ojornal 13/06/2010

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Secretário quer restabelecer fundo contra a violência Recentemente eleito para presidir o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, o secre- tário de Direitos Huma- nos, Segurança Comuni- tária e Cidadania, Pedro Montenegro, informou que vai restabelecer o Fundo Municipal da Cri- ança e do Adolescente. O objetivo, segundo ele, é combater o avanço da violência em Maceió. Página A2 São João e Copa geram emprego em Arapiraca Ficha Limpa: lei deve mudar eleições, dizem entidades Ouvidos por O JOR- NAL, representantes de entidades da sociedade civil e de instituições pú- blicas avaliam que a lei do Ficha Limpa deve mudar, para melhor, o processo eleitoral. Na úl- tima quinta-feira, os mi- nistros do Tribunal Su- perior Eleitoral (TSE) en- tenderam que o texto re- centemente sancionado vale para este ano. Página A3 Edifício Breda conta um pouco da história de Maceió Um pedaço importante da história de Maceió foi depositado num imóvel triangular, espremido en- tre ruas que conservam o seu contorno até hoje. O Edifício Brêda resiste ao tempo e à modernidade e ainda preserva o estilo do progresso de sua época. Al- gumas janelas e portas ain- da mantêm o material ori- ginal. O prédio também foi palco de algumas tragédias. Páginas A9, A10 e A11 Exemplar de assinante CMYK Dois Carolina Sanches Marco Antônio www.ojornalweb.com R$ 2,00 L L JORNA O JORNA O ALAGOAS Maceió, domingo, 13 de junho de 2010 | Ano XVI | Nº 162 | www.ojornalweb.com | Recursos federais vão garantir recuperação do abastecimento de energia no Estado Eletrobrás terá investimentos de R$ 300 milhões em Alagoas A Eletrobrás confirmou que parte dos recursos do empréstimo obtido junto ao Banco Mundial, no total de US$ 495 mi- lhões, será investida em Alagoas. Serão US$ 152 milhões para a melhoria dos serviços em gestão e redução de perdas. As- sim, o governo federal in- veste pesado no setor energético alagoano, que estava à beira do colapso. Página A25 A seleção brasileira vive a ansiedade da estreia na Copa do Mundo. O time de Dunga entrará em campo na próxima terça-feira, às 15h30 (de Brasília), contra a Coreia do Norte. Hoje, o destaque do Mundial vai ser a partida entre Alemanha e Austrália, às 15h30. Amanhã, dois jogos devem chamar a atenção: Holanda x Dinamarca, às 8h30, e Itália x Paraguai, às 15h30. Suplemento Alemanha Austrália X 15h30 Sérvia Gana X 11h00 Argélia Eslovênia X 08h30 Jogos de hoje Brasil conta as horas para a estreia no Mundial Mão de obra inocente A semana que passou foi cheia de atividades para denunciar a exploração do trabalho infantil. Nesse período, um menino de 12 anos que vendia caranguejo às margens da AL-101 Sul morreu atropelado. Hoje, a realidade sobre as crianças nas ruas de Maceió ainda está bem longe do que a legislação prevê e do que querem as autoridades. Páginas A18 e A19 C hico Buarque e sua obra são temas do livro “Histórias de Canções”, de autoria de Wagner Homem. Páginas B1, B2 e B3 Sophie Charlotte vai encarar sua primeira per- sonagem malvada na no- vela Ti-Ti-Ti, da Rede Globo. TV A chegada dos festejos juninos e a realização da Copa do Mundo ala- vancaram a economia de Arapiraca. A produção de roupas juninas é uma atividade em alta. Páginas A21 e A22

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OJORNAL 13/06/2010

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Page 1: OJORNAL 13/06/2010

Secretário querrestabelecerfundo contraa violência

Recentemente eleitopara presidir o ConselhoMunicipal da Criança edo Adolescente, o secre-tário de Direitos Huma-nos, Segurança Comuni-tária e Cidadania, PedroMontenegro, informouque vai restabelecer oFundo Municipal da Cri-ança e do Adolescente. Oobjetivo, segundo ele, écombater o avanço daviolência em Maceió.

Página A2

São João eCopa geramemprego emArapiraca

Ficha Limpa:lei deve mudareleições, dizementidades

Ouvidos por O JOR-NAL, representantes deentidades da sociedadecivil e de instituições pú-blicas avaliam que a leido Ficha Limpa devemudar, para melhor, oprocesso eleitoral. Na úl-tima quinta-feira, os mi-nistros do Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE) en-tenderam que o texto re-centemente sancionadovale para este ano.

Página A3

Edifício Bredaconta um poucoda históriade Maceió

Um pedaço importanteda história de Maceió foidepositado num imóveltriangular, espremido en-tre ruas que conservam oseu contorno até hoje. OEdifício Brêda resiste aotempo e à modernidade eainda preserva o estilo doprogresso de sua época. Al-gumas janelas e portas ain-da mantêm o material ori-ginal. O prédio também foipalco de algumas tragédias.

Páginas A9, A10 e A11

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Carolina Sanches

Marco Antônio

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LLJORNAO JORNAOALAGOASMaceió, domingo, 13 de junho de 2010 || Ano XVI || Nº 162 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm ||

Recursos federais vão garantir recuperação do abastecimento de energia no Estado

Eletrobrás terá investimentosde R$ 300 milhões em Alagoas

AEletrobrás confirmouque parte dos recursosdo empréstimo obtido

junto ao Banco Mundial,no total de US$ 495 mi-lhões, será investida em

Alagoas. Serão US$ 152milhões para a melhoriados serviços em gestão e

redução de perdas. As-sim, o governo federal in-veste pesado no setor

energético alagoano, queestava à beira do colapso.

Página A25

A seleção brasileira vive a ansiedade da estreia na Copa do Mundo. O time de Dunga entraráem campo na próxima terça-feira, às 15h30 (de Brasília), contra a Coreia do Norte. Hoje, odestaque do Mundial vai ser a partida entre Alemanha e Austrália, às 15h30. Amanhã, dois

jogos devem chamar a atenção: Holanda x Dinamarca, às 8h30, e Itália x Paraguai, às 15h30. Suplemento

Alemanha Austrália

XX15h30

Sérvia Gana

XX11h00

Argélia Eslovênia

XX08h30

JJooggoossddee hhoojjee

Brasil conta as horas para a estreia no Mundial

Mão de obrainocente

Asemana que passou foi cheia de atividades para denunciar a exploração do trabalho infantil. Nesse período, um meninode 12 anos que vendia caranguejo às margens da AL-101 Sul morreu atropelado. Hoje, a realidade sobre as crianças nas

ruas de Maceió ainda está bem longe do que a legislação prevê e do que querem as autoridades. Páginas A18 e A19

Chico Buarque e suaobra são temas do

livro “Histórias deCanções”, de autoria deWagner Homem.Páginas B1, B2 e B3

Sophie Charlotte vaiencarar sua primeira per-sonagem malvada na no-vela Ti-Ti-Ti, da RedeGlobo.

TV

Achegada dos festejosjuninos e a realização

da Copa do Mundo ala-vancaram a economia deArapiraca. A produção deroupas juninas é umaatividade em alta.

Páginas A21 e A22

Page 2: OJORNAL 13/06/2010

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JORNALO JORNALO

Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

PolíticaSecretário quer reestabelecer fundo para combater violênciaMontenegro pretende envolver sociedade e empresários contra avanço do crime

Odilon Rios

Repórter

O aumento na quantidadede assassinatos em Alagoas - se-gundo dados revelados por OJORNAL, na semana passada, apartir de levantamento da PolíciaCivil - acabou movimentando asatividades no Conselho Munici-pal da Criança e do Adolescente.Na terça-feira, o secretário mu-nicipal de Direitos Humanos, Se-gurança Comunitária e Cidada-nia, Pedro Montenegro, foi em-possado presidente do conselho,anunciando algumas medidaspara ajudar bairros da capital adiminuírem os índices de mor-tes - em especial entre os jovense proteger grupos próximos dorisco, como meninos e meninasde 12 anos.

Entrevistado por O JORNALna quinta-feira, Pedro Montene-gro disse que vai reestabelecer oFundo Municipal da Criançae do Adolescente, quepode receber doaçõesde empresários ou ci-dadãos comuns, comdinheiro abatido noImposto de Renda.“Estamos organizan-do o conselho para di-vulgar todos os deta-lhes, inclusive a contabancária onde as pes-soas podem doar o di-nheiro”, disse.

Esta política é amesma adotada, se-gundo Montenegro,pelo governo Lula. Em 2003,quando assumiu a Presidênciada República, Lula reestruturou

o Fundo Nacional da Criança eAdolescente, que hoje recebe mais

dinheiro que alguns ór-gãos governamentais.“A ideia que temos éque o empresário localpossa vestir essa cami-sa e investir no fundo,abatendo este valor noImposto de Renda. Ocidadão comum tam-bém fará a mesma coi-sa”, explicou.

Além disso, Mon-tenegro pretende pedirajuda a Polícia Federal:quer descobrir comoarmas de fogo entram

em Alagoas. As armas respon-dem por mais de 80% dos assas-sinatos dos jovens. “Alagoas nãotem fábrica de arma de fogo,então, estas armas estão vindo

de onde? Por outro lado, a PolíciaCivil diz que vem fazendo gran-des apreensões de armas. Amesma coisa vemos com as dro-gas, em especial o crack. Os tra-ficantes devem ser presos no ata-cado e não no varejo. O trafican-te não é aquela pessoa que andade sandália havaiana”, explicouo secretário e presidente do con-selho.

“O combate ao crime só vaiacontecer por uma repressãomais qualificada, para que seprenda os tubarões do tráfico.Não temos plantações de cocaem Maceió para a produção docrack. E esse trabalho dependede políticas públicas. Não apenasabrindo escolas, mas com postosde saúde, trabalho na área de es-portes e identificando as poten-cialidades de cada região”, disse.

Secretário Pedro Montenegro: “O combate ao crime só vai acontecer por uma repressão mais qualificada”

Estudo mostrava os grupos de riscoEm tom comparativo, os

dados mostrados na semana pas-sada por O JORNAL e os queforam coletados pelo programada secretaria, em conjunto coma Secretaria de Defesa Social, nãoapresentam tantas diferençasquanto a geografia do crime.Mata-se mais, segundo o planointegrado, na Cidade Univer-sitária, Tabuleiro dos Martins,Benedito Bentes e Clima Bom.Na parte baixa estão o BomParto, Vergel do Lago, Trapicheda Barra e Levada. Encravadoentre as partes alta e baixa deMaceió, o Jacintinho. Os dadossão de 2009.

Pelos dados da PC, mostra-dos na semana passada e refe-rindo-se a março, mata-se mais

no Santa Lúcia (aumento de500%, em relação ao primeirotrimestre do ano passado), se-guindo-se do Benedito Bentes(aumento de 433,3%), Centro,Clima Bom e Jardim Petrópolis(aumento de 200%, além do Ta-buleiro dos Martins (180%). Emmédia, os assassinatos aumen-taram 13,3%, em relação ao pri-meiro trimestre do ano passado.

O dia da semana tambémtem a mesma equivalência. Anopassado, quando o plano foi feitoem conjunto com a SDS, no do-mingo se matava mais, entre18hs e 23h59. Em relatório daPC, mesmo dia e horários. Atesederruba a eficácia da lei seca, quefecha bares e restaurantes a par-tir das dez da noite. Isso porque

o crime acontece a partir das seisda tarde e poucos casos são re-gistrados na madrugada.

“O que nós vemos aqui é queos assassinatos também têm umgênero. Matam-se mais os ne-gros. Em Maceió, um negro tem10 vezes mais chance de morrerque um branco”, disse PedroMontenegro. No Brasil, este ín-dice é de 2,6 vezes maior, com-parado aos brancos. “Os maio-res riscos relativos se encontramno Nordeste, com registros sig-nificativos de mais de 10 vezesem comparação os brancos naregião metropolitana do Recife ena cidade de Maceió”, diz o es-tudo Maceió mais segura. Afaixaetária das mortes: entre 19 e 24anos. (O.R.)

Guardas comunitários vão ajudarGuardas comunitários estão

sendo treinados para sair da se-gurança do patrimônio púbico eajudar no policiamento de áreasconsideradas de risco. Leva-seem conta a experiência - conside-rada um sucesso - do conjuntoSelma Bandeira, que reduziu em70% os índices de criminalidade.

“O guarda comunitário écomo um agente multiplicador.Apopulação ajuda, mostra quan-do uma família passa por difi-culdades, ao mesmo tempo esteguarda leva segurança aos lu-gares, recebe informações quemelhoram o trabalho em bairrosde Maceió. Sou a favor da sub-stituição daquele modelo de carrode polícia girando pelas ruas. Elespodem atuar mais nestas áreas”,afirmou o secretário.

Também presidente do con-

selho, Pedro Montenegro disseque pedirá uma reunião com aSecretaria de Planejamento. Issopara definir ações de investi-mento no orçamento de 2011, emMaceió, para áreas onde existagrande concentração de jovens,como o Tabuleiro dos Martins.Pelos números levantados pelaSecretaria no Plano Integrado dePromoção do Direito Humano àSegurança (o Maceió mais segu-ra, em sua primeira fase), desde2000 a capital assiste a um cresci-mento assustador da violência.Há dez anos, eram 360 homicí-dios. O número mais que dobrouem 2006 (904) e já era 917 em2007. Ano passado, foram doismil homicídios.

Entre 1997 e 2007, no Nor-deste, o número de homicídioscresceu mais: 241,3%. Bem maior

que Sergipe (176,8%) e até mes-mo Pernambuco, que ocupa a úl-tima posição da lista: 22,9%. Osdados são do Mapa da Violência.Pelos índices de vulnerabilidadejuvenil, Maceió e Arapiraca estãoentre as cidades brasileiras commaior risco de vulnerabilidadepara jovens.

Se continuarem as mortes,Maceió estará entre os 267 mu-nicípios brasileiros, com maisde 100 mil habitantes, que maismatará jovens até 2013. Isso con-siderando os que têm entre 12e 19 anos. “A estimativa para onúmero de mortes violentas porhomicídio para Maceió, apenaspara essa faixa etária, é de 826”,dizem os índices coletados peloPlano Integrado de Promoçãodo Direito Humano à Segu-rança. (O.R.)

Os bairros ondenão se mata

Pelos dados da semanapassada, da Polícia Civil,apresentados por O JOR-NAL, os casos de homicí-dios cresceram 16,5% noEstado. De janeiro a marçode 2009, 494 pessoas foramassassinadas; no mesmotrimestre, só que este ano,576 assassinatos.

Pelos números da PC,em 14 bairros de Maceió,houve queda de 70,5% nonúmero de assassinatos.Isso no mês de março de2010. São eles: Bom Parto,Canaã, Chã de Bebedouro,Farol, Jacintinho, Jaraguá,Levada, Pescaria, Pitangui-nha, Poço, Ponta Grossa,Santos Dumont, Trapicheda Barra e Vergel do Lago.

Na área metropolitana,no comparativo março2009/2010, essa queda foide 80%, em três cidades:Marechal Deodoro, Mes-sias e Paripueira.

INTERIOR - No inte-rior, levando-se novamen-te em conta o mês março2009/2010, houve reduçãodos homicídios: -74,5%.Em Água Branca, CampoAlegre, Campo GrandeCanapi, Coité do Nóia,Craíbas, Delmiro Gouveia,Inhapi, Japaratinga, Jun-queiro, Olho d’ÁguaGrande, Porto Real do Co-légio, Quebrangulo, Rotei-ro, Santana do Ipanema,São José da Tapera, SãoLuiz do Quitunde, SãoSebastião, Taquarana eTeotônio Vilela.

No interior do Estado,Coruripe é o lugar quemata mais. Comparando-se os meses de março 2009e 2010, do relatório apre-sentado semana passadapela Polícia Civil, variou-se800%; em Ibateguara, avariação foi de 400%. EmPoço das Trincheiras e U-nião dos Palmares, o cres-cimento foi de 300%. Nocomparativo dos homicí-dios, a variação foi de37,3%.

E as cidades que nãomataram ninguém, no com-parativo março 2009/2010?Segue a lista das 25: Belém,Branquinha, Capela, Car-neiros, Chã Preta, Dois Ria-chos, Estrela de Alagoas,Igreja Nova, Jacaré dos Ho-mens, Jaramataia, Jequiá daPraia, Jundiá, Major Izido-ro, Mar Vermelho, São Mi-guel dos Milagres, Santanado Mundaú, Porto de Pe-dras, Pindoba, Pão de Açú-car, Palestina, Ouro Branco,Olivença, Maravilha, Mon-teirópolis.(O.R.)

Pauta [email protected]

CATADORESTécnicos do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos

Catadores de Materiais Recicláveis - vinculado ao Ministério doDesenvolvimento Social e Combate à Fome e ao Ministério dasCidades - reuniram-se, na última terça-feira, com representantes daSecretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e da Su-perintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum).

Eles visitaram Maceió para mostrar como o governo federal podecontribuir com a inclusão social e econômica dos catadores de ma-teriais recicláveis e discutir como essas políticas públicas poderão serimplementadas no município após a desativação do Lixão. Segundoo secretário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, a reu-nião com o comitê partiu da preocupação que a Prefeitura de Maceiótem com os catadores que trabalhavam no local recém-desativado.

PISCA-PISCA

A população de Porto de Pedras está na bronca em rela-ção ao fornecimento de energia elétrica. É intensa a oscila-ção: uma hora tem luz, outra hora não. As residências, osestabelecimentos comerciais, prédios públicos e as pousa-das da região têm sofrido bastante com o problema. Até aRádio Jornal, que, com sua unidade móvel, cobriu esta se-mana as festividades dos 89 anos de emancipação políticada cidade, sofreu com o problema.

CHUVAS 1

A Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió(Slum) vem mantendo equipes de limpeza de plantão, nosfinais de semana chuvosos, prontas para atuar em qualquerponto a cidade, em caso de necessidade, com ações de ma-nutenção, sobretudo em regiões cercadas por canais e en-costas. No final de semana passado, quando as previsõeseram de muita chuva, mais de 60 agentes de limpeza fica-ram de prontidão, desde as 7 horas da manhã do sábadoretrasado.

CHUVAS 2

A Diretoria de Planejamento da Slum realizou um in-tenso trabalho de fiscalização, por toda a cidade, com o in-tuito de detectar quais os bairros que necessitavam de açõesde manutenção. O superintendente de Limpeza Urbana,Ernande Baracho, informou que, desde fevereiro, aPrefeitura vem trabalhando, por meio do órgão, para evitaralagamentos e transbordamentos, principalmente nas áreasmais vulneráveis e essas incidências.

COPA 1

O juiz federal Diretor do Foro da Justiça Federal emAlagoas em exercício, Frederico Wildson da Silva Dantaspublicou portaria reduzindo o expediente nos dias 15 e 25de junho, datas em que ocorrerão jogos da SeleçãoBrasileira durante a Copa do Mundo 2010 e em 23 dejunho, véspera do Dia de São João.

COPA 2

Os expedientes dos dias 15 e 23 serão das 7 horas damanhã às 14 horas. Na sexta, dia 25 será das 7 às 10 horasda manhã, horários a serem cumpridos no âmbito da SeçãoJudiciária de Alagoas e das Subseções Judiciárias de Uniãodos Palmares e Arapiraca, inclusive do Setor de Protocolo.A portaria cumpre Ato de número 178, de 21 de maio de2010, do Presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da5ª Região.

CESTA!

