arqueologia rio piquiri

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III SEMINÁRIO SOBRE OS POTENCIAIS IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO DE BARRAMENTOS HIDRELÉTRICOS NA BACIA DO RIO PIQUIRI ARQUEOLOGIA DO RIO PIQUIRI ALMIR PONTES FILHO COORDENADORIA DO PATRIMÔNIO CULTURAL SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA DO PARANÁ

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III SEMINÁRIO SOBRE OS POTENCIAIS IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO DE BARRAMENTOS

HIDRELÉTRICOS NA BACIA DO RIO PIQUIRI

ARQUEOLOGIA DO RIO PIQUIRI

ALMIR PONTES FILHO

COORDENADORIA DO PATRIMÔNIO CULTURALSECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA DO PARANÁ

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Ciência Social – Antropologia e História

Interação entre o homem e sua cultura material

Espaço e o tempo

Ambiente geográfico

Aspecto cognitivo: avaliar as ‘marcas’ da mente pré-histórica nos objetos – quando foram feitos, por que e para que foram confeccionados

ARQUEOLOGIA

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PARELLADA, Claudia Inês. Arqueologia dos Campos Gerais. In: MELO, Mário Sérgio; MORO, Rosemeri Segecin; GUIMARÃES, Gilson Burigo. Patrimônio natural dos Campos Gerais do Paraná. Ponta Grossa: UEPG, 2007.

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JACOBUS, André Luiz. A utilização de animais e vegetais na pré-história do RS. In: KERN, Arno Alvarez (Org.). Arqueologia Pré-Histórica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991.

MEGAFAUNA DO BRASIL

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2Grupo de caçadores – coletores: Tradição Humaitá e Umbu

7.000 anos AP

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2Grupo de caçadores – coletores: Artefatos líticos

Tradição Umbu Tradição Humaitá

In: Mentz Ribeiro, 1999

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2012FLORESTA COM ARAUCÁRIA NO PARANÁ

Floresta Ombrófila Mista

A floresta com Araucária no Paraná: conservação e diagnóstico dos remanescentes florestais. Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná. Apoio: Probio. Paulo Roberto Castela; Ricardo Miranda de Britez. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004.

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TRADIÇÃO CERAMISTA ITARARÉ“Os primitivos engenheiros do planalto”

SCHMITZ, Pedro Ignacio; BECKER, Itala Irene Basile. Os primitivos engenheiros do planalto e suas estruturas subterrâneas. In: KERN, Arno Alvarez (Org.). Arqueologia Pré-Histórica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991.

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2SÍTIO ARQUEOLÓGICO

Tradição Itararé – Remanescente de Casa Subterrânea

Vale do Rio Piquiri

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2TRADIÇÃO CERAMISTA ITARARÉ

SCHMITZ, Pedro Ignacio; BECKER, Itala Irene Basile. Os primitivos engenheiros do planalto e suas estruturas subterrâneas. In: KERN, Arno Alvarez (Org.). Arqueologia Pré-Histórica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991.

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TRADIÇÃO TUPIGUARANIMigrantes da Amazônia

SCHMITZ, Pedro Inácio. Migrantes da Amazônia: a tradição Tupiguarani. In: KERN, Arno Alvarez (Org.). Arqueologia Pré-Histórica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991.

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TRADIÇÃO TUPIGUARANITerritório do Guairá

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TRADIÇÃO TUPIGUARANI

SCHMITZ, Pedro Inácio. Migrantes da Amazônia: a tradição Tupiguarani. In: KERN, Arno Alvarez (Org.). Arqueologia Pré-Histórica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991.

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2O CAMINHO DO PEABIRÚ E O ITINERÁRIO

DE ULRICH SCHMIDEL ATRAVÉS DO SUL DO BRASIL(1552 – 1553)

MAACK, Reinhard. Sobre o itinerário de Ulrich Schmidel através do sul do Brasil. (1552-1553). Curitiba: UFPR, 1959.

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Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHANSistema de Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico BrasileiroCadastro Nacional de Sítios Arqueológicos

In: http://portal.iphan.gov.br/portal/montaPaginaSGPA.do

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Mapa de Jean Lery, datado de 1556

FUNDAÇÃO DA BIBLIOTECA NACIONAL. Cartografia Colonial. Disponível em: <http://consorcio.bn.br/cartografia/cart_colonial.html> Acesso em: 12 set. 2009.

A Província do Guairá e a ocupação espanholaSéculo XVI

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CHMYZ, Igor. Arqueologia histórica da vila espanhola de Ciudad Real do Guairá. In: ____ (Ed.). Cadernos de Arqueologia. Museu de Arqueologia e Artes Populares. Paranaguá, nº.1, p. 7-98. 1976.

A Província do Guairá e a ocupação espanholaSéculo XVI

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Red. N. Sra. de LoretoRed. Santo Inácio

Vila Rica Espírito Santo2ª fundação

Vila Rica - 1ª fund. - Tambo

Cidade Real do Guairá

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PONTES FILHO, Almir; KLUPPEL, Cristina Carla. Guairá: Patrimônio Histórico–Arqueológico. Curitiba: SEEC-CPC, 2003.

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2CIDADE REAL DO GUAIRÁ

1557Foz do Rio Piquiri

Município de Terra Roxa

PONTES FILHO, Almir; KLUPPEL, Cristina Carla. Guairá: Patrimônio Histórico–Arqueológico. Curitiba: SEEC-CPC, 2003.

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BLASI, Oldemar; LA PASTINA FILHO, José; PONTES FILHO, Almir. Primeiras notícias sobre a descoberta dos vestígios do provável assentamento do Tambo das Minas de Ferro na antiga Província do Guairá. Estudos Ibero-Americanos. Porto Alegre: 1989.

Vila Rica do Espírito Santo1570

Tambo das Minas de Ferro

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2Vila Rica do Espírito Santo

1570Tambo das Minas de Ferro

BLASI, Oldemar; LA PASTINA FILHO, José; PONTES FILHO, Almir. Primeiras notícias sobre a descoberta dos vestígios do provável assentamento do Tambo das Minas de Ferro na antiga Província do Guairá. Estudos Ibero-Americanos. Porto Alegre: 1989.

Indícios de ferro já reduzidos

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PROVÍNCIA DO GUAIRÁ1632

- Manuel Preto: 1623- Antônio Raposo Tavares: 1627- Destruição de Loreto e Santo Inácio: 1631- Manuel Preto - Vila Rica e Cidade Real: 1632

CHMYZ, Igor. Arqueologia histórica da vila espanhola de Ciudad Real do Guairá. In: ____ (Ed.). Cadernos de Arqueologia. Museu de Arqueologia e Artes Populares. Paranaguá, nº.1, p. 7-98. 1976.

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2PATRIMÔNIO HISTÓRICO-ARQUEOLÓGICO

VALE DO RIO PIQUIRI

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PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICOVALE DO RIO PIQUIRI

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Fragmento do mapa etno-histórico de Curt Nimuendaju, 1944.

BARBOSA Rodolfo Pinto (Coord.). Mapa etno-histórico de Curt Nimuendaju. Rio de Janeiro: IBGE, 1987.

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Telêmaco Borba (1876)

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Telêmaco Borba (1876)

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Telêmaco Borba (1876)

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PARELLADA, Claudia Inês. Levantamento arqueológico na área da futura UHE’s de Apertados e Comissário. Museu Paranaense.Curitiba: 2012.

Levantamento arqueológico na área da futura UHE’s de Apertados e Comissário

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PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICOVALE DO RIO PIQUIRI

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2BENS ARQUEOLÓGICOS COMO PATRIMÔNIO CULTURAL

os bens arqueológicos (indícios, artefatos ou sítios) tem uma relação estreita com a consciência histórica; da mesma forma que proporciona a sua compreensão, significa um marco importante na transmissão do conhecimento (cultural, social ou ambiental). (Funari, 2007)

um passado homogêneo e harmônico inibe a reflexão sobre as relações sociais odiernas e tende a subtrair dos homens seu potencial de transformação social.

a valorização da memória social prescinde de uma consciência política calcada em um presente historicamente constituído, onde o passado é projetado como reflexão sobre a diferença, o outro, o conflito e a resistência. (Rodrigues. In: Funari, 2007)

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BENS ARQUEOLÓGICOS COMO PATRIMÔNIO CULTURAL

Preservar para que:

-Informação, criação de consciência, ação no mundo, transformação, eis as metas da preservação.

- Preservar para transformar a sociedade pois o conhecimento não é apanágio de classes ou grupo e qualquer ação preservacionista pode levar à reflexão crítica.

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2 Não há pesquisa, nem mesmo pré-histórica, que esteja fora dos interesses da sociedade e a

arqueologia pode ser profundamente humanista, particularmente relevante para uma sociedade

multicultural, sempre que atue com a comunidade.

Pedro Paulo Funari.