argentina

2
Argentina: São Paulo - O setor de autopeças brasileiro não consegue enviar nada para a Argentina desde março, em virtude da necessidade das licenças não automáticas (LNA) impostas pelo governo vizinho. A afirmação é do diretor da Grazzimetal, João Figueiredo. Outros setores que enfrentam graves problemas para inserir seus produtos na Argentina são o têxtil e o calçadista. "Somente na empresa o caixa deixou de receber o montante entre US$ 100 mil e US$ 150 mil por mês, desde março deste ano, por conta de produtos que não possuem licenças para entrar na Argentina", argumentou Figueiredo. Heitor Klein, diretor executivo da Associação Brasileira de Calçados (Abicalçados), informou que desde fevereiro deste ano até o último dia 8, 1,468 milhão de pares de sapatos estão parados na fronteira esperando a liberação das licenças não automáticas. Estados Unidos: Estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que 15,4% das exportações brasileiras para os EUA – o equivalente a US$ 5 bilhões – estão na mira da nova legislação americana de mudanças climáticas. A lei pode atingir as vendas brasileiras de aço, celulose, papel e alumínio. O aquecimento global tornou o tema ambiental urgente. O presidente Barack Obama deu sinais de que está disposto a assumir compromissos na reunião de Copenhague. Preocupadas em ficarem em desvantagem com outros países, as empresas americanas exigem compensações. Existem dois projetos sobre o tema no Congresso americano. O mais provável é que sejam aprovadas medidas que obriguem os importadores a comprar licenças para emissão de carbono. “Isso joga o ônus da adaptação nos países em

Upload: nayara

Post on 14-Sep-2015

217 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

argentina

TRANSCRIPT

Argentina: So Paulo - O setor de autopeas brasileiro no consegue enviar nada para a Argentina desde maro, em virtude da necessidade das licenas no automticas (LNA) impostas pelo governo vizinho. A afirmao do diretor da Grazzimetal, Joo Figueiredo. Outros setores que enfrentam graves problemas para inserir seus produtos na Argentina so o txtil e o caladista."Somente na empresa o caixa deixou de receber o montante entre US$ 100 mil e US$ 150 mil por ms, desde maro deste ano, por conta de produtos que no possuem licenas para entrar na Argentina", argumentou Figueiredo.Heitor Klein, diretor executivo da Associao Brasileira de Calados (Abicalados), informou que desde fevereiro deste ano at o ltimo dia 8, 1,468 milho de pares de sapatos esto parados na fronteira esperando a liberao das licenas no automticas.Estados Unidos: Estudo da Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp) aponta que 15,4% das exportaes brasileiras para os EUA o equivalente a US$ 5 bilhes esto na mira da nova legislao americana de mudanas climticas. A lei pode atingir as vendas brasileiras de ao, celulose, papel e alumnio.O aquecimento global tornou o tema ambiental urgente. O presidente Barack Obama deu sinais de que est disposto a assumir compromissos na reunio de Copenhague. Preocupadas em ficarem em desvantagem com outros pases, as empresas americanas exigem compensaes. Existem dois projetos sobre o tema no Congresso americano. O mais provvel que sejam aprovadas medidas que obriguem os importadores a comprar licenas para emisso de carbono. Isso joga o nus da adaptao nos pases em desenvolvimento, disse o diretor de relaes internacionais da FIESP, Mrio Marco Nini.Unio Europeia-: A Unio Europeia tambm estuda a adoo de uma taxa de carbono contra produtos importados, caso os pases emergentes no se disponham a assumir compromissos equiparveis aos ricos de reduo de emisses em Copenhague.Segundo a consultora da Confederao Nacional da Indstria (CNI), Sandra Rios, essas tarifas distorcem a negociao climtica, que reconhece que os pases ricos e em desenvolvimento tm responsabilidades diferentes pelo aquecimento global. O problema que essas tarifas vo equiparar os esforos. As naes emergentes tm de manter seu crescimento.