem
maleável com os alunos, até criando amizades com eles e eles comigo, para assim minha
rotina não ser tão desgastante. Por enquanto eu só sou voluntária, mas já trabalhei em
algumas escolas. Vejo como essa profissão é desvalorizada aqui no Brasil, não existe
nenhum incentivo para os alunos e professores para melhorar o ensino, e muita das vezes o
salário de um professor mal dá para cobrir as contas no final do mês obrigando assim um
docente ter mais de um trabalho”
SOBRE O MEIO AMBIENTE: “Em relação ao meu trabalho, se através dele existe algum
impacto ambiental de grande escala, creio que não, contudo, a energia elétrica e o consumo
de papel estão na lista”
PARA FUGIR DA ROTINA: “Um meio que eu utilizo para aliviar essa rotina exaustiva é
sempre estar em contato com a natureza, vou a diversos trabalhos de campos e costumo ir
a locais que me tragam paz, assim consigo conciliar os estudos com o voluntariado.
Mesmo com todas as dificuldades encontradas para exercer essa profissão, creio que
o que você faz com determinação, empolgação e seja prazeroso em exercê-la, não haverá
nenhum empecilho para continuar. E é isso que eu quero mesmo, é algo que eu descobri
desde cedo e que tenho talento para ensinar.”
FONTES PESQUISADAS: Entrevista feita através de sites de redes sociais, como a
entrevistada que está atualmente no México.
VIDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/HauIok3lUnk.
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TÍTULO: Arte/Oficio- Artesanato:O cara de pau
AUTORIA: ELENA CLÁUDIO BRITTO Matrícula: 112095032
INTRODUÇÃO: O meu avô Vicente (Fig. 1) é muito habilidoso com trabalhos manuais.
Quando era mais jovem trabalhou em estaleiro e serraria, além de gostar de desenhar. Ele
realizou diversos serviços em sua casa como reforma de sofás, construção de mesas,
cadeiras, galinheiros, viveiros, conserto de instalações elétricas e de pequenos aparelhos
domésticos, como ferro elétrico, e de ferramentas, como enxadas. A maioria dos seus
trabalhos foi feito artesanalmente. Contudo, o que chamou minha atenção, foi sua habilidade
para esculpir bonecos em madeira, que ele apelidou de cara de pau.
Fig. 1 HISTÓRIA: Inicialmente seu irmão Francisco foi quem começou a esculpir em madeira. Ele
se inspirou folheando uma revista em quadrinhos chamada Gibi, observando a fisionomia
dos personagens (Fig. 2). Meu avô se interessou pelo trabalho do irmão e logo começou a
esculpir também, inspirando-se nas famosas estátuas da Ilha de Páscoa. (Fig. 3) Fig. 2 Fig. 3
O processo de criação da escultura exige muito cuidado, paciência e atenção. Foram
precisos muitos dias de dedicação para adquirir prática em esculpir.
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MATERIAIS NECESSÁRIOS: Para realização do trabalho meu avô utiliza um canivete bem
afiado. (Fig. 4)
Fig.4
A escolha da madeira é muito importante, pois ela precisa ser macia. Meu avô e seu
irmão reaproveitavam galhos secos, das árvores popularmente chamadas de cedro (Fig. 5),
pinho e leiteira, encontradas perto de casa. Além disso, eles coletavam restos de madeira de
serrarias ou marcenarias. Fig. 5
A melhor opção de ambiente para esculpir era a área dos fundos da casa onde
ocorria bastante luz.
Segundo meu avô, a etapa de criação mais difícil eram os olhos. Primeiramente ele
fazia o queixo e pescoço, depois a testa e o nariz, e por fim os olhos. Depois de prontos ele
decidia se envernizava ou não os bonecos.
CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE: Os resíduos gerados pelo serviço eram pequenas
lascas de madeira que posteriormente, poderia ser utilizado em outros trabalhos artesanais.
Meu avô esculpiu vários caras de pau e presenteou minha mãe e minhas tias. 12
Ele criava os bonecos por prazer e realização pessoal. FONTES PESQUISADAS: Entrevista informal.
FOLDER:
“O cara de pau” Produzido por Vicente TÍTULO: Arte/Ofício – Técnico em Eletrônica
AUTORIA: ELENICE GONÇALVES RODRIGUES Matrícula:112095011
INTRODUÇÃO: X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
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HISTÓRIA: X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
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TÍTULO: Arte/Oficio: Artesanato com ferro reciclado e madeira de demolição
AUTORIA: ERICA PIPAS MORGADO Matrícula: 112095041
INTRODUÇÃO: Este trabalho relata sobre um artesão chamado Marcelo José Gouveia,
de 35 anos, que mora no Estado de Minas Gerais. Ele produz um artesanato com metal
típico da sua cidade e sustenta toda sua família através desse oficio. Será mostrada a sua
prática através de um vídeo onde poderemos observar suas condições de trabalho, bem
como a estrutura local.
BREVE HISTÓRICO DA VIDA PROFISSIONAL: Iniciou sua vida trabalhando de pedreiro
ainda adolescente, teve 2 filhos no primeiro casamento ( 10 e 16 anos) mas separou-se.
Posteriormente, já com 25 anos, tornou-se entregador de artesanato para um artesão do
local. Um ano depois, de entregador passou a ser ajudante do artesão (cortador de chapa)
nesta mesma época, com 26 anos, quando conheceu sua atual companheira Luana que já
tinha um filho hoje com 8 anos. Hoje, Marcelo tem 35 anos e sua companheira Luana tem 24
anos, juntos eles tiveram 3 filhos atualmente: 1, 3 e 5 anos.
Após mais um ano nesse trabalho de ajudante, tornou-se sócio e 2 anos depois abriu
seu próprio negócio. Vale ressaltar que Marcelo aprendeu seu oficio observando o artesão
que lhe deu a primeira oportunidade na vida (seu ex-patrão e ex-sócio). Nunca fez curso
algum. Comprou seu material com seu suor, vive de aluguel e sustenta sua família com a
venda de seus produtos somente para lojistas e eventualmente para particular.
ACHADO POR ACASO: Como cheguei até o artesanato do Marcelo. O 1 º CONTATO:
Em um passeio de férias, meus pais tomaram como destino Tiradentes em setembro
de 2010. Apreciando o artesanato local, depararam com uma casa humilde com desenhos
na porta que chamaram a atenção. Meu pai resolveu parar e descobriu uma lojinha
improvisada onde o Marcelo vendia seus materiais. De tão refinado e com muitos detalhes,
ficaram encantados com tanta destreza de sua esposa em fazer cortes na folha de metal
para que essa se tornasse uma flor e assim, constituir varias peças decorativas.
No primeiro momento, Marcelo apresenta o seu ateliê num local inadequado,
diretamente exposto ao sol, sem condições de realizar dignamente o seu trabalho.
Atualmente desativado (foto abaixo).
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Visão interna do Visão externa do local antigo de trabalho. A seta local antigo de trabalho indica onde era a sua bancada
2 º CONTATO: Em uma segunda visita, ele já está instalado em novo local de trabalho, ao
lado da lojinha, onde preparou melhor sua bancada e suas ferramentas de trabalho com
uma cobertura mais favorável para a realização do seu oficio. (a casa da família fica
integrada a lojinha, nos fundos da mesma).
Mesmo carro que ele fazia as entregas do artesão (ex-sócio) a dez anos atrás.
Visão panorâmica do local atual Novo local de trabalho 3 º CONTATO: Em Janeiro de 2012, fui ao encontro do Marcelo por indicação dos meus
pais. Deparei-me com crianças em seu local de trabalho e sua esposa a cortar as folhas de
metal. As condições não foram agradáveis, porém, vê o esforço dessas duas pessoas, a
dedicação ao trabalho para o sustento da família, foi muito interessante para a abordagem
futura do meu trabalho, onde retornei especialmente para finalizar o mesmo.
O OFICIO/ A ARTE: ARTESANATO EM METAL: O trabalho realizado por eles depende
das encomendas que são solicitadas por lojistas já clientes do Marcelo. Clientes estes de
várias partes do Brasil: Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul...
O seu oficio depende de algumas ferramentas e materiais que ele compra na própria
cidade, tais como as chapas de metal, os eletrodos, liga de solda, a tinta látex e acetinada.
As ferramentas como compressor, lixadeira, tesourão, alicate são necessários para a
fabricação do produto. 19
Relacionando a prática do oficio com a saúde, pude observar que a segurança no
ambiente de trabalho é um risco a saúde do Marcelo, da Luana e das crianças.( não se tem
equipamentos de segurança e vestimenta adequada)
No vídeo observamos com clareza as condições de trabalho. ”A roupa rasga, queima,
queima o sapato”. As mãos não têm proteção para a tinta, que é tóxica, as crianças brincam
no mesmo ambiente de trabalho dos pais onde se encontram materiais cortantes e
perigosos. A mãe limpa as mãos com gasolina par retirar a tinta nas crianças e nela mesma,
o solo não tem proteção, a tinta que respinga da pistola ao pintar as peças contaminam o
solo.
Antes ele trabalhava no tempo, o sol muito forte e a chuva eram um problema para a
sua prática. Depois que passou para o galpão, a instalação física
ficou favorável ao trabalho.
As inspirações vêm da própria natureza no caso das flores e das árvores, mas
também da sua imaginação.
ENVOLVENDO O MEIO AMBIENTE NO OFICIO: Apesar de existirem alguns problemas
quanto a prática do oficio, é importante salientar que todo resíduo que é descartado (corte
das chapas de metal, restos de solda e ferro) são vendidos para reciclagem, garantindo que
nada é desperdiçado, Luana junta tudo na mesma hora que recorta as chapas.) Inclusive, a
madeira que utiliza para emoldurar seus trabalhos, são madeiras de demolição,
reaproveitadas de batentes de portas antigas. Agregando em seu trabalho um maior valor e
dessa venda para a reciclagem ele compra a madeira e reaproveita-as. A base de troca,
começou a utilizar peças de carros para incrementar seu trabalho.
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“Reaproveito peças de
automóveis, bicicletas para
fazer abajur, lustres...”
PRAZER NO TRABALHO: Relata que trabalha de 12 a 14 horas por dia, dependendo dos
pedidos. Mas, diz que por estar em casa, junto com sua família, “Tudo é mais tranquilo, é
mais prazeroso”. Nos finais de semana ele tira umas horas de folga a noite para sair com as
crianças, por que: ”Toda a família precisa de um lazer mas, a maior parte do tempo, ficamos
em casa”. Quando as crianças vão para escola eles aproveitam pra agilizar o trabalho e
Luana a limpeza da casa.
Detalhe: embalando com plástico bolha para não danificar a peça. Comentam que o local ainda não é o ideal para as condições de trabalho, que não
tem como investir muito para aprimorar, pois pagam aluguel. Contudo, muito já se progrediu.
As crianças nunca ficaram doentes. Marcelo e Luana sentem- se bem na prática deste oficio,
pensam que poderia ser melhor. “Às vezes ficamos cansados”, Luana relata de dores nas
costas, mas: “Nada que um banho não resolva, ficamos muito tempo aqui no galpão e
perdemos a noção do tempo”, “(...) gosto muito do que eu faço, acho bom quando as
pessoas elogiam, tenho vontade de fazer mais!”
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Marcelo, Eu ( Erica) Luana Eu e as crianças
CONCLUSÃO: Observando que as condições não são totalmente adequadas à prática do
oficio, que as limitações econômicas são fatores pertinentes e visíveis, pode-se dizer que a
família está unida em torno de um ideal de vida que gira em torno da criação dos filhos. Que
mesmo compartilhando o trabalho e a própria vida afetiva e, além disso, mesmo com as
restrições sociais, encontramos simpatia, comunicação, mínimo de informação,
pensamentos e ideias sustentáveis, percepções diferenciadas sobre o mercado de consumo
(quando ele vende para lojistas e monta sua linha de produção). A qualificação profissional
não faz a diferença nesses protagonistas, pois participam da economia das mais diversas
formas (quando trocam mercadorias e quando vendem para reciclagem). São facetas da
questão social e econômica de uma família que praticamente e só vive do artesanato que
produzem e, hoje, não foi apenas vista como vendedores de peças artesanais, mas aquela
mais próxima de muitas realidades em todo o Brasil. O MÉTODO UTILIZADO PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO: Foi realizada a
filmagem do local, do oficio propriamente dito, e uma entrevista informal do Marcelo e da
Luana, a fim de colher dados a respeito da vida profissional. Por razões de timidez não
quiseram falar diretamente sobre o assunto para a câmera, mas fui autorizada a filmar e tirar
fotografias do oficio e dos produtos por eles realizados, bem como tirar fotos deles e das
crianças.
(OBS: Com intuito de preservar a identidade das crianças, aparecem sem mostrar o rosto!). FONTES PESQUISADAS: Para a realização do vídeo, foram feitas buscas no site
www.youtube.com.br e editados os seguintes vídeos:
SEBRAE-MG. O artesanato é a fonte de renda de mais de 500 mil pessoas em Minas
Gerais. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=lm09hvsNr9k&feature=youtube_gdata_playe
Acesso em: 20 de março 2012.
GLOBO COMUNIDADE. Artesanato e dicas do SEBRAE.
http://www.youtube.com/watch?v=lm09hvsNr9k&feature=player_detailpage Acesso
em: 20 de março 2012. 22
VIDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/uc8d4xplgak
FOLDER: Foi confeccionado um texto síntese da história pesquisada, como se fosse ajudar
na divulgação do trabalho ou arte. Pode ser usado como uma etiqueta narrativa do produto
ou folder de divulgação. Conhecendo um pouco da rotina de vida, segue um resumo da arte que você vai adquirir: Esta peça é produzida por Marcelo José Gouveia e Luana, sua esposa que o ajuda no corte das chapas de ferro. Na casa onde vivem, em Minas Gerais- Brasil, montaram o próprio negócio e sustentam a família.. Marcelo nunca fez curso, aprendeu observando outro artesão no seu oficio, e assim desenvolve seu papel de artesão com destreza e satisfação. Montou sua linha de produção e tem como público-alvo os lojistas da região e de todo o Brasil. Para a realização das peças artesanais, Marcelo utiliza ferro reciclado, peças de carros e bicicletas. Os resíduos que produz, serve de base de troca para a confecção do seu produto. A madeira que emoldura alguns de seus trabalhos é de demolição - de batentes de portas antigas, fundamentais para a valorização do seu trabalho. O mais importante é a consciência de bem estar e de contribuir para a preservação da natureza. A família tem atitudes de cada vez mais melhorar as condições de trabalho, incentiva o estudo dos filhos e tem pensamentos sustentáveis, quando reutiliza e troca materiais na fabricação das peças que irão embelezar a sua loja e colocar na casa dos seus clientes uma peça feita com muito carinho e respeito ao meio ambiente, incluído você, que faz parte dele. Erica Pipas Morgado
Conteúdo externo TÍTULO: Arte/Oficio: A arte de confeitar
AUTORIA: JULIA GOMES CABRAL Matrícula: 112095015
INTRODUÇÃO: Senhora Palma confeita bolos a mais de cinco anos. Ela tem dois filhos, e
mesmo antes deles começarem a trabalhar, sempre fez tudo sozinha. Essa inspiração, esse
prazer em confeitar bolos, veio dela mesma; ninguém a influenciou. Ela sempre dedicou o
seu tempo a fazer o que mais gostava. A mais ou menos dois ou três anos, ela fazia
encomenda de salgadinhos, pizzas, além de vender quentinhas. Ela sempre fez tudo com
muita dedicação e até hoje ela é assim. Antes de começar a trabalhar com comida, ela
costurava roupas para crianças (vestidos, blusas, calças, entre outros), além de fazer
decoração de quarto.
HISTÓRIA: Ela aprendeu a confeitar sozinha, pois nunca fez curso de confeiteira. O único
que fez, foi um curso manual por três anos. Ela pretende fazer um curso de especialização,
para poder aprender melhor a fazer bolos em formato de camisas de futebol,de
coração,árvores, e todos esses formatos que requer mais trabalho.Atualmente, além dela
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Conteúdo interno
fazer bolos ,é uma dona de casa.Ela tem muitos clientes. Faz bolos para padarias, igrejas,
pizzarias e outros lugares que também são muito conhecidos, no lugar onde ela mora.
Antigamente, ela disse que demorava quase uma hora para confeitar, e com isso não
podia aceitar fazer tantos bolos como ela faz hoje. Ao longo do tempo, ela foi adquirindo
prática, e hoje ela confeita um bolo em menos de oito minutos. Confeitar bolo é uma ação
que requer paciência e técnica, além de coordenação motora e criatividade. No inicio dessa
sua carreira, ela tentou fazer bolos em formato de morango, camisetas, mas disse que
gastava muito tempo. “Se com um bolo simples eu já fico toda atarefada, imagina se eu
fizesse esses tipos de bolo”-disse ela. Por isso que hoje em dia ela decidiu fazer somente
bolos simples. Dona Palma contou também que quando o marido dela tinha carro, ela
mesma que levava os bolos até as clientes, depois que o marido vendeu o carro, ficou
complicado para ela entregar os bolos. Mas isso não se tornou um problema, pois as
clientes vão a casa dela buscar os bolos.
Quando se faz um bolo, coloca-o em um suporte e depois entrega para as clientes.
Porém existe muita gente que não devolve esse suporte de bolo. Quando o suporte é feito
de papel coberto de alumínio, não há problema algum, pois é descartável; contudo se o
suporte for de acrílico acaba saindo caro para a confeiteira.
Ao longo da entrevista, ela disse que houve dias em que teve que fazer mais de sete
bolos. Quando isso acontece, ela acorda umas cinco horas da manhã para começar a
confeitar. Se ela não acordar essa hora, ela disse que atrasa tudo, incluindo o almoço. Pois
ao mesmo tempo em que ela esta confeitando, ela também esta refogando a carne, fazendo
arroz e feijão; e isso tudo com muita atenção e dedicação. Ela contou que esta acostumada
com a “correria” e não há nenhum problema em ir adiantando o almoço ao mesmo tempo em
que confeita o bolo.
Ela relatou que faz bolos de domingo a domingo incluindo feriados. Qualquer dia que
aparecer um pedido, ela faz. No dia da entrevista (que foi em um sábado) ela ia sair de
tarde, e contou que se não falasse para as clientes que tinha compromisso, já teria mais
cinco bolos para ela fazer, ou seja, os quatro bolos, mais os cinco que ela recusou.
PRÁTICA DO OFÍCIO: Para realizar essa arte de confeitar, ela precisa esta com os
ingredientes a mão. Antes de tudo ela precisa preparar a massa do bolo um dia antes para
dar tempo de esfriar, pois quando a massa esta quente é muito ruim de trabalhar. No dia
anterior ela adianta umas três massas, para no dia seguinte confeitar essas três e mais as
duas massas que ainda estão faltando.
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Ela começa pré-aquecendo o forno. Enquanto o forno esquenta, ela vai preparando
as outras massas. Ela separa os ingredientes que irão para a batedeira, dos que não irão.
Por exemplo, primeiro ela coloca a clara do ovo, junto com um pouco de margarina e bate
ate formar uma substancia homogênea,que será utilizada para fazer o glacê do bolo. Após
isso,ela mistura outros ingredientes na batedeira,como a gema do ovo,copos de farinha de
trigo,fermento e por último leite morno. Enquanto os ingredientes estão na batedeira,ela
começa a adiantar outro bolo.Esse outro bolo é de abacaxi. Ela primeiro prepara a calda do
bolo,com o suco do abacaxi. Ela retira a casca e ferve até sair um suco ( é esse suco que
ela molha o bolo,e faz o recheio). Após fazer essa calda, ela retira os ingredientes que
estavam na batedeira. Na fôrma onde ela os colocará, ela passa farinha de trigo para a
massa não grudar. Após esse procedimento ela coloca os ingredientes que estavam na
batedeira na fôrma e leva-os ao forno. Enquanto essa massa assa ela confeita o bolo de
abacaxi.
MATERIAIS: Para confeitar os bolos ela utiliza diversos utensílios. Por exemplo,para fazer
as estrelinhas e corações ela usa uma forminha e a massa é um tipo de pasta americana.
Para deixar essa pasta com cor,ela aplica corante para obter a cor desejada.
Exemplos de fotos mostrando a pasta americana e as forminhas.
Para colocar a massa do bolo ela utiliza fôrmas e assadeiras de diferentes tamanhos;
para misturar os ingredientes ela usa uma batedeira,ou um batedor de massa e ovos.Utiliza
também um suporte para por o bolo,espátulas para a pasta( estas espátulas são muito boas
para manusear pasta americana) ,rolo para alisar a massa,além de sacos de confeitar (os
sacos podem ser descartáveis ou de materiais de plástico ou de metal ).
Exemplos com fotos de saco de confeitar (Um já está pronto e sendo aplicado no bolo
e no outro saco de confeitar está sendo colocado outro glacê para confeitar mais um bolo). 25
Os Bicos e sacos de confeitar são os que dão os formatos mais diferentes na
cobertura. Existem diferentes tipos de bico para confeitar. Tem-se o tipo pitanga aberta, que
é usado para criar estrelas e flores; tem a pitanga fechado; flores especiais, esse tipo possui
um pequeno pino preso internamente no centro, que garante o formato da flor, e entre
outros.
O desenho azul é a pitanga fechado, e o rosa é a pitanga aberto.
Muitos bolos são temáticos, e nesse tipo usa-se geralmente o papel arroz, referente
ao tema que a pessoa deseja.
(fotos de papel de arroz)
RISCOS À SAÚDE E AO AMBIENTE: Depois de fotografar os utensílios e as cenas do
trabalho na arte, observei poucas situações de risco. Em relação à saúde notei o excesso de
corante (Ela utiliza uma pequena quantidade, somente na hora de colorir a pasta americana,
porém, a grande maioria que está nessa área utiliza de forma exagerada, cobrindo o bolo
todo,por exemplo), em relação ao ambiente ela mostrou que se preocupa, pois joga os
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variados lixos em sacolas diferentes, já o modo como se faz, requer atenção, pois se a
pessoa for distraída , pode acabar queimando os ingredientes além de se queimar também.
O que mais observei de interessante é o modo como se faz a calda de abacaxi (que
além de deixar um gosto bom,deixa também um aroma maravilhoso) e as táticas que ela
adquiriu ao longo de todos esses anos .
Esse trabalho de confeiteiro afeta diretamente os sentidos humanos, principalmente o
paladar, portanto ele detém em suas mãos uma obrigação e tanto, pois com seus produtos
ele vai atrair ou afastar possíveis consumidores. Embora haja um certo glamour em torno
desta profissão, ela exige trabalho árduo. Deve-se disposto a trabalhar duro, para conquistar
um espaço cada vez maior nesta área.
FONTES PESQUISADAS: Foi realizada uma entrevista informal com a doceira. Fotos do
seu trabalho.
ETIQUETA NARRRATIVA:
TÍTULO: Arte/Oficio: LIXO MOVIMENTANDO PRODUÇÃO, ARTE E RENDA.
AUTORIA: MARIANNA AMORIM DE BARROS FERREIRA Matrícula: 112095018
INTRODUÇÃO: O ofício escolhido é um trabalho comunitário chamado Projeto LIMPAR,
cujo significado é LIXO MOVIMENTANDO PRODUÇÃO, ARTE E RENDA. O projeto busca
contribuir de forma transversal para o alcance dos objetivos do Milênio, através de ações
desenvolvidas pelo Centro Comunitário Lídia dos Santos – CEACA VILA, no Morro dos
Macacos, situado no bairro de Vila Isabel, município do Rio de Janeiro. Tem como proposta
promover a reconstrução das relações da comunidade com o lixo produzido, através da
criação de um espaço que permita a transformação do lixo em recursos para aquisição de
alimentos, roupa, utensílios, e demais produtos necessários a vida cotidiana das pessoas.
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PROPOSTA: A proposta do projeto visa promover o processo de conscientização ambiental
e cultural, melhora nas condições de saúde e higiene, geração de trabalho e renda, geração
de arte com material reciclado, estímulo a escolarização, e até mesmo mudança na estética
da comunidade, contribuindo para a melhora na qualidade de vida, uma vez que o proje to
tem como meta a redução do acúmulo de lixo nas encostas e demais locais inapropriados,
atuando com o foco na educação para o desenvolvimento sustentável.
LIDERANÇA DO TRABALHO: Regina é a pessoa ativa que comanda o projeto receptando
objetos da comunidade que seriam jogados fora [materiais recicláveis] e reaproveitando de
forma artesanal e criativa estes que em sua produção final viram Pufes, poltronas,
petisqueiras, bebedor de água para beija flor, moringas, carregadores para celular e outros.
Esses materiais recicláveis são trocados pelos moradores por alimentos não perecíveis e
materiais de limpeza.
‘‘ O objetivo é limpar a comunidade e ampliar cada vez mais o número de pessoas
beneficiadas com o projeto. ’’ – Regina
Para fazer esse trabalho Regina tem no seu currículo cursos como: reciclagem,
aproveitamento de material inorgânico e lixo inserido na questão ambiental, artesanato, além
de participação em palestras, eventos e aprendizagem com alguns moradores da
comunidade, através da troca de conhecimento nos cursos de artesanato oferecidos pelo
próprio projeto. Como formação possui apenas o ensino médio e a dedicação de cada dia
fazer melhor o seu trabalho.
ELEMENTOS QUE COMPÕEM CADA OBJETO ECOLÓGICO E SUA PRODUÇÃO :
Objeto 1 - Petisqueira
-garrafa pet, cola branca e papel crepom.
PRODUÇÃO DA PETISQUEIRA: Primeiramente lavar a garrafa pet de modo que fique bem
higienizada, fazer um corte na parte inferior da garrafa, reservá-la, pois ela que será usada.
Pegar o papel crepom e cortar em tiras, os fios são amarrados em uma de suas pontas em
uma batedeira e a outra ponta em um local de apoio, exemplo, maçaneta de uma porta ou
grade de um portão, em seguida ligue a batedeira e ela por si só irá enrolar os fios de
crepom. Juntar três fios de cores variadas e fazer um trançado. Pegar o fundo da garrafa
PET que foi reservado e colar com cola branca os trançados de crepom de cima para baixo
até os espaços ficarem ocupados modelando-a. Assim é feita a petisqueira. Utilidade: Serve
para colocar condimentos, como torradas, biscoitinhos e petiscos.
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Objeto 2 - Pufe
- 32 garrafas PET de Coca-Cola, papelão, revista, caixa de leite, espuma, cola e fita adesiva.
PRODUÇÃO DO PUFE: Primeiro as garrafas são lavadas para estarem higienizadas, em
seguida todas as garrafas são cortadas para serem colocadas uma dentro da outra, de duas
em duas, para o Pufe ter mais sustentação, o terceiro passo é cortar os papelões de forma
quadrada e depois colá-los junto às garrafas para se modelarem no formato quadrado, então
as fitas adesivas podem ser colocadas em volta para prender as garrafas e o papelão, por
cima coloca-se a espuma e para fazer o acabamento são usadas caixas de leite abertas em
todas as partes do Pufe, em seguida para dar o acabamento final são coladas com fitas
adesivas folhas de revistas ou retalhos para darem o design do Pufe. Utilidade: É utilizado
como móvel para decoração em vários ambientes como bibliotecas, salas de leituras, salas
de estar, espaços de exposição e para confortar pessoas em suas casas.
Objeto 3- Carregador de celular ou porta celular
- garrafa pet de 600 ml, papel crepom colorido e cola branca.
PRODUÇÃO DO CARREGADOR DE CELULAR :O primeiro passo é cortar as garrafas já
lavadas na horizontal e abaixo do meio, mas deixando um espaço para cortar a garrafa em
cima fazendo o formato de uma alça, em seguida pegar os fios de crepom em uma de suas
extremidades e amarrar a fita em uma batedeira e a outra extremidade amarrar na maçaneta
de uma porta, assim estique os fios e ligue a batedeira, ela começará a enrolar os fios de
crepom, faça isso repetidas vezes com fios coloridos, pois revestirão a garrafa, depois cole-
os no porta celular já cortado com cola branca modelando os fios na pet. Então está feito o
porta celular. Utilidade: Serve para colocar aparelhos celulares e serem carregados.
Objeto 4- Moringa
- garrafa pet de 600 ml, tampa, papel crepom e cola branca.
PRODUÇÃO DA MORINGA: O processo é simples, usa-se a garrafa inteira e sua tampa,
confeccionando apenas o exterior da garrafa com o crepom que antes é enrolado com o
processo semelhante ao do carregador de celular, e sem seguida usando cola branca para a
colagem e acabamento. Sua embalagem é feita também com uma garrafa de refrigerante,
só que a de 2 litros.
RENDA DO TRABALHO ECOLÓGICO: A renda obtida dos produtos que são feitos advém
da venda através de uma revista da rede ASTA que está em circulação e que oferece esses
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produtos a preços mais altos para um público externo e que compra no atacado. No projeto
que fica na comunidade esses produtos são comercializados a preços mais baixos. O
projeto também tem participação em feiras e eventos externos que dão oportunidade das
pessoas conhecerem os produtos e comprarem no varejo. Existe também a venda de alguns
materiais que não podem ser aproveitados para o artesanato, que são destinados às
cooperativas de catadores de material reciclável.
DESTINO DA RENDA: O dinheiro é destinado ao reinício do processo de reciclagem dos
materiais do projeto, ás aulas de artesanato para pessoas da comunidade e para divisão
entre os membros que fazem parte da produção dos materiais artesanais.