A equipe de Basquete em Cadeiras de roda daAdefal/Sesi participa, entre 15 a 19 de julho, doCampeonato Regional Norte e Nordeste de Basquete emcadeiras de rodas, que acontece em Recife. O grupo, com-posto por 14 atletas entre 21 e 35 anos, segue para a capitalde Pernambuco no dia 15, acompanhado do preparadortécnico Pablo Lucine e do diretor de esporte da Adefal,Ednardo Aguiar.

DIRETASO Centro Universitário Cesmac realiza hoje seu

Vestibular 2010 para o segundo semestre.

São esperados 5,3 mil concorrentes para as provas, que acon-tecem nos prédios da instituição de ensino superior.

As provas começam as 8h15 da manhã. Os portõesserão fechados às 8 horas.

DEDICAÇÃO

O desembargador José Carlos Malta Marques seguecom intensa dedicação nos trabalhos á frente da Corre-gedoria Geral de Justiça.

Secretário

disse que

também

pretende

pedir ajuda

à Polícia

Federal

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Entidades acreditam que FichaLimpa vai aprimorar eleiçõesNa última quinta-feira, TSE entendeu que lei já vale para disputa deste ano

Alexandre H. Lino

Repórter

ALei Complementar núme-ro 135/10, conhecida como FichaLimpa, nasceu de uma iniciati-va popular. Com mais de 1,6 mi-lhão de assinaturas, prevê quepolíticos com condenações porórgãos colegiados (mais de umjuiz) não podem se candidatarnas eleições. Em Alagoas, os prin-cipais atores envolvidos na lutapela aprovação comemoraramo resultado da decisão do Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE) queapontou para validade aindaneste ano. Com isso, políticoscondenados pela Justiça em de-cisão colegiada em processos

ainda não concluídos não pode-rão ser candidatos no pleito deoutubro.

O JORNAL procurou repre-sentantes de entidades da socie-dade civil e de instituições públi-cas para conversar sobre a deci-são do TSE. Eles acreditam quea lei vai ajudar a aprimorar oprocesso eleitoral.

Segundo o conselheiro na-cional da Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB), Paulo Brê-da, a Lei do Ficha Limpa, vaimoralizar o processo eleitoralbrasileiro. Ele explicou queagora para disputar eleições seránecessária a apresentação de do-cumentos que comprovem aidoneidade do candidato. Brêda

analisou que os deputados in-diciados na Operação Taturanapodem concorrer à reeleição oua outros cargos por não teremsido julgados. No máximo elespodem perder os cargos porquebra de decoro quando já es-tiverem eleitos.

Para o advogado Adriano Ar-golo, coordenador do Movimen-to Social de Combate à Corrup-ção (MSSC), o TSE foi constitu-cional e coerente ao decidir pelavalidade a partir deste ano. “Foiuma modernização. Não pode-mos ser representados por pes-soas com pendências judiciais”,avaliou. Argolo foi um dos pri-meiros a dizer que a lei iria re-troagir para pegar quem já come-

teu crimes. “Diferente das gran-des bancas, eu estava certo. Falosem interesses partidários, combase em jurisprudências e muitoestudo”, contou.

Para o procurador-geral deJustiça, Eduardo Tavares, foi apressão popular que garantiu aaprovação e a sanção da lei comrapidez. Ele chamou atenção quea lei poderia ter sido ainda maisdura com os maus políticos, atin-gindo aos condenados em 1ºgrau. Tavares comemorou o re-sultado dizendo que a socieda-de está avançando. “Foi uma me-dida muito boa, mas muito tí-mida. Mesmo assim, foi umagrande vitória da sociedade e doMinistério Público”, afirmou.

AA33Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Contexto

EXPRESSASNesta segunda-feira, 14, será realizado o 3º Congresso

da Federação das Associações Comerciais e o 9º EncontroEstadual do Programa Empreender.

A candidata do governo à Reitora da Universidade Estadual(UNEAL), Laudireje Fernandes, perdeu a eleição.

Cinco mil e trezentos candidatos disputam as 2,4 milvagas no vestibular 2010.2 do Centro Universitário Cesmac,que se realiza neste domingo, 13.

Dia 26 tem o Forrogaço do povoado Piau, pertencente aPiranhas, com direito ao forró Cavalo de Pau.

O Instituto do Meio-Ambiente informa que a presen-ça de coliformes fecais nas Praias de Pajuçara, PontaVerde, Jatiúca, Cruz das Almas e Jacarecica está alta.

Mas, é na Praia da Avenida onde a situação é mais crítica.Lá, foram coletadas amostras que revelaram a maior presença decoliforme fecal por mililitro.

Roberto Vilanova - [email protected]

BOLA DE FUNDO

Até o final do mês muita bola vai rolar na África, com a Copado Mundo de Futebol, e também em Alagoas com as jogadaspolíticas visando-se a eleição de outubro.

Dá-se a trégua na política, porque a experiência recomen-da não perturbar o momento em que o eleitor quer ser apenastorcedor.

Tirá-lo da jogada da Copa do Mundo para trazê-lo para asjogadas políticas não dá certo, e quem tentar se dará mal.

Sendo assim, qualquer pesquisa de intenção de voto reali-zada nesse período é um erro cometido por neófito ou perdulá-rio.

Aliás, todas as pesquisas realizadas até agora revelaram queapenas uma minoria do eleitorado já sabe em quem vai votar.

A grande maioria não se decidiu ou não quis dizer.E se muita novidade pode vir dos jogos na África, com a queda

de uns e a ascensão de outros, também aqui no jogo da políti-ca muita coisa pode acontecer até o final da Copa do Mundo.

Só uma coisa nesses jogos é comum: aqui, como lá, não ha-verá empate na final.

MUDOS

Os senadores RenanCalheiros (PMDB) eFernando Collor (PTB), e opré-candidato a governadorRonaldo Lessa (PDT) viaja-ram juntos no mesmo heli-cóptero na comitiva do pre-sidente Lula. Mas não fala-ram sobre eleição.

NA LUTA

O pré-candidato a go-vernador Ronaldo Lessa(PDT) se mantém firme edesmente o boato de quevai se candidatar à CâmaraFederal. “Nossa candidatu-ra ao governo do Estadopassa pelo PDT e porBrasília”, lembrou.

MOTIVO

O senador FernandoCollor (PTB) saiu em defesado governo Lula, para ex-plicar o motivo do atraso naliberação dos recursos doPAC. Collor disse que oproblema é a falta de proje-tos e culpou os Estados emunicípios.

CONSELHO

- “Todos querem dinhei-ro do PAC, mas poucosapresentam projetos” – dis-parou o senador FernandoCollor. Ele sugeriu aos pre-feitos que contratem urgen-temente engenheiros espe-cialistas na elaboração deprojetos.

CADÊ?

O empresárioGermam Efromovich estádisposto a investir 300milhões de dólares paradar o pontapé inicial dasobras do estaleiro deCoruripe. Ele disse issopara o ex-deputado fede-ral João Caldas.

DA LUZ

A Eletrobrás Distribui-dora, ex-Ceal, garante dis-por de 215 técnicos de plan-tão em todo o Estado paraagirem no caso de corte nofornecimento de energiaelétrica durante os jogos daSeleção Brasileira, na Copado Mundo de Futebol.

CEDO

Até agora, 55% dos elei-tores alagoanos não decidi-ram em quem vão votar.Daí, o ex-deputado federalJoão Caldas sugere não gas-tar dinheiro com pesquisasagora. Para Caldas, pesqui-sa só depois da Copa doMundo.

NOVIDADES

Com bagagem de váriaseleições, João Caldas adver-te também que até o finaldo mês muita coisa vaiacontecer. E aponta o fatode nenhum dos três candi-datos ao governo ter aindaescolhido o vice de suachapa. “Por quê?”

PLANALTO CENTRAL

- “Qualquer mudança tem que vir como proposta deBrasília” – insiste o pré-candidato a governadorRonaldo Lessa. E o PDT e o Planalto o querem candida-to a governador.

PREMEDITANDO O BREQUE

Collor revelou que a falta de saneamento e de água po-tável são as causas de 80% das doenças de quem procuraatendimento do SUS.

ARRASTÃO FEDERAL

O deputado Paulão (PT) defende a formação de um“chapão” na Frente de Oposição, mas apenas para aCâmara Federal.

DISK VAGA LUME

Exceto por acidente ou tempestade, a Eletrobrás ga-rante que não vai faltar energia elétrica. E qualquercoisa é só ligar. Quer o telefone? Tome: 0800-082-0196.

Para Paulo Brêda, integrante do Conselho Nacional da OAB, lei vai moralizar o processo eleitoral brasileiro

Procurador-geral de Justiça Eduardo Tavares avalia que pressão popular agilizou aprovação e sanção

Adriano Argolo, do MSCC, acredita que TSE foi constitucional e coerente em decisão sobre o texto legal

Entenda como funciona esta leiALei da Ficha Limpa impede

a candidatura de cidadãos con-denado em decisão colegiada(mais de um juiz) por crimes con-tra a administração pública, osistema financeiro, ilícitos elei-torais, de abuso de autoridade,prática de lavagem de dinheiro,tráfico de drogas, tortura, racis-mo, trabalho escravo ou for-mação de quadrilha.

Apesar das restrições, umdispositivo na lei garante a ob-tenção do registro no caso deuma liminar favorável dos Tribu-nais Superiores. Neste caso, ojulgamento do processo do can-didato ganha prioridade em suatramitação na Justiça.

Sanada a dúvida quanto àaplicação da Ficha Limpa paraa próxima eleição, ainda restam

questionamentos sobre o seualcance. O TSE não respondeuse ficará inelegível somentequem foi condenado após apromulgação da lei, ou tambémaqueles que já possuem conde-nação. O esclarecimento sobreo tema pode ser feito pelopróprio TSE numa outra con-sulta ou no Supremo TribunalFederal (STF). (A.H.L.)

Longo caminhoaté regulamentação

A Campanha Ficha Lim-pa foi lançada em abril de2008 com o objetivo de mel-horar o perfil dos candidatose candidatas a cargos ele-tivos do país. Para isso, foielaborado um Projeto de Leide iniciativa popular sobre avida pregressa dos can-didatos para tornar maisrígidos os critérios de in-elegibilidades, ou seja, dequem não pode se candi-datar. O PL foi votado eaprovado no Congresso Na-cional, sendo em seguidasancionado imediatamentepelo presidente Lula, pas-sando a valer em todas aseleições brasileiras.

Antes disso, vale lembrarque no dia 29 de setembro de2009, o Movimento de Com-bate à Corrupção Eleitoral(MCCE) entregou ao presi-dente da Câmara dos Depu-tados, Michel Temer, o Projetode Lei de iniciativa popularteve mais de 1,3 milhão deassinaturas, o que corres-ponde à participação de 1%do eleitorado brasileiro.

A iniciativa do MCCEem lançar essa Campanhasurgiu de uma necessidadeexpressa na própria Consti-tuição Federal de 1988, quedetermina a inclusão denovos critérios de inelegi-

bilidades,cons ide -rando a vi-da pre-gressa doscandida-tos. Assim,o FichaLimpa al-terou a LeiComple -mentar nº64, de 18de maio de

1990, já existente,chamada Lei das Inelegibi-lidades, aumentando as si-tuações que impedem o re-gistro de uma candidatura,incluindo pessoas conde-nadas em segunda instânciaem virtude de crimes gravescomo: racismo, homicídio,estupro, tráfico de drogas edesvio de verbas públicas.

Agora essas pessoas de-vem ser preventivamenteafastadas das eleições ateque resolvam seus proble-mas com a Justiça Criminal;Parlamentares que renun-ciaram ao cargo para evitarabertura de processo porquebra de decoro ou pordesrespeito à Constituição efugir de possíveis punições;O Ficha Limpa tambématinge pessoas condenadasem representações por com-pra de votos ou uso eleitoralda máquina administrativa.

Além disso, a nova leg-islação estende o períodoque impede a candidatura,que passa a ser de oito anos.Fora que torna mais rápidoos processos judiciais sobreabuso de poder nas eleições,fazendo com que as decisõessejam executadas imediata-mente, mesmo que aindacaibam recursos. (A.H.L.)

Projeto de

Lei de

Iniciativa

Popular teve

mais de 1,3

milhão de

assinaturas

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AMANHÃ

CNJ completa cinco anose anuncia novos projetos

O presidente do ConselhoNacional de Justiça (CNJ), mi-nistro Cezar Peluso, anunciaamanhã uma série de projetose programas a serem realiza-dos pelo órgão. O anúncio seráfeito a partir das 14 horas, du-rante a 107ª sessão plenária doConselho. Os projetos fazemparte do planejamento estraté-gico do CNJ que, segundo oministro Cezar Peluso, está“predestinado a conceber e aexecutar políticas nacionais defortalecimento do Poder Ju-diciário”. Asessão plenária co-meça às 9 horas da manhã,com o julgamento de 26 itensque estão na pauta.

A 107ª sessão plenária doConselho será realizada na se-gunda-feira devido ao aniver-sário dos cinco anos de insta-lação do CNJ. Tradicional-mente a sessão acontece àsterças-feiras a cada 15 dias.Durante a sessão, os conselhei-ros vão analisar 26 itens queestão incluídos na pauta dejulgamentos. Além disso, de-verão ser assinados termos decooperação técnica para execu-ção de novos projetos e pro-gramas.

Entre os itens constantesda pauta de julgamentos estãoa proposta de resolução sobreprecatórios e pareceres de mé-rito sobre a criação de novasvaras do trabalho, cargos dejuiz do trabalho e para servi-dores. Os conselheiros analisa-rão, ainda, um procedimentode controle administrativo re-ferente a pagamento de auxí-

lio moradia aos magistradosde Santa Catarina(2008.30.00.000002-4) e a rati-ficação de pedido de liminarconcedida em procedimentono qual o Conselho da Ordemdos Advogados do Brasil e aseccional da Paraíba pedem asuspensão da portaria conjun-ta 001/205 da 7ª Vara da SeçãoJudiciária da Paraíba (0003151-52.2010.2.00.0000).

A proposta de resoluçãosobre precatórios deve serapresentada pelo conselheiro

Ives Gandra, relator da minu-ta. O texto pretende regula-mentar a gestão dos precató-rios no âmbito do PoderJudiciário. De acordo com oministro Ives Gandra, o textofoi elaborado com o objetivode orientar os tribunais a uni-formizar e acelerar a liberaçãode recursos aos credores. Aproposta de resolução foi ela-borada seguindo as alteraçõesintroduzidas com a EmendaConstitucional 62, publicadaem dezembro de 2009.

Lei Maria da Penha é objeto de ADICom o objetivo de afastar a

aplicabilidade da Lei dosJuizados Especiais (9.099/95)aos crimes cometidos no âm-bito da Lei Maria da Penha(11.340/2006), bem como paradeterminar que o crime delesão corporal de natureza levecometido contra mulher sejaprocessado mediante ação pe-nal pública incondicionada, oprocurador-geral da República,Roberto Gurgel, propôs AçãoDireta de Inconstitucionalidade(ADI) 4424, com pedido de me-dida cautelar, no Supremo Tri-bunal Federal. O relator é o mi-nistro Marco Aurélio Mello.

O pedido do procurador-geral está fundamentado na ne-cessidade de se dar interpreta-ção conforme a Constituiçãoaos artigos 12, inciso I; 16 e 41da Lei Maria da Penha. Naação, ele ressalta que essanorma “foi uma resposta a um

quadro de impunidade de vio-lência doméstica contra a mu-lher, gerado, fortemente, pelaaplicação da Lei 9.099”.

Roberto Gurgel salientaque, após a edição da Lei11.340, duas posições se forma-ram a respeito da forma de açãopenal relativa ao “crime de le-sões corporais leves praticadocontra a mulher no ambientedoméstico: pública condiciona-da à representação da vítimaou pública incondicionada”.

O procurador-geral afirmaque a única interpretação com-patível com a Constituição e ofim da norma em tela é a de seutilizar ao crime cometido con-tra a mulher a ação penal pú-blica incondicionada. Caso con-trário, ressalta a ADI, estaria autilizar a interpretação que im-porta em violação ao “princípioconstitucional da dignidade dapessoa humana, aos direitos

fundamentais da igualdade, àproibição de proteção deficien-te dos direitos fundamentais eao dever do Estado de coibir eprevenir a violência no âmbitodas relações familiares”.

De acordo com Gurgel, a in-terpretação que condiciona àrepresentação o início da açãopenal relativa a crime de lesãocorporal de natureza leve, pra-ticado em ambiente domésti-co, gera para as vítimas dessetipo de violência “efeitos des-proporcionalmente nocivos”.Roberto Gurgel afirma que nocaso de violência doméstica,tem-se, a um só tempo, graveviolação a direitos humanos eexpressa previsão constitucio-nal de o Estado coibir e preve-nir sua ocorrência.

“A opção constitucional foiclara no sentido de não se tra-tar de mera questão privada”,afirma Gurgel.

Capacitação de equipe para o PJeO Conselho Nacional de

Justiça começa, nos próximosdias, a capacitar uma equipeque trabalhará no desenvolvi-mento e manutenção do Pro-cesso Judicial Eletrônico (PJe).Desenvolvido pelo TribunalRegional Federal (TRF) da 5ªRegião com o apoio do CNJ, osistema ainda está em fase deaperfeiçoamento e, quando es-tiver finalizado, poderá ser uti-lizado para qualquer tipo deprocesso judicial. Desde abril,oPJe está funcionando em trêsvaras cíveis de Natal (RN), comoprojeto piloto, mas a ideia é que,futuramente, seja expandido aoutros estados e ramos doJudiciário. O primeiro curso serárealizado no Laboratório de

Informática do Tribunal deContas da União, em Brasília, deamanhã até a próxima sexta-feira.

O grupo capacitado atuarácomo multiplicador em suas re-giões, além de realizar ativida-des de manutenção, acompa-nhar o desenvolvimento feitopelas fábricas contratadas e im-plantar mudanças necessáriasao sistema PJe. A formação éresultado de um termo de coo-peração técnica firmado entre oCNJ, Conselho da JustiçaFederal (CJF), os cinco TribunaisRegionais Federais, os 15Tribunais de Justiça, o Tribunalda Justiça Militar de MinasGerais e toda a Justiça doTrabalho. Visa à conjugação de

esforços para o desenvolvimen-to de um sistema de processojudicial eletrônico.

O sistema será utilizado emtodos os procedimentos judi-ciais do Poder Judiciário, come-çando pelo desenvolvimentodas funcionalidades básicas quecontemplam as atividades es-senciais à tramitação de proces-sos em varas cíveis, como tabe-las processuais básicas, numera-ção, validação, distribuição, au-diências, perícias, entre outras.

O curso é gratuito e volta-do para servidores da área deTI do CNJ e dos tribunais quefazem parte do projeto. Nesseprimeiro curso serão treinadosservidores do Tribunal Su-perior do Trabalho (TST),Conselho Superior da Justiçado Trabalho (CSJT), TRF da 5ªRegião e Tribunais de Justiçado Rio Grande do Sul, Per-nambuco, Rondônia e MatoGrosso. Aprimeira turma serácomposta de 17 servidores,todos indicados pelas áreas aserem treinadas.

PEC 300: deputado recorre ao SupremoParlamentar quer garantir que votação seja finalizada; relator do Mandado de Segurança é o ministro Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendesé relator do Mandado deSegurança (MS) 28882 impetra-do no Supremo TribunalFederal (STF) pelo deputadofederal Lucínio Castelo deAssumção (Capitão Assumção,PSB-ES) contra o presidente daCâmara dos Deputados. Na pe-tição, ele pede que o Supremodetermine a volta da Propostade Emenda à Constituição(PEC) 300/2008 à Ordem doDia, para que sua votação sejafinalizada.

