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Bol. Trab. Emp., 1. a série, n. o 25, 8/7/2005 3777 b) Dar pareceres e informações que lhe sejam soli- citados por qualquer departamento estatal ou ainda por qualquer pessoa ou organismo abran- gido pelo contrato colectivo de trabalho; c) Promover oficiosamente ou a solicitação de qualquer interessado o aperfeiçoamento e a exe- cução do contrato colectivo de trabalho; d) Deliberar sobre questões de carácter técnico, classificação do pessoal, definição de categorias, equivalência de funções, integração nos respec- tivos grupos e criação de novas categorias; e) Propor aos outorgantes alterações e revisões da convenção colectiva de trabalho. Artigo 12. o A comissão só poderá deliberar desde que estejam presentes dois terços dos membros representantes de cada uma das partes. Artigo 13. o As deliberações serão tomadas por unanimidade dos seus membros presentes por voto secreto. Artigo 14. o As deliberações deverão constar da acta, lavrada logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes. Artigo 15. o Das deliberações da comissão paritária pode qualquer interessado recorrer nos termos legais. Artigo 16. o Em tudo o que for omisso neste regulamento obser- var-se-ão as disposições legais em vigor, podendo entre- tanto, e a pedido de qualquer das partes, ser-lhe intro- duzidas quaisquer alterações. Porto, 4 de Maio de 2005. Pela Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte: Alfredo Jorge de Castro Neves, mandatário. Carlos Inácio Martins dos Santos, mandatário. José Amândio Loureiro Alves Cunha, mandatário. José Augusto Teixeira Seca, mandatário. Pela ACDV — Associação Comercial do Distrito de Viseu: Alfredo Jorge de Castro Neves, mandatário. Carlos Inácio Martins dos Santos, mandatário. José Amândio Loureiro Alves Cunha, mandatário. José Augusto Teixeira Seca, mandatário. Pela Associação Comercial e Industrial dos Concelhos da Sertã, Proença-a-Nova, Vila de Rei e Oleiros: Alfredo Jorge de Castro Neves, mandatário. Carlos Inácio Martins dos Santos, mandatário. José Amândio Loureiro Alves Cunha, mandatário. José Augusto Teixeira Seca, mandatário. Pela AECBP — Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor: Alfredo Jorge de Castro Neves, mandatário. Carlos Inácio Martins dos Santos, mandatário. José Amândio Loureiro Alves Cunha, mandatário. José Augusto Teixeira Seca, mandatário. Pela FEQUIMETAL — Federação Intersindical da Metalurgia, Metalomecânica, Minas, Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás: José Alberto Sousa Ribeiro, mandatário. Adelino Miguel Borges, mandatário. Declaração Para os devidos efeitos declaramos que a FEQUI- METAL — Federação Intersindical da Metalurgia, Metalomecânica, Minas, Química, Farmacêutica, Petró- leo e Gás representa as seguintes organizações sindicais: SINORQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Norte; SINQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Cen- tro, Sul e Ilhas; Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta- lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de Aveiro, Viseu e Guarda; Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta- lúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Braga; Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta- lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de Coimbra e Leiria; Sindicato dos Metalúrgicos e Ofícios Correlativos da Região Autónoma da Madeira; Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta- lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de San- tarém e Castelo Branco; Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta- lúrgicas e Metalomecânicas do Norte; Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta- lúrgicas e Metalomecânicas do Sul; Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta- lúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Viana do Castelo; Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira. Lisboa, 4 de Abril de 2005. — Pelo Secretariado: João da Silva — Adriano Beijinho Matoso. Depositado em 23 de Junho de 2005, a fl. 97 do livro n. o 10, com o n. o 138/2005, nos termos do artigo 549. o do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n. o 99/2003, de 27 de Agosto. CCT entre a ANACPA — Assoc. Nacional de Comerciantes de Produtos Alimentares e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores de Serviços — Alteração salarial e outras e texto consolidado. Revisão salarial e outras do contrato colectivo de tra- balho publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. a série, n. o 8, de 29 de Fevereiro de 2000, e pos- teriores alterações, a última das quais publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. a série, n. o 8, de 28 de Fevereiro de 2003, e texto consolidado. CAPÍTULO I Área, âmbito e vigência Cláusula 1. a Área e âmbito 1 — O presente CCT obriga, por um lado, as empresas que em Portugal exerçam a actividade comercial de pro- dutos alimentares representadas pela associação empre-

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053777

b) Dar pareceres e informações que lhe sejam soli-citados por qualquer departamento estatal ouainda por qualquer pessoa ou organismo abran-gido pelo contrato colectivo de trabalho;

c) Promover oficiosamente ou a solicitação dequalquer interessado o aperfeiçoamento e a exe-cução do contrato colectivo de trabalho;

d) Deliberar sobre questões de carácter técnico,classificação do pessoal, definição de categorias,equivalência de funções, integração nos respec-tivos grupos e criação de novas categorias;

e) Propor aos outorgantes alterações e revisões daconvenção colectiva de trabalho.

Artigo 12.o

A comissão só poderá deliberar desde que estejampresentes dois terços dos membros representantes decada uma das partes.

Artigo 13.o

As deliberações serão tomadas por unanimidade dosseus membros presentes por voto secreto.

Artigo 14.o

As deliberações deverão constar da acta, lavrada logono dia da reunião e assinada por todos os presentes.

Artigo 15.o

Das deliberações da comissão paritária pode qualquerinteressado recorrer nos termos legais.

Artigo 16.o

Em tudo o que for omisso neste regulamento obser-var-se-ão as disposições legais em vigor, podendo entre-tanto, e a pedido de qualquer das partes, ser-lhe intro-duzidas quaisquer alterações.

Porto, 4 de Maio de 2005.Pela Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte:

Alfredo Jorge de Castro Neves, mandatário.Carlos Inácio Martins dos Santos, mandatário.José Amândio Loureiro Alves Cunha, mandatário.José Augusto Teixeira Seca, mandatário.

Pela ACDV — Associação Comercial do Distrito de Viseu:

Alfredo Jorge de Castro Neves, mandatário.Carlos Inácio Martins dos Santos, mandatário.José Amândio Loureiro Alves Cunha, mandatário.José Augusto Teixeira Seca, mandatário.

Pela Associação Comercial e Industrial dos Concelhos da Sertã, Proença-a-Nova,Vila de Rei e Oleiros:

Alfredo Jorge de Castro Neves, mandatário.Carlos Inácio Martins dos Santos, mandatário.José Amândio Loureiro Alves Cunha, mandatário.José Augusto Teixeira Seca, mandatário.

Pela AECBP — Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor:

Alfredo Jorge de Castro Neves, mandatário.Carlos Inácio Martins dos Santos, mandatário.José Amândio Loureiro Alves Cunha, mandatário.José Augusto Teixeira Seca, mandatário.

Pela FEQUIMETAL — Federação Intersindical da Metalurgia, Metalomecânica,Minas, Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás:

José Alberto Sousa Ribeiro, mandatário.Adelino Miguel Borges, mandatário.

Declaração

Para os devidos efeitos declaramos que a FEQUI-METAL — Federação Intersindical da Metalurgia,

Metalomecânica, Minas, Química, Farmacêutica, Petró-leo e Gás representa as seguintes organizações sindicais:

SINORQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores daQuímica, Farmacêutica, Petróleo e Gás doNorte;

SINQUIFA — Sindicato dos Trabalhadores daQuímica, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Cen-tro, Sul e Ilhas;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos deAveiro, Viseu e Guarda;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Braga;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos deCoimbra e Leiria;

Sindicato dos Metalúrgicos e Ofícios Correlativosda Região Autónoma da Madeira;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas dos Distritos de San-tarém e Castelo Branco;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Norte;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Sul;

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Meta-lúrgicas e Metalomecânicas do Distrito de Vianado Castelo;

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira.

Lisboa, 4 de Abril de 2005. — Pelo Secretariado: Joãoda Silva — Adriano Beijinho Matoso.

Depositado em 23 de Junho de 2005, a fl. 97 do livron.o 10, com o n.o 138/2005, nos termos do artigo 549.odo Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.o 99/2003,de 27 de Agosto.

CCT entre a ANACPA — Assoc. Nacional deComerciantes de Produtos Alimentares e aFETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadoresde Serviços — Alteração salarial e outras e textoconsolidado.

Revisão salarial e outras do contrato colectivo de tra-balho publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,1.a série, n.o 8, de 29 de Fevereiro de 2000, e pos-teriores alterações, a última das quais publicada noBoletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 8, de28 de Fevereiro de 2003, e texto consolidado.

CAPÍTULO I

Área, âmbito e vigência

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — O presente CCT obriga, por um lado, as empresasque em Portugal exerçam a actividade comercial de pro-dutos alimentares representadas pela associação empre-

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3778

gadora outorgante e, por outro, os trabalhadores ao seuserviço que desempenhem funções inerentes às cate-gorias e profissões previstas nesta convenção represen-tados pelas organizações sindicais outorgantes.

2 — As partes outorgantes obrigam-se a requerer emconjunto ao Ministério do Trabalho, aquando da entregadeste CCT para depósito e publicação e das suas sub-sequentes alterações, a sua extensão a todas as empresasque exerçam a mesma actividade e aos trabalhadoresao seu serviço que, não sendo filiados nas associaçõesoutorgantes, reúnam as condições para essa filiação.

Cláusula 28.a

Direito a férias

1 — Os trabalhadores têm direito a um período deférias de 24 dias úteis remuneradas em cada ano civil.

2 — A duração do período de férias é aumentadano caso de o trabalhador não ter faltado ou na even-tualidade de ter apenas faltas justificadas, no ano a queas férias se reportam, nos seguintes termos:

a) Um dia útil de férias até ao máximo de duasfaltas ou quatro meios dias.

3 — O direito a férias reporta-se ao trabalho prestadono ano civil anterior e não está condicionado à assi-duidade ou efectividade de serviço.

4 — O direito a férias deve efectivar-se de modo apossibilitar a recuperação física e psíquica dos traba-lhadores e assegurar-lhes condições mínimas de dispo-nibilidade pessoal, de integração na vida familiar e departicipação social e cultural.

5 — O direito a férias é irrenunciável e o seu gozonão pode ser substituído, fora dos casos expressamenteprevistos na lei, por qualquer compensação económicaou outra, ainda que com o acordo do trabalhador.

Cláusula 29.a

Aquisição do direito a férias

1 — O direito a férias adquire-se com a celebraçãodo contrato de trabalho e vence-se no dia 1 de Janeirode cada ano civil, salvo o disposto nos números seguintes.

2 — No ano da contratação, o trabalhador tem direito,após seis meses completos de execução do contrato, agozar 2 dias úteis de férias por cada mês de duraçãodo contrato, até ao máximo de 20 dias úteis.

Cláusula 31.a

Direito a férias dos trabalhadores com contrato inferior a seis meses

1 — Os trabalhadores admitidos com contrato deduração total inferior a seis meses têm direito a doisdias úteis de férias e ao correspondente subsídio porcada mês completo de serviço, a gozar interpolada ouseguidamente, mas nunca em número de dias superioraos referentes aos meses já decorridos em cumprimentodo contrato.

2 — Para efeitos de determinação do mês completode serviço devem contar-se todos os dias, seguidos ouinterpolados, em que foi prestado trabalho.

Cláusula 40.a

Feriados

1 — Os feriados obrigatórios são:

1 de Janeiro;Sexta-Feira Santa;Domingo de Páscoa;25 de Abril;1 de Maio;Corpo de Deus (festa móvel);10 de Junho;15 de Agosto;5 de Outubro;1 de Novembro;1 de Dezembro;8 de Dezembro;25 de Dezembro.

2 — Além dos obrigatórios, são para todos os efeitosconsiderados feriados os seguintes:

a) O feriado municipal da localidade em que estejafixado o local de trabalho;

b) A terça-feira de Carnaval, ou outro dia à escolhado trabalhador quando o estabelecimento nãoencerre.

3 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser-vado na segunda-feira seguinte, desde que para tal hajaacordo prévio entre os trabalhadores e a entidadeempregadora, com informação aos sindicatos.

Cláusula 58.a

Subsídio de refeição

1 — Em 2004 os trabalhadores têm direito a um sub-sídio de refeição no montante de E 3,50 por cada diade trabalho efectivamente prestado. A partir de 1 deJaneiro de 2005 o subsídio de refeição terá o valor deE 3,75.

2 — Para efeitos de aplicação do número anterior,o serviço prestado terá de ter duração superior a metadedo período normal de trabalho diário.

3 — Nas situações em que haja lugar a pagamentode ajudas de custo não é devido o subsídio de refeição.

4 — Nos casos em que a entidade empregadora for-neça refeição completa ao trabalhador e este opte pora consumir, não há lugar ao pagamento do subsídiode refeição correspondente a esses dias.

Cláusula 96.a

Cláusula residual

Os trabalhadores sócios dos sindicatos outorgantesque à data da entrada em vigor do presente CCT lhesera aplicado o artigo 4.o, «Promoções e progressões»,do anexo II manterão todos os direitos constantes doreferido artigo, conforme anteriormente lhes era apli-cado.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053779

ANEXO I

Definição de funções

São aditadas a este anexo as seguintes categoriasprofissionais:

Operador auto. — É o trabalhador que num centroauto de uma unidade comercial desempenha todas astarefas, de forma polivalente, de molde a assegurar obom e regular funcionamento do referido centro.

Operador auto qualificado. — É o trabalhador quenum centro auto de uma unidade comercial para alémde desempenhar todas as tarefas, de forma polivalente,de molde a assegurar o bom e regular funcionamentodo referido centro, se encarrega especialmente da mon-tagem e ou mudanças de pneus, jantes, filtros, óleos,pastilhas de travões, baterias, escovas, limpa-vidros, lâm-padas, focagem de faróis, calibragem de rodas e repa-ração de furos, podendo ainda testar alternadores.

Subgerente. — É o trabalhador que na dependênciahierárquica do gerente de loja pode, de igual modo,coordenar, gerir e dirigir uma unidade comercial comárea de venda contínua compreendida entre 500 m2 e2000 m2.

ANEXO II

Carreiras profissionais

Artigo 4.o

Promoções e progressões

1 — As promoções são da iniciativa da entidadeempregadora e terão suporte em mudanças de conteúdofuncional e em sistemas de avaliação de desempenhoa implementar pelas empresas.

2 — A evolução nos graus profissionais desenvolve-sepela alteração dos conteúdos funcionais, designadamentepela aquisição de novos conhecimentos e competênciasprofissionais, pelo desenvolvimento tecnológico do posto

de trabalho, pelo acréscimo de responsabilidades, pelodesempenho de funções correspondentes a diversos pos-tos de trabalho e ainda pelo reconhecimento de especialmérito no desempenho da profissão.

3 — As progressões far-se-ão:

a) Por mérito — em qualquer altura, por decisãoda entidade empregadora;

b) Por ajustamento — decorridos dois anos de per-manência no mesmo escalão salarial e desde quea avaliação de desempenho anualmente reali-zada por parte da entidade patronal tenha sidoigual ou superior a 70%, na média de dois anos,de acordo com o padrão de avaliação utilizado.A ausência de avaliação anual por parte da enti-dade empregadora implica automaticamente queo trabalhador obtenha (nesse ano) um resultadode 80%. Poderá ainda o trabalhador recorrerao sindicato outorgante, no caso de não con-cordar com a avaliação do seu desempenho rea-lizada pela entidade patronal. Neste caso deveráser efectuada nova avaliação com acompanha-mento directo do representante sindical, queemitirá parecer escrito sobre a matéria.

