art_arranjo institucional importancia processo transferencia tecnologia_martamatos_ufrn_38.1

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O ARRANJO INSTITUCIONAL E SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA O ESPAÇO RURAL: A ATUAÇÃO DA EMPARN NO RIO GRANDE DO NORTE Marta Maria Souza Matos 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais-UFRN Resumo: o texto busca evidenciar a relevância do arranjo institucional e sua efetividade no espaço rural do RN tendo como uma das instituições mediadoras a EMPARN. Para tanto destacaremos o que se denomina de arranjo institucional e como este pode contribuir para o desenvolvimento rural, alicerçado em bases sustentáveis. Ainda, mostrar a relação entre as instituições, agentes mediadores e os produtores rurais e a interlocução de saberes entre estes e ações direcionadas para os sujeitos citados no Estado do Rio Grande do Norte. Esta relação compõe na concepção de BASTOS (2006), “um conjunto de instituições que atuam em determinados espaços/lugares.”. À medida que conhecemos esta possibilidade (e realidade), nos propomos a estudar o arranjo institucional, os agentes mediadores e suas ações no tocante ao processo de transferência de tecnologias agropecuárias e seus impactos na vida dos produtores e como estes compreendem esse processo. No Rio Grande do Norte, a EMPARN faz parte desse processo, pois há vinte e oito anos vem atuando no espaço rural norte-rio- grandense, gerando, adaptando e difundindo conhecimentos e tecnologias para produtores rurais. Os projetos de transferência de tecnologias coordenados pela EMPARN dentre outras, têm por base a implantação de módulos produtivos estruturais, resultantes de tecnologias desenvolvidas e/ou adaptadas pela Empresa ao longo dos anos. Foram elencadas algumas atividades agropecuárias com perfil e potencial para promover incrementos à sustentabilidade e lucratividade dos sistemas de agricultura familiar no semiárido. Após a implantação dos projetos e o fluxo crescente a cada ano dos mesmos, surgiu a inquietação da nossa parte, tendo em vista ser pesquisadora da área de desenvolvimento e nesse período exercer o cargo de assessora de difusão e profissionalização da EMPARN o que nos fez vivenciar cotidianamente essa realidade e despertar para a realização de uma pesquisa que objetivasse analisar o papel do arranjo institucional, dos agentes mediadores e sua contribuição (ou não) para o desenvolvimento rural do Estado do Rio Grande do Norte. Palavras-Chave: desenvolvimento rural - arranjos institucionais – transferência de tecnologia – agentes mediadores 1. Desenvolvimento rural sustentável: breve introdução 1 Aluna do Curso de Doutorado

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Arranjo Institucional

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  • O ARRANJO INSTITUCIONAL E SUA IMPORTNCIA NO PROCESSO DE TRANSFERNCIA DE TECNOLOGIA PARA O ESPAO RURAL: A

