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Escola Básica Integrada de São Bruno
Área de Projecto
Trabalho realizado por:Trabalho realizado por:Trabalho realizado por:Trabalho realizado por:
Liozitos de São Bruno – 6º C Professora Responsável
n.º 4 – Bárbara Campos Profª. Fernanda Murtinheira
n.º 10 - João Pinto
n.º 13 – Mauro Bacalhau
n.º 18 – Pedro Cunha
Abril de 2011
Concurso Geomascotes – Calcário Lioz
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Poema da pedra lioz ..……………………………………….3
Introdução ………………………………………………………….4
Origem do termo “Lioz” …………………………………..5
Argumentos paleontológicos e geológicos ……….6
Formação do calcário lioz ………………………………..8
Características do calcário lioz .……………………….9
Utilização do calcário lioz .…………………………… 11
A Nossa Geomascote ……………………………………….22
Conclusão …………………………………………………………23
Bibliografia ……………………………………………………..24
Concurso Geomascotes – Calcário Lioz
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Álvaro Gois,
Rui Mamede,
filhos de António Brandão,
naturais de Cantanhede,
pedreiros de profissão,
de sombrias cataduras
como bisontes lendários,
modelam ternas figuras
na lentidão dos calcários.
Ali, no esconso recanto,
só o túmulo, e mais nada,
suspenso no roxo pranto
de uma fresta geminada.
Mas no silêncio da nave,
como um cinzel que batuca,
soa sempre um truca...truca...
lento, pausado, suave,
truca, truca, truca, truca,
sob a abóbada romântica,
como um cinzel que batuca
numa insistência satânica:
truca, truca, truca, truca,
truca, truca, truca, truca.
Álvaro Gois,
Rui Mamede,
filhos de António Brandão,
naturais de Cantanhede,
ambos vivos ali estão,
truca, truca, truca, truca,
vestidos de sunobeco
e acocorados no chão,
truca, truca, truca, truca.
No friso, largo de um palmo,
que dá volta a toda a arca,
um cristo, de gesto calmo,
assiste ao chegar da barca.
Homens de vária feição,
barrigudos e contentes,
mostram, no riso dos dentes
o gozo da salvação.
Anjinhos de longas vestes,
e cabelo aos caracóis,
tocam pífaro celestes,
entre cometas e sóis.
Mulheres e homens, sem paz,
esgaseados de remorsos,
desistem de fazer esforços,
entregam-se a Satanás.
Fixando a pedra, mirando-a,
quanto mais o olhar se educa,
mais se estende o truca...truca...
que enche a nave, transbordando-a,
truca, truca, truca, truca
truca, truca, truca, truca.
No desmedido caixão,
grande sonhor ali jaz.
Pupilo de Satanás?
Alma pura, de eleição?
Dom Afonso ou Dom João?
Para o caso tanto faz.
António Gedeão
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Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do Concurso Geomascote e nele
vamos fazer a apresentação da rocha que nós consideramos como a mais
emblemática e representativa da região de Lisboa.
Este projecto foi desenvolvido na área curricular não disciplinar de Área
de Projecto em parceria com as disciplinas de Educação Visual e Tecnológica e
Ciências da Natureza.
A ideia de integrar esta actividade partiu da nossa participação no
projecto “Rocha Amiga”, no qual temos de investigar e pesquisar informações
sobre a geologia da região em que habitamos. Durante as investigações
verificámos que havia um tipo de rocha que sobressaía e era constantemente
referida – o calcário lioz. Tendo em conta este facto decidimos que seria
adequado prestar-lhe uma homenagem criando uma representação artística e
assim surgiu a nossa geomascote – o “Liozito”!
Nas próximas páginas vamos apresentar uma descrição com os aspectos
mais relevantes sobre o calcário lioz.
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Segundo Pereira de Sousa a origem do termo Lioz pode ser francesa ou
grega, como se pode verificar no excerto a seguir apresentado: “Os franceses
teem um termo liais, muito parecido, e que designa certas qualidades de
pedra, vindo do grego leios. A palavra Lioz viria directamente do grego ou do
francez liais? É mais provável esta hypothese, visto a predominancia do
elemento francez nas construções d'essa epocha, e porque pronunciadas à
portugueza parece-se com Lioz” (Pereira de Sousa, 1904, p.13).
