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SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DE SERGIPE RESUMO DO MANUAL RESUMO DO MANUAL Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE e-mail: [email protected] - Filiado à CBIC – CNPJ: 13.079.041/0001-67 1/96

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SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DE SERGIPE

RESUMO DO MANUALRESUMO DO MANUAL

Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SEe-mail: [email protected] - Filiado à CBIC – CNPJ: 13.079.041/0001-67

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SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DE SERGIPE

ANEXO 1RESUMO GERAL DO CUSTO - FECHAMENTO

NOME DA CONSTRUTORA    OBRA:    DATA:    

1 CUSTO DIRETO DA OBRA (CD)   0,00

2 CUSTO INDIRETO DA OBRA    2.1 Administração da obra (com encargos sociais de 80 %)   0,00 2.2 Equipamentos e ferramentas   0,00 2.3 Serviços preliminares e instalações provisórias   0,00 2.4 Despesas permanentes da obra   0,00 2.5 Controle tecnológico   0,00 2.6 Transporte/ alimentação/ exames   0,00 2.7 Desmobilização   0,00 2.8 Sondagens e projetos   0,00

  TOTAL DO CUSTO INDIRETO DA OBRA (DI)   0,00   TOTAL DO CUSTO DIRETO E INDIRETO DA OBRA (CD + DI)   0,00

3 TAXAS E IMPOSTOS %  3.1 IR 0,00% - 3.2 COFINS 3,00% - 3.3 PIS 0,65% - 3.4 ISS 3,00% - 3.5 ADMINISTRAÇÃO CENTRAL 7,00% - 3.6 TAXA DE FISCALIZAÇÃO 0,00% - 3.7 IMPREVISTOS (OUTROS) 0,00% - 3.8 CPMF 0,38% -

  TOTAL DOS IMPOSTOS 14,03% -

4 CUSTO TOTAL DA OBRA   0,00

5 LUCRO BRUTO PREVISTO 15,00% -

6 VALOR DE VENDA   -

OBSERVAÇÕES1) Este fechamento está prevendo uma empresa com sua contabilidade e IR por Lucro Real, além de considerar os valores dos

impostos vigentes no ano de 2006.2) Para o próximo ano - 2007 - os valores dos impostos deverão ser verificados pela legislação vigente.3) Cálculo do valor de venda - (CD + DI) / (1 - % Lucro B. Previsto - % Total dos Impostos)4) Na atual conjuntura econômica - estável - não têm sido considerados os encargos financeiros incidentes gerados pelo prazo do

efetivo pagamento em relação à data do faturamento, o que iria acrescer em valor as taxas consideradas.

Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SEe-mail: [email protected] - Filiado à CBIC – CNPJ: 13.079.041/0001-67

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ANEXO 2DESPESAS INDIRETAS

ITEM CÓDIGO SERVIÇO UNID. QTD. R$ UNIT. R$ TOTAL01.00.00 Administração da obra (com encargos sociais de 80 %)  01.01.00 O10010 Engenheiro supervisor Mês 0,00 0,00 0,0001.02.00 O10020 Engenheiro gerente Mês 0,00 0,00 0,0001.03.00 O10025 Engenheiro produção Mês 0,00 0,00 0,0001.04.00 O10030 Engenheiro auxiliar Mês 0,00 0,00 0,0001.05.00 O10040 Tecnico de edificações Mês 0,00 0,00 0,0001.06.00 O10041 Tecnico de planejamento Mês 0,00 0,00 0,0001.07.00 O10050 Estagiário Mês 0,00 0,00 0,0001.08.00 O10060 Encarregado geral Mês 0,00 0,00 0,0001.09.00 O10070 Encarregado de carpintaria Mês 0,00 0,00 0,0001.10.00 O10080 Encarregado de pedreiro Mês 0,00 0,00 0,0001.11.00 O10090 Encarregado de ferreiro Mês 0,00 0,00 0,0001.12.00 O10100 Encarregado de frentes Mês 0,00 0,00 0,0001.13.00 O10110 Cabo de turma Mês 0,00 0,00 0,0001.14.00 O10120 Tecnico de segurança Mês 0,00 0,00 0,0001.15.00 O10125 Gerente administrativo financeiro Mês 0,00 0,00 0,0001.16.00 O10130 Chefe de escritório Mês 0,00 0,00 0,0001.17.00 O10140 Auxiliar de escritório Mês 0,00 0,00 0,0001.18.00 O10150 Apontador Mês 0,00 0,00 0,0001.19.00 O10160 Apontador de campo Mês 0,00 0,00 0,0001.20.00 O10180 Almoxarife Mês 0,00 0,00 0,0001.21.00 O10190 Auxiliar de almoxarife Mês 0,00 0,00 0,0001.22.00 O10200 Ferramenteiro Mês 0,00 0,00 0,0001.23.00 O10210 Eletricista/mecânico Mês 0,00 0,00 0,0001.26.00   Copeira/Limpeza Mês 0,00 0,00 0,0001.27.00 O10240 Vigia Mês 0,00 0,00 0,0001.28.00 O10250 Motorista Mês 0,00 0,00 0,00            0,0002.00.00 Equipamentos e ferramentas    02.01.00 E20008 Grupo gerador 12,5 kva Mês 0,00 0,00 0,0002.01.01 E20010 Grupo gerador 100 kva Mês 0,00 0,00 0,0002.02.00 E20020 Transformador 112,5 kva Mês 0,00 0,00 0,0002.03.00 E20030 Betoneira 580 L c/ motor elétrico Mês 0,00 0,00 0,0002.04.00 E20040 Betoneira 320 l c/ motor elétrico Mês 0,00 0,00 0,0002.05.00 E20050 Betoneira 320 l c/ motor a gasolina Mês 0,00 0,00 0,0002.05.05 E20054 Betoneira rotativa 500 L - Alfa Mês 0,00 0,00 0,0002.06.00 E20060 Serra circular elétrica Mês 0,00 0,00 0,0002.07.00 E20070 Motor a gasolina p/vibrador Mês 0,00 0,00 0,0002.08.00 E20080 Motor eletrico para vibrador Mês 0,00 0,00 0,0002.08.02 E20082 Mangote p/vibrador 25mm Mês 0,00 0,00 0,0002.08.03 E20083 Mangote p/vibrador 35mm Mês 0,00 0,00 0,0002.08.04 E20084 Mangote p/vibrador 45mm Mês 0,00 0,00 0,0002.08.05 E20085 Mangote p/vibrador 60mm Mês 0,00 0,00 0,0002.09.00 E20090 Tirfor cap. 1t Mês 0,00 0,00 0,0002.10.00 E20100 Guincho monta carga Mês 0,00 0,00 0,0002.11.00 E20110 Guincho tipo "foguete" Mês 0,00 0,00 0,0002.12.00 E20120 Bomba Submersível h 0,00 0,00 0,0002.13.00 E20130 Maquina cortar ferro manual Mês 0,00 0,00 0,0002.14.00 E20140 Maquina cortar ferro elétrica Mês 0,00 0,00 0,0002.15.00 E20150 Desbobinadora elétrica p/ferro Mês 0,00 0,00 0,00

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02.16.00 E20160 Máquinas portáteis (furadeiras,lixadeiras, etc.) Mês 0,00 0,00 0,0002.17.00 E20170 Jaús (guincho trec-trec) / par Mês 0,00 0,00 0,0002.18.00 E20180 Andaime metálico tubular Mxmês 0,00 0,00 0,0002.19.00 E20190 Máquinas de soldar elétricas Mês 0,00 0,00 0,0002.20.00 E20200 Compressor c/martelete 250 PCM Mês 0,00 0,00 0,0002.21.00 E20210 Compactador de solos VPE 1750 Mês 0,00 0,00 0,0002.22.00 E20220 Carro de passeio s/combustível Mês 0,00 0,00 0,0002.23.00 E20230 Pick-Up s/combustível Mês 0,00 0,00 0,0002.24.00 E20240 Caminhão de carroceria (toco) c/combustível Mês 0,00 0,00 0,0002.25.00 E20250 Caminhão caçamba ate 9 m³ (toco) c/combustível Mês 0,00 0,00 0,0002.26.00 E20260 Carregadeira de pneu c/combustível Mês 0,00 0,00 0,0002.27.00 E20270 Retro escavadeira Mês 0,00 0,00 0,0002.28.00 E20280 Guindaste para 14 ton. Mês 0,00 0,00 0,0002.29.00 E20290 Escavadeira Hidráulica h 0,00 0,00 0,0002.30.00 E20300 Plataforma de trabalho em madeira m² 0,00 0,00 0,0002.31.00 E20310 Grua (guindaste) p-35 / lança 35m /p=1,3t Mês 0,00 0,00 0,0002.31.02 E20312 Montagem e desmontagem de grua Vb 0,00 0,00 0,0002.32.00 E20320 Relógio de ponto Mês 0,00 0,00 0,0002.33.00 E20330 Máquina de escrever Mês 0,00 0,00 0,0002.34.00 E20340 Máquina calculadora Mês 0,00 0,00 0,0002.35.00 E20350 Ferramentas (carros de mão, pás, enxadas, picaretas etc.) Vb 0,00 0,00 0,0002.36.00 E20360 Carro pipa 8.000 L c/combustível Mês 0,00 0,00 0,0002.37.00 E20370 Elevador de carga (h=20,00m) Mês 0,00 0,00 0,0002.38.00 E20375 Elevador de passageiro (h=20,00m) Mês 0,00 0,00 0,0002.39.00 E20380 Rompedor asfalto Mês 0,00 0,00 0,0002.40.00 E20385 Cofre Mês 0,00 0,00 0,0002.41.00 E20390 Geladeira un 0,00 0,00 0,0002.42.00 E20400 Perfuratriz h 0,00 0,00 0,0002.43.00 E20185 Andaime fachadeiro m² 0,00 0,00 0,0002.44.00 E02000 Computador/impressora un 0,00 0,00 0,0002.45.00 E20410 Conjunto de rebaixamento de lençol freático Mês 0,00 0,00 0,0002.46.00 E70001 Condicionador de ar un 0,00 0,00 0,0002.47.00 E70002 Bebedouro elétrico un 0,00 0,00 0,0002.48.00   Mobiliário (armários, mesas, cadeiras, bancos etc.) Vb 0,00 0,00 0,00            0,0003.00.00 Serviços preliminares e instalações provisórias    03.01.00 85200 Escritório da obra m² 0,00 0,00 0,0003.02.00 85300 Alojamento, depósito, cantina etc. m² 0,00 0,00 0,0003.03.00 85400 Telheiros m² 0,00 0,00 0,0003.04.00 85500 Tapume em compensado m² 0,00 0,00 0,0003.05.00 85600 Cerca c/estaca de concreto c/ponta reta h=2,3m 08 fios m 0,00 0,00 0,0003.06.00 V01530 Placas de obra em ferro m² 0,00 0,00 0,0003.07.00 85700 Locação da obra p/área de ate 50,00 m² m² 0,00 0,00 0,0003.08.00 V00860 Instalações provisórias força e luz Vb 0,00 0,00 0,0003.09.00 V00850 Instalações provisórias água e esgoto e taxa de ligação Vb 0,00 0,00 0,0003.10.00 V00080 Álvara de construção e habite-se % 0,00 0,00 0,00            0,0004.00.00 Despesas permanentes da obra    04.01.00 V00250 Consumo de luz e força Mês 0,00 0,00 0,0004.02.00 V00240 Consumo de água Mês 0,00 0,00 0,0004.03.00 V00260 Consumo de telefone Mês 0,00 0,00 0,0004.04.00 V00440 EPI, farda e medicamentos Vb 0,00 0,00 0,0004.05.00 V01150 Limpeza permanente da obra Mês 0,00 0,00 0,0004.06.00 V00230 Combustíveis e lubrificantes Mês 0,00 0,00 0,0004.07.00 V00285 Copias heliográficas e xerox Mês 0,00 0,00 0,00

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04.08.00 V01250 Material de limpeza das instalações provisórias Mês 0,00 0,00 0,0004.09.00 V01230 Material de expediente impressos, canetas, envelopes etc. Mês 0,00 0,00 0,0004.10.00 V00050 Aluguéis de casas Mês 0,00 0,00 0,0004.11.00 V02130 Viagens (passagem, hotel, alimentação e carro) Mês 0,00 0,00 0,0004.12.00 V01720 Relações públicas Mês 0,00 0,00 0,0004.13.00 V00055 Aluguel de telefone Mês 0,00 0,00 0,00            0,0005.00.00 Controle tecnológico    05.01.00 V00275 Controle tecnológico de terraplenagem Mês 0,00 0,00 0,0005.02.00 V00270 Controle tecnológico de concreto e argamassa Mês 0,00 0,00 0,0005.03.00 V00445 Equipe de topografia Mês 0,00 0,00 0,0005.04.00 V00350 Planejamento Mês 0,00 0,00 0,0005.05.00 V00360 Controle de qualidade Mês 0,00 0,00 0,00            0,0006.00.00 Transporte/ alimentação/ exames    06.01.00 V01975 Transporte de pessoal dprodução Mês 0,00 0,00 0,0006.02.00 V01970 Transporte de pessoal de administração Mês 0,00 0,00 0,0006.03.00 V00040 Alimentação Un 0,00 0,00 0,0006.04.00 V00001 Exames admissionais e demissionais Un 0,00 0,00 0,00            0,0007.00.00 Desmobilização    07.01.00 V00330 Desmobilização da obra Vb 0,00 0,00 0,00            0,0008.00.00 Sondagens e projetos    08.01.00 V01850 Sondagens Furo 0,00 0,00 0,0008.02.00 V01550 Projeto de arquitetura Vb 0,00 0,00 0,0008.03.00 V01560 Projeto de estrutural Gl 0,00 0,00 0,0008.04.00 V01570 Projeto de instalações elétrica e telefônica Vb 0,00 0,00 0,0008.05.00 V01580 Projeto de instalações hidro-sanitárias Vb 0,00 0,00 0,0008.06.00 V01590 Outros projetos (paisagismo, programação visual etc.) Vb 0,00 0,00 0,00            0,00                 TOTAL       0,00

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ANEXO 3

DESPESAS INDIRETAS

Despesas ou custo indiretos são os custos específicos da Administração Central

diretamente ligados a uma determinada obra, tais como gerente de contrato e respectivas

despesas de viagem e alimentação e o Rateio de todos os custos da Administração

Central constituídos pelos salários de todos os funcionários, pró-labore dos diretores,

apoio técnico-administrativo e de planejamento, compras, contabilidade, almoxarifado,

transporte de material e de pessoal, impostos, taxas, seguros etc.

O preço de venda de uma obra pode figurativamente ser representado da seguinte forma:

Preço de Venda (PV) = Custo Direto (CD) + BDI (Benefício e Custos Indiretos)

Usualmente o BDI é expresso em percentual do custo direto e pode ser representado da

seguinte forma:

PV = CD x ou PV = CD (1 + b)

Onde b =

Sendo:

PV = Preço de venda ou orçamento

CD = Custo direto ou despesa direta

BDI = Benefício e despesa indireta expresso em percentual

b = Benefício e despesa indireta expresso em número decimal

Mas, de forma a simplificar e homogeneizar para as empresas do Estado de Sergipe os

cálculos a serem efetuados para as despesas indiretas foi elaborada uma planilha com os

principais itens a serem considerados. Porém esta planilha é sugestiva e Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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necessariamente não precisam as despesas indiretas se restringirem aos itens aqui

listados. Conforme a necessidade de obras específicas estes itens deverão ser

acrescidos ou ignorados (zerados) na planilha anexa. Complementarmente foi elaborada

uma planilha para o fechamento do custo (cálculo do preço de venda), que está

correlacionada com a planilha das despesas indiretas e com as respectivas fórmulas,

proporcionando um imediato resultado ao ser colocado o valor do custo direto da obra.

Segue também uma planilha exemplo, devidamente preenchida com dados hipotéticos

para que possa ser visualizado o efeito final da planilha.

Ver anexos 1 e 2.

BENEFÍCIO/LUCRO

Em tese, toda a atividade empresarial ou a sua prestação de serviços deve ser

remunerada financeiramente através do que se costuma chamar de lucro.

Mas a legislação tributária, fiscal e contábil vigente tem uma série de definições de lucro

que dificultam o entendimento e a questão de qual deva ser considerado. A grande

questão atual reside na escolha da modalidade de lucro será adotada pela empresa que

está efetuando o orçamento.

Deixar de considerar o lucro equivale a admitir falta de profissionalismo ou ser

considerado uma empresa beneficente.

Entretanto o chamado BENEFÍCIO não pode ser conceituado apenas como a expressão

do lucro a ser pretendido pela empresa, pois engloba outras obrigações e incertezas

previsíveis e imprevisíveis.

A taxa adotada como Benefício deve ser entendida como uma provisão de onde será

retirado o lucro da empresa, após o desconto de todos os encargos decorrentes de

inúmeras incertezas que podem ocorrer durante as obras, difíceis de serem mensuradas

no seu conjunto.

Atenção: taxa de benefício não é taxa de risco.

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Podem fazer parte da taxa de benefício, além das despesas listadas no anexo 1, algumas

eventuais despesas com:

Pagamentos de assessorias jurídicas ou custas judiciais;

Eventuais falhas na elaboração do orçamento;

Atrasos nos pagamentos absorvidos pela empresa;

Falha no dimensionamento da mão de obra indireta;

Reservas de contingência para furtos na obra, assaltos, chuvas e inundações

excepcionais, mudanças não previstas na economia etc.

De uma maneira geral, na construção civil, é costume adotar o Benefício em torno de

10%.

0,05 ≤ b ≤ 0,15 (Benefício pode variar entre 5% e 15%)

Os principais fatores que influenciam e podem modificar a composição da taxa do BDI

são:

Prazo da obra (antecipação ou prorrogação dos prazos estabelecidos, como

mesmo volume de serviços, redução ou dilatação dos prazos pela modificação no

volume de serviços, aumento ou redução do volume de serviços, mantidos os

prazos iniciais);

Porte da obra (pequeno porte – para as quais é mais simples o cálculo da taxa de

BDI, médio porte e construção pesada);

Porte da empresa (pequeno porte, médio porte ou grande porte);

Tipos de obra;

Localização e características especiais;

Problemas operacionais;

Situações conjunturais;

Nível de qualidade exigida;

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Prazos e condições de pagamento;

Condições especiais do edital;

Tradição e confiabilidade do contratante.

As principais informações que são necessárias para calcular o BDI são:

1. Custo direto da obra;

2. Local de execução da obra e a sua distância à sede da empresa;

3. Prazo de execução da obra;

4. Conhecimento sobre a infra-estrutura local de serviços (água, energia, linha

telefônica, transportes, recursos humanos, fornecedores de materiais e serviços

etc.)

5. ISS da Prefeitura local;

6. Salários dos funcionários da administração central;

7. Despesa mensal da administração central;

8. Média do faturamento da empresa ou do exercício fiscal;

9. Se a contabilidade da empresa é por lucro real ou presumido;

10.Taxa de juros cobrados pelo seu banco comercial;

11.Média dos últimos índices mensais de inflação;

12.Taxas (alíquotas) dos tributos federais;

13.Gastos da empresa na comercialização.

Verificamos que muitas empresas não consideram para seu cálculo os itens 8, 10, 11 e

13, pois como atualmente os custos diretos estão relativamente equilibrados entre as

empresas e então o grande diferencial passa a ser exatamente a taxa de BDI. Muitas

empresas ainda, no afã de ganharem obras, deixam de considerar no seu cálculo da taxa

de BDI o Benefício, o que tem provocado o fechamento de algumas empresas e diversas

obras paralisadas por falta condições financeiras da empresa construtora de continuar

honrando seus compromissos junto aos fornecedores de materiais, seus funcionários e

subempreiteiros.

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O item 7 muitas vezes é substituído pela taxa de administração central que nos principais

estudos aparece com os seguintes valores:

Para empresas de grande e médio porte a taxa de administração central varia entre

4% e 7%;

Para empresas de pequeno porte, ao contrário do que usualmente se utiliza, esta

taxa atinge os valores entre 7% e 12%.

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MANUAL BÁSICO DE ORÇAMENTOMANUAL BÁSICO DE ORÇAMENTO

DE OBRAS NA CONSTRUÇÃODE OBRAS NA CONSTRUÇÃO

CIVILCIVIL

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1. APRESENTAÇÃO

Este manual está organizado de forma a oferecer informações detalhadas e

práticas sobre orçamento de obras de Engenharia Civil, no entanto, não esgota o assunto

abordado.

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2. INTRODUÇÃO

Orçar uma obra consiste basicamente em determinar as quantidades de serviços

necessários para a execução da mesma, quantificando insumos, mão de obra e

equipamentos, calculando assim o seu custo de forma mais detalhada possível e

determinando também o seu tempo de duração.

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3. ORÇAMENTO

Orçamento – documento cujo objetivo é estabelecer custos e preços para os

produtos da empresa.

O orçamento pode ser elaborado visando definir o custo e, por extensão, o preço de

bens e serviços tais como:

- Elaboração de Projetos;

- Elaboração de Orçamentos, Cadernos de Encargos, Especificações;

- Elaboração de Laudos Técnicos;

- Serviços de fiscalização, auditoria ou assessoria técnica;

- Orçamento de Serviços ou mão de obra;

- Orçamento de construção ou empreitada;

- Orçamento de canteiro de obras ou obras complementares;

- Etc.

Para elaboração completa de um orçamento é necessário os seguintes documentos:

- Projeto arquitetônico completo

- Projeto do cálculo estrutural

- Projeto de instalações

- Memorial descritivo das especificações técnicas e de acabamento da obra.

Com base nestes documentos, o técnico responsável pela elaboração do orçamento,

poderá iniciar o seu trabalho que constará do levantamento de quantidades de cada

serviço da obra.

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O grau de precisão obtido pelo orçamentista é função direta do grau de

detalhamento do projeto e das informações disponíveis.

A etapa de levantamento das quantidades é muito importante, porque é nela que se

definirá as quantidades de materiais que serão utilizados na obra e o dimensionamento de

equipes de trabalho.

Com base no levantamento de quantidades é montada a planilha de orçamento que

é composta de quantidades, custos unitários dos serviços e custo total da obra. Todos

estes itens serão detalhados posteriormente.

O orçamento de uma obra é fundamental para a Empresa, já que permite a

verificação de sua viabilidade, a programação de recursos ao longo de execução da obra

e seu acompanhamento.

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4. TIPOS DE ORÇAMENTO

- Por avaliação e estimativa

- Por composição de custos unitários.

As avaliações, as estimativas e os orçamentos diferenciam-se pelo grau de precisão,

quando se compara o custo inicialmente proposto com aquele realmente incorrido.

O quadro abaixo mostra os tipos de orçamento, as margens de erro comumente

esperadas bem como os elementos técnicos que os caracterizam:

TABELA 1 – Diferenças e características das avaliações, estimativas e orçamentos.

Tipo Margem de erro Elementos técnicos necessáriosAvaliações De ± 30 a ± 20% Área de construção;

Padrão de acabamento;Custo Unitário de obra semelhante;Ou Custos Unitários Básicos;

Estimativas De ± 20 a ± 15% Anteprojeto ou projeto indicativo;Preços unitários de serviços de referência;Especificações genéricas;Índices físicos e financeiros de obras semelhantes;

Orçamento expedito

De ± 15 a ± 10% Projeto executivo;Especificações sucintas, mas definidas;Composições de preços de serviços específicas;Preços de insumos de referência;

Orçamentodetalhado

De ± 10 a ±5% Projeto executivo;Projetos complementares;Especificações precisas;Composições de preços de serviços específicas;Preços de insumos de acordo com a escala de serviço;

Orçamentoanalítico

De ± 5 a ± 1% Todos os elementos necessários ao orçamento detalhado mais o planejamento da obra;

O orçamento também pode ser classificado como Orçamento Detalhado ou Analítico

e Orçamento Sintético.Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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O orçamento Analítico deve ser apresentado em planilha composta dos seguintes

elementos:

1. A discriminação de todos os itens e subitens dos serviços;

2. As unidades dos serviços;

3. As quantidades;

4. Os preços unitários dos serviços;

5. O preço parcial ou subtotal para cada subitem;

6. O preço do item ou subtotal de cada item;

7. O preço total da obra sem BDI, isto é, o custo direto;

8. O preço total da obra com o BDI.

O subtotal representa a multiplicação das quantidades pelos preços unitários

respectivos de cada subitem, ou, quando se trata de serviço expresso por verba, o valor

da verba correspondente.

O preço total ou custo total é a soma de todas as parcelas correspondentes aos

valores dos subtotais ou subitens para cada serviço.

O orçamento Sintético ou orçamento resumido mostra, apenas, o preço dos serviços,

ou seja, dos grandes itens e o preço total. Pode incluir nesta planilha resumida

também uma coluna demonstrando os percentuais dos serviços e uma linha

mostrando o BDI e outra linha com o preço total.

Geralmente, é utilizado para efetuar propostas orçamentárias rápidas que não

exigem análises de composições de custo nem de quantidades exatas de serviços. No

entanto o orçamento resumido é um subproduto do orçamento detalhado, pois para se

conseguir o valor dos itens principais, de forma precisa, é necessário ter composto

anteriormente o orçamento discriminado.

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5. ELABORAÇÃO DE UM ORÇAMENTO

A elaboração do orçamento é feita através do levantamento das quantidades dos

serviços a serem executados, apresentado através de uma planilha orçamentária.

A planilha de orçamento deve ser elaborada de modo que os serviços sejam

agrupados por tipo ou etapas. Os serviços e suas respectivas quantidades são obtidos

através dos projetos e detalhes construtivos. Os preços unitários definidos pelo tipo de

material a ser utilizado, obtido das especificações técnicas e memoriais descritivos, e, a

mão de obra e equipamentos a serem alocados.

É importante salientar que uma planilha orçamentária pode atender às

características de cada obra. Deste modo, o recomendado é efetuar uma planilha

orçamentária para cada nova obra, atendendo as suas peculiaridades próprias.

5.1 – Classificação dos Serviços

A discriminação orçamentária mais conhecida e a relacionada na NBR 12721/1992

da Associação Brasileira de Normas Técnicas, porém, é muito extensa e seu texto está

desatualizado, encontrando-se em processo de revisão.

Existem outras discriminações orçamentárias como a da Pini Sistema que é uma das

mais conhecidas pelos orçamentistas. Entretanto, é possível elaborar uma planilha de

serviços própria, baseada, intuitivamente, na ordem cronológica da execução da

construção, a qual poderá ser composta dos seguintes serviços:

Serviços preliminares: neste item devem ser incluídas todas as despesas com locação,

fechamento e regularização do terreno, instalação de barracão, tapumes, demolição,

locação da obra, etc.

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Terraplanagem: sob este título devem ser considerados de escavação, cortes, aterros,

retirada de terra, compactação de solo, etc.

Fundações (infra-estrutura): neste título se incluem serviços, muros de contenção ou

arrimo, fundações diretas, cortinas, estacas e blocos, sapatas, etc.

Estrutura (Superestrutura): abrange todos os serviços necessários à execução de

estruturas de concreto, estruturas metálicas, estruturas de madeira, lajes, vigas e pilares.

Elementos de vedações: compreendendo paredes e divisórias, elementos de

composição e proteção, etc.

Cobertura: abrangendo telhados, tratamento especiais externos, impermeabilizações de

terraços e outros.

Revestimentos: sob este item se incluem todos os revestimentos, internos e externos, de

parede, de forros, de pisos, etc., tais como rebocos, emboços, azulejos.

Instalações: esta etapa compreende os serviços para realizar as instalações hidro-

sanitárias, instalações elétricas, telefônicas, etc.

Esquadrias: todas as esquadrias metálicas e/ou madeira com janelas, portas, portões,

produtos de serralharia, etc. se incluem neste item.

Vidros: aqui se agrupam a colocação de qualquer tipo de vidro, boxes de vidro para

banheiro.

Pintura: todos os serviços de preparo e pintura de superfícies, etc.

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Instalações especiais: neste item se situam os diversos serviços, que por as suas

particularidades não se enquadram em nenhuma das etapas anteriormente descritas,

como por exemplo, instalações de alarme, elevadores, antenas, etc.

Serviços complementares: aqui são considerados serviços de complementação artística

e paisagística, ligação final de água,esgoto, luz telefone e outras, entrega da obra, etc.

As etapas apresentadas ou sugeridas seguem a ordem de execução de uma obra.

Como já foi dito, a partir dessas etapas, o passo seguinte é a identificação dos serviços,

ou seja, a decomposição de cada etapa nos diversos serviços que a compõem.

Cabe salientar que as etapas apresentadas, não constituem a melhor forma de

subdividir uma obra, por exemplo, a etapa instalações pode ser desdobrada em

instalações hidráulicas, instalações elétricas e assim por diante. E através da experiência

que se deve obter o modo mais adequado para cada obra em particular.

5.2 – Levantamento de Quantidades

5.2.1 Procedimentos

A etapa de levantamento das quantidades de cada serviço é de crucial importância

já que, é nela que se definirão praticamente as quantidades a serem adquiridas para a

realização do empreendimento, obra ou serviço, bem como o dimensionamento das

equipes de produção em função dos prazos preestabelecidos.

Para a determinação prévia do custo de uma obra devemos partir dos seguintes

dados:

Projeto completo do que irá ser edificado;

Cálculo de quantidades reais dos insumos;

Cotação atualizada dos preços de materiais e mão-de-obra necessários;

Logística do fornecimento.

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Para efetuar o levantamento das quantidades dos insumos é necessário seguir os

projetos e as especificações, que vão indicar o que, onde e como usar.

O levantamento de quantitativos a partir das plantas e desenhos de projetos

completos geralmente apresenta aproximação satisfatória. Porém, quando essas

quantidades forem levantadas a partir de projetos sumários ou anteprojeto, é introduzida

forte incerteza no processo orçamentário, o que decorre em uma grande discrepância

entre o planejado e o efetivamente realizado.

Se um orçamento “estoura”, isto é, se há necessidade de aporte suplementar de

capital para a finalização do empreendimento tal fato pode ter impacto direto na solução

de continuidade ou na lucratividade desejada.

Outro ponto importante na elaboração de um orçamento é quanto à cotação de

materiais.

Apesar de tão importante quanto o levantamento das quantidades de insumos é

muito menos técnica e, portanto passíveis de falhas, pois os preços podem ser mal

escolhidos, levando ao estabelecimento de preços que não condigam com a realidade ou

propiciem uma falta de competitividade.

A seguir são apresentados alguns critérios visando o estabelecimento de

quantidades de materiais:

a) Preparação do Terreno

Medição efetuada pelas quantidades, comprimentos, área e volumes definidos nos projetos e especificações. Especificamente nos projetos plani-altimétricos.

b) Fundações Medição pelas quantidades, comprimentos, área, volumes e pesos definidos nos projetos e especificações.

c) Estrutura Medição pelas quantidades, comprimentos, área, volumes e pesos definidos nos projetos e especificações.

d) Instalações Medição pelas quantidades, comprimentos, e área reais.e) Elevadores Medição pelas quantidades e conjuntos definidos nos

projetos e especificações.f) Paredes Medição pelas quantidades, comprimentos, área e

volumes reais.Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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g) Cobertura Medição pela área projetada no plano horizontalh) Esquadrias Medição pelas quantidades, comprimentos e área reais.

Podem ser levantados em metros quadrados ou em unidades.

i) Revestimentos Medição pelas quantidades, comprimentos e áreas reais.

j) Rodapés, soleiras e peitoris.

Medição pelos comprimentos reais.

k) Ferragem Medição pelas quantidades e comprimentos reais.l) Vidros Medição pelas áreas definidas nos projetos e

especificações.m) Tratamento Medição pelas quantidades , comprimentos e áreas

reais.n) Pavimentação Medição pelos comprimentos e áreas reais.o) Pinturas (tintas, ceras, resinas, vernizes, etc.)

Medição pelos comprimentos e áreas reais.

p) Aparelhos Medição pelas quantidades e conjuntos definidos nos projetos e nas especificações.

q) Elementos decorativos

Medição pelas quantidades e conjuntos definidos nos projetos e nas especificações

r) Limpeza Medição pelas quantidades e áreas reais.

5.2.2 Levantamentos na inexistência de projetos completos.

É comum haver a necessidade em elaborar um orçamento sem dispor de projetos

completos, isto é, definir o preço de todo ou parte do projeto através de estimativa ou

avaliação.

Neste caso, é possível adotar os seguintes critérios, que permitirão efetuar o

orçamento desejado:

a) Inexistência de projeto estrutural – adotar índices

b) Inexistência de projetos de instalações. Usar coeficientes de correlação ou

percentuais de serviços de obras semelhantes.

Cabe ressaltar, entretanto, que um orçamento feito usando este tipo de informação

será um orçamento simplificado, tendo como objetivo principal o estudo de viabilidade. Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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Um orçamento deste tipo leva o trabalho a uma margem de incerteza quanto ao resultado

final do mesmo.

5.3 – Composições dos Custos Unitários dos Serviços

Chamamos de composição de uma unidade de serviço a soma de todos os insumos

(materiais, mão-de-obra, equipamentos e ferramentas) que atuam diretamente em um

determinado serviço.

São os custos unitários dos serviços e representam a maneira mais comum, e

eficiente, para se calcular os custos das obras.

Através da apropriação da mão de obra e equipamentos empregados em serviços

anteriormente executados (em uma ou várias obras) ou da apropriação ou cálculo de

consumo dos materiais gastos, são elaboradas as CPU´S, que com relativa precisão, irão

nos fornecer o custo unitário dos serviços.

Estas composições conforme o serviço tem por unidade: o metro, m2, m3, homens –

horas despendidas na execução dos serviços, hora de máquina, etc.

As composições de custos foram desenvolvidas para agilizar e facilitar o trabalho do

orçamentista. As composições permitem calcular todas as quantidades e custos dos

insumos componentes de uma atividade, apenas com base no levantamento das

quantidades do serviço em projeto e nos preços unitários dos insumos.

Para que estas composições possam espelhar a realidade construtiva, é necessário

que se saiba como obter uma composição de serviços que estamos utilizando.

As composições de custos adotados pelas construtoras, em geral, são obtidas por:

Apropriação de serviços feitos pela própria empresa em diversas obras.

Utilização de composições de revistas e livros técnicos tradicionais no mercado.

Utilização de composições de fabricantes, fornecedores e/ou empreiteiras de

materiais e serviços de construção.

Uma Composição de Custos Direto completa é composta de:Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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Índices de Materiais

Índices de Mão de obra

Índices de equipamentos / ferramentas (em algumas composições)

Leis sociais adotadas para a mão de obra.

A composição de Custo Unitário final da obra ou valor de Venda como é chamado,

acrescenta-se a taxa de BDI adotada para cada obra.

Como exemplo temos:

Serviço: Chapisco interno Unidade: m2

Discriminação Unidade Coeficiente Preço Unitário

(R$)

Preço Total

(R$)

Areia Grossa m3 0,005 20,00 0,10

Cimento Kg 2,25 0,30 0,68

Pedreiro H 0,08 2,30 0,18

Servente H 0,10 1,60 0,16

Leis Sociais % 125,28 - 0,43

Custo Direto 1,55

BDI = 35% 0,54

Total Geral R$ 2,09

Quando a cotação dos preços lançados numa CPU, a menos dos salários que são

praticados pela empresa ou determinado por tabelas dos sindicatos, deverão ser cotados

preferivelmente com mais de um fornecedor. Observar sempre nas cotações;

O local da obra e do fornecedor (há diferenças significativas entre o mesmo material

em regiões distintas);

O valor do transporte até a obra;

Os impostos (IPI, ICMS, etc.);

As condições de pagamentos;

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Os prazos de entrega;

As dimensões, peso e características do material a ser cotado (por exemplo o bloco

cerâmico que pode ter várias dimensões, alterando assim seus índices de consumo);

A logística do transporte, em função da quantidade do material adquirido,

possibilitando transporta-lo juntamente com materiais de outra aquisição.

Em vista do acima disposto, os preços informados em revistas ou jornais, mesmo

que especializados, deverão, somente em último caso, ser aceitos e utilizados.

5.5 – Planilha de orçamento

A planilha de orçamento é o cálculo do custo direto de uma obra e deve ser feita de

forma que os serviços sejam agrupados por tipo ou etapas. Em cada uma delas são

identificados os serviços (quantificados como já foi dito, através dos projetos e detalhes

construtivos) com respectivos custos unitários (definidos pelas composições de custo

unitário), que vão fornecer as despesas de cada serviço, de cada parte da obra, os quais

totalizados vão resultar o custo total da obra.

A seguir apresentaremos uma planilha orçamentária básica apenas como modelo.

Para cada tipo de obra a planilha deverá ser alterada, principalmente no caso de alguns

editais de licitação que já enviam a planilha específica para a obra licitada. As etapas

apresentadas ou sugeridas seguem a ordem de execução de uma obra.

Como já foi dito a partir dessas etapas, o passo seguinte é a identificação dos

serviços, ou seja, a decomposição de cada etapa nos diversos serviços que a compõem.

Cabe salientar que as etapas apresentadas, não constituem a melhor forma de

subdividir uma obra, por exemplo, a etapa de instalações pode ser desdobrada ou feita

uma planilha anexa com todos os materiais e serviços de instalações discriminados e

assim por diante. É através da experiência que se deve obter o modo mais adequado

para cada obra em particular.

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PLANILHA ORÇAMENTÁRIA DE CUSTO DA OBRA

Ítem Serviços Un Quant.

P. Unit.

P. Total

01 Serviços Preliminares1.1 Projetos (arquitetônico, estrutural, gás,

incêndio, instalações etc.)

Vb

1.2 Administração da Obra Mês

1.3 Equipamentos e ferramentas Mês

1.4 Ligações provisórias luz e força Vb

1.5 Ligações provisórias de água e esgoto Vb

1.6 Levantamento topográfico Vb

1.7 Estudos / Perícias Vb

1.8 Fotografias Vb

1.9 Consumo de luz Mês

1.10 Consumo de água Mês

1.11 Consumo de telefone Mês

1.12 EPI´s Mês

1.13 Material de escritório Mês

1.14 Medicamentos Mês

1.15 Material de limpeza Mês

1.16 Cópias (xérox, plotagens) Mês

1.17 Controle tecnológico Mês

1.18 Sondagem m

1.19 Placas de Obra m2

1.20 Demolições Vb

1.21 Abrigo Provisório (escritório, almoxarifado,

vestiários, etc.)

Mês

1.22 Tapumes m2

1.23 Cercas m

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1.24 Limpeza do terreno m2

1.25 Alvarás Vb

1.26 Seguros Vb

1.27 Viagens / Estadias Vb

1.28 Transporte de pessoal da obra Mês

1.29 Alimentação de pessoal da obra Mês

1.30 Combustíveis Mês

1.31 Bandeja Salva-vida m

1.32 Tela de proteção m2

1.33 CREA Vb

1.34 Despesas de cartório Vb

1.35 Taxa de Bombeiro Vb

1.36 Aluguel de casa Mês

1.37 Locação da obra M2

1.38 Exame Admissional e Demissionais Vb

02 Serviços em terra

2.1 Terraplanagem (corte e aterro) m3

2.2 Escavação mecânica m3

2.3 Escavação manual m3

2.4 Reaterro compactado m3

2.5 Bota-fora do material escavado m3

2.6 Aterro do terreno m3

2.7 Aterro do caixão m3

2.8 Escoamento de vala m2

2.9 Esgotamento, rebaixamento m3

2.10 Muro de arrimo M

2.11 Desmonte de rochas m3

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03 Infra-Estrutura (Fundação)

3.1 Fornecimento e cravação de estacas M

3.2 Execução em tubulões M

3.3 Alvenaria de pedra m3

3.4 Alvenaria de embasamento em tijolos m3

3.5 Forma em tábua m2

3.6 Forma em maderite m2

3.7 Armadura CA 50 e CA 60 Kg

3.8 Concreto preparado em obra m3

3.9 Concreto usinado m3

3.10 Laje de impermeabilização m2

3.11 Concreto magro m3

3.12 Fundação em laje radier m3

04 Supra-estrutura

4.1 Concreto preparado em obra m3

4.2 Concreto usinado m3

4.3 Armações Kg

4.4 Forma m2

4.5 Concreto armado m3

4.6 Concreto protendido m3

4.7 Laje pré-fabricada m2

4.8 Estrutura metálica m2

4.9 Estrutura pré-moldada m2

4.10 Cimbramento (escoramento) m2

05 Paredes e Painéis (Elevação)

5.1 Alvenaria de bloco cerâmico m2

5.2 Alvenaria de bloco de concreto m2

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5.3 Elevação em alvenaria de pedra m2

5.4 Execução de parede armada m2

5.5 Elemento vazado de concreto m2

5.6 Elemento vazado de vidro m2

5.7 Divisórias de mármore/granito m2

5.8 Divisórias de madeira m2

5.9 Vergas em concreto M

5.10 Marcação de alvenaria M

5.11 Aperto de alvenaria M

06 Instalações

6.1 Instalações Elétricas Vb

6.2 Instalações Telefônicas Vb

6.3 Instalações Hidráulicas Vb

6.4 Instalações Sanitárias Vb

6.5 Instalações de Incêndio Vb

6.6 Instalações Gás Vb

6.7 Instalações Ar Condicionado Vb

6.8 Instalações Ventilação mecânica Vb

6.9 Instalações Especiais Vb

6.10 Drenagem / Águas Pluviais Vb

07 Louças / Metais e Bancadas

7.1 Vaso sanitário Un

7.2 Cuba de louça Un

7.3 Lavatórios Un

7.4 Chuveiro Un

7.5 Tanque de louça Un

7.6 Cuba em aço inox Un

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7.7 Torneiras Un

7.8 Bancadas em granito Un

7.9 Bancadas em mármore sintético Un

7.10 Acessórios (diversos) Un

08 Coberturas8.1 Estrutura de madeira para telha cerâmica m2

8.2 Estrutura para telha fibrocimento m2

8.3 Cobertura com telha cerâmica m2

8.4 Cobertura com telha fibrocimento m2

8.5 Estrutura metálica p/ cobertura m2

8.6 Cumeeiras M

8.7 Rufos M

8.8 Calhas M

09 Impermeabilizações/Isolamento Térmico e acústica

9.1 Impermeabilização com manta de lajes e calhas m2

9.2 Impermeabilizações de reservatórios m2

9.3 Impermeabilização de Piscinas m2

9.4 Impermeabilizações de jardineiras m2

9.5 Impermeabilizações de alvenaria de

embasamento

m2

9.6 Impermeabilização de poço de elevador m2

9.7 Isolamento térmico de câmaras frias m2

9.8 Revestimento acústico m2

10 Revestimento de Paredes e Tetos10.1 Interno m2

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10.1.1 Chapisco interno em paredes m2

10.1.2 Reboco interno em paredes m2

10.1.3 Emboco interno em paredes m2

10.1.4 Massa única interna em paredes m2

10.1.5 Revestimento em gesso em paredes m2

10.1.6 Revestimento cerâmico m2

10.1.7 Revestimento em mármore/granito m2

10.1.8 Revestimento em fórmica m2

10.1.9 Revestimento em carpete m2

10.1.10 Lambris de madeira m2

10.1.11 Revestimento com pedra m2

10.1.12 Chapisco de teto m2

10.1.13 Massa única em teto m2

10.1.14 Gesso em teto m2

10.2 Externo m2

10.2.1 Chapisco externo m2

10.2.2 Emboco externo m2

10.2.3 Reboco externo m2

10.2.4 Massa única externa m2

10.2.5 Revestimento com argamassa pré-fabricado m2

10.2.6 Revestimento cerâmico m2

10.2.7 Revestimento em pastilha m2

10.2.8 Revestimento em mármore/granito m2

10.2.9 Revestimento com elementos decorativos m2

10.2.10 Revestimentos especiais m2

10.2.11 Juntas de dilatação M

11 Forros11.1 Forro em placa de gesso m2

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11.2 Forro de madeira m2

11.3 Forro em PVC m2

11.4 Forro em chapa acústica m2

11.5 Sanca de Gesso m2

12 Revestimento de pisos12.1 Piso cimentado m2

12.2 Contrapiso p/ revestimento cerâmico m2

12.3 Piso cerâmico m2

12.4 Piso em granito m2

12.5 Piso em pedra m2

12.6 Tabuados m2

12.7 Piso em lajota de concreto m2

12.8 Pisos intertravados m2

12.9 Pavimentação em paralelo m2

12.10 Piso de alta resistência m2

12.11 Meio-Fio M

13 Rodapés / Soleiras / Peitoris

13.1 Rodapé de madeira M

13.2 Rodapé de granito M

13.3 Rodapé de cimento M

13.4 Soleira de granito M

13.5 Filete de granito M

13.6 Peitoril de granito M

13.7 Peitoril de cimento M

14 Esquadrias / Ferragens14.1. De madeira Un

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14.1.1 Porta lisa Un

14.1.2 Porta revestida de fórmica Un

14.1.3 Caixão completo p/ porta de madeira Un

14.1.4 Fechaduras Un

14.1.5 Dobradiças Un

14.2 De alumínio

14.2.1 Esquadrias de alumínio m2

14.2.2 Contramarco de alumínio m2

14..3 De Ferro m2

14.3.1 Portões de ferro m2

14.3.2 Portas de correr em ferro m2

14.3.3 Corrimão em tubo galvanizado M

14.3.4 Guarda-corpo M

14.3.5 Alçapão Un

14.3.6 Porta corta-fogo Un

14.3.7 Alambrados m2

15 Vidros15.1 Vidro liso m2

15.2 Vidro fume m2

15.3 Vidro temperado m2

15.4 Portas de vidro m2

15.5 Painéis de vidro m2

15.6 Espelhos m2

16 Pintura16.1 Pintura interna PVA látex m2

16.2 Pintura sobre gesso / parede m2

16.3 Pintura sobre forro de gesso m2

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16.4 Pintura Hidracor m2

16.5 Pintura esmalte s/ esquadrias de madeira m2

16.6 Pintura esmalte s/ ferro m2

16.6 Textura interna m2

16.7 Textura externa m2

16.8 Massa raspada m2

16.9 Pintura verniz s/ concreto m2

16.10 Pintura sobre rodapés m2

17 Equipamentos especiais17.1 Elevador Un

17.2 Equipamentos de piscina Vb

17.3 Equipamentos da sauna Vb

17.4 Equipamentos de cozinha industrial Vb

18 Paisagismo18.1 Gama em placas m2

18.2 Jardins m2

18.3 Plantio de árvores Un

18.4 Cerca viva m2

19 Diversos19.1 Parque infantil Un

19.2 Churrasqueira Un

19.3 Quadra de esportes Un

19.4 Obra de arte Un

19.5 Comunicação visual Vb

19.6 Caixa para ar condicionado Un

19.7 Bancos em concreto Un

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19.8 Ligações definitivas Vb

20 Pavimentação externa

20.1 Pavimentação asfáltica M2

20.2 Imprimação M2

20.3 Pintura de ligação M2

20.4 Execução de base M2

20.5 Execução de sub-base M2

20.6 Pavimentação em paralelo M2

20.7 Pavimentação em placas de concreto M2

20.8 Pavimentação em blocos de concreto M2

20.9 Pavimentação em concreto M2

21 Limpeza da obra21.1 Limpeza de vidros m2

21.2 Limpeza de pisos m2

21.3 Limpeza de revestimentos m2

21.4 Limpeza de esquadrias m2

21.5 Limpeza de louças de metais Vb

Alguns dos itens desta planilha podem ser retirados e considerados como custos

indiretos, tais como: Abrigos provisórios, ligações provisórias, tapumes, cercas e, projetos,

administração da obra, equipamentos, consumos de luz, água, telefone, EPI´s, alvarás,

controle tecnológico, alimentação, transporte. Fica a cargo de cada empresa ou do

orçamentista fazer uma planilha a parte com estes custos. A soma das duas planilhas

será o custo total da obra

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6. ENCARGOS SOCIAIS E RISCO DE TRABALHO

Encargos sociais são valores de impostos e taxas a serem recolhidos aos cofres

públicos calculados sobre a mão de obra contratada, bem como a direitos e obrigações

pagos diretamente ao trabalhador.

Salienta-se, entretanto que alguns destes índices são fundamentados em diversos

dados estatísticos ou critérios que podem sofrer variação no tempo, de região para região,

de pluviosidade, propiciando diferença no percentual total dos encargos.

A metodologia comumente empregada para o cálculo dos encargos sociais,

classifica estas taxas em quatro grupos a saber:

Grupo A - Encargos sociais básicos (fixos)

Grupo B - Encargos sociais que recebem as incidências de A

Grupo C - Encargos sociais que não recebem as incidências de A

Grupo D - Taxas das reincidências

Os encargos do Grupo A são aplicáveis a todas as empresas do grupo III da CLT -

art. 577 (construção civil).

Os encargos do Grupo B são devidos a horas não trabalhadas, pagos diretamente

ao empregado, relativo aos dias de repouso semanal,feriados, 13º salário, além do auxilio

enfermidade, da licença de paternidade e dos chamados de risco.

Os encargos do Grupo C dizem respeito à demissão sem justa causa, férias a aviso

prévio.

Os encargos relativos ao Grupo D correspondem às reincidências dos encargos do

Grupo A sobre o Grupo B.Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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Os encargos sociais adotados aos horistas diferem em alguns grupos dos adotados

aos mensalistas.

Alguns encargos diferem em suas taxas (%) de órgão para órgão e algumas já

incluem em seus encargos, alimentação, transporte e dia do trabalhador da construção

civil. Estes encargos incluídos a mais não é comum ser utilizado na incidência do custo

unitário da mão de obra. Normalmente fazem parte dos custos indiretos da obra.

Lembramos que os valores dos encargos do quadro abaixo são valores médios,

servindo de balizamento para empresas. Dado o elevado número de considerações que

tem que ser feitas para se apurar um valor exato, cada empresa deverá efetuar seus

próprios cálculos para um valor que espelhe com rigor sua situação.

Taxas de leis sociais e riscos do trabalho (%) Horistas (1) Mensalistas (2)

Ítem Descrição Horistas MensalistasA 1 Previdência Social 20,00 20,00A 2 Fundo de Garantia por Tempo de

Serviço8,50 8,50

A 3 Salário-Educação 2,50 2,50A 4 Serviço Social da Indústria (Sesi) 1,50 1,50A 5 Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial (Senai)1,00 1,00

A 6 Serviço de Apoio a Pequena e Média Empresa (Sebrae)

0,60 0,60

A 7 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)

0,20 0,20

A 8 Seguro contra os acidentes de trabalho (INSS)

3,00 3,00

A Total dos Encargos Sociais Básicos

37,30 37,30

B 1 Repouso semanal e feriados 22,90B 2 Auxílio-enfermidade 0,79B 3 Licença-paternidade 0,34B 4 13.º Salário 10,57 8,22B 5 Dias de chuva / faltas justificadas na

obra / outras dificuldades / acidentes de trabalho / greves / falta 4,57

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ou atraso na entrega de materiais ou serviços

B Total dos Encargos Sociais que recebem as incidências de A

39,17 8,22

C 1 Depósito por despedida injusta 50% sobre [A2 + (A2 x B)]

5,91 4,60

C 2 Férias (indenizadas) 14,06 10,93C 3 Aviso-prévio (indenizado) 13,12 10,20C Total dos Encargos Sociais que

não recebem as incidências globais de A 33,09

33,09 25,73

D 1 Reincidência de A sobre B 14,61 3,06D 2 Reincidência de A 2. sobre C 3. 1,11 0,87D Total das Taxas das reincidências 15,72 3,93

Percentagem total 125,28 75,18

As taxas de Encargos Sociais e Riscos do trabalho para horistas estão consideradas

e calculadas de modo a exprimir as incidências e reincidências dos encargos sociais e a

percentagem total e será adotada nas composições de Preços Unitários para

Orçamentos, ou seja, é a taxa que incide sobre as horas normais trabalhadas (de

produção).

As taxas de encargos sociais e riscos do trabalho para mensalistas são

consideradas e calculadas de modo a exprimir as incidências e reincidências dos

encargos sociais e a percentagem total adotada incide sobre a folha de pagamento.

O quadro de Encargos Sociais que apresentamos foi copiado da Pini já que é um

dos modelos mais utilizados pelas construtoras.

A memória de cálculo para percentuais adotados aos horistas e mensalistas também

foi extraído da Pini para assim esclarecer melhor os cálculos destes percentuais.

1- Memória de cálculo dos Encargos Sociais dos Horistas

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A adoção por inteiro das taxas de "Leis Sociais", da forma como a temos

apresentado, ou seja, utilizando a porcentagem total sobre a mão de obra operacional,

poderá obviamente ser feita quando se esteja efetuando um orçamento através de

composições de preços. A mão de obra operacional, quando se calcula, por exemplo, a

tabela de composições de preços para execução de um metro quadrado de alvenaria de

elevação, é a mão de obra representada pelos oficiais e pelos serventes que estejam

assentando os tijolos, preparando a argamassa, transportando os materiais, enfim,

executando o trabalho por inteiro, cujo tempo médio de execução, por metro quadrado de

alvenaria, foi então medido, e consta da respectiva composição. Ali, portanto, somente

estarão mencionadas as horas/homens empregadas pelos executantes do serviço. O seu

salário/hora nominal será então multiplicado por esses coeficientes de produção média,

assim fixados em composição, resultando o custo da mão de obra operacional para o

aludido trabalho.

Sobre esse custo operacional de mão de obra, há que se fazer incidir,

necessariamente, todas as porcentagens que apontamos na tabela, desde os encargos

sociais chamados básicos, passando pelo repouso semanal remunerado, férias e 13º

salário, até chegar a considerar também, a influência dos dias de chuva, faltas

justificadas, acidentes de trabalho, greves, falta ou atraso de materiais ou serviços na

obra e de outras dificuldades eventuais.

Poderemos, pois, expressar a mão de obra produtiva (*), ou o tempo de trabalho útil

durante um ano, em dias ou em horas, sem demais preocupações quanto aos salários do

pessoal empregado ou quanto ao valor em reais das folhas de pagamento, ou ainda,

quanto ao montante das "Leis Sociais" sobre eles incidentes.

Conceito de ano produtivo:Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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Jornada mensal de trabalho ==> 220 horas/mês

Jornada diária de trabalho ==> 220 horas/30 dias = 7,3333 horas/dia

1 ano ==> 365 dias x 7,3333 h = 2.676,65 h

Descanso Semanal Remunerado ==> 52 domingos x 7,3333 h = 381,33 h

Feriados ==> 13 dias x 7,3333 h = 95,33 h

Auxílio enfermidade ==> 15 dias x 7,3333 h x 15% (*) = 2,25 dias = 16,50 h

Licença paternidade ==> 5 dias x 7,3333 h x 19,40% (*) = 0,97 dias = 7,11 h

(A ser confirmado por lei complementar, isto é, será verificado se a previdência social

assumir este encargo. Neste caso o empresário terá o reembolso e recalcular-se-á a taxa

de Leis Sociais.)

Dias de chuva/faltas justificadas/acidentes de trabalho/greves/falta ou atrasos na

entrega dos materiais ou serviços na obra/outras dificuldades ==> 12,96 dias x 7,3333 h =

95,04 h

Deduzindo-se do total de horas anuais (2.676,65) as não trabalhadas, teremos horas

produtivas igual a 2081,34 h, equivalente a 283,82 dias úteis por ano (2081,34 horas

ano/7,3333 horas dia).

A. ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS

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A 1. Previdência Social (20%)Tal contribuição é fixada por Lei e seu recolhimento mensal é feito sobre todas as

parcelas pagas a título de remuneração do trabalho. O decreto-lei 2318 de 30.12.86

extinguiu o limite máximo para a contribuição do empregador.

Conforme Lei nº 7787 de 30.06.89 e, posteriormente, a Lei 8.212 de 24/06/91, a

Contribuição para Previdência Social passou para 20% (vigência 01.09.89) sobre o total

das remunerações pagas ou creditadas, limitadas até 10 salários mínimos, no decorrer do

mês, aos segurados empregados, avulsos, autônomos e administradores, abrangendo e

extinguindo as contribuições para salário-família, salário-maternidade, abono-anual e o

pró-rural, bem como a Contribuição Básica para a Previdência Social, que juntas

somavam 17,45% e passam a partir desta data para 20%.

A 2. Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (8,5%)De acordo com o que dispõe a Lei 5.107, de 13.09.1966, e em consonância com o

seu respectivo Regulamento (Decreto 59.820, de 20.12.1966), todas as empresas sujeitas

a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficam obrigadas a depositar, em conta

bancária vinculada, importância correspondente a 8% (oito por cento) da remuneração de

cada empregado, inclusive 13o.salário, optante ou não, do sistema instituído pelo Fundo

de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a qualquer título, e sem limite.

A lei complementar nº 110, de 29.06.2001, instituiu uma contribuição adicional de

cinco décimos por cento sobre a remuneração devida do FGTS a cada trabalhador (8%)

pelo prazo de 60 meses, a contar de 01/10/2001, referente à reposição dos expurgos

ocorridos nos Planos Verão (Fevereiro de 1989) e Collor 1 (Março de 1990). Desse total,

8% irão para a conta do trabalhador e 0,5% para uma conta especial que vai repor os

expurgos.

A 3. Salário - educação........................................................................... 2,50%

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Conforme decreto no.87.043 de 22.03.1982

A 4. Serviço Social da Indústria (SESI) ................................................ 1,50%Conforme lei no.5.107 de 13.09.1966

A 5. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) .............. 1,00%Conforme decreto no.6.246 de 05.02.44

A 6. Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) ......... 0,60%Instituído conforme Medida Provisória nº 151/90 e Leis 8029 de 12/04/90 e 8154 de

28/12/90, com contribuição escalonada em 0,1% em 1991, mais 0,2% em 1992 e mais

0,3% em 1993, totalizando o recolhimento de 0,6%, em vigor.

A 7. INCRA ................................................................................................ 0,20%Conforme lei 2613/55 que autorizou a União a criar o Serviço Social Rural, Decreto-lei

1110/70 que instituiu o INCRA, extinguindo o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária e

Instituto de Desenvolvimento Agrário e Decreto-lei 1146 de 31.12.1970, que consolidou os

dispositivos sobre as contribuições criadas pela lei 2613/55.

Todos os encargos acima representam taxas fixas de recolhimento obrigatório pelas

empresas.

A 8. Seguro contra os riscos de acidentes do trabalho (3%)

De acordo com a Portaria nº 3002 de 02.01.92 do Ministério de Estado do Trabalho e

Previdência Social, a contribuição da empresa destinada ao financiamento da

complementação das prestações por acidente de trabalho, competência Novembro/91,

passou para 3% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do

mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e médicos-residentes, referindo-

se ao item III, empresas em cuja atividade preponderante o risco seja considerado grave.

Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SEe-mail: [email protected] - Filiado à CBIC – CNPJ: 13.079.041/0001-67

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Cabe ressaltar que essa taxa pode ser reduzida através da eficácia da prevenção de

acidentes, medida anualmente pelos coeficientes de gravidade e de frequência de

acidentes registrados em cada empresa.

A 9. SECONCI-Serviço Social da Indústria da Construção e do Mobiliário (1%) (não aplicamos)

Somente aplicável em localidade onde exista ambulatório do SECONCI, às

empresas filiadas aos Sindicatos de Grandes Estruturas ou às empresas de construção

civil em cujos Acordos Sindicais já esteja prevista tal contribuição.

É possível para empresas que não se enquadram nas situações acima associar-se

ao SECONCI, que garante benefícios médicos assistenciais aos funcionários. Porém

nesses casos a contribuição passa para 3%.

A porcentagem relativa ao SECONCI foi fixada em acordos salariais sucessivos.

A = 38,30% (Total), Retirando Seconci fica 37,30%

B. ENCARGOS SOCIAIS QUE RECEBEM AS INCIDÊNCIAS DE AB 1. Descanso Semanal e Feriados (22,90%)

Sobre as 2081,34 horas de produção durante um ano, há que se considerar as horas

correspondentes aos 52 domingos e 13 feriados, ou seja, 476,66 horas (65 x 7,3333 h)

pagas pelos empregadores, onde:

476,66 x 100 / 2081,34 = 22,90%.

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Foram considerados 10 feriados nacionais, um municipal e conforme item 4 das

Novas Condições, constante do Acordo Coletivo de Trabalho de Maio/89 (São Paulo/SP),

nos dias 24 e 31 de dezembro o empregado fica dispensado do trabalho, sem prejuízo de

remuneração. Assim foram considerados mais dois feriados em nosso cálculo.

B 2. Auxílio Enfermidade (0,79%)

Em conformidade com o que dispõe a Lei 3.807 de 26.08.1960, os primeiros 15 dias

de auxílio-doença concedidos pelo INSS devem ser pagos pelos empregadores.

Nestas condições, a dedução poderá ser orientada da seguinte forma:

15 x 7,3333 x 100 / 2081,34 = 5,29%

Porém, segundo dados estatísticos constante do Anuário Estatístico do Brasil de

1990 (IBGE), somente 15% dos beneficiários do INSS recorrem a esse auxílio. Teremos

assim:

5,29 x 0,15 = 0,79%

B 3. Licença Paternidade (0,34%)

Considerando-se incidência de indivíduos do sexo masculino no setor da construção

civil da ordem de 97% e que somente 20% desse pessoal obterá o benefício da licença

paternidade, temos, para os 5 dias de afastamento, que foi fixado provisoriamente,

conforme artigo 10º, inciso II, § 1º das Disposições Transitórias da Nova Constituição.

7,3333 x 5 x 0,97 x 0,20 x 100 / 2081,34 = 0,34%

B 4. 13º salário (10,57%)

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Através da Lei 4.090 de 13.07.1962, os empregadores estão obrigados ao

pagamento de um 13º salário, a ser liquidado no mês de dezembro de cada ano, podendo

a primeira metade ser paga por ocasião das férias dos empregados.

Relacionamos então a influência desses 30 dias sobre o montante das horas

produtivas, lembrando que de acordo com a lei 7787 de 30.06.89 o 13º salário passa a

receber incidências globais dos Encargos Básicos:

30 x 7,3333 x 100 / 2081,34 = 10,57%

B 5. Dias de chuva/faltas justificadas/acidentes de trabalho/greves/falta ou atraso na entrega de materiais ou serviços na obra/outras dificuldades (4,57%)

Os dias de chuva são dias não trabalhados mas pagos. Portanto, passam a ser

incluídos nos Encargos Sociais que recebem as incidências dos encargos do grupo A.

Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia, nos último 10 anos tem

chovido, em média, 128 dias no ano. Se no ano temos 283,82 dias úteis, para

calcularmos proporcionalmente quantos dias chuvosos são dias úteis: 283,82 x 128 / 365

= 99,53 dias = 729,89 horas

Dessas 729,89 horas, considerando que 20% ocorrem durante o dia ou tem duração

considerável, temos: 729,89 x 0,20 = 145,98 horas

Como em uma obra apenas 20% das atividades necessitam de bom tempo:

145,98 x 0,20 = 29,20 horas ou 3,98 dias.

Conforme artigo 473 da CLT, é permitido ao empregado se ausentar do trabalho sem

perda de remuneração, nos casos de morte do cônjuge, casamento, doação de sangue,

serviço militar e alistamento eleitoral, totalizando 8 dias/ano.

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Consideraremos a incidência de 3 faltas nessas circunstâncias, mais 6 dias de

afastamento por motivo de acidentes de trabalho, greves, falta ou atraso na entrega de

materiais ou serviços na obra e outras dificuldades (estimativa), ou seja 9 dias, que

somados aos 3,98 dias de chuva totalizam 12,98 dias por ano:

12,98 x 7,3333 x 100 / 2081,34 = 4,57%

B = 39,17% (Total)

C. ENCARGOS SOCIAIS QUE NÃO RECEBEM AS INCIDÊNCIAS GLOBAIS DE AC 1. Depósito por despedida injusta: 50% sobre A2 + (A2 x B) = 5,91%

A referida taxa destina-se a prover o depósito de 40% sobre o valor do Fundo de

Garantia, a que estão obrigados os empregadores quando dispensam empregados sem

justa causa. Na indústria da construção civil, mais do que em qualquer outra, tal fato

ocorre com maior freqüência, eis que ao término de um dado volume de obras e,

sobretudo na eventual falta de outras, os empresários recorrem à rescisão contratual,

para não sobrecarregar inutilmente as suas folhas de pagamento. Terão agora, no ato da

dispensa sem culpa do empregado, de depositar 40% sobre o que estiver na conta do

FGTS em nome desse empregado.

Sabendo-se que a taxa de 8% do FGTS recai também sobre os encargos que

capitulamos no item "B", será necessário completar os 8% com mais essa reincidência.

Neste caso, os 40% do depósito obrigatório a que aludimos deverá incidir sobre 8% + (8%

x 39,17%).

A lei complementar nº 110, de 29.06.2001, instituiu uma contribuição adicional de

dez por cento sobre o total dos depósitos do FGTS quando a empresa demite o

trabalhador sem justa causa, com vigência a partir de 01/10/2001. Essa contribuição

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refere-se à reposição dos expurgos ocorridos nos Planos Verão (Fevereiro de 1989) e

Collor 1 (Março de 1990) sobre os depósitos do FGTS. Assim, a multa passa de 40% para

50% para as dispensas injustificadas. Como a Lei não define prazo de vigência, é

possível que as empresas venham a pagar os 10% até que o patrimônio do FGTS seja

reconstituído. Teremos:

0,50 x [0,085 + (0,085 x 0,3917)] x 100 = 5,91%

C 2. Férias (14,06%)

Dada a taxa de rotatividade na construção civil, as férias anuais serão

necessariamente indenizadas. Dessa forma, obtém-se:

30 x 7,3333 x 100 / 2081,34 = 10,57%

Conforme o que dispõe o artigo 7º, inciso XVII, dos direitos sociais previsto pela

Constituição da República Federativa do Brasil, as férias anuais devem ser remuneradas

com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Assim, teremos:

10,57 x 1,33 = 14,06%

Conforme Decreto nº 90.817, de 17.01.1985 - DOU 18.01.1985 e Lei 8212 e

8213/91 (Plano de Custeio e Plano de Benefícios da Previdência Social, art.28, § 9º),

alterada pela Lei 9528 (10/12/97), não incide contribuição previdenciária nos casos de

férias indenizadas (integrais ou proporcionais), não gozadas, mas pagas em dinheiro, ao

final do contrato de trabalho.

C 3. Aviso Prévio (13,12%)

Há dois casos distintos de aviso prévio:

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a. 100% indenizado (§ 1º, art.487, da CLT);

b. com horário reduzido de duas horas diárias, sem prejuízo do salário, conforme art.488

da CLT.

Partindo-se da hipótese que em construção civil, do total dos casos de aviso prévio,

100% pertencem ao tipo a. e considerando-se ainda que o tempo médio de permanência

na obra de um funcionário é 9,67 meses (*), conforme dados obtidos de boletim do

CEBAT Ministério do Trabalho, temos:

30 x 7,3333 x 100 / (2081,34 x 9,67) = 13,12%

12

Conforme Lei 8212 e 8213/91 (Plano de Custeio e Plano de Benefícios da

Previdência Social, art.28, § 8º), alterada pela Lei 9528 (10/12/97), não incide contribuição

previdenciária nos casos de aviso prévio indenizado. Apenas durante a vigência da

Medida Provisória 1523-7 (de 30/04/97 a 10/12/97) foi devida a cobrança.

C = 33,09% (Total)

D. TAXA DE REINCIDÊNCIAD 1. Reincidência de A. sobre B. (38,30% x 39,17%) = 15,00%

Calculando a incidência dos 38,30% do agrupamento representado pelos encargos

sociais básicos, sobre os 39,17% dos que recebem a sua reincidência, deve-se

acrescentar ao total mais 15,00%.

D 2. Reincidência de A 2. sobre C 3. (8,5% x 13,12%) = 1,11%

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Cumpre considerar ainda a influência do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

sobre o aviso prévio indenizado, conforme Instrução Normativa nº 3 de 26/6/96, da

Secretaria de Fiscalização do Trabalho, lembrando que a taxa vigente entre 01/10/2001 a

30/09/2006 passou de 8% para 8,5% (ver item A 2):

8,5% sobre 13,12% = 1,11%.

D = 16,12% (Total)

Encontramos assim a porcentagem total que incide sobre o valor nominal da mão de obra operacional aplicada na indústria de construções, quando se executam orçamentos pelo sistema de composições de preços unitários: 126,68%. Como não utilizamos o Seconci nossa taxa fica de 125,28%

Observações:

1) Para São Paulo, Rio de Janeiro ou demais cidades ou existem ambulatórios do

Seconci, Leis Sociais de 126,68%. Demais regiões 125,28% (exclui-se Seconci.,

alterando a reincidência em D1).

2) Os dados adotados pela Pini foram obtidos através de estimativas estatísticas.

Consideramos ainda 2 anos de prazo médio de execução de uma obra e 9,67 meses de

rotatividade de pessoal.

3) Na ocorrência de dispensa do empregado no mês que antecede o dissídio, o

empregador é obrigado ao pagamento de uma remuneração adicional de um salário.

4) Segundo o artigo 169 do Decreto nº 357 de 07.12.91, o segurado que sofreu acidente

de trabalho tem garantia, pelo prazo mínimo de 12 meses, à manutenção do seu contrato

de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio doença acidentário. A não

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observância dessa garantia incorre em indenização, não considerada em nossos cálculos

pela falta de dados estatísticos sobre sua ocorrência.

5) Face as indefinições quanto a sua implementação, a assistência gratuita aos filhos e

dependentes dos trabalhadores, desde o nascimento até 6 anos em creches e pré-

escolas, garantida através do artigo 7, inciso XXV da Constituição, não está sendo

considerada no cálculo.

6) Além do custo do auxílio enfermidade e afastamento por acidente de trabalho, é

necessário considerar ainda o complemento de benefício previdenciário, conforme

cláusula décima quarta da Convenção Coletiva de Trabalho de maio/2000 (São

Paulo/SP), que estabelece que "as empresas complementarão, até o limite do salário

líquido do empregado, o benefício previdenciário por motivo de doença ou acidente de

trabalho, do décimo sexto ao sexagésimo dia do afastamento". O custo não foi

considerado na composição de Leis Sociais devido a dificuldade em aferi-lo.

Os itens abaixo não são considerados em nosso estudo de Leis Sociais e devem ser

incluídos nas Despesas Indiretas:

- PIS/PASEP, pela sua similaridade com um imposto, uma vez que incide sobre as

receitas operacionais.

- COFINS, uma vez que incide sobre a Receita Bruta.

2 - Memória de cálculo dos Encargos Sociais dos Mensalistas

A adoção por inteiro das taxas de "Leis Sociais" para mensalistas, ou seja, sobre a

folha de pagamento, difere daquela adotada sobre a mão de obra operacional, utilizada

quando se esteja efetuando um orçamento através de composições de preços. A mão de

obra operacional, quando se calcula por exemplo, a tabela de composições de preços

para execução de um metro quadrado de alvenaria de elevação, é a mão de obra

representada pelos oficiais e pelos serventes que estejam assentando os tijolos,

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preparando a argamassa, transportando os materiais, enfim, executando o trabalho por

inteiro, cujo tempo médio de execução, por metro quadrado de alvenaria, foi então

medido, e consta da respectiva composição. Ali, portanto, somente estarão mencionadas

as horas/homens empregadas pelos executantes do serviço. O seu salário/hora nominal

será então multiplicado por esses coeficientes de produção média, assim fixados em

composição, resultando o custo da mão de obra operacional para o aludido trabalho.

Sobre os valores da Folha de Pagamento há que se fazer incidir, necessariamente,

as porcentagens adotadas na tabela referentes aos encargos sociais chamados básicos e

as provisões para pagamento de 13º salário, férias, depósito por despedida injusta e aviso

prévio, desconsiderando-se itens como repouso semanal remunerado, feriados, dias de

chuva, etc., já que os mesmos estão inclusos no salário mensal do empregado.

Poderemos expressar as horas trabalhadas durante um ano em dias ou em horas,

sem demais preocupações quanto aos salários do pessoal empregado ou quanto ao valor

em reais das folhas de pagamento, ou ainda, quanto ao montante das "Leis Sociais"

sobre eles incidentes.

Conceito de ano trabalhado:

Jornada mensal de trabalho ==> 220 horas/mês

Jornada diária de trabalho ==> 220 horas/30 dias = 7,3333 horas/dia

1 ano ==> 365 dias x 7,3333 h = 2.676,65 h

A. ENCARGOS SOCIAIS BÁSICOS

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A 1. Previdência Social (20%) – (Igual ao do Horista)

A 2. Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (8,5%) – (Igual ao do Horista)

A 3. Salário - educação........................................................................... 2,50%Conforme decreto n.º 87.043 de 22.03.1982

A 4. Serviço Social da Indústria (SESI) ................................................ 1,50%Conforme lei n.º 5.107 de 13.09.1966

A 5. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) .............. 1,00%Conforme decreto n.º 6.246 de 05.02.44

A 6. Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) ......... 0,60%

A 7. INCRA ................................................................................................ 0,20%

A 8. Seguro contra os riscos de acidentes do trabalho.......................... (3%)

A 9. SECONCI-Serviço Social da Indústria da Construção e do Mobiliário (1%) (não aplicamos)

A = 38,30% (Total). Retirando Seconci fica 37,30%

B. ENCARGOS SOCIAIS QUE RECEBEM AS INCIDÊNCIAS DE A

B 1. 13º salário (8,22%)

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Através da Lei 4.090 de 13.07.1962, os empregadores estão obrigados ao

pagamento de um 13º salário, a ser liquidado no mês de dezembro de cada ano, podendo

a primeira metade ser paga por ocasião das férias dos empregados.

Relacionamos então a influência desses 30 dias sobre o montante das horas

trabalhadas, lembrando que de acordo com a lei 7787 de 30.06.89 o 13º salário passa a

receber incidências globais dos Encargos Básicos:

30 x 7,3333 x 100 / 2676,65 = 8,22%

B = 8,22% (Total)

C. ENCARGOS SOCIAIS QUE NÃO RECEBEM AS INCIDÊNCIAS GLOBAIS DE A

C 1. Depósito por despedida injusta: 50% sobre A2 + (A2 x B) = 4,60%

Cálculo

0,50 x [0,085 + (0,085 x 0,0822)] x 100 = 4,60%

C 2. Férias (10,93%)

Dada a taxa de rotatividade na construção civil, as férias anuais serão

necessariamente indenizadas. Dessa forma, obtém-se:

30 x 7,3333 x 100 / 2676,65 = 8,22%

Conforme o que dispõe o artigo 7º, inciso XVII, dos direitos sociais previsto pela

Constituição da República Federativa do Brasil, as férias anuais devem ser remuneradas

com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Assim, teremos:Pça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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8,22 x 1,33 = 10,93%

Conforme Decreto nº 90.817, de 17.01.1985 - DOU 18.01.1985 e MP 1523-7 de

30/4/97, não incide contribuição previdenciária nos casos de férias indenizadas (integrais

ou proporcionais), não gozadas, mas pagas em dinheiro, ao final do contrato de trabalho.

C 3. Aviso Prévio (10,20%)

Há dois casos distintos de aviso prévio:

a. 100% indenizado (§ 1º, art.487, da CLT);

b. com horário reduzido de duas horas diárias, sem prejuízo do salário, conforme art.488

da CLT.

Partindo-se da hipótese que em construção civil, do total dos casos de aviso prévio,

100% pertencem ao tipo a. e considerando-se ainda que o tempo médio de permanência

na obra de um funcionário é 9,67 meses (*), conforme dados obtidos de boletim do

CEBAT Ministério do Trabalho, temos:

30 x 7,3333 x 100 / (2676,65 x 9,67) = 10,20%

12

C =25,73% (Total)

D. TAXA DE REINCIDÊNCIA

D 1. Reincidência de A. sobre B. (38,30% x 8,22%) = 3,15%

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Calculando a incidência dos 38,30% do agrupamento representado pelos encargos

sociais básicos, sobre os 8,22% dos que recebem a sua reincidência, deve-se

acrescentar ao total mais 3,15%.

D 2. Reincidência de A 2. sobre C 3. (8,5% x 10,20%) = 0,87%

Cumpre considerar ainda a influência do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

sobre o aviso prévio indenizado, conforme Instrução Normativa nº 3 de 26/6/96, da

Secretaria de Fiscalização do Trabalho, lembrando que a taxa vigente entre 01/10/2001 a

30/09/2006 passou de 8% para 8,5% (ver item A 2):

8,5% sobre 10,20% = 0,87%.

D = 4,02% (Total)

Encontramos assim a porcentagem total que incide sobre o valor da mão de obra mensalista, aplicada na indústria de construções sobre os valores de folha de pagamento: 75,18%.

Observações:

1) Para São Paulo e Rio de Janeiro, Leis Sociais de 76,27%. Demais Estados 75,18%.

7. CUSTO DIRETO DE UMA OBRA

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São os custos oriundos da mão de obra aplicada, leis sociais incidentes sobre a mão

de obra, dos materiais utilizados, dos equipamentos empregados diretamente alocados

aos serviços, ou subempreiteiros contratados para os serviços da folha propriamente dita,

tais como, o cimento, a areia, as horas de pedreiros, carpinteiros, ajudantes etc., para

elevação de alvenaria, para o revestimento das paredes, para execução da estrutura da

obra, por exemplo. Poderão incluir, ainda, nos Custos Diretos, em alguns casos, o

operador, o combustível e os custos com sua manutenção e mobilização, quando são

agrupados para compor os preços horários dos equipamentos.

Todas estas despesas serão agrupadas e formarão as Composições de Preços

Unitários para cada tipo de serviço, que serão aplicadas as quantidades componentes de

determinada obra.

Os recursos referentes aos Custos Diretos mantém certa proporcionalidade com a

Produção, ou seja, aumentando-se, por exemplo a quantidade de mão de obra aplicada,

teoricamente, os serviços serão também realizados em menor tempo.

8. CUSTOS INDIRETOS DE UMA OBRA

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Custos Indiretos são aqueles onde se faz necessário estabelecer algum fator de

rateio para a sua apropriação a algum serviço.

Os Custos Indiretos são, sem se restringir, aqueles referentes à administração da

obra, ao canteiro, tapumes, transporte, alimentação de pessoal, os equipamentos não

lançados nas CPU´s, os mensalistas, as contas de telefone, água, luz, xérox, cópias de

projetos, licenças de funcionamento, alvarás, habite-se, viagens, estadias, fotografias,

seguros, topografias, perícias, equipamentos de segurança e pequenas ferramentas,

alugueis, marketing, conservação e limpeza da obra e canteiro, assistência médica,

manutenção de veículos.

Para uma melhor visualização segue planilha abaixo:

ÍTENS SUB-ITENS

Serviços Técnicos Levantamentos Topográficos

Estudos / Perícias

Planejamento / Assessoria

Controles Tecnológicos

Fotografias

Projetos

Serviços Preliminares Demolições

Cópias (Xérox / Heliográficas)

Despesas legais

Impostos

Seguros

Multas

Despesas Gerais Materiais de escritório

Materiais de limpeza

Contas de água

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Contas de luz

Contas de Telefones

Equipamentos de segurança

Estadias / Viagens

Equipamentos de escritório

Malotes

Outras

Legalizações Ligações definitivas

Vistorias Oficiais

Certidões

Habite-se

Licença de funcionamento

Alvarás

Transporte Caminhões / Ônibus

Carretas

Utilitários

Veículos leves

Retro Escavadeira

Vale transporte

Outras

Administração Engenheiro Residente

Engenheiro

Encarregado Administrativo

Encarregado Pessoal / Almoxarifado

Encarregados

Segurança / Vigilância

Apropriação Apontadores

Motoristas

Topógrafo

Nivelador

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Cabo de Turma

Laboratorista

Auxiliar de Topografia

Outras

Encargos Sociais

Equipamentos de Elevação Gruas

Guindastes

Guinchos

Andaimes

Talhas

Outros

Equipamentos de concreto Central de Concreto

Betoneiras

Pá de arraste

Vibradores

Mangotes de Vibradores

Outros

Carpintaria / Armação Serra Fita

Serra Circular

Tupia

Desempenadeira

Desengrossadeira

Serra manual

Furadeira / Lixadeira

Máquina de cortar ferro

Máquina de dobrar ferro

Outras

Equipamentos diversos Bombas

Máquina de solda

Compressor

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Marteletes

Giricas

Colchões

Ferramental / Manutenção Ferramentas gerais

Teodolito

Nível

Gastos Gerais Manutenção

Peças de reposição

Abastecimento / Especiais Combustíveis

Lubrificantes

Lavagens

Residências

Salas para Escritórios

Formas metálicas

Motoniveladoras

Dumper / Bob Cat

Equipamentos de Cozinha

Instalações Provisórias Tapumes

Cercas

Barracões (Carpintaria / Armação)

Alojamento

Cantina

Escritórios

Almoxarifados

Sanitários

Vestiários

Portaria

Placas / Torres / Sinalização

Proteções

Montagem equipamento canteiro

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Instalação água

Instalação força e luz

Instalação telefone

Instalação esgoto

Locação da obra

Desmobilização

Equipamento de Terraplanagem

Refeições

Outras

Observações:1- Sobre a somatória dos Custos Diretos e Indiretos deverá incidir a

Taxa do BDI;2- Todos estes Custos Indiretos devem fazer parte da planilha do custo

da Obra, que, como podem observar já estão discriminados na mesma.

9. BDI

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Tradução:

B= BUDGET: Orçamento

D= DIFERENCE: Diferença

I= INCOME: Lucro / Proventos

Traduzindo: BDI significa;

"Valor da diferença entre o custo do orçamento (Budget) e o custo total da obra,

com o valor do Lucro/Proventos (Income) a ele adicionado”.

Logo o BDI é um coeficiente a ser aplicado sobre os custos da obra, para obtermos

o preço total da mesma, e inclui todos os custos indiretos, de administração central,

impostos e taxas, e o lucro.

Teoricamente BDI e’ formado de Adm. central, impostos financeiros, taxas de

negociação e o lucro, que incidem sobre o somatório das despesas da obra.

lIsto faz com que o % do BDI encontrado seja um valor mais alto do que se imagina, pois

o BDI não é apenas o lucro da obra.

Existem alguns fatores importantes que influenciam no cálculo do BDI:

Tipo de obra

Valor do contrato

Prazo de execução

Local de execução da obra

O conceito de BDI é relativo à contratação da execução de obras por empreitada,

comum na Administração Pública através das licitações. Mas, como se diz em conversas

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de esquina é um pé de briga, pois a maioria o utiliza ser ter a menor idéia do que seja

realmente. Apesar de antigo, o BDI é, via de regra, mal entendido, não apenas por quem

não pratica, mas também por muitos que, injunções profissionais, deles se utilizam.

Para melhor esclarecer ao leitor, que é quem paga pelas obras públicas,

precisamos de dois conceitos básicos. Os conceitos de custo e de preço da obra. O custo

da obra é quanto o empreiteiro gasta para construí-la. O preço é quanto ele recebe por

isto. A função do BDI é produzir o valor que será acrescentado ao custo para a formação

do preço. Resumidamente, é através dos orçamentos e do BDI que são determinados os

preços das obras. Com os orçamentos se calculam os custos e, a partir dos custos e do

BDI, se calculam os preços das obras.

Literalmente, BDI são as iniciais das palavras Benefícios e Despesas Indiretas. Há

quem use a palavra bonificações em vez de benefícios. Ora, quando se compra algo,

paga-se um preço, e neste preço está incluído o custo da mercadoria, algumas outras

despesas, e o lucro de quem a vende. Este lucro é o benefício ou a bonificação do

empresário. Note-se que, numa compra e venda, o valor pago é preço para quem vende e

é custo para quem compra.

Como quase ninguém conhece os fundamentos do BDI, há a crença generalizada

que o BDI é lucro. Esta crença decorre do fato de que, quando o BDI começou a ser

utilizado, as despesas indiretas nele contidas eram ínfimas, muito menores que um lucro

razoável. Naquelas circunstâncias, o BDI era constituído essencialmente pelo lucro, daí a

idéia que nos chega até hoje. No entanto, contém também despesas – parte dos custos

das obras inclusive. Daí o nome: Benefícios – ou Bonificações, e Despesas Indiretas.

Nestas despesas indiretas estão incluídos, ainda, os tributos sobre o faturamento, como o

ISS, a COFINS, o PIS/PASEP, etc., e o imposto de renda sobre o lucro. Há tudo isso no

BDI e pode haver muito mais.

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Se tantas obras são construídas, parece inexplicável que BDI seja tão pouco

conhecido; já que é usado exatamente para a determinação dos preços das obras.

A explicação é simples, e até prosaica: o BDI é um conceito tradicional. Não é

considerado uma disciplina técnica e, por isso, não é ensinado nos cursos técnicos,

embora haja uma formulação “teórica” corrente. Esta formulação, como o próprio conceito

do qual decorre, infelizmente não é difundida em toda a sua extensão, e a maioria dos

empreiteiros, por desconhecer os fundamentos, simplesmente faz uma estimativa do BDI

para cada obra. Como se diz no meio, “chuta” um valor e seja o que Deus quiser, costume

que sedimentou a idéia de que o importante é contratar a obra, depois se “administra”.

É imediato perceber quão perniciosa é tal convicção.

Muito cuidado se deve ter ao calcular um BD, principalmente se a obra for paga por

preço unitário de serviço. Um BDI, calculado baixo, para aparentar lucro baixo, só trará

prejuízo para a empresa que não terá corretamente como revertes este erro.

Fora as despesas indiretas, que deverão fazer parte do BDI as taxas impostas são a

seguir, melhor explicadas:

1. Taxas que incidem sobre o custo da obra (despesas Diretas e despesas Indiretas)

1.1 Despesas Financeiras – São as provenientes de empréstimos bancários ou

simplesmente recursos próprios da Construtora necessários aos suprimentos da

obra, devido a medições iniciais inferiores aos valores investidos. No caso de ocorrer

altas medições iniciais, de forma a manter o caixa sempre em superávit a taxa

poderá ser lançada em negativo.

O percentual das despesas financeiras chega ± a 1%.

1.2 Taxas de Risco – Funcionando como um seguro, deverão ser lançadas em caso de

insegurança no orçamento por falta de especificações adequadas ou mesmo devido

insegurança em se executar a obra dentro de padrões normais.

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1.3 Diferença de Reajuste – Quando o reajuste estipulado no Edital é insuficiente para

cobrir o esperado.

1.4 Reajuste – Complementa o item anterior. Quando não houver reajuste previsto para

as medições.

2 Taxas que incidem sobre o faturamento bruto da obra.

2.1 Despesas de Escritório Central – São a totalidade das despesas do escritório Central

da Empresa, diluídas, ou rateadas, sobre todas as suas obras ou fontes de

faturamento. A taxa deverá ser calculada periodicamente em função das despesas

gerais do escritório (salários, retiradas da diretoria, alugueis, automóveis, copa,

manutenção da sede da empresa, treinamento de recursos humanos, etc.), contra o

faturamento médio. O valor geralmente sugerido é de 5% a 8% do faturamento para

a maioria das Empresas de porte médio.

A taxa, pois, varia também em função da quantidade de obras que a Empresa estiver

realizando.

2.2 Bonificação – É o lucro da obra esperado pela diretoria. Incidindo sobre o

faturamento, irá incidir sobre todos os gastos previstos, inclusive financeiros, de

administração, da compra de todos os materiais e do salário de todo o pessoal,

todos os impostos e riscos, não deverá ser exorbitado. A taxa sugerida para obras

médias de construção civil é de 5% a 10%.

2.3 Imposto de Renda – Informação a ser repassada pelo departamento financeiro da

Empresa. Adotamos empiricamente como 20% do lucro.

2.4 Despesas com caução/retenção – Quando o Edital exigir os custos financeiros e

bancários referentes a estes serviços deverão ser calculados.

2.5 Despesas comerciais - Poderão ser lançados neste item, ainda, a despesas com o

edital e com seguros diversos.

3 Taxas de Impostos

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Complementando o BDI, existem ainda as taxas referentes a impostos tais como:

COFINS, PIS, Contribuição Social, ISS, CPMF, com percentuais estipulados pelo

governo, ou seja:

COFINS – 3,00%

PIS – 0,65%

ISS – 3,00%

CPMF – 0,38%

Contribuição Social – 1,08%

A composição do BDI na realidade é o decorrente da política de cada empresa.

Jamais se deve adotar um BDI inferior a 30%, pois, os custos indiretos de uma obra

variam na ordem de 10% e os impostos, taxas e lucro somam um percentual da ordem de

± 20%.

Cálculo do BDI

Depois das considerações, chegamos ao seguinte exemplo do cálculo:

Onde:

PV= Preço de Venda

PC= Preço de Custo

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Tendo sido considerado como exemplo:

Administração central= 6,00%

Despesas Financeiras= 1,00%

Taxa de Risco= 1,00%

Lucro= 5,00%

Impostos= 10,11%

Total= 23,11%

e Custo da Obra de R$ 2.000.000,00

O percentual de 30,05% encontrado é basicamente o mínimo que se pode adotar.

Caso a Administração Central, Despesas Financeira, Taxas de Risco e Lucro de cada

empresa altere segundo sua realidade, este BDI será automaticamente modificado no

geral sempre para mais.

Cada empresa, quando solicitado em um Edital de concorrência, deve apresentar

sua Composição Analítica do BDI, incluindo nela tudo que realmente fez parte do seu BDI.

Apenas como exemplo, podemos demonstrar uma composição do BDI da seguinte

forma, de maneira que chegue ao percentual final do calculo executado por cada

empresa.

COMPOSIÇÃO DO BDIPça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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DISCRIMINAÇAO VALORES (%)

1.0 – ADMINISTRAÇAO CENTRAL

1.1 – Suprimento de Materiais e equipamentos 2,00%

1.2 – Comunicação e locomoção do pessoal do

escritório à obra

1,80%

1.3 – Pessoal Técnico e Administrativo ligado

diretamente à obra

2,00%

1.4 – Rateio de despesas com pessoal ligado

parcialmente à obra (Contabilidade, diretoria, etc.)

1,00%

1.5 – Rateio de despesas gerais do escritório Central

(alugueis, manutenção etc.)

0,84%

1.6 – Treinamentos 0,30%

1.7 – Outros -

2.0 – DESPESAS FINANCEIRAS 1,00%

3.0 – TAXA DE RISCO 1,00%

4.0 – IMPOSTOS E TAXAS

4.1 – ISS 3,00%

4.2 – PIS 0,65%

4.3 – COFINS 3,00%

4.4 – CPMF 0,38%

4.5 – Contribuição Social 1,08%

4.6 – Imposto de Renda 2,00%

5.0 – LUCRO 10,00%

TOTAL 35,05%

Este percentual será o multiplicador utilizado sobre o custo da obra a ser executada.

10. REFERÊNCIASPça. Siqueira de Menezes, 299 – Colina do Santo Antônio – Tels.: (79) 3215-1553 – Telefax.: (79) 3215-5353 – CEP 49060-650 – Aracaju – SE

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- Revista Pini

- Curso EngWhere

- Apostilha do Engenheiro Edson Botelho

- Apostilha dos Engenheiros Avila-Librelotto – Lopes

- Conceitos do Engenheiro Antonio Amilcar M. de Lima

Aracaju, 01 de agosto de 2006.

Margarida Maria Galindo Góes

LUCIANO FRANCO BARRETOPresidente

UBIRAJARA MADUREIRA RABELOVice-Presidente Administrativo

CARLOS ALBERTO DE SALES HERCULANOVice-Presidente Financeiro

ROMEU MEDEIROS BARBOSAVice-Presidente de Obras Públicas

VALDIR PINTO SANTOSVice-Presidente de Política e Relações Trabalhistas

EDUARDO MACHADO P. BARRETOVice-Presidente de Mercado

JOSÉ ANSELMO SILVAVice-Presidente de Tecnologia

GERALDO MAGELA DE MENEZES NETODelegado Representante Junto à FIES

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