    ATUAO DA EMPARN NO RIO GRANDE DO NORTE

    Marta Maria Souza Matos1 Programa de Ps-Graduao em Cincias Sociais-UFRN

    Resumo: o texto busca evidenciar a relevncia do arranjo institucional e sua efetividade no espao rural do RN tendo como uma das instituies mediadoras a EMPARN. Para tanto destacaremos o que se denomina de arranjo institucional e como este pode contribuir para o desenvolvimento rural, alicerado em bases sustentveis. Ainda, mostrar a relao entre as instituies, agentes mediadores e os produtores rurais e a interlocuo de saberes entre estes e aes direcionadas para os sujeitos citados no Estado do Rio Grande do Norte. Esta relao compe na concepo de BASTOS (2006), um conjunto de instituies que atuam em determinados espaos/lugares.. medida que conhecemos esta possibilidade (e realidade), nos propomos a estudar o arranjo institucional, os agentes mediadores e suas aes no tocante ao processo de transferncia de tecnologias agropecurias e seus impactos na vida dos produtores e como estes compreendem esse processo. No Rio Grande do Norte, a EMPARN faz parte desse processo, pois h vinte e oito anos vem atuando no espao rural norte-rio-grandense, gerando, adaptando e difundindo conhecimentos e tecnologias para produtores rurais. Os projetos de transferncia de tecnologias coordenados pela EMPARN dentre outras, tm por base a implantao de mdulos produtivos estruturais, resultantes de tecnologias desenvolvidas e/ou adaptadas pela Empresa ao longo dos anos. Foram elencadas algumas atividades agropecurias com perfil e potencial para promover incrementos sustentabilidade e lucratividade dos sistemas de agricultura familiar no semirido. Aps a implantao dos projetos e o fluxo crescente a cada ano dos mesmos, surgiu a inquietao da nossa parte, tendo em vista ser pesquisadora da rea de desenvolvimento e nesse perodo exercer o cargo de assessora de difuso e profissionalizao da EMPARN o que nos fez vivenciar cotidianamente essa realidade e despertar para a realizao de uma pesquisa que objetivasse analisar o papel do arranjo institucional, dos agentes mediadores e sua contribuio (ou no) para o desenvolvimento rural do Estado do Rio Grande do Norte.

    Palavras-Chave: desenvolvimento rural - arranjos institucionais transferncia de tecnologia agentes mediadores

    1. Desenvolvimento rural sustentvel: breve introduo1 Aluna do Curso de Doutorado

  • A premissa de desenvolvimento predominante foi que o crescimento econmico traria todos os outros fatores capazes de promover o desenvolvimento social e humano. Mas, quando se comeou a perceber que somente o fator econmico poderia no atingir os ideais imaginados, teve incio um processo de agregao de outros preceitos, tambm chamados de novas dimenses do desenvolvimento. Dessa forma, primeiro veio a dimenso social, seguida da cultural e, a partir de 19722 , a dimenso ambiental. A agregao dessa ltima dimenso coloca em xeque todos os conceitos at ento conhecidos, que passam por uma grande transformao, cuja consequncia a busca de um novo caminho ou proposta para o desenvolvimento.

    Dessa forma fica evidente a necessidade de mudanas nas polticas do desenvolvimento, incorporando o meio ambiente ao processo, na tentativa de busca por um outro tipo de desenvolvimento, que a princpio adjetivado como durvel, endgeno e, por fim, sustentvel.

    Ignacy Sachs (1995), um dos tericos mais destacados dessa perspectiva de desenvolvimento, formula alguns princpios bsicos que servem de eixo norteador construo dessa nova viso, os quais so sistematizados por BRUSEKE (1995:31): a satisfao das necessidades bsicas; a solidariedade com as geraes futuras; a participao da populao envolvida; a conservao dos recursos naturais e do meio ambiente em geral; a elaborao de um sistema social garantindo emprego, segurana social e respeito a outras culturas e programas de educao.

    Esses princpios bsicos esto contidos nos critrios pelos quais passa a sustentabilidade do desenvolvimento e que segundo SACHS (2000:85-88), so os seguintes: o social, o cultural, o ecolgico, o ambiental, o territorial, o econmico e o poltico.

    Percebe-se que o desenvolvimento sustentvel um conjunto de princpios que norteiam uma melhoria na qualidade do ambiente, da economia, da vida e do espao. Do ambiente, quer-se a utilizao racional dos recursos naturais, para no haver degradao; da economia, o primado da eficincia3 em todos os nveis. Da vida, ao apontar-se que o homem o centro de todo desenvolvimento, busca-se o fim da fome e da misria, alm de passar tambm pela preservao dos valores culturais de cada lugar e do espao, ao configurar-se uma nova realidade socioespacial para resolver as questes estruturais que atingem, sobretudo, os pases pobres.