4 — Como excepção única, o trabalhador que atinjao nível salarial XI-F, progredirá para o nível X-D aofim de três anos, sem prejuízo do disposto no n.o 4deste artigo.

5 — Na contagem dos anos de permanência para efei-tos de progressão apenas serão levados em linha deconta os dias de presença efectiva, sendo descontadosos tempos de ausência, com excepção do tempo de férias,dos resultantes de acidentes de trabalho e doenças pro-fissionais, parto, cumprimento de obrigações legais eexercício de crédito de horas por dirigentes sindicais,delegados sindicais e membros de comissões de tra-balhadores.

ANEXO III-A

Tabela de remunerações base mensais

(em vigor entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004)

(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

I Director-geral II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 711 1 796,50 1 886,50 1 980,50 – –

Coordenador de cash & carry II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

II Director de serviços II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 478 1 552 1 629,50 1 711 – –Director-geral I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de cash & carry I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

III Director de serviços I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 277 1 340,50 1 407,50 1 478 – –Gerente de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Supervisor de zona II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de serviços II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3780

(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

Coordenador de lojas II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gerente de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de produto II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IV Supervisor de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 103 1 158 1 216 1 277 – –Supervisor de zona I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de serviços I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de lojas I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de loja A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de produto I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Subgerente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

V Supervisor de call center I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 953 1 000,50 1 050,50 1 103 – –Supervisor de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de secção/op. encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de secção administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de loja B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VI Subgerente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 833,50 864,50 907,50 953 – –Técnico administrativo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VII Operador de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 720 756 794 833,50 – –Operador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fiel de armazém II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VIII Motorista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 622 653 685,50 720 756 794Operador auto qualificado II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador loja IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053781

(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

Assistente administrativo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado serviço externo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IX Fiel Armazém I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 537,50 564 592,50 622 653 685,50Motorista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador auto qualificado I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de call center I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador loja III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista/recepcionista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vigilante II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Auxiliar de cozinha II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de serviço externo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

X 464 487,50 511,50 537,50 564 592,50Operador auto II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente/ajudante de motorista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de limpeza II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista/recepcionista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vigilante I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Auxiliar de cozinha I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

XI 401 442 487,50 511,50Operador auto I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente/ajudante de motorista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de limpeza I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

ANEXO III-B

Tabela de remunerações base mensais

(em vigor entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2005)(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

I Director-geral II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 754,50 1 842,50 1 934,50 2 031 – –

Coordenador de cash & carry II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

II Director de serviços II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 516 1 591,50 1 671 1 754,50 – –Director-geral I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de cash & carry I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

III Director de serviços I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 309,50 1 375 1 443,50 1 516 – –Gerente de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Supervisor de zona II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de Serviços II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de lojas II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3782

(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

Gerente de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de produto II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IV Supervisor de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 131 1 187,50 1 247 1 309,50 – –Supervisor de zona I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico informática IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de serviços I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de lojas I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de loja A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de produto I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Subgerente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

V Supervisor de call center I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 977 1 026 1 077,50 1 131 – –Supervisor de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe secção/op. encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de secção administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de loja B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VI Subgerente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 854,50 886,50 930,50 977 – –Técnico administrativo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VII Operador de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 738,50 775,50 814 854,50 – –Operador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fiel de armazém II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VIII Motorista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 638 670 703 738,50 775,50 814Operador auto qualificado II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

Assistente administrativo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de serviço externo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IX Fiel de armazém I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 551 578,50 607,50 638 670 703Motorista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador auto qualificado I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de call center I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista/recepcionista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vigilante II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Auxiliar de cozinha II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de serviço externo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

X 476 500 525 551 578,50 607,50Operador auto II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente/ajudante de motorista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de limpeza II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista/recepcionista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vigilante I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Auxiliar de cozinha I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

XI 411,50 – 453,50 – 500 525Operador auto I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente/ajudante de motorista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de limpeza I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Declaração final dos outorgantes

Para cumprimento do disposto na alínea h) doartigo 543.o conjugado com os artigos 552.o e 553.o doCódigo do Trabalho, declara-se que serão potencial-mente abrangidos pela presente convenção colectiva detrabalho 5200 empresas e 10 500 trabalhadores.

Lisboa, 17 de Maio de 2005.

Pela ANACPA — Associação Nacional de Comerciantes de Produtos Alimentares:

Manuel de Lima Amorim, presidente da direcção.Joaquim Silvestre Ferreira, director e tesoureiro.

Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços, em repre-sentação dos seguintes sindicatos filiados:

SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelariae Serviços;

SINDCES/UGT — Sindicato do Comércio, Escritório e Serviços;SITAM — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviços

da Região Autónoma da Madeira;Sindicato dos Trabalhadores de Escritório e Comércio do Distrito de Angra

do Heroísmo;SINDESCOM — Sindicato dos Profissionais de Escritório, Comércio, Indús-

tria, Turismo, Serviços e Correlativos das Ilhas de São Miguel e SantaMaria:

Amadeu de Jesus Pinto, mandatário.

Texto consolidado

CAPÍTULO I

Área, âmbito e vigência

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — O presente CCT obriga, por um lado, as empresasque em Portugal exerçam a actividade comercial de pro-dutos alimentares, representadas pela associação empre-gadora outorgante e, por outro lado, os trabalhadoresao seu serviço que desempenhem funções inerentes àscategorias e profissões previstas nesta convenção, repre-sentados pelas organizações sindicais outorgantes.

2 — As partes outorgantes obrigam-se a requerer emconjunto ao Ministério do Trabalho, aquando da entregadeste CCT para depósito e publicação e das suas sub-sequentes alterações, a sua extensão a todas as empresas

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que exerçam a mesma actividade e aos trabalhadoresao seu serviço que, não sendo filiados nas associaçõesoutorgantes reúnam as condições para essa filiação.

3 — O presente contrato aplica-se em todo o terri-tório nacional.

Cláusula 2.a

Vigência, denúncia e revisão

1 — O presente CCT entra em vigor no dia 1 do mêsseguinte ao da sua publicação no Boletim do Trabalhoe Emprego e terá um prazo de vigência de 12 meses,salvo o disposto no número seguinte.

2 — A tabela salarial e cláusulas de expressão pecu-niária serão revistas anualmente e produzem efeitos a1 de Janeiro de cada ano.

3 — A denúncia deste CCT só poderá ocorrer10 meses após a produção de efeitos da última revisão.

4 — A resposta à proposta e a respectiva contrapro-posta devem ser apresentadas até 30 dias após a recep-ção da proposta.

5 — Após a apresentação da contraproposta, por ini-ciativa de qualquer das partes, deve realizar-se reuniãopara celebração do protocolo do processo de negocia-ções, identificação e entrega dos títulos de representaçãodos negociadores.

6 — As negociações terão a duração máxima de45 dias, findos os quais as partes decidirão da sua con-tinuação ou da passagem à fase seguinte do processode negociação colectiva, nos termos previstos no pre-sente CCT.

7 — Até a entrada em vigor do novo texto, continuaa vigorar aquele cujo processo de revisão está em curso.

CAPÍTULO II

Admissão de pessoal

Cláusula 3.a

Condições mínimas de admissão

1 — Salvo nos casos expressamente previstos na lei,as condições mínimas de admissão para o exercício dasprofissões abrangidas são:

a) Idade mínima não inferior a 16 anos;b) Escolaridade obrigatória.

2 — As habilitações referidas no número anterior nãoserão obrigatórias para os trabalhadores que à data daentrada em vigor do presente CCT já exerçam aprofissão.

Cláusula 4.a

Contrato de trabalho

1 — O contrato de trabalho por tempo indeterminadodeverá preferencialmente constar de documento escritoe assinado por ambas as partes, em duplicado, sendo

um exemplar para a empresa e outro para o trabalhador,e conterá os seguintes elementos:

a) Nome completo;b) Categoria profissional e nível salarial;c) Horário de trabalho;d) Local de trabalho;e) Condições particulares de trabalho e remune-

ração, quando existam;f) Duração do período experimental;g) Data de início do contrato de trabalho.

2 — No acto de admissão deverá ser fornecido aotrabalhador um exemplar deste CCT e regulamentosinternos da empresa, caso existam.

Cláusula 5.a

Contrato de trabalho a termo

1 — A admissão de trabalhadores nas empresaspoderá efectuar-se através de contrato de trabalho atermo, nas condições previstas na lei, sendo obrigato-riamente reduzido a escrito.

2 — As normas deste CCT são aplicáveis aos traba-lhadores contratados a termo, excepto quando expres-samente excluídas ou se mostrem incompatíveis coma duração do contrato.

3 — Os trabalhadores contratados a termo, em igual-dade de condições com outros candidatos, têm prefe-rência na admissão para postos de trabalho efectivosna empresa.

Cláusula 6.a

Período experimental

1 — Nos contratos de trabalho por tempo indeter-minado haverá, salvo estipulação expressa em contrário,um período experimental com duração máxima de:

a) 60 dias, para os trabalhadores enquadrados nosníveis salariais IX a XI;

b) 120 dias, para os trabalhadores enquadrados nosníveis salariais V a VIII;

c) 180 dias, para os trabalhadores enquadrados nosníveis salariais I a IV.

2 — Para os trabalhadores contratados a termo, sejaqual for o seu enquadramento, o período experimentalserá de 30 dias, ou de 15 dias se o contrato tiver duraçãoinferior a seis meses.

3 — Durante o período experimental, salvo acordoexpresso em contrário, qualquer das partes pode res-cindir o contrato sem aviso prévio e sem necessidadede invocação de justa causa, não havendo direito a qual-quer indemnização.

CAPÍTULO III

Direitos e deveres das partes

Cláusula 7.a

Deveres da entidade empregadora

São deveres da entidade empregadora:

a) Cumprir e fazer cumprir as disposições do pre-sente CCT e da lei;

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b) Tratar com urbanidade os seus trabalhadorese, sempre que lhes tiver a fazer qualquer obser-vação ou admoestação, fazê-lo de modo a nãoferir a sua dignidade moral e profissional;

c) Pagar pontualmente ao trabalhador a retribui-ção que lhe é devida, de acordo com a sua cate-goria profissional e regime de trabalho;

d) Providenciar para que haja bom ambiente morale boas condições materiais no local de trabalho,nomeadamente no que concerne à higiene,saúde e segurança no trabalho;

e) Acompanhar com todo o interesse a aprendi-zagem dos que ingressam na profissão e facilitara formação académica, profissional e culturaldos trabalhadores, nos termos das cláusulas 83.ae 84.a deste CCT;

f) Cumprir os deveres impostos por lei em matériade acidentes de trabalho e doenças profissionais;

g) Facultar a consulta do processo individual, sem-pre que o trabalhador o solicite;

h) Responder, por escrito, a qualquer reclamaçãoescrita formulada directamente pelo trabalha-dor ou pelos seus representantes sindicais, noprazo máximo de 30 dias a contar da recla-mação;

i) Facilitar a missão dos trabalhadores que sejamdirigentes de associações sindicais, instituiçõesde segurança social, membros de comissões detrabalhadores, comissões paritárias, ou outrasorganizações representativas dos trabalhadores.

Cláusula 8.a

Deveres dos trabalhadores

São deveres dos trabalhadores:

a) Cumprir as disposições do presente CCT e dalei;

b) Respeitar e fazer-se respeitar no local de tra-balho, tratando com urbanidade e lealdade aentidade empregadora, os superiores hierárqui-cos, os companheiros de trabalho e as demaispessoas que estejam ou entrem em relações coma empresa;

c) Exercer com zelo e diligência as funções e tare-fas que lhe forem atribuídas e comparecer aoserviço com assiduidade e pontualidade;

d) Obedecer à entidade empregadora ou a quema represente em tudo o que respeita à execuçãoe disciplina do trabalho, salvo na medida emque as ordens e instruções se mostrem contráriasaos seus direitos e garantias legais e contratuais;

e) Guardar lealdade à entidade empregadora, nomea-damente não negociando por conta própria oualheia em concorrência com ela, nem divul-gando informações referentes à sua organiza-ção, métodos de produção ou negócios;

f) Responsabilizar-se e velar pela boa conservaçãoe utilização dos bens relacionados com o seutrabalho que lhe forem confiados;

g) Promover e executar todos os actos tendentesà melhoria da produtividade da empresa;

h) Prestar em matéria de serviço todos os conselhose ensinamentos solicitados pelos seus compa-nheiros de trabalho, e dar especial atenção àaprendizagem dos que ingressem na profissãoe que sejam colocados sob a sua orientação;

i) Cumprir e fazer cumprir as normas legais noque respeita à higiene, saúde e segurança notrabalho;

j) Esforçar-se por aumentar o seu nível culturale, em especial, cuidar do seu aperfeiçoamentoprofissional;

l) Informar com verdade, isenção e espírito de jus-tiça a respeito dos seus subordinados.

Cláusula 9.a

Garantias dos trabalhadores

1 — É proibido à entidade empregadora:

a) Opor-se por qualquer forma a que os traba-lhadores exerçam os seus direitos, bem comodespedi-los ou aplicar-lhes sanções por causadesse exercício;

b) Exercer pressão sobre o trabalhador para queactue no sentido de influir desfavoravelmentenas condições de trabalho próprias ou doscompanheiros;

c) Diminuir a retribuição ou compensar créditosque tenha sobre o trabalhador, ou fazer quais-quer outros descontos ou deduções, fora doscasos expressamente previstos na lei;

d) Baixar a categoria do trabalhador ou mudá-lopara categoria profissional a que correspondanível salarial inferior, salvo nos casos previstosna lei e neste CCT;

e) Transferir o trabalhador para outro local de tra-balho, sem o seu acordo escrito, salvo o dispostona cláusula 26.a;

f) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou autilizar serviços fornecidos pela empresa ou porpessoas por ela indicadas;

g) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,economatos, refeitórios ou outros estabeleci-mentos para fornecimento de bens ou presta-ções de serviços aos trabalhadores;

h) Despedir e readmitir o trabalhador, mesmo como seu acordo, havendo o propósito de o pre-judicar em direitos e regalias decorrentes daantiguidade.

2 — A prática, por parte da entidade empregadora,de qualquer acto em contravenção do disposto nonúmero anterior considera-se violação do contrato detrabalho e confere ao trabalhador a faculdade de o res-cindir com justa causa, com direito à indemnização pre-vista na cláusula 63.a

CAPÍTULO IV

Classificação e carreira profissional

Cláusula 10.a

Classificação profissional

1 — Todo o trabalhador deverá encontrar-se classi-ficado numa das categorias profissionais constantes doanexo I a este CCT, de acordo com as funções efec-tivamente desempenhadas.

2 — Poderão ser atribuídas outras designações pro-fissionais, por razões de organização interna ou repre-sentação externa, mas sem prejuízo da sua equiparação,

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para efeitos de enquadramento profissional e de remu-neração, a uma das categorias e carreiras previstasneste CCT.