IMPACTO AMBIENTAL: Não há nenhum impacto ambiental na produção desses produtos
ecológicos, pois como o nome se refere eles são ecológicos e recicláveis, ou seja, são
reaproveitamentos de objetos ou qualquer coisa que a população da comunidade local não
usa mais e jogaria fora e são feitos a mão, por meio de artesanato. Portanto não trazem
nenhum dano ao meio ambiente, pelo contrário, o projeto age de forma a reduzir os
impactos ambientais, pois os resíduos que poderiam ser despejados em vielas, ruas,
encostas e outros locais inapropriados na comunidade pelos moradores, são reaproveitados
nas oficinas artesanais e produtivas e ainda contribuem para educação ambiental da
população local.
DE QUE FORMA CONHECI O TRABALHO? Conheci o trabalho comunitário através de
uma pessoa conhecida que é assistente social e funcionária nessa mesma ONG que
promove o projeto LIMPAR. Ela mencionou o projeto e achei interessante pesquisar para o
trabalho de Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental, pois é compatível com o que
debatemos em sala de aula e tem obtido resultados muito importantes para a comunidade
em que atua.
Aprendizagem
‘‘ Aprendi a reaproveitar e transformar objetos que seriam jogados fora causando danos ao
meio ambiente em objetos úteis. Assim ajudo a comunidade a viver melhor e ao mesmo
tempo ao meio ambiente. ’’ - Regina
FONTES PESQUISADAS: O Próprio Projeto
30
FOLDER:
Projeto LIMPAR
(Lixo Movimentando Produção, Arte e Renda)
O projeto tem como objetivo alertar e sensibilizar os moradores do Morro dos
Macacos para a necessidade de diminuir a quantidade de lixo que é jogada de
forma desordenada na comunidade. Esse mau hábito traz diversos danos à saúde,
polui visualmente o local, traz mau cheiro e contribui para a proliferação de animais
nocivos ao ser humano. A proposta do projeto é melhorar a qualidade de vida dos
moradores contribuindo na resolução do problema do lixo e da má alimentação,
porque através de uma “moeda verde” são trocados resíduos sólidos por alimentos
não perecíveis e materiais de limpeza. Também são realizadas reuniões e palestras
educativas, oficinas de artesanato com materiais recicláveis e orientações quanto
ao destino e bom uso do lixo.
Funcionamento: 2ª a 6ª feira de 08:00 às 17:00
“Esvazie seu
lixo e encha sua panela”
TÍTULO: ARTE/OFÍCIO- ARTISTAS.
AUTORIA: SCARLETY HOHARA MASON Matricula: 112095024
INTRODUÇÃO: ABRANGÊNCIA ARTÍSTICA- A arte, principalmente partindo de um
pressuposto moderno, não é nada restrita a isso ou aquilo. O artesão é a pessoa que
escolheu a arte como ‘’o que fazer da vida‘’, o que é invejável pois uni o útil ao agradável.
Porém, encontramos muitas vezes artistas que não agregam valor comercial a sua arte.
Tais como o poeta nada convencional do qual acidentalmente me deparei, que ao distribuir
poemas escritos pelo mesmo em fitas métricas, em um contexto nada esperado, fazendo
com que esse tom de ‘’inusitado’’ chamasse atenção para o que ele queria dizer. Como para
qualquer outro doente mental, a arte é um instrumento de comunicação dele com a
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sociedade e por não restringir essa comunicação apenas a nível verbal, o doente mental cria
metaforicamente um mundo apenas seu, e não permite que o outro invada. É através das
diversas formas de expressões artísticas que ele exterioriza seus sentimentos e permite uma
ponte de comunicação com o outro, como uma espécie de catalisador.
HISTÓRIA: A inserção da arte no doente mental é uma terapia ocupacional já comum em
seu.tratamento.
Já famosos, há espaços como o Museu de Imagens do Inconsciente (Rio de Janeiro-
1952), que foi fundado pela psiquiatra Nise da Silveira quando se viu inconformada com os
agressivos métodos de tratamento, buscou novas formas terapêuticas para os seus
pacientes com métodos expressivos e não pragmáticos conforme os da época.
Dentro de ateliês surgem então verdadeiras obras de arte, onde a pintura e o desenho
espontâneos revelaram-se de tão grande interesse científico e artístico que logo deu uma
posição especial a eles. Apesar de nunca haverem pintado antes da doença, muitos dos
frequentadores do ateliê, todos os esquizofrênicos, manifestavam intensa exaltação da
criatividade imaginária, que resultava na produção de pinturas em número incrivelmente
abundante, num contraste com a atividade reduzida de seus autores fora do ateliê, quando
não tinham mais nas mãos os pincéis. A pintura tornam-se passiveis de uma certa forma de
trato, ainda que não haja nítida tomada de consciência de significações profundas. O
indivíduo dá forma a suas emoções, despotencializa figuras ameaçadoras.
FONTES PESQUISADAS: www.ceaca.org.br
CARTAZ:
32
TÍTULO: Arte/Oficio-.Arte com palito de fósforo
AUTORIA: PEDRO CREALESE CAMPOS Matrícula: 112095022
INTRODUÇÃO: A arte com madeira é conhecido pelo homem há muito tempo, desde os
homens das cavernas para construção de armas até hoje em dia, com objetos de
decoração,
seja para casa, áreas públicas, etc. Mas nunca conheci alguém que fizesse tais obras além
de meu avo. Ex-engenheiro da Petrobras, sua verdadeira paixão foi a arte. Pintava e
escrevia, porém o mais incrível era sua habilidade de construir obras incríveis com palitos de
fosforo usados em seu dia a dia. Portador da vaca louca devido a uma viagem à Inglaterra
por trabalho, doença neurodegenerativa que afeta o gado bovino, e que uma das
consequências de tal doença são as tremedeiras e falta de coordenação motora que o
impossibilitaria de praticar tal atividade.
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Igrejas, casas, pessoas e animais eram alguns dos vários objetos que ele fazia com
fósforo. Objetos do dia a dia eram suas principais referências.
Não retirava sua motivação apenas de objetos, mas de filosofias de vida e de ideias
abstratas qu retirava de livros, como as mãos da criação do universo, pensamentos de Dom
Queixote, passagens bíblicas dentre outros.
A maior dificuldade era terminar seus trabalhos, pois ele para fazer uma área de
20cm x 20 cm demora cerca de 20 minutos e seus trabalhos eram grandiosos e cheios de
detalhes, desde os olhos ate os dedos dos pés, era realmente de se admirar que um idoso
com doenças graves poderia fazer trabalhos incríveis e com o pouco tempo que tinha por
trabalhar muito durante a vida toda.
Esse estilo de arte é passado de pai para filho na minha família, e hoje, estou
começando aprender a fazê-lo, reconstruindo os antigos, quebrados pelo tempo e pela falta
de atenção.
MATERIAL UTILIZADO PARA A CONFECÇÃO: Os produtos utilizados para a produção
são de fácil acesso, são eles:
. Cola Branca
. Palito de fósforo
. Lixa de madeira
. Paciência
COMO É FEITO: Se lixa fósforo por fósforo até que todos os lados fiquem lisos e
exatamente iguais. Coloque cola em uma área lisa e depois lambuze os fósforos nela e vá
juntando de forma que crie um quadrado ou a forma que você quiser, também é necessária
muita paciência para que a cola seque e fique da forma desejada, pois o palito pode sair do
lugar por algum motivo de fora (vento, gravidade e até mesmo o simples tocar no local pode
derrubá-lo).
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Habilidade, destreza e paciência. Habilidade, destreza e paciência.
IMPORTÂNCIA DO TRABALHO: A arte para ele era sua maior diversão e motivação para a
vida.
FONTES PESQUISADAS: Próprio artesão.
CARTAZ:
Habilidade, destreza e paciência.
TÍTULO: Arte/Oficio- O abate de frangos
AUTORIA: TAMIRIS XAVIER AMORIM Matrícula: 112095026
INTRODUÇÃO: O projeto a seguir faz parte de uma entrevista realizada com o proprietário
de um aviário localizado perto de minha residência, em São João de Meriti, na Baixada
Fluminense. Tal pesquisa me proporcionou o aprendizado sobre um ofício totalmente fora da
minha realidade de vida.
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DESENVOLVIMENTO: O comerciante Antônio Oliveira Silva tem 42 anos e há 16 trabalha
no ramo aviário juntamente com seu pai, o também chamado Sr. Antônio.
A família morava em Recife e veio para o Rio de Janeiro em busca de uma vida
melhor, porém, com a situação financeira cada vez mais complicada, abriram um aviário e ali
mesmo faziam o abate dos frangos. Tal função foi aprendida ainda em Recife, com pessoas
que já possuíam experiência.
O comércio foi aberto em 1996 e nessa época só trabalhavam ali pai e filho. Desde o
início as aves eram compradas em granjas e a matança era de modo primitivo; usavam
somente facas.
Antônio, o filho, com seus apenas 26 anos não gostava muito do ofício. Torcia para
que seu pai não o deixasse sozinho no aviário, para que ele não tivesse que matar os
frangos quando chegasse algum freguês. Mas a situação era inevitável.
Como não havia maquinário o abate dos frangos acarretava em muita sujeira, já que a
falta de experiência tornava difícil o manuseio das aves, que se batiam e espalhavam
sangue para todo lado.
Com o passar dos anos o comércio se aprimorou e o Sr. Antônio comprou uma
depenadeira, funis e contratou uma pessoa para fazer somente o abate dos frangos.
Atualmente pai e filho dividem a carga horária do comércio, atuam somente no
atendimento aos fregueses e na limpeza do local.
Os comerciantes abrem o aviário todos os dias da semana. Vendem diariamente
cerca de 30 a 40 frangos, e além destes, vendem também ovos e condimentos. Aos
domingos comercializam também os frangos já assados.
Como toda profissão, esta também possui seus riscos. Eles trabalham com facas
muito bem afiadas, água fervente para ajudar a depenar os frangos, além de passarem a
maior parte do dia respirando em um ambiente com um odor pouco agradável e com muitas
penas. Ainda necessitam cuidados no manuseio das aves, pois as unhas das mesmas
machucam.
O descarte dos resíduos gerados no abate dos frangos infelizmente é feito em lixo
comum, recolhido todos os dias pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comburb) e
provavelmente levado para algum lixão, local de destino da maior parte dos resíduos
gerados na cidade.
Mesmo com todos os anos de experiência e com tudo que já conquistou em sua vida
devido ao comércio aviário, Sr. Antônio fez questão de ressaltar que não aconselha esse
ofício como profissão para ninguém. Relatou que no princípio sofria ao ter que abater os
frangos e até os dias atuais, não se sente confortável com a situação.
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Venham todos conferir as ofertas do Aviário da Família Oliveira!! Temos frangos inteiros ou em pedaços, galos, miúdos, ovos brancos e de galinha caipira, além de todos os condimentos que faltavam na sua cozinha. Nossos preços são populares e os produtos sempre fresquinhos. Atendemos todos os dias das 8hs às 20hs e aos domingos temos também aquele suculento frango assado. TÍTULO: Arte/Oficio- A arte do artesanato com arame
AUTORIA: JULIA LADEIRA Matrícula: 112095033
INTRODUÇÃO: Com uma touca de tricô com as cores da Jamaica que esconde e segura os
dreads do cabelo, um corpo cheio de tatuagens de símbolos com significados distintos e
uma barba de respeito, Ítalo aborda as pessoas que passam pelo calçadão e tenta conseguir
um pouco de sua atenção para que sua arte seja notada. Ele vem fazendo isso há dez anos
e já desceu o Brasil viajando e mostrando suas técnicas para diferentes áreas. Ítalo, que já
está no Rio há 5 meses, anda pelo calçadão com seu arame enrolado no braço e alicate e,
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sempre fresquinhos. Atendemos todos os dias das 8hs às 20hs e aos domingos temos também aquele suculento frango assado.
CONCLUSÃO: Durante a realização do projeto foi possível visualizar com proximidade e
clareza de detalhes as dificuldades enfrentadas na prática do ofício apresentado. Com isso,
passei a observar mais profundamente o trabalho realizado por diversos profissionais, que
com suas habilidades, facilitam a vida alheia.
FONTES PESQUISADAS: O comerciante Antônio Oliveira Silva
FOLDER:
Venham todos conferir as ofertas do Aviário da Família Oliveira!! Temos frangos inteiros ou em pedaços, galos, miúdos, ovos brancos e de galinha caipira, além de todos os condimentos que faltavam na sua cozinha. Nossos preços são populares e os produtos
depois de pedir aos passantes para fazer uma perguntinha “só por educação”, descobre se a
pessoa gosta de arte ou não. Para os que gostam, o prêmio é vê-lo fazer em menos de dois
minutos um anel que pode ser de estrela, coração ou clave de sol. Depois de ganhar a
simpatia do cliente e de mostrar suas habilidades (por ele batizada de “mãos mágicas”), ele
deixa à critério do cliente julgar quanto sua pequena arte feita na hora vale.
Além da arte itinerante, ele também tem seu “ponto”, que divide com mais um amigo e
uma filhote de vira-lata, a Estrela. O mesmo local onde acampam na praia é onde estendem
seus panos e arrumam suas obras que vão além dos anéis e brincos de arame e passam
por faixas, tornozeleiras de linha e aranhas e escorpiões de arame. Conseguindo dinheiro
aos poucos, os dois vivem a vida calma e ao mesmo tempo de luta que é morar na praia.
Ao entrar na praia procurando, inicialmente por esculturas de areia, fui rapidamente
abordada pela figura simpática e excêntrica que Ítalo se mostrou ser. Como por causa da
chuva os escultores de areia não estavam mais na praia, resolvi tentar mudar o que estava
imaginando que entrevistaria. Expliquei a situação e perguntei se podia entrevistá-lo e, após
seu choque inicial, ele se mostrou totalmente aberto e até bastante empolgado com a
situação de ser filmado. Como ele próprio colocou: “Ítalo em Hollywood!”. Fez questão de me
levar até onde seu amigo, seu cachorro e seus pertences ficavam e rapidamente após as
apresentações ele começou a arrumar seus artesanatos montando um cenário. Depois de
me mostrar cada uma das peças que ele fazia, filmei-o enquanto ele fazia meu anel de
estrela. Em seguida, enquanto Ítalo, que se mostrou bem mais extrovertido que o amigo,
resolveu abordar uma adolescente que passava olhando para o artesanato, enquanto isso,
filmei um pouco do trabalho de seu amigo. A falta de extroversão de seu companheiro era
compensada por paciência. Seus artesanatos levavam em torno de 3 horas de trabalho para
ficarem prontos. Decidi filmar seu trabalho por partes, pois ele já estava se mostrando
desconfortável com a câmera em foco. Passei para a entrevista de Ítalo, que apesar de ter
gostado da ideia no início, agora estava ficando tím ido. Porém mais tarde acabou ficando à
vontade e fez piadas, sempre preocupado se estava em foco.
Acabada a entrevista, voltei a filmar o trabalho um pouco mais adiantado de seu
colega e depois fomos aos números. Cada par de brincos ia de 10 a 15 reais. As aranhas e
escorpiões pequenos eram 10 e os grandes, 20 reais. Ao final, de presente me deram uma
tornozeleira e dois anéis e comprei um par de brincos de cada. A entrevista não pôde ser
exibida em forma de vídeo por causa da praia, que atrapalhou o áudio, então segue abaixo a
entrevista com Ítalo:
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Júlia: Você é o Ítalo, não é?
Ítalo: Isso.
Júlia: Você está fazendo isso há quanto tempo?
Ítalo: Agora vai fazer uns dez anos.
Júlia: Dez anos? Caramba... E como você começou? Você aprendeu a fazer essas coisas
sozinho ou te ensinaram?
Ítalo: Algumas coisas eu fui aprendendo sozinho, outras me ensinaram.
Júlia: E você é de onde?
Ítalo: Eu sou do Piauí.
Júlia: E você começou lá e, como você veio parar aqui?
Ítalo: Eu vim viajando. Passei por Fortaleza, Natal, Paraíba, Recife, Aracaju, Bahia...
Júlia: E veio fazendo isso o tempo todo?
Ítalo: O tempo todo. O tempo todo, todo o tempo.
Júlia: E como vocês se conheceram?
Ítalo: Eu conheci ele aqui.
Júlia: Ah, aqui no Rio de Janeiro? E ele já fazia isso também, ou vocês aprenderam coisas
um com o outro?
Ítalo: Não, não...
Júlia: Então cada um faz suas coisas?
Ítalo: Cada um faz suas coisas
Júlia: E quanto tempo leva pra fazer cada coisa dessas, mais ou menos?
Ítalo: O brinco? Dez minutos.
Júlia: Dez? Só?
Ítalo: É.
Júlia: E os anéis de coco, vocês fazem também?
Ítalo: Faço.
Júlia: Esses levam mais tempo, né?
Ítalo: Mas esses a gente já comprou pronto. Faz também, mas é mais complicado por causa
da máquina...
Júlia: A coisa que você faz com o arame, na hora, já tem um preço ou a pessoa dá quanto
quiser?
Ítalo: Não, é quanto quiser. Depende da pessoa, vai do coração, entendeu? As vezes deixa
dez, vinte.
Júlia: E o resto tem preço?
Ítalo: Ah, o resto tem.
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Júlia: Que horas você chega aqui? Ou vocês moram aqui na praia?
Ítalo: A gente mora aqui. A gente acampa aqui na praia.
Júlia: Ah, então vocês trabalham a hora que vocês quiserem? Dizem a hora que quer
trabalhar ou não quer...
Ítalo: É, a gente trabalha quando tem vontade. Meu patrão sou eu. (risos)
Júlia: Onde você compra o material pra fazer por exemplo o cordão, ou os brincos?
Ítalo: No Saara. Antigamente a gente achava na praia, osso de tubarão, tartaruga. Mas hoje
em dia não pode mais não...
Júlia: E por que você escolheu fazer isso? Você gosta disso tudo?
Ítalo: Ah, eu gosto. Gosto de arte
Júlia: E as pessoas? Geralmente vem falar com vocês ou passam direto e nem olham?
Ítalo: Não, sempre vem. Quem mete o olho, a gente chama.
Júlia: Ah, então tem que ter um teatro, né?
Ítalo: (risos) É, tem que ter uma técnica.
Júlia: E você vaificar aqui? Ou vai continuar viajando?
Ítalo: Não, vou ficar aqui...Vou ficar aqui.
Júlia: Gostou daqui?
Ítalo: Gostei, gostei muito.
Júlia: E se passar mais alguém que faça isso, fica aqui com vocês?
Ítalo: Fica, fica... Se for artesanato, né? Se comprar pronto não fica não.
Ítalo: E como é o número da sua turma pra eu mandar um “oi”?
Júlia: Não tem número, mas pode mandar um oi pro “pessoal da ciência ambiental”
Ítalo:Oi, pessoal da Ciência Ambientation! Tô chegando por aí! (risos)
Exemplos como o de Ítalo e das pessoas que ele foi conhecendo em sua viagem nos
mostra que a arte é mais importante do que é considerada no Brasil. Se uma arte tão
simples é capaz de sustentar uma pessoa por tanto tempo, havendo incentivos oficiais a
esses tipos de atividade, apenas aumentam as chances que as pessoas que vivem disso
tem de darem certo.
Além disso, uma realidade como a deles é algo fora do pensamento de muita gente,
pois são pessoas que conseguem utilizar o dinheiro apenas para o essencial. E, talvez até
por consequência disso, elas vivam e valorizem aspectos da vida que as pessoas que vivem
com mais dinheiro e que já estiveram em vários lugares jamais perceberão. Como saber
qual é a melhor maneira de se viver?
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VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=c03IYZKXBrY&feature=youtu.be
TÍTULO: Arte/Oficio- Desiner
AUTORIA: FERNANDA SILVA DE REZENDE Matrícula: 112095050
INTRODUÇÃO: Meu trabalho fala um pouco do artista André Bringuenti (42), que além de
ter sido meu visinho, é amigo da minha família. Foi com essa proximidade que conheci e
passei a admirar o seu trabalho.
Mas, ainda não tinha tido a oportunidade de conferir e entender cada processo que é
feito pra que no fim chegue a esse belíssimo resultado.
A escolha do André pra ser o personagem desse trabalho, foi por admirar o sua arte e
sua história. Que mesmo com algumas dificuldades busca na arte um meio de seguir em
frente e dar a volta por cima.
HISTÓRIA: SEGUNDO ANDRÉ BRINGUENTI. “ A arte sempre esteve presente na minha
vida, desde criança, na escola quando tinha que fazer os desenhos dos trabalhos de todo
mundo”.
Aos quinze anos fiz um curso de decoração de ambiente, meus amigos jogando bola, e
eu de régua T embaixo do braço, indo para o centro da cidade dividir a sala com pessoas,
que na média tinham o dobro da minha idade.
Depois me afastei, indo trabalhar como representante comercial. Em 2001 me mudei
para Nova Friburgo, lá retomei as pinturas, montando um estúdio no caminho para Lumiar.
Posso me considerar um autodidata, pois não fiz nenhum curso voltado para arte,
tenho muita vontade, mas nunca fiz.
Com a relação ao objetivo do meu trabalho, é engraçado, pois sempre tem um fundo
comercial, mas é bem legal quando consigo me desvencilhar e a arte corre solta, sem 41
preocupação a valores e agrados. Só fluidez e inspiração, inspiração essa que busco em
várias fontes: pesquisas, livros, passeios, conversas, artes, pensamentos...
Entrou a onda das ecobags, todo mundo se preocupando com o bem estar de nosso
planeta, só que nós percebemos que as bolsas que tinham por aí, eram sem atrativos, não
incentivando o seu uso, então nós resolvemos criar uma ecobag bem transada, que a
pessoa usasse no dia a dia e quando tivesse que comprar algo ela já estava ali. Na verdade
as bolsas ecológicas servem para as compras do dia a dia, pois as compras de mês elas
não comportam. Para tanto, já tenho pensando em caixas de papelão decoradas, pra que
suportem as compras do mês.
Acredito que a arte tem um valor histórico muito grande, quando não tinham ainda
inventado as palavras, os únicos registros que nós temos são os desenhos, mesmo depois,
se consegue saber muito sobre um povo ou época através da arte.
Hoje vejo a contribuição da arte em passar valores, contestações e alegrias em meio
ao caos cotidiano. No âmbito ecológico, temos por um lado a busca de materiais recicláveis,
as mensagens passadas, mas não podemos esquecer que a nossa matéria prima (tinta) é
bem nocivo ao meio ambiente devido aos corantes usados.
Há dez anos, André Bringuenti deu uma pausa no surf no Rio de Janeiro para investir
no design – sua profissão desde a adolescência. O artista se destacou com a decoração de
ambientes residenciais e comerciais, sem contar a transformação de móveis que ganham
novos coloridos e texturas com as cores vivas, marca registrada de Bringuenti. O artista
ganhou fama na região também com o estilo de suas bolsas e estampas multicores. Ao
trocar a agitação da capital pela calmaria da serra, Bringuenti, que se define como “designer
de trabalhos vivos”, baseou-se na localidade de Galdinópolis, no distrito de Lumiar. Depois
transferiu seu Studio Ateliê de artes para uma nova casa, no bairro de Duas Pedras,
solidificando sua clientela e obtendo muito sucesso. Tudo, infelizmente, se foi na trágica
madrugada de 12 de Janeiro. Uma encosta deslizou e engoliu sua casa e o ateliê, com cinco
máquinas, atingindo Bringuenti, sua mulher e os três filhos pequenos do casal. Após o
resgate, a família tenta afastar as tristes lembranças do episódio numa casa de familiares
em Sepetiba, zona oeste do Rio, onde André, retomou as atividades artísticas,
principalmente as bolsas estilo reciclado fashion (ecobags) – que podem ser utilizadas não
só em eventos sociais, mas também no dia a dia – sem contar os quadros personalizados
com pinturas de cores contrastadas – que agradam em cheio a clientes de gostos
diferenciados.
“ Voltamos a produzir no Rio – onde até já retornei a surfar um pouquinho em Grumari
– cativando agora um outro público, mas não podia deixar de atender nossos clientes de
42
Nova Friburgo, que ficaram preocupados com a nossa parada emergencial”, disse
Bringuenti, que mantém contato com os friburguenses por e-mail, blog ou telefone e sobe a
serra pelo menos uma vez por semana para atender a clientela. Sua meta é também criar
uma corrente cultural cativando novos clientes. “As bolsas decoradas, as reformas de
quartos infantis e bem coloridos e a decoração de ambientes, com a transformação de
móveis – tudo pintado à mão – continuam sendo os carros-chefes de André, que personaliza
também almofadas, edredons, cortinas e tudo o mais que a imaginação deles e dos clientes
permitirem.
CONCLUSÃO: Ao final, consegui conhecer melhor o trabalho do André não só o produto
pronto, mas desde o início, os primeiros passos. Espero que com esse trabalho seja
possível espalhar essas idéias e divulgar o trabalho que é feito pelo André.
Todo esse tempo de pesquisas, pra contar a história de ofício e arte, foi extrema
importância pra mim, aprendi muitas coisas e a valorizar ainda mais a arte. Outro ponto
importante foi à troca de informações e idéias. Principalmente quando o assunto foi como
reduzir os impactos ao meio ambiente e tornar os produtos mais ecológicos...
Sabe-se que a matéria prima utilizada, a tinta, é nociva ao meio ambiente, com isso o
André ficou disposto em procurar tintas naturais ou outras menos agressivas. Da mesma
forma que ele já vem buscando a utilização de mais matérias recicláveis para a construção
de suas artes.
FONTE PESQUISADA: Através de entrevista informal com o artista.
Blog – Estúdio : http://andrebringuenti.blogspot.com.br/ Blog – Ecobags: http://www.estudiobolsas.blogspot.com.br/ Telefones : (21) 3365-5435 (21) 8504-9264 E-mail: [email protected] ETIQUETA NARRATIVA: 43
VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=mX2OK_PRV8U&feature=youtu.be
TÍTULO: Oficio - Músico
AUTORIA: GABRIELLE FIGUEIREDO DO NASCIMENTO Matrícula: 112095002
INTRODUÇÃO: A ideia da elaboração do meu trabalho partiu da minha aula de violão e foi
realizada uma entrevista com meu professor sobre o seu ofício.
ENTREVISTA:
Seu nome completo, por favor? Joao Marcos de Oliveira Moraes, mas pode me chamar de
“Marquinhos”.
Sua idade?30 anos
Seu estado civil?Casado
Com que idade você começou a se interessar pela música? Comecei a me interessar pela
música aos 11 anos de idade por ver e ouvir meu irmão mais velho tocar violão, o outro
trompete, outro contra baixo, outro bateria e minha irmã cantando minha casa era um
ambiente musical impossível não ouvir.
Quando você teve o primeiro contato com um instrumento musical?A minha entrega total
com a música foi depois do meu 1º contato com a guitarra do meu irmão. Ele saia para o
trabalho pela manhã e só voltando à noite, por ter muito zelo pelo instrumento ele trancava a
guitarra no guarda roupas a cadeado. Mas eu não medindo as consequências forçava a
porta até conseguir alcançar a guitarra para treinas algumas poucas notas durante todo o
dia. Meu irmão percebendo meu interesse insaciável pela música começou a me passar
alguns exercícios e passou a deixar a guitarra comigo. Pronto! Apaixonei-me
completamente pela arte da música.
Você teve ajuda de mais alguém além do seu irmão? Tive sim, meu primo que era meu
vizinho na época começou a tocar saxofone e ficávamos todo o dia estudando enquanto as
outras crianças brincavam na rua. Mas dificuldades começaram a aparecer, já não tinha
44
como crescer só ouvindo ou com os mesmos exercícios precisava de mais; mas a minha
família não tinha condições de pagar aulas ou comprar um bom instrumento. Então não
desanimei, comecei a pegar livros emprestados com amigos, ir à igreja e ficar lá o dia todo
por causa dos instrumentos e só consegui superar, pois acreditei em mim e tive FÉ em
Deus, a quem pedi muita ajuda. É claro que perguntei muita coisa à amigos músicos mais
experientes. E quando estava só no meu quarto com a guitarra do meu irmão eu orava à
Deus e pedia para que Ele ficasse do meu lado e me ensinar e deu tudo certo, eu elaborava
várias formas de estudos para facilitar o entendimento e mais tarde pegava outros livros
emprestados onde se observava muitas coisas similares aos meus raciocínios.
Você chegou a frequentar algum curso para aprimorar o seu talento? Sim, minha mãe que
sempre me apoiou começou a pagar um curso no Vila Lobos onde estudei apenas 8 meses
e mais uma vez pelas dificuldades tive que deixar o curso.
Em meio a tanta dificuldade qual foi a sua maior conquista?Foi no ano de 2008, onde
comprei a guitarra dos meus sonhos uma Fender telecaste Americana, parcelada em 12
vezes, prefiro não comentar o preço, foi uma grande conquista pra mim.
Hoje em dia você vive da música?Sempre sonhei viver de música, infelizmente a arte não é
valorizada como deveria, são poucos recursos, incentivos e apoio. Já fui guitarrista em uma
banda evangélica tocava todo fim de semana, comecei a dar aulas nas igrejas e comecei a
gostar de lecionar. Mas trabalho em um hospital no plantão noturno 3 vezes na semana e de
dia dou aula de teoria musical e teclado em um projeto que dar assistência à crianças e
jovens, no Instituto Flordelis em São Gonçalo, nos finais de semana dou aula em duas
igrejas evangélicas, além de dar aulas particulares.
