arquivo sobre sistemas de propulsão

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO ENGENHARIA MECÂNICA GABRIEL HIDEO DA SILVA JEFFERSON ACASIO DA SILVA JOSÉ MÁRIO BETTIO LEONARDO MARÇON LUIZ HERINQUE TURRINI RAMOS MARCELO AUGUSTO FERREIRA MARCOS HENRIQUE SALAME DE ANDRADE PAULO HENRIQUE BOSELLI RAPHAEL TAVARES CALLADO RICARDO SILVA GARCIA SISTEMAS DE PROPULSÃO SISTEMAS TERMICOS 1 CORNÉLIO PROCÓPIO 2014

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Sistemas de propulsão

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Page 1: arquivo sobre sistemas de Propulsão

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO

ENGENHARIA MECÂNICA

GABRIEL HIDEO DA SILVA

JEFFERSON ACASIO DA SILVA

JOSÉ MÁRIO BETTIO

LEONARDO MARÇON

LUIZ HERINQUE TURRINI RAMOS

MARCELO AUGUSTO FERREIRA

MARCOS HENRIQUE SALAME DE ANDRADE

PAULO HENRIQUE BOSELLI

RAPHAEL TAVARES CALLADO

RICARDO SILVA GARCIA

SISTEMAS DE PROPULSÃO

SISTEMAS TERMICOS 1

CORNÉLIO PROCÓPIO

2014

Page 2: arquivo sobre sistemas de Propulsão

GABRIEL HIDEO DA SILVA

JEFFERSON ACASIO DA SILVA

JOSÉ MÁRIO BETTIO

LEONARDO MARÇON

LUIZ HERINQUE TURRINI RAMOS

MARCELO AUGUSTO FERREIRA

MARCOS HENRIQUE SALAME DE ANDRADE

PAULO HENRIQUE BOSELLI

RAPHAEL TAVARES CALLADO

RICARDO SILVA GARCIA

SISTEMAS DE PROPULSÃO

Trabalho de sistemas térmicos I do curso de Engenharia Mecânica, da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Prof. Dr. Edson Hideki Koroishi

CORNÉLIO PROCÓPIO

2014

Page 3: arquivo sobre sistemas de Propulsão

SUMÁRIO

1. Introdução ...................................................................................................................................... 4

2. Tipos de propulsão naval ............................................................................................................ 6

2.1. Propulsão Direta ....................................................................................................................... 6

2.2. Propulsão Indireta ..................................................................................................................... 6

3. Comparação entre os tipos de instalações propulsoras ........................................................ 7

4. Sistemas de propulsão utilizados em navios ........................................................................... 8

4.1. Propulsão mecânica ................................................................................................................. 9

4.1.1 Propulsão mecânica direta ................................................................................................ 9

4.1.2 Propulsão mecânica direta com recuperação de energia ............................................ 9

4.2. Propulsão CODOG (Combined Diesel or Gas) ............................................................... 9

4.3. Propulsão CODAG (Combined Diesel And Gas) .......................................................... 10

4.4. Propulsão CODLAG (Combined Diesel-eLectric And Gas) ......................................... 11

4.5. Propulsão Diesel-eléctrico ................................................................................................ 12

4.6. Propulsão Diesel-eléctrico Azipod ................................................................................... 12

5. Propulsores de turbina a gás (turbo-jato) ............................................................................... 12

6. Conclusão .................................................................................................................................... 16

7. Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 17

Page 4: arquivo sobre sistemas de Propulsão

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Introdução

Propulsão é o processo de alterar o estado de movimento ou de repouso de um

corpo em relação a um dado sistema de referência. Um corpo pode ser acelerado através

de fontes de energia internas, isto é, transportadas junto com ele, como é o caso de

combustíveis armazenados em tanques, ou por fontes externas, como é o caso da pressão

de radiação solar. Este empuxo é obtido conforme a terceira lei de Newton, pela diferença

da quantidade de movimento aliada ao fluxo de entidades químicas e físicas energizadas

que passam pelo propulsor.

Os meios de propulsão são utilizados para mover aviões, veículos espaciais,

automóveis, trens, navios, submarinos, entre outros. Alguns exemplos podem ser

destacados quando se trata de propulsão.