Cláusula 11.a

Enquadramento profissional

1 — As diversas categorias profissionais integram ascarreiras previstas no anexo II e compreendem um oumais graus profissionais, tendo por base as exigênciasdas tarefas desempenhadas, a formação profissional eos conhecimentos teóricos necessários, o grau de auto-nomia das decisões, o tempo de prática e aprendizagemnecessários, bem como o esforço físico e mental.

2 — Para o desempenho de profissões relativamenteàs quais se exige um grau académico, pode ser concedidaa equivalência de condições ou a sua dispensa, a pedidodo trabalhador ou por iniciativa da empresa, com basena experiência efectiva demonstrada e ou em qualifi-cações profissionais, salvo nos casos em que a lei exigepara o exercício da profissão carteira profissional ouhabilitações académicas próprias.

Cláusula 12.a

Desempenho de funções inerentes a diversas categorias

1 — Quando o trabalhador desempenhar funções ine-rentes a diversas categorias terá direito a auferir a remu-neração mínima da categoria mais elevada.

2 — Sempre que a situação prevista no número ante-rior se verifique por mais de 120 dias seguidos, ou 180interpolados, dentro do período de um ano, o traba-lhador ingressará, se o desejar e declarar por escrito,na categoria e escalão a que corresponde a remuneraçãomais elevada, sem prejuízo do exercício das funções quevinha desempenhando.

3 — O disposto no número anterior não se aplica àssituações de substituição temporária de um trabalhador.

Cláusula 13.a

Prestação de serviços não compreendidos no contrato de trabalho

1 — O trabalhador deve exercer uma actividade cor-respondente à sua categoria profissional.

2 — Acessoriamente e mantendo-se a função normalcomo actividade principal, pode a entidade empregadoraencarregar o trabalhador de desempenhar outras acti-vidades para as quais tenha qualificação e capacidadee que tenham afinidade ou ligação funcional com aquela.

3 — Quando, porém, o interesse da empresa o jus-tificar, poderá o trabalhador ser temporariamente encar-regado de tarefas não compreendidas nem afins aoobjecto do contrato, desde que tal mudança não impli-que diminuição da retribuição, nem modificação subs-tancial da posição do trabalhador.

4 — Quando aos serviços temporariamente desempe-nhados, nos termos do número anterior, corresponderum tratamento mais favorável, o trabalhador terá direitoa esse tratamento.

CAPÍTULO V

Prestação de trabalho

Cláusula 14.a

Período e horário de trabalho

1 — Entende-se por horário de trabalho a determi-nação das horas do início e do termo do período normalde trabalho diário, bem como dos intervalos de descanso.

2 — Dentro dos condicionalismos previstos nesteCCT, compete à entidade empregadora estabelecer ohorário de trabalho do pessoal ao seu serviço.

3 — O período normal de trabalho não pode exceder,em termos médios, as oito horas diárias nem as quarentahoras semanais, sem prejuízo de horários de duraçãoinferior já praticados na empresa.

Cláusula 15.a

Organização da duração do trabalho

1 — Os períodos de trabalho diário e semanal podemser modelados dentro de um período de referência de12 meses, o qual deve corresponder ao ano civil, norespeito pelas seguintes regras:

a) O período normal de trabalho diário não podeultrapassar as dez horas;

b) O período normal de trabalho semanal não podeultrapassar as quarenta e oito horas;

c) Nas semanas em que por força da definição daduração do trabalho em termos médios hajauma redução da jornada diária, esta não poderáultrapassar as duas horas;

d) Por acordo individual entre a entidade empre-gadora e o trabalhador, a redução do tempode trabalho diário e semanal para efeitos docálculo em termos médios pode ser compensadapela redução da semana de trabalho em diasou meios dias de descanso ou pela junção aoperíodo de férias;

e) Qualquer alteração ao horário de trabalho temde obter previamente o acordo expresso do tra-balhador ou trabalhadores envolvidos.

2 — O período de trabalho diário deverá ser inter-rompido por um período para refeição e descanso nãoinferior a trinta minutos nem superior a duas horas,não sendo exigível em nenhum caso a prestação de maisde seis horas de trabalho consecutivas.

3 — Para além dos intervalos de descanso previstosno número dois e dentro dos limites aí estabelecidos,sempre que a prestação de trabalho seja superior a cincohoras consecutivas, deve convencionar-se outro com afrequência e a duração que as partes acordarem, sendoo mesmo considerado tempo de trabalho efectivo.

4 — Entre dois períodos diários consecutivos de tra-balho normal é garantido aos trabalhadores um períodode descanso de doze horas seguidas.

5 — O período de intervalo de descanso diário poderáser diverso, se tal for acordado com os trabalhadoresinteressados.

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Cláusula 16.a

Alterações ao horário de trabalho

1 — O período normal de trabalho poderá ser tem-porariamente acrescido até duas horas diárias, mas semultrapassar o limite de dez horas por dia e quarentae oito horas por semana, desde que tal modificação dehorário seja comunicada ao trabalhador com pelo menosoito dias de antecedência.

2 — À prestação de trabalho cuja duração seja fixadanos limites máximos previstos no número anterior nãopode acrescer a exigência de trabalho suplementar.

3 — O acréscimo de trabalho previsto no n.o 1 nãoconta para efeitos de trabalho suplementar e terá deser compensado num período máximo de oito semanasou adicionado aos dias de férias, cabendo a opção aotrabalhador.

Cláusula 17.a

Descanso semanal

1 — Os trabalhadores têm direito a dois dias seguidose completos de descanso semanal, sendo o primeiro diaconsiderado complementar e o segundo obrigatório.

2 — Nos estabelecimentos onde não haja prestaçãode trabalho ao sábado de tarde e ao domingo, ou apenasao domingo, o meio dia, ou o dia de descanso semanalcomplementar em falta, será gozado em regime rotativo,de segunda-feira a sábado, inclusive.

3 — Nos estabelecimentos em que prestem serviçocinco ou menos trabalhadores, o dia de descanso sema-nal complementar poderá ser fixado de forma repartida,por dois meios dias, sendo obrigatório que um dessesmeios dias coincida com a tarde ou a manhã imedia-tamente anterior ou posterior ao dia de descanso obri-gatório semanal.

4 — Por acordo expresso e específico para o efeito,o trabalhador e a entidade empregadora podem acordarque os dois dias de descanso semanal podem ser gozadosde forma diversa da prevista nos números anteriores.

5 — O dia de descanso semanal obrigatório terá decoincidir com pelo menos 15 domingos em cada ano,incluindo para esse efeito os domingos que ocorramnos períodos de férias.

6 — O trabalho prestado ao domingo dá direito aosubsídio previsto na cláusula 55.a

7 — Para os trabalhadores adstritos aos serviços admi-nistrativos e outros que não tenham ligação directa comos serviços comerciais e de quem não dependa o bomfuncionamento da actividade comercial, o descanso coin-cidirá sempre com os dias de sábado e domingo.

Cláusula 18.a

Isenção de horário de trabalho

1 — Podem ser isentos de horário de trabalho,mediante requerimento das entidades empregadoras àInspecção-Geral do Trabalho, os trabalhadores que

dêem a sua concordância e se encontrem nas seguintessituações:

a) Exercício de cargos de direcção, de confiançaou de fiscalização;

b) Execução de trabalhos preparatórios ou com-plementares que, pela sua natureza, só possamser efectuados fora dos limites dos horários nor-mais de trabalho;

c) Exerçam habitualmente a sua actividade forado estabelecimento sem controlo imediato dahierarquia.

2 — Os trabalhadores isentos de horário de trabalhonão estão sujeitos aos limites dos períodos normais detrabalho, mas a isenção não prejudica o direito ao des-canso semanal e feriados obrigatórios, nem dispensa dodever geral de assiduidade.

3 — Os trabalhadores isentos de horário de trabalhotêm direito ao subsídio previsto na cláusula 60.a

Cláusula 19.a

Tempo parcial

1 — O contrato de trabalho a tempo parcial deve sem-pre revestir a forma escrita e dele deverá constar, paraalém das outras condições de trabalho, a duração sema-nal prevista e o horário de início e fim do período detrabalho diário.

2 — A duração do trabalho a tempo parcial não podeexceder oito horas diárias e trinta horas semanais, dis-tribuídas pelo máximo de cinco dias em cada semana.

3 — No caso de o horário semanal não ultrapassaras vinte horas, estas poderão ser distribuídas por seisdias em cada semana.

4 — A duração do trabalho convencionada só podeser modificada por acordo entre as partes.

5 — Por acordo escrito, o trabalho a tempo parcialpode converter-se em trabalho a tempo completo ouo inverso.

6 — O trabalhador a tempo parcial tem direito àremuneração base na proporção do respectivo períodode trabalho semanal e em referência à paga na empresapara a respectiva categoria profissional, ou, na faltadesta, à fixada para a respectiva categoria na tabelaanexa a este CCT.

7 — O trabalhador a tempo parcial tem direito a todasas prestações retributivas complementares na proporçãodo número de horas do seu trabalho efectivo.

8 — O número de trabalhadores contratados a tempoparcial não pode exceder os seguintes limites porestabelecimento:

a) 50% para estabelecimentos com 9 ou menostrabalhadores;

b) 20% para estabelecimentos com 10 ou maistrabalhadores.

9 — À prestação de trabalho a tempo parcial apli-cam-se todas as demais normas constantes neste CCT.

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Cláusula 20.a

Trabalho suplementar

1 — Considera-se trabalho suplementar todo aqueleque é prestado fora do horário normal de trabalho.

2 — Será permitida a realização de trabalho suple-mentar nos casos a seguir indicados:

a) Para fazer face a uma ocorrência extraordinária,susceptível de originar consequências ou pre-juízos graves para a empresa, ou para assegurara sua viabilidade;

b) Para execução de tarefas de balanço e inven-tário;

c) Se houver necessidade de cumprir prazos deentrega, prejudicados em virtude de ocorrênciasgraves não previstas nem previsíveis aquandodo fecho dos contratos respectivos;

d) Em casos de força maior devidamente justi-ficados.

3 — A prestação de trabalho suplementar carece deprévia autorização da entidade empregadora, ou dequem tenha competência delegada, sob pena de nãoser exigível a respectiva remuneração.

4 — A prestação de trabalho suplementar fica sujeita,por trabalhador, ao limite máximo de duas horas diáriasem dia útil, e às horas correspondentes ao período nor-mal de trabalho em dia de descanso semanal ou feriado,não podendo ultrapassar no total as duzentas horasanuais.

5 — A prestação de trabalho suplementar é obriga-tória, salvo quando, havendo motivos atendíveis, o tra-balhador expressamente solicite a sua dispensa.

6 — As entidades empregadoras devem possuir umregisto de trabalho suplementar onde, antes do inícioda prestação e logo após o seu termo, serão anotadasas horas de início e termo do trabalho suplementar,visado por cada trabalhador imediatamente a seguir àsua prestação.

7 — E dispensado o visto do trabalhador referido nonúmero anterior quando o registo do início e termoda prestação do trabalho seja feito por meio compu-torizado idóneo.

8 — Não se considera trabalho suplementar:a) O que não for expressamente determinado pela

entidade empregadora;b) O prestado por trabalhadores isentos de horário

de trabalho, excepto se em dia feriado ou emdia(s) de descanso semanal;

c) O prestado para compensar suspensão de acti-vidade imediatamente anterior ou posterior aferiado ou dia de descanso semanal («pontes»),quando haja acordo entre as partes.

Cláusula 21.a

Trabalho suplementar — Descanso compensatório

1 — Nos estabelecimentos com mais de 10 trabalha-dores, a prestação de trabalho suplementar em dia útil,em dia de descanso semanal complementar e em diaferiado confere aos trabalhadores o direito a um des-

canso compensatório remunerado correspondente a25% das horas de trabalho suplementar realizado, quese vence quando perfizer um número de horas igualao período normal de trabalho diário e deve ser gozadonum dos 90 dias seguintes ou, por acordo entre as partes,adicionado ao período de férias.

2 — Nos casos de prestação de trabalho em dia dedescanso semanal obrigatório, o trabalhador terá direitoa um dia de descanso compensatório remunerado, agozar num dos três dias úteis seguintes.

Cláusula 22.a

Trabalho nocturno

1 — Considera-se nocturno o trabalho prestado entreas 22 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte.

2 — Considera-se também como nocturno o trabalhoprestado depois das 7 horas, desde que em prolonga-mento de um período de pelo menos quatro horas detrabalho efectuado.

3 — O trabalho normal nocturno não pode ser pres-tado em período superior a oito horas.

4 — O trabalho nocturno será pago nos termos dacláusula 54.a

Cláusula 23.a

Trabalho em regime de turnos

1 — O trabalho em regime de turnos é aquele emque, por necessidade do regular e normal funcionamentodo serviço, existem para o mesmo posto de trabalhodois ou mais horários de trabalho que se sucedem eem que os trabalhadores mudam periodicamente de umhorário de trabalho para outro, segundo uma escalapreestabelecida.

2 — Na prestação de trabalho em regime de turnosconsidera-se ciclo de horário o número de semanasnecessário ao retorno à sequência inicial do horário detrabalho.

3 — A organização dos horários de trabalho emregime de turnos deve obedecer às seguintes regras:

a) Os turnos são rotativos, estando o respectivopessoal sujeito à sua variação regular;

b) Não podem ser prestados mais de seis dias con-secutivos de trabalho;

c) As interrupções a observar em cada turnodevem obedecer ao princípio de que não podemser prestadas mais de cinco horas de trabalhoconsecutivas;

d) As interrupções destinadas a repouso ou refei-ção, quando não superiores a trinta minutos,consideram-se incluídas no período de trabalho;

e) O dia de descanso semanal obrigatório devecoincidir com o domingo, pelo menos 15 vezesem cada ano;

f) A mudança de turno só pode ocorrer após odia de descanso semanal.

4 — A prestação de trabalho em regime de turnosdá ao trabalhador o direito a receber a remuneraçãoespecial prevista na cláusula 56.a

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053789

Cláusula 24.a

Organização do trabalho por turnos

1 — É necessário requerer ao Ministério do Trabalhoa aprovação dos horários em regime de turnos.

2 — A organização dos turnos deverá ser estabelecidade comum acordo entre os trabalhadores e a entidadeempregadora. Se não houver acordo, competirá a estafixar a organização dos turnos, tomando sempre emconta, na medida do possível, os interesses e as pre-ferências manifestados pelos trabalhadores.

3 — A mudança de horário de trabalho de trabalha-dor para o regime de turnos depende do seu acordoescrito quando implicar alteração do seu contrato indi-vidual de trabalho.

Cláusula 25.a

Local de trabalho

1 — Considera-se local de trabalho a instalação daempresa onde o trabalhador normalmente presta serviçoou de onde é deslocado para temporariamente prestarserviço em outros locais.

2 — A cada trabalhador deve ser atribuído um localde trabalho, nos termos do número anterior, o qualsó poderá ser alterado por acordo das partes e nos casosprevistos na lei e no artigo seguinte deste CCT.

3 — Os trabalhadores cuja actividade tenha um carác-ter ambulatório ou itinerante reportarão à sede ou filialda entidade empregadora.

Cláusula 26.a

Transferência de local de trabalho

1 — A entidade empregadora pode transferir o tra-balhador para outro local de trabalho, sempre que talnecessidade resulte da mudança, total ou parcial, dasinstalações da empresa onde aquele presta serviço, desdeque tal não cause prejuízo sério ao trabalhador.