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O lioz é um tipo raro de calcário que ocorre em Portugal, na região de
Lisboa e nos seus arredores (norte e noroeste), nomeadamente em Sintra.
O lioz é um calcário compacto formado há cerca de 97 milhões de anos
durante o período Cretáceo da era Mesozóica. Esta rocha apresenta grande
abundância de fósseis, dos quais se destacam lamelibrânquios construtores de
bancos de recifes designados de rudistas.
Os rudistas são um grupo extinto de bivalves que existiu desde o
Jurássico Superior até ao final do Cretácio da Era Mesozóica, altura em que
ocorreu a extinção K-T, uma extinção em massa que teve um enorme impacto
na biodiversidade da Terra e vitimou boa parte dos seres vivos da época,
incluindo os dinossauros e outros répteis gigantes.
Os rudistas eram organismos
sedentários e viviam em mares tépidos e
pouco profundos, fixando-se uns aos
outros e constituindo verdadeiros recifes,
por vezes de grandes dimensões.
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Uma das particularidades dos rudistas era o grande desenvolvimento e a
espessura das suas conchas, constituídas por duas valvas. Uma das valvas
apresentava um grau de desenvolvimento muito acentuado e podia ser cónica
ou em forma de chifre, enquanto a outra funcionava como uma tampa.
Exemplos de rudistas
As conchas destes bivalves apresentavam um aspecto rude (rudis, em
latim) o que deu origem ao seu nome – Rudistas.
A presença de fósseis de
rudistas nas rochas carbonatadas
da região de Lisboa é um
testemunho da existência neste local
de um antigo mar tropical costeiro,
pouco profundo, de águas quentes e
límpidas, com fundos formados por
lama carbonatada.
Durante o Cenomaniano, a
Península Ibérica estava localizada a
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latitudes mais baixas do que actualmente, mais próximas do equador e,
portanto, numa região mais quente.
A actual península ficava, nessa altura, nos limites do Mar de Tétis, o
mar que se formou após a ruptura da Pangea e que deu origem ao actual
Mediterrâneo. Nestas águas tropicais quentes, a partir dos 26 – 28º C, o
carbonato de cálcio (CaCO3) precipitava espontaneamente e originou vasas
(lamas) carbonatadas que, posteriormente, geraram os calcários que
encontramos na actualidade.
Um calcário de origem marinha, como é o lioz, forma-se pela
precipitação de minúsculos grânulos de carbonato de cálcio (micrite), a partir
de águas quentes sobressaturadas. O ambiente de deposição pode encontrar-se
mais ou menos próximo da linha de costa, sem que seja afectado por
sedimentos provenientes do continente.
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No que diz respeito à componente fóssil observada no calcário lioz, ela
reflecte os organismos que viviam em cada um dos ambientes de formação das
litologias a eles associadas.
O lioz caracteriza-se por ser um calcário bioclástico (que deve a sua
forma à acção de organismos vivos) e calciclástico compacto, rico em
biosparite e microsparite, geralmente de cor bege, embora existam variedades
com coloração que vai do cinza-claro ao rosado e ao esbranquiçado.
A cor dos diferentes calcários é uma característica marcante que nos dá
informações relativas ao ambiente de deposição dos sedimentos que lhes deram
origem. Desta forma, o calcário claro com Rudistas indica um ambiente
aquático, oxidante, de pequena profundidade e forte energia hidrodinâmica. O
calcário rosa com Rudistas continua a indicar um ambiente aquático, oxidante,
reflectindo a presença de óxidos de ferro.
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O calcário lioz apresenta uma textura característica e o que, à primeira
vista, parecem veios magmáticos, são na realidade secções da concha
fossilizada de organismos que viveram há milhões de anos em mares
entretanto desaparecidos.
O lioz apresenta as seguintes características técnicas médias (de acordo com A.
Casal Moura, "A pedra natural em Portugal e as suas características gerais"):
� Resistência à compressão: 1050 kg/cm2
� Resistência à compressão após teste de gelividade: 1380 kg/cm2
� Resistência mecânica à flexão: 147 kg/cm2
� Densidade aparente: 2703 kg/m3
� Absorção de água à pressão atmosférica normal: 0,1 % (peso)
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� Porosidade aberta: 0,3 % (volume)
� Coeficiente de dilatação linear térmica: 3,3 x 10-6/ºC
� Resistência ao desgaste (abrasímetro Amsler): 2,2 mm
� Resistência ao choque: 45 cm
O calcário lioz foi e continua a ser utilizado em muitas obras espalhadas
por Portugal e os seus antigos territórios.