Como a propulsão naval, que pode ser descrita como qualquer meio de produção

de energia mecânica que permita o deslocamento de embarcações. Os remos, a vela, o

motor a vapor, o motor diesel e a turbina a gás são os principais meios de propulsão naval.

Sendo o usual dos dias de hoje os motores de propulsão com motor diesel. A vela foi o

principal meio de propulsão das embarcações, até o surgimento do motor a vapor no século

XIX. No início, uma solução híbrida foi adotada, a vela era utilizada durante o cruzeiro e o

vapor para atingir velocidades maiores, porem os motores a vapor exigiam grandes

quantidades de carvão, o que ainda diminuía a carga útil do navio e causando alguns

incômodos como o fato do motor acionar uma grande roda na lateral do navio, esta roda

atrapalhava o manuseio das velas e a faina do navio. Este problema só foi resolvido com a

invenção da hélice por John Ericsson. No início do século XX, com a criação de

embarcações totalmente metálicas e a hélice, o motor a vapor se firmou como principal meio

de propulsão naval.

Os motores dieseis marinhos entraram em uso em 1903. Com o desenvolvimento e

surgimento do motor a diesel, a substituição do motor a vapor foi inevitável, pois os motores

de combustão interna possuem maior rendimento, assim como o espaço físico em volume e

peso que o diesel ocupava era muito menor que o carvão fazendo a capacidade de carga

das embarcações aumentarem. As turbinas a gás são usadas em combinação com outros

tipos de motor. Devido à sua baixa eficiência térmica em baixa potência (de cruzeiro) de

saída, é comum aos navios usá-las em motores a diesel para cruzeiros, com turbinas a gás

reservado, para quando as velocidades mais altas forem necessárias. No entanto, no caso

dos navios de passageiros a principal razão para instalação de turbinas a gás tem sido a de

permitir uma redução das emissões em áreas ambientais sensíveis ou no porto. Alguns

navios de guerra e alguns cruzeiros modernos também têm utilizado as turbinas a vapor

para melhorar a eficiência de suas turbinas a gás em ciclo combinado, onde desperdício do

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calor de uma turbina a gás de escape é utilizado para aquecer água e produzir vapor para a

condução de uma turbina a vapor. Em tais ciclos combinados, a eficiência térmica pode ser

o mesmo ou ligeiramente maior que a dos motores a diesel sozinho, no entanto, o grau de

combustível necessário para essas turbinas a gás é muito mais dispendiosa do que a

necessária para os motores a diesel, as despesas de funcionamento ainda são superiores.

Outro exemplo é o propulsor turbo-jato que iniciou uma nova era entre os motores

aeronáuticos, trazendo simplicidade na construção e elevada eficiência. Este propulsor

possibilita elevadas velocidades e operação em altas altitudes devido as suas

características de construção, sendo muito requerido para equipar aeronaves militares.

No século XX, os motores a foguete eram ineficientes para serem usados na

aviação. Em seu lugar, por volta da década de 1930, o motor a combustão interna em suas

diversas formas (rotativos, radiais, ar-refrigerado e refrigerado a água em linha) eram os

únicos tipos de motores viáveis para o desenvolvimento de aviões. Esses motores eram

aceitáveis em vista das baixas necessidades de performance então exigidas, dado o menor

desenvolvimento dos meios técnicos. Entretanto, os engenheiros estavam já a prever,

conceitualmente, que o motor a pistão era autolimitado em termos de performance. O limite

era e é dado essencialmente pela baixa eficiência da hélice. Isto se dá quando as lâminas

da hélice aproximam-se da velocidade do som. Se a performance do motor, assim como a

do avião, aumentasse sempre, mesmo com essa barreira, ainda assim haveria a

necessidade de se melhorar radicalmente o desenho do motor a pistão ou um tipo

completamente novo de motor teria que ser desenvolvido. Esta é a motivação que está por

trás do desenvolvimento da turbina a gás, comumente chamada apenas por motor a jato, a

qual poderia ser quase tão revolucionária para a aviação quanto o primeiro voo de Santos

Dumont.

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1. Tipos de propulsão naval

2.1. Propulsão Direta

Quando a máquina principal e a hélice operam com bom rendimento à mesma

velocidade de rotação. A máquina principal aciona diretamente a linha de veios, em cuja

extremidade a ré está montado a hélice (propulsor).