2 — Se a transferência causar prejuízo sério ao tra-balhador, este poderá, querendo, rescindir o contratode trabalho, com direito à indemnização prevista non.o 1 da cláusula 63.a

3 — Para efeitos do número anterior, tem o traba-lhador de invocar os prejuízos que sofrerá decorrentesda mudança, competindo à entidade patronal, se nãoconcordar, provar que da transferência não resulta pre-juízo para aquele.

4 — Os termos da transferência individual deverãoconstar de documento escrito.

5 — Se a transferência determinar a mudança de resi-dência, a empresa custeará sempre as despesas feitaspelo trabalhador directamente impostas e decorrentesda transferência.

6 — Quando a transferência do local de trabalho nãodeterminar a mudança de residência, a empresa custearásempre os eventuais acréscimos diários de despesas,

designadamente de transportes e refeições, e pagaráainda o tempo de trajecto, na parte que for superiorao anterior.

Cláusula 27.a

Deslocações em serviço

1 — As deslocações em serviço consistem na reali-zação temporária da prestação de trabalho em localdiverso do local de trabalho.

2 — As despesas resultantes das deslocações em ser-viço são da responsabilidade da entidade patronal,nomeadamente transporte, alojamento e alimentação.

3 — Se o trabalhador e a entidade empregadora assimo acordarem, as despesas de alimentação e alojamentopodem ser pagas em regime de ajudas de custo.

CAPÍTULO VI

Suspensão da prestação de trabalho

SECÇÃO I

Férias

Cláusula 28.a

Direito a férias

1 — Os trabalhadores têm direito a um período deférias de 24 dias úteis remuneradas em cada ano civil.

2 — A duração do período de férias é aumentadano caso de o trabalhador não ter faltado ou na even-tualidade de ter apenas faltas justificadas no ano a queas férias se reportam, nos seguintes termos:

a) Um dia útil de férias até ao máximo de duasfaltas ou quatro meios dias.

3 — O direito a férias reporta-se ao trabalho prestadono ano civil anterior e não está condicionado à assi-duidade ou efectividade de serviço.

4 — O direito a férias deve efectivar-se de modo apossibilitar a recuperação física e psíquica dos traba-lhadores e assegurar-lhes condições mínimas de dispo-nibilidade pessoal, de integração na vida familiar e departicipação social e cultural.

5 — O direito a férias é irrenunciável e o seu gozonão pode ser substituído, fora dos casos expressamenteprevistos na lei, por qualquer compensação económicaou outra, ainda que com o acordo do trabalhador.

Cláusula 29.a

Aquisição do direito a férias

1 — O direito a férias adquire-se com a celebraçãodo contrato de trabalho e vence-se no dia 1 de Janeirode cada ano civil, salvo o disposto nos números seguintes.

2 — No ano da contratação, o trabalhador tem direito,após seis meses completos de execução do contrato, agozar 2 dias úteis de férias por cada mês de duraçãodo contrato, até ao máximo de 20 dias úteis.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3790

Cláusula 30.a

Encerramento da empresa ou estabelecimento

1 — A entidade empregadora pode encerrar, total ouparcialmente, a empresa ou estabelecimento durantepelo menos 15 dias consecutivos entre 1 de Maio a 31de Outubro ou por período inferior em diferente épocado ano.

2 — Salvo o disposto no número seguinte, o encer-ramento da empresa ou estabelecimento não prejudicao gozo do período de férias a que o trabalhador tenhadireito.

3 — Os trabalhadores que tenham direito a umperíodo de férias superior ao do encerramento podemoptar por receber a retribuição e o subsídio de fériascorrespondentes à diferença, sem prejuízo de ser sempresalvaguardado o gozo efectivo de 15 dias úteis de férias,ou por gozar, no todo ou em parte, o período excedentede férias prévia ou posteriormente ao encerramento.

4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteiscompreende os dias da semana de segunda-feira a sexta--feira, com a exclusão dos feriados, não sendo comotal considerados o sábado e o domingo.

Cláusula 31.a

Direito a férias dos trabalhadores contratados a termo

1 — Os trabalhadores admitidos com contrato deduração total inferior a seis meses têm direito a doisdias úteis de férias e ao correspondente subsídio porcada mês completo de serviço, a gozar interpolada ouseguidamente, mas nunca em número de dias superioraos referentes aos meses já decorridos em cumprimentodo contrato.

2 — Para efeitos de determinação do mês completode serviço devem contar-se todos os dias, seguidos ouinterpolados, em que foi prestado trabalho.

Cláusula 32.a

Retribuição durante as férias

1 — A retribuição correspondente ao período deférias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece-beriam se estivessem em serviço efectivo.

2 — A redução do período de férias nos termos don.o 3 da cláusula 44.a não implica redução correspon-dente na retribuição.

Cláusula 33.a

Cumulação de férias

1 — As férias devem ser gozadas no decurso do anocivil em que se vencem, não sendo permitido acumularno mesmo ano férias de dois ou mais anos.

2 — Não se aplica o disposto no número anterior,podendo as férias ser gozadas no 1.o trimestre do anocivil imediato, em acumulação ou não com as fériasvencidas neste, quando a aplicação de regra aí esta-belecida causar grave prejuízo à empresa ou ao tra-

balhador, desde que, no primeiro caso, este dê o seuacordo.

3 — Terão direito a acumular férias de dois anos:

a) Os trabalhadores que exercem a sua actividadeno continente, quando pretendam gozá-las nosarquipélagos dos Açores e da Madeira;

b) Os trabalhadores que exercem a sua actividadenos arquipélagos dos Açores e da Madeira,quando pretendam gozá-las em outras ilhas ouno continente;

c) Os trabalhadores que pretendam gozar as fériascom familiares emigrados no estrangeiro.

4 — Os trabalhadores poderão ainda acumular nomesmo ano metade do período de férias vencido noano anterior com o desse ano mediante acordo coma entidade patronal.

Cláusula 34.a

Marcação

1 — A marcação do período de férias deve ser feitapor mútuo acordo entre a entidade empregadora e otrabalhador e pode, na base do cálculo até ao termode um período de referência, ter o respectivo gozoantecipado.

2 — Na falta de acordo, caberá à entidade empre-gadora a elaboração do mapa de férias, ouvindo parao efeito a comissão de trabalhadores, ou a comissãosindical ou intersindical ou os delegados sindicais, pelaordem indicada.

3 — No caso previsto no número anterior, a entidadeempregadora só pode marcar o período de férias entre1 de Maio e 31 de Outubro, salvo parecer favorávelem contrário das entidades nele referidas.

4 — No caso dos trabalhadores a frequentar cursosoficiais ou equiparados, a entidade empregadora só podemarcar o período de férias entre 1 de Junho e 30 deSetembro.

5 — O mapa de férias definitivo deverá estar elabo-rado e afixado nos locais de trabalho até ao dia 15 deAbril de cada ano e ser afixado nos locais de trabalhoentre esta data e 31 de Outubro, dele devendo constaro início e o termo dos períodos de férias de cadatrabalhador.

6 — Na marcação das férias, os períodos mais pre-tendidos devem ser rateados, sempre que possível, bene-ficiando alternadamente os trabalhadores em função dosperíodos gozados nos dois anos anteriores.

7 — Salvo se houver prejuízo grave para a entidadeempregadora, devem gozar férias no mesmo períodoos cônjuges que trabalham na mesma empresa ou esta-belecimento, bem como as pessoas que vivam há maisde dois anos em condições análogas às dos cônjuges.

8 — As férias podem ser marcadas para serem goza-das interpoladamente, mediante acordo entre o traba-lhador e a entidade empregadora e desde que salva-guardando, no mínimo, um período de 10 dias úteisconsecutivos.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053791

Cláusula 35.a

Efeitos da suspensão do contrato de trabalho

1 — No ano da suspensão do contrato de trabalhoem que, por impedimento prolongado respeitante aotrabalhador, se verificar a impossibilidade total ou par-cial do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhadorterá direito à retribuição correspondente ao período deférias não gozado e respectivo subsídio.

2 — No ano da cessação do impedimento prolongado,o trabalhador tem direito, após a prestação de três mesesde efectivo serviço, a um período de férias e respectivosubsídio equivalentes aos que se teriam vencido em 1de Janeiro desse ano se tivesse estado ininterruptamenteao serviço.

3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antesde decorrido o prazo referido no número anterior oude gozado o direito a férias, pode o trabalhador usu-fruí-lo até 30 de Abril do ano civil subsequente.

Cláusula 36.a

Alteração da marcação do período de férias

1 — Haverá lugar a alteração do período de fériassempre que o trabalhador na data prevista para o seuinício esteja temporariamente impedido por facto quenão lhe seja imputável, cabendo à entidade emprega-dora, na falta de acordo, a nova marcação do períodode férias, sem sujeição ao disposto no n.o 3 da cláusula34.a

2 — Terminando o impedimento antes de decorridoo período anteriormente marcado, o trabalhador gozaráos dias de férias ainda compreendidos neste, aplican-do-se, quanto à marcação dos dias restantes, o dispostono número anterior.

3 — Nos casos em que a cessação do contrato de tra-balho está sujeita a aviso prévio, a entidade empregadorapoderá determinar que o período de férias seja ante-cipado para o momento imediatamente anterior à dataprevista para a cessação do contrato.

Cláusula 37.a

Interrupção

1 — Se, depois de marcado o período de férias, exi-gências imperiosas do funcionamento da empresa deter-minarem o adiamento ou a interrupção das férias jáiniciadas, o trabalhador tem direito a ser indemnizadopela entidade patronal dos prejuízos que comprovada-mente haja sofrido na pressuposição de que gozaria inte-gralmente as férias na época fixada.

2 — A interrupção das férias não poderá prejudicaro gozo seguido de metade do período a que o traba-lhador tenha direito.

3 — Se o trabalhador adoecer durante as férias, serãoas mesmas suspensas desde que a entidade empregadoraseja do facto informada no mais curto prazo de tempopossível.

4 — O gozo dos dias de férias compreendido aindano período anteriormente marcado prosseguirá logo

após a alta, cabendo à entidade empregadora, na faltade acordo, a marcação dos dias de férias não gozados.

5 — A prova da situação de doença prevista nos ter-mos do n.o 3 poderá ser feita por estabelecimento hos-pitalar, por médico da segurança social ou por atestadomédico, sem prejuízo, neste último caso, do direito defiscalização e controlo por médico indicado pela enti-dade patronal.

Cláusula 38.a

Violação do direito a férias

No caso de a entidade empregadora obstar ao gozodas férias nos termos previstos no presente CCT, o tra-balhador receberá, a título de indemnização, o triploda retribuição correspondente ao período em falta, quedeverá obrigatoriamente ser gozado no 1.o trimestre doano civil subsequente.

Cláusula 39.a

Exercício de outra actividade durante as férias

1 — O trabalhador não pode exercer durante as fériasqualquer outra actividade remunerada, salvo se já aviesse exercendo cumulativamente ou a entidade empre-gadora o autorizar a isso.

2 — A violação do disposto no número anterior, semprejuízo da eventual responsabilidade disciplinar do tra-balhador, dá à entidade empregadora o direito de reavera retribuição correspondente às férias e respectivo sub-sídio, dos quais 50% reverterão para o Instituto de Ges-tão Financeira de Segurança Social.

3 — Para os efeitos previstos no número anterior, aentidade empregadora poderá proceder a descontos naretribuição do trabalhador, até ao limite de um sexto,em relação a cada um dos períodos de vencimentoposteriores.

SECÇÃO II

Feriados e faltas

Cláusula 40.a

Feriados

1 — Os feriados obrigatórios são:

1 de Janeiro;Sexta-Feira Santa;Domingo de Páscoa;25 de Abril;1 de Maio;Corpo de Deus (festa móvel);10 de Junho;15 de Agosto;5 de Outubro;1 de Novembro;1 de Dezembro;8 de Dezembro;25 de Dezembro.

2 — Além dos obrigatórios, são para todos os efeitosconsiderados feriados os seguintes:

a) O feriado municipal da localidade em que estejafixado o local de trabalho;

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3792

b) A terça-feira de Carnaval, ou outro dia à escolhado trabalhador quando o estabelecimento nãoencerre.

3 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser-vado na segunda-feira seguinte, desde que para tal hajaacordo prévio entre os trabalhadores e a entidadeempregadora, com informação aos sindicatos.

Cláusula 41.a

Conceito de faltas

1 — Falta é a ausência do trabalhador durante operíodo normal de trabalho diário a que está obrigado.

2 — Quando os períodos normais de trabalho nãosão uniformes ou quando o horário de trabalho é variá-vel, é tomado como período normal de trabalho o demenor duração relativo a esse dia completo de trabalho.

Cláusula 42.a

Tipo de faltas

1 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

2 — São consideradas justificadas:

a) As dadas por altura do casamento, até 11 diasseguidos, excluindo os dias de descanso inter-correntes;

b) Por falecimento do cônjuge não separado depessoas e bens, ou de pessoa que esteja em uniãode facto com o trabalhador, e respectivos pais,filhos, enteados, sogros, genros ou noras,padrastos e madrastas, até cinco dias consecu-tivos por altura do óbito;

c) Por falecimento de avós, bisavós, netos, bisne-tos, irmãos, cunhados e de pessoas que vivamem comunhão de vida e habitação com o tra-balhador, até dois dias consecutivos por alturado óbito;

d) As dadas pelos membros dos órgãos sociais dasassociações sindicais ou delegados sindicais emembros das comissões de trabalhadores, noexercício das respectivas actividades nos termosdo disposto na lei e nas cláusulas deste CCT;

e) As motivadas pela prestação de provas de exa-mes em estabelecimento de ensino oficial ouequivalente, nos termos da lei aplicável;

f) As motivadas pela necessidade de prestar assis-tência urgente e inadiável aos membros o seuagregado familiar em caso de doença ou aci-dente;

g) Por doença ou acidente do trabalhador;h) As motivadas pelo cumprimento de obrigações

legais;i) As motivadas pelo desempenho de funções de

bombeiro voluntário nos termos da lei;j) Em caso de doação gratuita de sangue, até um

dia, e nunca por mais de uma vez por trimestre;k) As dadas pelo pai no 1.o mês a seguir ao nas-

cimento do filho, até cinco dias úteis seguidosou interpolados;

l) As prévia ou posteriormente autorizadas pelaentidade empregadora ou superior hierárquicocom poderes para o efeito.

3 — São consideradas injustificadas quaisquer outrasfaltas não previstas no número anterior.

Cláusula 43.a

Comunicação, justificação e prova de faltas

1 — As faltas previsíveis serão comunicadas à enti-dade empregadora por forma inequívoca e com a ante-cedência mínima de cinco dias.

2 — As imprevisíveis serão comunicadas, por qual-quer meio, no prazo máximo de dois dias, salvo quandotal for manifestamente impossível, caso em que a comu-nicação será feita logo que cesse a impossibilidade.

3 — A entidade empregadora tem o direito de exigirao trabalhador a prova dos factos invocados para a jus-tificação da falta, implicando a não apresentação daprova no prazo de oito dias úteis a contar da data emque for solicitada, ou a sua comprovada insuficiência,a não justificação da falta.

