apresentaÇÃo pibid 13-06-2012

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  • 7/31/2019 APRESENTAO PIBID 13-06-2012

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASPIBID HUMANIDADESPEDAGOGIA

    PR-LETRAMENTO

    FASCCULO COMPLEMENTAR

    Acadmicas: Raquel de OliveiraVeridiana Paladino

    Orientadoras: Gilceane PortoLourdes Frison

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    UNIDADE I

    ATIVIDADES RELACIONADAS IDENTIDADE: POSSVEIS

    CONTRIBUIES AO DESENVOLVIMENTO LINGUSTICO,AFETIVO E SOCIAL DO ALUNO.

    Neste fascculo so abordados relatos produzidos

    por professoras que atuam em uma escola em pontagrossa (Paran). Estes relatos e prticas sorealizados com base no tema Histrias de Vida.

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    Conforme j observado a primeira palavra que geralmente osalunos desejam aprender a ler escrever o prprio nome?

    Talvez isso acontea porque eles sentem o nome como algorealmente seu algo que faz parte de sua histria pessoal. Porisso a importncia de trabalhar com o tema Histria de Vida.

    RELATO 1: (Professora Karine, 1 srie).

    A professora desafiou-os a refletir e a perceber que o registroescrito seria a nica maneira de no se esquecerem dosnomes. Alm de criar naquele momento uma necessidade

    real para a escrita dos nomes, a professora oportunizou scrianas vivenciarem a funo social da escrita (letramento).

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    Saiba mais:Para Ferreiro e Teberosky (1985),elementos bsicos da escrita como a

    quantidade e variedade de letras usadaspara escrever, a diferenciao entre letrascursivas e de imprensa, a orientaoespacial das letras precisam ser

    refletidos com os alunos desde osmomentos iniciais da alfabetizao, paraque eles, por meio de procedimentossistemticos de identificao,comparao e reconhecimento, possam irse familiarizando com o sistemaalfabtico de escrita.

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    1.1 OUTRAS POSSIBILIDADES DE TRABALHO COM OSNOMES NAS SRIES OU CICLOS INICIAIS:

    Por meio das muitas atividades que podem ser realizadascom os nomes, os alunos so incentivados a ler e a escrever,individualmente e em grupos, ainda que no o faam daforma convencional.

    RELATO 2: (Professora Brbara, 2 srie).

    A professora props que os alunos se apresentassem de

    forma diferente, dando dicas de seus nomes. Ex: Meu nomecomea com a letra M e tem trs slabas e sete letras. Quenome esse?

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    Reflexo sobre as atividades de diviso ecomposio silbica

    Alm de abrir as portas para as interaes que acontecemno dia-a-dia, os nomes possibilitam diferentes aeslingusticas, principalmente no que diz respeito apropriao do sistema alfabtico de escrita.

    OBS: Tumulto na sala da Prof. Brbara, ento ela gravoua baguna e explicou que ouvir imprescindvel noprocesso comunicativo.

    RELATO 3 (Prof Brbara, 2 srie).Observando o interesse dos alunos pelo assunto, foiperguntado a eles se sabiam quem havia escolhido o seu

    nome e como foi feita essa escolha.

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    Reflexo sobre o trabalho com a oralidade

    Toda vez que for necessrio o professor deve intervire reorientar as crianas quando elas extrapolam seudireito de falar, mostrando que h regras sociais quedefinem o comportamento do ouvinte diante dos que

    falam como no caso da situao da sala de aula daprofessora Brbara.Os PCNS de Lngua Portuguesa faz reflexo sobre alinguagem oral, usos e formas.

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    1.2 AS VARIEDADES LINGUSTICAS E SUASIMPLICAES NO CONTEXTO ESCOLAR:

    Na maioria das vezes as crianas gostammuito de atividades que envolvem a

    oralidade, porm h crianas quepreferem se isolar e no se expor (achamque falam errado).

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    RELATO 4: (Prof.. Brbara, 2 srie).

    A professora explica que incentiva as crianas afalarem, porm as que so das classes econmicasmais desfavorecidas relutam em falar e expor suasideias, ela fala na variedade de dialetos. Resultado

    do trabalho parece um pouco lento.A escola precisa livrar-se do mito de que existeapenas uma forma de falar e deixar de lado ospreconceitos lingusticos. Porm sempre explicandoa variedade culta da lngua, explicando-lhes assituaes em que ela deve ser empregada.

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    1.3 AS DIFERENTES FUNES DA LINGUAGEM E APRTICA PEDAGGICA

    Enquanto atividade humana, a linguagem tem uma dimensohistrica e social que atribui a ela diferentes funes.

    Exemplo.

    RELATO 5 (Prof.. Maria Lcia, 2 srie).A professora perguntou se lembravam das msicas que eram

    cantadas para eles dormirem quando pequenos. A maiorialembrava-se da nana nen e boi da cara preta. Alguns selembraram da atirei o pau no gato e Terezinha de Jesus.

    Depois de cantar vrias vezes uma foi colocada no quadropara trabalhar com unidades menores da escrita.

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    Reflexo sobre situaes de trabalho com o sistemade escrita a partir de textos da cultura popular:

    Uma das formas de introduzir o aluno no sistema lingustico atravs das cantigas de ninar. Ex: Parlendas, trava-lnguas,adivinhas entre outras. Essas manifestaes so consideradasgneros textuais que precisam ser explorados pela escola.

    RELATO 6 (Prof.. Simone, 3 srie).Projeto de Vida. Comeo este projeto fazendo algunsquestionamentos, tais como: Quem so vocs?Como vocs

    se vem? Maneira de se conhecer um pouco mais. Aprofessora relatou que foram momentos de rica interao emque as crianas se expuseram com muita sinceridade.

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    Desta forma os professores podem entender certoscomportamentos e atitudes e tentar ajud-los, fazendo comque aprendam a se valorizar.

    1.4 O TRABALHO COM DIFERENTES GNEROSTEXTUAIS:Importncia de trabalhar com os diferentes gneros textuais

    RELATO 7 (Prof. Simone, 3 srie).A professora pediu aos alunos que escrevessem em umaficha de identificao seu nome, comida preferida, cor dosolhos etc. Depois deveriam trocar entre si e expor sua opiniosobre as informaes. Aps os alunos fizeram umlevantamento da altura e peso de toda classe, elaboraramgrficos (sob orientao), foram criadas situaes problemaque foram discutidas na turma.

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    SNTESE DA UNIDADE

    Utilizar a escrita alfabtica e preocupar-se coma forma ortogrfica um dos objetivos dotrabalho com a Lngua Portuguesa no primeiro

    ciclo ou srie do Ensino Fundamental. Relaoentre alfabetizao e letramento.

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    UNIDADE II

    A CONTRIBUIO DA LEITURA NA FORMAOLINGUSTICA DO ALUNO E NA SUA CONSTITUIO COMOSUJEITO LEITOR

    O letramento implica a participao das pessoas em prticas

    sociais de leitura e escrita. Justamente por isso ele pressupeconvivncia com situaes de leitura, um processo em que aspessoas envolvidas atuam verdadeiramente como sujeitos,compartilhando ideias e pontos de vista, aceitando os

    argumentos usados pelo autor ou deles discordando,produzindo sentido em relao ao texto.

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    2.1 Estratgias de leitura:

    Para Soares (1998), dentre outras habilidades/capacidades, a

    leitura inclui as de fazer previses sobre o texto, de construirsignificado combinando conhecimento prvio e informaotextual, de refletir sobre o significado do que foi lido e tirarconcluses sobre o assunto enfocado.

    RELATO 8 (Prof. Sandra, 4 srie).

    Em uma das atividades com o tema Histria de Vida um alunodisse que no gostava de ter medo (assombrao). Teve a

    polmica, ento a prof. Levou uma histria sobre o medo, elaao longo do texto os instigava a fazer previses do texto, atchegar ao sentido do texto. (Texto retirado do livro Asaventuras deAlvinho de Ruth).

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    Reflexo sobre o emprego de estratgias de leituranas sries ou ciclos iniciaisNo momento em que perguntou aos alunos o que o ttulo do

    texto sugeria, a professora incitou-os a usar estratgias deantecipao ou de previso, as quais, como o nome indica,permitem supor o que est por vir.

    2.2 Ler para qu?

    Entendendo-se que a leitura precisa ter sentido para osalunos, a indagao Ler este texto para qu? precisa ser

    objeto de reflexo em sala de aula. Ao fazer essa pergunta, oprofessor levar os alunos a perceberem no s as diversasintenes que esto portrs dos textos lidos, como tambmo fato de que diferentes intenes implicam diferentes formasde escrever, diferentes gneros textuais.

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    RELATO 9 (Prof. Neuza, 3 srie).

    Forma de identificao, (texto sobre impresso digital). O ato

    de ler supe certa experincia textual, como o contato e afamiliaridade com diferentes gneros e estruturas textuais, deforma que o aluno perceba que ler um texto informativo diferente de ler uma instruo, ler uma notcia diferente deler uma histria, e assim por diante.

    2.3 A leitura como processo compartilhado deproduo de sentido:

    RELATO 10 (Prof. Cleusa).Poema sobre o nome, discusso do motivo pelo qualo autor no gosta de seu nome.

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    Reflexo sobre leitura e interpretao de textopoticoOs textos poticos que contem musicalidade e sonoridadeprprias atraem a ateno das crianas no ato de umaexpressiva leitura, pois este tipo de leitura no s aproxima oaluno desse gnero textual como exerce papel importante naformao de sua expresso verbal.

    Articulao da Leitura com a Oralidade

    Em experincias prticas realizadas entre professor e aluno,

    em que os mesmos trocam ideias sobre otexto,compartilhando seus significados e sentidos, possibilitamricas situaes de oralidade. A professora deve saberaproveitar as situaes surgidas que faam da leitura umaprtica social articulada com a prtica da interao oral.

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    A leitura deve ser trabalhada desde a alfabetizaocomo uma atividade permanente, e devendo fazer doato de ler um processo de produo de sentido,fazendo com que acontea em momentos deinterao e de reflexo, podendo gerar outrasatividades com a lngua oral e escrita.

    Quando a leitura experienciada desde aalfabetizao, ela deve funcionar como um ato socialem que o autor e o leitor participam de um processo

    interativo em que o primeiro escreve para serentendido pelo segundo.

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    UNIDADE III

    Textos de alfabetizandos: uma reflexo sobre osfatores discursivos e lingusticos

    Para que o aluno se interesse pelo ato de escrever,

    h a necessidade de uma ao pedaggica quedesperte e incentive tal interesse.Desde o incio a criana j capaz de produzirtextos, ainda que no princpio sejam apenas orais e

    s mais adiante passem a ser escritos.

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    A estrutura narrativaDe acordo com Pazini (1998), o trabalho textual

    implica momentos de envolvimento do aluno com aescrita, que vo desde a motivao para a produodo texto; a reflexo que inicia com a propostaenvolvendo tanto as chamadas condies de

    produo como todo o processo; at a reestruturaoou refaco que constitui prtica reflexiva.So as condies de produo que determinamostextos. Ex: quem escreve, o que escreve, para que,para quem ou por que escreve, quando e ondeescreve.

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    Produzir textos nas sries iniciais: uma possibilidadede anlise dos fatores textuais e contextuais.

    Fazer do texto o centro do trabalho pedaggico coma lngua oral e escrita, faz com que os alunosproduzam textos que se configuram como prticasinterlocutivas reais.Trabalhar com textos produzidos pelos alunos, emque eles fazem parte ou so personagens da histria,torna-se uma atividade prazerosa e significativa.

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    As prticas da produo e da reestruturao detextos

    Uma das grandes dificuldades dos alunos asegmentao do texto em pargrafos, por isso, cabeao professor propor atividades reflexivas queestimulem a identificao dos blocos de ideias e a

    decorrente segmentao do texto, observando comoas ligaes entre os pargrafos so estabelecidas.O uso da pontuao, o emprego dos dilogosdireto e indireto, os processos argumentativos,

    as concordncias verbal e nominal, so fatoresque precisam ser refletidos nos textos das crianas.

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    Ainda existem alguns professores que tendem aavaliar as produes textuais dos alunos apenas porseus critrios ortogrficos, sem perceber que oerro lingustico geralmente proveniente de umprocesso de reflexo e de hipteses da criana noque se refere quela escrita.

    As interferncias nos textos dos alunos, devemacontecer aos poucos, necessrio que seestabeleam prioridades entre o que precisa ser

    trabalhado, j que muitas alteraes ao mesmotempo, em um mesmo texto, podem confundir ascrianas.

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    ERROS MAIS COMUNS NO PROCESSO DEALFABETIZAO E POSSVEIS CAUSAS DESSAS

    OCORRNCIAS GRFICAS

    1) Transcrio fontica;2) Dialetao;

    3) Juntura vocabular ou hiposegmentao;4) Separao indevida ou hipersegmentao;5) Hipercorreo;

    6) Troca, omisso ou acrscimo de letras;

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    Para que esses erros sejam trabalhados comas crianas, necessrio uma ao

    previamente planejada de construo ereconstruo de textos, para que estes errossejam vistos no s como indcio de possveisdificuldades do aluno, mas tambm comoresultado de um momento reflexivo, podendoser repensado e realimentado atravs damediao do professor.

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    Concluindo...

    Podemos concluir com este fascculo que quando pensamos

    no desenvolvimento de nossas aes pedaggicas, devemossempre levar em considerao que tipos de processos iremoslevar para sala de aula, j que estes devem possibilitar aosalunos uma compreenso do uso da lngua como sendo uma

    forma de interao social. Portanto, nossa principal meta deveser o desenvolvimento das competncias comunicativas dascrianas, fazendo com que o aluno adapte o discurso oral aoescrito, mas sempre lembrando que deve fazer isto a partir docruzamento entre o que ele j sabe e o que est sendoensinado.

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    Sendo assim, para que isto acontea, imprescindvel que demos voz e vez tanto

    oralmente como por escrito para nossascrianas, alm disso, preciso destinarmomentos dirios de atividades voltadas paraa leitura e a oralidade dos mesmos, a fim deque as crianas possam aprender a semanifestar de forma clara e organizada,convivendo com as diferenas e respeitando

    uns aos outros.