As características do equipamento utilizado na propulsão direta dos navios são

normalmente as seguintes:

Máquinas principais – motores diesel lentos a 2 tempos;

Linhas de veios – acionadas diretamente pelos motores;

Hélices (propulsores) – de passo fixo ou passo variável.

Figura 1 – Sistema de propulsão direta.

2.2. Propulsão Indireta

Quando a máquina principal apenas opera com bom rendimento a uma velocidade

de rotação superior à da hélice. A máquina principal aciona, através de uma caixa de

engrenagens redutoras, a linha de veios, afim de que a hélice também montada na

extremidade a ré desta, opere com um bom rendimento a uma velocidade de rotação mais

baixa.

As características do equipamento utilizado na propulsão indirecta dos navios, são

normalmente as seguintes :

Máquinas principais - motores diesel a 2 tempos, motores Diesel a 4 tempos

de média velocidade, turbinas a vapor e turbinas a gás;

Caixas de engrenagens redutoras e linhas de veios;

Hélices (propulsores) - normalmente de passo variável;

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Figura 2 –Sistema de propulsão indireto.

Motor diesel dois tempos, caixa redutora e gerador de veio

O gerador de veio permite obter energia elétrica para o navio a partir da

máquina principal. Deste modo, evita que os geradores a diesel auxiliares funcionem com o

navio a navegar.

Os geradores a diesel funcionam em geral com o navio em manobras,

atracado ou a navegar com mau tempo (motivo de segurança).

2. Comparação entre os tipos de instalações propulsoras

Para que esta comparação seja possível deve analisar o tipo de aplicabilidade em

que os diferentes tipos de instalações propulsoras possam concorrer, tendo em

consideração uma potência propulsora, em geral superior a 25000 kW.

Peso da instalação – mais leve utiliza a turbina a gás e a mais pesada a utiliza a

solução diesel direta, ocupando a turbina a vapor uma posição intermédia;

Espaço ocupado pela instalação – é semelhante para as soluções que utilizam

turbinas a vapor e motores diesel e menor para a solução que utiliza turbinas a gás, o que

por si só permite aumentar a capacidade de carga do navio em cerca de 13 %;

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Figura 3 –Espaço ocupado pelo maquinario (turbina a gás x diesel)

Pessoal a ser utilizados na operação é praticamente o mesmo para as três

soluções, assim como o preço do equipamento que praticamente é igual para as três

soluções. Mas à medida que a potência propulsora vai diminuindo, verifica-se uma

progressiva redução do custo da propulsão com motor diesel em relação às restantes. Ja a

manutenção do equipamento, a propulsão com motor diesel apresenta uma ligeira

desvantagem devido aos maiores custos que envolve, porem o consumo de combustível é

menor no caso da propulsão com motor diesel, seguindo-se a propulsão com turbinas a

vapor, sendo a propulsão com turbinas a gás a que consome mais para a mesma potência

propulsora.

Atualmente, a propulsão com motor diesel é a que apresenta os custos de

exploração mais baixos, para a maior parte dos navios mercantes;

Este tipo de propulsão é atualmente utilizado em mais de 97% dos navios da frota

mercante mundial.

3. Sistemas de propulsão utilizados em navios

Propulsão mecânica;

Propulsão CODOG;

Propulsão CODAG;

Propulsão CODLAG;

Propulsão Diesel-eléctrico;

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Propulsão Diesel-eléctrico (AZIPOD);

4.1. Propulsão mecânica

4.1.1 Propulsão mecânica direta

É utilizado quando o motor principal opera a baixa velocidade (entre 80 a 200 rpm),

em geral motores diesel dois tempos com veio propulsor na mesma velocidade da máquina

principal. Essa é uma configuração simples podendo dispensar a utilização de caixas

redutorase tendo como opcional o uso de gerador de veio e turbina de potência.

4.1.2 Propulsão mecânica direta com recuperação de energia

Nos motores com maior potência, parte dos gases de evacuação passa por uma

turbina de potência e os gases ainda passam por uma caldeira recuperativa, de modo a

produzir vapor para uma turbo geradora.

Figura 4- Utiliza os gases de evacuação do motor para recuperar energia através de turbina de

potência e turbo-geradora.