Cláusula 44.a

Efeitos e descontos das faltas

1 — As faltas justificadas não determinam a perdaou prejuízo de quaisquer direitos ou regalias do tra-balhador, com as seguintes excepções quanto à retri-buição:

a) As dadas ao abrigo da alínea f) do n.o 1 dacláusula 42.a, para além de 2 dias seguidos ou30 interpolados, no espaço de um ano;

b) As dadas ao abrigo da alínea d) do n.o 1 dacláusula 42.a, para além dos créditos de horasconcedidos por lei e por este regulamento;

c) As faltas por motivo de doença ou acidente,quando o trabalhador tiver direito a subsídionos termos do regime geral da segurança social,bem como as faltas decorrentes de doença pro-fissional ou acidente de trabalho quando o tra-balhador tiver direito a subsídio pago por enti-dade seguradora.

2 — As faltas previstas na alínea l) do n.o 2 da cláu-sula 42.a poderão ser remuneradas ou não, conformeacordo entre o trabalhador e a entidade empregadorano momento da autorização.

3 — As faltas injustificadas determinam perda deretribuição bem como o desconto na antiguidade dotrabalhador e os efeitos disciplinares consignados na lei,podendo ser substituída, no caso de o trabalhador assimexpressamente o declarar preferir, a perda da retribuiçãopor perda de dias de férias, na proporção de um diade férias por cada dia de falta, desde que salvaguardadoo gozo efectivo de 15 dias de férias.

4 — No caso de na apresentação do trabalhador parainício ou reinício da prestação de trabalho se verificarum atraso injustificado superior a trinta ou sessentaminutos, pode a entidade empregadora recusar a acei-tação da prestação durante parte ou todo o períodonormal, respectivamente.

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Cláusula 45.a

Impedimentos prolongados

1 — Quando o trabalhador esteja temporariamenteimpedido de comparecer ao trabalho por facto que nãolhe seja imputável, nomeadamente por serviço militarobrigatório, por doença ou acidente, e o impedimentose prolongue por mais de um mês, cessam os direitos,deveres e garantias das partes, na medida em que pres-suponham a efectiva prestação de trabalho.

2 — O tempo de suspensão conta-se para o efeitode antiguidade, mantendo o trabalhador direito ao lugarcom a categoria e regalias que lhe estavam a seratribuídas.

3 — O contrato caducará, porém, no momento emque se torne certo que o impedimento é definitivo.

4 — O disposto nesta cláusula não se aplica aos tra-balhadores admitidos a termo, em relação aos quais ocontrato caduca nos termos legais.

Cláusula 46.a

Regresso do trabalhador

1 — Terminado o impedimento que deu motivo à sus-pensão do contrato de trabalho, deve o trabalhador,no prazo de 10 dias úteis, que não serão remunerados,apresentar-se na empresa para retomar o serviço, salvonos casos de doença, em que terá de regressar no diaimediato ao da alta.

2 — O não cumprimento das obrigações mencionadasno número anterior faz incorrer o trabalhador em faltasinjustificadas.

CAPÍTULO VII

Retribuição do trabalho

Cláusula 47.a

Retribuição

1 — Considera-se retribuição, nos termos do presenteCCT, as remunerações a que o trabalhador tem direitocomo contrapartida do trabalho prestado.

2 — Para efeitos deste CCT, a retribuição é integradapela remuneração de base mensal, correspondente àcategoria profissional e escalão remuneratório, pelasremunerações variáveis, quando as houver, pelos sub-sídios de turno, especial de funções e de isenção dehorário de trabalho, sempre que a eles o trabalhadortiver direito, a que acrescerão os montantes devidos atítulo de subsídio de férias e de subsídio de Natal.

3 — As remunerações base mensais devidas aos tra-balhadores pelo seu período normal de trabalho sãoas constantes do anexo III do presente CCT.

4 — Para todos os efeitos previstos neste CCT, a retri-buição horária será calculada segundo a fórmula:

Retribuição horária=Rm×1252×n

em que Rm é o valor de retribuição mensal e n é onúmero de horas de trabalho a que, por semana, o tra-balhador está obrigado.

Cláusula 48.a

Prestações não retributivas

Não são consideradas retributivas as seguintes remu-nerações:

a) Prémios de produtividade ou outras prestaçõesligadas ao desempenho profissional do traba-lhador;

b) Ajudas de custo;c) Remuneração de trabalho suplementar, salvo

quando tenha carácter habitual e regular;d) Gratificações ocasionais;e) Participação nos lucros;f) Subsídio para falhas e outros análogos direc-

tamente ligados à função.

Cláusula 49.a

Retribuição mista

1 — Os trabalhadores poderão receber uma retribui-ção mista, isto é, constituída por uma parte certa e outravariável.

2 — A parte certa da retribuição não pode ser inferiorà prevista neste CCT para a respectiva categoriaprofissional.

3 — Quando a parte variável estiver directamenteligada às vendas efectuadas pelo trabalhador, é a todoo tempo possível aos empregadores e trabalhadoresnegociar as percentagens de cálculo da parte variável,em função de razões estruturais ou conjunturais queimpliquem alterações de preços de bens ou serviços.Os acordos estabelecidos serão sempre reduzidos aescrito.

4 — O pagamento do valor da retribuição variávelocorrerá no final do mês seguinte ao das vendas efec-tuadas ou noutra data que venha a ser acordada entrea entidade empregadora e o trabalhador.

5 — Para determinar o valor da retribuição variável,designadamente para o cálculo dos subsídios de fériase de Natal, tomar-se-á como tal a média dos valoresque o trabalhador recebeu ou tinha direito a recebernos últimos 12 meses ou no tempo de execução do con-trato, se este tiver durado menos tempo.

Cláusula 50.a

Subsídio de férias

1 — Os trabalhadores têm direito a um subsídio deférias de montante igual ao da retribuição mensal.

2 — O subsídio referido no número anterior serápago, por inteiro, conjuntamente com a retribuição domês anterior àquele em que for gozado o maior períodode férias, ou noutra data que corresponda à prática habi-tual da empresa.

3 — No ano de admissão, o subsídio de férias serácalculado na proporção dos dias de férias a que o tra-balhador tenha direito.

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Cláusula 51.a

Subsídio de Natal

1 — Os trabalhadores abrangidos por este CCT têmdireito a um subsídio de Natal, de montante igual aoda retribuição mensal.

2 — O subsídio de Natal será pago conjuntamentecom a retribuição do mês de Novembro ou até 15 deDezembro.

3 — Nos casos em que o trabalhador ainda não tenhaum ano de antiguidade, ou cesse o contrato antes dadata do pagamento dos subsídios, ou, ainda, quandoocorreu suspensão do contrato por impedimento pro-longado, o subsídio será pago na proporção dos mesese dias de prestação de serviço efectivo no ano civil aque respeitar.

Cláusula 52.a

Pagamento da retribuição

1 — A retribuição será colocada à disposição do tra-balhador, em data a fixar pela empresa, até ao últimodia útil do mês a que disser respeito.

2 — O pagamento da retribuição será efectuado pormeio de cheque ou transferência bancária, salvo se otrabalhador, desejando receber por qualquer outro meiolegal de pagamento, o solicitar.

Cláusula 53.a

Remuneração do trabalho suplementar

1 — O trabalho suplementar prestado em dia normalde trabalho, em dia de descanso semanal, em dia dedescanso complementar e em dia feriado será remu-nerado com um acréscimo 100% sobre o valor da remu-neração horária.

2 — Por acordo entre a empresa e o trabalhador, odescanso compensatório devido por trabalho suplemen-tar não prestado em dia de descanso semanal pode sersubstituído por prestação de trabalho remunerado comum acréscimo não inferior a 100%.

Cláusula 54.a

Remuneração do trabalho nocturno

O trabalho nocturno será remunerado com o acrés-cimo de 50% do valor da retribuição horária a quedá direito o trabalho equivalente durante o dia.

Cláusula 55.a

Subsídio de domingo

1 — Os trabalhadores cujo período normal de tra-balho inclui a prestação de trabalho ao domingo terãodireito, por cada domingo de trabalho, a um subsídiode valor correspondente a um dia normal de trabalho,calculado de acordo com a fórmula estabelecida no n.o 4da cláusula 47.a

2 — No caso dos trabalhadores a tempo parcial, emque o período normal de trabalho diário é variável, ovalor do subsídio corresponderá ao mais elevado entrea média diária de horas de trabalho semanal e o número

de horas trabalhado no domingo em causa, mas nuncainferior a quatro.

Cláusula 56.a

Subsídio de turno

1 — O pessoal em regime de trabalho por turnos temdireito a um subsídio de turno mensal, nos termosseguintes:

a) 25% da remuneração base mensal, no caso detrabalho prestado em regime de três turnos comfolgas variáveis;

b) 20% da remuneração base mensal no caso detrabalho prestado em regime de dois turnos comfolgas variáveis ou mistas (fixa e variável).

2 — As percentagens fixadas para o subsídio de turnoincluem a remuneração devida por trabalho nocturno.

3 — Só haverá lugar a subsídio de turno quando ena medida em que for devido o pagamento de remu-neração.

4 — Quando o trabalhador deixar de estar integradoem regime de trabalho por turnos, cessará o direito aosubsídio respectivo.

Cláusula 57.a

Subsídio especial de funções

1 — A nomeação formal por escrito para o exercíciotemporário de funções de coordenação institucional degrupo ou equipa dará lugar ao pagamento de um sub-sídio, de valor equivalente a pelo menos 10% da remu-neração base mensal, o qual acrescerá a essa remu-neração.

2 — O pagamento do subsídio referido no númeroanterior apenas é devido enquanto o trabalhador semantiver no desempenho daquelas funções.

Cláusula 58.a

Subsídio de refeição

1 — Em 2004, os trabalhadores têm direito a um sub-sídio de refeição no montante de E 3,50 por cada diade trabalho efectivamente prestado. A partir de 1 deJaneiro de 2005, o subsídio de refeição terá o valorde E 3,75.

2 — Para efeitos de aplicação do número anterior,o serviço prestado terá de ter duração superior a metadedo período normal de trabalho diário.

3 — Nas situações em que haja lugar a pagamentode ajudas de custo, não é devido o subsídio de refeição.

4 — Nos casos em que a entidade empregadora for-neça refeição completa ao trabalhador e este opte pora consumir, não há lugar ao pagamento do subsídiode refeição correspondente a esses dias.

Cláusula 59.a

Subsídio de falhas

1 — Aos trabalhadores que exerçam funções de paga-mento e ou recebimento será atribuído um subsídio men-

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sal para falhas, adequado à responsabilidade inerenteaos valores movimentados, de valor correspondente apelo menos 5% do nível salarial IX-C.

2 — Este subsídio só é devido se a entidade empre-gadora não assumir, através de declaração escrita, o riscopor quebras ocasionais, ou se não tiver operado a trans-ferência do risco do trabalhador para uma empresa segu-radora, a expensas suas.

3 — No impedimento dos titulares, o subsídio serárecebido pelo trabalhador substituto na proporção dosdias da substituição.

Cláusula 60.a

Subsídio por isenção de horário de trabalho

Os trabalhadores isentos de horário de trabalho têmdireito a um subsídio mensal que não será inferior aovalor correspondente a 20% da sua remuneração basemensal.

CAPÍTULO VIII

Cessação do contrato de trabalho

Cláusula 61.a

Princípio geral

O regime de cessação do contrato de trabalho é aqueleque consta da legislação em vigor e no disposto nosartigos deste capítulo.

Cláusula 62.a

Causas da cessação

1 — O contrato de trabalho pode cessar por:

a) Caducidade;b) Revogação por acordo das partes;c) Despedimento promovido pela entidade empre-

gadora;d) Rescisão, com ou sem justa causa, por iniciativa

do trabalhador;e) Rescisão por qualquer das partes durante o

período experimental;f) Extinção de postos de trabalho por causas objec-

tivas de ordem estrutural, tecnológica ou con-juntural relativas à empresa.

2 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquerforma, o trabalhador tem direito a receber:

a) O subsídio de Natal proporcional aos meses detrabalho prestado no ano da cessação;

b) A retribuição correspondente às férias vencidase não gozadas, bem como o respectivo subsídio;

c) A retribuição correspondente a um período deférias proporcional ao tempo de serviço pres-tado no ano da cessação, bem como o respectivosubsídio.

Cláusula 63.a

Valor da indemnização em certos casos de cessaçãodo contrato de trabalho

1 — O trabalhador terá direito à indemnização cor-respondente a um mês de retribuição por cada ano,

ou fracção, de antiguidade, não podendo ser inferiora três meses, nos seguintes casos:

a) Caducidade do contrato por motivo de extinçãoda empresa;

b) Extinção do posto de trabalho, abrangido ounão por despedimento colectivo.

2 — Nos casos de rescisão com justa causa por ini-ciativa do trabalhador ou de despedimento promovidopela empresa em que o tribunal declare a sua ilicitudee o trabalhador queira optar pela indemnização em lugarda reintegração, o valor da indemnização será de ummês e meio de retribuição por cada ano, ou fracção,de antiguidade, não podendo ser inferior a três meses.

Cláusula 64.a

Certificado de trabalho

1 — Ao cessar o contrato de trabalho, por qualquerdas formas previstas neste capítulo, a entidade empre-gadora deve passar ao trabalhador certificado de ondeconste o tempo durante o qual esteve ao seu serviçoe o cargo ou os cargos que desempenhou.

2 — O certificado não pode conter quaisquer outrasreferências, a não ser se expressamente requeridas pelotrabalhador.

CAPÍTULO IX

Disciplina

Cláusula 65.a

Poder disciplinar

1 — A entidade empregadora tem poder disciplinarsobre os trabalhadores ao seu serviço, relativamente àsinfracções por estes praticadas, e exerce-o de acordocom as normas estabelecidas na lei e neste CCT.

2 — O poder disciplinar é exercido pela entidadeempregadora ou pelo superior hierárquico do trabalha-dor, nos termos previamente estabelecidos por aquela.

Cláusula 66.a

Sanções disciplinares

1 — As infracções disciplinares dos trabalhadores sãopuníveis com as seguintes sanções:

a) Repreensão;b) Repreensão registada;c) Suspensão do trabalho com perda de retribuição

até 12 dias por cada infracção, com o limitede 30 dias em cada ano civil;

d) Despedimento com justa causa.

2 — Para os efeitos de determinação da sanção e suagraduação, atender-se-á à natureza e gravidade dainfracção, culpabilidade do infractor e seu comporta-mento anterior, não podendo aplicar-se mais de umapena pela mesma infracção.

3 — Com excepção da sanção prevista na alínea a)do n.o 1, nenhuma outra pode ser aplicada sem audiênciaprévia, por escrito, do trabalhador. A sanção de des-

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3796

pedimento só pode ser aplicada nos termos do regimelegal respectivo e da cláusula 68.a

Cláusula 67.a

Infracção disciplinar, procedimento e prescrição

1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul-posa pelo trabalhador dos deveres estabelecidos nesteCCT ou na lei.

2 — A acção disciplinar só poderá exercer-se nos 60dias subsequentes àquele em que a entidade empre-gadora teve conhecimento da infracção.

3 — Nos processos disciplinares, o prazo de respostaà nota de culpa é de cinco dias úteis, prorrogável umaúnica vez, por igual período, a solicitação expressa dotrabalhador.

4 — A execução da sanção só pode ter lugar nos 60dias seguintes à decisão.

