arte e realismo
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7/23/2019 Arte e Realismo
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Arte e Realismo
Concepção de obra realista
Contrariamente ao consenso universal, que determina a
classifcação de uma obra realista através da veracidade que o seu
conteúdo apresenta, o autor desenvolve um sistema empírico, no
qual afrma que a obra realista é construída através de uma matéria
sem conceito, que não coincide com a realidade que envolve o seu
criador. Neste sentido, atenta-se na concepção de realismo como um
movimento estético que veio a revolucionar os padres cl!ssicos
pelos quais a arte se re"ia outrora, na esperança de e#pressar oconceito de vida tal como este deveria ser representado, em
detrimento da sua perspectivação actual. $e %acto, nen&um elemento
na obra realista nos condu' para o seu verdadeiro si"nifcado. A
realidade e#perimenta-se, enquanto a sua comunicação se revela um
processo meramente secund!rio. Como tal, deve-se ter em
consideração que aquilo que o artista é capa' de transmitir é apenas
uma ideia, uma ima"em que evoca os principais princípios do ob(ecto
que se dispe a representar. A matéria e#istencial do realismo eleva o
%actor da criação para um plano abstracto onde o seu conteúdo semateriali'a como se de um espel&o se tratasse. Consequentemente, é
a sua nature'a translúcida que o distancia da defnição ideol)"ica do
*ob(ecto real+.
m suma, a ausncia de %orma defne o corpo da obra realista.
A sua interacção com a realidade suprime a comple#idade da sua
pro%unde'a. Com e%eito, o su(eito e#periencia o *mundo+ e uma *visão
do mundo+, não porque é capa' de o representar na sua plenitude,
mas porque se relaciona com a sua vertente artística que, por sua
ve', pressupe a e#istncia de uma lin"ua"em que l&e atribuisi"nifcado.
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deia enquanto elemento construtivo da obra realista
* A literatura realista é aquela que d! realidade a uma ideia.+
#primir uma ideia consiste na materiali'ação conteúda daquilo que o
seu conteúdo, potencialmente, representar!. /orém, as únicas obras
realistas que permanecem imut!veis ao lon"o do tempo, são aquelas
que se demonstram inféis em relação aos padres institucionali'adospela sociedade vi"ente. /or conse"uinte, a perpetuação da literatura
deve-se ao quão díspar a ideia da qual tem ori"em se revela %ace ao
que é apreendido a nível universal. A ideia é individual e a sua
e#pressão reinventa a sua matéria através da adição de uma nova
e#istncia, o que culmina na adulteração da sua %orma. Nesta
&ip)tese, os símbolos 0 ideias - não representam o ob(ecto artístico na
ínte"ra, %a'endo parte da e#istncia sensível de um novo corpo
liter!rio. Assim, o artista é aquele que e#pe a componente da ideia
inerente 1 sua percepção. A aparncia sensível do ob(ecto sur"e comoum resultado de uma simetria, que se mani%esta aquando da
apreensão do conceito de ideia como o *ponto de partida+ para a
concreti'ação da sua realidade. $este modo, verifca-se que a ori"em
da obra realista implica a e#istncia da realidade da literatura e da
ideia que l&e con%ere esse estatuto, visto que *sem a realidade da
literatura, não &! Realismo liter!rio, pois não &! 2iteratura+.
/erante a defnição de ideia, 3araiva distin"ue dois tipos de
autores4 o que não vivencia a conceptuali'ação da ideia, (! que a
identifca com o verosímil e o autor que aceita que uma obra maispr)#ima da realidade do que da ideia que a ori"inou é uma obra débil,
isenta de valor liter!rio. /aralelamente, o crítico cin"e-se 1
confrmação do "rau e#istencial da obra liter!ria, intuindo o modo de
or"ani'ação dos elementos constituintes do te#to assim como o
sentido que poderão produ'ir.
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Arbitrariedade presente na obra realista
5&ere are, %or instance, man6 scattered lines and tercetsin t&e Divine Comedy 7&ic& are capable o% transportin" even
a quite uninitiated reader, (ust su8cientl6 acquainted 7it& t&e
roots o% t&e lan"ua"e to decip&er t&e meanin", to an
impression o% overpo7erin" beaut6. 5&is impression ma6 be
so deep t&at no subsequent stud6 and understandin" 7ill
intensi%6 it. 9ut at t&is point t&e impression is emotional: t&e
reader in t&e i"norance 7&ic& 7e postulate is unable to
distin"uis& t&e poetr6 %rom an emotional state aroused in&imsel% b6 t&e poetr6, a state 7&ic& ma6 be merel6 an
indul"ence o% &is o7n emotions. 5&e poetr6 ma6 be an
accidental stimulus. 5&e end o% t&e en(o6ment o% poetr6 is a
pure contemplation %rom 7&ic& all t&e accidents o% personal
emotion are removed: t&us 7e aim to see t&e ob(ect as it
reall6 is and fnd a meanin" %or t&e 7ords o% Arnold. And
7it&out a labour 7&ic& is lar"el6 a labour o% t&e intelli"ence,
7e are unable to attain t&at sta"e o% vision amor intellectualis
Dei.
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