Seguidamente são apresentados alguns exemplos da aplicação do calcário
lioz na cidade de Lisboa.
Lisboa que é considerada a “Cidade Branca”, deve a sua grande
luminosidade, a factores como os fenómenos de reflexão da proximidade do
mar e ao lioz branco aplicado na construção dos principais monumentos
históricos – Sé Catedral, Panteão, Aqueduto das Águas Livres, Igreja de São
Vicente, Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Terreiro do Paço, Igreja do
Carmo, Basílica da Estrela, Baixa Pombalina, Estação do Rossio, Palácio
Nacional de Queluz, entre outros – nas cantarias dos edifícios de habitação
históricas e contemporâneas e nas construções modernas como o Pavilhão do
Conhecimento e o Centro Cultural de Belém.
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Após a conquista da cidade aos mouros em 1147,
D. Afonso Henriques mandou erguer, como símbolo da fé
cristã, um imponente e volumoso monumento, a Igreja
de Santa Maria Maior, Sé de Lisboa.
A solidez deste edifício está
provada, quase tão antiga como o próprio
Portugal, a Sé de Lisboa já resistiu a mais
de vinte terramotos, uns mais intensos
que outros, e só o de 1755 é que deixou
marcas, ainda visíveis nos dias de hoje.
Esta resistência não pode ser atribuída
apenas à arquitectura da sua construção, mas também à durabilidade e a
força das rochas empregues na sua construção.
A rocha usada trata-se fundamentalmente de calcários de dois tipos:
� calcários margosos, por vezes muito conquíferos, cremes, do
Miocénico (Aires Barros, 2001),
� calcários lioz que são compactos, de tons claros, brancos a cremes,
por vezes fossilíferos e ostentando estilolitos.
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O Panteão Nacional, situado na
zona histórica de Santa Clara, acolhe os
túmulos de grandes vultos da história
portuguesa. Fundado na 2ª metade do
século XVI, o edifício foi totalmente
reconstruído em finais de Seiscentos pelo arquitecto João Antunes. Os
materiais utilizados na construção deste edifício são mármore, cantaria de lioz
branco e encarnado, betão armado e madeira.
O Aqueduto das Águas Livres é um dos
mais extensos sistemas de abastecimento de
água existentes no mundo, alcançando os 58
quilómetros; o seu nome deve-se ao facto de as
águas correrem apenas pela força da
gravidade, isto é, livremente.
A cidade de Lisboa nasceu e foi crescendo junto ao estuário do rio Tejo,
cuja água salgada não servia para abastecer a população de água potável.
Apesar de haver na cidade bastantes cursos de água esta não era suficiente.
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Em 1571 Francisco de Holanda propôs ao rei Dom Sebastião a
reconstrução de um aqueduto e da antiga barragem romana de Olissipo, para
garantir o abastecimento de água à capital, mas foi só no reinado de Dom
João V, em pleno século XVIII, que se decidiu avançar com a sua construção,
tendo sido os seus custos integralmente suportados pela população de Lisboa
através de taxas que incidiam sobre a carne, o azeite e o vinho.
As obras começaram sob a direcção do arquitecto Manuel da Maia e do
sargento-mor Custódio de Vieira, sendo deste último a opção pelos arcos sobre
o Vale de Alcântara; vale a pena referir que o Aqueduto das Águas Livres tem
o maior arco em alvenaria do mundo, tendo sido construído em cantaria de
calcário tipo lioz.
Fundado no séc. XII, o Mosteiro de São
Vicente de Fora, também chamado de Igreja
ou Convento de S. Vicente de Fora foi
totalmente reconstruído no final do séc. XVI. A
origem de São Vicente de Fora está
intimamente ligada aos acontecimentos que conduziram à conquista de Lisboa,
em 1147.
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Situado primitivamente fora da muralha da cidade (daí o seu nome), a
Igreja de São Vicente eleva-se no local que serviu de acampamento às tropas
franco-alemãs que sitiaram a Lisboa muçulmana às ordens de Dom Afonso
Henriques, em 1147.
Os claustros do Mosteiro de São Vicente de Fora são de planta quadrada,
com cinco arcadas por lado. Desenvolvem-se em três pisos, sendo o superior
descoberto. No primeiro piso as arcadas são em pedra lioz, assim como o
pavimento e nervuras das abóbadas.
O Mosteiro dos Jerónimos, assim
chamado por terem sido os monges da Ordem
de S. Jerónimo os seus primeiros habitantes,
foi mandado construir por D.Manuel I, tendo a
sua construção demorado cerca de um século.
O rei D. Manuel I dedicou o Mosteiro à Virgem em agradecimento pela
sua protecção na Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia. A escolha do
local deve-se ao facto de, na zona de Belém, fundearem as caravelas e naus
que iam e vinham de todas as partes do mundo.
O edifício exibe uma extensa fachada de mais de trezentos metros,
obedecendo a um princípio de horizontalidade que lhe confere uma fisionomia
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calma e repousante. Foi construído em calcário de lioz que se tirava muito
próximo do local de implantação, na Ajuda, no Vale de Alcântara, Laveiras,
Rio Seco e Tercena.
A Torre de Belém foi mandada
construir pelo rei D.Manuel, em homenagem
ao patrono da cidade, S.Vicente. Por esta
razão, inicialmente, teve o nome de Torre de
S.Vicente.
Quando foi construída, a Torre de Belém situava-se em pleno rio Tejo
mas, actualmente, está junto à margem direita do rio, quase no fim do seu
estuário, devido ao assoreamento.
No século XVI, Lisboa era ponto de partida e chegada de muitas
caravelas, que se faziam ao mar, para "dar novos mundos ao Mundo", como
escreveu Camões. Devido ao papel dos portugueses nos Descobrimentos e à
situação de Lisboa, o seu porto era paragem obrigatória das rotas do comércio
da época. Este grande movimento marítimo levou à necessidade de proteger
Lisboa e a sua barra. Foi esse o primeiro papel da Torre de Belém: do seu
terraço, os canhões cruzavam fogo com o Forte Velho da Caparica, hoje
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completamente em ruínas, defendendo assim Lisboa dos ataques inimigos por
via marítima.
A estrutura da Torre de Belém foi construída em calcário lioz e
apresenta uma forma arquitectónica peculiar. Possui elementos decorativos de
influência oriental e, como símbolo do prestígio do rei D.Manuel, tem a
simbologia própria do estilo manuelino: esferas armilares, cordas, cruzes da
Ordem de Cristo, o escudo com a coroa de D.Manuel e elementos naturalistas.
O Padrão dos Descobrimentos,
construído na zona monumental de
Belém, foi inaugurado em 1960, no
quinto centenário da morte do Infante D.
Henrique (1394-1460), um dos grandes
impulsionadores dos Descobrimentos Portugueses.
A sua forma é uma homenagem aos heróis portugueses dos
Descobrimentos. Apresenta-se como uma "caravela de pedra ancorada no Tejo
com uma tripulação de heróis, conjunto de rostos que têm nome gravados na
memória e na pedra desta obra de arte. Mas com esses rostos seguiram várias
dezenas de milhares de portugueses para dilatar o então Império Português".
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O Padrão dos Descobrimentos que podemos hoje observar já não é o
original. O original foi desmontado em 1958. O actual Padrão dos
Descobrimentos é construído em betão e com esculturas em pedra de lioz, uma
réplica do original, construído em materiais frágeis, que fora construído para a
Exposição do Mundo Português, em 1940, pelos arquitectos Cottinelli Telmo
(1897-1948) e Leopoldo de Almeida (1898-1975).
Após o sismo de 1755 a cidade de Lisboa ficou praticamente destruída,
sendo necessária a sua reconstrução. Durante a reconstrução sobressai um
nome, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, que apoiado
por um conjunto de arquitectos fez renascer das ruínas uma nova e moderna
cidade.
Para a nova Lisboa a cantaria adoptada foi o lioz, pelo que foi necessária
a abertura e exploração de novas pedreiras. Aproveitando o rio Tejo como um
recurso para o transporte da rocha, abriram-se pedreiras na região de Paço
de Arcos. Contudo a Região de Pêro Pinheiro também forneceu este magnifico
calcário do cretácico. Pereira de Sousa (1909) chega mesmo a referir que os
melhores calcários para a construção vêem de Pêro Pinheiro. Como magníficos
exemplos da aplicabilidade desta cantaria, de entre outros inúmeros edifícios
na zona da baixa, destacamos o Terreiro do Paço e a Praça do Rossio.
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O Arco do Triunfo da Praça do Comércio, conhecido
por Arco da Rua Augusta, é mais um dos projectos
desenvolvidos para a Lisboa do pós-terramoto de 1755.
Funciona como uma porta para a cidade reconstruída
segundo o plano pombalino.
O Arco da Rua Augusta é uma construção de
alvenaria revestida a pedra de lioz e com diversos elementos escultórios. O
monumento apresenta na parte frontal as armas reais, no reverso um relógio
de grandes dimensões e no topo três grandes estátuas representando a Glória
coroando o Génio e o Valor. Abaixo destas três esculturas observamos outras
cinco, da autoria do francês A. Calmels, caracterizando, da esquerda para a
direita, Viriato, Vasco da Gama, Nuno Álvares Pereira e o Marquês de Pombal,
ladeados os cinco pelas alegorias dos rios Tejo e Douro.
A Basílica da Estrela dedicada ao Coração
de Jesus, foi mandada construir pela Rainha D.
Maria I em cumprimento de uma promessa feita
por si caso tivesse um filho varão.
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As obras realizaram-se de 1779 a 1790 e nela participaram os
arquitectos Mateus Vicente e Reinaldo Manuel, sendo a estatuária da
responsabilidade de Machado de Castro.
Concebida em estilo neoclássico, a Basílica da Estrela trata-se de um
edifício de grande equilíbrio, no qual foram utilizados materiais nobres como a
pedra de lioz, mármores brancos de Pêro Pinheiro, azuis de Sintra, rosas de
Negrais, amarelos de Lousa e negros de Cascais.
O lioz empregado na construção da Basílica da Estrela era proveniente
das proximidades do Vale de Alcântara e da Ajuda.
Aberto ao público desde 25 de
Julho de 1999, o Pavilhão do
Conhecimento faz parte da Rede de
Centros Ciência Viva. O Pavilhão do
Conhecimento foi projectado pelo
arquitecto Carrilho da Graça. O edifício chama a atenção de quem passa, pelo
grande vazio no centro, emoldurado pelo acesso em rampa que contorna o
pátio até chegar à entrada principal.
Segundo Carrilho da Graça: “Quando nos aproximamos do pavilhão
queremos uma imagem clara, instantânea, e mediática. Queremos construir
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com a sua presença a pausa, o silêncio, o intervalo com que iniciamos a visita.
O percurso pelos diversos sectores expositivos é uma viagem e o edifício é a
nave paralítica que nos transporta.”
A escolha dos materiais, como o aço corten do guarda-corpo, a pedra
lioz de revestimento e o concreto branco contribuem para a forma simples e
elementar do Pavilhão.
A construção do Centro Cultural de
Belém (CCB) foi decidida no início de 1988,
com o objectivo de construir um
equipamento que pudesse acolher, em 1992, a
presidência portuguesa da União Europeia,
permanecendo posteriormente como um elemento que apoia as actividades
culturais e de lazer.
O Centro Cultural de Belém, da autoria de Gregotti e Salgado, procura
integrar-se na imagem urbana através do revestimento das fachadas e
pavimentos em placagem de lioz.
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Agora que já fizemos a nossa exposição teórica podemos apresentar a
nossa geomascote – “O Liozito”.
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A realização deste trabalho foi bastante gratificante e enriquecedora
para nós, pois permitiu-nos conhecer as origens da nossa região, bem como
obter informações sobre as características e utilizações da rocha mais
abundante da região de Lisboa – o calcário lioz.
Este trabalho foi muito importante pois permitiu-nos trabalhar de
forma articulada nas várias disciplinas e utilizar os vários conhecimentos para
criar um trabalho criativo e artístico sustentado por conhecimentos científicos.
Durante o processo de criação da geomascote tentámos reutilizar
materiais e mostrar que através dos resíduos do nosso dia-a-dia podemos
criar peças de arte que homenageiam os tributos artísticos dos nossos
antepassados.
Com a elaboração do relatório sobre o calcário lioz constatamos que
existe uma unidade na construção da cidade de Lisboa desde os tempos
remotos até à actualidade, sendo o calcário lioz a pedra basilar dessa unidade
assegurando grande resistência aos fenómenos naturais.
Esperamos que tenham apreciado este trabalho tanto como nós.
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