A PEC estabelece que a re-muneração dos policiais milita-res dos estados não poderá serinferior à da Polícia Militar doDistrito Federal, com efeitos ex-tensivos aos integrantes doCorpo de Bombeiros Militar eaos inativos dessas categorias.O deputado recorreu ao STF

argumentando que, de acordocom o Regimento Interno daCâmara, a PEC não poderia tertido a votação interrompidaapós a aprovação, em primei-ro turno, de 393 parlamentaresao texto principal e a aprovaçãode um dos cinco destaques.

O regimento da Casa dizque a votação só poderá ser in-terrompida por falta de quó-rum (artigo 181), mesmo queisso cause a prorrogação da ses-são, e que as PECs têm prefe-rência na pauta de votações emrelação à tramitação ordinária(artigo 191, I).

Capitão Assumção infor-mou, ainda, que mesmo apósrequerimento subscrito pormais de 320 deputados, dentreos 513 membros, para que a de-liberação aconteça, “a matériavem sendo sistematicamente

retirada da pauta de votaçãoda Casa”. O responsável pelaelaboração da pauta é sempreo presidente da Câmara, porisso ele é a autoridade aponta-da como coatora pelo MS28882.

O parlamentar justificou aurgência do pedido de liminarlembrando que a legislatura de2007/2011 caminha para o fime que, por isso, a PEC corre orisco de ser arquivada sem asvotações necessárias (são ne-cessários dois turnos naCâmara e dois no Senado).“Não há razão ética ou práticaque justifique esta omissão, emespecial no Legislativo, pauta-do pelo princípio da propor-cionalidade e respeito às diver-sas opiniões políticas”, susten-tou Capitão Assumção, no textoprotocolado no Supremo.

AA44 Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Capitão Assumção justificou urgência de liminar lembrando que legislatura 2007/2011 caminha para o fim

Procurador-geral da República Roberto Gurgel lembra que lei foi “resposta a um quadro de impunidade”

Presidente do CNJ, Cezar Peluso, anuncia amanhã novos projetos

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JORNALO JORNALO

Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] AA55

Na avaliação do senador Álvaro Dias, o eleitor brasileiro está consciente da importância do voto, por isto ele deve deixar de ser obrigatório

ELEITORES OPINAM

Educação deve ser a quarta prioridade do novo presidenteAgência Brasil

Aeducação aparece como aquarta área que, segundo os elei-tores, merece receber mais aten-ção do próximo presidente daRepública - perde apenas paraa saúde, a segurança pública eo emprego. É o que aponta umapesquisa divulgada na últimaquarta-feira pelo Instituto PauloMontenegro (IPM), do Ibope, apedido do movimento Todospela Educação.

O estudo constata que a edu-cação ganhou importância parao eleitor desde o último pleitoem 2006, quando ocupava o 7°lugar nesse ranking. Para a di-retora executiva do MovimentoTodos pela Educação, PriscilaCruz, o resultado indica que obrasileiro passou a priorizar asáreas de resultado a longoprazo. “Pesquisas semelhantesmostram que essa crescida daeducação é consistente, ano a

ano ela galga uma posição. Essamensagem é muito importan-te”, disse.

Os 2 mil eleitores entrevis-tados destacaram como pon-tos fortes da educação básica amerenda escolar (29%), o nú-mero de escolas e de vagas exis-tentes (25%) e o material didá-tico (25%). Entre os pontos fra-cos estão o salário do profes-sor (46%), a segurança nas es-colas (46%) e a qualificação docorpo docente.

Os entrevistados tambémelegeram as medidas que ospróximos governantes devempriorizar para melhorar a edu-cação pública no país. No topodas necessidades está melhoraro salário do professor (41%),equipar melhor as escolas jáexistentes (29%), criar escolasprofissionalizantes (28%) e me-lhorar a segurança nas unidadesde ensino (28%). Cada entrevis-tado podia escolher três opções

em uma lista de 16 medidas.Para a diretora executiva do

IPM, Ana Lucia Lima, o resul-tado da pesquisa revela umamaturidade maior do eleitor.“Isso é uma evolução importan-te em relação aos momentos an-teriores, quando a populaçãopensava que só era precisa cons-truir escola e quase que se es-quecia do capital humano, quetalvez seja o mais importantede tudo”, afirmou.

O estudo também mostraque o brasileiro está dando maisimportância à questão da ava-liação do ensino. Em 2006, 29%dos entrevistados disseram nãoconhecer os exames que ava-liam a educação básica, índiceque caiu para 13% em 2010.

Ana Lucia destaca outra in-formação importante na pes-quisa. Em 2006, 10% dos entre-vistados não sabiam dizer dequem era a responsabilidadepela educação básica, taxa que

caiu para 1% em 2010. Para 55%dos entrevistados, quem maiscontribui para a qualidade daeducação foi o governo fede-ral, seguido pelos municípios eos estados.

A diretora executiva doMovimento Todos pelaEducação, Priscila Cruz, acre-dita que a pesquisa mandaum recado claro aos candida-tos a cargos eletivos em dife-rentes níveis de que é precisoapresentar propostas consis-tentes para a área de educa-ção. “Nós esperamos que oscandidatos entendam o que apopulação está dizendo. Aeducação é uma agenda cadavez mais importante que en-costou em áreas que historica-mente eram prioritárias comoa saúde e a segurança. O bra-sileiro está entendendo que aeducação no final das contasé o que é capaz de mudar opaís”, afirmou.

7,7%

Definição sobre reajuste dosaposentados fica para terça-feiraAgência Brasil

A definição sobre a sançãoou veto à medida provisória(MP) que concede reajuste de7,7% às aposentadorias acimado salário mínimo deveráocorrer na próxima terça-feira,quando se encerra o prazo devalidade da MP. A medidaprovisória também prevê ofim do fator previdenciário.

O presidente Luiz InácioLula da Silva pretende termais uma reunião com os mi-nistros da área econômicapara discutir o assunto. A pro-posta do governo era de con-ceder aumento de 6,14% paraos aposentados que recebemacima do salário mínimo.

O assunto foi tratado sex-ta-feira durante a reunião decoordenação, da qual parti-

ciparam, além de Lula, ovice-presidente, José Alen-car, e os ministros daFazenda, Guido Mantega, doPlanejamento, Paulo Ber-nardo, da Previdência Social,Carlos Gabas, de RelaçõesInstitucionais, AlexandrePadilha e Luiz Dulci, daSecretaria-Geral da Presi-dência da República.

Embora assessores do go-verno pressionem pela manu-tenção do reajuste, o presi-dente avalia que isso seria umrisco para a imagem de aus-teridade da sua gestão numano eleitoral, segundo expli-cou Gabas.

No encontro também foidiscutida a aprovação pelo

Senado das matérias relati-vas ao pré-sal. Lula teria co-memorado a aprovação dosprojetos de lei que tratam dapartilha, da capitalização daPetrobras e da criação doFundo Social.

Em relação à mudança noregime de distribuição dosroyalties, Lula teria demons-trado preocupação. A expec-tativa do governo, agora, éque haja uma reviravolta naCâmara. Como a matéria foimodificada pelos senadores,ela terá que ser novamenteapreciada pelos deputados,onde o relator da propostaserá o ex-ministro da Fa-zenda, Antonio Palocci (PT-SP).

Faltosos não são punidos em 17 países

Estudo do Instituto Interna-cional para Democracia e Assis-tência Eleitoral (Idea, na sigla eminglês), com sede na Suécia, in-dica que os países que adotam ovoto obrigatório estão em mino-ria. Há cerca de cem países comcaracterísticas que permitem clas-sificá-los como democráticos, emalgum grau. O voto obrigatóriosó existe em 38 países, mas em17 desses não há nenhuma pu-nição a quem deixa de votar.Assim, o caráter compulsório émeramente formal.

Na análise da lista dos 38também devem ser considera-das particularidades de paísesque nela figuram, como osEstados Unidos, onde o voto sóé obrigatório no estado da Geór-gia (sem sanções) e a Suíça, ondesó o cantão de Schaffhausen temessa regra. Na Áustria, o voto éobrigatório em três regiões: Tirol,Vorarlberg e Styria. Na França,só é compulsório nas eleiçõespara o Senado, assim mesmosem sanções.

No final das contas, restam os17 países que têm o voto obri-gatório com previsão de sançõespara os faltantes, como o Brasil.O estudo foi atualizado emmarço de 2009. Uma nota expli-cativa revela como é difícil ma-pear essa questão, pois a própriadefinição de obrigatoriedade, naprática, pode ser relativizada.

No Brasil, por exemplo, ovoto seria de fato obrigatório, jáque não há impedimentos parase justificar a ausência e, em úl-timo caso, pode-se pagar umamulta de baixo valor e assim re-gularizar a situação?

“Em termos técnicos, o Brasil

é classificado como um país emque o voto é obrigatório, masefetivamente o voto não é obri-gatório. O que é obrigatório é ocompromisso com a JustiçaEleitoral”, analisa o cientista po-lítico Humberto Dantas, conse-lheiro do Movimento VotoConsciente.

Por outro lado, havendo anecessidade de manter regular asituação junto à Justiça Eleitoral,seja pela justificativa de ausênciaou com o pagamento de multa,é mais simples para a maioriadas pessoas se dirigir à seção devotação no dia da eleição, paranão ter de enfrentar a burocraciadepois.

BRANCOS E NULOS - Deacordo com o Idea, “está prova-do que forçar a população a votarresulta em um aumento do nú-mero de votos nulos e brancosem comparação com países quenão têm leis de voto compulsó-rio”. A tentativa de diminuir oabsenteísmo por meio da obriga-toriedade se reverteria nessaoutra forma de não participação.

Nas últimas eleições presi-denciais brasileiras, em 2006, nosegundo turno, de acordo com oTribunal Superior Eleitoral (TSE),18,9% dos eleitores faltaram aocompromisso com as urnas, 1,3%votaram em branco e 4,71% anu-laram o voto. No caso da eleiçãopara governador, os votos nuloschegaram a 8,4% e os em bran-co a 1,8%.

Somadas as faltas com osvotos nulos e brancos, um quar-to dos eleitores deixou de mar-car posição em favor de algumcandidato à Presidência.

Propostas instituem voto facultativoFim do voto obrigatório é alvo de quatro sugestões de emenda à Constituição em análise na CCJ do Senado

Agência Senado

ACCJ (Comissão de Consti-tuição e Justiça) do Senado aindatem na lista de matérias queaguardam decisão quatro pro-postas que alteram a Consti-tuição para introduzir o voto fa-cultativo, para todos os eleitoresou, no caso da PEC 1/09, do se-nador Mozarildo Cavalcanti(PTB-RR), apenas para as pes-soas com deficiência ou dificul-dade de locomoção.

O voto facultativo geral é as-sunto das PECs 39/04, do ex-senador Sérgio Cabral, e 28/08,da Comissão de Direitos Huma-nos e Legislação Participativa(CDH), que acatou sugestão daAssociação Comunitária de Cho-nin de Cima, de GovernadorValadares (MG).

Por sua vez a PEC 14/03, dosenador Alvaro Dias (PSDB-PR),pretende retirar a questão dotexto constitucional, transferindo-a para a legislação ordinária.Assim seria mais fácil mudarpara o voto facultativo.

“O país já amadureceu sufi-cientemente para instituir o votofacultativo. O eleitor está prepa-rado para essa nova fase de liber-dade. Isso valoriza o eleitor e oprocesso eleitoral”, afirmaAlvaro Dias.

Para o senador, cabe à classe

política estimular o eleitor a par-ticipar das eleições, evitando-seas altas taxas de absenteísmo quenormalmente ocorrem em paísesem que o voto não é compulsó-rio.

“Nós temos de assumir umaposição motivadora do eleitora-do e dar liberdade para o eleitornão votar. O voto espontâneo émais consciente”.

Já para o senador CristovamBuarque (PDT-DF), o voto facul-tativo “aumenta a alienação” eprivilegia o eleitorado de maiorpoder aquisitivo.

“O voto facultativo eliminado exercício do voto as pessoasque têm dificuldade de se loco-mover. Vai passar a ser a votaçãode quem tem carro. O voto obri-gatório favorece a participaçãoda população de baixa renda ede baixo nível de informação, eé importante que ela participe”,argumenta.

O relator das quatro pro-postas, que tramitam juntas,Demostenes Torres (DEM-GO), apresentou relatório pelarejeição delas. Para ele, o fimdo voto obrigatório “nunca foiobjeto de campanha convin-cente e consistente por parteda sociedade brasileira” e o as-sunto deve ser tratado dentrode uma “ampla reforma políti-co-partidária”.

Nacional

Gabas indica que Lula vetará MP

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JORNALO JORNALO

Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

OpiniãoO assassinato da advogada paulista Mércia

Nagashima trouxe à tona novamente um assuntomuito conhecido de milhares de mulheres em todo oBrasil: a violência doméstica. Todos os dias, em todosos cantos do País, diversas mulheres apanham deseus namorados ou maridos e silenciam para ocrime. O caso que aconteceu em São Paulo aindaquebra um paradigma e chama a atenção para vio-lência contra mulheres de classe média, que na maio-ria das vezes são agredidas e não denunciam.

Os amigos e familiares da vítima revelaram queela apanhava constantemente do namorado, um ex-policial que, ao se formar em Direito, largou a fardae passou a advogar ganhando dinheiro, melhorandoo padrão de vida. No silêncio, ela evitava expor a re-lação conjugal e violenta em uma delegacia e garan-tia a impunidade do agressor. Tudo encoberto poruma gama de pessoas que hoje choram a morte trá-gica da filha, amiga ou irmã.

Casos como esses precisam ser combatidos paraserem evitados. E as mulheres contam com um alia-do muito forte: a Lei Maria da Penha. Em quatroanos de vigência da lei, o processo de sua implemen-tação ainda está só começando, com avanços, obstá-culos e desafios. A mudança estrutural nas dinâmi-cas institucionais e em comportamentos culturaisque a lei reflete e invoca não se opera em curto prazo,mas trazem resultados importantes.

Fora isso, as mulheres podem utilizar o telefone180 para denunciar as agressões, rompendo comparadigmas tradicionais e dando maior ênfase àprevenção, à assistência e à proteção às mulheres eseus dependentes em situação de violência. Ao mes-mo tempo, essa atitude fortalece a ótica repressivacolocando atrás das grades aqueles que se aprovei-tam da força física ou da situação financeira paraoprimir aquele que, há muito tempo, não é mais osexo frágil.

Violência doméstica

Ponto de vista

San

Na última semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica – IBGE – confirmou em números o que todos – empresários,trabalhadores, governo e o mercado – já sentiam no seu cotidiano.Um crescimento recorde do Produto Interno Bruto, que é a somadas riquezas produzidas por um País. O PIB brasileiro registrouum crescimento de 9% no primeiro trimestre de 2010 comparadoao mesmo período de 2009. Trata-se da maior alta em 15 anos.

A expansão recorde da economia aproximou o Brasil do pata-mar de outros países emergentes que respondem pela sigla Brics –Brasil, Rússia, Índia e China –, que já divulgaram desempenho noprimeiro trimestre:China (11,9%, na taxa anualizada) e Índia (8,6%).

O maior destaque no crescimento foi da indústria, com umaexpansão de 14,6% em relação ao primeiro trimestre do ano passa-do. Os investimentos também surpreenderam e cresceram 26%comparados ao primeiro trimestre de 2009. É o maior percentualdesde 1995. Já o setor de serviços avançou 5,9% e a agropecuáriacresceu 5,1%.

O consumo das famílias, principal componente das contas bra-sileiras pelo lado da demanda aumentou 9,3%. Em 12 meses atémarço deste ano, o consumo das famílias acumula alta de 6,0%.

Um dos dados mais relevantes da pesquisa do PIB gigante reg-istrado pelo Brasil no primeiro trimestre de 2010 é o aumento doritmo dos investimentos. São estes investimentos – já feitos – quegarantirão, no futuro, um crescimento sustentável e, o principal,sem inflação.

A forte expansão brasileira equivale a um crescimento anual-izado de 11,2%, mesmo resultado da China no trimestre. O cálculoé uma simulação de qual seria a expansão do PIB caso os 9% decrescimento se mantivesse ao longo de um ano. Como a frequênciadeste ritmo forte é improvável, o crescimento do Brasil deve ficarmesmo entre 7 % e 7,5%.

Atrás da matemática complexa do cálculo do PIB, estão maisempregos, aumentos salariais acima da inflação, distribuição derenda e mais dignidade para os brasileiros. Os resultados sócio-econômicos do Brasil estão surpreendo o mundo e nós do PMDBtemos muito orgulho em ter podido contribuir com a proliferaçãode números tão espetaculares. Devemos prosseguir namanutenção deste ciclo virtuoso.

“Mais empregos, aumentos salariaisacima da inflação, distribuição de rendae mais dignidade para os brasileiros”

Renan Calheiros

Senador e líder da bancada do PMDB

O crescimentogigante do Brasil

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Assinaturas em outros estados:Anual - R$ 560,00 / Semestral - R$ 280,00

Marcial LimaProfessor

Construindonovossentidos “A cidade é o lugaronde seres humanos

elaborammodos de

pensar”

Quando uma pretendente àpresidência da República, du-rante entrevista de expressãonacional, onde se focaliza asmais significativas questõespara o desenvolvimento doPaís, sem ser perguntada, tomaa iniciativa de destacar o papelda cultura em termos de desen-volvimento humano, podemospensar na concretização de mu-danças essenciais, que nos tra-zem outros fundamentos, alte-ram conceitos e propiciamnovos paradigmas.

Foi o que aconteceu na re-vista Carta Capital desta sema-na. Falava-se de reforma da Pre-vidência, das matrizes energéti-cas, do PIB, de erradicação damiséria, quando Dilma Rous-seff, espontaneamente, disse deseu compromisso com o MinC,evidenciando que a política cul-tural ocupará um espaço cadavez maior em seu governo,caso venha a ser eleita.

Para os que acompanhamtodo um processo de feiçãoparticipativa, construído a par-tir de ações consistentes e conti-nuadas, a exemplo do Seminá-rio Projeto Cultural para umGoverno Sustentável, em 1994,onde foi evidenciada a ideia desustentabilidade como buscado equilíbrio humano, propon-do-se governos empenhados namelhoria da qualidade de vidada população; para nós, quenos idos de 2000, participamosativamente na construção dodocumento “Cultura comoInvenção do Futuro”, na defesade uma sociedade solidária,onde o cidadão é a prioridade,a atitude da pré-candidata nãonos causou estranheza.

Durante todos esses anos,em diversos segmentos, vêm-serealizando discussões e debatesque fundamentaram ações con-cretas em diversas cidades bra-sileiras, propiciando a acumu-lação de uma massa crítica, quenos levou ao Programa CulturaViva, com os Pontos de Culturafirmando-se Brasil afora, levan-do os que aspiram cargos elei-torais a serem tocados pela efe-tividade das ações doMinistério da Cultura.

Percebe-se, hoje, como bemfrisou Hamilton Farias, que acidade não é apenas um espa-ço de acumulação de riquezas,de trabalho e de moradia. É,antes de tudo, “o lugar onde aspessoas vivem e buscam novossentidos de vida, o lugar ondeos seres humanos elaboramidentidades, modos de pensar ede sentir”.

Ainda há pouco, MarinaSilva nos falou da transição doEstado provedor - que se limitaa suprir as necessidades básicasda população - para o Estadoindutor, onde o lema “culturapara todos” já não basta, exi-gindo processos de participa-ção, “com todos”, onde gover-no e cidadãos, juntos, se empe-nham na construção de umnovo amanhã.