    O Brasil, nos anos 1970, principalmente, optou por um padro de desenvolvimento baseado na tradicionalidade, em que este era visto somente como crescimento econmico (crescer o bolo para depois reparti-lo), tendo como consequncia um quadro social de grande excluso, gerando misria tanto na cidade quanto no campo. No campo, esse quadro agravado, pois, desde a colonizao, prima--se pelas grandes propriedades e monoculturas de exportao, em detrimento das pequenas e mdias propriedades e da diversificao de culturas agrcolas. Como

    2 O ano de 1972, tido como referncia, devido realizao da Conferncia das Naes Unidas sobre Ambiente Humano, em Estocolmo, o mundo passou a conhecer e debater as questes ambientais, tanto no que diz respeito degradao, quanto a suas implicaes para as populaes atuais e futuras.3 Ou, usando as palavras de Ignacy Sachs, a ecoeficincia.

  • resultado, o pas adquiriu uma dvida agrria com milhares de trabalhadores sem-terra, pela no-realizao da Reforma Agrria. nesse contexto que entra a histria da luta pela reforma agrria e por uma agricultura familiar sustentvel, como respostas imediatas excluso de milhares de famlias de trabalhadores rurais.

    No entanto, nas ltimas dcadas que se comea a repensar o espao rural, dando-lhe uma nova configurao. Mesmo as polticas pblicas compensatrias, nas quais a reforma agrria se insere, j apontam algumas mudanas, muito embora elas no signifiquem ruptura das relaes de produo dominantes.

    O advento da globalizao tem rompido as fronteiras e imposto certa uniformizao ao padro tecnolgico, aumentando ainda mais o desafio dos pequenos produtores, que so obrigados a usar implementos produzidos pelas grandes corporaes transnacionais, atores dominantes no processo de globalizao. A quebra das barreiras alfandegrias imps uma nova espacialidade dos produtos globais que chegam a todos os lugares, concorrendo com os produtos locais. Estes precisam, assim, competir tambm com a qualidade e o preo dos produtos em mbito mundial, embora no renam as condies, qualidade, forma de produo a distribuio, para tal empreitada.

    Neste contexto, entram em cena atores sociais diversos, instituies, objetivando rediscutir alternativas viveis, compatveis com as necessidades e/ou para atender as reais demandas dos sujeitos que vivem e trabalham no espao rural. Isto porque, com a globalizao citada, teve rebatimentos diversos neste espao, tanto de ordem econmica quanto cultural e social, impulsionando tambm ressignificaes nas prticas cotidianas de homens, mulheres e outros segmentos que ali esto.

    Dentre algumas mudanas, bem como alternativas, temos a insero de organizaes no rural, neste caso, destaca-se a pesquisa agropecuria, que tem sua representao na Empresa de Pesquisa Agropecuria do Rio Grande do Norte S/A EMPARN.

    2. Os arranjos institucionais e sua contribuio no processo de transferncia de tecnologia: introduo ao debate

    O avano na gerao de tecnologias agropecurias na regio semirida nordestina, no tem sido acompanhado pela incorporao destas aos sistemas produtivos locais, em funo de dificuldades dos produtores no acesso informao, da descapitalizao parcial do meio rural e pelas dificuldades na avaliao de seus benefcios.

    Em funo desses fatos, observa-se uma elevada quantidade de tecnologias geradas, disponveis para serem adotadas pelos sistemas produtivos regionais, para as quais os sistemas tradicionais de extenso e assistncia tcnica, no tm obtido resultados satisfatrios em termos de efetivar a apropriao dessas prticas aos sistemas de produo.

  • O acesso informao, inovao tecnolgica e profissionalizao de produtores familiares, tcnicos e multiplicadores uma condio essencial melhoria dos ndices produtivos da agricultura familiar no semirido. Essa abertura para a modernizao tecnolgica torna-se ainda mais urgente, quando se avalia a significativa evoluo do acesso ao crdito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF por parte dos agricultores familiares nordestinos. Segundo o Ministrio do Desenvolvimento Agrrio - MDA (2006) o Nordeste foi a regio do pas com maior nmero de contratos de crdito do Pronaf (805 milhes) no perodo 2005/2006, envolvendo um montante de recursos da ordem de R$ 1,9 bilho.