Uma definição de música para você:Uma das definições da música que eu mais aprecio é a
frase: "música é a arte de expressar os sentimentos e vários afetos da alma, através dos
sons".
Finalizou me perguntando:Pare nessa hora e imagine o mundo sem música? Ela esta
presente em todos os lugares e momentos; quem nunca chorou, se alegrou, sorriu, ouvindo
uma música que marcou.
45
FOTOS: Alunos na aula de violão O artista
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FONTES PESQUISADAS: João Marcos de Oliveira Moraes – Marquinhos
Emanuela Moraes – Esposa
Entrevista dia 27 de Abril de 2012 ás 21:19h VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=XmFpNYsxiK0&feature=colike CARTÃO DE VISITA DESENVOLVIDO:
TÍTULO: Arte/Oficio- Artesanato Sustentável
AUTORIA: MARIA BEATRIZ AYELLO LEITE. Matrícula: 112095034 INTRODUÇÃO: O presente trabalho tem como objetivo contar a história de Zélia Pettinati
Ayello, minha avó, que através do artesanato buscou superar os obstáculos e crescer
interiormente usando e explorando a criatividade. Durante o processo de pesquisa e
entrevista pude observar o desenvolvimento dos objetos, a maior capacidade de entender e
agir com o que estava sendo trabalhado e o interesse em buscar a cada dia o
aperfeiçoamento e preocupação ambiental. Fiquei surpreendida pelo fato de Zélia ter
aprendido está arte apenas observando suas irmãs que tinham grande interesse em criar
objetos de decoração.
47
Está pintura foi a única feita por Zélia quando tinha cerca de 20 anos, que era a casa onde vivia.
No dia da entrevista consegui localizar o local da casa e tirei uma fotografia de como
se encontra na atualidade. Nota-se que não houve grandes mudanças e levando em conta
que foi sua primeira pintura me impressionou bastante os detalhes da pintura. Minha avó
contou que sentiu necessidade de iniciar algum tipo de trabalho depois que ficou viúva,
então decidiu começar a pintar quadros já que sempre se interessou por este tema. Estes foram os primeiros quadros feitos por ela após ter objetivado se concentrar em algo e “tocar a vida”.
Com o tempo decidiu criar outros objetos como caixas e velas.
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Para estas criações contou com dicas de uma profissional e suas irmãs que a auxiliavam
com as tintas e modelos. A caixa e o sabonete com a mesma estampa foram feitos usando
flores do quintal como inspiração e a tampa da caixa teve como modelo guardanapos que
sobraram de uma festa na qual ela estava presente. Para ter este aspecto quebradiço foi
utilizado a verniz craquelê.
Após estas criações Zélia decidiu todos os dias buscar novas idéias e começou a
pesquisar via Internet modos para que suas criações não prejudicassem o meio ambiente.
Foi assim que conseguiu encontrar um posto de reciclagem em Resende, cidade onde vive.
Com isso, passou a levar os materiais que não tinham como ser reutilizados como papel,
metal, potes de tinta para reciclar. Para a limpeza dos potes de tinta utilizava um solvente e
após o processo levava o solvente usado para uma fábrica que fazia o recolhimento e novo
uso para fabricação de seus produtos.
Para realizar seu trabalho utiliza lixas, pincéis, panos, fita crepe, betume, tinta óleo, verniz
craquelê, goma laca, laca chinesa, plantas, frutas, ente outros. Seu atual objetivo é
conseguir o máximo de material em sua casa, em seu quintal, na rua.
Este porta tesoura de cozinha, por exemplo, foi feito com caixas de madeira que não
eram mais utilizadas. Assim, Zélia usou a madeira da caixa para servir como estrutura e fez
seu formato com uma serra de bancada e uma lixa para deixar a superfície mais lisa. Os
pontos coloridos e linhas foram feitos com o próprio pincel.
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A tampa desta caixa foi feita com papel laminado e para formar as flores e laços utilizou-
se uma colher. O artesanato está presente na minha família há gerações, de acordo com
minha avó o meu bisavô e tataravô eram artesãos na Itália. Na moradia de Zélia há várias
esculturas e objetos feitos por parentes que foram auxiliados por ela a criar os projetos,
muitos deles foram utilizados como inspiração para seus próprios trabalhos. Como estes
quadros de vidro feito por minha tia, Geovanina Ayello. Esta obra realizada por meu falecido avô, Franscisco Ayello que tinha como objetivo usar
os ladrilhos que restaram da piscina e formar uma espécie de árvore genealógica, onde o “Z”
representava Zélia e ele, os seis peixes brancos meus tios, mãe e os oito peixes azuis eu,
meus primos e irmãos.
O melhor conhecimento e o tempo que utilizei para conversar, observar e estudar o
trabalho que minha avó realiza me ajudou muito a conhecer melhor e perceber o quanto ela
é focada, profissional, determinada e atenciosa com o que faz. Fico feliz por Zélia ter
encontrado uma atividade que se sinta bem em realizar e que haja concordado em participar
desta experiência. Seus projetos são realizados com toda a concentração para que seja não
só um objeto e sim que tenha sentimentos envolvidos e histórias para contar. 50
FONTES PESQUISADAS: Entrevista informal com minha avó.
FOLDER:
TÍTULO: Oficio - Tapetes
AUTORIA: IZABELE DE ALMEIDA PERALVA Matrícula: 112095049
INTRODUÇÃO: Esta entrevista tem como objetivo de apresentar a história de uma jovem
chamada Ana Carla, que faz trabalhos artesanais com retalhos de pano que aprendeu com
sua avó, e hoje ajuda seu pai que é caranguejeiro na renda familiar.
HISTÓRICO: A entrevistada Ana Carla, não tem nenhum curso de artesanato, segundo ela,
o aprendizado originou desde muito pequena junto com as primas observando como a avó
fazia cada passo até o fim do trabalho.
MATERIAL UTILIZADO: A jovem trabalha sozinha e utiliza tais materiais:
Retalhos de Pano
Duas varas de tricô – feitas de galho de goiabeira
Tesoura
51
RESULTADOS: Além do tapete, Ana Carla faz também jogo para banheiro, assento para
sofá e capa para cabeceira de cama. Cada trabalho dura no máximo dois dias para ficar
pronto,
Em que cada peça grande custa R$ 20,00e cada peça pequena custa R$ 8,00
Com esse trabalho o lucro pode ser de até 60 reais por semana ou 300 reais por mês,
que serve para auxiliar a família com gastos econômicos.
CUIDADOS COM A SAÚDE: Qualquer trabalho artesanal que envolve panos e/ou tintas
deve ter um cuidado especial, pois o contato direto com esses produtos podem desenvolver
uma crise alérgica de tosse, e até mesmo uma doença chamada de Biossinose, que se não
for tratada pode levar á bronquite crônica.
“Devido a essas consequências é importante que o trabalhador artesanal, esteja
usando uma máscara e tenha intervalos de pelo menos um ou dois dias sem realizar esse
tipo de trabalho.” – Diz Ana Carla.
CONCLUSÃO: Há muito tempo uma malharia na cidade de Magé com o nome de Cor Malha
Indústria Comércio LTDA, fazia doações de retalhos das suas malhas para a avó de Ana
Carla, que foi quem começou com o trabalho artesanal do tapete. Conforme seus netos
foram crescendo, foram acompanhando os seus trabalhos e aprendendo como se faz. No
ano de 2010 a avó da jovem faleceu, com isso, ela e outros membros da família continuaram
o trabalho que aprenderam observando uma pessoa fazendo.
“O trabalho ajuda na renda familiar, meu pai é caranguejeiro e não ganha muito e nem
tem um bom lucro sempre, é um trabalho que depende da época do ano”.
“Mas como meus trabalhos artesanais estão ajudando, as próximas gerações também
vão aprender a fazer esse trabalho.” Garante a entrevistada.
A jovem trabalha com esses artesanatos há um tempo e sem nenhum gasto como
material auxilia o pai na renda familiar.
FONTES PESQUISADAS: Foi realizada uma entrevista informal com a artesã e coleta dos
dados.
VÍDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/6YZHWKuUNhw
52
TÍTULO: Arte/Oficio - ARTE COM JORNAL
AUTORIA:DAIANY DO NASCIMENTO FERREIRA Matrícula: 112095009 INTRODUÇÃO: O Rômulo de Jesus, de 34 anos, deficiente auditivo, realiza trabalhos com
reaproveitamento de jornal, transformando-o em objetos através da arte em cestaria, cada
peça tem a sua exclusividade.
Cestos de roupas e lixeiras.
Aprendeu a arte com jornal na Pestalozzi. Segundo sua mãe por ser deficiente
auditivo, devido às dificuldades encontradas, iniciou sua vida escolar aos 16 anos. Foi
quando iniciou o trabalho com jornal. A professora da Pestalozzi, Jane Costa, encontrou uns
passos de cestaria em jornal numa revista e achou que conseguiria fazer. O que ela acha
interessante é que ele não só aprendeu mais passou a fazer com excelência e começou a
fazer em casa para vender.
O Rômulo foi convidado para ir a Escola São Francisco pela Jane, professora da
Pestalozzi na época onde havia iniciado o ensino da Língua de sinais, LIBRAS, Língua
própria da comunidade surda, com a professora Vládia de Lima Freitas Ferreira. Nesta
escola o Rômulo continuou o trabalho com cestaria em jornal. A Escola São Francisco foi o
lugar onde o Rômulo conseguiu divulgar ainda mais o sua Arte. O trabalho é realizado na
oficina de Arte da Classe Especial, classe esta que hoje possui caráter transitório. Após a
confecção é vendido pela escola e repassado o dinheiro para o Rômulo.
MATERIAL NECESSÁRIO: Para realização dessa arte são necessários os seguintes
materiais: jornal, cola, tesoura, verniz e tinta (optativo). Em relação as instalações físicas o
mais importante é que no lugar onde ele esteja fazendo o trabalho tenha um apoio para
montagem. Tendo os materiais em mãos, o primeiro passo para começar a realização da 53
arte é fazer canudinhos com a folha de jornal. Depois de todos os canudinhos prontos
começa a montagem. Terminando a montagem se passa cola e verniz (ou tinta) para
finalizar o trabalho. VEJA PASSO A PASSO ABAIXO:
Material utilizado:
- Jornal
- Cola
- Tesoura
- Verniz
- Tinta (optativo)
- Uma vasilha para molde.(opcional).
MODO DE FAZER:
1)Corte a folha dupla de jornal em quatro partes.
2)Enrole as tiras de jornal até formar um canudo e cole.
54
3)Separe sete canudos de jornal para começar a trançar.
Coloque na mesa quatro canudos (canudos 1 a 4), um ao lado do outro, com uma distância
de aproximadamente 2 cm entre eles.
4)Pegue o canudo 5 e comece a trançar perpendicularmente aos outros quatro, na porção
central. Passe por cima do canudo 1, por baixo do canudo 2, por cima do canudo 3 e por
baixo do canudo 4.
- Pegue o canudo 6 e repita a operação, dessa vez começando por baixo do canudo 1, por
cima do 2, por baixo do 3 e por cima do 4.
- Trance o canudo 7 da mesma maneira que fez com o canudo 5.
5) Pegue uma das pontas do canudo 1 e comece a trançar, passando por baixo do canudo
2, por cima do 3, por baixo do 4, por cima do 5, por baixo do 6 e assim sucessivamente.
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6)Quando o canudo 1 estiver quase todo trançado, pegue um novo canudo e emende nele
para continuar a trançar.
Dica: encaixe a ponta do canudo novo por dentro ou por fora da ponta do canudo 1 (lembre-
se que os canudos tem uma ponta mais justa que a outra).
7)Quando chegar ao tamanho do fundo da vasilha escolhida apoia a base na vasilha (com a
vasilha virada) vire os canudos para baixo e continue trançando.
8)Vá trançando até chegar ao tamanho desejado.
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Dicas:
passe verniz na cesta para impermeabilizá-la. Se preferir, use verniz incolor para
depois poder dar um acabamento com tintas coloridas.
Para fazer uma peça maior faça os passos até o 7 para formar a base. Depois vire os
canudos para cima e continue traçando até que chegue a altura desejada.
O MEIO AMBIENTE E SAÚDE: É importante ressaltar que esta arte realizada pelo Rômulo
traz benefícios para natureza através do reaproveitamento do jornal, este que leva de 3 a 6
meses para se decompor, evitando seu acúmulo que causa danos ao meio ambiente e à
saúde. No entanto o uso do material utilizado para a preparação das peças, como o verniz,
deve ser manuseado com alguns cuidados, pois podem causar riscos à saúde como crises
alérgicas e intoxicação pelas vias respiratórias. A pessoa que adquirir o produto final deste
artesanato, não terá danos, muito pelo contrário, estará ajudando o produtor e contribuindo
para a preservação do meio ambiente, pois quanto maior o interesse das pessoas em
adquirir os objetos, maior o número de jornal utilizado.
Tive a oportunidade de ouvir relatos dos professores, que ficam admirados pela forma
ágil que ele faz e pela perfeição do trabalho. As vezes ele ensina para os seus colegas de
classe, mas ninguém consegue fazer da mesma forma que ele.
FONTES PESQUISADAS: Entrevista com artesão
Youtube. Vídeo demonstrando forma de montagem. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=fIBhv9ViA5k&feature=fvsr> Acesso em 30 de abril de 2012. Recicloteca-Centro de Informações sobre Reciclagem e Meio Ambiente. Passo a passo. Cestaria com Jornal. Disponível em: <http://www.recicloteca.org.br/passo.asp?Ancora=4> Acesso em 01 de maio de 2012.
Link de um vídeo demonstrando outra forma de montagem deste produto:
http://www.youtube.com/watch?v=fIBhv9ViA5k&feature=fvsr 57
ETIQUETA NARRATIVA:
CARTÃO DE VISITA:
CARTAZ:
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TÍTULO: Arte/Oficio - Maria Gleides Bastos de Moura
AUTORIA: LAIANA LOPES DO NASCIMENTO Matrícula:112095017 INTRODUÇÃO: O meu projeto fala sobre o ofício de Maria Gleides Bastos de Moura que
juntamente com sua filha Maria Eda Bastos de Moura fundou o projeto semeando grãos de
mostarda que existe há 11 anos. Trabalham dando assistência a crianças carentes de uma
comunidade em São Gonçalo do bairro de Itaoca.
Tudo começou com um desejo em ajudar ao próximo, Maria Gleides e mais cinco
amigos fundaram o projeto semeando grãos de mostarda, só que no inicio houve um
desentendimento e ocorreu uma separação do grupo, e dona Maria Gleides não quis que o
projeto acabasse e resolveu dar continuidade ao trabalho social sozinha juntamente com sua
filha Maria Eda e hoje o projeto vai completar 12 anos.
A comunidade em que a dona Gleides trabalha com sua filha Maria Eda é uma
comunidade muito carente situada em São Gonçalo, no bairro de Itaoca. Os moradores da
comunidade sobreviviam da reciclagem de um lixão que existia nesse bairro, mas foi
desativado e muitas pessoas ficaram desempregadas piorando assim a situação dos
moradores pós a única renda que tinham vinha desse lixão, muitas dessas pessoas são
mulheres separadas e com muitos filhos para criarem.
O principal objetivo do projeto é dar assistência ás crianças carentes, melhorando um
pouco a condição de vida dessas crianças onde muitas das vezes moram em lugares muito
precários.
A única renda do projeto é o bazar beneficente que é mantido por doações de roupas
sapatos e brinquedos, todo o dinheiro arrecadado no bazar é revertido para a construção de
uma creche no bairro e também a partir da colaboração de voluntários e doações de
matérias de construção. 59
:
Bazar Beneficente Grãos de Mostarda
Todos os anos é feito um catálogo com fotos e informações básicas de crianças
com até 10 anos beneficiadas pelo projeto para que sejam apadrinhadas e recebam
presentes no natal como roupas, sapatos, brinquedos e etc. Esse catálogo é feito em
setembro para que em dezembro todas as crianças cadastradas sejam apadrinhadas a
tempo, contudo existem sempre contratempos e é preciso ter presentes extras para que
nenhuma criança fique sem o seu presente no natal.
.
Crianças do projeto
Dona Gleides também trabalha com artesanato, em que vende no bazar e o
dinheiro é revertido para a construção da creche.
60
Este é um dos trabalhos feito pela dona Gleides, o material utilizado para fazer este trabalho
é um pote de sorvete.
O projeto ajuda cerca de 40 famílias com doações de cestas básicas o tamanho da
cesta varia de acordo com o tamanho da família que irá receber. A entrega das cestas
básicas é feita na casa da pessoa beneficiada, e é levado pela dona Gleides e sua filha, a
maior dificuldade encontrada é que a comunidade em que ela trabalha é dominada pelo
tráfico e dona Gleides fica receosa sempre que é preciso entrar na comunidade para fazer a
entrega, mas conta que não é nem pelos bandidos, pois já a conhece e a respeita explica
ela, mas fica com medo de que ocorra um confronto entre polícias e bandidos na hora em
que ela esteja fazendo ás entregas.
Nesse projeto também são beneficiadas cerca de 30 crianças com necessidades
especiais, dona Gleides tem uma filha especial com isso ela ajuda essas crianças como se
fossem suas filhas, atualmente está com 250 crianças cadastradas no projeto e conhece
cada criança, onde vive se estudam quais são os responsáveis.
Dona Gleides conta que não tem mais vida própria, sempre chega alguém em sua casa
pedindo ajuda, não se alimenta bem, quase todos os dias tem que comer comida fria, não
tem tempo para ela nem para sua família, porém conta que não tem mais coragem de
abandonar esse projeto diz que foi uma missão de Deus em sua vida e vai ficar trabalhando
nesse projeto até não poder mais.
CONCLUSÃO: Aprendi muitas coisas com o oficio da Dona Gleides, principalmente que é
preciso ter perseverança, e ajudar o próximo não é uma tarefa fácil muito pelo contrário é
muito difícil, pois requer muito esforço diário, e fazer porque você gosta de ajudar e não por
mera caridade, fazer o papel de cidadão é ter amor por pessoas que nem conhecemos mais 61
deveríamos respeitar mesmo não sendo nada nossos. Conheci um pouco da realidade que
milhões de brasileiros passam todos os dias para sobreviver. FONTES PESQUISADAS: O próprio projeto.
CARTAZ:
Você está convidado há conhecer um
pouco mais sobre o trabalho assistencial feito pela Dona Gleides. Tel.8549-7411/9928-7411
62
HISTÓRIA DE COISAS
TÍTULO: Produto – Caderno Corrupiola
AUTORIA: CAMILA AMÉRICO DOS SANTOS Matrícula: 112096007
INTRODUÇÃO: Resolvi falar sobre cadernos por ser algo que sempre usei e ainda vou usar
por muito tempo. Decidi procurar na internet sobre as marcas de cadernos e como os
fabricavam. Achei uma entrevista muito interessante sobre um pequeno caderno feito a mão
e com materiais sustentáveis de uma “empresa” chamada Corrupiola, nome que achei
engraçado num primeiro momento e não sabia o significado, que depois descobri lendo a
entrevista e visitando o site da “empresa”. Montei uma pequena entrevista com o que achei
de entrevistas que eles deram para alguns blogs e com o que achei no site da “empresa”.
O QUE É A CORRUPIOLA? É o resultado das experiências e dos trabalhos crafts de Leila
Lamp e Aleph Ozuas, ambos de São José, Santa Catarina. Surgiu do desejo de ambos de
vender um produto próprio, trabalhando em casa e controlando o próprio tempo. Lançaram
sua primeira coleção em dezembro de 2008 num bazar Craft em Florianópolis. Montaram
uma loja virtual no blog, também vendem seus produtos em um site próprio e algumas lojas.
TIPO DE PRODUTOS VENDIDOS: O Corrupio clássico é o principal produto vendido.
Corrupios são pequenos cadernos exclusivos e costurados a mão no formato 9x14cm, com
papéis refinados como Canson, Fabriano e Color Plus 240gr nas capas, e com miolo de 64
páginas em papel pólen 80gr. Alguns modelos: Corrupio capa dura, com tecido, HQs, Maps,
Dos-à-dos fibra de bananeira, Corrupedia. 63
LOCAL DE TRABALHO: Trabalhavam no próprio apartamento. Montaram um atelier e
buscam sempre inovar usando de antigas tecnologias, como uma máquina de tricot.
COMPOSIÇÃO: Corrupios Capa Dura: São três os formatos: 14 x 10,5 cm; 16 x 10,5 cm e
17 x 10,5 cm, todos com papel 120gr no miolo e com 128 páginas. São vár ias capas, com
hqs, mapas, mangas e uma série de Corrupios muito especiais com os desenhos de
Kafka.Corrupio Capa Dura HQ:Formato 14×10,5 cm, capa com papelão preto, miolo em
papel Chamois 120gr, 128pg, folhas de guarda pretas.
ACABAMENTOS: lombada e elástico preto, ilhós preto.Capas com hqs da revista Heavy
Metal publicada nos EUA em fevereiro de 1979 (revista antiga, avariada e reciclada por nós
nestas capas).As capas desses Corrupios são de revistas em quadrinhos avariadas, faltando
páginas ou com outros problemas que as fariam parar no lixo. Cada Corrupio HQ é único,
não havendo outros com a mesma capa.
CORRUPIO TECIDO: Formato Clássico 9x14cm, capa em papel Color Plus marfim 240gr
recoberto com tecido japonês e costura com fio marfim; miolo sem pauta em papel Pólen
Bold acid-free 90gr, 64pg.
Dos-à-dos Fibra de Bananeira: Os papéis que compõem as capas deste modelo são
100% de fibra de bananeira, produzidos artesanalmente com pigmentos importados.Na
fabricação deste papel utiliza-se 70% de água e 30% de pasta da fibra da bananeira. A água
é tratada após a utilização e devolvida para a natureza sem nenhuma adição de ácidos, ou
seja, este processo não afeta o lençol freático. Todo este processo é feito por uma artista no
Estado de Goiás. A água é tratada após a utilização e devolvida para a natureza sem
nenhuma adição de ácidos, ou seja, este processo não afeta o lençol freático.
Alguns dos cadernos são costurados com papel pólen – off White e acidfree – um
papel amarelado que leva menos banhos ácidos do que o papel branco durante sua
64
fabricação. É um papel largamente utilizado no mercado editorial. A cada coleção buscam
utilizar novos materiais verdes, como o papel Kraft nas capas.
PROCESSO DE FABRICAÇÃO: O processo de fabricação não é industrializado, não é
terceirizado (exceto a faca da caixa para Corrupio Clássico e as matrizes para serigrafia e
tipografia) e não utiliza de mão de obra barata.
Todos os produtos são feitos à mão, uma unidade por vez.
O papel é um material 100% reciclável, a não ser quando é plastificado ou tenha algum
substrato que dificulte o processo de reciclagem. Na entrevista, eles dizem que não há como
o trabalho, como um todo, ser 100% sustentável, pois teriam que seguir todo o processo
desde a extração da matéria prima. Preocupam-se ao final do ciclo e com a disposição das
aparas. Somam próprias ações que vão desde a procedência da matéria prima, escolha de
fornecedores que estão perto, até o envio das encomendas, indo a pé ou bicicleta ao posto
dos Correios, andando de ônibus e aproveitando quase 100% dos materiais que adquirem
para produzir os cadernos. Das sobras dos papéis criam cartões, embalagens, cintas e
caixas. Todo lixo produzido no processo de serigrafia é separado.
INSPIRAÇÃO: A inspiração deles vem de vários lugares: da literatura e do cinema; de um
passeio pela praia ou pelo campo; do trabalho de outros crafters e das centenas de belos
sites que visitam periodicamente; do canto dos pássaros e do som da máquina tipográfica
funcionando.Acreditam que a atividade Craft ainda vai crescer no Brasil, ainda é muito pouco
conhecida (eu mesma só conheci esse termo na entrevista). “Craft não é somente compra e
venda de produtos artesanais, é também uma filosofia de vida, tanto do criador como do
comprador/consumidor. Somente com boa imaginação é possível sobreviver no mundo de
hoje, onde o tempo parece não mais nos pertencer, pois é disputado e negociado pela
atenção das grandes e despersonalizadas..corporações
CRAFT: A comunidade Craft é um movimento que abraça artistas, designers, arquitetos,
ilustradores, fotógrafos, film-makers dentre outras profissões. O Craft une o know-how da
profissão do criador com suas habilidades manuais para criar beleza e originalidade em
cada peça. Os participantes dessa comunidade compartilham idéias e incentivo através de
websites, blogs, lojas, galerias e feiras. Juntos, eles forjam uma nova economia e estilo de
vida baseado no respeito, criatividade, determinação e trabalho em rede. Simultaneamente a
forma como se trabalha com o Craft é a maneira deles de minimizar o impacto sobre o
planeta. É um equilíbrio entre formas de reciclagem, redução, reutilização e, ao mesmo
65
tempo, a criação de um produto original. O Craft está sempre se reinventando e não há a
reprodução em massa. É um movimento interessado em humanizar o consumo, prezando
pela autoria do produto. O comprador craft sabe quem fez o produto, confia na origem da
matéria prima e preza pela exclusividade e originalidade da peça adquirida. É um mercado
emergente, na contramão da produção em massa e contra a exploração da mão-de-obra.
Corrupio em português significa brincadeira. “Corrupiola” é uma palavra inventada
por Aleph Ozuas, então, Corrupiola pode ser divertimento, ou fazer brincadeiras ou o que
for relacionado.
CONCLUSÃO: Como tudo hoje é industrializado, que produtos são impostos para nós como
certos ou errados, que você precisa tê-los ou não está seguindo um padrão, esses corrupios
e quem os criaram me chamaram a atenção por ser algo um pouco fora desses padrões.
São cadernos lindos e com um bom propósito: Unir o útil ao agradável. Eles criaram uma
idéia e colocaram em prática, queriam algo diferente e conseguiram. Montaram seu próprio
negócio para controlar o seu tempo e fazer um trabalho que lhes agradasse e agradou
vários outros. O cuidado que eles têm não só impressiona por causa do produto, mas sim
pelo cuidado que tem com o processo de fabricação, passa para nós o prazer que tiveram
por criar, o prazer com cada etapa do processo, e como ela é apresentada pro consumidor.
É um produto que realmente dar um prazer enorme de possuir, porque se sabe que foi feito
com um carinho imenso por parte dos criadores. Esse deve ser o futuro dos consumidores,
procurarem algo que tenha haver com sua personalidade e que e les saibam que o produto é
único.
FONTES PESQUISADAS:
http://corrupiola.com.br/ Acessado dia 26/04/2012
http://corrupiola.com.br/corrupio-hq/4954/a-verdade-por-tras-dos-corrupios-hqs.html
Acessado dia 26/04/2012
http://www.binoculo.in/2010/09/entrevista-corrupiola.html por Renato Loose. Acessado dia
26/04/2012
http://www.coletivoverde.com.br/cadernos-sustentaveis-e-feitos-a-mao-entrevista-corrupiola/
por Guilherme Augusti Negri Acessado dia 26/04/2012
VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=0gM6OyT13R8&feature=youtu.be
66
ETIQUETA NARRATIVA:
Corrupios: Cadernos feitos à mão exclusivos! Adquirindo este produto, você levará uma experiência maravilhosa a cada folha. Feitos cuidadosamente com a devida atenção e carinho da Leila e Aleph, os corrupios são uma graça, cheios de personalidade e agradam seus consumidores. http://corrupiola.com.br
TÍTULO: Produto - Coxinha de Jaca
AUTORIA: GRAZIELE NORONHA DOS SANTOS Matrícula: 112095013
INTRODUÇÃO: Tendo em vista a proposta do trabalho, resolvi fazer o meu a respeito
não de uma “coisa” propriamente dita, mas de um alimento um tanto singular que pude
degustar há pouco tempo: coxinha de jaca.
No Carnaval deste ano fui acampar com alguns amigos no hotel fazenda Nova
Gokula, uma unidade da ISKCON (Sociedade Internacional para Consciência de Krsna),
localizada em Pindamonhangaba (SP), onde o povo da comunidade Hare Krishna segue o
vegetarianismo. Em meio a tantas novidades culinárias, junção da comida indiana com o
vegetarianismo, conheci a coxinha de jaca.
À primeira vista o nome não desperta interesse, mas a coxinha de jaca é a
especialidade da casa e eu não pude deixar de experimentar. Para m inha surpresa, a tal
coxinha era melhor do que eu esperava. A aparência do recheio é de frango desfiado e a
textura lembra palmito, uma delícia para quem gosta de palmito e de curry. Apesar das
especiarias, o sabor é suave e da fruta não tem nem o cheiro.
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RECEITA: Ingredientes
Caldo e massa:
3 dentes de alho
2 cebolas médias
azeite
1 tomate sem pele
1 litro de água
500gr de batata (+ ou 2 batatas grandes)
150gr de margarina vegetal
cheiro verde (salsinha e cebolinha)
tempero pronto
1 pitada de orégano
pimenta do reino
1 pitada de curry (+ ou 1 colher de café rasa)
500gr de farinha de trigo
farinha de rosca para empanar
óleo para fritar
Jaca verde e o recheio:
2 cebolas grandes
3 dentes médios de alho
azeite
1 pitada de curry
+ ou - 300gr de jaca verde cozida e desfiada
cheiro verde
1 colher de sopa de molho de tomate para dar cor
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MODO DE PREPARO: CALDO E MASSA: Refogue a cebola, o alho e o tomate no azeite,
depois acrescente todos os outros ingredientes cortados grosseiramente, pique em
pequenos pedaços somente a batata para que cozinhe mais rápido, e deixe ferver por cerca
de 30 min, ou até que a batata esteja bem cozida. Bata no liquidificador. Volta para panela e
vá acrescentando aos poucos a farinha de trigo peneirada e mexa até que desgrude do
fundo e das laterais da panela e deixe esfriar bem
JACA VERDE E O RECHEIO: Corte em pedaços grandes, retire a casca e as sementes;
Coloque em um panela com água fervente e uma pitada de sal; A água tem que cobrir a
jaca, e deixe cozinhar em fogo alto por + ou 12 min; Retire do fogo e desfie e corte bem
pequeno; Depois de "desfiada" a jaca já esta com aparência de frango desfiado, refogue-a
com os outros ingredientes.
