venha pesquisar conosco_-_28-08-14

63
Ministério do Meio Ambiente Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Venha Pesquisar Conosco unidades de conservação federais e espécies ameaçadas de extinção

Upload: limnos-ufsc

Post on 14-Nov-2014

158 views

Category:

Environment


0 download

DESCRIPTION

UCs federais

TRANSCRIPT

Page 1: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

Ministério do Meio AmbienteInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Venha Pesquisar Conosco

unidades de conservação federais eespécies ameaçadas de extinção

Page 2: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADEDiretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade

Coordenação-Geral de Pesquisa e MonitoramentoEQSW 103/104 – Complexo Administrativo

Bloco D – 2º andar70670-350 – Brasília – DF – Brasil

Telefone: + 55 61 3341-9090http://www.icmbio.gov.br

Coordenação Geral de Pesquisa e Monitoramento da BiodiversidadeKatia Torres Ribeiro

Coordenação de Apoio à PesquisaAna Elisa de Faria Bacellar Schittini

Page 3: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

Ministério do Meio AmbienteInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Brasília – DF2014

Venha Pesquisar Conosco

unidades de conservação federais eespécies ameaçadas de extinção

Arq

uivo

ICM

Bio

– C

ânio

n Ita

mbe

zinh

o –

Parn

a A

para

dos

da S

erra

– S

anta

Cat

arin

a e

Rio

Gra

nde

do S

ul

Page 4: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

Elaboração do conteúdo

Ana Elisa de Faria Bacellar SchittiniCaren Cristina DalmolinElizabeth Maria Maia de Albuquerque MartinsIvan SalzoKatia Torres RibeiroMaria Carolina Alves de CamargosRenata do Nascimento Sauerbronn de SouzaTatiana Rezende Rosa

RevisãoElizabeth Maria Pereira de Lucena

Ber

nard

o B

rito

– Pa

rna

dos

Cam

pos

Ger

ais

– Pa

raná

Projeto gráfico, capa e diagramaçãoDenys Márcio de Sousa

Mapas e gráficosDouglas Alves CarégaGuilherme Fraissat Mamede FerreiraIvan Salzo

Foto da capaArquivo ICMBio, Cânion Itambeziho, Parna Aparados da Serra, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

V455v Venha Pesquisar Conosco: unidades de conservação federais e espécies ameaçadas de extinção. Brasília: ICMBio, 2014.64p.

ISBN: 976-85-61842-53-6

1. Pesquisa. 2. Biodiversidade. 3. Áreas Protegidas. 4. Manejo. I. Schittini, Ana Elisa de Faria Bacellar. II. Dalmolin, Caren Cristina. III. Martins, Elizabeth Maria Maia de Albuquerque. IV. Salzo, Ivan. V. Ribeiro, Katia Torres. VI. Camargos, Maria Carolina Alves de. VII. Souza, Renata do Nascimento Sauerbronn. VIII. Rosa, Tatiana Rezende. IX. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

CDU: 574

Catalogação na fonte – Biblioteca do ICMBio

Page 5: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

Apresentação

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio – autarquia do governo federal, é responsável pela gestão de 313 unidades de conservação (UC) federais, que correspondem a cerca de 8,8% do território nacional ou a 6%, se incluirmos a zona econômica exclusiva neste cálculo. São áreas protegidas distribuídas por todo o país, em todos os biomas e na área marinha, em várias categorias de gestão e graus de proteção e uso, variando de 89 a 3,8 milhões de hectares, e que totalizam 750.457 km2(CNUC)1. Refletem os mais diversos contextos, histórias, conflitos, oportunidades e desafios inerentes à magnitude de nosso país2.

O ICMBio conta ainda com 15 centros nacionais de pesquisa e conservação que vêm se destacando na conservação das espécies nativas, especialmente da fauna ameaçada de extinção. Além da pesquisa e das avaliações do estado de conservação das espécies, os centros se empenham na construção de estratégias de conservação e no atendimento de parte da demanda por conhecimento das unidades de conservação3.

A valorização da pesquisa é uma diretriz institucional do ICMBio, pois não é possível criar e implementar estratégias efetivas de conservação sem as contribuições do conhecimento científico e sem uma aproximação do diálogo entre gestores e pesquisadores. Com isso, melhoramos os processos de criação e gestão das UC e aprimoramos as estratégias de manejo das espécies e dos recursos naturais no país, ao mesmo tempo em que se levam novas questões às instituições de pesquisa.

Pesquisar as unidades de conservação é conhecer a imensa diversidade geológica, biológica, étnica, social e cultural do país. No que diz respeito ao manejo e à conservação da biodiversidade, o desafio está em propor e realizar pesquisas que auxiliem a tomada de decisões ou avaliem as medidas já implementadas, por vezes questionando paradigmas.

Atualmente, o conhecimento existente sobre os diversos componentes da sociobiodiversidade no Brasil é ainda pequeno e se dá de forma desigual pelas diferentes regiões do país. Esta falta de conhecimento reflete, em parte, a desigualdade no grau de implantação de nossas UC. Várias delas possuem boas estruturas de apoio à pesquisa, enquanto outras sofrem com a precariedade de estrutura e dificuldades logísticas, carecendo de condições adequadas para o apoio aos pesquisadores apesar da imensa demanda e oportunidade de pesquisa.

Nesta publicação, divulgamos informações relacionadas à pesquisa em nossas UC e Centros. Com ela, esperamos ampliar as parcerias e tornar ainda mais atraentes aos pesquisadores estes belos e desafiantes espaços brasileiros!

Page 6: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14
Page 7: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

1 - Unidades de Conservação no Brasil – breve histórico ........................... 9

2 - Pesquisa nas Unidades de Conservação Federais ................................ 11

3 - A Pesquisa e as Espécies Ameaçadas de Extinção ............................... 12

4 - Grandes Temas de Pesquisa nas Unidades de Conservação Federais............................................................................ 17

4.1 - Paisagens, ecossistemas e espécies ............................................. 17

4.2 - Pressões ambientais......................................................................18

4.3 - Espécies exóticas invasoras ..........................................................21

4.4 - Visitação ........................................................................................ 22

4.5 - Uso sustentável dos recursos naturais ........................................ 25

4.6 - Sociobiodiversidade ...................................................................... 26

4.7 - Serviços ecossistêmicos ............................................................... 29

5 - Os Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação do ICMBio ..............31

6 - Pesquisadores do ICMBio ......................................................................417 - Infraestrutura de Apoio à Pesquisa nas Unidades de Conservação Federais e nos Centros ................................................... 43

8 - Gestão da Informação e do Conhecimento ............................................51

9 - Instrumentos Internos de Estímulo à Pesquisa nas Unidades de Conservação Federais........................................................................... 57

10 - Referências Bibliográficas .................................................................... 59

Sumário

Ber

nard

o B

rito

- Pa

rna

da S

erra

dos

Órg

ãos

– R

io d

e Ja

neiro

Page 8: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

8 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade8 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 9: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

9Venha Pesquisar Conosco

1 – Unidades de Conservação no Brasil – breve histórico

A ideia da criação de áreas protegidas no Brasil começou a se consolidar em 1876 quando André Rebouças publicou o artigo “Parque Nacional”, sugerindo a criação de dois parques no Brasil, após analisar os resultados do estabelecimento do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Porém, somente em 1934 o Código Florestal introduziu na legislação brasileira a figura da Unidade de Conservação. Três anos depois, foi criado o Parque Nacional do Itatiaia, o primeiro do Brasil, na divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A Constituição Federal de 1988, no intuito de assegurar um “meio ambiente ecologicamente equilibrado” (art. 225), fixou como instrumento para alcance de tal meta a “definição de espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos”. Desde então, o Brasil passou a dar maior atenção à criação e regulamentação das áreas protegidas. Em 1989, foi criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que concentrou a gestão das áreas protegidas federais e dos recursos naturais.

Em 2000, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) foi instituído (Brasil 2000). Esta lei unificou critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. Além de promover a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, o SNUC deixa evidente a importância da pesquisa em todas as categorias de unidades de conservação. Em 2007, foi criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que assumiu a responsabilidade de administrar as unidades de conservação federais. Ao ICMBio coube ainda a elaboração e articulação da estratégia de conservação das espécies ameaçadas da fauna brasileira, gestão da pesquisa para o manejo, promoção da proteção e conservação da biodiversidade e do uso sustentável dos recursos naturais pelas populações tradicionais nas unidades de conservação.

9Venha Pesquisar Conosco

Ber

nard

o B

rito

– Pa

rna

da S

erra

dos

Órg

ãos

– R

io d

e Ja

neiro

Page 10: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

10 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade10 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Como realizar o cadastro no Sisbio?

O Sisbio – Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade é um sistema de atendimento à distância que permite a pesquisadores solicitarem autorizações para coleta de material biológico e para a realização de pesquisa em unidades de conservação federais e cavernas. Veja abaixo o procedimento para realizar uma solicitação no Sisbio:

Acesse o site do Sisbio(www.icmbio.gov.br/sisbio).

Faça seu cadastro.

Inclua uma solicitação.

Preencha os formulários eletrônicos (disponíveis no

menu solicitação) e, em caso de dúvidas, acesse o manual

do Sisbio em www.icmbio.gov.br/sisbio/manual.html.

Ao final do preenchimento, submeta a solicitação para

análise.

Acompanhe o andamento de sua solicitação acessando o

“extrato da solicitação”.

Em até 45 dias úteis, você receberá sua autorização pelo e-mail cadastrado no Sisbio.

Para tirar dúvidas sobre o sistema, o ICMBio possui um ende-reço de e-mail exclusivo para con-tato com os pesquisadores ([email protected]).

Page 11: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

11Venha Pesquisar Conosco

2 – Pesquisas nas Unidades de Conservação Federais – dados do Sisbio

A pesquisa e a gestão do conhecimento estão entre os principais instrumentos para o manejo das unidades de conservação, e a gestão desta atividade tem se fortalecido com a implantação, em 2007, do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade – o Sisbio4. O sistema tem como objetivo autorizar as atividades desenvolvidas em unidade de conservação federais ou cavernas, que envolvam a coleta de material biológico. Proporciona celeridade e transparência na análise das solicitações de pesquisa e no recebimento dos resultados, otimizando a gestão da informação. Os dados do Sisbio têm contribuído para o planejamento de ações de gestão e de conservação, incluindo a identificação de lacunas espaciais e temáticas de conhecimento.

Todas as unidades de conservação federais possuem pesquisas solicitadas. Entre março de 2007 e abril de 2013, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) foi a UC mais pesquisada, seguido pelos Parques Nacionais da Serra do Cipó (MG) e do Itatiaia (RJ/MG).

Dentre os principais resultados obtidos por meio do Sisbio destacamos: 30.623 pesquisadores cadastrados; 10.878 autorizações concedidas para atividades científicas ou didáticas; 5.728 autorizações para realização de pesquisa em 313 unidades de conservação federais; 1.310 solicitações para pesquisa envolvendo espécies ameaçadas de extinção; 1.186 licenças permanentes emitidas para coleta de espécimes da fauna; e 2.328 comprovantes de registro para coleta de material botânico, fúngico e microbiológico.

O módulo que viabiliza a inserção do relatório de pesquisa está disponível desde agosto de 2011. Os relatórios têm fortalecido o diálogo entre pesquisadores e gestores e a construção de um banco de dados com informações dos projetos, resultados das pesquisas autorizadas e recomendações para o manejo. Até abril de 2013, o sistema contava com 8.251 relatórios de pesquisa submetidos, com 171.678 registros de ocorrência de táxons, sendo 50.737 em unidades de conservação federais.

Quer conhecer mais sobre o Sisbio?Acesse nosso site

www.icmbio.gov.br/sisbio

11Venha Pesquisar Conosco

Will

iam

Qua

tman

Page 12: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

12 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

3 – A Pesquisa e as Espécies Ameaçadas de Extinção

O Brasil abriga cerca de 9,5% do total de espécies descritas no mundo. Estima-se a biota conhecida no país entre 170 e 210 mil espécies (Lewinsohn & Prado 2005)5. Os dados revelam que o país é responsável pela gestão do maior patrimônio de biodiversidade do mundo: são mais de 100 mil espécies de invertebrados, aproximadamente 8.200 espécies de vertebrados (713 mamíferos, 1.826 aves, 721 répteis, 875 anfíbios, 2.800 peixes continentais e 1.300 peixes marinhos)6 e cerca de 46 mil espécies de plantas.

Estão classificadas como ameaçadas de extinção no território nacional 472 espécies de plantas e 627 espécies da fauna, além das 36 espécies de peixes classificadas como sobreexplotadas. Dentre elas estão símbolos do país como o pau-brasil, a araucária, o lobo-guará, as tartarugas marinhas, o peixe-boi-marinho, o mico-leão-dourado, tamanduá-bandeira, entre outros (MMA 2003, MMA 2004, MMA 2005, MMA 2008).

12 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 13: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

13Venha Pesquisar Conosco

O ICMBio atua para a melhoria do estado de conservação das espécies da fauna brasileira utilizando, além da criação e gestão de áreas protegidas, três ferramentas integradas: 1 – a avaliação científica do risco de extinção das espécies7; 2 – a identificação de cenários de perda e de oportunidade de conservação da biodiversidade, que permite identificar as áreas de maior vulnerabilidade para a perda de espécies ou suas populações; 3 – a definição e implementação de Planos de Ação Nacionais8 (PANs), em que se busca identificar as ações com mais importância para a conservação das espécies ameaçadas de extinção, em fóruns multi-institucionais, onde as ações de pesquisa são pensadas e priorizadas junto com outras ações de diversas naturezas.

Atualmente, das espécies que integram a Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, cerca de 50% estão presentes em UC federais e 45% estão contempladas por políticas de Estado organizadas em Planos de Ação Nacionais9 (Nascimento & Campos 2011).

Em uma análise de 36 destes planos, observou-se que 694 ou quase 30% das ações referiam-se a demandas de pesquisa distribuídas por temas conforme a Tabela 1. Entre as ações de pesquisa, ao menos 25 envolvem busca de inovação, como por exemplo, alternativas aos conflitos entre as práticas econômicas humanas e a sobrevivência das espécies.

Neste desafio o ICMBio conta com os Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação, que realizam a mobilização e coordenação dos diversos atores e instituições envolvidos em cada PAN, na forma de redes, realizando desde pesquisas a ações diretas de manejo e gestão.

13Venha Pesquisar Conosco

Eds

on S

ouza

Lim

a –

Cac

horr

o-V

inag

re –

Águ

a B

oa –

Mat

o G

ross

o

Page 14: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

14 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade14 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA CONSERVAÇÃO

DAS TARTARUGAS MARINHAS

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA CONSERVAÇÃO

DAS TARTARUGAS MARINHAS

Série Espécies Ameaçadas nº 25Série Espécies Ameaçadas nº 25

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA ACONSERVAÇÃO DOS LEPIDÓPTEROS

AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA ACONSERVAÇÃO DOS LEPIDÓPTEROS

AMEAÇADOS DE EXTINÇÃOSérie Espécies Ameaçadas nº 13Série Espécies Ameaçadas nº 13

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS CERVÍDEOS

AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DOS CERVÍDEOS

AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO

Série Espécies Ameaçadas nº 22

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO NAS ÁREAS CÁRSTICAS DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO

Série Espécies Ameaçadas nº 27

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DAS CACTÁCEASPLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DAS CACTÁCEAS

Série Espécies Ameaçadas nº 24Série Espécies Ameaçadas nº 24

Page 15: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

15Venha Pesquisar Conosco

Tabela 1: Linhas de pesquisa identificadas e priorizadas em 36 planos de ação para espécies ameaçadas da fauna

Linhas de pesquisa Número de ações

Estudos populacionais – monitoramento, estudos específicos 208

Distribuição geográfica – ampliação dos inventários 114

Conflitos com práticas humanas 83

Ecologia das espécies alvo 66

Genética e taxonomia 45

Estudos de paisagem lato sensu 43

Poluição 35

Mapas temáticos 34

Medicina da conservação 27

Conservação ex situ, reintrodução 19

Estudos sociais e econômicos 17

Turismo em relação a espécies alvo 12

Impacto de espécies exóticas 9

Etnoconhecimento 7

Arqueologia, Paleontologia 3

722

15Venha Pesquisar Conosco

Arq

uivo

TA

MA

R /

ICM

Bio

– T

ubar

ão-m

arte

lo

Page 16: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

16 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade16 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 17: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

17Venha Pesquisar Conosco

4 – Grandes Temas de Pesquisa nas Unidades de Conservação Federais

4.1- Paisagens, ecossistemas e espécies

Paisagens – As espécies nativas vivem em ambientes progressivamente mais fragmentados, o que leva à necessidade de gestão conjunta das unidades de conservação em diferentes categorias e consideração da paisagem na tomada de decisão. São cada vez mais importantes os estudos que abordem a perspectiva de paisagem, considerando sua estrutura e dinâmica, efeitos pregressos e perspectivas.

Ecossistemas – Os ecossistemas também podem ser considerados em suas especificidades. Diversos deles estão confinados ou ameaçados por fatores como mudanças nos regimes de variados processos. A preocupação com a preservação da representatividade dos ecossistemas tem crescido não só por seu valor intrínseco mas também como forma de preservação das espécies e dos processos ecológicos. Como muitas ameaças são insidiosas, desafiando a detecção remota, é preciso aprofundar o monitoramento, a avaliação do estado de conservação e o entendimento da riqueza de ecossistemas do território nacional e das unidades de conservação.

Espécies – Nas paisagens e nos ecossistemas, algumas espécies requerem uma atenção especial para que sua persistência seja viabilizada, como por exemplo, espécies ameaçadas pelo tráfico, afetadas por doenças agudas ou sensíveis a certos empreendimentos, entre outros. Além dos estudos com espécies e populações já sob alerta, é fundamental ampliar os inventários nas unidades de conservação, com ênfase em áreas ainda mal ou muito mal conhecidas, e ampliar o entendimento das dinâmicas temporais e espaciais das populações. Essas informações são fundamentais para aprimorar as estratégias de conservação focadas em espécies.

17Venha Pesquisar Conosco

Leon

ardo

Mila

no –

Par

na N

asce

ntes

do

Rio

Par

naíb

a –

Piau

í, M

aran

hão

e To

cant

ins

Page 18: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

18 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

4.2 – Pressões ambientais

Distúrbios naturais como enchentes, incêndios e deslizamentos de terra frequentemente afetam as unidades de conservação e outras áreas preservadas. A exposição a estes fatores ao longo da evolução faz com que os ecossistemas e muitas das espécies tenham capacidade de responder aos distúrbios. No entanto, o regime com que ocorrem vem se alterando progressivamente em função das ações humanas, tornando-se um desafio para a conservação. São exemplos os largos incêndios capazes de queimar inteiramente uma unidade de conservação em um único evento, as alterações profundas nos regimes hídricos dos rios causados pelos barramentos, os desabamentos provocados por obras de infraestrutura, entre outros.

O fogo é um importante instrumento de manejo em diversos ecossistemas, no mundo todo. No Brasil, a elevada frequência de incêndios tornou-se um grande desafio para a conservação de diversos ecossistemas, assim como um fator preocupante para o clima global. É necessário implementar, monitorar e estudar estratégias de manejo integrado do fogo (senso Myers 2006) que assegurem tanto a conservação dos ecossistemas quanto a subsistência dos seres humanos. O manejo do uso do fogo como forma de conservação do Cerrado e dos Campos Sulinos10 é um grande desafio.

As grandes e pequenas alterações na dinâmica dos rios são outro tema que exige grande aprofundamento do conhecimento. A interrupção do fluxo hídrico, a transformação em ambientes lênticos, a alteração nas épocas de cheia e vazante, a facilitação para o estabelecimento de espécies exóticas trazem consequências severas sobre a biota aquática nativa; algumas delas passíveis de mitigação se melhor conhecermos os sistemas com que lidamos.

É fundamental ampliar os esforços de monitoramento e pesquisa para mais bem compreender os sistemas, as formas de manejo, e a retroalimentação de discussões e decisões. O aprofundamento das pesquisas para o manejo é essencial e trará uma enorme contribuição à conservação de nossa biodiversidade.

18 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 19: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

19Venha Pesquisar Conosco 19Venha Pesquisar Conosco

Bru

no S

ouza

– A

rqui

vo IC

MB

io

Page 20: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

20 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade20 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 21: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

21Venha Pesquisar Conosco

4.3 – Espécies exóticas invasoras

De acordo com a Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB, “espécie exótica” é toda espécie que se encontra fora de sua área de distribuição natural. “Espécie Exótica Invasora”, por sua vez, é aquela que ameaça ecossistemas, hábitats ou espécies. Essas espécies, por suas vantagens competitivas e favorecidas pela ausência de predadores e pela degradação dos ambientes naturais, dominam os nichos ocupados pelas espécies nativas, ocasionando o empobrecimento dos ambientes, a simplificação dos ecossistemas e a própria extinção de espécies nativas.

As espécies exóticas invasoras representam um sério problema global e requerem respostas em todos os níveis. No Brasil, os estudos sobre invasão biológica em áreas protegidas ainda são escassos. Mesmo assim, um grande número de espécies exóticas, invasoras ou não, já foram identificadas em UC federais, como a Lithobates catesbeianus (rã touro), Melinis minutiflora (capim gordura), Limnoperna fortunei (mexilhão dourado), Bubalus bubalis (búfalo), Sus scrofa (javali), Oncorhynchus mykiss (truta), Eucalyptus spp. (eucalipto), entre tantos outros. As estratégias de controle e erradicação destas espécies podem envolver métodos polêmicos, pouco adaptados às condições do país e sua biota; consequentemente, eventuais impactos não são bem conhecidos. É expressiva a demanda por pesquisas voltadas à identificação das espécies exóticas invasoras e a investigação de meios eficazes para controle, monitoramento, mitigação dos efeitos e, se possível, erradicação dessas espécies.

21Venha Pesquisar Conosco

Cel

so C

osta

San

tos

Júni

or -

Búf

alos

– R

ebio

do

Gua

poré

– R

ondô

nia

Page 22: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

22 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

4.4 – Visitação

Nos últimos anos, houve um crescimento significativo da visitação em áreas naturais no Brasil. Muitas delas encontram-se no interior de UC. Ainda que, em relação a outras regiões do mundo, seja incipiente a intensidade de visitação, esta deve ser planejada para que as UC cumpram os objetivos de sua criação. Atividades realizadas de forma desordenada podem trazer consequências negativas do ponto de vista social, econômico e ambiental.

Algumas UC passaram a implementar o turismo de base comunitária. Suas ações visam fortalecer os arranjos locais relacionados à cadeia do turismo e promover a utilização sustentável dos recursos naturais, contribuindo com o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais.

Neste amplo contexto territorial, vê-se a necessidade de estudos que verifiquem a adequação das práticas em diversos aspectos. É necessário avaliar os impactos das abordagens em curso e potencializar a aproximação da sociedade com a natureza. A recreação e a interpretação ambiental podem aumentar o entendimento sobre o patrimônio natural e cultural brasileiro e fortalecer o apoio público para conservação das áreas protegidas.

O desafio consiste em subsidiar o desenvolvimento de programas de uso público integrados ao potencial das UC, à diversidade sociocultural, aos conhecimentos tradicionais e à conservação da biodiversidade.

22 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 23: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

23Venha Pesquisar Conosco 23Venha Pesquisar Conosco

Arq

uivo

Par

na d

o Ig

uaçu

/ IC

MB

io –

Foz

do

Igua

çu –

Par

aná

Page 24: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

24 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade24 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 25: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

25Venha Pesquisar Conosco

4.5 – Uso sustentável dos recursos naturais

Os recursos naturais têm sofrido fortes pressões, resultando em perdas de biodiversidade, por um lado, e de redução na disponibilidade às pessoas que deles dependem para sobrevivência e reprodução cultural. As unidades de conservação de uso sustentável possuem como um de seus objetivos a compatibilização entre conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos, com a perenidade dos estoques e dos processos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. Nas últimas décadas, houve grandes avanços no entendimento dos processos ecológicos, sociais e econômicos relativos ao uso direto dos recursos da biodiversidade, mas ainda é substancial a demanda de conhecimentos novos e sistematização dos conhecimentos existentes, sobre os impactos das práticas em diversas esferas bem como os efeitos das mudanças territoriais, culturais e ambientais.

Nesse contexto, as Reservas Extrativistas e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável, principalmente, mas também as Florestas Nacionais e as Áreas de Proteção Ambiental são excelentes locais para se conhecer e monitorar o uso sustentável dos recursos. Muitas unidades de conservação de proteção integral têm também moradores com variado conhecimento e necessidades diversas de uso dos recursos, em que é pertinente e necessário o registro, o monitoramento e o apoio para aprimoramento ou readequação e novos contextos das formas de produção.

Existem muitas propostas de pesquisa nesse sentido, mas como em todos os outros temas a variação entre as unidades é muito grande, bem como a necessidade de maior integração dos estudos com as decisões de manejo e gestão.

25Venha Pesquisar Conosco

Mig

uel V

on B

ehr

– R

esex

Mat

a G

rand

e –

Mar

anhã

o

Page 26: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

26 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

4.6 – Sociobiodiversidade

O Brasil é um país com elevada diversidade cultural e étnica. As unidades de conservação federais, de uso sustentável ou de proteção integral, incluem territórios, área de uso ou locais de referência e reverência de muitos povos tradicionais, incluindo povos indígenas, agroextrativistas, caiçaras, comunidades de fundo de pasto, comunidades de terreiro, comunidades quilombolas, faxinais, geraizeiros, pantaneiros, pescadores artesanais, pomeranos, povos ciganos, povos indígenas, quebradeiras de coco babaçu, retireiros, seringueiros, dentre tantos outros grupos sociais. Estas populações tradicionais contam com uma política específica, a Política Nacional para Povos e Comunidade Tradicionais (Brasil 2007).

Em levantamento feito em 2011, o CNPT11 identificou as seguintes principais linhas de pesquisa sobre a sociobiodiversidade nas unidades de conservação federais, em curso ou demandadas12:

1 – Processos de gestão participativa e comunitária de recursos de uso comum – estudos sobre formas de organização, participação e mobilização comunitária, pesquisas acerca de associativismo e cooperativismo, onde se inclui o turismo de base comunitária.

2 – Territorialidade e identidade, incluindo o mapeamento dos territórios de povos e comunidades tradicionais, e o mapeamento e entendimento de conflitos socioambientais.

3 – Práticas tradicionais e sustentabilidade – sistemas de manejo de recursos, etnoconhecimento, estudos de sustentabilidade das atividades tradicionais (pesca, caça, agricultura, etc), alternativas de renda e aprimoramento de processos produtivos, entre outros.

4 – Patrimônio material e imaterial – pesquisas acerca de aspectos culturais e históricos de modo geral.

5 – Tecnologias sociais – estudos que preveem a utilização do conhecimento tradicional para solução alternativa a, por exemplo, questões relativas a água, alimentação, educação, energia, habitação, saúde, entre outros.

26 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 27: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

27Venha Pesquisar Conosco 27Venha Pesquisar Conosco

Mig

uel V

on B

ehr

– R

esex

Mat

a G

rand

e –

Mar

anhã

o

Page 28: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

28 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade28 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 29: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

29Venha Pesquisar Conosco

4.7 – Serviços ecossistêmicos

Os serviços ecossistêmicos são os benefícios diretos e indiretos obtidos pelo homem a partir dos ecossistemas, tais como a provisão de alimentos e água, a regulação climática, a formação do solo, ecoturismo e recreação (De Groot et al. 2002, MA 2003).

O Brasil destaca-se mundialmente por seus recursos naturais, em boa parte protegidos pelas unidades conservação. Estas áreas protegidas assumem papel fundamental para a reprodução da vida e como base para o desenvolvimento e mesmo crescimento econômico do país, mesmo em regiões delas muito distantes, tendo em vista os imensos benefícios associados aos bens e serviços ecossistêmicos, usufruídos por grande parte da população brasileira, inclusive pelos setores econômicos em contínuo desenvolvimento (Medeiros et al. 2011).

As UC não constituem espaços sem “utilidade” para o crescimento econômico. Pelo contrário, fornecem direta e/ou indiretamente bens e serviços que satisfazem várias necessidades da sociedade brasileira e desempenham um papel crucial na proteção de recursos estratégicos para o desenvolvimento nacional.

Em 2011, Medeiros et al. realizaram uma análise sobre o impacto e o potencial econômico de cinco (dentre os inúmeros) dos bens e serviços ecossistêmicos provisionados pelas unidades de conservação para a economia e sociedade brasileiras: potencial de extração de produtos florestais, uso público, preservação de estoques de carbono, conservação dos fluxos hídricos e repartição de receitas tributárias. Mesmo com um conjunto restrito de serviços analisados, o estudo revelou que a proteção destas áreas gera contribuições econômicas que superam significativamente valores monetários destinados pelas administrações públicas à manutenção do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). O estudo dos serviços ecossistêmicos é subsídio importante para definição de áreas insubstituíveis, de avaliação de impactos mitigáveis ou não e para desenvolvimento de mecanismos financeiros de suporte às áreas protegidas e, quando for o caso, às populações residentes.

29Venha Pesquisar Conosco

Arq

uivo

APA

de

Gua

raqu

eçab

a / I

CM

Bio

– P

aran

á

Page 30: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

30 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade30 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 31: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

31Venha Pesquisar Conosco

5 – Os Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação do ICMBio

Os Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação vinculados ao ICMBio têm a missão de produzir, sistematizar, analisar e promover ações e o conhecimento necessário à conservação da biodiversidade, do patrimônio espeleológico e da sociobiodiversidade associada a povos e comunidades tradicionais. Os centros são responsáveis pela coordenação da execução dos planos de ação nacionais para fauna ameaçada. Estes centros especializados são apresentados a seguir:

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica – CEPAM

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas e para o monitoramento da biodiversidade do bioma Amazônia e seus ecossistemas, assim como auxiliar com pesquisa no manejo das Unidades de Conservação federais do bioma amazônico.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• CoordenaçãodosPlanosdeAçãoNacionaisFloradoXingueFaunadoXingu;• LevantamentoeintegraçãodeinformaçõessobreosprimatasemUnidadesdeConservaçãoda

Amazônia; • OrdenamentodoturismocombotosnasUCdaAmazônia;• Ecologia,alimentaçãoecaracterizaçãodoambientedopeixe-boinomosaicodeUnidadesde

Conservação do rio Negro;• AvaliaçãodoestadodeconservaçãodasespéciesdepeixesdaBaciaAmazônica.

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga – CECAT

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas e para o monitoramento da biodiversidade dos biomas Cerrado e Caatinga, com ênfase nas espécies da flora, invertebrados terrestres e polinizadores, assim como auxiliar com pesquisas no manejo das Unidades de Conservação federais nestes biomas.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• Coordenação dos Planos de Ação Nacionais para Lepidópteros, Cactáceas, Morceguinho-do-

Cerrado e Semprevivas;• EstudosparasubsidiaraconservaçãodabiodiversidadenosbiomasCerradoeCaatinga;• RecuperaçãodasespéciesdoCerradoedaCaatingaconstantesdaslistasoficiaisnacionaisde

ameaças de extinção;• Estudosdemétodosdecombateaespéciesexóticasinvasoras.

31Venha Pesquisar Conosco

Conheça mais sobre os nossos Centros de Pesquisa e Conservação em:http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/centros-de-pesquisa.html

Mar

celo

Des

rzi V

idal

– B

oto-

verm

elho

– P

àrna

de

Ana

vilh

anas

– A

maz

onas

Page 32: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

32 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais – CNPT

Objetivo: promover a pesquisa científica e a gestão do conhecimento sobre manejo e conservação de ambientes e territórios utilizados por povos e comunidades tradicionais, sobre seus conhecimentos, modos de organização social e formas de gestão dos recursos naturais, em apoio ao manejo das Unidades de Conservação federais.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• CoordenaçãodoPlanodeAçãoNacionaldosManguezais;• Etnoconhecimento; pagamento por serviços ambientais; diagnóstico

socioambiental; conservação da sociobiodiversidade associada a povos e comunidades tradicionais; avaliação dos impactos sociais das unidades de conservação.

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres – CEMAVE

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies de aves ameaçadas, assim como atuar na conservação das espécies migratórias, na conservação da biodiversidade dos biomas continentais, marinhos e costeiros e auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• CoordenaçãodosPlanosdeAçãoNacionaisdoMutum-do-Sudeste,Albatrozes

e Petréis, Pato-Mergulhão, Arara-Azul-de-Lear, Aves de Rapina, Galiformes, Mutum-de-Alagoas, Formigueiro-do-Litoral, Arainha-Azul, Soldadinho-do-Ara-ripe, Papagaios da Mata Atlântica, Aves Limícolas, Passeiriformes dos Campos Sulinos, Aves da Caatinga, Aves da amazônia e Aves do Cerrado e Pantanal;

• Desenvolvimentodepesquisasdecampo,especialmentevoltadasparaomonitoramento de aves em Unidades de Conservação, para a conservação de aves ameaçadas de extinção e de aves migratórias;

• Avaliaçãodoestadodeconservaçãodasavesbrasileiras.

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas – CECAV

Coordenação do Plano de Ação Nacional para conservação das cavernas do São Francisco.

Objetivo: realização e articulação de pesquisas científicas e de ações de gestão e manejo para conservação dos ambientes cavernícolas e espécies associadas, assim como auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais com ambientes cavernícolas.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• Inventário anual do patrimônio espeleológico nacional e avaliação da

potencialidade de ocorrência de cavernas;• Atualização do Mapa Brasileiro de Potencialidade de Ocorrência de

Cavernas e delimitação das Regiões Cársticas do Brasil;• Monitoramento e avaliação de impactos sobre o patrimônio

espeleológico.

32 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 33: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

33Venha Pesquisar Conosco 33Venha Pesquisar Conosco

Cris

tiano

Fer

reira

– C

EC

AV

/ IC

MB

io –

Cav

erna

do

Dia

bo –

São

Pau

lo

Page 34: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

34 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade34 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 35: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

35Venha Pesquisar Conosco

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos – CMA

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de mamíferos aquáticos, assim como atuar na conservação de espécies migratórias, na conservação da biodiversidade dos ecossistemas recifais, estuarinos e de manguezais, e auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais marinhas, costeiras e da bacia Amazônica.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• CoordenaçãodosPlanosdeAçãoNacionaisdaToninha,GrandesCetáceos

e Pinípedes, Pequenos Cetáceos e Sirênios;• Conservaçãodesirênios;pequenosegrandescetáceosedeambientes

estuarinos, manguezais e recifais; educação ambiental; políticas públicas relacionadas à conservação de mamíferos aquáticos;

• Avaliaçãodoestadodeconservaçãodosmamíferosaquáticoseseushabitats.

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de mamíferos carnívoros ameaçados de extinção, assim como atuar na conservação de seus habitats naturais no Brasil e auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• Coordenação dos Planos de Ação Nacionais do Lobo-guará, da Onça-

pintada, Ariranha, Cervídeos, Cachorro-vinagre e pequenos felinos;• DesenvolvimentodepesquisasemEcologiaaplicadaàconservaçãode

mamíferos carnívoros, Ecologia de paisagens e Manejo de conflitos;• Avaliaçãodoestadodeconservaçãodoscarnívoroseunguladosbrasileiros.

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais – CEPTA

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para a conservação e recuperação de espécies ameaçadas de peixes continentais, assim como atuar na conservação da biodiversidade aquática dos biomas continentais e auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais com ecossistemas dulcícolas.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• Coordenação dos Planos de Ação Nacionais do Paraíba do Sul, Mogi

Pardo e Grande, Rivulídeos e Fauna Aquática do São Francisco;• Pesquisasvoltadasàqualidadeambiental,aomanejoeaousoracional

dos recursos genéticos de peixes tropicais e ao desenvolvimento de tecnologias;

• Pesquisasparasubsidiaragestãodabiodiversidadedepeixescontinentaise seu papel no funcionamento e na manutenção dos ecossistemas aquáticos continentais.

35Venha Pesquisar Conosco

Fábi

a Lu

na –

Pei

xe-b

oi M

arin

ho –

CM

A /

ICM

Bio

– It

amar

acá

– Pe

rnam

buco

Page 36: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

36 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros – CPB

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de primatas brasileiros, assim como atuar na conservação das espécies ameaçadas de mamíferos terrestres, na conservação da biodiversidade do bioma Mata Atlântica e auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• Coordenação dos Planos de Ação Nacionais dos Muriquis, Mamíferos

da Mata Atlântica Central, Sauim-de-coleira, Primatas do Nordeste e Primatas do Extremo Oriente da Amazônia;

• Desenvolvimentodepesquisaseaçõesdemanejoparaaconservaçãodas 26 espécies de primatas constantes na Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção;

• Pesquisasparasubsidiaromanejodepopulaçõesinvasorasdeprimatas.• AvaliaçãodosefeitosdosurtodefebreamarelasobreosprimatasemUC

federais e estaduais do Rio Grande do Sul e seu entorno;• Avaliaçãodoestadodeconservaçãodosprimatasbrasileiros.

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios – RAN

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de répteis e anfíbios, assim como atuar na conservação dos biomas continentais, costeiros e marinhos e auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• Coordenação dos Planos de Ação Nacionais de Conservação da

Herpetofauna Insular, do Espinhaço, do Sul e do Nordeste;• Manejoeusosustentáveldequelôniosecrocodilianos;• Conservação das espécies ameaçadas, deficientes de dados e

indicadoras de qualidade ambiental;• Controledeespéciesderépteiseanfíbiosinvasores;• Gestãodoconhecimentosobreaherpetofauna.

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas – TAMAR

Objetivo: realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de tartarugas marinhas, assim como atuar na conservação da biodiversidade marinha e costeira, com ênfase nas espécies de peixes e invertebrados marinhos ameaçados, e auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais marinhas e costeiras.

Principais linhas de pesquisa desenvolvidas:• CoordenaçãodoPlanodeAçãoNacionalparaConservaçãodasTartarugas

Marinhas;• Pesquisas para subsidiar a conservação e recuperação de espécies

ameaçadas de tartarugas marinhas, assim como para a conservação da biodiversidade marinha e costeira, com ênfase nas espécies de peixes e invertebrados marinhos ameaçados, e para auxiliar no manejo das Unidades de Conservação federais marinhas e costeiras.

36 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 37: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

37Venha Pesquisar Conosco 37Venha Pesquisar Conosco

Val C

ampo

s –

Mic

o-es

trel

a-de

-tuf

o-br

anco

– A

rqui

vo C

PB /

ICM

Bio

– P

araí

ba

Page 38: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

38 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Em setembro de 2013, quatro Centros de Recursos Pesqueiros ligados à estrutura do IBAMA foram transferidos ao ICMBio. Atualmente, esses centros encontram-se em processo de reestruturação e planejamento para compatibilização com os objetivos estratégicos do ICMBio, e estarão com suas atividades focadas em conservação marinha.

Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste – CEPENE

Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte – CEPNOR

Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul – CEPSUL

Centro de Pesquisa e Gestão dos Recursos Pesqueiros Lagunares e Estuarinos – CEPERG

38 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 39: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

39Venha Pesquisar Conosco 39Venha Pesquisar Conosco

Ric

ardo

Mai

a –

CE

PEN

E /

ICM

Bio

– T

aman

daré

– P

erna

mbu

co

Page 40: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

40 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade40 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 41: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

41Venha Pesquisar Conosco

6 – Pesquisadores do ICMBio

O Instituto Chico Mendes dispõe de um corpo de servidores qualificado, constituído por analistas ambientais com mestrado, doutorado e pós-doutorado. Estes servidores, lotados tanto nos Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação, Unidades de Conservação e Coordenações, desenvolvem atividades de pesquisa nas unidades de conservação federais em todo o país.

Os analistas ambientais do ICMBio estão cotidianamente integrando atividades de gestão e conservação da biodiversidade. Temos o desafio de desenvolver e articular a realização de estudos que tragam as respostas necessárias ao manejo dos ecossistemas, à conservação da biodiversidade brasileira e à gestão das áreas federais protegidas.

Informações sobre nossos pesquisadores e as linhas de pesquisa que desenvolvem estão disponíveis em:

http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/pesquisa-e-monitoramento/nossos-pesquisadores.html

41Venha Pesquisar Conosco

Arq

uivo

CE

MA

VE

– IC

MB

io

Page 42: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

42 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade42 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Leon

ardo

Mila

no –

Par

na d

e S

aint

-Hila

ire/L

ange

– P

aran

á

Page 43: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

43Venha Pesquisar Conosco

7 – Infraestrutura de Apoio à Pesquisa nas Unidades de Conservação Federais e nos Centros

Informações acerca dos meios e das condições de acesso a 312 das 313 UC geridas pelo ICMBio e a infraestrutura que dispõem para apoio à pesquisa foram reunidas e consolidadas a partir de diversas fontes, além de confirmadas e complementadas pelas equipes das UC. Estas informações foram então espacializadas em mapas com a distribuição das UC federais por região geográfica do país, permitindo assim visualização das condições de acesso e estrutura de apoio à pesquisa.

Detalhes de infraestrutura, logística e oportunidades para realização de pesquisas nas UC federais, além do contato com as equipes das UC para obtenção de informações mais específicas, são disponibilizados também em:

http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/pesquisa-e-monitoramento/venha-pesquisar-conosco.html

43Venha Pesquisar Conosco

Arq

uivo

CE

NA

P –

ICM

Bio

Page 44: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14
Page 45: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14
Page 46: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14
Page 47: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14
Page 48: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14
Page 49: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14
Page 50: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

50 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade50 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 51: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

51Venha Pesquisar Conosco

8 – Gestão da Informação e do Conhecimento

A gestão de unidades de conservação e de espécies ameaçadas dialoga com as mais diversas áreas do conhecimento. A gestão da informação é fundamental para aprimoramento de todos os processos, mas não é tarefa fácil. São muitos os sistemas de informação geridos pelo ICMBio. São exemplos o Sisbio, já mencionado, o Sagui, sobre primatas, o Sistamar, sobre tartarugas marinhas, o Sismam, sobre mamíferos aquáticos, o Caniê, sobre cavidades naturais subterrâneas, entre outros.

Além dos sistemas, o ICMBio possui entre suas estratégias de gestão da informação os seminários de pesquisa e as publicações, além de instrumentos de planejamento como os planos de manejo e os planos de ação nacionais.

Desde 2009, foram promovidos cinco seminários de pesquisa e encontros de iniciação científica. Trata-se de ocasiões aonde são levadas as experiências pioneiras de interface entre a pesquisa desenvolvida em parceria com a academia e o manejo de unidades de conservação e da biodiversidade, proporcionando condições propícias ao aprendizado. Os trabalhos são documentados em anais, que ficam disponíveis para consulta em: http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/pesquisa-e-monitoramento/seminarios-de-pesquisa.html.

51Venha Pesquisar Conosco

Arq

uivo

TA

MA

R –

ICM

Bio

– T

arta

ruga

-oliv

a

Page 52: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

52 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

No âmbito do ICMBio são publicados cinco periódicos científicos:

Biodiversidade Brasileira, voltada ao manejo de unidades de conservação e à avaliação do estado de conservação da fauna.

Ornithologia, focada em pesquisas com aves

Revista Brasileira de Espeleologia, na área de estudos espeleológicos

Revista CEPSUL, voltada para pesquisas com a biodiversidade aquática na região Sul

Boletim Técnico-Científico do CEPENE, voltada para pesquisas com a biodiversidade aquática na região Nordeste

Por reunirem sob uma mesma égide grande diversidade de conhecimentos merecem destaque na gestão da informação os momentos de elaboração de planos de manejo de unidades de conservação e de planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas.

Capa da última ediçaõ da Revista Ciantífica da Biodiversidade Brasileira

52 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 53: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

53Venha Pesquisar Conosco

Capa das seis primeiras edições da Revista Científica da Biodiversidade Brasileira

53Venha Pesquisar Conosco

Leon

ardo

Mila

no -

Par

na d

o Ja

man

xim

– P

ará

Page 54: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

54 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Capas dos Anais dos Seminários de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio

54 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 55: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

55Venha Pesquisar Conosco

Fóruns de discussão científica voltada ao manejo

Os numerosos fóruns para discussão sobre pesquisa e manejo são ainda insuficientes, dados os imensos desafios de gestão para a conservação e a dimensão dos territórios, bem como as lacunas de conhecimentos e a necessidade de construção local, regional e nacional de conhecimentos e soluções.

Além do Seminário anual do instituto, diversas unidades de conservação vêm realizando seus seminários locais, entre as quais destacamos o Parque Nacional da Serra dos Órgãos/RJ que em 2013 realizou seu 11º Seminário. Os Centros de pesquisa, por sua vez, têm se envolvido tanto nos seminários relacionados às unidades de conservação como na série de fóruns relacionados à avaliação do estado de conservação das espécies e elaboração dos planos de ação nacionais.

Enfatizamos ainda a importância crescente dos Conselhos Consultivos ou deliberativos das unidades de conservação federais, como fóruns que propiciam a discussão e apropriação dos resultados de pesquisa e organização e legitimação da demanda de conhecimento no âmbito de cada unidade de conservação, sendo fundamental na disseminação para a sociedade do conhecimento produzido na UC e na articulação entre pesquisa e manejo.

Capa dos Anais do V Seminário de Pesquisa e V Encontro de Iniciação Científica do ICMBio

55Venha Pesquisar Conosco

Arq

uivo

ES

EC

de

Mar

acá-

Jipi

oca

– A

map

á

Page 56: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

56 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade56 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 57: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

57Venha Pesquisar Conosco 57Venha Pesquisar Conosco

9 – Instrumentos Internos de Estímulo à Pesquisa nas Unidades de Conservação Federais

O ICMBio tem avançado no estímulo a pesquisas nas unidades de conservação federais – além da maior divulgação das potencialidades do instituto e atração de pesquisadores, promoção do entrosamento entre gestores de UC, pesquisadores, conselheiros e sociedade local, tem se empenhado no desenvolvimento de mecanismos mais diretos de apoio e fomento a projetos de pesquisa priorizados pelo corpo de pesquisadores do Instituto, com parcerias diversas.

Descrevemos a seguir alguns dos mecanismos de estímulo à pesquisa nas unidades de conservação federais que o Instituto tem desenvolvido:

Chamada Interna de Projetos

Desde 2010, a pesquisa nas unidades de conservação federais tem sido institucionalmente e continuamente fortalecida por meio do lançamento anual de uma Chamada Interna de Projetos. Até o momento foram apoiados 212 projetos de pesquisa e monitoramento, desenvolvidos por analistas ambientais das nossas unidades de conservação e de nossos centros de pesquisa e conservação.

Em 2013, a Chamada Interna de Projetos da DIBIO/ICMBio propiciou a seleção de 45 projetos de pesquisa e monitoramento para serem financiados no corrente ano, totalizando R$ 1,1 milhão disponibilizado para fomento direto à pesquisa nas unidades de conservação federais.

Mar

cello

Lor

enço

– P

arna

Mar

inho

dos

Abr

olho

s –

Bah

ia

Page 58: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

58 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Recursos de Compensação Ambiental para desenvolvimento de Pesquisas

Os recursos financeiros provenientes de compensação ambiental de empreendimentos que causam significativo impacto ambiental (Brasil 2000) podem ser aplicados no desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo de unidades de conservação federais e áreas de amortecimento (Brasil 2002).

Neste âmbito, a Coordenação de Apoio à Pesquisa do ICMBio coordena a execução de recursos de compensação ambiental destinados à realização de pesquisas nas UC federais. Atualmente estão sendo executados recursos provenientes de dois grandes empreendimentos:

1- Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (Ministério da Integração Nacional) – cuja execução dos recursos (R$ 3,4 milhões) está sendo realizada através de edital lançado via CNPq – a Chamada CNPq/ICMBio nº 13/2011.

2- Gasoduto Cacimbas Catu (Petrobrás Gás S.A.) – cujos recursos (R$ 2 milhões) foram destinados ao financiamento de pesquisas em 15 unidades de conservação federais distribuídas desde Pernambuco até o Paraná.

No momento, encontra-se em negociação recursos de outros empreendimentos para serem destinados à realização de pesquisas em nossas UC federais.

Programa PIBIC-ICMBio/CNPq

Em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq, o Instituto Chico Mendes executa o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC-ICMBio/CNPq, que visa contribuir com a formação de alunos de graduação na área da pesquisa em temas ambientais, incentivar a consolidação da política de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico do ICMBio e contribuir para a expansão e renovação do quadro de servidores atuantes na produção de conhecimento.

Desde 2008 já foram envolvidos no programa 120 estudantes de graduação. E os alunos que concluíram ou estão realizando o estágio de iniciação científica no âmbito do PIBIC-ICMBio encontram-se distribuídos em todo o território nacional, desde a ESEC Juami Japurá, no extremo oeste amazonense, até a APA da Baleia Franca (SC), a ESEC Taim (RS) e os centros nacionais de pesquisa e conservação CEMAVE e CPB [PB] e o CEPSUL [SC].

Mais informações podem ser obtidas em:

http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/pesquisa-e-monitoramento/iniciacao-cientifica.html

58 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Page 59: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

59Venha Pesquisar Conosco 59Venha Pesquisar Conosco

Mig

uel V

on B

ehr

– R

io M

angu

aba

– A

PA d

a C

osta

dos

Cor

ais

– A

lago

as e

Per

nam

buco

Page 60: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

60 Instituto Chico Mendes de Conservação da BiodiversidadeInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade60

Page 61: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

61Venha Pesquisar Conosco

10 – Referências Bibliográficas

Brasil, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, de 05 de outubro de 1988. Diário Oficial da União, 05/10/1988: 1 (ANEXO).

Brasil, 2000. Lei 9.985 de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da União, Seção 1, 138, 19/07/2000: 1-6.

Brasil, 2002. Decreto nº 4.340 de 22 de agosto de 2002. Regulamenta artigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Seção 1, 163, 23/08/2002: 9-11.

Brasil, 2006. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Floresta. Diretoria de Áreas Protegidas. Diretrizes para Visitação em Unidades de Conservação. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2006. 61p. <http://www.mma.gov.br/estruturas/ascom_boletins/_arquivos/livro.pdf>. (Acesso em: 13/04/2013).

Brasil, 2007. Decreto nº 6.040 de 7 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Diário Oficial da União, Seção 1, 28, 08/02/2002: 316-317.

Brasil, 2007. Lei 11.516 de 28 de agosto de 2007. Dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes; altera as Leis nos 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de março de 2006, 9.985, de 18 de julho de 2000, 10.410, de 11 de janeiro de 2002, 11.156, de 29 de julho de 2005, 11.357, de 19 de outubro de 2006, e 7.957, de 20 de dezembro de 1989; revoga dispositivos da Lei no 8.028, de 12 de abril de 1990, e da Medida Provisória no 2.216-37, de 31 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Seção 1, 166-A (Edição extra), 28/08/2007: 1.

Brasil, 2008. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Ministério do Turismo. EMBRATUR. Programa de Turismo nos Parques. 44p. 2008. <https://mma.gov.br/estruturas/sbf2008_dap/_publicacao/149_publicacao16122010111448.pdf>. (Acesso em: 13/04/2013).

De Groot, R.S.; Wilson, M.A. & Boumans, R.M.J. 2002. A typology for the classification, description, and valuation of ecosystem functions, goods and services. Ecological Economics 41, 393-408.

Lewinsohn, T. M.; Prado, I. P. 2005. Quantas espécies há no Brasil? Megadiversidade, v. 1, n. 1, p. 36-42.

Lindenmeyer, D.B. & Likens, G.E. 2009. Adaptive monitoring: a new paradigm for long-term research and monitoring. Trends in Ecology and Evolution, 24: 482-486.

Medeiros, R.; Young; C.E.F.; Pavese, H.B. & Araújo, F.F.S. 2011. Contribuição das unidades de conservação brasileiras para a economia nacional: Sumário Executivo. Brasília: UNEP-WCMC, 44p.

Millennium Ecosystem Assessment (MA), 2003. Ecosystem and Human Well-Being: a framework for assessment. Island Press, Washington, DC.

MMA (Ministério do Meio Ambiente), 2003. Instrução Normativa nº 3 de 27 de maio de 2003. Diário Oficial da União, Seção 1, 101, 28/05/2003: 88.

61Venha Pesquisar Conosco

Lean

dro

Bug

oni –

Alb

atró

z-de

-nar

iz-a

mar

elo-

do-A

tlânt

ico

Page 62: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

62 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade62 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

MMA (Ministério do Meio Ambiente), 2004. Instrução Normativa nº 5 de 21 de maio de 2004. Diário Oficial da União, Seção 1, 102, 28/05/2004: 136.

MMA (Ministério do Meio Ambiente), 2005. Instrução Normativa nº 52 de 08 de novembro de 2005. Diário Oficial da União, Seção 1, 09/11/2005.

MMA (Ministério do Meio Ambiente), 2008. Instrução Normativa nº 6 de 23 de setembro de 2008. Diário Oficial da União, Seção 1, 185, 24/09/2008: 75.

Myers, R.L. 2006. Convivendo com o Fogo: Manutenção dos Ecossistemas e Subsistência com o Manejo Integrado do Fogo. Tradução de Margaret Batalha. The Nature Conservancy - Iniciativa Global para o Manejo do Fogo. Tallahassee, USA.

Nascimento, J.L. & Campos, I.B. 2011. Atlas das espécies ameaçadas de extinção em unidades de conservação federais. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. <http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/publicacoes.html>. (Acesso em: 12/04/2013).

1 http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs/dados-consolidados2 http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros.html3 http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/centros-de-pesquisa.html4 Sisbio foi regulamentado por meio da Instrução Normativa nº 154/20075 http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/2741-lista-de-especies-

ameacadas-saiba-mais.html6 http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira.html7 http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/avaliacao-do-risco-de-

extincao.html8 http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/planos-de-acao-nacional.

html?start=309 http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/publicacoes.html10 Número temático BioBrasil Manejo do fogo em áreas protegidas – http://www.icmbio.gov.br/

revistaeletronica/index.php/BioBR/issue/view/15/showToc.11 CNPT – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e

Comunidades Tradicionais.

12 Responderam ao levantamento: 162 unidades de conservação federais, sendo 96 de uso sustentável e 66 de proteção integral, de um universo de 312 UCs (175 de US e 137 de PI).

Page 63: Venha pesquisar conosco_-_28-08-14

63Venha Pesquisar Conosco 63Venha Pesquisar Conosco

Leon

ardo

Mila

no –

Par

na d

o Pa

ntan

al M

atog

ross

ense

– M

ato

Gro

sso