    A maioria das tecnologias geradas pela pesquisa acessvel s unidades de produo familiar do semirido, necessitando, no entanto, testes de validao e ajustes, alm da ampla capacitao dos produtores para que seja proporcionada uma efetiva apropriao dessas prticas.

    Compreende-se que o desenvolvimento da agricultura familiar um fator primordial para o desenvolvimento agrcola, pois esta incorpora um papel social de grande relevncia, tanto pela reduo do xodo rural, quanto pelo desenvolvimento da produo, como forma de garantia de sobrevivncia, sendo capaz de auxiliar no combate pobreza e misria no campo.

    No governo de Luiz Incio Lula da Silva, as polticas voltadas para a agricultura familiar, capitaneadas pelo Ministrio do Desenvolvimento Agrrio tm trazido para as empresas estaduais de pesquisa agropecuria recursos financeiros para projetos de transferncia e inovao tecnolgica para os agricultores familiares.

    No Rio Grande do Norte, a responsabilidade desse processo coube Empresa de Pesquisa Agropecuria do Rio Grande do Norte S/A EMPARN, que h vinte e oito anos vem atuando no espao rural norte-rio-grandense, gerando, adaptando e difundindo conhecimentos e tecnologias para produtores rurais.

    Para se compreender o papel da EMPARN no contexto agropecurio, preciso descrever, de forma sucinta, sua trajetria histrica. A Empresa4 foi criada na dcada de 1980, do sculo XX, numa fase marcada pela abundncia de recursos financeiros do governo federal para a pesquisa agropecuria, por intermdio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Embrapa, que capitaneava o modelo da pesquisa agropecuria no Brasil. Mas no incio da dcada de 1990, com a crise fiscal do Estado brasileiro e a democratizao do pas, essa abundncia de recursos financeiros deixa de existir.

    Com esse panorama nacional, a EMPARN passa por srias dificuldades e entra numa fase letrgica, contando somente com recursos do governo estadual para manter minimamente sua estrutura organizacional e de pessoas. Para sobreviver, a EMPARN reformula seu modelo institucional, sendo concebido em trs segmentos que se inter-relacionam e interagem, quais sejam: pesquisa, desenvolvimento e profissionalizao. Nos segmentos desenvolvimento e profissionalizao, o conhecimento advindo da pesquisa seria disponibilizado para a sociedade, em forma de tecnologia, produto ou servio.

    4 As informaes sobre a EMPARN tm por base Documentos, 32 EMPARN.

  • Face ao exposto, fica evidenciado que a EMPARN se constitui como uma das organizaes mediadoras de conhecimentos e tecnologias, tendo sua atuao uma relao direta com as demais organizaes como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Embrapa, o Instituto de Assistncia Tcnica e Extenso Rural EMATER/RN, Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE, entre outras.

    Faz-se necessrio destacar que se postula trabalhar com a teoria institucional, mais precisamente com o conceito de arranjo institucional que um conjunto de regras e organismos que passa por uma:

    [...] efetivao as intervenes em determinada realidade social que requer o suporte de instrumentos orientados para fins, indispensveis ao controle das aes, seja no que se refere ao aparato legal (constituio, leis, decretos, portarias, regulamentos, ajustamentos formais de conduta, etc.) assim como o apoio dos organismos pblicos, parcerias privadas e mediadores em geral, com seus scripts e desempenho assegurado na implementao das aes. Esse conjunto de regras e organismos o que se denomina de arranjo institucional. (BASTOS & GOMES DA SILVA, 2008:9)

    As formas e os objetivos podem ser nesta perspectiva, entendidos como o processo de mediao, onde se define como:

    o reconhecimento dos significados coletivamente produzidos e intercomunicados, sua utilidade explicativa funda-se na abertura para compreenso da construo da ordem social. Todavia, a valorizao do consenso e do consentimento, que os atos de interconexo comunicativa evocam, no pode prescindir da valorizao da importncia da margem de indeterminao, tambm produzida nesses atos de construo de conscincia (coletiva), que rompem com qualquer explicao pela dependncia imediata e espontnea. (NEVES, 2008:23)

    Os arranjos institucionais citados realizam-se por intermdio dos agentes mediadores, e isto denomina se mediao. Para tanto, conjuga-se a esta mediao, os mediadores/agentes no processo de transferncia de tecnologia. Por mediadores compreende-se, continuando com o pensamento da autora acima citado, que so os que:

    [...] se encontram nos processos de desenvolvimento social, quando se pressupe a interligao de mundos diferenciados por saberes especializados. [...]agentes zelosos das diferenas que devem administrar, com vistas a produo do dilogo e de reordenaes sobre sentidos nem sempre convergentes. (NEVES, 2008:35)

  • Fica evidenciado que se faz necessrio compreender se estas mediaes esto contribuindo para o processo de transferncia de tecnologia agropecuria, j citado, e sua influncia para um Desenvolvimento Rural ou Desenvolvimento fundamentado em bases sustentveis.

    3. Consideraes Finais preciso entender que em linhas gerais, abordar o referencial terico de

    desenvolvimento, instituies, arranjo institucional, mediao e mediadores para articular com a temtica de pesquisa proposta e em andamento, nos leva a questes norteadoras que permeiam nossa busca terica e emprica. Essas indagaes podem ser resumidas da seguinte forma:

    As pesquisas agropecurias realizadas no Estado do Rio Grande do Norte contribuem e/ou fortalecem a agricultura familiar?

    As informaes, conhecimento, inovaes resultados da pesquisa agropecuria tm chegado aos agricultores familiares?

    O arranjo institucional presente atualmente no Rio Grande do Norte, para realizar o processo de disponibilizao e apropriao de conhecimentos e tecnologias tem sido eficaz e eficiente, no sentido de contribuir para o desenvolvimento rural?

    O poder estadual/governo tem interesse na pesquisa agropecuria como um dos caminhos para o desenvolvimento?

    De que forma o processo de disponibilizao de tecnologias tem sido realizado?

    4. Bibliografia

    BASTOS, Fernando e GOMES DA SILVA, Aldenr. Instituies na Agricultura Familiar: Ampliando a discusso sobre arranjo e ambiente institucional. Texto de reviso terica para a pesquisa CNPq: Inovao, Poder e Desenvolvimento em reas Rurais IPODE, 2008.

    BASTOS, Fernando. Ambiente Institucional no Financiamento da Agricultura Familiar. So Paulo: Polis; Campinas, SP: CERES Centro de Estudos Rurais do IFCH-UNICAMP, 2006.

    BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construo social da realidade. Rio de Janeiro: Vozes, 1985 (p. 69 a 95).

  • BRUZEKE, Franz Josef. O problema do desenvolvimento sustentvel. In: Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentvel. So Paulo: Cortez, Recife-PE: Fundao Joaquim Nabuco, 1995.

    EVANS, Peter. Alm da Monocultura Institucional: capacidades e o desenvolvimento deliberativo. Porto Alegre: Sociologias, ano 5, n.9, jan/jun 2003, p.20 a 63.

    GRAZIANO DA SILVA, Jos. Tecnologia e agricultura familiar. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1999.

    MOURA, Ezequias Viana de. Et al. Viso estratgica da EMPARN: (2002-2006). Natal, RN : EMPARN, 2002. 18p. (Documentos; 32)

    NEVES, Delma Pessanha (org). Desenvolvimento social e mediadores polticos. Porto Alegre: Editora da UFRGS: Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento Rural, 2008.

    SACHS, Ignacy. Caminhos para o desenvolvimento sustentvel. Rio de Janeiro: Garamond, 2000.

    THRET, Bruno. As instituies entre as estruturas e as aes. So Paulo: Revista Lua Nova; n.58, 2003.