Como forma educativa e visando orientar os geradores destetipo de resíduo, estamos apresentando algumas consideraçõessobre os mesmos. Esclarecemos que apesar do volume geradopelas grandes obras, a sua destinação final é a Central deTratamento de Resíduos de Maceió, apesar de não observarmos aseletividade na grande maioria das obras. Já os pequenos gerado-res têm causado sérios problemas para o poder público, pois des-cartam aleatoriamente em vários bairros de nossa cidade, forman-do diversos pontos de lixo, trazendo sérias consequências ambien-tais e de saúde pública.

Os resíduos da construção civil são aqueles provenientes deconstruções, reformas, reparos e demolições de obras de constru-ção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos,tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, ro-chas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tu-bulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos deobras, caliça ou metralha.

Estes resíduos são caracterizados em 04 classes, tendo aindadestinação final específica.

Os resíduos de Classe A são os resíduos reutilizáveis ou reciclá-veis como agregados, tais como: de construção, demolição, refor-mas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutu-ra, inclusive solos provenientes de terraplanagem; de construção,demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâ-micos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamas-sa e concreto; de processo de fabricação e/ou demolição de peçaspré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzi-das nos canteiros de obras;

Estes resíduos deverão ser reutilizados ou reciclados na forma deagregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da cons-trução civil, sendo os mesmos dispostos de modo a permitir a suautilização ou reciclagem futura em áreas devidamente licenciadas.

Os resíduos considerados de Classe B são os resíduos reciclá-veis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão,metais, vidros, madeiras e outros.

Estes resíduos deverão ser reutilizados, reciclados, devidamen-te armazenados de forma temporária, podendo ser posteriormentecomercializados com empresas de reciclagem ou doados para coo-perativas ou associações de catadores.

Os resíduos de Classe C, que sãos os resíduos para os quaisnão foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economica-mente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, taiscomo os produtos oriundos do gesso, deverão ser armazenados,transportados e ter um destino final de acordo com as especifica-ções técnicas.

Os resíduos considerados como perigosos são integrantes daClasse D, sendo aqueles oriundos do processo de construção, taiscomo: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminadosoriundos de demolições, instalações industriais e outros.

Este tipo de resíduo pode ser comercializado através de empre-sas credenciadas. No entanto, lembramos que de acordo com otipo da obra a geração desses resíduos é basicamente desprezível.

A destinação final desses resíduos em Maceió deve ser aCentral de Tratamento de Resíduos (aterro sanitário), unidade devi-damente licenciada que tem a condição técnica de proceder à desti-nação final adequada, de acordo com as determinações da Resoluçãodo Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama - nº 307/2002.Ressaltamos que nesta unidade estes resíduos serão reciclados efuturamente reaproveitados em obras estruturantes do município.

No entanto, para melhorar os procedimentos operacionais dacentral de tratamento de resíduos de Maceió, é necessário que osplanos de gerenciamento de resíduos da construção civil sejam efe-tivamente implantados, e que a seletividade seja efetivamente rea-lizada nesta ou naquela obra. Salientamos que o transporte dessesresíduos deve ser feito por empresas devidamente licenciadas,onde conste especificamente na ficha de transporte o nome da em-presa geradora do resíduo, a obra, o endereço, o tipo de resíduotransportado e a qualificação do transportador, sendo atestada adestinação final.

Alder FloresAlder Flores, advogado, químico, esp. em Direito,Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

“O transporte desses resíduosdeve ser feito por empresasdevidamente licenciadas”

Resíduos da construção civile a sua destinação final

“A Copa do Mundo é nossa!” Será? Mais umcampeonato mundial de futebol acontece, e nossaSeleção já se encontra na África do Sul para tentaro hexa. Todavia, diante da escalação do nossotime feita pelo técnico Dunga, muitas dúvidas pai-ram no ar, considerando que jogadores de peso,como Ganso, Nilmar, Ronaldinho Gaúcho, fica-ram de fora. Não entendo de futebol, mas achoque numa disputa de tamanha importância não sepode fazer experiências. E parece que é isso que otécnico da nossa Seleção está fazendo, tentandodescobrir novos talentos para formar o nosso time.

Embora sem entender de futebol, eu adoroCopa do Mundo. Gosto do clima festivo, da em-polgação que toma conta do país, das imagenstransmitidas pela TV, dos estádios lotados e até dobarulho ensurdecedor das cornetas.

Como tudo é possível, a nossa Seleção atépode trazer o hexa. Caso consiga vencer a Copa, omundo se renderá, uma vez mais, ao futebol bra-sileiro, exaltando-o e alegando que, indiscutivel-mente, nós somos os “melhores do mundo”. Aimprensa especializada gritará aos quatro cantosque “o hexa veio na raça, na garra, na aplicaçãotática de um time que é a cara do seu treinador”.Esquecerá as críticas feitas ao carrancudo Dunga,igualando-o a Zagallo ou Beckenbauer (campeõescomo treinadores e jogadores). Concordará, enfim,com Dunga, achando que ele estava certo em nãodar ouvidos aos apelos da torcida, dos especialis-tas e da imprensa em geral, que o criticou ao fazera escalação de nossa Seleção. Achará, inclusive,que o técnico “conseguiu montar um time guerrei-ro, com intransponível zaga, garantindo um meiode campo consistente, provando que o futebolbrasileiro ainda é o melhor do mundo”. E, nofinal, gritará: “Valeu, Dunga!”

Porém, caso o resultado não seja satisfatório(eu torço para que isso não aconteça), os comentá-rios serão bem diferentes. Todos acusarão Dungade “congestionar a nossa seleção de volantes inex-perientes, minando as nossas possibilidades deconquistarmos o hexa”. Dirão ainda que “o que seviu foi um futebol pobre, praticado por jogadoresno ataque, vindos de contusões e um sem númerode cabeças de área, decepcionando com um fute-bol medíocre e enfadonho.”

Este será, certamente, o panorama da impren-sa e dos torcedores, de acordo com o resultadofinal da Copa do Mundo deste ano, na África doSul.

Como dizem que Deus é brasileiro, esperomesmo que seja e torça pelo Brasil, a fim de che-garmos ao tão sonhado hexa, para salvação deDunga e alegria do nosso povo.

Enfim, já se abriram as cortinas e no palco sa-grado do futebol mundial surgirão, no próximodia 15, nossos “artistas” que tentarão oferecer aomundo um grande espetáculo. Nossa expectativaé grande. O Brasil inteiro estará postado à frentedas TVs, sem falar nos brasileiros presentes aosestádios onde se realizará o espetáculo, para em-purrar nossa Seleção, aplaudi-la ou vaiá-la, tudodependendo da atuação dos nossos “meninos”. OBrasil vai ter que passar por uma peregrinação atéchegar na final. A primeira fase não vai ser nadafácil, quando irá enfrentar Portugal e Costa deMarfim... O “gigante adormecido” terá que des-pertar e mostrar ao mundo a sua verdadeira face.Chega de tropeços. O sonho só está começando e,enquanto houver chance, sempre haverá esperan-ça. Afinal, somos o Brasil pentacampeão emcampo, detentor do título de melhor futebol domundo.

Rumo ao hexa

Arlene MirandaJornalista e escritora (membro da AcademiaMaceioense de Letras) / [email protected]

“Como dizem que Deus é brasileiro,espero mesmo que seja e torça pelo Brasil”

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CONTRA O CRIME

Correios poderá exigiro RG de remetentesÚltima Instância

O MPF-DF (MinistérioPúblico Federal no DistritoFederal) entrou na Justiça con-tra a ECT (Empresa Brasileirade Correios e Telégrafos). OMPF quer garantir que os re-metentes ou portadores da cor-respondência sejam obrigadosa apresentar documento deidentificação no momento dapostagem. Amedida é justifica-da pelos constantes casos deutilização dos serviços dosCorreios para o tráfico de en-torpecentes e medicamentosproibidos.

Segundo o site do MPF, aação civil pública cobra, em de-cisão liminar, que a ECT sejaobrigada a registrar o RG, nú-mero de identidade oficial dodespachante, além de dados jáexigidos, como nome e endere-ço. As informações devem seranotadas na embalagem da cor-respondência e lançadas no sis-

tema dos Correios.A ECT alega que a adoção

de tais medidas é inviável de-vido à grande quantidade deencomendas postadas diaria-mente. Para os Correios, a iden-tificação de todos os clientesimplicaria um aumento dotempo de atendimento e docusto dos serviços, com possí-vel aumento de gastos com pes-soal. Outra justificativa da em-presa pública é que os sistemasnão estão preparados para ar-mazenar informações de todosos usuários.

Mas para o MPF, mesmoque ocorra o improvável au-mento de gastos, o dinheiro pú-blico seria poupado. Isso por-que o trabalho preventivo rea-lizado pelos Correios dispensa-ria em grande parte as açõesrepressivas por parte da PolíciaFederal e da Receita Federal,que poderiam concentrar es-forços para a repressão do trá-fico por outros meios.

AA77Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Nacional JORNALO JORNALO

Estatuto da Igualdade Racial vai avotação final quarta-feira no SenadoProjeto que tramita há 7 anos no Congresso visa assegurar direitos dos negros

Agência Senado

Após sete anos de tramita-ção no Congresso Nacional, oSenado poderá aprovar definiti-vamente, esta semana, o Estatutoda Igualdade Racial. O projeto delei (PLS 213/03) do senador PauloPaim (PT-RS) que combate a dis-criminação, garante igualdadede oportunidades e resguardaos direitos étnico-raciais da po-pulação negra será o primeiroitem de pauta de votações daComissão de Constituição, Justi-ça e Cidadania (CCJ) na próximaquarta-feira. Requerimento deurgência deverá ser apresenta-do para que a proposta seja vo-tada pelo Plenário do Senadonesse mesmo dia.

O projeto foi alvo de diver-sas modificações no Senado ena Câmara dos Deputados e se- na avaliação do Paim - não éo projeto ideal, pelo menos re-trata 90% dos anseios das or-ganizações do movimentonegro brasileiro. O ministro daIgualdade Racial, Elói Ferreirade Araújo, também reconheceque a proposta em análise naCCJ reflete o melhor entendi-mento possível em torno do as-sunto. O acerto para apressar avotação do Estatuto da Igual-dade Racial foi feito, na últimaquarta-feira, entre o ministro eos senadores Paim e Demós-tenes Torres (DEM-GO), estepresidente da Comissão deJustiça e relator da matéria.

Demóstenes recomenda, norelatório, a aprovação do substi-tutivo da Câmara ao PLS 213/03com a rejeição integral de quatroartigos e a incorporação de 11emendas de redação. As mudan-ças começam pela ementa do es-tatuto, de onde é retirada a refe-

rência à Lei Eleitoral (Lei nº9.504/97) e ao Código Penal(Decreto-Lei nº 2.848/40).

A medida já elimina dosubstitutivo dois dos quatro ar-tigos rejeitados integralmente.O primeiro deles acrescentavaà Lei Eleitoral a exigência dereserva de 10% das vagas decada partido ou coligação paracandidatos representantes dapopulação negra. O segundomodificava o Código Penal dis-pensando a exigência de repre-sentação do ofendido para pro-cessamento de crimes contra ahonra (injúria, calúnia ou difa-mação) praticados contra fun-cionário público em razão desuas funções.

O relator também defendeua retirada do artigo que estabe-lecia políticas nacionais de saúdeespecíficas para os negros. E jus-tificou sua decisão, no parecer,afirmando tratar-se de um equí-voco usar o conceito de raça paraindicar a predisposição a certasdoenças.

“Trata-se de posição ultra-passada que foi derrubada pelasdescobertas recentes da genéti-ca. Mesmo doenças ditas raciais,como a anemia falciforme, de-correm de estratégias evolucio-nárias de populações expostas aagentes infecciosos específicos.Nada tem a ver com a cor dapele”, sustentou.

O último dispositivo supri-

mido integralmente possibilita-va ao poder público conceder in-centivos fiscais às empresas commais de 20 empregados quemantivessem uma cota mínimade 20% de trabalhadores negros.No entendimento de Demós-tenes, esse benefício poderia es-timular a demissão de trabalha-dores brancos, “muitos dosquais, pobres”.

Ao fazer uma análise geraldo substitutivo da Câmara aoPLS 213/03, entretanto, Demóste-nes classificou as mudanças agre-gadas ao texto original como “re-levantes e adequadas”, incorpo-rando a evolução ocorrida nosdebates travados pela socieda-de no Congresso.

Autor do projeto, o senador Paulo Paim afirma que ele retrata 90% dos anseios dos movimentos negros

SAÚDE DA MULHER

O Ministério da Saúde vai identificar os problemas de saúde mais en-

frentados pelas mulheres da Amazônia Legal e do Nordeste durante e

após a gravidez, além das doenças frequentes em crianças menores de

1 ano. Aproveitando a primeira etapa de vacinação contra a paralisia

infantil, ontem, pesquisadores coletaram informações com as mães que

levaram os filhos aos postos de vacinação.

Elas a responderam um questionário sobre doenças registradas duran-

te a gravidez ou depois do parto e quais cuidados tiveram com os

bebês. Cinco mil profissionais de saúde e estudantes foram mobiliza-

dos para as entrevistas em quase mil postos de vacinação em 255 mu-

nicípios.

A pesquisa integra um pacto firmado entre o governo federal e 17 es-

tados das duas regiões para diminuir a mortalidade infantil em, pelo

menos, 5% até 2011. A ideia era ouvir 26 mil mulheres.

Conduzido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

do ministério e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo deve

ser divulgado no segundo semestre deste ano.

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Fiscalização é feita na fronteira, em Nanyang, na Coreia do Norte

Fábricas ociosas e economia em contração

Mencionando fotos aéreasque revelam chaminés de fábri-cas das quais não sai fumaça,economistas afirmam que cercade 75% das fábricas da Coreiado Norte estão ociosas. Aecono-mia está em contração desde2006, quando Kim Jong-il se re-tirou de negociações internacio-nais cujo objetivo era pôr fim aoprograma de armas nuclearesda Coreia do Norte. ACoreia doSul suspendeu praticamentetodo o comércio, privando onorte de US$ 333 milhões ao anoem vendas de frutos do mar eoutras exportações.

Quando a península corea-na foi divida, em 1945, a Coreiado Sul era mais pobre que o paísvizinho. Agora, o trabalhadormédio sul-coreano ganha 15vezes mais que a média da Co-reia do Norte, com base em da-dos ajustados pelo custo de vida.O número de desertores que con-seguem chegar à Coreia do Sul,passando pela China, vem cres-cendo firmemente há uma dé-cada, e chegou a três mil no anopassado.

Amortalidade infantil e neo-natal subiu em pelo menos 30%,entre 1993 e 2008, e a expectati-va de vida caiu em três anos,

para 69 anos, no mesmo perío-do, de acordo com dados do re-censeamento norte-coreano e doFundo das Nações Unidas paraa População.

O Programa de Alimentosdas Nações Unidas diz que umterço das crianças norte-coreanasde menos de cinco anos sofremde desnutrição. Mais de 25% doshabitantes precisam de assistên-cia alimentar, segundo a agência,mas menos de 6% dos norte-coreanos a receberão este ano,em parte porque os doadores re-lutam em enviar assistência aum país que insiste em desenvol-ver armas nucleares.

Adesvalorização cambial sóagravou o sofrimento. O objeti-vo era desviar os proventos davasta economia paralela daCoreia do Norte - os mercadosde rua - para as empresas esta-tais, que enfrentam séria defi-ciências de caixa.

Os mercados são a únicafonte de renda para muitos nor-te-coreanos, mas eles contrariamo credo de socialismo econômi-co imposto pelo governo. Teo-ricamente, todos os cidadãos, ex-ceto os idosos, os menores deidade e as mães de filhos peque-nos, trabalham para o Estado.

Crianças famintas demais para estudar

Ela lecionou no primeirograu durante 30 anos, emChongjin, a terceira maiorcidade da Coreia do Norte, queabriga cerca de 500 mil habi-tantes. O trabalho em tempointegral que ela fazia no pas-sado, em 2004 passou a en-volver apenas o período matuti-no; as escolas fecham ao meio-dia. Pelo menos 15 de seus 50alunos deixaram a escola ouassistiam apenas à primeirahora de aulas, porque estavamfamintos demais para estudar.

O salário mensal que elaganhava mal bastava para com-prar um quilo de arroz. Mesmodiplomada em uma universi-dade, decidiu tirar sua filha daescola no terceiro ano, em 1998,e a enviou a uma vizinha quepoderia ensiná-la a costurar.

A professora deixou o em-prego em 2004 e começou avender macarrão no principalmercado de Chongjin, um con-junto de barracas e de toldosplásticos, onde camelôs sereúnem para vender princi-palmente produtos chineses,entre os quais pasta de dente,máquinas de costura e DVDsde novelas sul-coreanas proi-bidas.

Mas vender macarrão nãodava muito lucro, e ela foi ten-tar um comércio mais arrisca-do, de mercadorias controladaspelo Estado: pinhas e frutas us-adas em um chá popular. O es-quema desabou em outubro.Depois que ela e seus sócioshaviam recolhido 17 sacos deingredientes em uma aldeia,um guarda em um posto decontrole confiscou todo o ma-terial, em lugar de aceitar umsuborno e deixá-los passar. Aex-professora ficou com US$300 em dívidas.

Como ela, o operário daconstrução, um homem magér-rimo de 45 anos de idade e bomnas contas, calculou que a ini-ciativa privada era a única sal-vação para sua família. Mas,por ser homem, era difícil paraele deixar o emprego oficial.

No papel, conta, ele é fun-cionário de uma construtoraestatal em Chongjin. Mas a em-presa não conta caixa parapagar os funcionários. Por isso,como mais de um terço dosfuncionários, ele paga cerca deUS$ 5 ao mês para bater oponto como funcionário fan-tasma e trabalhar em outrolugar.

População isolada e sem acesso à web

Os norte-coreanos que ja-mais cruzaram a fronteira nãotêm como compreender o graude seu sofrimento. Não existeInternet. Os televisores e rá-dios só recebem canais doEstado. Nem a mulher do diri-gente do partido tem telefone,e lamenta sua falta de contatocom o mundo externo. Aprimeira pergunta que fez emseu contato com um es-trangeiro foi “eu sou bonita?”

No entanto, as informaçõescomeçam lentamente a entrarno país. Comerciantes que visi-tam a China reportam que aspessoas são mais ricas e com-parativamente mais livres, eque os sul-coreanos vivem su-postamente ainda melhor.Alguns dos comerciantes têmcelulares conectados às redeschinesas de telefonia móveis,e permitem que as pessoas osutilizem, por preços exorbi-tantes.

A punição por assistir afilmes e programas de TV es-trangeiros é severa. O comer-ciante disse que um vizinho de35 anos de idade passou seismeses em um campo de tra-balho no ano passado depoisque foi apanhado assistindo a“Twin Dragons”, um filme deação humorístico produzidoem Hong Kong e estrelado porJackie Chan. Mas, para a pre-ocupação da antiga professora,seu filho de 26 anos de idadecorre riscos semelhantes.

A irmã dela é casada comum funcionário do governo nacapital, Pyongyang, diz, masnenhum dos dois é fã de KimJong-il. Em sua mais recentevisita, conta, a irmã sussurrou

que “as pessoas o seguem pormedo, e não por amor”.

Desde a desvalorizaçãocambial, ela e outros entrevis-tados dizem, as pessoas vêmfazendo comentários mais ou-sados.