COXINHA: Depois de bem fria a massa, faça bolinhas com a mão levemente untada de
óleo, e certifique-se que as bolinhas estão bem lisinhas, sem nenhuma nervura, afunde o
meio da bolinha com o dedão, formando uma cavidade para colocar o recheio.
Vá unindo as bordas, até que forme um bico, já com o formato da coxinha, retire o
excesso (se houver), dê uma ultima alisada e passe na farinha de rosca ou fubá e frite em
óleo quente.
A COMUNIDADE: Localizada ao final da Estrada do Ribeirão Grande, a fazenda abriga a
comunidade Hare Krishna e é aberta a visitação, com entrada franca. Aos pés da serra da
Mantiqueira, tem cachoeiras que descem de altos picos e formam o rio que corta a fazenda,
integrando a Área de Proteção Ambiental da serra da Mantiqueira. A comunidade nasceu em
1978, visando colocar em prática os preceitos de vida simples, segundo a filosofia védica.
O local oferece opções de passeios monitorados pelos próprios devotos tanto no templo
e outras instalações, como nas trilhas, local para camping, pousada e chalés. Para as
refeições há iguarias vegetarianas da culinária védica, nas lanchonetes e no restaurante da
fazenda. O local apresenta também lojas de ervas medicinais, roupas indianas, artesanatos
e um espaço que fala sobre os seminários e eventos da fazenda. O objetivo de Nova Gokula
é levar aos seus visitantes, uma proposta de retiro espiritual.
69
A ESCOLHA DO TEMA PARA O TRABALHO: A maioria dos habitantes dessa comunidade
tira seu sustento de atividades realizadas no próprio hotel fazenda, que recebe muitos
turistas em busca de descanso longe do caos as cidades, televisão, internet e telefone (para
quem acampou como eu, longe também da luz e do banho quente). Muitas dessas pessoas
têm lanchonetes e restaurantes lá dentro, no qual elas próprias fabricam os alimentos que,
em sua maioria, são provenientes da fazenda – como a coxinha de jaca.
Resolvi falar sobre a coxinha de jaca não só por se tratar de algo diferente, mas por que
ela simboliza de alguma forma o vegetarianismo e este, por sua vez, tem por base uma
proposta sustentável. Além disso, escutar um pouco da sabedoria daquele povo me levou a
querer saber mais sobre a história das coisas. Uma das grandes coisas que aprendi é que “o
conhecimento é passageiro porque está ligado ao corpo, mas a sabedoria é eterna, porque
está ligada a alma”. Por isso devemos sempre buscar a sabedoria.
UM POUCO DO VEGETARIANISMO: ALGUNS CONCEITOS:
Semivegetarianismo: a dieta semivegetariana não é uma dieta vegetariana, ela consiste
na exclusão apenas da carne de mamíferos, e abrange carne branca.
Ovolactovegetarianismo: dieta composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite
e derivados deles. Nesta dieta só há a exclusão de qualquer tipo de carne da alimentação.
Lactovegetarianismo: dieta composta por alimentos de origem vegetal, leite e seus
derivados. Os que a seguem não comem ovos nem qualquer tipo de carne. Essa é a dieta
tradicional da população indiana.
Ovovegetarianismo: dieta composta apenas por alimentos de origem vegetal e ovos,
havendo a exclusão dos produtos lácteos e seus derivados e de carne.
Vegetarianismo semiestrito: dieta que exclui quase todos os alimentos de origem
animal, abrangendo somente o mel.
70
Vegetarianismo estrito: também chamado de vegetarianismo verdadeiro, é uma dieta
que exclui todos os produtos de origem animal. Vegetarianos estritos não comem, assim,
qualquer tipo de carne, ovos, laticínios, mel, etc., retirando da dieta todos os produtos de
origem animal. Essa forma de dieta é frequentemente confundida com o veganismo, mas,
embora veganos sejam vegetarianos estritos, não é a mesma coisa. Apesar de
nutricionalmente classificarmos os “vegetarianos verdadeiros” apenas pela alimentação,
existe uma diferença entre o vegano e o vegetariano estrito. Geralmente o vegano também
não utiliza produtos não alimentícios provenientes de animais, como lã, couro, seda e pele.
Quando falamos em termos exclusivamente nutricionais, não faz diferença essa
classificação. Enquanto o vegetarianismo estrito é apenas um regime alimentar, veganismo
é respeito aos direitos animais - o que inclui o vegetarianismo estrito por razões éticas, mas
não apenas (circo com animais, rodeios, produtos testados em animais, e qualquer outra
forma de exploração animal é boicotada pelos veganos).
Existem também outras dietas semelhantes como o Crudivorismo e o Frugivorismo.
Vegetarianismo é uma palavra ambígua, ou seja, que tem mais de um sentido. No
sentido de gênero, fala abrangendo todas as formas de vegetarianismo. No sentido de
espécie, designa o verdadeiro sentido da palavra, o vegetarianismo estrito (que não
consome nenhum produto de origem animal).
HISTÓRIA: O vegetarianismo tem sua origem na tradição filosófica indiana, que chega ao
Ocidente na doutrina pitagórica. Nas raízes indianas e pitagóricas do vegetarianismo são
ligadas a noção de pureza e contaminação, não correspondendo com a visão de respeito
aos animais. O nascimento de uma sensibilidade em relação aos animais, que condena o
consumo de animais por motivos morais ou solidários, é muito recente na história da
humanidade e data a partir do século XIX em alguns países da Europa. O vegetarianismo
ético, que visa o respeito pela vida animal teve origem na Antiguidade, sendo que ao longo
da História da humanidade, inúmeros autores têm vindo a criticar e questionar consumo de
carne com base nesse aspecto, por exemplo, Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Voltaire,
Mahatma Gandhi, Albert Einstein, entre muitos outros.Uma das passagens mais antigas a
favor de um vegetarianismo ético surgiu quando Ovídio, nas Metamorfoses pôs na boca de
Pitágoras estas palavras: "Que crime horrível lançar em nossas entranhas as entranhas de
seres animados, nutrir na sua substancia e no seu sangue o nosso corpo! Para conservar a
vida a um animal, porventura é mister que morra um outro? Porventura é mister que em
meio de tantos bens que a melhor das mães, a terra, dá aos homens com tamanha
profusão, prodigamente, se tenha ainda de recorrer à morte para o sustento, como fizeram
71
ciclopes, e que só degolando animais seja possível cevar a nossa fome? […] É
desumanidade não nos comovermos com a morte do cabrito, cujos gritos tanto se
assemelham aos das crianças, e comermos as aves a que tantas vezes demos de comer.
Ah! quão pouco dista dum enorme crime!” Este trecho de Ovídio reflete os ensinamentos dos
pitagóricos no primeiro século.
Já na era cristã São João Crisóstomo escreveu que a alimentação carnívora é uma
luxúria e que o homem ao comer carne é pior que os animais selvagens, que só têm esse
forma de se alimentarem.
No Renascimento os ensaios de Michel de Montaigne evidenciam bastante
sensibilidade para com os animais. Exemplo disso é a seguinte passagem: "Nunca pude ver
sem constrangimento perseguir e matar inocentes animais, quase sempre indefesos, e dos
quais nunca o homem recebeu a menor ofensa.” Ou ainda: "Para algumas mães é um
passatempo ver o filho torcer o pescoço a um frango, bater ou magoar um cão ou um gato
[…] isso são meios, sementes e raízes da crueldade, tirania e traição.”.
Poucos anos depois, Bernard Mandeville foi um dos muitos autores que criticaram o
consumo de carne com base nos motivos éticos: "Eu não posso compreender com um
homem, que não está inteiramente endurecido e habituado à vista do sangue e do
massacre, possa assistir sem remorso ao massacre de animais como o boi e o carneiro, nos
quais o coração, o cérebro, os nervos, diferem tão pouco dos nossos, e cujos órgãos dos
sentidos, e por consequência do coração, são os mesmos que no ser humano”.
Por sua vez, já no século XIX Lamartine estava convencido de que "matar os animais
para nos sustentarmos com a sua carne e o seu sangue é uma das mais deploráveis e das
mais vergonhosas enfermidades da condição humana”.
Muitas pessoas encaram a culinária vegetariana basicamente como a substituição de
ingredientes de origem animal por outros de origem vegetal nas mais variadas receitas. Para
o chef de cozinha Rodrigo Cavichiolo, do restaurante DUO Cuisine, em Curitiba (PR), o
raciocínio não está errado, já que se trata de uma dieta à base de vegetais, que emprega os
mesmos processos das outras culinárias.
A presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira, Marly W inckler, propõe outra
abordagem para o tema, defendendo que a carne foi quem chegou depois e alterou a
construção de pratos tradicionais. "Culinárias milenares como a japonesa, chinesa, ind iana,
árabe, mediterrânea e persa na sua base eram todas vegetarianas. A carne ganhou essa
centralidade no prato há pouco tempo relativamente. Ainda hoje essas culinárias antigas têm
muitas opções vegetarianas ou que podem facilmente ser transformadas em vegetarianas",
argumenta.
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Para a chef Luana Budel, muitos preconceitos, como a ideia de que comida
vegetariana não tem gosto, são resultado de traços da cultura brasileira. "Cozinha
vegetariana aqui no Brasil ainda é relativamente nova se comparada com países europeus,
Índia e Estados Unidos. Viemos de uma cultura escravagista, em que ter carne na refeição é
sinal de status e ainda é assim na mesa do brasileiro. Mudanças de hábitos demoram e o
vegetarianismo aportou em nosso país na década de 70", ressalta.
Segue agora um relato de Syamala Martins, filha da dona de uma das lanchonetes
que vende coxinha de jaca, que tive o imenso prazer em conhecer:
“O vegetarianismo é na verdade um estilo de vida, e comer ou não carne é uma
escolha individual”. Muitas vezes só comemos porque crescemos nos alimentando dessa
forma e fomos criados assim, mas na realidade não nos perguntamos o que estamos
comendo.
É exatamente essa pergunta que quem opta por ser vegetariano deseja responder. A
carne em primeiro lugar, causa dor e sofrimento para milhares de seres vivos - ao contrário
do que dizem, os animais sentem sim! Uma vaca, por exemplo, quando sabe que irá para o
abate, se afasta das demais; em segundo lugar, a carne que é colocada na mesa não é
fresca, ou seja, para ser mantida com a cor e aparência de uma carne fresca, precisa de
componentes químicos como conservantes e hormônios que não fazem bem a saúde.
Ao contrário do que muitos pensam é sim possível viver sem se alimentar de carnes
ou qualquer produto derivado de animais, pois há outros alimentos que podem substituir as
vitaminas existentes nos produtos animais.
Sou exemplo disso, tenho 16 anos, sou saudável e nunca ingeri carnes, peixes ou ovos. Sou
ovolactovegetariana, ou seja, me alimento com leite e seus derivados, porém opto por
alimentos que sejam produzidos com leite de vacas que são criadas e cuidadas em
fazendas e não em cooperativas, pois não são tratadas da mesma forma.
Uma vez ouvi uma frase que dizia assim: "Se os matadouros fossem feitos de vidro,
ninguém mais comeria carne”. A verdade é que não temos muita ideia do que comemos, e
do sofrimento que provocamos com isso, e além disso, o vegetarianismo é uma ideia, de
certa forma, nova para a sociedade. Sei como é difícil chegar a um restaurante e não ter
opções.
Concluindo, ser vegetariano é uma opção, na qual muitas vezes não analisamos, ou
porque não queremos, ou simplesmente porque a sociedade nos ensinou a sermos assim.
Isso não se aplica nem a religião mas sim se temos compaixão pelo próximo. Nós não
damos a vida e não temos o direito de retirá-la. Se isso se aplica aos humanos, por que não
aos animais também?”
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Faça-nos uma visita... DESVENDE OS MISTÉRIOS DE UMA CULINÁRIA ENCANTADORA!
Faça-nos uma visita... DESVENDE OS MISTÉRIOS DE UMA CULINÁRIA ENCANTADORA!
FONTES PESQUISADAS: Entrevista Informal e informações de pessoas que vivem no
local.
FOLDER: Faça-nos uma visita... DESVENDE OS MISTÉRIOS DE UMA CULINÁRIA ENCANTADORA!
TÍTULO: Produto- Lâmpadas.
AUTORIA: NATHALIA REIS COKOTÓS Matrícula: 112092036
INTRODUÇÃO: A HISTÓRIA DAS LÂMPADAS: Um dispositivo elétrico que transforma
energia elétrica em energia luminosa foi a grande invenção do século XIX. Desde sua
criação, as lâmpadas vêm sendo aprimoradas com o objetivo de reduzir o consumo de
energia, elevar sua capacidade luminosa, diminuir os danos ao meio ambiente e aumentar
sua vida útil.
A primeira lâmpada a ser inventada foi a incandescente. Ela surgiu no ano de 1847,
criada por Thomas Edison, quando houve a necessidade de substituição da luz proveniente
da chama do gás. Esse primeiro modelo de lâmpada é composto por uma ampola de vidro
bastante fino preenchido por um gás denominado argônio e um filamento de tungstênio, que
ao ser percorrido por uma corrente elétrica, se aquece e emite uma luz branca de tom
levemente amarelo. A primeira lâmpada feita por Edison lembra bastante as lâmpadas
atuais, com uma pequena diferença: seu tamanho.
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A lâmpada de Edison foi considerada um grande invento da humanidade. Porém,
observa-se que tal invenção tem um grande ponto negativo: sua eficiência. A lâmpada
incandescente é capaz de converter em energia luminosa apenas cerca de 5 a 10 %. Todo o
resto é desperdiçado em forma de calor. Outro fator que também se destaca negativamente
é a sua durabilidade. Ela dura cerca de 1000 horas, o que a torna desvantajosa em relação
às outras lâmpadas existentes hoje em dia. Para a época em que foi criada, a lâmpada de
Edison só era vista com bons olhos. Ela até os dias de hoje é de baixo custo e possui uma
vantagem sobre as demais: ela não contém mercúrio. Dessa forma, é uma lâmpada
totalmente reciclável. Ela pode ser reciclada artesanalmente, como nas imagens abaixo, ou
pode seguir para a reciclagem do vidro.
Depois das incandescentes surgiram as lâmpadas fluorescentes.
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Este novo modelo de lâmpada vem ganhando o mercado consumidor nos últimos
anos. Atualmente no Brasil são vendidos cerca de 200 milhões de lâmpadas fluorescentes
por ano. O principal motivo para esse aumento nas vendas é devido a longa vida útil do
produto e do seu baixo consumo de energia. Além disso, as lâmpadas fluorescentes
apresentam mais algumas vantagens em relação às incandescentes: elas podem ser
rosqueadas nos mesmos bocais da sua antecessora e por serem mais compactas se
adaptam com mais facilidade aos diversos tipos de luminárias. Porém, uma de suas
desvantagens é o preço. Este tipo de lâmpada custa cinco vezes mais que as lâmpadas
incandescentes. Contudo, devido à sua longa vida útil, torna-se um investimento que vale a
pena.
O ponto de vista ambiental desse modelo deve ser observado com mais atenção.
Com redução de 80% no consumo de energia, elas são um atrativo para a utilização
doméstica, comercial e industrial. Logo com tal aumento no consumo, há também o aumento
do número de lâmpadas descartadas.
MEIO AMBIENTE: A grande questão é: o que fazer com as lâmpadas descartadas? Essa
seria uma resposta fácil se estivéssemos falando de lâmpadas incandescentes, onde o vidro
e o alumínio seguiriam para a reciclagem. Porém, as fluorescentes apresentam mercúrio em
sua composição. O mercúrio é um metal tóxico que causa sérios danos a saúde do homem.
É devido a ele que esse tipo de lâmpada não pode ser descartado em qualquer lugar.
RISCOS À SAÚDE: Caso uma lâmpada fluorescente seja descartada em um lixão sem os
devidos tratamentos, ela pode se quebrar e liberar o mercúrio contido em seu interior. O
mercúrio liberado contamina o solo, rios e lagoas próximos ao lixão. Assim, por exemplo, um
animal que bebe da água deste rio acaba se intoxicando com o mercúrio. O homem, que por
sua vez, come o animal, também é intoxicado.
Além da ingestão, o mercúrio também pode contaminar o homem através da inalação
e do contato cutâneo. Portanto, pessoas que sobrevivem a partir do lixo, como os catadores
e os funcionários de um lixão, por exemplo, tem sua saúde ameaçada. Quando no
organismo humano, o mercúrio pode causar sérios danos ao sistema imunológico, cardíaco,
respiratório e neurológico.
Portanto, a reciclagem dessas lâmpadas é de extrema importância.
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Para a desintoxicação das lâmpadas fluorescentes, é necessário que haja a
separação do vidro e do mercúrio. Este processo não gera lucros, na verdade cobra-se em
média de R$0,40 a R$0,70 por lâmpada. Talvez este seja um dos motivos para o baixíssimo
índice de reciclagem deste tipo de lâmpada. No Brasil, apenas 6% delas são desintoxicadas
para depois serem descartadas. O vidro descontaminado pode ser utilizado na fabricação
de cerâmicas. Já o mercúrio recolhido segue para indústrias de aparelhos de precisão ou
para ser usado em produtos odontológicos.
Com investimentos na desintoxicação das fluorescentes, além de contribuir para a
conservação do meio ambiente e da saúde humana, o Brasil poderia gerar novos empregos.
A invenção da lâmpada é um marco na historia da humanidade, a luz elétrica é de
fundamental importância em nossas vidas, de modo que só percebemos isso quando uma
lâmpada se queima.
FONTES PESQUISADAS:
http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/lampadas-f.html
http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/lampadas-fluorescentes-duram-mais-
tempo-e-sao-mais-economicas/
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A2mpada_fluorescente
UMA NOVA ETIQUETA PARA O PRODUTO:
Lâmpada Fluorescente: Muito mais econômica que a incandescente, esta
lâmpada é capaz de reduzir em 80% do consumo de energia. Apesar de ser
um pouco mais cara, a lâmpada fluorescente dura 10 vezes mais que a
incandescente. Deve-se ter maior atenção ao momento de descarte, pois esta
lâmpada contém mercúrio em sua composição. As fluorescentes devem ser
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destinadas à desintoxicação antes de serem jogadas fora. O mercúrio pode
causar sérios danos ao meio ambiente e à saúde do homem.
TÍTULO: Produto: Chiclete: pequeno objeto, grande problema.
AUTORIA: NÍCOLAS FERNANDES Matrícula: 112095019 INTRODUÇÃO: O QUE É O CHICLETE ?: O Chiclete, também conhecido como goma de
mascar ou vulgarmente chiclé (Brasil),pastilha elástica ou simplesmente pastilha (Portugal),
ou chuinga (Moçambique e Angola) é um tipo de confeito que é produzido para ser
mastigado e não engolido. Tradicionalmente é produzido a partir do látex de uma árvore
denominada chicle, um produto natural, ou a partir de borracha sintética conhecida como
poli-isobutileno, que é uma forma não vulcanizável da borracha butil (isopreno-isobutileno)
utilizado para câmaras de ar. Às bases da goma comumente são misturados açúcares,
corantes e outros temperos, que são liberados no decorrer da mastigação, tornando-as
palatáveis e largamente consumíveis.
A HISTÓRIA DO CHICLETE: A origem do hábito de mascar chiclete é controversa. Alguns
autores afirmam que o hábito de mascar gomas surgiu entre os índios da Guatemala, que
mascavam uma resina extraída de uma árvore denominada chicle com a finalidade de
estimular a salivação. Outros, que o hábito surgiu entre os Maias, no México, que mascavam
uma goma obtida de um látex que escorria de cortes de uma árvore conhecida como Sapota
zapotilla, hábito que os Astecas posteriormente assimilaram. Também na Grécia antiga era
comum mastigar a resina de uma árvore chamada mastiche para lavar os dentes e eliminar
o mau hálito.
Nos anos 60 do século XIX, Antônio López de Santa Anna (presidente e general
mexicano exilado nos EUA) levou para a América do norte uma resina cremosa (látex) a que
chamavam chicle. Apresentou a Thomas Adams Jr, um fotógrafo e inventor nova-iorquino,
que tentou, sem sucesso, vulcanizá-la, utilizando-a depois para o fabrico de pastilhas
elásticas que se tornaram um sucesso. Mais tarde, melhorou-lhes o sabor, acrescentando
um pouco de licor, o que agradou aos seus clientes. 78
Industrialmente, a produção do chiclete iniciou-se em 1872 quando o norte-americano
Thomas Adams, Jr. iniciou a venda de pedaços de cera parafinada com alcaçuz.
As duas grandes guerras mundiais, principalmente a segunda, contribuíram para o
aumento da popularidade da pastilha elástica, não só nos EUA mas também um pouco por
todo o mundo. Era tida como terapia relaxante para o stress diário de que as pessoas eram
vítimas. E também para evitar o congelamento do maxilar durante as emboscadas noturnas.
Com o aumento do seu consumo, os fabricantes tiveram de procurar novos produtos
que substituíssem as resinas naturais. Surgiram novos tipos (sem açúcar, com novas cores,
novos sabores, novos formatos, etc.) e novas marcas de pastilhas.
No Brasil, a fabricação e venda do produto iniciou em 1945, sendo Natal a primeira
cidade brasileira a conhecer o produto, usá-lo e comercializa-lo.
Muitas escolas não permitem o consumo de chiclete durante as aulas, porque
acreditam que o consumo desvia a concentração dos alunos, dificulta a leitura e pelo receio
de que os alunos dispensem a goma em lugares indevidos. Um motivo bem simples também
é o barulho e o desvio do aluno da aula.
DO QUE É FEITO? Hoje, não é só o chicle a matéria-prima da goma de mascar. O doce é
feito com um derivado de resinas e parafinas misturado com porções de açúcar ou
adoçante, xarope de glicose, corantes e aromatizantes (esse modo sendo preferivelmente
usado, pois o custo é menor).
IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELO CHICLETE: Com o atual crescimento da
sociedade pós-moderna e o aumento célere da população mundial, os impactos causados
pela ação antrópica no meio ambiente tem se intensificado e ameaçado o equilíbrio natural
dos ecossistemas e biomas da Terra.
Algumas ações, por parecerem inofensivas, são deixadas de lado e ignoradas pelo
homem. O consumo de um adocicado chiclete, bem como seu descarte inadequado na
natureza, é uma dessas que não recebe a atenção devida, mas prejudica potencialmente o
nosso planeta. Alguns desses prejuízos são:
Asfixia de passarinhos, que atraídos pelos cheiro, cor e gosto do chiclete, o bicam
tentando comer e acabam presos, grudados na goma de mascar e morrendo;
Sujeira nas ruas;
Entupimento de galerias pluviais, pois fica flutuando nas vias;
Poluição da água e solo;
5 anos para sua decomposição. 79
CONCLUSÃO: Com isso fica certo a importância de que em pequenas ações fazermos
nossa parte para auxiliar na salvação e manutenção da vida no planeta. São pequenos
gestos locais, mas que fazem toda a diferença global, pois o maior impacto que um chiclete
pode causar no planeta vem da irresponsabilidade das pessoas que não o descartam de
forma consciente.
FONTES PESQUISADAS:
http://chicleteiros-chicleteiros.blogspot.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/W ikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
http://Noticias.terra.com.br ETIQUETA NARRATIVA:
TÍTULO: Produto: SARDINHA “COQUEIRO
AUTORIA: FLÁVIA CUNHA LABRIOLA Matrícula:112095044
INTRODUÇÃO: Antes de partir para a análise da origem da sardinha, deve-se entender
sobre a fábrica coqueiro, pois é neste local que a sardinha é preparada para a venda e onde
ocorrem os maiores problemas ocultados pelos seus proprietários. Durante todo o
procedimento do trabalho, verifica-se uma maior agressão ao ambiente e a sociedade,
causas omitidas em prol da economia da fábrica. O importante é a visualização dos dois
tipos de realidades, uma que é transmitida e a outra escondida, para a partir delas
compreender a origem não só da sardinha, mas também da fábrica.
INFORMAÇÕES BÁSICAS DA FÁBRICA COQUEIRO:
Origem: Brasileira;
80
Fundação: 2 de dezembro de 1937;
Proprietário da marca: PepsiCo;
Principais produtos: Atuns e sardinhas enlatadas;
Slogan: O melhor do mar;
Website: www.coqueiro.com.br.
AS DUAS REALIDADES:
Fictícia: No site da fábrica Coqueiro, nota-se uma grande preocupação em mostra
que a questão ambiental é levada com seriedade por seus proprietários. Encontra-se um
item chamado de “ações de sustentabilidade”, que resumidamente descreve que a fábrica
utiliza a pesca seletiva (com vara, linha e anzol), que garante a captura apenas do atum,
deixando livres os golfinhos e preservando a fauna marinha. Mostra-se ser um ato
interessante, porém essa ação sustentável pode ser insuficiente relacionando com os
malefícios de maior porte causados pela fábrica.
site
Verdadeira: Considerando os limites da fábrica, pode-se notar a grandeza desta
propriedade, pois está fábrica atualmente é a maior unidade isolada de enlatados. Ela está
localizada no Porto Velho, porém quem passa pela BR 101 tem uma visão completa dos
fundos da fábrica e não vê somente isto, mas também a poluição gerada todos os dias, em 81
todos os horários. A verdade é bem diferente do que querem mostrar para a sociedade, pois
há uma poluição ambiental de alto nível, tanto no ar quanto nas águas. O ar é consumido
rapidamente por um cheiro insuportável graças as enormes chaminés e os resíduos são
jogados na Baia de Guanabara que apesar de não estar em sua melhor condição é ainda
mais deteriorada. Não se pode esquecer da população que convive com o mau cheiro e dos
trabalhadores que podem ter sua saúde física e mental abalada em troca de um salário.
FRENTE DA FÁBRICA:
VISÃO DE QUEM PASSA PELA BR 101:
Fonte: (google maps) 82
OUTRAS REALIDADES OMITIDAS:
Renata, 32 anos, vizinha da fábrica “coqueiro” há 3 anos:
“O cheiro incomoda demais, fico com vergonha quando recebo
visitas, parece que o cheiro é da minha casa. Quando chego do
trabalho tenho que abrir toda a casa e espirrar um cheiro agradável no
ambiente, pois senão fica difícil respirar. Na hora das refeições parece
que estou comendo a sardinha. Eu estou para me mudar, porque não
dá mais para aguentar.”
Ana Paula Ferreira, casada, consumidora da sardinha da marca Coqueiro:
“Mais uma vez, comprei uma sardinha em lata da marca coqueiro e na
hora do almoço fui fazer um patê para minha filha e quando abri a
sardinha no primeiro furo subiu um forte mau cheiro, pensei até que
fosse um lixo. Então terminei de abrir e constatei que a sardinha estava
em estado de decomposição. Que vergonha, uma empresa que diz
preservar a qualidade dos produtos, fazendo os clientes passarem por
tal constrangimento.” (Disponível em:
<http://www.reclameaqui.com.br/1330616/pepsico-do-brasil/sardinha-
coqueiro-estragada-de-novo-revolta/> Acessado em 26/04/2012)
Ex- funcionária da fábrica Coqueiro:
“Eu trabalhei na fábrica coqueiro em 1985. Eu era ajudante de serviços
gerais, por isto trabalhei em todas as áreas. Na ‘cortação’, a sardinha
era jogada em uma esteira e as mulheres jogavam na máquina para
cortar o rabo e a cabeça, algumas sardinhas sempre passavam com o 83
rabo e a cabeça e as vísceras e as escamas não eram retiradas.
Depois as sardinhas eram mandadas para a ‘linha’ para as mulheres
colocarem na lata. Tinha um setor que eram colocados óleo, tomate,
sal, para depois as sardinhas irem para o cozimento e depois serem
fechadas. Trabalhei na ‘revistação’ onde as latas com a sardinhas eram
colocadas dentro de uma caixa. Sempre vinham latas com sardinhas
estouradas e podres e o mau cheiro era imenso, a ponto de os
trabalhadores passarem mal, com náuseas e alguns até desmaiavam.
As máquinas eram velhas e sempre quebravam, por causa disto
passava da hora do expediente, porque não poderíamos sair dali até
que as máquinas fossem consertadas. O encarregado vinha com umas
bolinhas e dizia que não era nada, era para a gente tomar para não
dormir, eu nunca tomei nenhuma, mas mulheres jovens e até senhoras
tomavam. As sardinhas que não eram aproveitadas, que vinham
podres, eram feitos sabão e farinha, não sei se era para animais ou
para pessoas. Desde que eu trabalhei na fábrica, há 27 anos atrás, eu
nunca mais consumi nenhuma lata de sardinha.
Na “minha época, não tinha proteção auditiva e com o barulho muitas
pessoas ficaram com problema de audição, inclusive eu.”