4.2. Propulsão CODOG (Combined Diesel or Gas)

O sistema de propulsão marinha Diesel or Gas (CODOG) combina motores diesel

com turbinas à gás. É um tipo de sistema de propulsão para navios que precisam de

velocidade máxima, que é consideravelmente mais rápido que a velocidade de cruzeiro,

navios de guerra particular, como fragatas modernas ou corvetas.

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Os motores a diesel são os mais adequados para navios de velocidade moderada e

constante. Suas principais vantagens são:

Elimina a instalação de caldeiras e condensadores, o que representa uma

grande economia de peso e espaço;

São reversíveis e, como as máquinas alternativas, desenvolvem praticamente

a mesma potência na marcha a ré que na marcha a vante. É uma superioridade de manobra

sobre os navios a turbina, cuja potência em marcha AR é limitada a 50% da potência em

marcha AV;

Durante as estadias no porto o consumo dos motores é nulo, enquanto que

as caldeiras dos navios a vapor devem ser mantidas sob pressão.

Suas principais desvantagens são:

Exigem uma instalação de ar comprimido para partida e injeção de

combustível;

Maior custo de instalação;

Maior trabalho de manutenção, exigindo inspeção periódica a suas diversas

peças;

Consome um combustível mais caro, e mais lubrificante.

4.3. Propulsão CODAG (Combined Diesel And Gas)

É um sistema de propulsão que utiliza motores Diesel para a propulsão em regime

de velocidade de cruzeiro. Para aumentar a velocidade do navio, utiliza-se uma turbina a

gás auxiliar em conjunto com os motores Diesel para aumentar a potência total de propulsão

do navio.

Este sistema apresenta tambem maior complexidade das engrenagens redutoras.

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Figura 5- Propulsão CODAG (Combined Diesel And Gas)

4.4. Propulsão CODLAG (Combined Diesel-eLectric And Gas)

Utiliza motores Diesel para produzir energia eléctrica que vai alimentar os motores

de propulsão do navio (velocidade de cruzeiro). Para obter velocidades mais elevadas,

utiliza-se uma turbina a gás auxiliar de modo a aumentar a potência eléctrica total utilizada

para a propulsão do navio

Figura 6 - Propulsão CODLAG

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4.5. Propulsão Diesel-eléctrico

Diversos geradores de alta potência, acionados por motores a diesel quatro tempos

de velocidade média, e que também operam a uma velocidade média fornecem a

eletricidade que é usada para os motores elétricos das transmissões principais e auxiliares.

Os geradores principais são acionados diretamente ou por meio de uma caixa

reversora. Os geradores são rígidos e os motores a diesel podem ser rígidos ou de

montagem flexível.

O sistema de propulsão principal, bem como as transmissões auxiliares, como a

bomba de draga, bomba a jato e várias outras máquinas são acionadas pelos motores

elétricos.

4.6. Propulsão Diesel-eléctrico Azipod

Sistema de propulsão Azipod

Há a possibilidade de utilizar uma ou mais unidades, cada uma constituída por um

motor eléctrico e um hélice. O conjunto é acoplado à estrutura do navio sendo capaz de

rodar 360º. Este facto, permite eliminar o sistema de governo (leme), uma vez que o fluxo de

água de propulsão é direccionado pelo Azipod.

As perdas de potência nas caixas de engrenagens e linhas de veios, são

eliminadas, e o respectivo espaço ocupado pode ser utilizado para outros fins.

Proporciona uma maior estabilidade ao navio e uma redução média de 15% no

consumo de combustível. Quando utiliza duas unidades, os hélices operam em contra-

rotação.

5. Propulsores de turbina a gás (turbo-jato)

Tipos de turbina a gás

Os motores a reação são classificados segundo o tipo de compressores que usam,

que recaem em três categorias básicas que são, fluxo centrífugo, fluxo axial e fluxo misto

(axial – centrifugo).

Em uma turbina de fluxo centrifugo, a compressão do ar de entrada é feita mediante

a aceleração do ar externo perpendicularmente ao eixo longitudinal do motor. O motor de

fluxo axial comprime o ar através de uma série de aerófilos estacionários e rotativos

movendo o ar paralelamente ao eixo longitudinal do motor. O motor misto, centrifugo-axial

usa os dois tipos de compressão. O caminho que o ar faz no interior do motor e a forma que

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a energia, tração é produzida determinam o tipo da turbina, sendo estas, em geral, turbo

jatos, turbo hélice, turbofan ou turbo-eixo.