“Agora, quando você vai aomercado, as pessoas falammais”, disse o operário da con-strução civil. “Dizem que ogoverno é ladrão - à luz do dia,até”.

A mulher dele não estáentre esses críticos, conta. Nassemanas que se seguiram àdesvalorização, diz, ela passa-va o dia deitada em uma es-teira no chão da sala, imobi-lizada pela depressão. “Eu nãotinha a força necessária a lhedizer coisa alguma”, ele afir-ma.

FIM DA POUPANÇA-Quando o Estado decretou queum novo won, mais valioso,substituiria o velho won, anun-ciou que as famílias só estari-am autorizadas a converter 100mil won, o equivalente a US$35 pela taxa de câmbio do mer-cado negro. A medida sim-plesmente zerou o valor dodinheiro acumulado em mãosprivadas como poupança.

Para atenuar o golpe, dizemos trabalhadores, o governoprometeu que seus salários es-tatais seriam restaurados casoretomassem seus empregos ofi-ciais. Na verdade, dizem o tra-balhador da construção civil eoutros, eles receberam apenasum mês de salário, em janeiro,e depois os salários voltaram adesaparecer. A ex-professoraperdeu tudo.

Coreia do Norte: um país na misériaDesertores relatam as dificuldades impostas pelo governo de Kim Jong-il, agravadas pela desvalorização cambialTerra/New York Times

YANJI - O operário de cons-trução norte-coreano vivia na pe-núria. Aempresa estatal da qualé funcionário não o pagava hátanto tempo que ele havia es-quecido qual é seu salário. Naverdade, subornou o chefe paraque o deixasse funcionar comotrabalhador fantasma, de modoa poder deixar o canteiro deobras. Dessa maneira, ele e a mu-lher conseguiam ganhar a vidaa duras penas, vendendo saqui-nhos de sabão em pó no merca-do negro.

Parecia uma vida difícil depiorar. Mas então, certa tarde dedomingo, a irmã dele entrou cor-rendo no apartamento do operá-rio, em Chongjin, com notícias

chocantes: o governo norte-core-ano havia decidido desvalorizardramaticamente a moeda dopaís. As economias que a famí-lia havia acumulado ao longo detoda uma vida, em valor de cercade US$ 1,56 mil, passaram a valero equivalente a US$ 3.

No mês passado, o operárioestava refugiado em Yanji, umamovimentada cidade no norteda China, e lastimava os anos desacrifícios inúteis. Legumes paraseus pais, o remédio contra aasma de sua mulher, o abrigo demoletom azul que sua filha que-ria, coisas que ele deixou de com-prar por acreditar que, mesmona Coreia do Norte, valia a penapoupar para o futuro. “Ah”, eleexclamou, xingando em meio àslágrimas, “como trabalhamos

para economizar aquele dinhei-ro! Pensar sobre isso me deixalouco da vida”.

Os norte-coreanos estão acos-tumados a batalhar e a decep-ções. Mas a desvalorização cam-bial de 30 de novembro, aparen-temente em tentativa de susten-tar uma economia estatal em co-lapso, representou para alguns opior desastre desde a fome quematou centenas de milhares depessoas na metade dos anos 90.

Entrevistas no mês passadocom oito norte-coreanos que dei-xaram recentemente o país - umpresidiário fugitivo, comercian-tes ilegais, pessoas em exílio tem-porário para procurar empregona China, a mulher de um diri-gente do Partido dos Trabalha-dores (a agremiação governista

da Coreia do Norte) que estavaem visita ao país vizinho - retra-tam o desespero no país de 24milhões de habitantes e o cres-cente ressentimento contra o er-rático líder Kim Jong-il.

O que parece estar faltando,ao menos por enquanto, é insta-bilidade social. As dificuldadesgeneralizadas, a ira popular dian-te da desvalorização cambial e acrescente incerteza política sur-gida como resultado dos esfor-ços de Kim para definir seu ter-ceiro filho como sucessor não re-sultaram em resistência percep-tível contra o governo. Pelo me-nos duas das pessoas entrevista-das na China repetiram a linhada propaganda oficial, que re-trata a Coreia do Norte como ví-tima de inimigos ferrenhos, e a

pobreza do país como resulta-do de um complô ocidental queameaça a sobrevivência danação, inspirado por EstadosUnidos, Coreia do Sul e Japão.

A acusação sul-coreana deque a Coreia do Norte afundouuma fragata do país, o Choenan,em março, é apenas uma partedo complô, disse a mulher dodirigente partidário.

“É por isso que estamos sem-pre à espera de uma invasão”,disse uma antiga professora pri-mária. “Meu filho sempre espe-ra que a guerra venha, porque avida é difícil demais e vamostodos provavelmente morrer defome”.

Eles e outros norte-coreanosse pronunciaram sob a condiçãode que seus nomes não fossem

mencionados, em conversas emlarga medida organizadas porigrejas clandestinas que operamna China, logo ao norte da fron-teira com a Coreia do Norte. Seforem identificados como visi-tantes ou moradores ilegais naChina, podem ser deportados eaprisionados, e o mesmo se apli-ca aos seus parentes.

Cerca de metade dos entre-vistados disseram que planejamvoltar à Coreia do Norte. Os de-mais esperam conseguir deser-tar para a Coreia do Sul.

Os relatos que fizeram, apre-sentados separadamente, coin-cidem quanto a muitos detalhes.Eles também reforçaram as des-crições de economistas e analis-tas políticos sobre um país emséria crise.

JORNALO JORNALO

Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Internacional

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Um passeio e umaviagem no tempo

Por dentro, o primeiro conta-to é um convite para viajar aopassado. Subindo pelo elevador,ainda original, é possível con-versar com um dos últimos as-censoristas da cidade – aquelesempregados encarregados defazer a máquina subir e descer.

Pela escada, é possível relem-brar – para os mais velhos – osantigos espaços comuns de edifí-cios, mais espaçosos e confortáveis.Os corrimões de pedra, grossos,assim como os degraus, ajudamo ambiente a permanecer fresco ,aliado ao fosso central, que tam-bém garante iluminação natural.

As pastilhas do piso e dasparedes, em alta entre os ar-quitetos e apreciadores da ver-tente modernista, ainda en-feitam os dez andares do Brêda,embora aqui e ali existam bu-racos deixados por pedaços de-scolados, e o esmalte vívido daspeças já não é visível.

A descaracterização dasjanelas é acompanhada pela dasportas e esquadrias, modificadasao gosto do proprietário de cadauma das 297 salas . Alguns che-garam a quebrar a parede ao ladoda entrada, para colocar umgrande vidro fumê, combinan-do com a porta de sua escolha.Em meio a tantos modelos, se-quer os funcionários e condômi-nos mais antigos conseguem dis-tinguir qual delas é a original.

Aprincipal dificuldade em man-ter a estrutura original do prédio,segundo o síndico Armando JorgeLopes Ferreira, é a arrecadação dosrecursos necessários à empreitada.Em média, a taxa de condomínio éde R$ 63. A valor aumenta oudiminui de acordo com o tamanhoda sala. “Adificuldade é tanta quequeríamos mudar o elevador, masnão temos dinheiro suficiente. Ocusto de manutenção do alto e aspeças são difíceis de encontrar,porque muitas já não são fabricadas”,contou Armando Jorge. (S.V.)Continua nas páginas A10 e A11

De ícone do progresso a cenário de terrorSumaia Villela

Repórter

No encontro das ruas JoãoSeveriano e Luiz Pontes deMiranda, no Centro, em um ter-reno triangular, espremido entreestacionamentos, ambulantes,uma praça e o movimento inten-so da região, se ergue um peda-ço da história recente de Maceió.Relacionado à arquitetura, ao de-senvolvimento econômico ou aocrescimento urbano da capital ala-goana, o edifício Brêda é um dosmarcos do século XX. Ainda hojemesmo depois de comemorar seucinquentenário, em 2008, desgas-tado pelo esquecimento e modi-ficado pelo tempo, o primeiro pré-dio com mais de quatro andaresde Alagoas só é lembrado pelasnotícias nefastas dos suicídios.

O edifício pode ser compara-do a um nobre de outrora, queainda conserva sua magnitudeentre as vestes puídas e o jeitosaudoso de uma época em que oprogresso era a palavra estampa-da nos corações e mentes da pro-víncia. À primeira vista, sua facha-da é a mesma da original, eterni-zada em anúncios de jornal e fotosantigas. Uma análise mais cuida-dosa, porém, revela uma varie-dade gritante de janelas distintas,de materiais, formatos e abertu-ras diferentes. Algumas salasainda ostentam a primeira delas,feitas em madeira, corrediças.

Também a pintura já escure-ceu com a poluição e as intem-péries climáticas. As lojas do tér-reo, antes apenas cinco, deramlugar ao Brêda Center, uma ga-leria de pequenos estabelecimen-tos de toda ordem. Para ter aces-so aos andares superiores, é pre-ciso utilizar um das duas entra-das de um corredor estreito, quedá acesso aos dois elevadores –um para pavimentos de núme-ro par e outros para os ímpares– e a escada.

JORNALO JORNALO

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EDIFÍCIO BRÊDA

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Anúncio dos jornais, no ano de início de vendas das salas comerciais: o progresso não saia das mentes alagoanas

“Marco de progresso” foi notícia A construção do edifício foi

festejada pelos jornais da época.A referência à obra como um“marco de progresso” era a má-xima utilizada pela imprensa.Em uma das matérias, veiculadana Gazeta de Alagoas, com o tí-tulo de “Edifício Brêda marcaráuma nova era de progresso parao Estado de Alagoas”, o entãoprefeito de Maceió, AbelardoPontes Lima, elogiava o empreen-dimento e anunciava o início dodesenvolvimento moderno da ci-dade. Segundo a publicação, foia maior licença para construçãojá expedida pela prefeitura até a

data, em julho de 1958.Ela atribuía os novos em-

preendimentos que surgiam emMaceió como uma consequên-cia da descoberta de novos poçosde petróleo em Jequiá da Praia eno Tabuleiro do Martins, que dei-xaram em polvorosa o mercadoalagoano. No dia em que foi lan-çada a pedra fundamental doedifício, em uma solenidade quereuniu as principais liderançasde então, a Associação Alagoanade Imprensa – que até hoje pos-sui algumas salas no edifício –visitava as obras da Petrobras nomunicípio litorâneo.

Não só o mundo dos negó-cios vislumbrava a mudança dapaisagem alagoana. Logo de-pois que foi construído, no iní-cio dos anos 60 – a escritura deconvenção do CondomínioEdifício Brêda, data de 31 dejulho de 1963 – o prédio era vi-sitado por milhares de pessoas,todo os dias. Vários curiosos seamontoavam para enxergar a ci-dade de cima, já que o prédio setornou o ponto mais alto do ho-rizonte arquitetônico de Maceió.O elevador, o primeiro deAlagoas, também era uma dasatrações preferidas. (S.V.)

Glamour foi substituído pela tragédiaO esplendor do primeiro

edifício de Maceió desmoro-nou aos poucos, à medida queos famosos casos de suicídioiam ocorrendo em suas insta-lações. Em 1983, quando o co-brador José Costa de Oliveira,de 57 anos, foi empregadocomo vigia do condomínio, amá fama da construção já cor-ria nos quatro cantos, e foi pre-ciso coragem para driblar o re-ceio em se deparar com umfantasma nos corredores deum dos 10 andares que deve-ria percorrer à noite. “Todomundo me falava para eu nãopegar o emprego, por causadas mortes. Mas até hoje eununca vi nenhuma alma”, tes-temunha, rindo.

Segundo Zé Costa, como éconhecido pelos condôminos,desde que chegou ao prédio,três pessoas escolheram o edi-fício Brêda como via pra amorte. Dois deles foram con-sumados no fosso que fica nocentro da construção, queantes tinha suas sacadas livresde qualquer obstáculo. Porcausa disso, grades foram co-locadas em todos os andares,além das janelas dos corredo-res que dão para o exterior pas-saram a ficar travadas. Desdeentão, ninguém mais se aven-turou, e a calma tomou contados que ali trabalham.

“Foi até bom colocar essasgrades, porque entra muitacriança aqui, e não era seguro”,avaliou seu Armando. É emposse dele que fica a chave daúltima sala do edifício, acessí-vel por um lance de escada no

décimo andar. O local é daAssociação dos Aposentadosdo Produban e, até poucotempo atrás, funcionava umaescola para surdos. É tambémonde a vista é mais bonita, se-gundo ressaltou as duas estu-dantes que escolheram o con-troverso prédio como tema deseus Trabalhos de Conclusãode Curso (TCC).

Leylanne e Karlla Menezesexpuseram nos TCC’s, que oespaço tem potencial para aconstrução de um local paraobservação da paisagem. “Elepoderia ter um restaurante,

bar, ou simplesmente uma sa-cada apropriada para aquelesque gostariam de ver a partebaixa de Maceió com os olhosdos pássaros”, disse Leylanne.

De feto, de lá é possívelavistar, entre outras coisas,boa parte do Centro, com amultidão costumeira colorin-do o calçadão do comércio; astorres decoradas com azulejoportuguês e ervas daninhas –toque moderno às constru-ções – das igrejas; a ida evinda dos navios do porto, eo belo pôr-do-sol da praia daAvenida. (S.V.)

O desgaste virou desvalorização

A desvalorização do prédioé uma realidade. Quando seuArmando comprou a sala 805,em 1995, pagou R$ 5 mil. Hoje,depois de reformá-la – mudan-do, entre outras coisas, a jane-la para uma de alumínio – nãorecebe mais que R$ 8 mil casoqueira vender. Um aluguelvaria entre R$ 120 a R$ 180.

Ainda assim, segundo suascontas, cerca de três mil pes-soas passam por aqueles cor-redores diariamente. E o localnão deixou de ser um pontode referência para quem pro-cura um advogado, como ficouestabelecido desde sua aber-tura, em 1963, devido à proxi-midade da antiga Faculdadede Direito, agora sede daOrdem de Advogados doBrasil (OAB). Além do Tri-

bunal de Justiça (TJ) e do pró-prio movimento do cento dacidade. “Cerca de um terço doprédio é ocupado pelos pro-fissionais do Direito”, estima osíndico.

A ocupação predominantedas salas sempre foi de profis-sionais liberais. No passado,porém, não só de advogadosera feito o prédio. Poucotempo antes de ser aberto, se-gundo se divulgou na impren-sa, cerca de 70% dos médicose industriais já haviam adqui-rido seu espaço. Famílias in-fluentes de Alagoas, que deti-nham posição de destaque nomercado do estado, eramdonas de múltiplos espaçosno local, como a Nogueira, dequem seu Armando adquiriua sala. (S.V.)

Prédio atrai atenção de arquitetos

Hoje, apesar de esquecidapela alta sociedade, a constru-ção desperta a atenção da novageração de arquitetos que re-conhecem no edifício sua im-portância histórica como em-preendimento pioneiro eexemplo da arquitetura mo-dernista alagoana.

Leylanne Rodrigues Caval-cante, 21 anos, concluinte docurso de Arquitetura doCentro de Universitário Ces-mac, escolheu o prédio comotema do seu Trabalho deConclusão de Curso (TCC).Mais especificamente, ela pre-tende realizar o “refrite” doedifício Brêda – em palavrasleigas, a atualização da cons-trução, levando em conta a suasustentabilidade ambiental eeficiência energética. Ou, emoutras palavras, “adequá-lo àvida moderna”.

A universitária escolheu otema devido ao seu estadoatual, ultrapassado por pré-dios comerciais mais moder-nos, e devido a sua importân-cia como primeira construção“vertical” da cidade. Alémdisso, com tanto tempo deexistência, o Brêda ainda per-manece em uso. O desafio daestudante é aliar a estruturaoriginal, como a fachada – con-siderada por ela como o ele-mento mais importante doprojeto de 1958 – e o revesti-mento interno, às inovaçõesatuais. “O sistema de ar-condi-

cionado, por exemplo, é indi-vidualizado. Não há controlesobre os gastos de energia.Meu objetivo é resolver essetipo de problema”, explicou.

A orientadora do projeto,a professora Pedrianne Dantas,defendeu também a necessi-dade de pensar nas estruturasexistentes como opções davida moderna, por causa es-cassez de terrenos vazios, alémde valorizar a produção arqui-tetônica mais recente. “Tudoque é mais próximo de nós,achamos que não tem valor,mas essa visão não é correta.Temos uma expressão do mo-dernismo muito rica, e o edi-fício Brêda faz parte disso”,avaliou a orientadora.

Por enquanto, Leilannyestá no processo de produ-ção de texto, e confessa quenão pensou ainda em suaaplicabilidade. “É complica-do concretizar o projeto, pelafalta de recursos e de interes-se do poder público e priva-do”, diz. Dizendo entretan-to, que o síndico do prédiotransmitiu total apoio duran-te a pesquisa. “O edifício nãoé sequer tombado como pa-trimônio histórico, apesar deter seu valor atestado desde2004, quando foi feito o pri-meiro trabalho de avaliação,pela então aluna da Univer-sidade Federal de Alagoas(Ufal), Karlla Menezes”, con-tou. (S.V.)

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Zé Costa, vigia Brêda, recebeu conselhos para desistir do emprego

Marco Antônio

Divulgação

Divulgação

O primeiro prédio commais de quatro andares de

Maceió, chegou a ter umroteiro de visitas

de curiosos que queriamver a cidade do alto

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Corredores ainda guardam ares dos primeiros anos

A vista, do aldo do Edifício Brêda, dá a noção do “burburinho colorido” do Centro de Maceió

Paredes, escadas e elevador: viagem no tempo

Síndico do Brêda, Armando lamenta falta de recursos para melhorias

Corpo original deveria ser preservadoA sua localização, inseri-

da em uma Zona Especial dePreservação 2 (ZEP-2), áreaestabelecida pela Prefeituraquando da aprovação doPlano Diretor, em 2005, já for-nece os instrumentos paraque o edifício Brêda conser-ve seu “corpinho original”.De acordo com a legislaçãovoltada para esse tipo de re-gião, enquadrada como pa-trimônio histórico e cultural,esse prédio não pode ter nadade plásticas ou maquiagem.“A menos que seja aprovadopela diretoria que cuida doassunto, vinculada à Secre-taria Municipal de Plane--jamento (Sempla) de Mace-ió”, explicou Adeciany Souza,gestora do setor.

De modo simples, isso sig-nifica dizer que qualquer in-tervenção em sua estrutura,como reforma em fachada, atroca dos pisos, a derrubadade paredes para ampliaçãodas salas, e até a pintura doseu exterior devem ser anali-sadas previamente pela secre-taria, e só são aceitas se nãomodificarem a arquitetura ori-ginal da construção.

“A preservação de áreasculturais já está prevista nalegislação de 1997. Com oPlano Diretor, além das re-gras ficarem mais rigorosas, adelimitação da região doCentro da cidade foi amplia-da. Antes, para se ter umaidéia, a área acabava na Ruado Sol. Hoje é estendida aos

mirantes da Igreja de SãoGonçalo, subindo a ladeira daCatedral, e do colégio SantaTerezinha, detalhou Adeciany.

Segundo ela, a substitui-ção de janelas e portas pre-cisa ser comunicada àPrefeitura, e a não apresen-tação de projeto pode resul-tar em advertência e penali-dades, como a determinaçãode reparo dos danos causa-dos. A procura pela regula-rização das mudanças tam-bém permite aos profissio-nais da pasta dar a orienta-ção necessária para a realiza-ção de intervenções dentrodos limites impostos, deacordo com a diretora de pa-trimônio histórico e culturalda Sempla. (S.V.)

