Arqueologia local: visita ao museu

Cheguei. Anos depois de minha primeira visita, retorno à antiga Casa da Família Morandi-Otolini. Como muitos museus, o prédio que o abriga nem sempre foi um centro cultural. Foi construída por volta de 1880, quando

Caxias do Sul sequer ainda era uma vila, era colônia denominada “Freguesia de Santa Tereza de Caxias”.

Lá está retratada a essência de cada uma das fases de desenvolvimento social, econômico e político de minha cidade. É certo que a região era habitada por muitas tribos indígenas “caingangues”. Mas foi só com a imigração italiana que a cidade começou a se formar.

Assim, o acervo exposto contêm objetos que representam a vida da época em todos os seus sentidos: os equipamentos utilizados na atividade agrícola, os utensílios e móveis domésticos, a indumentária, objetos religiosos e representações do comércio.

Na parte de comunicação, o telefone chegou em 1895. Não era nada parecido com os celulares atuais, a começar porque era um telefone para várias pessoas, sem contar que mal cabia em uma mala, muito menos em um bolso, mas prestava ao seu fim: comunicar. Onze anos depois, chegou o telégrafo. Mais três anos, estamos em 1909, e surge o jornal italiano “La Libertá”, que, embora tenha se

mudado para outras cidades, ainda circula em Caxias do Sul com o nome de “Correio Rio-Grandense”. Ainda existiram outros, como o “Cittá di Caxias” e “Il Colono Italiano”.