CARTAZ: Esta sardinha custa apenas R$: 2,26, um preço razoavelmente barato e acessível para boa parte da população. Porém, a omissão é a característica principal deste produto. Para a fabricação de uma simples sardinha, como esta, o meio ambiente é poluído desenfreadamente, a vizinhança sofre decorrente ao mau cheiro e os funcionários se submetem a sacrifícios, algumas vezes prejudiciais a sua própria saúde, por um salário.
Universidade Federal Fluminense. Ciência Ambiental.
84
TÍTULO: Produto: Abajur
AUTORIA: EVELISE CARDOZO MACHADO Matrícula: 112095043
INTRODUÇÃO: Na tentativa de resgatar e contar a história de um produto pessoal adquirido
há alguns anos acabei encontrando também a história de um belo ofício feito com grande
responsabilidade social.
O QUE É? Abajur feito com bagaço de cana.
Há mais ou menos dois anos, enquanto andava por uma feira de artesanato na cidade
de São Paulo, dentre muitas coisas, encontrei o abajur o qual adquiri, não só pela beleza
como necessidade.
Ouvi rapidamente a história do produto, que me convenceu ainda mais a comprá-
lo.Mas como a maioria das pessoas, achei interessante, mas não me dediquei em pesquisar
mais sobre o que tinha ouvido.
Após a apresentação do projeto de trabalho na disciplina de Crítica Consciência e
Cidadania socioambiental pensei bastante sobre algo ou alguém que me motivasse a
escrever e vi no simples objeto o qual tenho um zelo especial, a oportunidade de retratar
uma história que vai além da aparência, do investimento e da utilidade.
A PESQUISA: Não foi difícil conseguir informações, lembrava-me bem que o produto era
feito do bagaço de cana por uma pequena Oficina e a localização da feira assim, consegui
encontrar informações suficientes sobre o mesmo.
Arte e Luz da Rua: “Essa rua tem saída” 85
HISTÓRIA: As raízes da Oficina Arte e Luz de rua tiveram origem graças a uma Pastoral do
Povo da Rua que defendia que esta população possui direito de alimentação, abrigo, roupas,
assim como vivenciar uma vida em comunidade e ter sua espiritualidade.
Nascia então, em 1979 a 1ª casa de Oração do Povo da Rua, que atualmente é uma igreja.
A mesma visava não só evangelizar os moradores de rua e atender às suas
necessidades como também criar alternativas de sobrevivência.
Nesta casa teve início o Projeto da Oficina Arte e Luz da Rua em 1999, a partir de um grupo
de pessoas em situação de rua que participavam do grupo de artesanato da Casa e que
tinham a intenção de tornar este uma forma de geração de renda.
Até chegarem ao produto final produzido hoje, foram feitos muitos outros testes e trabalhos.
Só em 2000, após um workshop de papel reciclado, o grupo se aperfeiçoou na técnica
da confecção do papel reciclado e do processamento de fibras naturais para o papel
decorado.
Após verem uma exposição de luminárias feitas de papel reciclado, três integrantes do grupo
foram convidados a fazer um novo workshop de luminárias.
Daí em diante houve o aperfeiçoamento e a descoberta do reaproveitamento do
bagaço da cana-de-açúcar na confecção de luminárias e outros objetos decorativos. O
processo de trabalho foi se estruturando em quatro equipes: processamento do bagaço da
cana, montagem, banho e instalação elétrica. Há também uma equipe que recebe um
treinamento para desenvolver habilidades para a divulgação e venda.
Houve certas dificuldades no início devido à falta de experiência em trabalhos
coletivos, assim como a expectativa de lucro de alguns que chegavam ao grupo.
Foi assim que estruturaram o trabalho como uma oficina- escola onde se era ensinado às
técnicas e processos de produção assim como treinamentos de trabalho, incluindo postura,
responsabilidade, pontualidade para uma futura reinserção no mercado de trabalho.
Além disso, os participantes recebem uma bolsa de incentivo e alimentação. Faz
parte da programação da oficina – escola o envolvimento dos participantes na discussão das
políticas públicas para população em situação de rua e a participação nos fóruns e
manifestações da população de rua.
Pela instabilidade da população de rua há um rodízio muito grande de pessoas na
oficina - escola. A cada ano, pode-se dizer, o grupo se renova. É estabelecido alguns
critérios de participação e um tempo limite/ norteador de 2 anos para a participação.
O objetivo era a convivência e o preparo para o trabalho, o fortalecimento das pessoas que
passam pela oficina para que possam se reintegrar no mercado de trabalho, realizando
qualquer atividade profissional.
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Porém, a realidade é, que têm algumas pessoas que estão há mais de quatro anos
nesta convivência, por motivos de saúde ou por falta de oportunidades de emprego; outros
estarão chegando aos dois anos de permanência.
Nesse sentido a oficina sente a necessidade de pensar em um projeto que pode dar uma
resposta a esta situação: A implementação de um Empreendimento – Escola, que capacite
para a administração de um empreendimento, com efetiva geração de trabalho e renda.
Pretende-se formar e capacitar este grupo para se tornarem monitores e re-editores do
processo na própria oficina, e para realizar uma produção para geração de trabalho e renda,
inclusive com a possibilidade de formar uma cooperativa ou associação de artesãos
autônomos
A oficina beneficia hoje cerca de 20 pessoas e o grupo está sempre se modificando
para que possa beneficiar e ensinar outras pessoas.
Quatrocentas peças são produzidas por mês. Os artesãos recebem ajuda de custo de 5
reais a cada dia trabalhado. Quase todos são beneficiários de parcerias com os governos
municipal e estadual que rendem cerca de um salário mínimo por mês.
Não foi encontrado nenhum risco de saúde na produção dos abajures.
PROCESSO DE PRODUÇÃO:
1º Passo: A Cana é plantada em fazendas e vai para São Paulo para a produção de caldo
de cana em feiras e lanchonetes. Desses locais, a equipe da Oficina coleta o bagaço da
cana para ser processado;
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2º passo: O bagaço da cana passa por um processo de separação do miolo e da casca; 3º passo: Em seguida passa por um processo de cozimento; 4º passo: O bagaço é lavado e as fibras mais grossas são retiradas;
5º passo: O bagaço da cana é misturado com cola e aplicado em estruturas feitas de tela de
arame; 88
6º passo: Por fim, as luminárias recebem acabamento com a montagem da estrutura
elétrica.
REPORTAGENS:
Repórter ECO da TV Cultura sobre a Oficina Arte e Luz da Rua, realizada no dia 02.11.2008
Moradores de rua resgatam o próprio destino por meio da arte de transformar bagaço
de cana-de-açúcar em luminárias.
Tãnia Zarbietti, paulista, copeira. João do Nascimento, pernambucano, 53 anos.
Aristeu Moreira, paranaense, carregador de cargas que já viveu na Bahia. Pelo centro de
São Paulo eles caminham para buscar a matéria-prima para o trabalho que realizam hoje.
As ruas os três conhecem bem porque já viveram nelas. É dia de feira no bairro do Canindé
e nas barracas de Caldo de Cana está o bagaço, sobra do caldo apreciado por muita gente.
Alguns feirantes evitam que o bagaço vá para os aterros sanitários por entregar o
resíduo para os integrantes da Oficina Escola Arte e Luz da Rua.
Na antiga casa perto da Estação da Luz que o bagaço da cana é transformado. Os
vinte participantes da Oficina Escola desfiam, cozem e desfiam o bagaço.
Aos 60 anos, o seu Valdemir da Silva descobriu que aqui também se produz outro tipo de
riqueza.
Valdemir José da Silva/artesão -
"É a educação. É ensinar as pessoas a viver com amor, um com outro, tratar bem, não
mentir, não roubar, não destruir, não pensar em coisas que não devem".
O pernambucano Severino da Silva, ex-metalúrgico, desempregado que foi parar na rua e
que já viu tanto desperdício de vários tipos de sobras que até dor no coração sentia, conta
que está aliviado.
Severino da Silva - artesão:
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“É um retorno ao mercado de trabalho. Isso aqui traz mais conforto, mais segurança, um
objetivo mais seguro para ganhar alguma coisa para viver, para se manter, para ficar livre de
estar na rua perambulando".
Carmem da Jesus/artesã:
" Eu esqueço das coisas ruins lá de fora, não fico pensando me coisas ruins, fico se
transformando trabalhando aqui. Então eu gosto".
O trabalho, que já soma oito anos, é coordenado pela alemã Hedwig Knist, conhecida como
Edwiges, agente da Pastoral do Povo da Rua, ligada à Igreja Católica.
Hedwig Knist/coordenadora do trabalho:
“A gente percebe dois aspectos. Um é o de reaproveitar, dar uma nova forma ao que se
tornaria lixo. E a gente trabalha com moradores de rua, que se você for fazer uma paralela, é
o que sobrou da sociedade. Já foi espremido, deu o que tinha que dar, tá pronto para jogar
fora. E aí a gente percebe que não é bem assim. As pessoas, tanto quanto o bagaço da
cana, podem ser recicladas, ganhar uma nova forma, um novo valor, um projeto de vida".
O miolo do bagaço, tratado e colorido, fixado em estruturas de arame resulta nestas
luminárias, vendidas principalmente em feiras de artesanato. Quatrocentas peças são
produzidas por mês. Os artesãos recebem ajuda de custo de 5 reais a cada dia trabalhado.
Quase todos são beneficiários de parcerias com os governos municipal e estadual que
rendem cerca de um salário mínimo por mês.
FONTES PESQUISADAS: Outras reportagens em vídeo podem ser conferidas na página na
Oficina:http://www.arteeluzdarua.org/index.php/pt/top-apresentacao/reportagens
Todas as informações desse trabalho foram retiradas da atual página eletrônica e blog da
Oficina:
http://arteeluzdarua.blogspot.com.br
http://www.arteeluzdarua.org
Os produtos podem ser encontrados nos seguintes endereços:
Oficina Arte e Luz da RuaRua Djalma Dutra, 69Tel. (11) 3313-7336
Roda da Cidadania Rua Líbero Badaró, 561 Tel. (11) 3291-9664
Shopping Center 3 Avenida Paulista, 2064 Feira de artesanato aos domingos
10:00 – 22:00 horas
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ETIQUETA NARRATIVA:
TÍTULO: Produto- Porta-retratos
AUTORIA: THAINARA SOUSA MARTINS Matrícula: 112095027
INTRODUÇÃO: A história a seguir é sobre um porta-retratos muito belo e bem feito que
encontrei na casa da minha avó. Nunca imaginei que um porta-retratos artesanal podia ter
uma história tão forte e com um final feliz. Essas coisas geralmente só encontramos em
novela, mas agora percebi que também existe na vida real.
HISTÓRIA: Na casa da minha avó tem vários instrumentos decorativos, como uma típica
casa de vó, e uma coleção de porta-retratos feitos de conchas do mar me chamou atenção.
Perguntei onde comprou e ela disse que ganhou de uma amiga. Fui atrás dessa amiga e ela
é mãe da pessoa que os faz. Expliquei a ela sobre o meu interesse nos porta-retratos, pois
tinha um trabalho de faculdade para fazer. Ela ficou honrada em responder minhas
perguntas, mas pediu que não identificasse a filha dela no trabalho. Esse pedido me deixou
um tanto quanto curiosa, então não hesitei em perguntar por que, e ai a Dona Maria
começou a me contar a interessante história da vida da filha, que consequentemente é a
história dos porta-retratos. Como não posso identifica-la, tanto em nome quanto em fotos,
vou chama-la de Senhorita Vidal, que é seu sobrenome.
Senhorita Vidal engravidou cedo, e isso fez com que ela fosse privada de uma série
de coisas e a limitou viver na casa de sua mãe. Ela tem quarenta e um anos e a oito anos
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atrás começou um inferno na sua vida. O marido de sua irmã mais velha confessou pra toda
família que estava apaixonado por ela. Desde então toda a família foi abalada com tal
revelação. Para começar sua irmã se separou do marido, claro, e colocou a culpa nela. O
amor de irmãs unidas foi perdido. Mas se parasse por ai seria lucro,a história ainda vai
piorar muito. Esse homem se tornou um psicopata, ele a seguia todos os dias, ligava a todo
segundo só para escutar a sua voz, gritava na rua o nome dela ,tentou sequestrar sua filha ,
enfim, fica atormentando não só Senhorita Vidal como todos da família. Todos, sem
exceção, desde Dona Maria até seus bisnetos. Há vários outros tormentos listados por Dona
Maria.
Isso aconteceu em um momento importante na vida de Senhorita Vidal, ela tinha
conseguido um bom emprego e finalmente saíra da casa de sua mãe, junto com sua filha.
Morar sozinha estava se tornando insuportável, pois este homem não a deixava em paz,
nem ela nem sua família. Um ano se passou e este homem foi preso três vezes, mas nada
conseguia frear seus atos. Senhorita Vidal não teve outra escolha: para deixar sua família
em paz e a ela mesma, decidiu deixar sua vida na cidade natal, seu emprego de chefia tão
sonhado para tentar a vida em uma cidade totalmente desconhecida. Ela foi embora sem ao
menos ter onde morar.
O começo foi extremamente difícil, ela não conhecia nada nem ninguém, além de
que teria que manter sigilo sobre a nova cidade até para sua família, o homem estava
oferecendo 50 mil reais pra quem dissesse o endereço de Senhorita Vidal, é uma proposta
muito tentadora. As únicas pessoas que sabiam seu endereço era sua filha e Dona Maria.
Senhorita Vidal conseguiu lugar para ficar logo no começo, uma pessoa abençoada, como
Dona Maria se refere a ela, escutou a história e ofereceu lugar para ela ficar enquanto não
conseguia emprego. Depois de dois meses desempregada e recebendo ajuda de custo de
sua mãe, Senhorita Vidal conseguiu um emprego com a ajuda da “pessoa abençoada” numa
loja de material de construção. Com esse dinheiro ela conseguiu pagar o aluguel de uma
pequena casa na cidade. Não era a vida que ela levava junto com a mãe,mas coisas
finalmente estavam entrando no eixo para Senhorita Vidal.
Mas, nem tudo são flores por muito tempo, e depois de sua vida estabilizada na nova
cidade, Senhorita Vidal foi demitida. Ela se pegou numa grande enrascada. As contas viriam
e ela não sabia a solução para aquele grande problema.
Em um dia de grande desespero, Senhorita Vidal resolveu espairecer a cabeça na
praia. Andando na praia ela viu várias conchas em formatos diferentes e pegou todas, e
como dizem que dá para escutar o barulho do mar em uma concha, ela aproveitou para
leva-las para sua casa e escutar o barulho do mar mesmo quando não estivesse perto do
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mesmo. Chegando em casa, ela resolveu dar mais alegria ao ambiente para se sentir melhor
e esquecer os problemas. Haviam vários porta-retratos em sua casa sem uso. Ela os olhou
e olhou para as conchas, e com um pouco de cola e criatividade começou a decora-los com
as conchas e areia do mar. No dia seguinte sua vizinha viu os lindos porta-retratos
decorados e quis comprar, ela disse que não estavam a venda mas a vizinha insistiu e ela
vendeu. Quando a vizinha saiu da sua casa foi que ela percebeu que uma fonte de renda
estava em suas mãos. Imediatamente foi a uma loja e, com o dinheiro que acabara de
receber, comprou mais porta-retratos e os decorou de várias maneiras, mas sempre com
conchas. Os decorativos fizeram um grande sucesso e hoje ela vive bem, longe do homem,
enviando dinheiro para sua filha fazer a faculdade, e principalmente, em paz.
MODO DE FAZER: MATERIAIS
Porta-retratos de MDF;
Base para MDF;
Tinta de PVA artesanal;
Cola branca;
Conchas e demais matérias decorativos a gosto;
Verniz em spray.
CONFECÇÃO:
Base- Primeiro deve-se passar uma camada de base em todo porta-retratos. Essa base é
branca e serve para a cor original do MDF não interferir na cor escolhida para o artesanato.
A base pode ser passada quantas vezes forem necessárias até a completa cobertura
branca.
Tinta- Após a base estar seca, podemos aplicar a tinta da cor que quisermos. A tinta
também pode ser passada quantas vezes forem necessárias até a completa cobertura.
Decoração- Agora é a vez do artesão usar sua criatividade, pegar as conchas e os demais
materiais decorativos (areia, pedras, papel, etc.) e sair colando com a cola branca.
Finalização- Após todos os decorativos bem fixados, é hora de passar verniz em spray para
termos um resultado mais bonito e que tenha maior duração.
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CONCLUSÃO: Estou feliz em ter achado uma história tão bonita de superação bem pertinho
de mim. Saber a história do porta-retratos fez meu senso critico mais aguçado e instigado
parar pensar qual é a história de cada coisa que vejo.
FONTES PESQUISADAS: Entrevista Informal com familiar da artesã.
ETIQUETA NARRATIVA: TÍTULO: Produto- GARRAFA PET TRANSFORMADA EM CAMISA ECOLÓGICA.
AUTORIA: VIVIANNE RAMOS LIMA Matrícula: 112095030
INTRODUÇÃO: O meu projeto é sobre história de coisas/produtos.Decidi escolher tal
produto porque é a camisa que escolhemos como camisa da turma de Ciência Ambiental
2012. Ou seja, foi um produto que eu adquiri e resolvi aprofundar os conhecimentos sobre
como é feito, qual o benefício de sua produção, de que é feito, etc. Julguei mais interessante
do que fazer de um ofício por acrescentar conhecimento, também, na área socioambiental.
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O QUE É?Como foi dito acima, o produto escolhido foi uma camisa ecológica que eu adquiri
por intermédio da decisão da turma em escolhê-la como camisa da turma de Ciência
Ambiental 2012 da Universidade Federal Fluminense.
DO QUE É FEITO?A camisa é feita por fios 50% PET e 50% algodão.
A fibra do algodão não traz fortes impactos se descartada indevidamente no meio
ambiente, uma vez que seu material é orgânico, e leva cerca de três meses apenas para se
decompor completamente.
Por outro lado, é um material de dificuldade moderada para reciclagem, não existem
grandes necessidades e tecnologias de fácil acesso para reciclar esse material. Seu impacto
pode ser maior durante sua cultura se feito incorretamente, pois, é necessário grande
espaço de terrenos para sua agricultura, e são utilizados diversos tipos de
vermífugos, adubo químico, inseticidas entre outros agrotóxicos.
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Amostra de decomposição da fibra de algodão. A garrafa PET demora em torno de 450 anos para se decompor, então, como forma
de ajuda ao meio ambiente, pratica-se a reciclagem do composto para evitar o seu descarte
indevido no meio ambiente. As vantagens da reciclagem são, por exemplo:
Redução do volume de lixo nos aterros sanitários e melhoria nos processos de
decomposição de matérias orgânicas nos mesmos. O PET acaba por prejudicar a
decomposição, pois, impermeabiliza certas camadas de lixo, não deixando c ircularem gases
e líquidos.
Economia de petróleo, pois, o plástico é um derivado.
Economia de energia na produção de um novo plástico.
Geração de renda e empregos.
Redução dos preços para produtos que têm como base materiais reciclados.
No caso do PET de 2 litros, a relação entre o peso da garrafa (cerca de 54g) e o
conteúdo é uma das mais favoráveis entre os descartáveis. Por esse motivo torna-se
rentável sua reciclagem.
O material não pode ser transformado em adubo. Plásticos e derivados não podem
ser usados como adubo, pois não há bactéria na natureza capaz de degradar rapidamente o
plástico.
É altamente combustível e libera gases residuais como monóxido e dióxido de
carbono, acetaldeído, benzoato de vinila e ácido benzóico. Esses gases podem ser usados
na indústria química.
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Por esses motivos, empresários tiveram essa idéia inovadora de fazer tecido através
de PET.
Garrafas PET’s depositadas em aterro sanitario.
COMO É FEITO? Após a produção, distribuição, utilização e consumo, as garrafas são
recolhidas pelos catadores, são separadas por cor (transparente ou verde), e então são
lavadas, moídas, derretidas, filtradas e depois se solidificam em pedaços que são chamados
de “flakes”. Esses “flakes” passam por uma máquina que os transformam em grânulos, e
esses grânulos são transformados em fio/fibra ou em outros materiais plásticos reciclados.
Esse fio obtido dos grânulos podem ser 100% PET, que são chamados de fibra de
PET; ou 50% PET e 50% algodão, que é o fio utilizado na produção dos tecidos dois quais
são fabricadas as camisas.
São utilizadas duas garrafas de dois litros para fazer uma camiseta.
POSSÍVEIS RISCOS: A confecção das camisas através do fio de PET não gera riscos à
saúde, ao ambiente, aos trabalhadores e nem aos consumidores.
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Não gera riscos à saúde e aos trabalhadores, pois, o processo de transformação da
garrafa PET em fio, é feito por máquinas e, se for o caso de algum contato com a matéria
durante o processo, os trabalhadores que as manipulam estarão devidamente equipados.
Não existem riscos ao meio ambiente e sim, muitos benefícios, pois, retira essa
matéria que leva 450 anos para se decompor e é depositada em aterros sanitários ou,
incorretamente, em qualquer lugar da natureza, e a recicla, transformando-a em algo útil. E
também, na produção de poliéster reciclado utiliza-se 30% da energia utilizada na produção
da fibra virgem, ou seja, a economia no uso de energia também é um ativo ambiental desse
produto.
A utilização não gera nenhum tipo de risco a saúde dos consumidores
DECLARAÇÕES FINAIS: Como conclusão, achei superinteressante a origem e a produção
das camisas ecológicas, pois, sua realização gera diversos benefícios desde a preocupação
com o cuidado com o meio ambiente até no âmbito econômico. Quando comprei a camisa
sabia que era da origem de garrafas PET, mas não sabia como era a produção. É
importante esse olhar de pesquisa e crítico, até mesmo por um caráter de compromisso
socioambiental.
FONTES PESQUISADAS:
http://www.camisetadepet.com.br/blog/2009/08/confeccao-de-camisetas-feitas-com-garrafas-
pet-camisetas-ecologicas/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Algod%C3%A3o#Fibra_do_algod.C3.A3o_e_o_meio_ambiente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Politereftalato_de_etileno
CAMISETA DE PET vídeos:http://www.youtube.com/watch?v=vVm3mchPDj4
JOGANDO PELO MEIO AMBIENTE – CAMISETA FEITA DE PET
http://www.youtube.com/watch?v=hGh66nofblw
ETIQUETA NARRATIVA:
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TÍTULO: Produto : PAPEL
AUTORIA: MARIANA MENENGOY FELLOWS Matrícula:112095046
INTRODUÇÃO: Este trabalho me despertou o interesse em conhecer a história por trás de
produtos que estamos sempre em contato, sempre utilizando e, na maioria das vezes, não
conhecemos a sua história. Resolvi então pesquisar sobre a produção de papel, nenhum
outro produto está tão inserido em nosso cotidiano como este. Neste trabalho apresentarei
as atuais formas de produção do papel de uma forma geral.
SUA HISTÓRIA :Na Antiguidade, o povo egípcio desenvolveu uma forma de utilizar o junco
(papiro), ensopando-o com água e sovando até obter uma forma de pergaminho, com
espessura semelhante a um tecido.
Mas o papel, tal como o conhecemos hoje, teve origem na China: misturando cascas
de árvores e trapos de tecidos. Depois de molhados, eram batidos até formarem uma pasta.
Esta pasta, depositada em peneiras para escorrer a água, depois de seca tornava-se uma
folha de papel. Esta técnica foi mantida em segredo pelos chineses por mais de 600 anos.
No Brasil a primeira fábrica de papel surgiu entre 1809/1810 no Rio de Janeiro.
COMO É PRODUZIDO? Seguem duas ilustrações das etapas de produção do papel, de
uma forma geral:
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O processo de produção do papel tem início no plantio das árvores. No Brasil, cerca
de 98% da produção de papel tem como matéria prima madeira originária de florestas
plantadas, compostas principalmente de pinus e eucaliptos.
Após o plantio, cultivo, crescimento e colheita as toras são descascadas e estas
cascas são recuperadas e usadas como combustível para produzir vapor e eletricidade. A
madeira picada em pequenos pedaços é chamada de cavaco (Esta etapa corresponde a
etapa 1 da ilustração).Estes cavacos passam por processos físicos ou químicos para
separar a lignina, a celulose e a hemicelulose que constituem a madeira.
Em seguida ocorre a etapa de extração da celulose, que pode ocorrer através de três
processos distintos. Através de processos mecânicos. Onde basicamente ocorre a trituração
da madeira, separando apenas a hemicelulose. Mesmo este processo sendo de alto
rendimento produz uma polpa de menos qualidade, de fibras curtas e amareladas. Através
de processos termomecânicos. Neste processo a madeira é submetida a vapores em torno
de 140º C em seguida ocorre o desfibrilamento. Este processo tem menor rendimento do
que o processo mecânico, porém produz polpa de melhor qualidade. Através de processos
químicos. Trata-se a madeira em um digestor com hidróxido de sódio e sulfeto de sódio, que
dissolvem a lignina e liberam a celulose como polpa de maior qualidade. Este processo
libera o chamado “licor negro”, que contem compostos tóxicos de enxofre e grande carga
orgânica.
100
A próxima etapa é a fase de branqueamento do
papel. Este processo tem como objetivo remover da
polpa celulósica impurezas de lignina que oferecem a
tonalidade escura. No branqueamento tradicional, é
usado o cloro elementar, o que gera uma grande
quantidade de dioxinas (um agente cancerígeno).
Existe ainda um processo mais comum de
branqueamento que substitui o cloro elementar por dióxido de cloro, o que reduz, porém não
impede a formação de dioxinas. Um processo mais “limpo” seria o “Totally Chlorine Free”
que utiliza o oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio, o que retira do processo de produção
as dioxinas.
Após estes processos, a celulose já pode ser bombeada para uma máquina de papel,
de onde sai na forma de bobinas. Quando a polpa chegar à caixa de entrada da máquina de
papel, sua composição de água excede 97%. A mistura é lançada sob a forma de um jato
fino e uniforme sobre uma tela móvel, a ação filtrante desta tela formadora, combinada com
um sistema de vácuo, extrai a maior parte da água contida na polpa formando assim a folha
de papel. A folha é prensada entre rolos para remover mais água. A folha então atravessa a
seção de secagem onde entra em contato com cilindros enormes que estão geralmente
aquecidos com vapor, extraindo a maior parte da água restante através da evaporação. No
final da máquina, o papel é enrolado em enormes mandris (rolo jumbo), que são
rebobinados e segmentados em rolos menores, seguindo para a seção de conversão ou de
acabamento.
O processo chamado de acabamento dispõe de modernos equipamentos que são
responsáveis pelo corte, empacotamento e paletização dos papéis de expediente, onde a
bobina é cortada em folhas formato padrão (A4, Ofício II, etc.) Hoje em dia devido ao alto
grau de tecnologia na maioria das fábricas toda a produção é realizada, automaticamente,
sem contato manual.
IMPACTOS AMBIENTAIS:
Esta atividade industrial consome em média 100.000 litros de água por tonelada de
papel fabricado;
É uma atividade com elevado gasto energético, considerada a quinta atividade
industrial em consumo de energia;
A monocultura de espécies (Pinus e Eucaliptos) prejudica a biodiversidade florestal;
101
O lançamento do efluente “licor negro”. (Porém se este efluente for tratado de forma
adequada é possível tornar este impacto quase nulo, possibilitando ainda a produção de
energia).
O efluente gerado no processo de branqueamento devido ao alto teor de dioxinas.
(Como os métodos que são usados na Europa não utilizam cloro no processo de
branqueamento seria a melhor solução para este problema).
RECICLAGEM: 41% do papel que circulou no País em 2002 retornaram à produção através
da reciclagem. Para este cálculo, considerou-se a produção total e o consumo aparente. A
maior parte do papel destinado à reciclagem, cerca de 86%, é gerado por atividades
comerciais e industriais. Porém no Brasil, há pouco incentivo para a reciclagem de papel. O
processo de reciclagem do papel tem início na separação do papel entre o lixo,
posteriormente ele é vendido para sucateiros que enviam o material para depósitos. Onde o
papel é enfardado em prensas e depois encaminhado aos aparistas, que classificam os tipos
de papel e revendem para as fábricas como matéria-prima.
Ao chegar à fábrica, o papel entra em uma espécie de grande liquidificador, chamado
"Hidrapulper", que tem a forma de um tanque cilíndrico e um rotor giratório ao fundo.
O equipamento desagrega o papel, misturado com água, formando uma pasta de
celulose. Uma peneira abaixo do rotor deixa passar impurezas, como fibras, pedaços de
papel não desagregado, arames e plástico. Em seguida, são aplicados compostos químicos
- água e soda cáustica - para retirar tintas. Uma depuração mais fina, feita pelo equipamento
"Centre-cleaners", separa as areias existentes na pasta. Discos refinadores abrem um pouco
mais as fibras de celulose, melhorando a ligação entre elas. Finalmente, a pasta é
branqueada com compostos de cloro ou peróxido, seguindo para as máquinas de fabricar
papel.