Fotos: Marco Antônio

Construção marca início da arquitetura modernista em ALUtilização de concreto ar-

mado, brises (elementos deproteção que emolduram as ja-nelas, para evitar a insolaçãodireta no interior das salas), re-vestimento de pastilhas, plan-ta em “V”, estrutura de pilotisna fundação. Todos esses ele-mentos, presentes no EdifícioBrêda, são próprios de uma es-cola que rendeu bons frutosem Alagoas, e se confunde coma consolidação da indústria noEstado: o modernismo.

A arquitetura modernistaestá mais presente na vida dacidade do que se percebe pelagente comum, sem olhos trei-nados de profissional. O hos-pital José Carneiro, o posto desaúde da Praça Maravilha, noPoço, a rádio Difusora – pri-meira de Alagoas – e até oquartel do exército são exem-plos da escola que se desen-volveu por essas bandas, emmeados de 1950, conforme ex-plica Maria Angélicada Silva, professora daUniversidade Ufal eescritora do livro“Arquitetura Moder-na: a atitude alagoana(1950-1964)”.

Além disso, umainfinidade de banga-lôs, de acordo com olivro, “residências depretensões pitorescas,de caráter exótico ouromântico”, ainda per-manecem de pé, comoilustres representantesdessa arte, que chegoujunto com o desejo deprogresso de políticos,empresários e o povoalagoano, durante o fimdo governo Arnon de Mello eo governo Muniz Falcão.

A idéia inovadora foi idea-lizada pela Imobiliária BrêdaLtda. (Ibrel), dos irmãosGutemberg Brêda e CarlosLobo Brêda, e projetado porWalter de Azevedo Cunha, na-tural de União dos Palmares.É dele os projetos dos primei-ros grandes prédios do Estado,cujo exemplar inicial foi o edi-fício do Centro.

A empresa era a maior daépoca, em Alagoas, e foi respon-sável pela construção de outrosdois exemplares de 10 andares:os residenciais Edifício SãoCarlos e o Edifício São Pedro.

No local, havia uma man-são de aspecto colonial, per-tencente a Gutemberg. O ter-

reno tinha sido doado por ele,segundo José Maurício GamaBrêda, administrador de imó-veis e filho de Carlos Lobo, emtroca da construção de umanova casa, nas mesmas pro-porções, em um loteamentoque se preparava para ser lan-çado também pela imobiliária:a Gruta de Lourdes.

Para Maurício Brêda, o pro-jeto modernista, foi uma dasmaiores inovações do edifício,mas não foi a única. Outrofator ousado de sua construçãofoi a separação entre o estabe-lecimento comercial e o resi-dencial, costume alagoanoainda na primeira metade doséculo XX. “Antes, o comércioficava no térreo, e a moradiaera feita no andar de cima, nor-malmente. O primeiro prédiototalmente comercial foi o edi-fício Brêda, inaugurando umnovo costume”, lembrou.

A localização doEdifício Brêda, no co-ração da cidade, tam-bém foi determinantepara sua importância epara a procura queteve entre os profissio-nais liberais. Era pertode tudo, na sua do ad-ministrador MaurícioBrêda. Porém, com odesenvolvimento deoutras regiões deMaceió, os antigos in-quilinos passaram aocupar escritórios econsultórios em outrasmoradas, apesar doadministrador nãoconcordar com a tese

de decadência da área. “Somosprivilegiados, temos uma praiabelíssima em pleno centro”, ar-gumentou.

Ironicamente, esse tam-bém pode ter sido o motivode sua preservação. É o quedefende a professora MariaAngélica, em seu livro sobrea arquitetura moderna ala-goana, publicado em 1991. “Odestino urbano tomado pelacapital nos últimos anos, ten-dendo a estacionar o desen-volvimento do Centro, garan-tirá o futuro destes marcosconvocados pelos ideais deprogresso de quase 30 anosatrás”, escreveu, se referindotambém aos edifícios SãoCarlos e a antiga sede doBanco Econômico da Bahia,outros dois projetos do arqui-teto Walter Cunha. (S.V.)

Adriana Guimarães, dire-tora do Promemória, setor daSecretaria de Estado da Cultura(Secult) responsável pelos tom-bamentos de prédios históri-cos em Alagoas, contou que oedifício Brêda nunca esteveentre as construções cogitadaspela equipe para que recebes-se o título.

Segundo ela, dois motivosprincipais o deixam de fora dalista: o primeiro, de ordem prá-tica. “Devido a alta demanda,causada pela constante ameaçasofrida pelo patrimônio arqui-tetônico da cidade, a priorida-de estabelecida pela Secult foia de que receberiam a honra osprédios que estivessem sobmaior risco. Estão destruindomuitas construções antigas parafazer estacionamentos, porexemplo”, explicou.

Diante do questionamentode que as modificações de jane-las, portas e esquadrias peloscondôminos, e a intenção emtrocar o elevador original já con-figurariam riscos para o edifí-cio, ela avaliou que essa é umadesconfiguração importante doprojeto original, que poderiaprejudicar a preservação da suaarquitetura. “Acho que a ques-tão das janelas e portas é maisgrave do que o elevador, que,se fosse deixada a carcaça, acaixa de madeira, e mudasse sóo maquinário, não teria prejuí-zo”, esmiuçou Adriana Gui-marães, ressaltando ser umaopinião “por alto”, porque ocaso deveria ser avaliado commais profundidade.

O outro obstáculo está ligadoà prioridade dada ao tempo his-tórico de cada construção. Aten-dência, de acordo com a diretora,é trabalhar com construções deépocas mais antigas, como a co-lonial. Ela revelou que o únicoprédio modernista tombado é oPalácio do Trabalhador, na Leva-da, de propriedade do Sindicatodos Trabalhadores de Alagoas.Ela procura, no entanto, afirmaro valor do patrimônio mais re-cente: “Não é que eles não são im-portantes; é que não correm ris-cos como os outros”, justificou.

Isso não impede, segundoAdriana Guimarães, que pes-soas físicas ou jurídicas ligadasaa Edifício Brêda ou a qualqueroutro prédio de valor históricosolicitem o tombamento daconstrução. “Nunca foi feito umpedido para que ele fosse in-cluído, mas sua candidatura po-derá ser uma das mais fortes,caso entre na lista de solicita-ções, que conta também com asopções identificadas pela pró-pria secretaria”, disse.

Caso fosse tombado, o cami-nho para sua preservação, a atéa recuperação e atualização es-tariam mais perto da concretiza-ção. Apesar do Estado não estarobrigado a repassar verbas parao edifício que recebe o título,como ressaltou Adriana, as chan-ces para conseguir recursos juntoa Governo Federal, através deeditais abertos periodicamente,são muito maiores do que pré-dios sem o tombamento. “Amaioria que não é tombada nãotem chance de captação”, garan-te a diretora do Promemória.Além disso, a própria garantialegal de impedimento de suadescaracterização é um instru-mento poderoso contra o esque-cimento. (S.V.)

As históriasde um dosmaiores

símbolos doCentro, dosurgimento

e da inovação, ao

quase esquecimentoe abandono

Tombamento podeajudar a preservação

Do alto, a vista deMaceió é privilegiada e inesquecivelmente bela

Janelas ganharam gradespara evitar os suicídios

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Dono de seguradora, Edmilson diz que, só no ano de 2009, o mercado de seguros cresceu 20% em Alagoas

Escola cria seguro exclusivo para garantir continuidade dos estudos

Automóvel é o bem mais segurado

O seguro de automóvel é ocampeão de vendas. Seguran-ça e tranquilidade são os mo-tivos principais das pessoas queaderem. Com a estabilizaçãoda moeda e as facilidades parase adquirir um carro, com fi-nanciamentos de até 60 meses,a frota de Maceió cresceu. Hoje,existem 185 mil veículos, dessetotal, 15% dos proprietários re-solveram adquirir uma apóli-ce de seguro para se precavercontra os assaltos, que ocorremnuma média de 900 todos osanos. A maioria opta pela co-bertura total ou contra terceiros,essa última é realizada commais frequência por empresasque possuem uma frota.

Depois do automóvel, ostipos de seguros mais procu-rados são empresarial, resi-dencial e de vida. “Mas o mer-cado não se limita a esses quesão os mais populares”, avisaEdmilson Ribeiro. “Há uma

média de 50 tipos, que podemser solicitados de acordo coma necessidade de cada pessoa”,completa.

PERSONALIZADO - Aocontratar um seguro, o clien-te pode escolher os itens aserem cobertos, dentro da suanecessidade. Os fatores ofere-cidos para cobrir o patrimô-nio farão com que o segurotenha a cara de quem está so-licitando o serviço e, dentrodo seu limite financeiro. Emmeio a essa imensidão de van-tagens que são ofertadas, oconsumidor pode contratar co-berturas dentro do que julgaser necessário, desde assistên-cia total a alguns itens, quepode fazer a diferença na horade fechar o negócio, interfe-rindo diretamente no valor docontrato, que pode atingir pa-tamares inferiores ou superio-res. (M.L.)

Preços acessíveis para as classes C e D

A cultura do seguro vemganhando adeptos, se expan-dindo e não se limitando ape-nas às classes com mais poderaquisitivo. Ele se massificou,chegando aos estabelecimen-tos comerciais. Podendo sercontratado para garantir segu-rança às pessoas, em casos dedesemprego, assistência resi-dencial, responsabilidade so-cial, chegando de forma sim-plificada e com custo que cabeno bolso dos que integram asclasse C e D, uma vez que che-gam a ter preços até R$ 3 ou R$4, para cobrir perda de cartãode crédito entre outros.

Este é um segmento que

também está crescendo e che-gando aos que estão no topoda pirâmide, quando adquiremobjetos de alto valor como jóias,óculos relógios e outras peçasque, em casos de danos ouroubo, tem ressarcimento asse-gurado no valor do objeto.

Com a massificação do mer-cado, a tendência é que nos pró-ximos anos as vendas tripli-quem e outros tipos de segurosejam lançados.

No Brasil, as apólices estãomais concentradas entre osmais abastados, ao contráriode outros países mundo, ondeadquirir o serviço já faz parteda vida das pessoas. (M.L.)

Garantia da Educação para os filhos

Aeducação dos filhos é tidacomo prioridade para os pais,afinal é ela quem irá asseguraro futuro da criança. Apostandonas vantagens oferecidas peloseguro, algumas unidades deensino da rede privada, resol-veram oferecer o serviço paraos seus alunos.

Uma taxa paga durante amatrícula, pode ser fundamen-tal para assegurar a conclusãodos estudos até o EnsinoMédio. Alguns estabelecimen-tos de ensino em Maceió estãonesse mercado garantindo se-gurança para seus alunos em

caso da falta do seu responsá-vel. Inicialmente, os seguroseras apenas para cobrir pro-blemas de saúde, asseguran-do tratamento médico a quemsofreu algum tipo de acidentedentro das dependências docolégio, mas foi ampliado ehoje cobre até o a conclusãodos estudos, em caso de mortedo responsável. “A vantagemé para quem mantém as parce-las em dia”, diz o diretor AltairAntônio Souza, que já benefi-ciou dois estudantes, cujo paifaleceu entre 2009 e 2010.(M.L.)

Seguros passam de regalia a essencialEm tempos de futuro incerto, a população adota a máxima de que um precavido vale mais e garante os bens e a vidaMônica Lima

Repórter

Ao longo da vida, as pes-soas se preparam para fazeruma série de investimentos,seja na carreira, nas economias,ou até mesmo para planejar etraçar metas para o futuro.Alguns vão mais além e apos-tam em serviços para garantira tranquilidade em caso de im-previstos e adversidades. E,para isso, adquirem apólicesde seguro para garantir o re-torno do investimento, em casode revezes. O mercado que estáem franca expansão, a cada anoapresenta uma novidade, ofe-recendo seguro para tudo epara todos os bolsos.

Anualmente, o mercado deseguros vem crescendo noBrasil e Alagoas não está foradesse ciclo. As novidades e van-tagens atraem cada vez maispessoas que buscam uma pre-venção contra futuras surpre-sas, que muitas vezes não sãonada agradáveis.

Nas corretoras, a procuravai desde o seguro tradicionalpara automóveis, passandopelo de vida, aluguel, para pro-priedades, saúde, residencial,educacional, viagem, contraacidentes em transportes pú-blicos e responsabilidade civile até mesmo para profissionaisdo meio artístico e do esporte.Jogadores e artistas resolveramadquirir uma apólice para, em

casos de acidente garantir o ins-trumento que utiliza na profis-são, que pode partes do corpo,como as pernas. Um caso queganhou fama foi o da atrizCláudia Raia, que resolveu res-guardar as suas, colocando noseguro.

O sucesso do mercado nãoé novidade para quem vivenesse tipo de negócio, que vê,a cada ano, a adesão ao produ-to crescer. “Nos últimos trêsanos houve um crescimentoentre 11 a 12% no Brasil”, ga-rantiu o proprietário de umaseguradora Edmilson Ribeiro,afirmando que, em Alagoas,durante o ano de 2009, este seg-mento de mercado atingiu o ín-dice de 20%.

Lula Castello Branco

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Célia Capistrano: “Esse valor é a soma do salário com gratificações”

Thallysson Alves

Para Sinteal, base de cálculos é equivocadaDe acordo com a presidente

do Sindicato dos Trabalhadoresem Educação de Alagoas(Sinteal), Célia Capistrano, a pes-quisa é verdadeira, mas temcomo base apenas o salário pagoao professor com licenciaturaplena com jornada de 40 horas-aula semanais/200 horas-aulamensais. “Uma outra coisa im-portantíssima. Esse valor nãocorresponde ao salário real. Essevalor é a soma do salário com asgratificações. Ou seja, na práti-ca, a realidade é outra”, afirmou.

Para confrontar os valoresapresentados pela AnáliseComparativa Salarial, o Sintealapresentou um outro levanta-mento intitulado de “PisoSalarial Profissional Nacional”,elaborado pelo consultor técni-co em Financiamento, Planeja-mento, Gestão da Educação,Plano de Carreira e PrevidênciaPública, Milton Canuto deAlmeida.

“Aremuneração inicial pagapelo governo do Estado a umprofessor de nível médio, comdedicação de 40 horas, é o quin-to menor pago dentro do pró-

prio Estado. Enquanto a redepública estadual paga R$ 946,46;no município de Maceió, umprofessor começa a receber a car-reira com salário de R$ 1.448,10;em Campo Alegre R$ 1.220,46;em Lagoa da Canoa R$ 1.173,95e em Marechal Deodoro R$1.115,52”, enumerou.

Ainda conforme os dadosdo Sinteal, o mesmo professortem remuneração final de R$2.616,14 em Maceió; R$ 2.434,29em Campo Alegre; R$ 2.341,52em Lagoa da Canoa; R$ 2.164,05em Marechal Deodoro e R$1.163,81 em Alagoas.

“Um professor de nível su-perior com 40 horas ganha, emMaceió, a remuneração inicialde R$ 2.172,15; em CampoAlegre R$ 1.830,70; em AlagoasR$ 2030,00; em Lagoa da CanoaR$ 1.643,53 e em MarechalDeodoro R$ 1.288,42. Aremune-ração final é de R$ 3.924,22 emMaceió; R$ 3.651,44 em CampoAlegre; R$3.005,00 em Alagoas;R$ 3.278,14 em Lagoa da Canoae R$ 2.164,05 em MarechalDeodoro”, comparou CéliaCapistrano.

De acordo com a presiden-te do Sinteal, a última vez queos professores foram valoriza-dos foi no governo anterior aode Teotonio Vilela Filho. “Estegovernador, além de não apre-sentar melhorias para a classe,queria tirar os nossos direitos jáadquiridos. Foi uma batalhaárdua. Sessenta e dois dias deenfrentamento com o governodo Estado para o servidor pú-blico poder garantir o que jáhavia conseguido”, relembrou.

Célia Capistrano disse que opiso salarial do professor, de R$1.024,00, não é respeitado pelogoverno do Estado. “Não que-remos um salário fora da reali-dade, distante de possibilida-des dos cofres de Alagoas. Umprofessor com dedicação de 20horas recebe apenas R$ 473,23.O valor precisa ser completadopara atingir o salário mínimo”,lamentou.

Asindicalista fez questão deafirmar que nenhuma classe tra-balhadora concorda com agreve. “Agreve não satisfaz, nãoé boa nem para os servidorespúblicos, nem para a socieda-

de. A greve é boa apenas parao gestor público descompromis-sado com as obrigações sociais.Esse governo, em questão, nãoatende aos anseios dos servido-res das áreas de educação, segu-rança, saúde. Estamos sofren-do com um governo cego,mudo e surdo para as questõessociais”, acrescentou.

A presidente do Sinteal nãocredita aos professores os “fra-cassos” da educação emAlagoas. “É muito cômodo cul-par os professores. Pelo contrá-rio, os avanços na educação,mesmo que sejam poucos, sãomérito do esforço particular decada um dos professores quepassa por cima de necessida-des até mesmo pessoais emrazão do amor à profissão e aoofício sagrado de educar”, pon-derou.

Ainda conforme CéliaCapistrano, desde 2007, 500 alu-nos procuraram o ConselhoEstadual de Educação parapoder receber a certificação deconclusão do ensino médio ecurar uma faculdade ou ingres-sar no serviço público. (V.C.)

AL paga o 8º melhor salário do PaísSinteal aceita dados, mas contrapõe números e diz que base de cálculos usada para pesquisa está equivocada

Valdete Calheiros

Repórter

O governo de Alagoas pagao 8º melhor salário do Brasil aosprofessores da rede pública esta-dual de ensino (R$ 2.030,00), se-gundo a Análise ComparativaSalarial dos Professores das RedesEstaduais no Brasil, produzidapelo Sindicato dos ServidoresPúblicos lotados nas Secretariasde Educação e de Cultura do

Estado do Ceará e nas Secretariasou Departamentos de Educaçãoe/ou Cultura dos Municípios doCeará.

Conforme o levantamento,Alagoas fica atrás apenas doDistrito Federal (R$ 3.227,87),Maranhão (R$ 2.810,36),Roraima (R$ 2.806,04), MatoGrosso do Sul (R$ 2.394,00),Amazonas (R$ 2.241,52), Acre(R$ 2.234,38) e Amapá (R$2.234,08).

Atrás de Alagoas estão al-guns dos mais desenvolvidosEstados brasileiros a exemplode São Paulo (R$ 1.834,86),Paraná (R$ 1.798,54), Rio deJaneiro (R$ 1.618,14), MinasGerais (R$ 1.416,66) e SantaCatarina (R$ 1.363,74).

Segundo o mesmo levanta-mento, o Governo de Alagoaspaga o 2º melhor salário doNordeste. O Estado perde ape-nas para o Maranhão. Alagoas

também é o 8º estado onde ahora-aula é melhor paga. Acadahora de trabalho com alunos, oprofessor recebe R$ 10,15. Destaforma, o salário do professor emAlagoas corresponde a 3,98 sa-lários mínimos.

No Distrito Federal, a hora-aula é R$ 16,13; no Maranhão (R$14,05); em Roraima (R$ 14,03);no Mato Grosso do Sul (R$ 11,97);no Amazonas (R$ 11,20); no Acree no Amapá (R$ 11,17).

No Nordeste, a diferençapaga pelos governos dosEstados chega a R$ 1.794,36.Enquanto o Maranhão, o pri-meiro do ranking nordestinopaga R$ 2.810,36, o governode Pernambuco paga R$1.016,00.