Figura 7 – Turbo Jato

Turbo Jato (jato puro) – Esta turbina é composta de quatro secções – compressor,

câmara de combustão, turbina e exaustor. O compressor passa para a câmara de

combustão ar de entrada com alta razão de velocidade. A câmara de combustão possui os

injetores e os ignitores para a combustão. O ar queimado e altamente expandido movimenta

a turbina que está conectada por um eixo concêntrico ao compressor, sustentando a

operação do motor. Os gases acelerados da exaustão do motor produzem a tração (thrust)

ou propulsão. Estas turbinas têm uso limitado do ponto de vista alcance e durabilidade e são

de resposta lenta aos comandos feitos nos manetes, quando em baixas velocidades do

compressor.

Turbo Hélice - É uma turbina que movimenta uma hélice através de uma caixa de

redução. Os gases de exaustão acionam uma turbina de potência que comanda um eixo

que movimenta a caixa de redução. Nestes motores a caixa de redução é indispensável

porque a hélice apresenta seu melhor rendimento sob rotações muito menores do que as

tipicamente geradas pela turbina. As turbinas deste tipo atendem um compromisso funcional

e de performance, intermediário entre a um motor alternativo e o turbo jato. Os motores

turbo-hélices são mais eficientes em velocidades entre 250 e 400 kts e altitudes entre

18.000 e 30.000 pés, sendo muito econômico em baixas velocidades, como decolagens,

subidas, descidas e pouso. O consumo específico mínimo, normalmente é apresentado na

altitude aproximada de 25.000 pés.

Turbofan - Esta turbina foi desenvolvida para combinar as melhores características

de um turbo jato e de um turbo hélice. Os motores turbofan foram projetados para gerar

tração adicional a partir de um fluxo de ar secundário que passa no contorno das câmaras

de combustão. No turbofan o ar lateral, externo à combustão (bypass) gera tração muito

maior, refrigera o motor e reduz o nível de ruído geral do motor, em especial no

escapamento. Este motor prove a velocidade de cruzeiro turbo jato com um consumo baixo,

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um pouco superior do que o do turbo hélice. O ar admitido e separado para constituir os

fluxos, um passa pelo interior do motor e o segundo contorna o motor. Este fluxo de ar de

contorno é que dá origem ao termo “bypass engine”. A razão de “bypass” de um turbofan se

refere à razão entre o volume do ar que constitui o fluxo de contorno e o volume do fluxo de

ar que passa pelo interior do motor.

Turbo eixo – é a turbina que libera sua potência para um eixo que aciona qualquer

mecanismo que não seja uma hélice. A grande diferença de um motor turbo eixo para um

motor turbo jato está no fato que o turbo jato produz tração enquanto que um turbo eixo

produz potência, aciona uma turbina. Estas turbinas são usadas para equipar helicópteros e

como unidades auxiliares de potência (APU).

A combustão da mistura combustível é marcada pela presença de uma chama a

frente do bico injetor de combustível e processa-se numa região muito pequena, situada na

primeira porção da câmara.

O sistema de ignição de turbina apresenta um ignitor de chama diferente daqueles

utilizadas nos sistemas de ignição dos motores convencionais. Os ignitores somente geram

faísca no momento da partida, sendo que após o início do funcionamento do motor, a faísca

cessa e a chama torna-se constante com a adição contínua de combustível. O seu eletrodo

deve ser capaz de resistir a uma corrente de muito maior energia, em relação ao eletrodo de

velas para motores convencionais. Essa corrente de alta energia pode rapidamente causar a

erosão do eletrodo, mas os pequenos períodos de operação minimizam manutenção da

vela. O espaço do eletrodo de uma vela de ignição típica é muito maior do que aquela das

velas de centelha, uma vez que as pressões de operação são muito menores, e as

centelhas podem ser mais facilmente conseguidas do que nas velas comuns. Finalmente, a

sujeira nos eletrodos, tão comum nas velas de motores convencionais, é minimizada pelo

calor das velas de alta intensidade.