5 — A infracção disciplinar prescreve ao fim de umano a contar do momento em que teve lugar ou logoque cesse o contrato de trabalho.

6 — O disposto nos números anteriores não prejudicao direito de a entidade empregadora exigir indemni-zação de prejuízos ou de promover a aplicação da sançãopenal a que a infracção eventualmente dê lugar.

Cláusula 68.a

Despedimento

Nos casos em que se verifique algum comportamentoque integre o conceito de justa causa para procederao despedimento tem a entidade empregadora de efec-tuar processo disciplinar, nos termos e com as forma-lidades previstos e descritos na lei, sob pena de o des-pedimento ser declarado ilícito.

Cláusula 69.a

Ilicitude do despedimento

1 — O despedimento é ilícito:

a) Se não tiver sido precedido do processo res-pectivo ou se este for nulo;

b) Se se fundar em motivos políticos, ideológicosou religiosos, ainda que com invocação demotivo diverso;

c) Se for declarada improcedente a justa causainvocada.

2 — A ilicitude do despedimento só pode ser decla-rada pelo tribunal em acção intentada pelo trabalhador.

CAPÍTULO X

Exercício dos direitos sindicais

Cláusula 70.a

Direito à actividade sindical

1 — Os trabalhadores e as associações sindicais têmdireito a desenvolver actividade sindical no interior das

empresas, nomeadamente através de delegados sindi-cais, comissões sindicais e comissões intersindicais, nostermos previstos neste CCT e na lei.

2 — Os delegados sindicais têm direito a afixar nointerior das instalações das empresas textos, convoca-tórias, comunicações ou informações relativos à vidasindical e aos interesses sócio-profissionais dos traba-lhadores, bem como proceder à sua distribuição, cir-culando livremente em todas as secções e dependênciasdas empresas, sem prejuízo, em qualquer dos casos, danormal laboração.

3 — As empresas são obrigadas a pôr à disposiçãodos delegados sindicais, desde que estes o requeiram,um local situado no interior das mesmas que seja apro-priado ao exercício das suas funções.

4 — Nas instalações com mais de 150 trabalhadorestal local será cedido a título permanente e naquelasonde prestam serviço número inferior de trabalhadoressempre que necessário.

Cláusula 71.a

Tempo para exercício das funções sindicais

1 — Os membros das direcções das associações sin-dicais beneficiam de quatro dias por mês para o exercíciodas suas funções, sem prejuízo da sua remuneração.

2 — Os delegados sindicais dispõem, para o exercíciodas suas funções, de um crédito individual de oito horasmensais remuneradas, só podendo usufruir deste direitoos delegados sindicais que sejam eleitos dentro dos limi-tes e no cumprimento das formalidades previstas na lei.

3 — Os delegados sindicais, sempre que pretendamexercer o direito previsto no número anterior, deverãoavisar a entidade empregadora, por escrito, com a ante-cedência mínima de um dia.

Cláusula 72.a

Direito de reunião

1 — Os trabalhadores têm o direito de reunir-sedurante o horário normal de trabalho até um períodomáximo de quinze horas por ano, que contarão, paratodos os efeitos, como tempo de serviço efectivo, desdeque assegurem o funcionamento dos serviços de natu-reza urgente.

2 — Os trabalhadores poderão ainda reunir-se forado horário normal de trabalho, sem prejuízo da nor-malidade da laboração em caso de trabalho por turnosou de trabalho suplementar.

3 — As reuniões referidas nos números anteriores sópodem ser convocadas pela comissão sindical ou pelacomissão intersindical, na hipótese prevista no n.o 1,e pelas referidas comissões ou por um terço ou 50 dostrabalhadores da respectiva instalação ou serviço, nahipótese prevista no n.o 2.

4 — A convocatória das reuniões e a presença de diri-gentes sindicais estranhos às empresas terão de obedeceraos formalismos legais.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053797

Cláusula 73.a

Quotização sindical

A entidade empregadora obriga-se a enviar aos sin-dicatos outorgantes, até ao décimo 15.o dia do mêsseguinte a que respeitam, o produto das quotas dos tra-balhadores, desde que estes manifestem expressamenteessa vontade mediante declaração escrita individual.

Cláusula 74.a

Comissão de trabalhadores

1 — É direito dos trabalhadores criarem comissõesde trabalhadores para o integral exercício dos direitosprevistos na Constituição e na lei.

2 — Cabe aos trabalhadores definir a organização efuncionamento da comissão de trabalhadores.

3 — As empresas colocarão à disposição das comis-sões de trabalhadores, logo que elas o requeiram e atítulo permanente, instalações providas das condiçõesnecessárias para o exercício da sua actividade.

Cláusula 75.a

Direito à informação

As empresas têm o dever de prestar aos sindicatos,aos delegados sindicais e à comissão de trabalhadorestodas as informações e esclarecimentos que solicitem,com vista ao exercício das suas atribuições, de acordocom o previsto na lei e neste CCT.

CAPÍTULO XI

Condições particulares de trabalho

Cláusula 76.a

Protecção da maternidade e paternidade

Para efeitos do regime de protecção da maternidadee paternidade, consideram-se abrangidos os trabalha-dores que informem, por escrito e com comprovativoadequado, da sua situação a entidade empregadora.

Cláusula 77.a

Licença por maternidade

1 — A licença por maternidade terá a duração eobedecerá aos condicionalismos estipulados pela lei.

2 — Sempre que o trabalhador o desejar, tem direitoa gozar as suas férias anuais imediatamente antes ouapós a licença de maternidade.

Cláusula 78.a

Licença por paternidade

1 — O pai trabalhador tem direito a licença, porperíodo de duração igual àquele a que a mãe teriadireito, nos termos da lei, nos seguintes casos:

a) Incapacidade física ou psíquica da mãe, eenquanto esta se mantiver;

b) Morte da mãe;c) Decisão conjunta dos pais.

2 — No caso da alínea b) do número anterior, operíodo mínimo de licença do trabalhador é de 14 dias.

Cláusula 79.a

Redução do horário de trabalho

1 — Se o recém-nascido sofrer de uma deficiênciadevidamente comprovada, a mãe ou o pai trabalhadorestêm direito a uma redução do horário de trabalho decinco horas semanais, até a criança perfazer 1 ano deidade, cumulável com o disposto nos n.os 3 e 4 dacláusula 81.a

2 — Os trabalhadores com um ou mais filhos menoresde 12 anos têm direito a trabalhar em horário reduzidoou flexível, nas condições legalmente definidas.

3 — O trabalho em tempo parcial ou flexível aplica-se,independentemente da idade, nos casos de filhos defi-cientes que se encontrem nas situações legalmenteregulamentadas.

Cláusula 80.a

Licença por adopção

1 — Em caso de adopção, aplicam-se aos trabalha-dores os direitos conferidos por lei, bem como o previstono número seguinte.

2 — Se ambos os cônjuges forem trabalhadores, alicença de 100 dias prevista na lei pode ser integralmenteexercida por qualquer dos membros do casal ou porestes repartida e utilizada em tempo parcial em simul-tâneo ou sucessivamente, conforme decisão conjunta.

Cláusula 81.a

Dispensas para consultas e assistência aos filhos

1 — As trabalhadoras grávidas têm direito a dispensado trabalho para se deslocarem a consultas pré-natais,pelo tempo e número de vezes necessários e justificados.

2 — Os trabalhadores têm direito a acompanhar asmulheres grávidas em duas consultas pré-natais, devi-damente comprovadas.

3 — A mãe que comprovadamente amamenta o filhotem direito a ser dispensada em cada dia de trabalhopor dois períodos distintos de duração máxima de umahora para cumprimento dessa missão, durante todo otempo que durar a amamentação, sem perda de retri-buição.

4 — No caso de não haver lugar a amamentação, amãe ou o pai têm direito, por decisão conjunta, a doisperíodos diários de uma hora cada um, sem perda daretribuição, para assistência aos filhos, até 12 meses apóso parto. Poderão optar por reduzir em duas horas oseu horário de trabalho, no início ou no termo doperíodo de trabalho diário, salvo se isso prejudicar gra-vemente o normal funcionamento da empresa.

Cláusula 82.a

Protecção da saúde e segurança

1 — A entidade empregadora tem de avaliar das con-dições de prestação do trabalho, de modo a determinar

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3798

qualquer risco para a saúde e segurança da trabalhadoragrávida, puérpera ou lactante, bem como eventuaisrepercussões sobre a gravidez ou amamentação e medi-das a tomar.

2 — Se a avaliação revelar qualquer risco para a segu-rança ou saúde das trabalhadoras, deve a entidadeempregadora tomar as medidas necessárias para pouparas trabalhadoras à exposição a esse risco, nomeada-mente:

a) Adaptar as condições de trabalho;b) Em caso de impossibilidade de adaptação, atri-

buir às trabalhadoras grávidas, puérperas ou lac-tantes outras tarefas compatíveis com o seuestado e categoria profissional;

c) Se não for possível a tomada das medidas ante-riores, operar-se-á a dispensa do trabalhodurante o período necessário para evitar a expo-sição aos riscos.

3 — As trabalhadoras ficarão dispensadas do trabalhonocturno nos termos legalmente previstos.

Cláusula 83.a

Trabalho de menores

1 — A entidade empregadora tem de garantir espe-ciais condições de trabalho aos menores, a fim de poten-ciar o seu bom e saudável desenvolvimento físico, sociale profissional.

2 — Os jovens trabalhadores poderão ser alvo deespeciais acções de formação no posto de trabalho, bemcomo deverão ser incentivados a aumentar o seu nívelde escolaridade ou a frequentar estágios qualificantese de inserção numa carreira profissional

Cláusula 84.a

Formação profissional

1 — A formação profissional é reconhecida e aceitepor todos os outorgantes como um direito e um deverdo trabalhador.

2 — A formação profissional considera-se incluída noobjecto do contrato de trabalho, actuando o trabalhadorquer como formando quer como formador, no âmbitoda relação laboral existente entre as partes.

3 — Cabe às entidades empregadoras promover asnecessárias acções de formação dos seus trabalhadoresno sentido da sua adaptação às novas tecnologias, aosnovos processos de trabalho, bem como para a actua-lização permanente e consequente valorização profis-sional dos trabalhadores.

4 — O tempo despendido pelos trabalhadores emacções de formação promovidas pela entidade empre-gadora será contado e considerado para todos os efeitoscomo tempo de trabalho.

CAPÍTULO XII

Segurança social e benefícios complementares

Cláusula 85.a

Complemento do subsídio de doença

1 — Aos trabalhadores abrangidos por este CCT apli-ca-se o regime geral da segurança social.

2 — Durante o período de incapacidade para o tra-balho decorrente de doença devidamente justificada, aempresa poderá atribuir, directamente ou através decompanhia seguradora, um complemento do subsídioconcedido pela segurança social.

3 — O complemento do subsídio de doença será igualà diferença entre a retribuição líquida que o trabalhadoraufira e o subsídio de doença concedido pela segurançasocial.

4 — Quando o trabalhador abrangido pelo regimegeral da segurança social não se socorrer dos respectivosserviços médicos, podendo fazê-lo, a empresa não pro-cessará o subsídio referido no n.o 2.

5 — A empresa manterá o complemento do subsídiode doença enquanto se mantiverem as condições queo motivaram, podendo, no entanto, mandar observaro trabalhador por médico por si escolhido, para con-firmação da situação de doença, com vista a decidirsobre a manutenção da atribuição do subsídio.

Cláusula 86.a

Acidentes de trabalho e doenças profissionais

1 — As empresas abrangidas por este CCT ficamsujeitas aos regimes legais aplicáveis aos acidentes detrabalho e doenças profissionais.

2 — As empresas garantirão ainda aos trabalhadoresatingidos por doença profissional ou acidente de tra-balho a retribuição líquida mensal que seria devida aotrabalhador, com excepção do subsídio de refeição, sem-pre que esse direito não seja garantido pelo regime legalmencionado no número anterior.

3 — As empresas poderão garantir, por contrato deseguro, o risco referido no número anterior.

Cláusula 87.a

Benefícios complementares

1 — As empresas poderão instituir em benefício dosseus trabalhadores esquemas complementares de segu-rança social ou outros benefícios de índole social.

2 — A instituição de tais benefícios dependerá sempreda dimensão e da capacidade económica das empresas,mas deve ter-se sempre presente o objectivo da uni-formização possível das regalias e benefícios sociais paratodos os trabalhadores.

3 — Mantêm-se, no âmbito do contrato individual detrabalho de cada trabalhador, os benefícios e regaliassociais existentes à data da entrada em vigor dopresente CCT.

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CAPÍTULO XIII

Segurança, higiene, prevenção e saúde no trabalho

Cláusula 88.a

Segurança, higiene e saúde no trabalho

1 — As empresas assegurarão as condições mais ade-quadas em matéria de segurança, higiene e saúde notrabalho, garantindo a necessária formação, informaçãoe consulta aos trabalhadores e seus representantes, norigoroso cumprimento das normas legais aplicáveis.

2 — A organização da segurança, higiene e saúde notrabalho é da responsabilidade das empresas e visa aprevenção dos riscos profissionais e a promoção dasaúde, devendo as respectivas actividades ter comoobjectivo proporcionar condições de trabalho que asse-gurem a integridade física e psíquica de todos ostrabalhadores.

3 — Os trabalhadores devem cumprir as normas eprescrições sobre esta matéria, bem como as instruçõesespecíficas determinadas pela entidade empregadora epelos responsáveis na empresa pela higiene, segurançae saúde no trabalho.

4 — Os representantes dos trabalhadores nos domí-nios da segurança, higiene e saúde no trabalho são elei-tos ou nomeados nos termos previstos na lei.

Cláusula 89.a

Medicina no trabalho

1 — As empresas assegurarão directamente, em asso-ciação ou por contrato externo, um serviço de medicinano trabalho que respeite o legalmente estabelecido sobrea matéria e esteja dotado de meios técnicos e humanosnecessários para a execução das tarefas que lhe incum-bem.

2 — O serviço de medicina no trabalho, de carácteressencialmente preventivo, tem por finalidade a defesada saúde dos trabalhadores e a vigilância das condiçõeshigiénicas do seu trabalho.

3 — Os trabalhadores ficam obrigados a submeter-se,quando para tal convocados, aos exames médicos perió-dicos, bem como aos de carácter preventivo que venhama ser determinados pelos serviços médicos.

CAPÍTULO XIV

Interpretação, integração e resolução dos conflitos

Cláusula 90.a

Interpretação e integração deste contrato colectivo

1 — As partes contratantes decidem criar uma comis-são paritária formada por seis elementos, sendo trêsem representação da ANACPA e três em representaçãoda FETESE, com competência para interpretar as dis-posições convencionais e suprir as suas lacunas.

2 — A comissão paritária funciona mediante convo-cação por escrito de qualquer das partes contratantes,

devendo as reuniões ser marcadas com oito dias de ante-cedência mínima, com indicação da agenda de trabalhose do local, dia e hora da reunião.

3 — Não é permitido, salvo unanimidade dos seusrepresentantes, tratar nas reuniões assuntos de que aoutra parte não tenha sido notificada com um mínimode oito dias de antecedência.

4 — Poderá participar nas reuniões, se as partes nissoestiverem de acordo, um representante do Ministériodo Trabalho e da Solidariedade, que não terá direitoa voto.