Ainda com base na AnáliseComparativa Salarial, o gover-no de Alagoas paga valores su-periores às médias nordestina,regional e nacional que corres-

pondem, respectivamente, a R$1.560,73; 1.816,13 e 1.777,66.

Apesquisa está enquadradana estratégia dos profissionaisde educação, de construir a ade-quação do plano de carreira dostrabalhadores em Educação,com base na Lei nº 11.738, dopiso nacional na sua forma ori-ginal aprovada no CongressoNacional e sancionada pelo pre-sidente da República Luiz InácioLula da Silva.

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PROFESSORES

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Trabalho tira infância de meninose meninas nas ruas da cidadesCrianças que deveriam estar brincando se expõem em rotinas de duras lidas

Elisana Tenório

Repórter

Durante o dia, à noite ou demadrugada, crianças de todasas idades arriscam-se nas ruas,nas orlas, nos semáforos e nosbecos da grande Maceió àprocura de pessoas que sedisponham a comprar partedas bugigangas que carregamconsigo. Na caça ao pão nossode cada dia, elas enfrentamuma jornada de trabalho ex-tenuante, abdicam do direitode brincar, de estudar, passamhoras a fio sem comer e se ex-põem aos perigos do mundo:aliciamento, exploração sexu-al, doenças variadas, atropela-mentos e morte.

Há uma semana, Alagoaspresenciou uma trágica históriaenvolvendo o trabalho infantil.Parecia ser mais um dia comumna rotina de Antônio Sales deCarvalho Ferreira, de 12 anos.Há anos, o menino vendiacrustáceos nas proximidadesda Ponte Divaldo Suruagy – in-ício da AL 101-Sul – para aju-dar no sustento da família. Noentanto, de repente, ao tentaratravessar a pista, foi atropela-do por um carro, que fugiu semque ninguém anotasse a placa.

Na última sexta-feira, OJORNAL conversou com al-guns vendedores de crustáceosque estavam na beira da mesmarodovia que foi a última pas-sagem do menino AntônioSales. Não havia crianças nolocal trabalhando. Mesmoassim, ninguém quis falar noassunto. “Não sei de nadadisso, moça”, limitou-se a dizerum deles.

Para venderfrutas,

verduras oubigingangas, as crianças enfrentam

vários perigos

Numa das esquinas da cidade, menino aparentando pouco mais de 6 anos tem rotina dura de vendedor

Fotos: Marco Antônio

Cenas comuns se repetem em várias esquinasO final trágico na história

do menino Antônio é apenasum exemplo do que, infeliz-mente, se tornou comum. Portodos os lados de Maceió é pos-sível ver garotos e garotas tra-balhando. Alguns pontos, in-clusive, tornaram-se “tradicio-nais”. Quem não esbarrou comuma criança vendendo frutas,feijão verde e água de coco nosemáforo localizado no cruza-mento das avenidas AntônioBrandão e Tomaz Espíndola,ou no sinal localizado perto do

Terminal Rodoviário, oumesmo na Avenida ProfessorGuedes Miranda?

Isso sem falar na legião detrabalhadores mirins quevivem ziguezagueando peloscalçadões da orla marítima ur-bana de Maceió, entre osbares,de dia ou de noite, ofere-cendo cofrinhos e flores às pes-soas que passam pelo local.Muitos, inclusive, passam amadrugada exercendo essafunção.

“Já presenciei alguns dor-

mindo nos bancos e outros tan-tos dando dinheiro a adultos,que ficam estrategicamente es-condidos em algum lugar pró-ximo”, lembrou a nutricionis-ta Joana Teixeira, que mora naJatiúca e sempre costuma fazercaminhada na orla.

Encontrar uma criança quese disponha a conversar com aimprensa é muito difícil. Naúltima sexta-feira, a equipe dereportagens de O JORNAL ten-tou falar com alguns que esta-vam oferecendo tangerina em

um semáforo próximo aoTerminal Rodoviário. Mas elesnão quiseram falar e ainda“agrediram” a equipe de re-portagem com frases grosseirase gestos obscenos.

Um garoto, aparentandoter aproximadamente 6 anos,ao ver o repórter fotográfico,baixou rapidamente a bermu-da e mostrou a genitália.Outro, um pouco mais velho,gritou, de forma ríspida.“Estou trabalhando; não estouroubando”. (E,T.)

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Alagoas: 3º no NEonde as criançasmais trabalham

Aprocuradora do Trabalho,Rosemeire Lôbo, explicou quenão tem como saber a quanti-dade de meninos e meninasque trabalham nas ruas, masafirmou que, pelos dados doInstituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE),Alagoas é o 3º no ranking nor-destino que mais possui crian-ças que trabalham.

Os que são flagrados pelopoder público trabalhando nasruas são encaminhados e suafamília é convocada para serinserida em programas sociais,como o Bolsa Família.

Para Rosimeire Lobo, mui-tos fatores obrigam as crian-ças a esquecer a infância e en-carar rotinas duras de traba-lho. “Apobreza extrema, a faltade comida, a droga, o álcool, aviolência, enfim, a desestrutu-ra familiar”, diz a procurado-ra do Trabalho. (E.T.)

Ontem, foi comemoradoo Dia Mundial de Combateao Trabalho Infantil. Este ano,o tema escolhido foi “O tra-balho infantil ainda é umarealidade deprimente emnosso País. Esse espetáculonão tem graça. Precisamosacabar com esta triste realida-de”...

Para reverenciar a data, oMinistério Público Federal(MPF) e a Secretaria Muni-cipal de Educação (Semed)realizaram uma caminhadana orla marítima de Maceió

para chamar a atenção da so-ciedade sobre os malefíciosdessa “praga”. No percurso,houve distribuição de pan-fletos educativos.

Na ocasião, também foientregue a premiação dosvencedores do concurso“MPT na Escola”, que con-tou com a participação decinco escolas da rede muni-cipal de ensino: SagradoCoração de Jesus (Cruz dasAlmas), Cícera Lucimar(Jatiúca), Herbert Souza (VilaEmater) e Audival Amélio e

Caíque Francisco Lins (DiqueEstrada).

Desde abril, alunos doEnsino Fundamental da redemunicipal de ensino tiveramacesso a orientações pedagó-gicas sobre o trabalho infan-til. Aliás, não só eles. Os en-sinamentos também foramestendidos às famílias, atra-vés de variadas dinâmicas degrupo, participada, inclusi-ve por todos os membros doConselho Escolar, formadopor diretores, funcionários,professores, pais de alunos.

No final do projeto, osalunos foram convidados aelaborare uma redação como tema “Trabalho Infantil”.A vencedora foi WanessaEsther Inácio dos SantosLima, de 10 anos, que estu-da na Escola Sagrado Cora-ção de Jesus.

Em agosto, o projeto terácontinuidade em outras es-colas da rede municipal deensino.

O tema escolhido por elafoi: “Vamos juntos combatero trabalho infantil”. (E.T.)

Caminhada, concurso de redação e sensibilização

Eles ficam a lida, são observados e entregam o dinheiro a adultos

Famílias inteirasocupam as esquinas

próximas aos semáforos: todossão responsáveis

pelo sustento

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Padarias investem na venda de comidas típicas e consideram o período junino um dos mais movimentados Lojas do Centro expõem roupas juninas nas vitrines e esperam aumentar as vendas na próxima semana

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Ara iracapFotos: Carolina Sanches

Economia em ritmo de São JoãoA proximidade dos festejos juninos movimenta o comércio formal e informal no município de ArapiracaCarolina Sanches

Repórter

ARAPIRACA – Fogueira,milho, quadrilhas e muito forrópé de serra. Os festejos já come-çaram no Agreste do Estado. EmArapiraca, a decoração encantaa cidade com a instalação de ba-lões e bandeirinhas nas ruas epraças principais. A proximida-de do São João está animando oscomerciantes formais e infor-mais.

Nos ateliês, as máquinas decostura não param. Vestidos echapéus são as peças que coman-

dam as máquinas de costurapara depois invadir as ruas dacidade. Além das roupas paraas quadrilhas juninas, as costu-reiras atendem diversas pessoasque pretendem participar de fes-tas juninas com trajes típicos.Para isso acontecer, elas preci-sam trabalhar dobrado durantetodo mês.

O ateliê da costureira MariaJosé já recebeu diversas enco-mendas de roupas. Ela diz quepoderia até ter sido mais se ti-vesse mais costureira. “Come-çamos a trabalhar no mês pas-sado para entregarmos no iní-

cio de junho, quando as apre-sentações começaram. O pe-dido é muito grande, a gentetem que ser mais atenta o ser-viço para poder entregar noprazo”, falou.

O trabalho é puxado. Ascostureiras ficam nos ateliêsem média 14 horas por dia. Odinheiro é importante paraNice Aquino Bento, que aindaencontra tempo para arrumara casa. “Tem que correr paradar conta. É preciso tambémter atenção para não errar enão esquecer nenhum deta-lhe”, disse. Mas ela garante

que o melhor mesmo é ver ovestido, que saiu de suamáquina de costura, ganharvida nas apresentações.

Nas vitrines das lojas, os tra-jes juninos já chamam a atençãodos clientes. O movimento co-meçou a aumentar na semanapassada e a expectativa dos co-merciantes é que melhore aindamais nos próximos dias. “Aspessoas já estão comprandoroupas juninas. Os trajes maisvendidos são vestidos e blusascom estampas xadrez. Como omovimento foi bom, a loja jáfez pedido de mais mercado-

rias que devem chegar na pró-xima semana”, explicou a ven-dedora Carla Barboza.

Quem também comemora operíodo junino são os músicoslocais que têm mais oportunida-de de conseguir apresentações.“Com as festas nas comunida-des somos mais solicitados e con-seguimos uma renda extra o mêstodo”, disse o músico RosivaldoMarques, que integra o grupoAgitos.

ALIMENTOS – As padariastambém investem na venda decomidas típicas no período.

Debaixo de bandeirinhas e ba-lões, os pratos a base de milhofazem sucesso. O contador JairoBarboza foi à padaria para com-prar pão, mas acabou se ren-dendo as comidas típicas “Caína tentação e vou levando o boloe a pamonha”, comentou.

Os produtos são vendidosno quilo e em unidade, movi-mentado as vendas. “É o segun-do mês do ano que as vendassão mais movimentadas, só per-dendo pra dezembro. Por issonos programamos com ante-cedência”, informa o gerenteMarcelo Rocha.

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Jogos da Copa do Mundo aumentam as vendas de fogos nas barracas que estão instaladas na Avenida Ceci Cunha, no centro de Arapiraca

Moradores preparamestrutura da festa

Fotos: Carolina Sanches

Concurso mantém tradição junina em 40 comunidades de ArapiracaMantendo as tradições ju-

ninas, comunidades deArapiraca participam doConcurso de Resgate a CulturaJunina. Os locais são decora-dos como uma vila típica dointerior, com igreja, casinhas,barraquinhas de comidas típi-cas e artesanato. Para comporainda mais o ambiente, repen-tistas e grupos de forró se apre-sentam nos locais e o público

pode assistir, gratuitamente,as apresentações das tradicio-nais quadrilhas juninas e cocode roda.

Durante o mês de junho,40 comunidades se responsa-bilizam para organizar o es-paço. Uma comissão julgado-ra visitará comunidades tantona zona rural quanto na zonaurbana para observar o traba-lho realizado pelos morado-

res. Serão duas comunidadespor noite até o dia 26 destemês. Na avaliação, os juízesvão observar decoração, comi-da típica, dramatização, par-ticipação da comunidade, se-gurança, música regional entreoutros quesitos.

O secretário de Cultura deArapiraca, Arnaldo Barbosa,explicou que o concurso já setornou uma tradição na cida-

de e que o objetivo de preser-var a cultura regional tem sidoalcançado. “Além de lembrara data, com o resgate dos fes-tejos juninos os moradoresestão cada vez mais empenha-dos em manter a comunidadelimpa e organizada”, desta-cou.

Nas comunidades, o pre-parativo anima os moradores.O organizador da comunida-

de do bairro Brasília, FranciscoChagas, explicou que cada co-munidade participante rece-beu ajuda de custo no valor deR$ 700,00, além de infra-es-trutura necessária para a rea-lização do evento. “As comu-nidades receberam um kit comlonas, banheiros, tablado e so-norização”, afirmou.

Para Chagas, a participa-ção no concurso faz com que

os moradores se mobilizem emfazer uma grande festa. Eleconta que já participa dos fes-tejos há 7 anos e que cada vezmais as pessoas se mobilizampara melhorar a apresentação.“O mais importante não é ven-cer o concurso, mas manter atradição no bairro de uma festaque aos poucos esta perden-do a essência”, ressaltou o mo-rador.

Comerciantes de fogos esperam aumentar vendasAs barracas que vendem

fogos de artifícios estão monta-das na Avenida Ceci Cunha, nocentro de Arapiraca. Os comer-ciantes esperam com expectati-va aumentarem as suas vendas.Eles contaram que, comparadoao mesmo período no ano pas-sado, a procura já melhorou.Um dos fatores apontados é acopa do mundo.

A expectativa é que as ven-das aumentem a partir de ama-nhã, véspera do jogo do Brasil.“As pessoas já começaram a per-guntar sobre os fogos, mas asvendas mesmo devem melho-rar quando começarem os jo-

gos”, disse a comerciante JosefaBarboza, ao destacar que entreos fogos mais procurados estao rojão.

Os preços dos fogos de ar-tifícios variam de uma barracapara outra. O menor valor queo consumidor deve encontrar éde R$ 0,50 e o maior pode che-gar a R$ 300,00. Adona de casaMildes Araújo, 53, disse quecompra fogos para netos e fi-lhos. Ela mora no Sitio Oitizeiro,zona rural de Arapiraca, e con-tou que sente falta das grandescomemorações no período ju-nino.

“Antigamente muita gente

soltava fogos e acendia foguei-ra. Hoje, essa tradição já esta di-minuindo. Na minha casa sem-pre compro fogos para os meusnetos, mas não deixo que elesbrinquem sozinhos para evitaracidentes”, expôs.

Para evitar acidentes, oServiço de AtividadesTécnicas (SAT) do Corpo deBombeiros já realizou umainspeção nas barracas. Dentreas medidas de segurança ava-liadas esta a distância entreuma barraca e outra que deveser de 3m a 5m e que estas es-tejam sobre cimento rústico enão liso. O estoque dos fogos

deve estar organizado dentrode caixas de papelão e emcada barraca deve conter doisextintores de incêndio, umbalde de água.

CONCESSÃO – O atesta-do de concessão de comerciali-zação de fogos de artifício é emi-tido pelo Corpo de Bombeirosapós a realização das inspeções.O documento poderá ser revo-gado caso o comerciante infrin-ja alguma das exigências ou nor-mas de segurança. O comercian-te que for pego irregularmenteterá o seu produto apreendidoe responderá sanções.

Arraiá tem programação diversificada

A programação do Arraiáde Arapiraca “Tem Festançano Interior” novamente diver-sifica o estilo musical paraagradar diversos públicos. OMercado do Artesanato e oLago da Perucaba serão ospólos com apresentações gra-tuitas. No Mercado do Arte-sanato a proposta, como nosanos anteriores, é valorizar acultura local com apresenta-ções de artistas da terra.

A festa no Mercado doArtesanato do começou nodia 4 de junho e se estendeaté o dia 29. Entre as atrações,nomes como Sertanejos doForró, Zeza da Sanfona, Ed-gar do Acordeon, FamíliaMoreira e Ari de Queiroz ebanda. “São João de Arapi-raca demonstra a integraçãode comunidades e o espíritoalegre e festivo de nossagente. É uma grande demons-tração de organização. Preci-samos cada vez mais reativara nossa cultura regional”,disse o prefeito de Arapiraca,Luciano Barbosa.

Este será os segundo ano

dos festejos no Lago daPerucaba. Além de show debandas de forró, o públicocontará com uma praça de ali-mentação. As atrações come-çam dia 20 e terminam no dia29. dentre as atrações estãoprevistas Forró dos Plays,Magnificos, Eliane, JulinhoPorradão, Jorge de Altinho,José Orlando, Baby Som, Ex-presso Forronejo, Mano Wal-ter, Karisma e Ivaldo Maceió.

A divulgação das atraçõesque serão apresentadas nosfestejos juninos do municípioanimou os empresários dosetor de serviços, que estãoentre os que mais lucram coma circulação de pessoas.

A festança ainda conta como tradicional desfile de carro-ças de burro, previsto para opróximo dia 18, e o arrastãodas quadrilhas, no dia 27. “OSão João está deixando deser tipicamente local, com pe-quenas festas, para se tornaruma festa que atrai morado-res de várias cidades”, disse osecretário de cultura ArnaldoRocha.

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Caixas d’água são apontadas como um dos principais focos Supervisor diz que casas de veraneio possuem focos do mosquito

Casas de veraneio prejudicam trabalho

Se o índice de infestação predialem Maragogi está acima do reco-mendado pela Organização Mun-dial de Saúde, isso se deve, em par-tes, às casas de veraneio do segun-do maior pólo de turismo do Es-tado. AVigilância Epidemiológicacalcula que 40% dos focos do mos-quito Aedes aegypt estão nesse tipode moradia, que passa a maiorparte do ano fechada e fica abertaapenas durante a alta temporada– entre dezembro e janeiro.

“As casas de veraneio aindasão nosso maior problema, por-que os agentes de endemias nãoconseguem entrar em contatocom os proprietários e agendaras visitas para eliminar os focos.Embora muitas tenham caseiros,elas passam a maior parte do anofechada. Isso dificulta o trabalhode prevenção e aumenta os ris-cos de epidemia da doença, prin-cipalmente com a chegada do pe-ríodo chuvoso”, explicou Cíceroda Silva, supervisor de endemias.

Cícero da Silva afirma que ospovoados de Barra Grande ePeroba abrigam o maior númerode casas de veraneio, e que, porisso, estão entres as áreas commaior índice de infestação pre-dial. “Como as casas ficam fecha-das, nós aproveitamos apenas operíodo da alta temporada pararealizar as visitas e tentar contro-

lar os focos. Mas estamos buscan-do apoio, junto ao Ministério Pú-blico para evitar que situaçõescomo estas se repitam”.

Para a coordenadora da Vi-gilância Epidemiológica de Mara-gogi, Rosana Rios, o número decasos de dengue registrados na ci-dade deve crescer ainda mais coma chegada do período chuvoso.Rios lembra que o problema nãoé exclusivo de Maragogi e quetodo o Estado enfrenta uma epi-demia. Segundo ela, os integran-tes do Programa Saúde da Famíliaestão percorrendo as residências eorientando a população sobrecomo eliminar os focos do mosqui-to, não deixando água parada.

“Os membros do PSF estão per-correndo as casas e orientando osmoradores, mas falta colaboração.O trabalho deve ser feito em con-junto, em parceria com a população.A chegada do período de chuvasdeve aumentar o número de casosregistrados, por isso estamos aler-tando a população. Todos devemtampar bem as caixas d’água, nãoguardar pneus e garrafas em áreasdescobertas, nem deixar água pa-rada em vasos”, disse.

Rosana Rios lembra que ossintomas da dengue são doresde cabeça e nas articulações, vô-mito e manchas avermelhadasna pele.

Município pode acionar o MPE

A ouvidora-geral de Ma-ragogi, Célia Vieira, garan-te que a Secretaria de Saúdeda cidade pode solicitar doMinistério Público Estadual(MPE) e da Justiça apoiopara que os agentes de en-demias visitem residênciasfechadas. A medida deve sertomada para evitar a proli-feração do mosquito Aedesaegypt e conter os casos dedengue que assolam o mu-nicípio – chega a 105 o nú-mero de notificações.

“A medida é a alternati-va encontrada para que osagentes de endemias pos-sam entrar nas residências,principalmente das áreasmais afastadas do Centro.Falta colaboração por partedos moradores, que aindaresistem à presença dosagentes. Isso acontece tantonas casas de veraneio comoem residências habitadas.Há que se entender que adengue é prejudicial a todosnós”, ressaltou Célia Vieira.

Conforme a ouvidora-geral, o município enfren-tou o mesmo problema noano passado e contou como apoio do MPE para solu-cioná-lo. Vieira explicouque os povoados de SãoBento, Barra Grande ePeroba são as áreas consi-deradas mais críticas.“Nessas áreas, o número decasas de veraneio é grande.Além disso, são os locaisonde a população mais re-siste à presença dos agentes

de endemias”, completou.

MPE - A promotora deJustiça Francisca Paula San-tana disse que o MinistérioPúblico Estadual deve noti-ficar os proprietários de re-sidências fechadas para quecompareçam na sede do ór-gão e expliquem os motivospelos quais os agentes nãopuderam realizar a vistoria.Quem não comparecer aochamado do MPE ou nãocumprir a determinação po-derá responder judicialmen-te pelo crime de atentado àsaúde pública.

“Mesmo sendo uma pro-priedade privada, trata-sede um crime contra a saúdepública. O mosquito da den-gue alcança um raio de 100metros e pode picar a popu-lação, gerando até uma epi-demia. Quem não compare-cer ao chamado responderápor isso e o município pode-rá utilizar o seu poder depolícia para entrar nas casas.Tudo o que for danificadodurante a ação deverá serreposto”, completou a pro-motora.

Outra alternativa apon-tada pela promotora é a so-licitação de um mandadopara vistoriar as residências.Neste caso, a Secretaria deSaúde de Maragogi teria queingressar na Justiça Comum.“Mas, deve-se ressaltar quea prefeitura tem poder depolícia e pode entrar nas re-sidências”.

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Municí iosp

Dengue volta a preocupar MaragogiÍndice de Infestação Predial no município é quase o dobro do recomendado pelo Ministério da SaúdeEduardo AlmeidaRepórter

MARAGOGI - As campa-nhas educativas contra a den-gue, desenvolvidas pelo Minis-tério da Saúde em todo o País,parecem não estar surtindo oefeito desejado. Um relatórioapresentado pela Secretaria deEstado da Saúde, esta semana,mostra que Alagoas registroumais de 21 mil casos da doen-ça desde o início do ano – des-taque para os números no in-terior. Em Maragogi, na regiãonorte, o índice de infestaçãopredial é de 1,81%, quase odobro do recomendado.

Conforme a OrganizaçãoMundial de Saúde, o índice que

mede a quantidade de imóveiscom focos do mosquito Aedesaegypt não deve ultrapassar1%. Quando o indicador variaentre 1 e 3%, como acontece emMaragogi, a Vigilância Epide-miológica do município entraem estado de alerta. Já em casossuperiores a 3%, a cidade correrisco de surto da doença. Paraevitar uma epidemia de den-gue, a Secretaria de Saúde deMaragogi decidiu intensificaros trabalhos.

O supervisor da VigilânciaEpidemiológica do município,Cícero Barros da Silva, explicaque os dezoito agentes de ende-mias estão percorrendo as resi-dências do município em buscade focos do mosquito transmis-

sor da dengue. Entre as açõesdesenvolvidas estão os “blo-queios” de quarteirões e a uti-lização de larvicidas. Com oapoio dos agentes de saúde,também estão sendo distribuí-dos panfletos sobre formas deevitar focos do mosquito.

“Os agentes de saúde estãoauxiliando os de endemias notrabalho de prevenção. Alémdas visitas às residências, coma distribuição de larvicidas, estásendo realizado um trabalhopara educação, porque é preci-so que a população cooperepara que o número de casos dadoença diminua no município.Não adianta a Vigilância Epide-miológica realizar um bom tra-balho e não contar com o apoio

dos moradores, que sofremcom o problema”, expôs o su-pervisor.

O índice de infestação pre-dial na área urbana da cidadechega a 1,4%, enquanto a somadas áreas urbana e rural é de1,8%. Dados da secretaria domunicípio mostram que, entrejaneiro e maio deste ano, 105casos de dengue foram notifi-cados, mas apenas quatro con-firmados. Mas o número podeser ainda maior, pois a pastaaguarda a chegada de exames.Um fator que pode contribuirpara os baixos números é o fatoda população não procurar ospostos de saúde.

“A quantidade de casos no-tificados é considerado alto

para um município com umapopulação estimada em 25 milhabitantes. Embora o númerode confirmações esteja baixo, oíndice de infestação predialmostra que devemos ficar emalerta, porque corremos o riscode epidemia da doença caso elacontinue a crescer. Com a che-gada do período chuvoso a si-tuação deve se agravar aindamais, pois favorece o surgimen-to do mosquito”, contou o su-pervisor.

Um mapa da doença emMaragogi mostra que a zonarural do município concentrao maior número de casos. Ospovoados de São Bento, BarraGrande e Peroba são aponta-dos como as áreas mais críti-

cas. Na área urbana, o Largodo Carvão registra o maior ín-dice de infestação, o que moti-vou a Vigilância Epidemioló-gica a intensificar as ações nes-sas áreas desde o mês passa-do, como revela o supervisorCícero Barros da Silva.

“Não que as demais áreasnão sejam importantes, mas de-vemos combater os focos paraevitar a proliferação do mos-quito. A Secretaria de Saúdetambém enviou um ‘carro fu-maçê’ para auxiliar o trabalhodos agentes de endemias.Esperamos reduzir os índicesnos próximos dias, com os tra-balhos de prevenção e de com-bate que estão em andamen-to”, completou.

Agentes de saúde vistoriascasas para impedir o foco do mosquito

Lula Castelo Branco

Fotos: Eduardo Almeida

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Economia

Sem investimentos, durante anos, fornecimento é tido como inadequado

Investimentos da estatal são maiores

Contudo, vale ressalta quea Eletrobras Alagoas pretendeinvestir mais do que os US$ 152milhões captados no Bird. Apartir deste ano até 2014, a com-panhia vai direcionar R$ 917milhões em obras de reestru-turação, modernização e ex-pansão no sistema de distribui-ção alagoana. De acordo comAdjar Vieira Barbosa, represen-tante institucional da Diretoriade Planejamento da EletrobrasAlagoas, só para este ano, estãoprevistos R$ 228,5 milhões eminvestimentos em melhoria narede. Em 2011, estão previstosoutros R$ 271,1 milhões. “Oplano de investimentos foi ba-seado em estimativas de cres-cimento da demanda por ener-gia no Estado”, diz o executivo.

Além disso, outra boa novana área de investimentos foiconfirmada neste final de se-mana. A Companhia Hidroe-létrica do São Francisco (Chesf)arrematou sexta-feira o lote dasubestação de energia de Ara-piraca no Leilão de Transmissão

realizado pela Agência Nacio-nal de Energia Elétrica (Aneel),na Bolsa de Valores de São Pau-lo (Bovespa). Aoferta vencedo-ra da empresa de economiamista registrou apenas 17% dedeságio sobre a Receita AnualPermitida Máxima, chegando aR$ 5,3 milhões.

O contrato de concessãodeve ser assinado pela Chesfaté o final deste mês e, a partirde então, a previsão de entra-da da operação comercial danova subestação é de 24 meses.Com a conclusão da obra, vá-rios municípios do Agreste edo Sertão de Alagoas serão be-neficiados, sobretudo Arapira-ca, Limoeiro de Anadia, Jun-queiro, São Sebastião, TeotônioVilela, Coruripe e Jequiá daPraia. O empreendimento vaiatender, inclusive, a demandade energia do distrito indus-trial de Arapiraca, do ShoppingPátio Arapiraca e da Minera-dora Vale Verde, viabilizandoa concretização dos investimen-tos.

Projeto Energia + tem amplos objetivos

“Em síntese o Projeto Ener-gia +, - que tem como objetivoprincipal a melhoria da quali-dade do fornecimento, a redu-ção das perdas elétricas moti-vadas por razões técnicas, ofurto e a sustentabilidade em-presarial -, financiará a aquisi-ção de bens, equipamentos,obras e serviços para o reforçodas redes de distribuição, im-plantação de infraestrutura demedição avançada, moderni-zação dos sistemas de gestãoda informação e a capacitaçãoinstitucional e operacional dasseis empresas de distribuiçãoem áreas como a gestão basea-da em resultados, gestão de im-pactos ambientais e sociais, econscientização das comunida-des no que se refere ao uso daenergia elétrica”, explica o exe-cutivo.

Ariovaldo Stelle conta queo montante do empréstimo ob-tido com o Banco Mundial seráacrescido pela Eletrobras, comocontrapartida, um valor adicio-nal de US$ 214,3 milhões, tota-lizando assim US$ 709,3 mi-lhões para as seis empresas.“Do valor total do empréstimo,aproximadamente US$ 152 mi-lhões serão investidos na Ele-trobras Distribuição Alagoas,sendo US$ 106 milhões prove-nientes do Banco Mundial eUS$ 46 milhões da Eletrobras”,calcula.

Segundo Stelle, o montan-te destinado a Alagoas será apli-

cado, exclusivamente, nos pro-jetos de redução de perdas ena melhoria da qualidade doserviço. “Faremos a reabilita-ção e reforço no sistema de dis-tribuição em média e baixa ten-são, além da implementaçãode infraestrutura de mediçãoavançada e pretendemos mo-dernização nosso sistema degestão”, afirma, citando aindaque parte dos recursos financei-ros será aplicada no fortaleci-mento institucional da empre-sa.

“A Eletrobras somente po-derá solicitar tais recursos a par-tir da efetiva assinatura do con-trato de empréstimo com a or-ganização internacional. Parareceber os recursos do BancoMundial, a Eletrobras fará so-licitação de adiantamentos pormeio de Relatórios Financeirospreviamente acordados com aentidade e de acordo com o es-tabelecido no cronograma dedesembolso do Projeto Energia+”, diz o executivo. De acordocom ele, o empréstimo terá pra-zo de treze anos e meio, incluin-do cinco anos e meio de carên-cia, taxas de juros de Libor 6meses (London Interbank Offe-red Rate - taxa preferencial dejuros oferecida para grandesempréstimos entre os bancosinternacionais que operam nomercado londrino), acrescidade spread a ser fixado na datade assinatura do Contrato deEmpréstimo.

União salva energia de AL do colapsoGoverno federal, através da Eletrobras, confirma forte investimento no Estado com foco na melhoria dos serviços

Patrycia MonteiroRepórter

O Brasil é o País que possuio maior volume de recursos apli-cados pelo Banco Mundial (Bird),com o total de US$ 13,5 bilhões.E, há duas semanas, esse aportede capital foi reforçado por maisuma operação de crédito vulto-sa. Trata-se de um financiamen-to de US$ 495 milhões obtido pe-la Eletrobras na instituição finan-ceira de fomento internacional.Os recursos serão destinados ao

Programa de ReestruturaçãoOperacional das seis distribui-doras da estatal, localizadas noNorte e no Nordeste, entre elasa Eletrobras Distribuição Ala-goas, a antiga Ceal.

Com a operação, o Bird pre-tende beneficiar três milhões depessoas em 118 municípios aten-didos por essas empresas. “Oprojeto vai quebrar o círculo vi-cioso (de perdas financeiras) eajudar a remover gargalos parao desenvolvimento econômicoe social da população dessas re-

giões”, afirmou o diretor do Ban-co Mundial para o Brasil, Makh-tar Diop.

De acordo com a EletrobrasDistribuição Alagoas, os recursosfinanceiros captados serão dire-cionados ao Projeto Energia +que abrange as seis empresas dedistribuição elétrica do SistemaEletrobras: Eletrobras Distribui-ção Alagoas, Eletrobras Distri-buição Acre, Eletrobras Amazo-nas Energia, Eletrobras Distri-buição Piauí, Eletrobras Distri-buição Rondônia e Eletrobras

Distribuição Roraima.“Tais empresas, que passa-

ram recentemente a fazer partedo portfólio de negócios daEletrobras, tem um papel impor-tante para o processo de desen-volvimento econômico susten-tável e geração de empregos nosestados em que atuam, sendoreconhecidas também como ins-trumento indutor para a reduçãoda pobreza, a promoção da cida-dania e a inclusão social no País”,afirma Ariovaldo Stelle, coorde-nador Geral da Unidade Gestora

do Projeto Energia + da Eletro-bras Alagoas. Segundo o execu-tivo, devido os elevados custosde operação em áreas remotas erurais e a predominância de con-sumidores de baixa renda, as seisempresas atualmente necessitamde significativo apoio federal,notadamente pelo histórico deprejuízos nelas acumulados.

“O não-pagamento peloabastecimento de eletricidade,inclusive por parte de grandesconsumidores, resultou em ma-nutenção inadequada do siste-

ma elétrico e um serviço de pés-sima qualidade em diversas re-giões, com interrupções de for-necimento, algumas de longaduração e baixa capacidade deinvestimento em reabilitação eexpansão”, diz, mencionandoque para mudar este cenário, aEletrobras decidiu promoveruma mudança na governançadestas organizações, determi-nando a elaboração de um pro-jeto que proporcionasse uma me-lhoria no desempenho operacio-nal e financeiro.

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AA2266 Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Adriano Lima comprou TV nova, a segunda da residência para ver jogos Para Manoel Galvão o Brasil precisa ganhar no primeiro jogo As bandeirinhas verde e amarelo lideram as vendas, diz Jurandir

Redes de supermercados promovem sorteioO gerente regional do GBar-

bosa em Alagoas, Ismael Leite,informou que em toda copa éregistrado aumento das vendasde televisões e, neste ano, as demodelos de maior valor agrega-do ( LCDs e Plasmas Full HD)são as campeãs. “Aindústria pro-jetou, em janeiro deste ano, um

crescimento em torno de 10%em TVs, com migração de tecno-logia para as TVs de LCDs ouPlasmas. Na proximidade dacopa, este crescimento está sendosignificativo, acima de 30%”, diz.

As TVS mais vendidas na redesão LCDs de 21 a 32 polegadas.Mas, para ampliar a lucratividade

com o evento, a varejista apostouna diversidade com estoque emtodos os produtos alusivos à Copa.

“O Brasil é o País do futebol, deum povo alegre e a Copa é ummomento de festa, churrascos, en-contros, aumentando muito o con-sumo destes gêneros, chegando afaltar algumas marcas por dificul-

dade de atendimento dos pedidospor parte da indústria”, relata.

Para atrair mais clientes, arede GBarbosa lançou em marçoa campanha Seleção GBarbosa,que está sorteando TVs de LCDe um carro zero quilômetro nastrês praças onde atua (Alagoas,Bahia e Sergipe).

Tecnologia atraiconsumidores

De olho na Copa do Mun-do, tradicionalmente cresce aprocura por televisores. Porisso, o Bompreço comproucerca de 60% mais de TVstelas finas (plasma e LCD)para a região Nordeste. Só emmaio, a venda dos aparelhoscresceu 120%, na comparaçãocom o mesmo período do anopassado, na região.

Além do evento mundial,o fator tecnológico é um dosimpulsionadores deste au-mento. “Historicamente, ven-dem-se mais televisões emanos de Copa do Mundo.Desta vez, a diferença é a con-vergência de tecnologias, queremete ao bom desempenhodo setor”, diz o diretor co-mercial, Jeferson Silva.

O fato é que o processonatural de troca de aparelhosconvencionais de tubo paramodelos telas finas, aliado aoadvento da TV digital, deixaa estimativa ainda maior. Parase ter uma ideia, na Copa de2006, só com a troca de novosequipamentos, o incrementonas vendas no primeiro se-mestre em comparação com2005 chegou a 10%.

O diretor comercial, aindadestacou que, em 2006, as TVsde tela fina chegavam a cus-tar de 4 a 5 vezes mais do queo valor do aparelho atualmen-te. “Hoje, é possível encon-trar nas lojas do Bompreço,por exemplo, televisor deLCD de 22 polegadas pormenos de R$1 mil.

Com TV plasmae sem viagens

Na Copa, as pessoas gos-tam de reunir os amigos e afamília para assistir os jogos.Este ano, a tradição estásendo mantida, segundo opresidente da AssociaçãoBrasileira dos Agentes deViagens, Carlos Palmeira.Nesse período as vendas depacotes de viagem dimin-uem, as empresas de turis-mo conseguem vender maiso São João do Nordeste.

Para compensar a falta deturista, o empresário Marciodo Coelho, do Ritz Lagoa daAnta, está programando noSalão Verão o evento abertoao publico para quem dese-ja torcer pelo Brasil.

Haverá até cardápio es-pecial com receitas criadaspara a copa como o “Vuvu-zela de batata e macaxeira”,e ainda tem direito a brin-des.

O hotel Ponta Verde tam-bém já decorou o ambienteem verde e amarelo, e nosalão onde acontece o turis-mo de eventos será o espaçoaberto ao público para hos-pedes e alagoanos torcerempelo Brasil.

Segundo o empresárioMauro Vasconcelos a copacoincide com a baixa tempo-rada. “Este mês já é fraco e acopa inibe viagens, realmenteas pessoas preferem compraruma nova TV em vez de vi-ajar. Mas o hotel já temalagoanos, que serão nossosclientes cativos”, disse.

Copa estimula vendas no comércioTVs de plasma ou de LCD lideram as vendas, mas as camisas e bandeiras verde e amarelo estão em alta

Nide Lins

Repórter

Durante dois dias o eletricis-ta Adriano Lima pesquisou nocentro de Maceió o preço de TVde plasma para assistir a Copa doMundo. Ele conseguiu comprarna última sexta-feira um apare-lho de 32 polegadas na promo-ção por R$ 999,00. “Já queria umaTV, agora estou com duas tele-visões em casa.A nova vai para

meu quarto para torcer peloBrasil”, disse o eletricista quecomprou o equipamento à vista.

Assim como Adriano, o co-mércio está torcendo pela vitóriada seleção canarinho, porque hádez dias a venda de televisões,camisetas, bonés e outros artigosda copa estão aquecidas. Da gran-de rede ao comercio popular.

O vendedor da loja Guido,Aluisio Alfredo, vestido com acamisa da seleção é testemunha

do crescimento da economia noperíodo da Copa. “Vendemosem média sete TVs por dia, asmais procuradas são as de últi-ma geração com conversor digi-tal. As pessoas estão querendoassistir os jogos com imagemperfeita”, disse ele, afirmandoainda que as vendas do períodoequivalem ao Dia das Mães.

“Não preciso nem gritar, osclientes vem direto comprar a ca-misa do Brasil”, relata o microem-

preendedor individual, ManoelGalvão, que já vendeu quase milcamisas em um mês. “O Brasildeve ganhar logo no primeirojogo para despertar o povo, por-que vende mais. Até vou ter queraumentar meu estoque, claro, seo Brasil ganhar. A venda paraesta copa me surpreendeu”, con-ta Galvão, especializado no co-mércio de camisas dos times.

As bandeirinhas são as cam-peãs de vendas e em segundo lugar

estão as barulhentas cornetas ou“vuvuzelas”, relata o vendedorJurandir Cavalcante, que chega acomercializar, em média, 120 ban-deirinhas por dia no valor de R$2,00 cada. “Vamos torcer para oBrasil ganhar para eu vender todomeu estoque de bandeirinhas”.

No comercio popular do Jacin-tinho, as vendas de camisas tam-bém estão aquecidas. