arte no brasil século xix

59
rte no Brasil no século XIX e início do XX

Upload: wagner-louza

Post on 22-Dec-2014

1.590 views

Category:

Art & Photos


2 download

DESCRIPTION

Estudo, ainda em fase de conclusão, sobre a arte produzida no Brasil no século XIX e seus principais artistas.

TRANSCRIPT

  • 1. Arte no Brasil no sculo XIX e incio do XX

2. A primeira metade do sculo XIX; Meados do sculo XIX; Final do sculo XIX e incio do XX. 3. A primeira metade do sculo XIX 4. A vinda do Prncipe Regente, D. Joo VI, e da Corte portuguesa em 1808 promoveu, no Brasil, uma transformao poltica, econmica e cultural. Com a Abertura dos Portos, praticamente se encerra o pacto colonial de monoplio com a Metrpole e, da em diante, o Brasil entra no circuito de expanso do capitalismo europeu, exposto s influncias diretas de outros pases alm de Portugal. 5. Prncipe regente D. Joo VI e sua esposa, Carlota Joaquina, poca da chegada ao Rio, em 1808. 6. Para adaptar a cidade do Rio de Janeiro posio de capital do Imprio Portugus, D. Joo implementa uma srie de medidas dentre elas a criao de uma Academia de Belas Artes que visava a dar ao Brasil um perfil atualizado culturalmente e economicamente. 7. A prtica artstica no perodo colonial encerrava-se praticamente na produo religiosa: conventos, igrejas e toda sua decorao tradicional, como, talha, imaginria, pintura de forros. Interior da igreja e mosteiro de So Bento do Rio de Janeiro, 1717. 8. Igreja do Rosrio dos Pretos, Ouro Preto. 1785 Arte Barroca (sec. XVI, XVII e XVIII) Antnio Francisco Lisboa (Aleijadinho) (1738-1814) 9. O formato tradicional da arte colonial apresentou algumas mudanas a partir de meados do sculo XVIII. Na pintura desse perodo, destacam-se temas no religiosos como retrato e mesmo paisagem. Vista do Aqueduto da Carioca Leandro Joaquim . 1790 Pao Imperial 10. Chafariz da Pirmide do Mestre Valentim, no Rio de Janeiro, 1779 Passeio Pblico do Rio de Janeiro, inaugurado em 1783. 11. A instituio da Academia de Belas Artes no Rio de Janeiro 12. Esse processo de mudana de gosto seria radicalizado com a contratao, em 1816, de uma Misso Artstica Chefiada por Joachim Lebreton, antigo membro do Instituto de Frana. Retrato de Joachim Lebreton (1760-1819), o lder da Misso Francesa. 13. Grandjean de Montigny (1776-1850) pintado cerca de 1843 pelo alemo Augusto Mller. Arquiteto Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) auto-retrato publicado em Voyage pittoresque et historique au Brsil (1834). Nicolas-Antoine Taunay. (1755-1830) Pintor 14. Auguste-Marie Taunay (1768-1824) escultor Charles Pradier (1786-1848) gravador Posteriormente chegam em 1816: Marc Ferrez (1788-1850) - escultor Zpherin Ferrez (1797-1851) - escultor 15. O estilo Neoclssico chega ao Brasil atravs desses artistas que chegam ao Novo Mundo principalmente pelas circunstncias polticas ligadas queda de Napoleo, alguns destes artistas posteriormente retornaram Frana, como Nicolas Taunay e Pradier, mas outros permaneceram mais tempo, como Debret, ou se radicaram definitivamente, como Montigny e os irmos Ferrez. 16. A Misso Artstica cumpri, em 1826, seu objetivo maior, a fundao da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Grandjean de Montigny, projeto da AIBA. Litografia s/d. fonte Jean-Baptiste Debret. Voyage pitoresque et historique au Brsil. Paris 17. O prdio, que se localizava na Rua do Ouvidor, foi demolido na dcada de 1930, estando a Academia alocada, desde 1908, onde hoje se encontra o Museu Nacional de Belas Arte. 18. Um novo edifcio foi construdo nos anos de 1906-1908 na Avenida Central, Rio de Janeiro, pelo arquiteto espanhol Adolfo Morales de los Rios.. 19. Vista do museu em fotografia de Marc Ferrez, 1923. Criado por iniciativa do ministro Gustavo Capanema em 1937, e inaugurado em 1938 pelo presidente Getlio Vargas, o MNBA tem origem na Escola Nacional de Belas Artes, Enba, antiga Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Pelo Decreto-Lei n 378, de 13 de janeiro de 1937. 20. Uma breve histria sobre academias de artes A palavra Academia originou-se na Grcia, indicando primeiro um lugar (Jardim de Akademus), de pois um grupo de filsofos, uma estrutura de pensamento e um sistema filosfico. A primeira academia de arte que se tem conhecimento foi criada na Itlia por Vasari em 1563. Em 1648, foi fundada, na Frana, a Academia Real de Pintura e Escultura, similar aos modelos italianos. Em 1666, Colbert funda a Academia de Roma. 21. Em 1816, D. Joo VI criava a Escola Real das Cincias, Artes e Ofcios. Tambm conhecida como Academia Imperial de Belas Artes; Em 1826 Inaugurao do prdio da Academia Imperial de Belas Artes; Em 1890, com o fim do Imprio, a Academia desaparecia enquanto nome e passa ser chamada de Escola Nacional de Belas Artes; Em 1931, a escola passou a integrar a Universidade do Rio de Janeiro; Em 1965, teve outra vez o nome alterado e passou a se chamar apenas Escola de Belas Artes, fazendo parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1975, a Escola de Belas Artes, que funcionava junto ao Museu Nacional de Belas Artes, foi transferida para Cidade Universitria, no Fundo. 22. Grandjean de Montigny (1776-1850) pintado cerca de 1843 pelo alemo Augusto Mller. Arquiteto Duas obras importantes de Montigny existem ainda no Rio de Janeiro: Inaugurada no ano de 1820, seu primeiro uso foi de Praa do Comrcio. Ela logo se transformou em um importante centro onde circulavam comerciantes. Depois que Dom Joo VI foi embora e o Brasil tornou-se independente, o espao foi transformado em uma Alfndega, que durou at 1944. Depois tornou-se o II Tribunal do Jri, o qual durou pouco tempo, e, por fim, chegou a ser o que hoje: um Centro Cultural destinado ao intercmbio chamado: Casa Frana-Brasil. 23. Grandjean de Montigny (1776-1850) pintado cerca de 1843 pelo alemo Augusto Mller. Arquiteto Duas obras importantes de Montigny existem ainda no Rio de Janeiro: O Solar foi construdo na Gvea, em 1823, serviu como sua residncia at sua morte em 1850, sendo habitado posteriormente por outras famlias. Tombado pelo Iphan em 1938, hoje faz parte do campus da PUC-Rio, transformado em centro cultural. 24. Nicolas-Antoine Taunay. (1755-1830) Pintor A Produo de Taunay no Brasil abrange, sobretudo, retratos e paisagens. No Rio de Janeiro, Taunay contratado como pintor pensionista do reino e professor da cadeira de pintura de paisagem na Escola Real de Cincias, Artes e Ofcios, futura Academia Imperial de Belas Artes - AIBA. Enquanto essa no efetivamente instituda, realiza retratos dos herdeiros do trono a pedido da rainha e paisagens do Rio de Janeiro. Largo da Carioca e Morro de Santo Antnio so, ao que tudo indica, as primeiras pinturas com tema brasileiro realizadas pelo artista, em 1816. Tendo retornado Frana em 1821, Nicolas Taunay no chegou a se envolver com o ensino na Academia, s inaugurada em 1826. Deixou o filho em seu lugar, Flix- mile Taunay, que assumiu o cargo de professor de Pintura de Paisagem, vindo a ser diretor da Academia de 1834 a 1851. 25. Nicolas Taunay (1755-1830) Largo da Carioca,1816. Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro Nicolas-Antoine Taunay. 26. Nicolas Taunay. Morro de Santo Antnio, 1816 Nicolas-Antoine Taunay. 27. Vista do Outeiro, Praia e Igreja da Glria, 1817 Nicolas-Antoine Taunay. 28. Nicolas-Antoine Taunay - Retrato da Marquesa de Belas - 1816 Este um dos diversos retratos que Taunay realizou da corte portuguesa no Brasil, no perodo de atividade da Misso Artstica Francesa. Vemos aqui Dona Constana Manuel de Meneses, que veste trajes de luto pela morte da Rainha Dona Maria I, de quem era camareira- mor. Nicolas-Antoine Taunay. 29. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) 1834 e 1835 O livro dividido em 3 tomos: no primeiro, de 1834, esto representados ndios, aspectos da mata brasileira e da vegetao nativa em geral. O segundo tomo, de 1835, concentra-se na representao dos escravos negros, no pequeno trabalho urbano, nos trabalhadores e nas prticas agrcolas da poca. J o tomo terceiro, de 1839, trata de cenas do cotidiano, das manifestaes culturais, como as festas e as tradies populares. 30. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente Como artista, a obra de Debret no Brasil revela duas vertentes distintas. na primeira delas, Debret acompanhou a trajetria de inmeros outros artistas europeus viajantes, que durante todo o sculo XIX percorreram o Brasil registrando flora, fauna e costumes. 31. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 32. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 33. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 34. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 35. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 36. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 37. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 38. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 39. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 40. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 41. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Primeira vertente 42. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Segunda vertente D. Joo VI (1817) A segunda vertente diz mais respeito sua atuao como pintor da Corte e como professor da Academia, compreendendo sobretudo temas histricos e retratos oficiais. 43. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Segunda vertente Sagrao de D. Pedro I 44. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Segunda vertente 45. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Segunda vertente A Imperatriz D. Leopoldina em Trajes da Coroao 46. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Segunda vertente Comparao das vestes reais de ambos os soberanos, o do Reino Unido e o do Imprio do Brasil. 47. Pintor Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Debret - Segunda vertente Comparao das vestes reais de ambos os soberanos, o do Reino Unido e o do Imprio do Brasil. 48. Meados do sculo XIX 49. Primeiro Reinado O primeiro reinado do Brasil o nome dado ao perodo em que D. Pedro I governou o Brasil como Imperador, entre1822 e 1831, ano de sua abdicao. O primeiro reinado compreende o perodo entre 7 de setembro de 1822, data em que D. Pedro I proclamou a independncia do Brasil, e 7 de abril de 1831, quando abdicou do trono brasileiro. Segundo Reinado O segundo reinado um perodo da histria do Brasil que compreende 58 anos, do perodo regencial (1831- 1840) ao Imprio do Brasil (1822-1889). Iniciou em 23 de julho de 1840, com a declarao de maioridade de D. Pedro II, e teve o seu trmino em 15 de novembro de 1889, quando a monarquia constitucional parlamentarista vigente foi derrubada pela proclamao da repblica brasileira. 50. O segundo reinado foi uma poca de grande progresso cultural e de grande significncia para o Brasil, com o crescimento e a consolidao da nao brasileira como um pas independente, e como importante membro entre as naes americanas. Denota-se nesta poca a solidificao do exrcito e da marinha, culminando na Guerra do Paraguai em 1870, e mudanas profundas na situao social, como a gradativa libertao dos escravos negro, e o incentivo de imigrao para a fora de trabalho brasileira. Pintor: Flix mile Taunay (17951881) Retrato do Imperador D. Pedro II aos 12 anos. 1837 51. Manuel de Arajo Porto-Alegre (18061879)) Estudo para a sagrao de Dom Pedro II O reinado de D. Pedro II foi um perodo de grande importncia na consolidao do Brasil como nao. Haver um grande investimento em projetos artsticos e projeto poltico de criao de smbolos nacionais e de formulao de um verdadeiro imaginrio para a Nao ento emergente. 52. O sistema acadmico e a construo do imaginrio nacional Retrato de Flix-mile Taunay Diretor da AIBA entre 1834 a 1875 Instituiu os prmios de viagem Europa. Manuel Jos de Arajo Porto Alegre. Diretor da escola entre 1854 a 1857, promoveu mudanas no currculo da AIBA e preocupado com os problemas da arte brasileira. 53. Com a instituio do prmio de viagem Europa, sedimenta-se uma relao direta com a Itlia e a Frana Europa sculo XIX NEOCLASSICISMO VALORES