FONTES PESQUISADAS:
http://www.celuloseonline.com.br/curiosidades/Fabricao+do+Papel, acessado em
01/05/2012;
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-papel/historia-do-papel.php , acessado
em 01/05/2012;
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/eductecnol/eductecnol_trab/hi
storiadopapel.htm , acessado em 01/05/2012;
102
http://www.docstoc.com/docs/20204084/IMPACTO-AMBIENTAL-DA-
PRODU%C3%87%C3%83O-DE-PAPEL , acessado em 01/05/2012;
http://www.anave.org.br/ecoforum2008/pdf/Umberto%20Caldeira%20Cinque.pdf , acessado
em 01/05/2012;
http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/180 , acessado em 01/05/2012;
http://www.reviverde.org.br/papel.htm , acessado em 01/05/2012. TÍTULO: Produto-. O PAPEL
AUTORIA: PAMELA DE MIRANDA NATIVIDADE Matrícula:112095020
INTRODUÇÃO: O trabalho tem o objetivo de informar como é a sua história, a confecção,
processo produtivo, riscos ao ambiente, curiosidades sobre ele e como é feito o papel
reciclável e suas vantagens.
A HISTÓRIA DO PAPEL: Desde os tempos mais remotos e com a finalidade de representar
objetos inanimados ou em movimento, o homem vem desenhando nas superfícies dos mais
diferentes materiais. Nesta atividade, tão intimamente ligada ao raciocínio, utilizou,
inicialmente, as superfícies daqueles materiais que a natureza oferecia praticamente prontos
para seu uso, tais como paredes rochosas, pedras, ossos, folhas de certas plantas, etc. Acompanhando o desenvolvimento da inteligência humana, as representações
gráficas foram se tornando cada vez mais complexas, passando desse modo a significar
ideias. Este desenvolvimento, ao permitir, também, um crescente domínio dessas
circunstâncias através de utensílios por ele criado, levou o homem a desenvolver suportes
mais adequados para as representações gráficas. Com esta finalidade, a história registra o
uso de tabletes de barro cozido, tecidos de fibras diversas, papiros, pergaminhos e,
finalmente, papel. A maioria dos historiadores concorda em atribuir a Cai Lun (ou Ts'ai Lun) da China a
primazia de ter feito papel por meio da polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde
usando fibras vegetais. Este processo consistia num cozimento forte das fibras, após o que
eram batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha,
formada sobre uma peneira feita de juncos delgados unidos entre si por seda ou crina, era
fixada sobre uma armação de madeira. Conseguia-se formar a folha celulósica sobre este
molde, mediante uma submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou
mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou peneira. Procedia-
103
se a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa de material poroso ou deixando-a
pendurada ao ar. Os espécimes que chegaram até os nossos dias provam que o papel feito
pelos antigos chineses era de alta qualidade, o que permite, até mesmo, compará-los ao
papel feito atualmente.
MATÉRIA-PRIMA: As fibras para sua fabricação requerem algumas propriedades especiais,
como alto conteúdo de celulose, baixo custo e fácil obtenção — razões pelas quais as mais
usadas são as vegetais. O material mais usado é a polpa de madeira de árvores,
principalmente pinheiros (pelo preço e resistência devido ao maior comprimento da fibra) e
eucaliptos (pelo crescimento acelerado da árvore). Antes da utilização da celulose em 1840,
por um alemão chamado Keller, outros materiais como o algodão, o linho e o cânhamo eram
utilizados na confecção do papel. É fato que os escritórios têm consumido muito mais papel após a introdução de
computadores. Isso pode ter ocorrido tanto porque, com os computadores, o acesso à
informação aumentou muito (aumentando a oferta de informações, aumenta também a
demanda), quanto pela facilidade do uso de computadores e impressoras, o que permite que
o uso do papel seja menos racional que outrora (escrever à mão, ou à máquina datilográfica,
exigia muito mais esforço, diminuindo o ímpeto de gastar papel com materiais inúteis). De
fato, a porcentagem de papéis impressos que nunca serão lidos é bastante alta na maior
parte dos escritórios (especialmente os que dispõem de impressoras a laser (as quais
imprimem numerosas páginas por minuto)). Para se transformar a madeira em polpa, que é a matéria prima do papel, é
necessário separar a lignina, a celulose e a hemicelulose que constituem a madeira. Para
isso se usam vários processos, sendo os principais os processos mecânicos e os químicos. Os processos mecânicos basicamente trituram a madeira, separando apenas a
hemicelulose, e assim produzindo uma polpa de menor qualidade, de fibras curtas e
amarelado. O principal processo químico é o kraft, que trata a madeira em cavacos com hidróxido
de sódio e hidrossulfeto de sódio, que dissolve a lignina, liberando a celulose como polpa de
papel de maior qualidade. O principal inconveniente deste processo é o licor escuro também
conhecido como licor negro que é produzido pela dissolução da lignina da madeira. Este
licor deve ser tratado adequadamente devido a seu grande poder poluente, já que contém
compostos de enxofre tóxicos e mal-cheirosos e grande carga orgânica. O reaproveitamento
desta lignina é diverso, podendo o licor ser concentrado por evaporação e usado até mesmo
104
como combustível para produção de vapor na própria fábrica. O branqueamento da polpa de
papel subsequente também é potencialmente poluente, pois costumava ser feito com cloro,
gerando compostos orgânicos clorados tóxicos e cancerígenos. Atualmente o
branqueamento é feito por processos sem cloro elementar conhecido como ECF do inglês
"elemental chlorine free" (usam dióxido de cloro) ou totalmente livres de cloro conhecido
como TCF do inglês "total chlorine free" (usam peróxidos, ozônio, etc.). Estudos apontam
que o efluente que sai de ambos os processos quando tratado não possui diferença
significativa quanto ao teor tóxicos sendo ambos de baixíssimo impacto ambiental.
Aplicações industriais têm apontado para uma redução na emissão de óxidos de nitrogênio
(dióxido de nitrogênio e monóxido de nitrogênio) na mudança do processo TCF para o
processo ECF. Essas duas evidências em conjunto têm começado a fazer o setor
repensar quanto a qual processo dentre os dois é efetivamente menos poluente e quebra um
grande paradigma no setor que acreditava como dogma que o processo totalmente livre de
cloro (TCF) era o mais adequado ambientalmente.
PROCESSO PRODUTIVO: Nos últimos 20 anos, a indústria papeleira, com base na
utilização da celulose como matéria-prima para o papel, teve notáveis avanços, no entanto
as cinco etapas básicas de fabricação do papel se mantêm: (1) estoque de cavacos,
(2) fabricação da polpa,
(3) branqueamento,
(4) formação da folha,
(5) acabamento.
● Floresta - local onde são plantadas espécies mais apropriadas para a o tipo de celulose ou
papel a ser produzido - a maioria das empresas usam áreas reflorestadas e tem seu próprio
viveiro onde fazem melhorias na espécie cultivada fazendo a clonagem das plantas com as
melhores características;
● Captação da madeira — A árvore é cortada e descascada, transportada, lavada e picada em
cavacos de tamanhos pré- determinados;
● Cozimento: no digestor os cavacos são misturados ao licor branco e cozidos a temperaturas
de 160 C; (Nessa etapa tem-se a pasta marrom que pode ser usada para fabricar papéis
não branqueados.)
● Branqueamento - a pasta marrom passa por reações com peróxido, dióxido de sódio, dióxido
de cloro, ozônio e ácido e é lavada a cada etapa transformando-se em polpa branqueada;
105
● Secagem: a polpa branqueada é seca e enfardada para transporte caso a fábrica não
possua maquina de papel;
● Máquina de papel - a celulose é seca e prensada até atingir a gramatura desejada para o
papel a ser produzido.
● Tratamento da lixívia e rejeitos da água — o licor negro resultante do cozimento é tratado e
os químicos são recuperados para serem usado como licor branco. Esse tratamento
ameniza os impactos ambientais causados pela fabrica de papel;
● Produção de energia — A produção de energia vem de Turbos geradores que são movidos
por vapor proveniente da caldeira.
RECICLAGEM: Os papeis usados, juntamente com rebarbas de papéis que sobram das
indústrias, são chamados de aparas e são a matéria-prima para a produção de novos
artefatos no processo de reciclagem. Alguns produtos podem ser feitos com 100% de papel
reciclado, já outros ainda necessitam da adição de fibras virgens.
No processo, as aparas são limpas, descoloridas e alvejadas (em alguns casos). Após esta
etapa obtém-se a pasta celulósica que precisa ser refinada e, em alguns casos, adicionada
de fibras virgens.
INSTRUÇÕES PARA A RECICLAGEM DO PAPEL:
Ingredientes:
2 baldes grandes;
1 bacia grande;
1 liquidificador;
4 telas com molduras;
1 toalha;
polpa:
Etapa 1: Picotar o papel e colocar dentro de um balde com água pelo menos por um dia.
Etapa 2: Triturar o papel do balde, com meio copo do liquidificador de água + uma mão de
papel picado.
Etapa 3: A polpa triturada é colocada dentro da bacia, repete-se a ação até que esta fique
cheia, mas não até a borda.
Etapa 4: Todo papel tem uma porcentagem de cola, portanto, mesmo reciclado, o papel
conservará um pouco de cola, mas se quiser que este fique mais impermeável, adicione um
pouco de C.M.C (Carboxi Metil Celulose), encontrada em casas de materiais de construção.
106
CONFECÇÃO DO PAPEL RECICLÁVEL:
Etapa 1: Mergulhar o molde e moldura sobrepostos ou peneira dentro da bacia com polpa
preparada. Movimentar o molde para frente e para os lados na horizontal, com a finalidade
de deixar a futura folha de papel uniforme.
Etapa 2: Deixar escorrer a água apoiando o molde ou peneira no canto da bacia. Retirar a
moldura.
Etapa 3: Colocar um pano, papel ou feltro sobre a folha molhada, em seguida vire o molde
sobre a toalha.
Etapa 4: Retire o excedente de água por dentro do molde com o auxílio de uma esponja ou
toalhinha.
Etapa 5: Cuidadosamente começar a levantar o molde para soltar a folha.
Etapa 6: Transportar a folha formada para um pano, compensado ou jornal, colocar para
secar e pronto! Pode utilizá-lo como sua imaginação quiser.
CURIOSIDADES: O papel é largamente utilizado no mundo inteiro e corresponde a
aproximadamente 20% dos resíduos produzidos pelo brasileiro.
Para ficar branquinho o papel sofre um clareamento químico que é um dos processos
mais poluentes dessas indústrias. Uma alternativa é o Papel Ecograph, que é clareado a
oxigênio e as folhas ficam com coloração creme.
No processo de reciclagem do papel há uma redução considerável no consumo de energia e
água, e na poluição da água e do ar, se comparado à fabricação do papel a partir da
matéria-prima virgem. Atualmente, os papéis feitos de fibras de algodão são usados em trabalhos de
restauração, de arte e artes gráficas, tal como o desenho e a gravura, que exigem um
suporte de alta qualidade. No início da chamada "era dos computadores", previa-se que o consumo de papel diminuiria
bastante, pois ele teria ficado obsoleto. No entanto, esta previsão foi desmentida na prática:
a cada ano, o consumo de papel tem sido maior
PRODUÇÃO: Atualmente, a maior parte dos papéis (cerca de 95%) é feita a partir do tronco
de árvores cultivadas; as partes menores, como ramos e folhas, não são aproveitadas,
embora as folhas e galhos possam também ser utilizados no processo. No Brasil o eucalipto
é a espécie mais utilizada, por seu rápido crescimento, atingindo em torno de 30 m de altura
em 7 anos.
107
PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS NA PRODUÇÃO DE PAPEL: Contaminação de
grande quantidade de água através do descarte intencional ou acidental da lignina, do líquor
negro ou branco, lixivias contendo soda caústica, ou sulfato, produtos quimicos etc.
A produção de papel e celulose não causa desmatamento, porque a celulose é
extraida da madeira de arvores cultivadas especificamente para esse fim, em geral trata-se
de Pinus principalmente P. Eliotti e Eucalipto, as arvores nativas não se prestam à extração
da celulose devido à falta de uniformidade que dificulta a mecanização de todo o processo
tipo corte, transporte, descascamento e moagem.
Para produzir 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma
grande quantidade de água (mais do que qualquer outra atividade industrial), e muita
energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia). O uso de produtos
químicos altamente tóxicos na separação e no branqueamento da celulose também
representa um sério risco para a saúde humana e para o meio ambiente - comprometendo a
qualidade da água, do solo e dos alimentos.
Atualmente 100% da produção de papel e celulose no Brasil emprega matéria-prima
de áreas de reflorestamento, principalmente de eucalipto (65%) e pinus (31%). Utilizar
madeira de área reflorestada é sempre melhor do que derrubar matas nativas, mas isso não
quer dizer que o meio ambiente está protegido. Quando o reflorestamento é feito nos moldes
de uma monocultura em grande extensão de terras, não é sustentável porque causa
impactos sociais e ambientais, como pouca oferta de empregos e perda de biodiversidade.
FONTES PESQUISADAS:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-papel/historia-do-papel.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel
www.coladaweb.com
http://robertosales.br.tripod.com/interest.htm
http://www.slideshare.net/francisco50/consumo-de-madeira-e-energia-e m-celulose-e-papel-
6496925
http://www.ecolnews.com.br/papel.htm
VÍDEOS:
http://www.youtube.com/watch?v=3sHYKJSq26w
http://www.youtube.com/watch?v=jqty_zMgQRM&feature=related
108
TÍTULO: Produto- Fralda Descartável
AUTORIA: THALITA DA FONSECA RODRIGUES Matrícula: 112095028
INTRODUÇÃO: O meu projeto é sobre história de coisas/produtos.
UM DOS PRODUTOS QUE MAIS CAUSA POLUIÇÃO, E NÃO É RECICLÁVEL: Um dos
mais terríveis descartes do homem, são as ‘fraldas descartáveis’, assim como os
‘absorventes íntimos’ Além das matérias primas com que as fraldas são constituídas, elas
vão para o lixo biologicamente contaminadas, isto é, com dejetos humanos. Como não são
recicláveis por conta da ausência de uma legislação pertinente e também da mistura de
diferentes materiais dificilmente separáveis, elas continuam indo para os lixões ocupando
espaços inaceitáveis e contaminando os lençóis freáticos.
É muito difícil mudar o conceito de ‘conforto’ impingido pela sociedade. Embora as
fraldas descartáveis não tenham ainda (no Brasil) quarenta anos de existência, hoje, para a
maioria das pessoas, é impensável retornar às tradicionais fraldas de tecido de algodão. Só
o fazem quando não podem mais suportar ver o desconforto e as dermatites de contato do
bebê. Ou por ordem médica, já que um número significativo de crianças é alérgica às
substâncias contidas na fralda descartável. Não se dão conta de que o ‘conforto’ é só para
os pais, os bebês que se danem.
As fraldas descartáveis infantis têm crescente importância entre os itens de consumo
da sociedade moderna. O índice de penetração desse produto no mercado (razão entre o
número de usuários e o número de consumidores potenciais) varia conforme o país e/ou
região: na Argentina é de 57%, no México 34%, enquanto nos Estados Unidos, Europa
Ocidental e Japão fica acima de 95%. No Brasil o índice de penetração é de 27%,
considerando a população infantil brasileira de até 30 meses de idade, de 9,6 milhões de
indivíduos.
As fraldas descartáveis são constituídas, basicamente, de uma camada de celulose
especial de fibra longa – celulose fluff - correspondendo a 70/80% do peso da fralda, à qual
é adicionada uma pequena porção de gel seco (5/10% do peso). Essa combinação é
revestida internamente por um filme de transfer que impede o refluxo de umidade e que, por
sua vez, é coberto por uma fina camada de nonwoven que entra em contacto com a pele do
usuário. Um filme de polietileno dobrado e costurado-a-quente forma, então, o corpo da
fralda que é finalizada com alguns acessórios, como rayon, velcro e adesivos.
Esses componentes são utilizados em quantidades e proporções variadas,
constituindo diferencial para os produtos finais, ao lhes agregar qualidade e valor. Podem
109
ainda ser adicionadas essências aromáticas e produtos para proteger a pele. Fraldas mais
sofisticadas empregam quantidades menores de celulose e maiores de gel.
São jogadas diariamente 17 milhões de fraldas descartáveis nos lixões. Estas mesmas
fraldas levarão 450 anos para serem degradadas. Quando queimadas liberam dioxina -
substância tóxica altamente cancerígena. Nos grandes centros urbanos 2% dos lixões são
fraldas descartáveis.
6.000 fraldas descartáveis geram a derrubada de 5 árvores.
Utilizar BIO fraldas de pano ou alternar seu uso com as descartáveis contribui
imensamente com nosso planeta e as futuras gerações!
A HISTÓRIA DA FRALDA: PRIMEIRA FRALDA DESCARTÁVEL NO BRASIL. A história
das fraldas PAMPERS começou em 1956 pelas mãos do engenheiro químico Vic Mills que
trabalhava na Procter & Gamble, que se tornaria a primeira empresa de grande porte a se
dedicar à produção e venda de fraldas descartáveis no mundo. Além de funcionário da
empresa, ele era avô, e em uma viagem de férias com sua netinha recém-nascida, devido
ao desprazer totalmente compreensível pela atividade de trocar e lavar fraldas acreditou que
deveria haver uma maneira melhor de proteger a pele das crianças e ser mais higiênica
através de uma fralda absorvente que pudesse ser jogada fora depois de usada. Uma
equipe comandada por ele desenvolveu um produto absorvente que prevenia vazamentos,
protegia a pele do nenê contra as terríveis assaduras e deixava-o sempre seco e limpo.
Esse foi o início do desenvolvimento da primeira fralda descartável produzida em larga
escala. Foram necessários mais de três anos de extensas pesquisas e muitas tentativas até
que o produto estivesse totalmente pronto para ser colocado em teste no mercado. E isto
aconteceu em 1959 na cidade de Rochester localizada no estado de Nova York.
No ano seguinte as fraldas PAMPERS foram colocadas á venda experimentalmente
na cidade de Peria, estado americano de Illinois. Ainda que a primeira fralda descartável
tivesse sido criada e comercializada nos anos 30 pelo farmacêutico norte-americano John
Falcome, se tratava apenas de uma fralda de pano com um material absorvente interno e
que atendia as necessidades de um pequeno nicho de mercado - sendo usada
principalmente durante saídas mais prolongadas e viagens. PAMPERS era diferente -
tratava-se de um produto com material absorvente e cobertura externa plástica (as fitas
adesivas e o elástico nas pernas ainda estavam por vir). O produto foi lançado oficia lmente
no mercado americano em 1961 na cidade de Cincinnati em Ohio. Inicialmente o produto era
utilizado por famílias abastadas em ocasiões especiais como viagens longas e eventos
sociais para facilitar a vida das babás, estando disponível em dois níveis de absorção, uso
110
diurno e uso noturno. O design do produto continuava a melhorar e sua área de venda foi
expandida nacionalmente em 1969. Neste mesmo ano as fraldas ganharam um terceiro
tamanho.Foi nesta década que as fraldas começaram a serem vendidas em lojas de
departamento, supermercados e redes de drogarias. Mas havia um problema: o produto era
tão inovador e diferente que ninguém sabia ao certo em que seção vendê-las. As fraldas
então eram encontradas em várias seções como de conveniência, remédios, produtos de
papel e até mesmo na de comidas. A praticidade do produto agradou aos consumidores e a
marca se tornou extremamente popular, transformando-se, ao lado de carros e televisões,
em ícone da moderna sociedade de consumo.
Nas duas décadas seguintes PAMPERS introduziu no mercado novidades e
tecnologias de uma marca pioneira do setor, como as fitas adesivas laterais (1971); as
fraldas superabsorventes (1973); fraldas específicas para recém-nascidos (1975); fralda de
absorção prolongada para utilização durante o dia; fraldas para recém-nascidos prematuros;
elástico para as perninhas; abas para evitar vazamento; fitas adesivas ajustáveis; fralda
mais fina e com gel absorvente, que mantinha a criança mais seca e por mais tempo (1986);
os Value Packs, pacotes com maior número de fraldas para facilitar a compra por parte dos
pais que necessitavam grandes quantidades; e ULTRA PAMPERS, uma fralda mais eficiente
e confortável com redução de 50% da espessura do material (1986).
Nas décadas seguintes a marca não parou de inovar com produtos que atendesse
todas as fases de crescimento e necessidades, como as fraldas com fibras e materiais muito
mais absorventes no modelo PAMPERS Ultra Dry Thins (1993); fraldas para treinamento,
quando as crianças estão prestes a não usá-las mais (1993); fraldas com painéis laterais
perfurados facilitando a respiração da pele (PAMPERS PREMIUM lançada em 1996); fraldas
com loções (1998); as fraldas PAMPERS Rash Guard, desenvolvidas para tratar e prevenir
assaduras introduzidas em 1999; e novas versões das fraldas, apropriadas para cada fase
de vida dos bebês (2004). Além disso, a marca migrou para outras categorias de produtos
com o lançamento dos lenços umedecidos.Uma das novidades recentes da marca é a fralda
PAMPERS CRUISERS com tecnologia Dryx Max, proporcionando excelente prevenção de
vazamento, fechos duráveis, lados flexível para um encaixe confortável e ainda tamanhos
maiores. Hoje em dia, todas as versões de PAMPERS possuem as fitas Koala, que
permitem abrir e fechar a fralda quantas vezes for necessário sem danificá-la, evitando
desperdício, e loção protetora para a pele do bebê. Com todas essas novidades não era de
se estranhar que PAMPERS se tornaria líder no mercado americano e em vários outros
países onde foi lançada.
A Fralda Pampers por muito tempo foi a lider de marcado. Como foi a primeira fralda
111
vendida em larga escala, se desenvolveu e se expandiu por todo o mundo.
É fácil notar que com o tempo, as coisas mudaram e se modernizaram, e não poderia ser
diferente com as fraldas. Bebês nascem em todo o mundo, a cada 2 min nasce uma criança
no planeta e como não cuidar destes que habitaram a Terra.
Mas com a modernização vieo a falta de preocupação com o meio ambiente! As fraldas
facilitam a vida de bebês e mães, mas acabam gerando 2% do lixo produzido no planeta.
Todo o mundo tem noção do mal que faz essa produção, em sites é fácil notar as opiniões
sobre o assunto. A própria fralda pampers criou um instituto para tirar dúvidas sobre o
produto. OBJETIVO: Este trabalho vem para ressaltar que com coisas pequenas, podemos modificar
hábitos arcaicos criados pela sociedade.
A fralda de pano foi desenvolvida nos primórdios da humanidade, eram simples e
muitas das vezes não era viável tê-las, mas na época era a única opção. Com o passar dos
anos, a sociedade veio se modernizando e assim novas ideias como: objetos descartáveis.
Tudo foi se modificando para acompanhar uma sociedade capitalista, onde se ganhar tempo
com as coisas é mais prático.
Hoje avanço também nos trouxe tecnologias que nos auxiliam para um planeta mais
limpo, ou seja, a fralda de pano é um exemplo magnifico, onde foram substituídas pelas
descartáveis, mas hoje foram criados novos modelos e são chamados de Biofraldas.
Estas ajudam o planeta a ficar mais limpo, funcionam como as fraldas de pano antigas, mas
são bem mais eficazes.
Substituir coisas antigas por coisas "modernas" nem sempre é o melhor. Além de
prejudicar o mundo inteiro, você acaba se prejudicando.
Devemos nos informar melhor, pesquisar e procurar produtos que não agridam o ambiente. FONTES PESQUISADAS:
Pampers.com
www.tricae.com.br/Fraldas_e_Lencos
www.baby.com.br/Fraldas
www.extra.com.br/bebes/.../FraldasDescartaveisparaBebes/?Filtro...
112
CARTAZ:
TÍTULO: Produto: Artesanato
AUTORIA: THAIANE PRADO DE ALMEIDA Matrícula: 112095004
INTRODUÇÃO: A história do artesanato tem início no mundo com a própria história do
homem, pois a necessidade de se produzir bens de utilidades e uso rotineiro, e até mesmo
adornos, expressou a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho.
Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem
aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais.
No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. Os índios foram os mais antigos
artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a
cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de
vestuário feito com penas e plumas de aves.
O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de
várias formas como, nas cerâmicas utilitárias, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre,
trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabrico de farinha de mandioca,
monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E também
encontram-se nas pinturas e desenhos (primitivos), esculturas, trabalhos em madeiras,
pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria, renda, filé, crochê, papel
recortado para enfeite, etc.
113
O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas
famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes,
tradições e características de cada região.
Existem vários tipos de artesanatos no Brasil, um deles é a cerâmica e bonecos de
barro, que é o foco do meu trabalho. Há seis mil anos, o homem começou a fazer objetos
com argila e barro para usar no dia a dia. No Brasil, os índios foram os pioneiros dessa arte.
Essa arte é popular, e do artesanato é a mais desenvolvida no Brasil. Desenvolveu-se em
regiões propícias à extração de sua matéria prima que é o barro. Nas feiras e mercados do
Nordeste, se encontram os bonecos de barro, reconstituindo figuras típicas da região, como
os cangaceiros, retirantes, vendedores, músicos e rendeiras. O artesanato de barro é uma
produção espontânea que parte da sensibilidade e ingenuidade do artesão. Por isso e por
sua simplicidade, e baixo preço, muitos turistas se encantam por essa arte e compram para
decorar suas casas. Como eu, que ao ir numa feira em Porto Seguro- Bahia, trouxe vairas
baianinhas de barro de lembrança para meus familiares.
Entre outros tipos estão : A Renda, presente em roupas, lenços, toalhas e outros
artigos, tem um importante papel econômico nas regiões Norte, Nordeste e Sul, e é
desenvolvida pelas mãos das rendeiras; Entalhando a madeira, que é uma manifestação
cultural muito utilizada pelos índios nas suas construções de armas, utensílios,
embarcações, instrumentos musicais, máscaras e bonecos; Cestas e trançados que inclui
esteiras, redes, balaios, chapéus, peneiras e outros e Artesanato indígena, no qual cada
grupo ou tribo indígena tem seu próprio artesanato. Em geral, a tinta usada pelas tribos é
uma tinta natural, proveniente de árvores ou frutos. Os adornos e a arte plumária são outro
importante trabalho indígena. A grande maioria das tribos desenvolve a cerâmica e a
cestaria. E como passatempo ou em rituais sagrados, os índios desenvolveram flautas e
chocalhos.
A aprendizagem de trabalho artesanal é adquirida de maneira prática e formal,
ele se da nas oficinas ou na vivencia do indivíduo com o meio artesanal onde o aprendiz
maneja a matéria-prima e as ferramentas e imita os mais entendidos no ofício de sua
preferência. É comum o artesão servir-se de pequenas ferramentas, que na maior parte das
vezes é desenvolvida por ele mesmo devido a necessidade de seu trabalho que o obriga a
pensar e desenvolver. Emprega-se no artesanato o material disponível, gratuito ou de baixo
preço. No artesanato indígena ou no folclórico esse material é normalmente extraído do
local, mas não deixa de ser artesanato a produção de objetos com o aproveitamento de
retalhos de papel, panos, fios de arame, de linha etc. A atividade artesanal esta ligada aos
recursos naturais do estilo de vida e do grau de comércio com comunidades vizinhas sendo
114
o artesanato uma manifestação da vida comunitária, o trabalho se orienta no sentido de
produzir objetos de uso mais comum no lugar, seja em função utilitária, lúdica, decorativa ou
religiosa. Não podemos falar em artesanato somente com o objetivo comercial, pois ele pode
ser produzido para consumo próprio ou mesmo doação sem perder sua característica
artesanal.
É comum confundirmos artesanato com rusticidade mas é importante observar que
neste regime de trabalho fazem-se tantos objetos rústicos como bem acabados, pois o
artesanato se define pelo processo de produção de objetos e não pelas qualidades práticas
que pode ser emprestada a este no ato de fazer.
O artesão é a pessoa que faz a mão objetos de uso freqüente na comunidade. Seu
aparecimento foi resultado de pressão da necessidade sobre a inteligência aliada ao poder
de inovar, possibilitando também ligar o passado ao presente, mediante a linguagem;
possibilitou as gerações mais novas receber das mais velhas, suas técnicas e demais
experiências acumuladas.
Inicialmente o que caracteriza o artesanato é a transformação da matéria-prima em
objetos úteis, quem realiza esta atividade denomina-se artesão, este reproduz objetos que
chegaram até ele através da tradição familiar ou cria novos de acordo com suas
necessidades.
Para evidenciar melhor este conceito vamos definir o que não é artesanato.
A indústria têxtil ou manufatureira não se encaixa neste conceito, pois há o
predomínio da máquina e a fábrica, ali se produz tecidos, aparelhos eletrodomésticos,
muitos objetos etc., quem trabalha neste local denominam-se operário; Artes puras ou
desinteressadas, em que se produzem bens artísticos em estúdios ou ateliês. Os
profissionais normalmente possuem elevados sentimentos estéticos e formação erudita.
Estes se denominam artistas; Artes industriais ou ofícios - o lugar de trabalho é a oficina e os
obreiros são artífices. A produção é mais ou menos organizada, e decompõe-se em várias
fases ou operações elementares a que se costuma chamar de diversão do trabalho. Os
objetos resultantes são criações de muitos, elas são produzidas em série embora não sejam
obtidas em molde; Indústria popular ou caseira, onde a matéria prima sofre transformação a
fim de se transformar em bem econômico, exemplo: fubá, polvilho, cachaça, sabão
etc. Esses são exemplos de trabalhos que não fazem parte do artesanato.
Como sistema de trabalho que engloba os diversos processos de artesão, o
artesanato assinala um avanço cultural e só apareceu como consequência da divisão de
campo ocupacional no período histórico em que a precisão de meios de subsistência e os
hábitos de vida em sociedade passaram a exigir maior produção de bens.
115
Sendo o artesanato uma manifestação de vida comunitária, o traba lho se orienta no sentido
de produzir objetos de uso mais comum no lugar, seja em função utilitária, côo lúdica,
decorativa ou religiosa.
O artesanato é um sistema de trabalho do povo, se bem que pode ser encontrado em
todas as camadas sociais e níveis culturais. Podendo ser denominado artesanato indígena,
ou primitivo, folclórico ou semierudito, requintado.
O artesanato é pratico, sendo informal sua aprendizagem. O que o artesão faz, cria-o ele
próprio ou aprender na tenda artesanal da família ou do vizinho, observando como este
fazia, pela vivencia e pela imitação, vendo-o trabalhar. Não se receber aulas teóricas;
aprende-se a faze, fazendo; pratica-se porque quer; age-se voluntariamente. Vai daí o
acentuado cunho pessoal do trabalho artesanal, apesar da vulgaridade da maioria das peças
produzidas nesse sistema.
No processo evolutivo da raça humana, a atividade econômica deve ser examinada
como etapa inicial. Sem trabalho, o homem não avança sequer um palmo na via esplendida
do progresso. E foram as mãos que abriram o caminho para a longa e vitoriosa jornada que
inda prossegue.
Desde tempos remotos, o homem inventou e fez instrumentos, e descobriu processos
que lhe aumentaram a eficácia da ação produtiva. À soma de tais, pode se chamar
artesanato, embora nascente, porque, àquela época, eram as técnicas reduzidas em número
e bastante elementares.
Além dessa sua importância histórica, o artesanato abrange outros valores, os quais
hoje o tornam reconhecido, universalmente. Os povos mais desenvolvidos do mundo criam
instituições destinadas ao seu incremento e o realizam mediante exposições periódicas e
feiras anuais de objetos de arte popular, com distribuição de prêmios aos primeiros artesãos
colocados, levantamentos de mapas artesanais, amparo comercial e outras medidas
inteligentes. Esse interesse fora do comum pelos trabalhos manuais se explica,
provavelmente, com o receio às consequências do avanço tecnológico.
O ARTESANATO ATUA SOBRE VÁRIOS PONTOS DE VISTA. São eles:
Social: Possibilitando ao artesão melhores condições de vida e atuando contra o
desemprego, o artesanato pode ser considerado elemento de equilíbrio no país e fator de
coesão, de paz social. Conforme se sabe, este sistema de trabalho conta com a participação
ativa da família. O lar, então, além de centro de vida é também núcleo de aprendizagem
116
profissional. Igualmente, o mestre-artesão desempenha um papel relevante na comunidade
e sua arte é fator de prestígio.
Artístico: O artesanato desperta as aptidões latentes do obreiro e aprimora lhe o intelecto.
Suas mãos, obedientes a impulsos mentais e inteligentes, deslocam a matéria-bruta,
grosseira e passiva, e convertem-na com o calor de sua imaginação em coisa útil e por
vezes bela. É a ideia que deseja a forma. Vale reprisar que o povo não faz arte
desinteressada ou arte pela arte, mas, não raramente, sobre ser utilitária, suas peças são
bem acabadas, produzidas com esmero e revelam bom-gosto. Se o artesão, além de
habilidade manual, possuir talento e sensibilidade, aí então ele vira artista. Desse modo, sua
experiência artesanal seria apenas uma fase de formação artística.
Pedagógico: Isto quer dizer que os trabalhos manuais são de grande valor para a criança
em idade escolar, principalmente os de carpintaria, modelagem e papel recortado. Doutra
parte, considera-se o artesanato como excelente meio para a educação de certos, que, se
bem orientados nesse plano, podem adquirir habilidade prodigiosa e se realizarem na vida,
plenamente.
Moral: O artesanato pode dar causa ao aperfeiçoamento espiritual e moral do artesão,
sendo certo que o trabalho afasta a pessoa dos vícios e da delinquência, Daí o provérbio
"cabeça de desocupado é tenda de satanás", cuja sabedoria e exatidão certamente não se
põem em dúvida.
Terapêutico: O artesanato abranda o temperamento hostil ou agitado de pessoas que
sofrem desvios de personalidade, as quais poderão corrigir suas aberrações através da
ocupação manual. Se, por exemplo, um tipo psicológico agressivo deseja fazer mal a
alguém, ele o realiza — digamos no barro, e então se satisfaz, por transferência, assim se
liberta do incômodo, livra-se de seu estado de tensão e obtém o equilíbrio intrapsíquico ou
paz interior. Esse trabalho se recomenda ainda a certos enfermos que são obrigados a
permanecer no leito durante muito tempo, embora tenham válidas as mãos e possam
produzir certos objetos que exigem mais habilidade e paciência do que esforço físico.
Cultural: O artesão imprime traços de sua cultura nos objetos que produz, consciente ou
inconscientemente. Muitas de suas tradições, como símbolos mágicos e crenças, ficam
marcadas em suas peças.
O progresso tecnológico refletiu mal sobre o artesanato, desestimulando-o. Para
competir com a fábrica, o artesão começou, então, a produzir objetos sem aquele esmero e
acabamento que valorizam tanto sua obra. A esse fator negativo, juntam-se a falta de
117
incentivos, caracterizada principalmente pela injustiça da Lei, que protege o salariado e
olvida o artesão; o xenofilismo ou exagerada preferência pelo artigo importado,
desprezando-se o que é nosso, genuíno; a influencia da moda, que se opõe às formas
tradicionais e consequentemente ao artesanato; e o intermediário, que, dentre os
inconvenientes aqui enunciados seja, talvez, o mais nefasto.
Deve-se enfrentar o império da máquina, absorvente e monopolizadora, que substituiu
o homem e o torna mero auxiliar dela, como também esses outros motivos de desanimo do
artesão, cujo estado se nos afigura como que a soma e a mistura de todas as causas de
desprestígio ou mesmo de decadência do artesanato. Assinale-se, nessa luta pelo
incremento artesanal, que a peça feita a mão valoriza o homem porque ela é resultado de
sua própria criação e habilidade, ela contém parte de si mesmo — não é cópia. E ainda que,
do ponto de vista comercial, sua venda se faça abaixo do justo preço, a moeda que advir
dessa troca vai contribuir par ao orçamento doméstico e par ao aumento do nível de vida,
pois tal peça se produz, em geral, nas oras de folga, como atividade subsidiária ou
recreativa.
Nas condições primitivas em que se acha nas mais vezes, o regime de trabalho
manual necessita de um estímulo vigoroso e pertinaz para se desenvolver, sendo que isto só
se conseguirá mediante uma ação de Governo. Daí por diante é possível seu incremento
natural, conforme se pode testemunhar com os resultados que se observam na Europa e na
Ásia. De fato, países evoluídos daqueles continentes cedo percebem a conveniência em
fomentar sua indústria popular e seu artesanato, vale dizer aumentar as ocupações
lucrativas. Abriram-se, então, instituições oficiais e particulares, que significaram o término
de graves crises sociais e a elevação socioeconômica do povo, que passou a viver sem a
angústia de pressões financeiras.
Não convém é que essa ajuda se faça de maneira ostensiva, mas cautelosa e
pacificamente. A proteção deve limitar-se, traduzida em gráfico, a uma faixa cujos bordos se
denominam intervenção e liberdade. Nem intervencionista nem liberalista. Aqui seria pecar
pelo abandono, pelo laissez-faire, por deixar o artesão fazer o que quer agir como criança ou
como se vivesse na era lítica, com desperdício de esforço e tempo. O outro extremo se
identificaria com o constrangimento do artesão e sua total submissão a esquemas rígidos ou
formais, desnaturando lhe o fluxo criador e suas puras manifestações de cultura popular e
tradicional.
Desse modo, qualquer plano de proteção ao artesanato deve preceder-se de estudos
bem dirigidos e deve ser elaborado com a convicção plena dos bons resultados que serão
obtidos e segundo os objetivos a que se tem em vista alcançar. Primeiro, toma-se
118
consciência do problema artesanal; em seguida, assume-se a posição mais adequada à
realidade; afinal, é necessário agir, com o fim de cristalizar as ideias. A proteção ao
artesanato se esquematiza de modo que produza efeitos em longo prazo e em curto prazo.
O plano de proteção em longo prazo abrange a pesquisa, o ensino técnico-artesanal e
a expansão turística. A pesquisa se destina ao conhecimento da realidade artesanal,
recursos naturais disponíveis em cada região e mercado consumidor. A realidade a que nos
referimos nesta epígrafe se relaciona com as formas usuais e suas características, com os
processos empregados na produção de objetos úteis e com as condições sociais de
trabalho. A pesquisa é que vai indicar o ramo artesanal adequado ao lugar, tendo em vista,
naturalmente, os fatores de natureza ecológica.
FONTES PESQUISADAS:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Artesanato
http://www.overmundo.com.br/overblog/um-pouco-mais-sobre-artesanato
http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/artesanato/
http://www.artesanatonarede.com.br/
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=
326&Itemid=1
CARTAZ:
119
TÍTULO: Produto- AEROSSÓIS
AUTORIA: RAYANE VELLOSO DE ALMEIDA Matrícula: 112095047
POR QUE FALAR SOBRE AEROSSÓIS? Poucos dias antes de saber sobre o trabalho “A
história das coisas”, li em um livro de Ecologia que os aerossóis eram, em parte,
responsáveis pelos buracos na camada de ozônio, pois utilizavam gás do tipo CFC
(clorofluorcarbonetos), que realmente possuem alta capacidade de destruir a camada de
ozônio. Interessada pelo assunto pesquisei mais e descobri que esse fato era verdadeiro até
a década de 80, quando o Tratado de Montreal obteve sucesso com a aceitação de 150
países. A partir desta década o CFC passou a ser substituído pelo GLP (gás liquefeito de
petróleo), que é basicamente o gás de cozinha comum e que não causa tantos impactos
ambientais. Porém, muitas pessoas ainda não tem consciência de que os aerossóis
evoluíram e não são mais os “inimigos” da natureza. Buscando esclarecer melhor esse
assunto, escolhi falar sobre a história dos aerossóis no meu trabalho.
O QUE É UM AEROSSOL? Um aerossol é basicamente a mistura de dois líquidos
guardados na mesma lata. Um deles é o produto em si, que pode ser creme de barbear,
desodorante, tinta ou inseticida. O outro é o chamado propelente, uma substância capaz de
impulsionar o produto para fora. Na maioria dos casos, o propelente é um gás líquido, ou
seja, dentro da lata, a pressão é tão grande que o gás usado como propelente fica
comprimido e se transforma em líquido, misturando-se ao produto. Enquanto o frasco está
fechado a mistura encontra-se estável, mas quando a válvula é acionada a pressão dentro
do frasco diminui e uma parte do gás líquido propelente se expande com violência, virando
gás de verdade. Como seu volume fica grande demais para o frasco, ele escapa com força
total, levando parte do produto para fora.
O aerossol possui um mecanismo que garante a saída da dose certa do produto e do
gás, isto é, possui uma pequena bolinha que flutua na lata, ajudando a misturar o produto ao
propelente. Assim, na hora em que a válvula é acionada ambos saem da lata numa
proporção ideal. Caso contrário, o jato teria gás demais e produto de menos. Até a década
de 80 a maioria dos gases usados como propelente eram os CFC (clorofluorcarbonetos),
muito eficientes como propelente, porém severamente prejudiciais à camada de ozônio da
Terra. Após 150 países aderirem ao Protocolo de Montreal, em 1987, um acordo que tratava
a redução da emissão de gases CFC foi efetivado.
Com isso, os clorofluorcarbonetos utilizados como gases propelentes foram sendo
substituídos pelos gases GLP (gases liquefeitos de petróleo), que causam menos impactos.
120
HISTÓRIA DOS AEROSSÓIS: A ideia de um aerossol surgiu em 1790, quando as bebidas
carbonadas sob pressão foram introduzidas na França.
Em 1837, um homem chamado Perpigna inventou um sifão da soda que incorporava
uma válvula. As latas pulverizadoras de metal eram testadas desde 1862. Essas latas eram
construídas com material de aço pesado e sendo demasiadamente volumosas não foram
comercialmente bem sucedidas.
Em 1899, os inventores Helbling e Pertsch patentearam os aerossóis pressurizados
usando o metil e etil cloreto como propulsores.
Em 23 de novembro de 1927, engenheiro norueguês Erik Rotheim patenteou a
primeira lata de aerossol com válvula, que possuía a capacidade de conter e dispensar
produtos devido ao seu sistema propulsor. Este foi o precursor do moderno aerossol e
válvula.
Em 1998, os correios noruegueses emitiram um selo comemorativo da invenção da
lata de spray.
Durante a Segunda Guerra Mundial,em 1943, o governo dos EUA financiou a
pesquisa para criação de um spray portátil capaz de pulverizar a malária. Lyle Goodhue e
W illiam Sullivan, pesquisadores do Departamento de Agricultura, desenvolveram um
aerossol pressurizado pequeno no qual adicionaram composto contra a malária e um gás
liquefeito (um fluorcarboneto).
Com o passar dos anos os aerossóis foram sendo aprimorados e passaram a ter
grande utilidade no dia a dia de muitas pessoas. Muitos produtos fundamentais são
armazenados em aerossóis, como, por exemplo, produtos pessoais, domésticos, médicos,
técnicos e de uso industrial.
MATERIAL DAS LATAS DE AEROSSOL: AÇO E ALUMÍNIO - As latas de aerossol, no
geral, são feitas de aço ou alumínio. Ambos os materiais são recicláveis, ou seja, são uma
ótima alternativa para o meio ambiente.
Reciclagem do Aço: As latas de aerossol feitas de aço podem ser recicladas infinitas vezes
sem que o aço perca suas características, além disso, pode ser reutilizadas de outra
maneira, o que economiza energia.
O aço é um material 100% reciclável e de fácil decomposição se abandonado na
natureza. Quando em contato com o solo, o aço é totalmente degradável em uma média de
5 anos, reintegrando-se à natureza.
121
Reciclagem do Alumínio: A reciclagem de alumínio é feita tanto a partir de sobras do
próprio processo de produção, como de sucata gerada por produtos com vida útil esgotada.
De fato, a reciclagem tornou-se uma característica intrínseca da produção de alumínio, pois
as empresas sempre tiveram a preocupação de reaproveitar retalhos de chapas, perfis e
laminados, entre outros materiais gerados durante o processo de fabricação.
No âmbito social, a reciclagem de alumínio promoveu gerações de empregos e lucros
desde a coleta da sucata pelos catadores e a reutilização em artesanatos, até a reciclagem
em grande escala nas fábricas. Ou seja, além de diminuir as sucatas que poderiam ser
resíduos no meio ambiente, a reciclagem desse metal tornou-se um multiplicador na cadeia
econômica.
A reciclagem de alumínio cria uma cultura de combate ao desperdício. Difunde e
estimula o hábito do reaproveitamento de materiais, com reflexos positivos na formação da
cidadania e no interesse pela melhoria da qualidade de vida da população.
COMPONENTES DE UM AEROSOL: OS PROPELENTES
Clorofluorcarboneto (CFC): O clorofluorcarboneto, também conhecido como CFC ou cloro-
fluor-carbono, é um composto sintético, gasoso e atóxico que pode ser utilizado como
solvente, propelente, expansor de plásticos, e como refrigerante em freezers, aparelhos de
ar condicionado e geladeiras.
Estima-se que o CFC seja 15.000 vezes mais nocivo à camada de ozônio do que o
dióxido de carbono (CO2). Isso porque ao ser liberado na atmosfera o CFC se concentra na
estratosfera e sofre uma reação chamada fotólise: quando submetido à radiação ultravioleta
proveniente do sol o CFC se decompõe liberando o radical livre cloro (Cl) que reage com o
ozônio decompondo-o em oxigênio gasoso (O2) e monóxido de cloro (ClO). O CFC é tido
como o principal causador do buraco na camada de ozônio e desde a descoberta de sua
toxicidade na atmosfera (onde pode permanecer por até 75 anos antes de ser destruído),
são feitas tentativas de banir o uso do produto.
Protocolo de Montreal: O Protocolo de Montreal sobre substâncias que empobrecem a
camada de ozônio é um tratado internacional em que os países signatários se comprometem
a substituir as substâncias que demonstraram estar reagindo com o ozônio (O3) na parte
superior da estratosfera. O tratado esteve aberto para adesões a partir de 16 de Setembro
de 1987 e entrou em vigor em 1º de Janeiro de 1989. Ele teve adesão de 150 países e
devido a essa grande adesão mundial, foi considerado por muitos especialistas no assunto
como o mais bem sucedido acordo internacional de todos os tempos.
122
Em 1987 as nações mundiais inauguraram o tratado de Montreal que passou a
regular a produção e o consumo de produtos destruidores da camada de ozônio. A principal
meta foi acabar com o uso dos 15 tipos de CFC que eram as fontes de destruição da
camada de ozônio. Foi então comandado um estudo para achar uma nova forma de
substituir o produto destruidor por um que não apresentasse tantos malefícios. Neste tratado
foram estipulados dez anos para que os países se adequassem a eliminar o uso desse
produto clorado. Foi então proposto o uso do que hoje se usa: butano e o propano, e
apresentam uma boa aceitação das indústrias. Pode-se afirmar que o Tratado de Montreal
foi bem sucedido porque não interferiu na produção e no consumo de produtos que
utilizavam CFC, além de diminuir os impactos contra a camada de ozônio. Atualmente, o
CFC utilizado como propelente passou a ser substituído pelo GLP.
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): O GLP consumido no país provém em sua maior parte
do refino do petróleo. O petróleo é basicamente uma mistura de hidrocarbonetos, que são
compostos formados por átomos de carbono e hidrogênio. O processo de refinação do
petróleo consiste em separar estas misturas em faixas delimitadas onde certas
características podem ser associadas aos produtos obtidos.
O GLP é um derivado composto da mistura de hidrocarbonetos com 3 e 4 átomos de
carbono com ligação simples, denominados de propano e butanos. Ligações duplas,
propeno e buteno, também ocorrem com frequência, principalmente na corrente de GLP
proveniente das refinarias.
Perigos relacionados ao GLP e efeitos adversos na saúde humana: É um gás
extremamente inflamável e quando armazenado sobre pressão o GLP pode explodir sob
efeito do calor. É espontaneamente explosivo à luz do sol com cloro, pois forma uma mistura
explosiva com o ar e agentes oxidantes. A combustão gera fumos anestésicos.
O gás liquefeito pode causar sonolência e vertigem (efeitos narcóticos). Em altas
concentrações pode causar efeitos adversos à saúde humana, como asfixia através da
redução da concentração de oxigênio no ar. O contato direto com o gás liquefeito pode
provocar “queimaduras pelo frio” (frostbite).
Impacto ambiental relacionado ao GLP: contribui para formação de smog fotoquímico:
Smog é um fenômeno fotoquímico caracterizado pela formação de uma espécie de neblina
composta por poluição, vapor de água e outros compostos químicos. Geralmente, o smog se
forma em grandes cidades, onde a poluição do ar é elevada e provocada, principalmente,
123
pela queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel) pelos veículos automotores. Em
regiões com grande presença de indústrias poluidoras, o smog industrial também ocorre.
Além do vapor de água, podemos encontrar num smog a presença de aldeídos,
dióxido de nitrogênio, ozônio, óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos e outros compostos
orgânicos voláteis.
O smog causa um efeito visual característico, deixando sobre a cidade uma camada
cinza de ar. Nas situações mais extremas, em função das baixas condições visuais,
inviabiliza o trânsito terrestre de veículos e aéreo de aviões e helicópteros.
FONTES PESQUISADAS: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-aerossol-por-
que-ele-fica-gelado-quando-agitado
http://www.infoescola.com/quimica/clorofluorcarboneto-cfc/
http://www.fergas.com.br/index.php/gas
http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/44d7ad0043a7b1f2919b9fecc2d0136c/fispq-comb-
gas-glp.pdf?MOD=AJPERES
http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/content/aerosol
http://www.vidasustentavel.net/meio-ambiente/conheca-alguns-produtos-que-causam-a-
destruicao-da-camada-de-ozonio/
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem/aluminio:_infinitamente_reciclav
el.html
ETIQUETA NARRATIVA:
O aerossol surgiu em 1790 e até os dias atuais é muito utilizado. Este produto é basicamente a mistura de dois
líquidos guardados em uma mesma lata, um deles é o produto em si e o outro é o propelente (um gás liquido). As latas de
aerossol geralmente são de aço ou alumínio, metais 100% recicláveis. Até a década de 80, o gás utilizado como propelente
era o CFC, um gás que destruía severamente a camada de ozônio. Com isso, os aerossóis eram considerados totalmente
prejudiciais para o meio ambiente, e até hoje muitos ainda possuem esse ponto de vista.
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Porém, em 1987, cerca de 150 países assinaram o Protocolo de Montreal, concordando substituir o uso dos 15
tipos de CFC por outro gás que não afetasse o meio ambiente. Cumprindo o acordo, o CFC foi substituído pelo GLP (gás
liquefeito de petróleo), que não causa impactos à natureza. Logo, pode-se dizer que este produto que você está adquirindo
evoluiu buscando ajudar o meio ambiente.
TÍTULO: Produto: Historia do Lápis
AUTORIA: CRISTIANO FORTUNA GÓES DE CARVALHO Matrícula: 112095008
INTRODUÇÃO: Entre todos os instrumentos de escrita, o lápis é sem dúvida o mais
universal, versátil e econômico, produzido aos milhões todos os anos, mesmo na era da
Internet.
É com o lápis que as crianças de todo o mundo aprendem a escrever. É indispensável
para todos os tipos de anotações, traçados e rascunhos - sobretudo para tudo o que possa
ser escrito ou desenhado à mão.
O lápis é um produto de longa durabilidade, que exige poucos cuidados, não é
afetado por variações climáticas e escreve até debaixo d'água ou no espaço.
QUE OUTRO INSTRUMENTO DE ESCRITA PODE SE GABAR DE SER TÃO VERSÁTIL?
70 d.C. :Plínio, o Velho, menciona pequenos discos de chumbo, observando que não eram
usados para escrever ou desenhar, mas apenas direcionar o traçado das linhas.
1565: Na Grã-Bretanha é localizado o primeiro registro do uso do graf ite nas minas
dos lápis, totalmente desprovidos de refinamento, feitos como um sanduíche de dois
pedaços de madeira com o grafite no meio.
1644: Primeiro registro do uso do lápis na Alemanha, por um oficial da artilharia.
1659: A profissão de fabricante de lápis é citada em documento oficial pela primeira vez,
num contrato de casamento na cidade de Nuremberg.
1761: Em Stein, cidade próxima a Nuremberg, na Alemanha, Kaspar Faber inicia seu
negócio de lápis.
Minas coloridas: A fabricação das minas coloridas é feita exclusivamente pela Faber-
Castell, com matérias-primas como pigmentos, aglutinantes, cargas inertes e ceras. Esses
ingredientes são misturados até formar uma massa macia, que será prensada em máquinas
extrusoras, de onde sairão em formato de espaguete. 125
As minas são cortadas no tamanho certo dos lápis, passam por um processo de
secagem, para só depois serem coladas às tabuinhas. Todas as matérias-primas utilizadas
na fabricação do lápis de cor Faber-Castell são rigorosamente testadas em laboratórios
próprios e em institutos independentes, garantindo a ausência de elementos tóxicos e
atestando a qualidade Faber-Castell.
Minas de grafite: A fabricação das minas de grafite segue um processo semelhante ao das
minas coloridas, mas com matérias-primas diferentes. Para a mina de grafite, usa-se uma
mistura de argila tratada (semelhante à usada na fabricação de cerâmicas) com grafite
moído, obtendo-se uma massa que é prensada da mesma forma que a mina colorida.
O processo de corte e secagem é o mesmo. Após a secagem, no entanto, as minas
são submetidas a um processo de queima em forno de alta temperatura, passando
posteriormente por uma etapa de tratamento com gordura.
As minas de grafite são fabricadas em 14 graduações:
Para a escrita em geral, são usadas as graduações semelhantes à B ou HB, mais
conhecidas como nº 2.
Ciclo do lápis:
As sementes são plantadas em um viveiro onde são adubadas, regadas e tratadas.
Depois de 10 a 15 dias, germinam e continuam sendo cuidadas.
126
Quatro meses depois, com mais ou menos 25 cm de altura, as mudas são plantadas
nos parques florestais da Faber-Castell em Minas Gerais
Durante o crescimento, as árvores retiram da atmosfera o gás carbônico, um dos
principais causadores da poluição atmosférica e do aquecimento global, e devolvem
oxigênio.
Após 3 anos, com 4 metros de altura, para facilitar seu crescimento e evitar a formação
de "nós", os galhos mais baixos são podados e deixados no solo, fertilizando a terra.
Faz-se então a colheita parcial, para não deixar o solo exposto, proteger a fauna e
aumentar a produtividade do plantio. A colheita final ocorre aos 18 anos, quando outras
mudas são plantadas em seus lugares. As folhas, ramos e raízes são deixadas no solo,
tornando-o fértil para a próxima geração de árvores.
Começa então o processo de industrialização da madeira: as toras com mais de 14 cm
de diâmetro são levadas da plantação Faber-Castell para a fábrica.
As toras mais finas são utilizadas para produzir energia na fábrica, em forma de vapor.
Na indústria, prepara-se a madeira para se tornar lápis.
A madeira é cortada em tabuinhas e recebe um tratamento especial de secagem e
tingimento, ficando ainda mais macia, facilitando o apontamento dos lápis.
Depois do tratamento, as tabuinhas prontas ficam armazenadas e descansam durante
60 dias.
Agora, o lápis começa a tomar forma. Uma máquina abre canaletas nas tabuinhas,
onde são coladas as minas de grafite ou de cor.
Depois, cola-se outra tabuinha com canaletas por cima, formando um "sanduíche" que
é prensado, garantindo a qualidade do lápis. As minas e a madeira tornam-se uma única
peça, garantindo que mina não quebre por inteiro quando cair no chão.
O "sanduíche" é processado no formato dos lápis. Eles são pintados, envernizados,
apontados e carimbados com a marca Faber-Castell.
127
Depois de embalados, os lápis estão prontos para serem comercializados.
Os resíduos de utilização do lápis de madeira também são biodegradáveis, sendo
rapidamente absorvidos pela natureza. O tempo máximo de reintegração ao ecossistema é
de apenas um ano.
Uma breve viagem através da história do lápis: Os primeiros lápis, como são conhecidos
hoje, vieram das montanhas de Cumberland (Inglaterra), onde foi encontrada a primeira
mina de grafite. Em função da cor semelhante, acreditou-se ter encontrado chumbo.
Somente no final do século XVIII o químico Karl W ilhelm Scheele comprovou
cientificamente, que o grafite era um elemento próprio (carbono) e não um derivado do
chumbo.
O grafite da mina inglesa de Cumberland foi de tal forma explorado, que os ingleses
passaram a proibir sua exploração sob ameaça de pena de morte. A qualidade do grafite
inglês e os lápis com ele produzidos foram desvalorizando-se cada vez mais.
E somente por possuir o monopólio do mercado é que a Inglaterra conseguiu vender
seus lápis de má qualidade por um preço ainda alto. Para fazer com que o grafite durasse
mais, eles adicionavam a ele cola, borracha, cimento etc.
O lápis surge na Alemanha pela primeira vez em 1644 na agenda de um Oficial de
Artilharia. Em 1761 na aldeia de Stein, perto de Nuremberg, Kaspar Faber inicia sua própria
fábrica de produção de lápis na Alemanha.
Decisivo para o desenvolvimento da indústria de lápis na Alemanha foi a ação
revolucionária para aquela época de Lothar von Faber - bisneto de Kaspar Faber, e que se
tornaria conselheiro real no século XIX. Através de Lothar von Faber a região de Nuremberg
desenvolve-se como o centro da produção de lápis na Alemanha.
A partir de 1839 ocorre um aperfeiçoamento do chamado processo de fabricação do
grafite, com a adição de argila; uma invenção quase paralela do francês Conté e do
austríaco Hartmuth no final do século XVIII. A partir de então argila e grafite moídos são
misturados até formarem uma pequena vara e depois queimados.
Através da mistura de argila com grafite tornou-se então possível fabricar lápis com
diferentes graus de dureza. Lothar von Faber aumenta a capacidade de produção de sua
fábrica. Após a construção de um moinho de água, a serragem e entalhamento da madeira
passam a ser mecanizados e uma máquina a vapor torna a fabricação ainda mais racional.
Desta forma está aberto o caminho para a indústria de grande porte.
128
Em 1856 Lothar von Faber adquire uma mina de grafite na Sibéria, não muito distante
de Irkutsk, que produzia o melhor grafite da época. O "ouro negro", como o grafite era
chamado, era transportado por terra nas costas de renas ao longo de caminhos inóspitos e
acidentados. Somente ao chegar a cidade portuária, o material podia ser enviado de navio
para locais mais distantes.
Lothar von Faber realizou ainda mais uma proeza, bastante incomum para aquele
tempo: ele guarneceu seus lápis de qualidade com seu nome. Assim nascia na Alemanha
os primeiros artigos de escrever com marca registrada. Lothar Von Faber é considerado o
criador dos lápis hexagonais e, além disso, foi ele que estabeleceu as normas relativas ao
comprimento, à grossura e ao grau de dureza destes artigos, as quais foram incorporadas
por quase todos os outros fabricantes do mundo.
Deste modo, os "lápis Faber", eram já na metade do século XIX sinônimo de
qualidade por excelência. Ao mesmo tempo, já havia um igual cuidado em relação à alta
qualidade das etiquetas, da apresentação dos catálogos e das embalagens.
Lothar Von Faber foi também o primeiro entre os empresários do ramo a viajar com um
mostruário de seu sortimento pela Alemanha e no exterior. Ele pedia nestas ocasiões preços
adequados para seus lápis, que eram então obtidos apenas pelos produtos de "procedência
inglesa". Na metade do século passado os seus lápis se tornaram um dos artigos mais
cobiçados na Alemanha e no exterior.
Outras fábricas de lápis em Nuremberg seguiram o exemplo da Faber. Ao longo do
século XIX foram fundadas empresas como a Staedler, a Schwan e a Lyra entre outras e,
assim, Nuremberg passou a contar no final do século XIX com cerca de 25 fábricas de lápis,
as quais produziam anualmente até 250 milhões de lápis no valor de 8,5 bilhões de marcos
alemães. Somente a Faber, como o maior empresário do ramo, empregava 1000
funcionários. Assim a liderança mundial na fabricação de lápis passou a ser inteiramente da
Alemanha e concentrou-se em Nuremberg e seus arredores.
É interessante observar a precoce e imediata internacionalidade neste ramo de
negócios: a partir de 1849 Lothar von Faber fundou filiais em Nova York, Londres, Paris,
Viena e São Petersburgo. Seu sucesso na comercialização destes produtos se estendeu até
o Oriente Médio e mais tarde à China.
Para se proteger das constantes tentativas de roubo de nome, ele entregou ao
Parlamento alemão em 1874 uma petição para o registro de produtos de marca. Em 1875
129
esta lei foi sancionada, fazendo de Faber um pioneiro na uniformização da lei de registro de
marcas na Alemanha.
Dos tempos pioneiros até os dias de hoje, tanto a qualidade quanto a forma de
produção dos lápis de grafite e dos lápis de cor, foram sendo cada vez mais aprimoradas.
Embora a forma e a aparência externa dos lápis tenham sido mantidas iguais até os nossos
dias, não é possível comparar os lápis fabricados antigamente com a pureza e seriedade
com que os artigos atuais são produzidos.
No entanto, com uma produção de mais de 1,8 bilhões de lápis de madeira por ano, a
Faber-Castell continua sendo em nossos dias o mais importante fabricante destes produtos
no mundo.
FONTES PESQUISADAS: Documentário sobre o processo de produção do lápis:
http://www.youtube.com/watch?v=Zsnw98aTWOM
ETIQUETA NARRATIVA:
TÍTULO: Produto - Nike – De garrafas pet às camisas mais cobiçadas do Mundo AUTORIA:
RAPHAEL DA COSTA CHERMONT DE BARROS: Matrícula:112095023
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INTRODUÇÃO: Os uniformes esportivos da marca norte-americana Nike foram idealizados
em um novo conceito de conscientização tecnológica e sustentável. Desde a última Copa do
Mundo, realizada no ano de 2010, a Nike vem criando suas camisas e uniformes a base de
materiais recicláveis e isso despertou minha curiosidade e interesse em saber como tudo
isso se desenvolve, o como é possível uma garrafa de plástico virar uma camisa. A escolha
dos novos uniformes oficiais da Nike para meu produto de trabalho deve-se ao fato da
inovadora e magnífica forma de reciclagem de produtos descartáveis ao lixo, que mesmo
tendo inúmeras formas de reutilizações, uma idéia tão oportuna e inteligente como esta
congrega sustentabilidade econômica e sustentabilidade ambiental.
A demanda mundial de movimentação de camisas de futebol faz com que torcedores
apaixonados por esporte comprem cada vez mais as camisas de seus times, e isso é a
paixão do torcedor: torcer pelo seu time vestindo a camisa do clube que ama. O mercado de
uniformes esportivos é intenso, em especial as camisas de futebol que compõe alta
circulação de capital no mundo. Está comprovada que cada vez mais torcedora do mundo a
fora querem comprar a camisa mais bonita do futebol, e claro, a camisa de seu clube
favorito. Ou seja, ter a camisa é essencial. A Nike, uma das empresas esportivas que mais
produzem e vendem camisas de futebol, teve uma idéia e propôs um desafio inovador a
suas indústrias.
Os lixões ou aterros são um problema de ordem global de cada país. Lixos e mais
lixos são depositados, e infelizmente não há jeito, a maioria dos lixos são largados em
qualquer lugar a céu aberto, o que demonstra a pouca conscientização e preocupação da
população e principalmente da política de cada país com o lixo. Essa realidade pode ser
repensada. Há lixos que podemos reutilizar, são os chamados produtos recicláveis. Reciclar
é poder reaproveitar o que foi aproveitado um dia. É tirar do lixo o que se pode usar para
outros fins. Inúmeros produtos recicláveis estão nesse momento em várias áreas desse
planeta prontos para serem reaproveitados ao invés de estarem poluindo nossa terra. A Nike
teve uma idéia.
Porque não reaproveitar de algum modo esses lixos recicláveis para fazer seus
produtos? Porque não retirar do próprio ‘‘lixo’’ o que mais tarde se transformaria em matéria
prima para a criação de novos uniformes esportivos? A Nike descobriu que alguns tipos de
materiais recicláveis poderiam virar tecidos de alta qualidade para seus produtos.
Depois de muitos estudos, a meta seria lançar a novidade para os uniformes oficiais
da Copa do Mundo de 2010. Seleções como Brasil, Holanda e Portugal usariam as novas
131
camisas ecológicas da empresa. A novidade seria um grande exemplo da Nike, para todos
observarem que é possível retirar pequenos lixos e fazer grandes produtos.
A Nike foi mais longe. Buscaram em territórios asiáticos do Japão e de Taiwan os
lixos recicláveis que seriam usados na fabricação de seus produtos. A empresa recolheu dos
dois países cerca de 13 milhões de garrafas plásticas em aterros sanitários para produzir os
uniformes que iam ser usados pelas dez seleções patrocinadas pela empresa na Copa do
Mundo da África do Sul de 2010. A preocupação com o meio ambiente valeu pontos para a
Nike, e a Nike foi reconhecida pelo mundo inteiro por essa iniciativa inovadora. A Nike não
estava apenas fazendo sua parte com a retirada desses ‘lixos reutilizáveis’, a Nike abriu um
novo conceito de sustentabilidade mundial, onde uma garrafa pet que antes simplesmente
apodreceria em um aterro, agora se transformaria em uma camisa tão cobiçada nesse
planeta, onde a paixão mundial é o futebol. Cada camiseta plástica seria feita de apenas 8
garrafas pet.
Depois de todos os benefícios ecológicos, é hora de falar das vantagens da criação
de suas novas camisas. A Nike reduziria em grande quantidade a energia utilizada em suas
fábricas. Menos energia, maior sustentabilidade para Ela mesma. As camisas feitas com
algodão, tornar-se-iam feitas de poliéster, material retirado totalmente das garrafas pet dos
lixões. Com o novo poliéster retirado, a nova camisa tornou-se mais confortável e muito mais
leve. Incrivelmente, alguém poderia achar que tudo isso daria em um tecido ‘pesado’ e ‘
incomodo’, daqueles desconfortáveis, que não caem certo ao nosso corpo. Nada disso.
A mudança de tecido possibilitou uma camisa 23 por cento mais leve, fina, onde o
jogador de futebol sentiria total liberdade de realizar os movimentos em campo, sem
incomodo. A sutileza da nova camisa foi uma surpresa, ninguém imaginaria que uma camisa
reciclada daria tanto conforto e leveza. São apenas 160 gramas em tecido.
132
A Nike queria mais. Além de todos os proveitos citados, a Nike incorporou uma
tecnologia nova, visando ainda mais o conforto dos jogadores e dos torcedores. O novo
uniforme criado com uma tecnologia chamada Dri-fit ajuda a ajustar a temperatura corporal,
no caso dos jogadores, no momento dos jogos. Os jogadores suam menos, permanecendo
mais frescos e secos com maior rapidez. Nota 10.
Com todos os benefícios, o resultado não podia ser outro. As camisas passaram no
teste de laboratório, e mais tarde, entregues a cada seleção que iria utilizar as camisas na
Copa. Foi um sucesso. A camisa foi aprovada pelos jogadores, e foi recorde de venda para
os torcedores. .
Depois do Mundial da África do Sul, a Nike continuou com sua idéia. As camisas de
seleções a cada ano ganharam um novo aspecto e design, mas sempre feitas e construídas
a base de garrafas pet.
A camisa da Nike que eu possuo também é feita com o mesmo modelo de
reciclagem. O produto se chama Nike Running, desenvolvida principalmente para
treinamentos de atletas. A camisa foi fabricada em 2011. O tecido é feito de poliéster
retirado do material reciclado. Muito leve e confortável. Abaixo uma imagem da camisa Nike
Running que possuo. Ecológica e de alta qualidade.
Recentemente, a Nike Better World (uma iniciativa da Nike a favor do meio ambiente
e de outros assuntos que envolvem o mundo), divulgou um filme muito interessante
mostrando como é fabricada uma camisa de futebol da marca. Estrelado pelo
atacante holandês Klaas-Jan Huntelaar, o vídeo mostra todas as etapas da criação da
camisa, desde as fibras do tecido sendo fabricadas, passando pelo tingimento desse tecido
até o resultado final, onde o artilheiro do Schalke 04 aparece com o novo uniforme da
Holanda para a competição europeia EURO 2012. Cada uniforme da Nike para a EURO
133
2012 é feito de aproximadamente 13 garrafas pet na produção de cada kit (camiseta e
calção). O material possui 100% de poliéster reciclado, enquanto as camisas anteriores
contavam com 96% de poliéster e 8 garrafas recicláveis para produção apenas das
camisetas.. Desde o lançamento desse projeto em 2010, a marca norte-americana já utilizou
mais de 115 milhões de garrafas plásticas recicladas. Para se ter uma ideia, se alinhadas de
ponta a ponta, essas garrafas seriam suficientes para cobrir mais da metade do globo
terrestre.
A constante preocupação da Nike com o tão inesquecível impacto ambiental é
explicada em cada conjunto feito utilizando cada garrafa jogada e abandonada nos lixos. No
ano de 2010 eram cerca de 13 milhões de garrafas plásticas evitadas, um total de
aproximadamente 254 mil kg fossem jogadas fora, hoje esse número é mais de 10x maior.
Essa grande quantidade de ‘‘lixos reutilizáveis’’ seriam suficiente para cobrir mais de 29
campos de futebol. A Nike realmente fez um ‘‘golaço’’ com essa empreitada, sua mudança
além de beneficiar o meio ambiente, trouxe a ela mesma proveitos únicos, tanto em suas
indústrias reduzindo energia e matérias primas, como nas suas camisas, mais adequadas e
cômodas ao corpo dos atletas e dos torcedores. Ou seja, mesmo sendo feito com material
reciclado, a performance dos resultados obtidos nos uniformes ‘ecológicos’ é mais que um
sucesso.
Os objetivos da Nike com a nova produção de camisas de material reciclado: A Nike
tem como objetivo a redução dos preços para produtos com a utilização do material
reciclado, ajudando assim na geração de renda e de empregos. Sua ação de retirar os lixos
ajuda a neutralizar o impacto ambiental recolhendo as garrafas em lixões (Japão e Taiwan).
Além de reduzir cerca de 30% do consumo de energia elétrica de suas indústrias na
confecção das camisas.
Propostas de Ações: Ter um compromisso com a sustentabilidade. As camisas fazem parte
de uma filosofia da marca chamada “Design Considerado’’, esse conceito significa a redução
ou eliminação de produtos tóxicos e resíduos, aumentando o uso de materiais ecológicos na
produção e criando produtos mais sustentáveis. Afinal levar o meio-ambiente em
consideração não significa sacrificar a alta performance proporcionada aos atletas.
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Como tudo é feito ? A Nike recolhe as garrafas pet de lixões no Japão e em Taiwan.
Depois de retiradas, as garrafas, antes de serem transformadas em fibra de poliéster, são
lavadas, separadas, moídas e secadas, daí reduzidas em pequenos pedaços (flocos).
A segunda etapa é feita a fusão a uma temperatura de 300 graus, nesse momento
também é realizada a filtragem e a retirada de impurezas. O processo de fusão é repetido a
300 graus e todo o material é passado por equipamentos que o separam em filamentos.
Na última etapa é realizada a estiragem, ou seja, nesse momento a fibra é
transformada em fio. A grande vantagem é que essa fibra é muito mais resistente e corre
menos risco de desbotar, além de amassar menos que a roupa feita com 100% de algodão.
A camisa é muito mais confortável e 23 por cento mais leve. Depois do tecido pronto, a
camisa é tingida, a camisa está quase pronta. Finalizado o processo de tingimento, é colado
o logo da empresa e o escudo do clube. Os detalhes finais são realizados pelos designers e
depois, embalada e encaminhada as mais diversas lojas esportivas do mundo inteiro.
Etiqueta do produto: A etiqueta está conciliada em uma só. São 5 ao total, explicando a
tecnologia Dri-fit, o conteúdo de material reciclado e o novo tecido poliéster. .
Polêmicas: A Nike já foi acusada de estar envolvida em trabalho escravo na China, Coréia
do Sul, Indonésia e Vietnã. Os trabalhadores chegavam a receber 16 centavos por hora
(US$ 6,92 por semana, US$ 358,84 por ano), não podiam conversar, não podiam se
organizar em sindicatos e trabalhavam de 11 a 12 horas por dia. Além disso, acusam a
empresa de utilizar trabalho infantil, proibido na maioria destes países.
Fiz uma pesquisa perante a esse tipo de acusações, e se existe algo envolvido nos
lixões do Japão e Taiwan, porém não encontrei nenhum fato a ser relatado.
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O Resultado de Tudo:
Redução da produção de camisas fabricadas com algodão.
• Reduz cerca de 30% no consumo de energia na fabricação.
• Redução do volume de lixo nos aterros sanitários.
• Economia na compra da matéria–prima.
• Geração de renda e mais empregos.
• Camisas mais leves, confortáveis e adaptadas aos jogadores e torcedores
As novas camisas EURO 2012 são a certeza que a Nike fez um grande papel em
2010 na sua conscientização ao meio ambiente. Reciclar as garrafas pet retiradas de lixos e
transformá-las em produtos esportivos de alta qualidade é um passo muito importante para o
nosso presente e futuro, catalogado as ideias e iniciativas contra a poluição do meio
ambiente. É um belo exemplo, para cada ser humano saber que uma pequena garrafa
plástica pode ser transformada em uma camisa, ou em qualquer outro objeto de uso. Ser
sustentável não é perder nenhum benefício, a prova disso é esse projeto da Nike, onde do
lixo tiraram as melhores matérias primas que geraram as melhores e mais concorridas
camisas de futebol do mundo. Alto desenvolvimento, baixo custo de mão de obra e energia.
São inúmeros aspectos positivos que desmentem que ‘ser sustentável’ é perder poder
econômico, perder qualidade de desenvolvimento, etc.
De todas as formas, deixo minha palavra final. É preciso escolher uma ação, é preciso
se espelhar nesse exemplo. Reaproveitarmos o que pudermos sem sujar nossas terras.
Assim não perderemos nossas terras, nosso ar, e nossos mares. O lixo é um problema
muito sério, e o quanto pudermos reaproveitar, menos iremos sujar e poluir o meio ambiente.
A transformação de garrafas em camisas é um exemplo digno de ser mostrado, de que as
mais belas camisas do mundo saíram do lixo, do lixo que viraria poluição, a poluição que
destruiria nosso meio ambiente. Um belo exemplo da Nike.
FONTES PESQUISADAS: O vídeo pode ser visto no link:
http://www.youtube.com/watch?v=19mZ5JkKers
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http://www.nikebetterworld.com/product
http://vjpublicidade.wordpress.com/tag/garrafas-pet/
http://www.espbr.com/noticias/brasil-oito-equipes-usarao-camisas-feitas-plastico-
reciclado/relacionadas
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/02/100225_camisacbf.shtml
VÍDEOS:
Reportagem da BBC Brasil da camisa da seleção brasileira para a Copa de 2010.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/02/100225_camisacbf.shtml
Pontociência - Fios a partir de garrafas plásticas.
http://www.youtube.com/watch?v=49RO6FKK5uo
Nike Better World – Propaganda que mostra a fabricação das camisas junto com a exibição
de futebol do atacante holandês Huntelaar. http://www.youtube.com/watch?v=19mZ5JkKers
Processos de fabricação da camisa ecológica.
http://www.youtube.com/watch?v=MHe64YKQhu4
TÍTULO: Produto - Iogurte
AUTORIA: PAULO CESAR DA SILVA LEMOS Matrícula:112095021
INTRODUÇÃO: Relato de uma pequena abordagem sobre produtos utilizados na
alimentação humana, principalmente o leite, sendo o seu diferencial a diversidade de tipos
de produtos que se pode fazer com a matéria-prima láctea.
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Entre os diversos produtos do leite estaremos focando o iogurte, que já fez parte da
alimentação corrente desde épocas remotas, por sua digestibilidade, aroma peculiar e
agradável.
Hoje sabemos que a fermentação Láctea para obtenção do iogurte é ação de germes
no leite (Steptococus salivarius ssp, Termophilus, lactobacillus delbrueki ssp e o mais viável
e abundante no produto final o Bugaricus).Os germes atacam a lactose que se decompõem
em um ácido láctico que junto à caseína, produz a coagulação do leite.
Este trabalho tem por objetivo falar sobre a história do iogurte como um dos alimentos
mais utilizado na alimentação humana, segundo relatos de BITTARELA, et al, 2006 e do
Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem
Animal,BRASIL,1997. HISTÓRIA: A origem do iogurte ainda não é totalmente conhecida, mas há vários episódios,
espalhados pelo mundo, que podem estar na base do seu aparecimento na antiguidade.
Através das expedições, guerras e relações comerciais entre os fenícios e os egípcios
e, mais tarde, também através de gregos e romanos, este alimento que hoje faz parte do
nosso cotidiano rapidamente se difundiu, conquistando uma posição privilegiada na dieta
alimentar dos mais diversos povos.
Período do neolítico: Durante este período, os pastores começaram a domesticar animais
mamíferos e a utilizar o seu leite como alimento. O leite dos animais era armazenado em
marmitas de barro à temperatura ambiente, o que, conjugado com o clima do deserto, cujas
temperaturas chegavam a atingir os 43ºC, criava as condições ideais para que o leite
fermentasse, produzindo um rudimentar tipo de iogurte.
Desertos da Turquia: Os pastores armazenavam o leite fresco em bolas feitas de pele de
cabra. Os sacos colocavam-se atados nos camelos e o calor do seu corpo, em contato com
aqueles, propiciava a multiplicação de bactérias ácidas. Várias horas depois, quando os
pastores se preparavam para beber o leite, encontravam uma massa semissólida e
coagulada, o leite acabara de converter-se em iogurte, o que os pastores consideravam
delicioso.
Uma vez consumido o fermento lácteo contido naquelas bolsas, estas voltavam a ser
cheias de leite fresco que, devido aos resíduos precedentes, se transformava novamente em
leite fermentado.
138
Benefícios: Galeno, célebre médico grego do século II a.C., descreveu as virtudes deste
alimento, realçando a sua maior digestibilidade comparativamente ao leite e o seu efeito
benéfico e purificador no excesso de bílis e nos problemas de estômago. Dioscórides, outro
importante médico da antiguidade, recomendou o iogurte como medicamento para o
tratamento do fígado, do estômago, do sangue, da tuberculose, como depurativo geral e
contra as supurações. Em Damasco, no século VII, surgiu um livro de medicina intitulado
"Grande explicação do Poder dos Elementos e da Medicina". Nesta obra, sucessivamente
complementada e atualizada por diversos médicos eruditos gregos, árabes e hindus,
recomendava-se unanimemente o consumo de iogurte como calmante, refrescante e
regulado intestinal. Gengis Khan, o célebre guerreiro e líder militar dos mongóis
alimentavam o seu invencível exército com iogurte, tomado ao natural ou utilizado como
conservante da carne ou de outros alimentos. Llia Metchnikoff (1910), relacionou o consumo
elevado de iogurte com a superior longevidade das tribos das montanhas da Bulgária.
Descobriu ainda que, numa população com pouco mais de um milhão de habitantes, cerca
de 1600 pessoas ultrapassavam os 100 anos de idade, com ótimas condições de saúde. Foi
atribuída a causa da longevidade ao iogurte, que continha bactérias capazes de converter o
açúcar do leite (a lactose), em ácido láctico. Prosseguindo as suas investigações, isolou o
bacilo e dedicou todos os seus esforços a estudar as propriedades deste microorganismo,
que chamou de Bacillus bulgaricus, mais tarde denominado Lactobacillus bulgaricus.
Concluiu que no intestino grosso havia um conjunto de micróbios que contribuíam para a
putrefação e desencadeavam fatores degenerativos no organismo, acreditando ainda que,
implantando a bactéria proveniente do iogurte no trato intestinal, aquela produzia ácido
láctico e impedia que se desenvolvessem as bactérias da putrefação neste ambiente ácido.
Atualidade: No princípio do século XX, o iogurte era considerado um medicamento e estava
disponível apenas em farmácias. Nos últimos anos, o seu consumo generalizou-se na
Europa, graças ao desenvolvimento industrial, tecnológico e, sobretudo, científico. Vários
estudos reconhecem as múltiplas virtudes nutricionais do iogurte e a presença de uma série
de fatores multidimensionais implicados na promoção da saúde humana.
Além dos tipos de iogurte já considerados tradicionais, como os aromatizados,
líquidos, com pedaços e magros, a evolução tecnológica da produção conduziu à entrada de
novos conceitos, com maior valor acrescentado, que progressivamente têm conquistado os
consumidores. 139
CONCLUSÃO: Conclui-se que a característica que possui um iogurte de qualidade como
uma consistência adequada, consistência firme, textura cremosa, sabor e aroma
característico e a isenção de separação de soro.
Além de ser um alimento natural pode ser produzido em pequena escala por famílias
de produtores de baixo poder aquisitivo que poderá além de utilizá-lo na própria alimentação
de comercializá-lo melhorando a renda familiar.
FONTES PESQUISADAS:
Bittarela,K.M; Casagrande,F;Medeiros,A.P. IOGURTE.Trabalho apresentado a disciplina
bioquímica de alimentos,UFSC,2006
BRASIL, Ministério da Agricultura, Regulameto da Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal, Brasília/DF, 1977.
ETIQUETA NARRATIVA: Se tratando de produtos de origem animal, fica difícil criar uma
etiqueta porque tem que seguir toda a legislação de rotulagem do Ministério da Agricultura e
ANVISA. Produtos que são comercializados no Brasil Inteiro recebem o símbolo da inspeção
federal SIF, produtos que são comercializados dentro de um Estado recebem o Símbolo do
Serviço de Inspeção Estadual SIM, produtos comercializados dentro do município recebem o
símbolo do serviço de inspeção municipal SIM, Algumas imagens de produtos nas três
140
esferas de inspeções e achei por bem criar um modelo de embalagem para acondicionar o
produto comercializado já que esta isenta de regulamentação. Sítio Vida Feliz Produto produzido pela agricultura familiar. Produção caseira, leite obtido de vacas holandesas, alimentadas com capim natural com adubação orgânica livre de agrotóxico,com inspeção municipal.
Agradecemos a preferência!!!
141
TÍTULO: Produto- A borracha
AUTORIA: ANA FLÁVIA LINS Matrícula:112095005
INTRODUÇÃO: Na hora de fazer projetos, estudar, desenhar, lá está ela, a companheira
inseparável do lápis. Pode se apresentar em vários formatos (retângulos, quadrados,
círculos, coração), possuir várias cores (branca, verde, preta) e algumas possui até cheiro
de fruta! O que importa é que, desde a mais simples até a mais sofisticada, todas elas tem a
função de apagar. Material elástico e impermeável, a borracha tornou-se indispensável à
indústria moderna, presente num sem-fim de produtos com os quais o homem convive em
seu dia-a-dia.
A borracha é uma substância em partículas contida no látex de muitas plantas, sendo
que 90% da produção mundial vem das plantações da árvore brasileira Hevea brasiliensis
no sudeste da Ásia, principalmente na Malásia, a borracha é obtida pelo aquecimento até a
coagulação do látex parecido com o leite e com a cor predominante branca produzido pela
seringueira.
A borracha natural não tinha muita utilidade até que o norte americano Charles
Goodyear inventou o processo de vulcanização, o qual era feito adicionando enxofre à
borracha e aquecendo a mistura. Esse processo evitava que a borracha se tornasse
pegajosa quando aquecida e dura quando resfriada, ou seja, era obtida uma goma elástica
que não se esfarelava e nem colava. Foi esse o ponto de partida para as aplicações práticas
da borracha.
A borracha sintética produzida por processos químicos industriais, não substitui
inteiramente as aplicações da borracha orgânica, superior por sua elasticidade e densidade.
A vulcanização da borracha é a sua combinação química com certos corpos que
chamamos de agentes vulcanizantes, em virtude da qual a borracha adquire a propriedade
de poder sofrer deformações, e cessadas as causas determinantes, retomar suas
dimensões iniciais. Dos agentes vulcanizantes, o mais importante é o enxofre.
É através da vulcanização que conseguimos transformar as propriedades plásticas da
borracha, eliminar a sua sensibilidade ao calor, e obter um corpo elástico capaz de retomar
as suas dimensões iniciais depois de uma deformação, mesmo em condições extremas de
temperatura.
O mecanismo pelo qual se dá a vulcanização da borracha pode ser imaginado como
sendo a interligação das moléculas do hidrocarboneto através de átomos ou moléculas do
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agente vulcanizante, ligados a átomos de carbono que inicialmente apresentavam dupla
ligação.
A vulcanização é o resultado de uma reação química. A combinação do enxofre é
irreversível, atingindo o teor máximo de 32% que é o valor teórico para saturar todas as
duplas ligações. Não existe ainda nenhum processo que permita a desvulcanização da
borracha. A vulcanização pode ser processada a frio e a quente.
Borracha Sintética: É o conjunto de compostos produzidos com a finalidade de reproduzir
as propriedades da borracha natural. A primeira borracha sintética foi um polímero de dimetil
butadieno (C4H6), fabricado na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Mas esta
borracha era de qualidade muito inferior à borracha natural.
Muitos tipos diferentes de borrachas sintéticas estão agora em uso, sendo a mais
difundida a borracha produzida pela polimerização do butadieno com o estireno. Em muitos
casos esta borracha pode substituir a borracha natural já que resiste melhor ao
envelhecimento, às rachaduras e à abrasão do que o produto natural.
Entretanto, sua resistência e flexibilidade são pobres e em algumas aplicações,
principalmente bandas de rodagem de pneus, é misturada à borracha natural.
Outra borracha sintética é aquela obtida a partir do butilo. É impermeável aos gases e
é utilizada nas câmaras de ar e no revestimento interno dos pneus sem câmara. Outros
exemplos de borrachas sintéticas incluem o policloropreno (neoprene), utilizado na indústria
de fios e cabos, e borrachas derivadas de nitrilos resistentes ao óleo, utilizadas em juntas de
vedação e nos cilindros que espalham a tinta das máquinas impressoras.
Algumas formas de silicone, poliuretano e PTFE (politetrafluoretano) são utilizadas
como borrachas sintéticas. As borrachas sintéticas, assim como as borrachas naturais, são
compostas por pigmento negro, carbono e outros aditivos, tais como agentes corantes,
plasticizadores, amaciantes e agentes vulcanizadores, para alterar ou melhorar as suas
qualidades.
História: Descoberta da borracha. A borracha era conhecida dos nativos da Amazônia, mas
somente nos séculos XVI e XVII viajantes europeus encontraram, em alguns países da
América do Sul e da América Central, índios com o corpo coberto por um líquido leitoso
obtido do corte de certas árvores. Alguns chegaram a ver índios brincando com bolas que
"ao tocar o solo subiam a grande altura". Entretanto, foi o matemático e naturalista francês
Charles-Marie de la Condamine, chefe de uma expedição científica francesa enviada à
América do Sul, que se interessou, no Brasil, pelo látex e em 1740 enviou amostras para a
143
Academia de Ciências da França. A borracha brasileira começou a ser exportada para o
Reino Unido, a França e os Estados Unidos na segunda década do século XIX. Em 1833
instalou-se em Boston uma casa de artigos de borracha, a primeira de que se tem notícia no
gênero. Entre 1839 e 1842, simultaneamente, Charles Goodyear, nos Estados Unidos, e
Thomas Hancock, no Reino Unido, descobriram o processo de vulcanização da borracha. A
borracha sintética ocupou grande parte do espaço da borracha natural em todas as suas
aplicações. Sua produção hoje supera em muito a da borracha natural e os Estados Unidos
aparecem como o maior produtor mundial, seguidos de perto por outros países, como
Japão, França, Alemanha e Reino Unido.
O Brasil é o maior fabricante de borracha sintética da América Latina. Sua produção
foi iniciada em 1962, com matéria-prima fornecida pela refinaria Duque de Caxias, no estado
do Rio de Janeiro, e ficou a cargo de uma subsidiária da Petrobrás, a Fabor (fábrica de
borracha sintética), hoje privatizada com o nome de Petroflex.
FONTES PESQUISADAS:
http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/investigando-borracha.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-borracha/producao-de-borracha.php
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/borracha.html
http://www.youtube.com/watch?v=nugkF7K6--E
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