Para a combustão ser eficiente, deve-se ter tempo, temperatura e turbulência.

Resumindo, significa tempo de queima o mínimo possível, temperatura a mais baixa

possível e o mínimo de turbulência. A temperatura aproximada na combustão chega a 2000°

C, com tempo Maximo de 10 a 20 milésimos de segundo.

A chama de combustão apresenta a cor amarela quando o motor está bem

regulado. Chama a atenção uma cor vermelha pálida caso Haja desregulagem de algum

componente. O comprimento da chama varia diretamente com a razão da mistura de

combustível-ar. Os bicos injetores são projetados para trabalhar com um volume específico

de ar e combustível. Existe um limite de chama para que não afete a estrutura da câmara e

os componentes do bico injetor, que se chama de razão máxima de mistura. Um item

importante da chama é manter-se acesa durante a passagem de fortes correntes de ar.

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Sabe-se que o ar que entra na câmara de combustão é muito veloz em relação ao tempo de

propagação da chama. Por isso que é importante ter uma pequena região de turbulência em

volta da chama para diminuir a velocidade do ar.

Convém salientar que a massa de ar que não tomou parte da combustão sofre uma

aceleração no seu movimento, causada pela grande quantidade de calor que lhe é

transmitida pela chama de combustão. Essa massa acelerada chega a 168 metros por

segundo de velocidade. O final é registrado no momento exato em que a massa de ar mais

os produtos da combustão deixam as câmaras de combustão e penetram no anel de pás

orientadoras de fluxo para turbina, passando antes através de tubo orientadores que ligam

as câmaras de combustão com o conjunto da turbina.

O rendimento do motor é definido em termos de energia absorvida e energia obtida

do motor:

Num motor de turbina a gás, a jato, estamos mais interessados no valor de empuxo

desenvolvido do que na quantidade de trabalho realizado, que é dada pelo produto da força

pela distância, pouco importando se ele efetuou algum deslocamento. Assim, a eficiência

fica reduzida à quantidade de empuxo gerado comparado com a quantidade de energia

usada que, neste caso, é o consumo de combustível. A simplificação exposta é permitida na

medida em que um motor a reação quando colocado num banco de provas não se desloca,

assim sendo, não produz trabalho, pois este é o resultado da força gerada pela distância

deslocada que neste exemplo é nulo.

Este fato nos conduz à uma das principais medidas de rendimento do motor a jato:

A quantidade de combustível consumida por hora dividida pelo empuxo

desenvolvido, constituindo a grandeza conhecida como “consumo específico do motor”, em

inglês, Thrust Specific Fuel Consumption (TSFC).

Outras relações compõem o consumo específico do motor a jato, sendo as

principais, o rendimento térmico do ciclo e o rendimento propulsivo. O rendimento propulsivo

é a quantidade de empuxo desenvolvida pelo duto de descarga com a energia que lhe é

fornecida em forma utilizável. O duto de descarga faz o máximo que pode para transformar

a energia recebida em empuxo, mas não consegue ser 100% eficiente.

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6. Conclusão

O trabalho citou diversos modelos de propulsão existentes, especificando em dois

mais comuns, isso mostrou que apenas que a escolha de qual sistema usar varia com a

necessidade e qual será o uso, podendo assim definir qual o melhor método usar, pois o

constante desenvolvimento de novas tecnologias e adaptações fazem com que os

sistemas fiquem mais versáteis e produtível para o uso.

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7. Referências Bibliográficas

FONSECA, Maurílio Magalhães, 1912-1972 - Arte Naval. – 7.ed.– Rio de Janeiro: Serviço

de Documentação da Marinha, 2005.

PALHARINI, Marcos Jesus Aparecido. Motores a Reação. 4 ed. rev. São Paulo: Asa,

1999

NOGUEIRA, Haroldo J.P.. Motores a Jacto. 2 ed. rev. São Paulo: LEP, 1954

Máquinas de Propulsão. Disponível em:

<http://tempodefun.dominiotemporario.com/doc/Propulsao.pdf> Acesso em: Dezembro de

2014.

Propulsão. Disponível em: <http://www.lcp.inpe.br/Plone/LCP/linhas-de-

pesquisa/propulsao-1> Acesso em: Dezembro de 2014.