5 — Das deliberações tomadas por unanimidade serádepositado um exemplar no Ministério do Trabalho eda Solidariedade para efeitos de publicação, conside-rando-se, a partir desta, parte integrante deste CCT.

6 — As partes comunicarão uma à outra e ao Minis-tério do Trabalho e da Solidariedade, dentro de 20 diasa contar da publicação do contrato, a identificação dosrespectivos representantes.

7 — A substituição de representantes é lícita a todoo tempo, mas só produz efeitos 15 dias após as comu-nicações referidas no número anterior.

8 — No restante aplica-se o regime legal vigente.

Cláusula 91.a

Conciliação, mediação e arbitragem

1 — As partes contratantes comprometem-se a tentardirimir os conflitos emergentes da celebração, aplicaçãoe revisão do presente CCT pelo recurso à conciliaçãoou mediação.

2 — Não encontrando resolução para os eventuaisconflitos pelas vias previstas no número anterior, as par-tes contratantes desde já se comprometem a submetê-losa arbitragem, nos termos da lei aplicável.

Cláusula 92.a

Centro de arbitragem

As partes contratantes comprometem-se a constituirum centro de arbitragem institucionalizada para con-flitos individuais de trabalho que envolvam trabalha-dores e entidades empregadoras a quem este CCT sejaaplicável.

CAPÍTULO XV

Disposições gerais e transitórias

Cláusula 93.a

Regras de transição e integração

1 — Após a definição da nova categoria profissionalde entre as previstas no anexo I, os trabalhadores serãointegrados no escalão salarial constante do anexo III quecorresponder, naquela categoria profissional, ao valorda sua remuneração base mensal em 1 de Janeiro de2000 (escalão salarial igual ou imediatamente inferior).

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3800

2 — Para determinação da remuneração base mensalem 1 de Janeiro de 2000 deverão ser adoptados osseguintes procedimentos:

a) Serão incorporadas na remuneração base as diu-turnidades, quando existam, e todas as outrasprestações que o trabalhador aufira por forçade convenção colectiva de trabalho anterior-mente aplicável e que não estejam previstasneste CCT;

b) Após a incorporação, se a ela houver lugar, seráa remuneração base mensal actualizada em3,5%. Esta actualização não será exigível, notodo ou em parte, se a entidade empregadorativer procedido, voluntariamente ou por forçade convenção colectiva de trabalho anterior-mente aplicável, à actualização da remuneraçãobase do trabalhador depois de 1 de Janeiro de2000, e em percentagem igual ou superior a3,5%.

3 — A contagem do tempo de permanência no novoescalão salarial para efeitos de progressão inicia-se em1 de Janeiro de 2000, relevando, todavia, para efeitosde posicionamento e progressão, o tempo de perma-nência na categoria, escalão nível ou grau anteriores,desde que tenham prevista progressão automática.

4 — Quando haja equivalência de vencimentos deníveis salariais diferentes, dentro da mesma categoriaprofissional, a integração será sempre feita para o nívelsuperior a que corresponde a remuneração base.

Cláusula 94.a

Manutenção de direitos e regalias adquiridos

1 — Da aplicação do presente CCT não poderãoresultar quaisquer prejuízos para os trabalhadores,designadamente baixa de categoria ou classe ou dimi-nuição de retribuição.

2 — Não poderá igualmente resultar a redução oususpensão de qualquer outra regalia atribuída pela enti-dade empregadora, ou acordada entre esta e o traba-lhador, que de modo regular e permanente os traba-lhadores estejam a usufruir.

Cláusula 95.a

Maior favorabilidade global

As partes contratantes reconhecem expressamenteeste CCT como globalmente mais favorável aos traba-lhadores por ele abrangidos que os instrumentos deregulamentação colectiva de trabalho anteriormenteaplicáveis e, nessa medida, declaram revogados e poreste substituídos esses mesmos instrumentos.

Cláusula 96.a

Residual

Os trabalhadores sócios dos sindicatos outorgantesque à data da entrada em vigor do presente CCT lhesera aplicado o artigo 4.o («Promoções e progressões»)do anexo II, manterão todos os direitos constantes doreferido artigo, conforme anteriormente lhes era apli-cado.

ANEXO I

Definição de funções

Assistente administrativo. — Trabalhador que, dentroda área em que se insere, procede ao tratamento ade-quado de toda a correspondência, documentação, valo-res e materiais diversos. Prepara, colige e ordena ele-mentos para consulta e tratamento informático. Utilizaos meios tecnológicos adequados ao desempenho da suafunção.

Assistente operacional. — É o trabalhador que, deacordo com a sua formação e ou as suas aptidões espe-cíficas, está habilitado a prestar serviços de electricista,mecânico, serralheiro, etc., quer manuseando e dandoassistência a equipamentos, máquinas e meios de trans-porte utilizados pela empresa, quer zelando pela suamanutenção, limpeza e conservação.

Auxiliar de cozinha. — Trabalhador que executa diver-sas tarefas de apoio ao cozinheiro. Colabora no serviçode preparação de refeições.

Chefe de departamento. — Trabalhador que, numaunidade comercial com área de venda contínua superiora 2000 m2, organiza, controla e dirige as actividadesde um departamento sob a orientação de um directorde loja.

Chefe de secção administrativa. — Trabalhador queorganiza, coordena e controla o trabalho de um grupode profissionais que constituem uma secção da empresa,podendo executar as tarefas de maior responsabilidadeque a eles incumbem.

Chefe de secção/operador encarregado. — Trabalhadorque, numa unidade comercial, coordena, dirige e con-trola uma secção, cabendo-lhe, nomeadamente, a res-ponsabilidade pela gestão, controlo e rotação de stockse pela conta de exploração.

Chefe de serviços. — Trabalhador responsável peloestudo, coordenação e organização de toda a actividadede um serviço da empresa, com base em orientaçõessuperiores.

Conferente. — Trabalhador que, num entreposto, con-trola, regista e confere entradas e ou saídas de materialdo armazém, sendo responsável pela actualização doselementos de informação correspondentes.

Coordenador de «cash & carry». — É o trabalhadorque, com a necessária autonomia, é responsável pelacoordenação e organização da actividade de um grupode armazéns de cash & carry, numa determinada zonae de acordo com as orientações da hierarquia respectiva.

Coordenador de lojas. — Trabalhador responsávelpela coordenação de um grupo de lojas com áreas devenda contínua até 500 m2.

Cortador. — Trabalhador que procede ao desmanchode reses, à preparação, corte e embalagem das carnes.É responsável, na sua área, pelo atendimento de clientese pela conservação e limpeza dos utensílios com quetrabalha.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053801

Cozinheiro. — Trabalhador que prepara, tempera,cozinha e emprata os alimentos destinados a refeições.Participa na elaboração e composição das ementas.É responsável pela qualidade e conservação dos alimen-tos e géneros que utiliza, bem como pela limpeza dosutensílios da cozinha. É responsável pelo registo da acti-vidade e consumo das matérias-primas.

Desenhador/decorador. — É o trabalhador que dese-nha ou pinta o equipamento do espaço interior, des-tinado a stands, postos de venda, montras, exposiçãoe similares. Executa até ao pormenor necessário cartazespublicitários, painéis decorativos, desenhos de disposi-ção de mobiliário, obras de arte e decorativas, etc.

Director-geral. — Trabalhador responsável perante oconselho de administração, ou seus representantes, pelacoordenação das grandes áreas de actividade daempresa. Participa na definição das políticas, bem comona tomada de decisões estratégicas.

Director de loja. — Trabalhador que, com a necessáriaautonomia, gere, coordena e dirige unidades comerciaiscom área de venda contínua superior a 2000 m2.

Director de serviços. — É o trabalhador que estuda,organiza, dirige e coordena, nos limites dos poderes quelhe são atribuídos, as actividades do serviço em quese insere. Colabora na determinação da política daempresa, planeia a utilização de mão-de-obra, equipa-mento, materiais, instalações e capitais.

Empregado de mesa/balcão. — Trabalhador que seocupa do serviço de balcão e ou de mesa, atende eserve os clientes e procede à arrumação, limpeza e con-servação de mesas, bar, balcão ou snack.

Empregado de serviço externo. — Trabalhador que,normal e predominantemente, fora das instalações daempresa, presta serviços de informação, de entrega erecolha de documentos, podendo ainda efectuar rece-bimentos, pagamentos ou depósitos.

Encarregado de loja A. — Trabalhador que, com anecessária autonomia, gere e dirige uma unidade comer-cial com área entre 500 m2 e 1000 m2 ou que tenhamenos de 500 m2 e um número de trabalhadores superiora seis.

Encarregado de loja B. — Trabalhador que, com anecessária autonomia, gere e dirige uma unidade comer-cial com área até 500 m2 e um número de trabalhadoresigual ou inferior a seis.

Fiel de armazém. — Trabalhador responsável pela boaordem e arrumação do armazém, superintendendo eexecutando operações de entrada/arrumação e ou saídade mercadorias ou materiais. É ainda responsável pelorespectivo movimento administrativo e sua correspon-dência às existências físicas.

Gerente de loja. — Trabalhador que, com a necessáriaautonomia, gere, coordena e dirige uma unidade comer-cial com área de venda contínua compreendida entre500 m2 e 2000 m2.

Gestor de cliente. — É o trabalhador que tem a res-ponsabilidade de angariação de clientes, através da pros-

pecção de potenciais clientes, apresentando e promo-vendo propostas e dando formação e apoio na realizaçãode primeiras encomendas. Desenvolve ainda a relaçãocom os clientes, divulgando produtos, promoções e ser-viços, sugerindo e apoiando o desenvolvimento do negó-cio do cliente. Gere reclamações e controla os paga-mentos.

Gestor de produto. — Trabalhador que analisa estudosde mercado, interpretando os dados e formulando pro-postas de estratégia comercial. Selecciona fornecedorese ou produtos, negociando condições comerciais. Propõee controla a realização de acções promocionais dos pro-dutos da sua responsabilidade.

Motorista (pesados e ligeiros). — Trabalhador que,possuindo a adequada carta de condução, tem a seucargo a condução de veículos automóveis, competin-do-lhe ainda zelar pela boa manutenção, conservaçãoe limpeza decorrentes do uso normal do veículo, pelacarga que transporta e pelas operações de carga edescarga.

Operador auto. — É o trabalhador que, num centroauto de uma unidade comercial, desempenha todas astarefas, de forma polivalente, de molde a assegurar obom e regular funcionamento do referido centro.

Operador auto qualificado. — É o trabalhador que,num centro auto de uma unidade comercial, para alémde desempenhar todas as tarefas de forma polivalente,de molde a assegurar o bom e regular funcionamentodo referido centro, se encarrega especialmente da mon-tagem e ou mudanças de pneus, jantes, filtros, óleos,pastilhas de travões, baterias, escovas, limpa-vidros, lâm-padas, focagem de faróis, calibragem de rodas e repa-ração de furos, podendo ainda testar alternadores.

Operador de «call center». — É o trabalhador que, noserviço de televenda, recepciona encomendas, gerereclamações e introduz dados nos sistemas. Realiza avenda e angariação proactiva de clientes, gerindo acomunicação com os clientes. Quando necessário, exe-cuta complementarmente trabalhos administrativos ine-rentes à função.

Operador de loja. — Trabalhador que, na unidadecomercial, desempenha, de forma polivalente, todas astarefas inerentes ao bom funcionamento das lojas,nomeadamente aquelas ligadas com a recepção, mar-cação, armazenamento, embalagem, reposição e expo-sição de produtos, atendimento e acompanhamento declientes. É também responsável por manter em boascondições de limpeza e conservação, quer o respectivoposto de trabalho, quer as paletas e utensílios que manu-seia. Controla as mercadorias vendidas e o recebimentodo respectivo valor. Pode elaborar notas de encomendaou desencadear, por qualquer forma, o processo de com-pra. Faz e colabora em inventários. Mantém actualizadosos elementos de informação referentes às tarefas quelhe são cometidas.

Operador qualificado. — Trabalhador que, numa uni-dade comercial, na dependência de hierarquia superior,para além das funções atribuídas aos operadores, seocupa de serviços especializados e de maior responsa-bilidade, podendo coordenar operacionalmente umgrupo de trabalhadores.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3802

Panificador. — Trabalhador que executa todas astarefas inerentes ao fabrico de pão e produtos afins,designadamente amassa, prepara, corta, pesa e enrolaa massa a panificar e controla a cozedura. Cuida dalimpeza e arrumação das máquinas com que trabalha.É responsável pelo registo da actividade e consumo dasmatérias-primas.

Pasteleiro. — Trabalhador que prepara as massas, oscremes, xaropes de recheio e as coberturas, vigia a coze-dura dos produtos confeccionados e procede à deco-ração e acabamento dos produtos finais. É responsávelpela qualidade e conservação dos alimentos e génerosque utiliza, bem como pela limpeza dos utensílios emaquinaria da área onde trabalha. Participa e colaborana realização de inventários de existências da secção.

Promotor de vendas. — Trabalhador que, actuando empontos directos e indirectos de consumo, procede nosentido de esclarecer o mercado com o fim específicode incrementar as vendas.

Secretário. — Trabalhador que colabora directamentecom entidades com funções de administração, direcçãoou chefia, incumbindo-lhe coordenar, organizar e asse-gurar toda a actividade do gabinete, gerindo a agendade trabalhos. Secretaria reuniões e assegura a elabo-ração das respectivas actas. Utiliza os meios tecnológicosadequados ao desempenho da sua função.

Servente/ajudante de motorista. — Trabalhador queacondiciona os produtos em armazém e os prepara paradistribuição. Executa, ainda, tarefas indiferenciadas,acompanha o motorista, auxiliando-o nas manobras ena conservação do veículo, procedendo às cargas e des-cargas, entrega de mercadorias e registo de actividade.

Servente de limpeza. — Trabalhador que, entre váriastarefas indiferenciadas, mantém as instalações em bomestado de limpeza.

Subgerente. — É o trabalhador que, na dependênciahierárquica do gerente de loja, pode, de igual modo,coordenar, gerir e dirigir uma unidade comercial comárea de venda contínua compreendida entre 500 m2 e2000 m2.

Supervisor de «call center». — É o trabalhador res-ponsável pela coordenação e organização da actividadede serviços de televenda, com base em orientações supe-riores e utilizando os meios humanos e tecnológicos ade-quados ao desempenho da sua função.

Supervisor de secção. — Trabalhador responsável pelacoordenação e organização da actividade de uma deter-minada secção num grupo de lojas, de acordo com asorientações determinadas pela respectiva hierarquia.

Supervisor de zona. — Trabalhador responsável pelacoordenação e organização da actividade de serviçosde um grupo de lojas com áreas de venda contínua entre500 m2 e 2000 m2, numa determinada zona e de acordocom as orientações da hierarquia respectiva.

Técnico. — Trabalhador detentor de adequada for-mação técnica e ou experiência profissional para prestarserviço numa ou mais áreas funcionais da empresa. Soborientação superior, executa com autonomia trabalhosque requerem a aplicação de técnicas qualificadas e ouque envolvam análise e interpretação de resultados, pro-cedendo ao seu tratamento e sistematização. Pode coor-denar funcionalmente grupos de trabalho ou coadjuvara sua chefia.

Técnico administrativo. — Trabalhador que executaactividades técnico-administrativas diversificadas noâmbito de uma ou mais áreas funcionais da empresa.Elabora estudos e executa funções que requerem conhe-cimentos técnicos de maior complexidade e tomada dedecisões correntes. Pode coordenar funcionalmente, senecessário, a actividade de outros profissionais admi-nistrativos.

Técnico de informática. — Trabalhador que, a partirde especificações recebidas, instala, mantém e coordenao funcionamento de diverso software, hardware e sis-temas de telecomunicações, a fim de criar um ambienteinformático estável que responda às necessidades daempresa. Pode integrar equipas de desenvolvimento naárea da informática, concebendo, adaptando e imple-mentando aplicações. Mantém um suporte activo ao uti-lizador, executando treino específico e participando emprogramas de formação.

Técnico operacional. — É o trabalhador detentor daadequada formação técnica e ou experiência profissionalpara prestar serviço de electricista, mecânico, serra-lheiro, etc. Sob orientação superior, executa com auto-nomia trabalhos especializados que requerem a apli-cação de técnicas qualificadas. Pode coordenar funcio-nalmente grupos de trabalho ou coadjuvar a sua chefia.

Técnico superior. — Trabalhador normalmente habi-litado com uma licenciatura, de quem se requeremconhecimentos profundos no domínio da aplicação efi-caz de processos científicos e cujas funções consistemna realização, em qualquer das áreas da empresa, deestudos e análise dos respectivos resultados. Pode coor-denar e orientar profissionais de grau inferior.

Telefonista/recepcionista. — Trabalhador que, pres-tando serviço numa recepção, opera uma central tele-fónica, estabelecendo as ligações e comutações neces-sárias. Atende, identifica, informa e encaminha os visi-tantes. Quando necessário, executa complementarmentetrabalhos administrativos inerentes à função.

Vendedor. — Trabalhador que, predominantementefora do estabelecimento, solicita encomendas, promovee vende mercadorias por conta da entidade empre-gadora.

Vigilante. — Trabalhador que vela pela segurança dasinstalações, mercadorias e pessoas, verificando e comu-nicando as anomalias detectadas; verifica e regista aentrada e saída de mercadorias fora do horário normalde laboração; presta assistência ao cliente, procedendoàs explicações e informações solicitadas.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053803

ANEXO II

Carreiras profissionais

Artigo 1.o

Conceitos

Para efeitos deste anexo, consideram-se:

a) Categoria profissional — designação atribuída aum trabalhador correspondente ao desempenhode um conjunto de funções da mesma naturezae idêntico nível de qualificação e que constituio objecto da prestação de trabalho;

b) Carreira profissional — conjunto de graus ou decategorias profissionais no âmbito dos quais sedesenvolve a evolução profissional potencial dostrabalhadores;

c) Grau — situação na carreira profissional corres-pondente a um determinado nível de qualifi-cação e remuneração;

d) Escalão salarial — remuneração base mensal dotrabalhador à qual se acede por antiguidadedentro da mesma categoria e grau profissionais.

Artigo 2.o

Condições gerais de ingresso

1 — São condições gerais de ingresso nas carreirasprofissionais:

a) Ingresso pelo grau e escalão salarial mais baixosda categoria profissional;

b) Habilitações literárias, qualificações profissio-nais ou experiência profissional adequadas.

2 — O ingresso poderá verificar-se para categoria pro-fissional superior, atendendo à experiência profissional,ao nível de responsabilidade ou ao grau de especia-lização requeridos.

3 — As habilitações literárias específicas de ingressonas categorias profissionais poderão ser supridas porexperiência profissional relevante e adequada às funçõesa desempenhar, nas condições que forem fixadas porcada empresa.

Artigo 3.o

Evolução nas carreiras profissionais

A evolução nas carreiras profissionais processa-sepelas seguintes vias:

a) Promoção — constitui promoção o acesso, comcarácter definitivo, de um trabalhador a cate-goria ou grau profissional superior;

b) Progressão — constitui progressão a mudança paraescalão salarial superior, dentro do mesmo nívelsalarial.

Artigo 4.o

Promoções e progressões

1 — As promoções são da iniciativa da entidadeempregadora e terão suporte em mudanças de conteúdofuncional e em sistemas de avaliação de desempenhoa implementar pelas empresas.

2 — A evolução nos graus profissionais desenvolve-sepela alteração dos conteúdos funcionais, designada-mente pela aquisição de novos conhecimentos e com-petências profissionais, pelo desenvolvimento tecnoló-gico do posto de trabalho, pelo acréscimo de respon-sabilidades, pelo desempenho de funções corresponden-tes a diversos postos de trabalho e ainda pelo reco-nhecimento de especial mérito no desempenho daprofissão.

3 — As progressões far-se-ão:

a) Por mérito — em qualquer altura, por decisãoda entidade empregadora;

b) Por ajustamento — decorridos dois anos de per-manência no mesmo escalão salarial e desdeque a avaliação de desempenho anualmente rea-lizada por parte da entidade patronal tenha sidoigual ou superior a 70%, na média de dois anos,de acordo com o padrão de avaliação utilizado.A ausência de avaliação anual por parte da enti-dade empregadora implica automaticamenteque o trabalhador obtenha (nesse ano) um resul-tado de 80%. Poderá ainda o trabalhador recor-rer ao sindicato outorgante, no caso de não con-cordar com a avaliação do seu desempenho rea-lizada pela entidade patronal. Neste caso,deverá ser efectuada nova avaliação, com acom-panhamento directo do representante sindical,que emitirá parecer escrito sobre a matéria.

4 — Como excepção única, o trabalhador que atinjao nível salarial XI-F progredirá para o nível X-D ao fimde três anos, sem prejuízo do disposto no n.o 4 desteartigo.

5 — Na contagem dos anos de permanência para efei-tos de progressão apenas serão levados em linha deconta os dias de presença efectiva, sendo descontadosos tempos de ausência, com excepção do tempo de férias,dos resultantes de acidentes de trabalho e doenças pro-fissionais, parto, cumprimento de obrigações legais, oexercício de crédito de horas por dirigentes sindicais,delegados sindicais e membros de comissões de tra-balhadores.

Artigo 5.o

Estágio

1 — A admissão para as categorias profissionais cons-tantes dos níveis salariais V a XI do anexo III poderáser precedida de estágio, o qual se destina à apren-dizagem da profissão para a qual o trabalhador foicontratado.

2 — O estágio terá a duração máxima de seis meses,durante os quais o trabalhador auferirá uma remune-ração base mensal que não pode ser inferior a 80%da prevista neste CCT para a categoria profissional paraque foi contratado, nem ao valor do salário mínimonacional aplicável.

3 — Não haverá lugar a estágio quando o trabalhadorjá tiver desempenhado a profissão durante um períodoequivalente à da duração para ele prevista, desde quedocumentado.

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3804

ANEXO III-A

Tabela de remunerações base mensais

(em vigor entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004)

(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

I Director-geral II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 711 1 796,50 1 886,50 1 980,50 – –

Coordenador de cash & carry II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

II Director de serviços II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 478 1 552 1 629,50 1 711 – –Director-geral I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de cash & carry I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

III Director de serviços I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 277 1 340,50 1 407,50 1 478 – –Gerente de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Supervisor de zona II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de serviços II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de lojas II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gerente de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de produto II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IV Supervisor de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 103 1 158 1 216 1 277 – –Supervisor de zona I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de serviços I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de lojas I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de loja A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de produto I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Subgerente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

V Supervisor de call center I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 953 1 000,50 1 050,50 1 103 – –Supervisor de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de secção/op. encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de secção administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de loja B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VI Subgerente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 833,50 864,50 907,50 953 – –Técnico administrativo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VII Operador de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 720 756 794 833,50 – –

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053805

(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

Operador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fiel de armazém II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VIII Motorista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 622 653 685,50 720 756 794Operador auto qualificado II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador loja IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de serviço externo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IX Fiel de armazém I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 537,50 564 592,50 622 653 685,50Motorista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador auto qualificado I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de call center I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista/recepcionista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vigilante II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Auxiliar de cozinha II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de serviço externo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

X 464 487,50 511,50 537,50 564 592,50Operador auto II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente/ajudante motorista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de limpeza II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista/recepcionista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vigilante I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Auxiliar de cozinha I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

XI 401 – 442 – 487,50 511,50Operador auto I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente/ajudante de motorista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de limpeza I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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ANEXO III-B

Tabela de remunerações base mensais

(em vigor entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2005)

(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

I Director-geral II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 754,50 1 842,50 1 934,50 2 031 – –

Coordenador de cash & carry II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

II Director de serviços II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 516 1 591,50 1 671 1 754,50 – –Director-geral I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de cash & carry I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Director de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

III Director de serviços I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 309,50 1 375 1 443,50 1 516 – –Gerente de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Supervisor de zona II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de departamento I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de serviços II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de lojas II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gerente de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de produto II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IV Supervisor de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 131 1 187,50 1 247 1 309,50 – –Supervisor de zona I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de serviços I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coordenador de lojas I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de loja A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de produto I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Subgerente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

V Supervisor de call center I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 977 1 026 1 077,50 1 131 – –Supervisor de secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Chefe de secção/op. encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Chefe de secção administrativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Encarregado de loja B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VI Subgerente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 854,50 886,50 930,50 977 – –Técnico administrativo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico superior I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Gestor de cliente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VII Operador de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 738,50 775,50 814 854,50 – –Operador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/20053807

(Em euros)

Escalões salariais

Níveis Categorias profissionaisA B C D E F

Pasteleiro qualificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico administrativo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de informática I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico operacional I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Fiel de armazém II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

VIII Motorista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 638 670 703 738,50 775,50 814Operador auto qualificado II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de call center II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Secretário I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cortador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cozinheiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Desenhador/decorador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de serviço externo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

IX Fiel de armazém I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 551 578,50 607,50 638 670 703Motorista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador auto qualificado I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de call center I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Panificador I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Pasteleiro I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista/recepcionista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vigilante II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Assistente administrativo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Assistente operacional I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Auxiliar de cozinha II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Conferente I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de serviço externo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

X 476 500 525 551 578,50 607,50Operador auto II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Promotor de vendas I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente/ajudante de motorista II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de limpeza II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Telefonista/recepcionista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vendedor I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Vigilante I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Auxiliar de cozinha I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Empregado de mesa/balcão I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

XI 411,50 – 453,50 – 500 525Operador auto I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Operador de loja I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente/ajudante de motorista I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Servente de limpeza I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 25, 8/7/2005 3808

Declaração final dos outorgantes

Para cumprimento do disposto na alínea h) doartigo 543.o, conjugado com os artigos 552.o e 553.o,do Código do Trabalho, declara-se que serão poten-cialmente abrangidos pela presente convenção colectivade trabalho 5200 empresas e 10 500 trabalhadores.

Lisboa, 17 de Maio de 2005.Pela ANACPA — Associação Nacional de Comerciantes de Produtos Alimentares:

Manuel de Lima Amorim, presidente da direcção.

Joaquim Silvestre Ferreira, director-tesoureiro.

Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços, em repre-sentação dos seguintes Sindicatos filiados:

SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelariae Serviços;

SINDCES/UGT — Sindicato do Comércio, Escritório e Serviços;SITAM — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviços

da Região Autónoma da Madeira;Sindicato dos Trabalhadores de Escritório e Comércio do Distrito de Angra

do Heroísmo;SINDESCOM — Sindicato dos Profissionais de Escritório, Comércio, Indús-

tria, Turismo, Serviços e Correlativos das Ilhas de São Miguel e SantaMaria:

Amadeu de Jesus Pinto, mandatário.

Depositado em 24 de Junho de 2005, a fl. 98 do livron.o 10, com o registo n.o 143/2005, nos termos doartigo 549.o do Código do Trabalho, aprovado pela Lein.o 99/2003, de 27 de Agosto.

CCT entre a AIBA — Assoc. dos Industriais deBolachas e Afins e a FETICEQ — Feder. dos Tra-balhadores das Ind. Cerâmica, Vidreira, Extrac-tiva, Energia e Química (pessoal fabril, de apoioe manutenção) — Alteração salarial e outras.

A presente revisão actualiza a convenção para a indús-tria de bolachas publicada no Boletim do Trabalho eEmprego, 1.a série, n.o 28, de 29 de Julho de 2004.

Cláusula 1.a

Área e âmbito

1 — O presente contrato aplica-se em todo o terri-tório nacional e obriga, por um lado, as empresas filiadasna Associação dos Industriais de Bolachas e Afins quese dediquem ao fabrico industrial de bolachas e deoutros produtos alimentares a partir de farinhas (CAE15820) e, por outro lado, os trabalhadores ao seu serviçorepresentados pelas associações sindicais outorgantes.

2 — O presente CCT abrange nove empresas e850 trabalhadores.

Cláusula 2.a

Vigência, denúncia e revisão

1 a 7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8 — A tabela salarial e as cláusulas de expressão pecu-niária deste contrato produzem efeitos desde 1 de Maiode 2005.

Cláusula 12.a

Subsídio de Natal

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — Fará parte integrante do subsídio referido nonúmero anterior a taxa de acréscimo devida pelo tra-balho nocturno para os trabalhadores que exerçam asua actividade em horários abrangidos pela mesma, deacordo com a cláusula 19.a, e ainda a média mensal,em dinheiro (excluído o subsídio de férias), do corres-pondente ao subsídio diário de alimentação recebidopelos trabalhadores, no montante de E 5,58, e sempreque recebam em dinheiro ou em espécie. Esta médiaserá obtida com atinência aos últimos 12 meses.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Cláusula 14.a

Refeitórios e subsídios de alimentação

1 e 2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 — A entidade patronal que se ache na obrigaçãoprevista no número anterior poderá optar pelo forne-cimento do subsídio diário, em dinheiro, no montantede E 5,58, destinado à aquisição de géneros, por cadatrabalhador, suportando todos os encargos referidos nonúmero anterior relativamente à manutenção e funcio-namento do refeitório.

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Cláusula 23.a

Retribuição durante as férias

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — Além da retribuição referida no número anterior,terão ainda direito a um subsídio de férias igual à retri-buição correspondente ao período de férias a gozar.Fará parte deste subsídio a taxa de acréscimo devidapor trabalho nocturno para os trabalhadores que exer-çam a sua actividade em horário abrangido pela mesma,de acordo com a cláusula 19.a, e ainda a média mensal,em dinheiro (excluindo o subsídio de Natal), do cor-respondente ao subsídio de alimentação diário recebidopelos trabalhadores, no montante de E 5,58, sem pre-juízo do mínimo estabelecido no n.o 5 da cláusula 14.a,e sempre que o recebem em dinheiro ou espécie. Estamédia será obtida com atinência aos últimos 12 meses.

ANEXO II

Níveis Categorias profissionais

Remune-rações

mínimasmensais(euros)

I Encarregado geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 866

II

Chefe de linha/técnico de fabrico . . . . . . . . . . . .

790Encarregado de armazém . . . . . . . . . . . . . . . . . .Técnico de controlo de qualidade . . . . . . . . . . .Técnico de manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

III

Analista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

653,50

Operador de máquinas de 1.a . . . . . . . . . . . . . . .Fiel de armazém . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Oficial de electricista de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . .Motorista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Serralheiro mecânico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . .Controlador de qualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . .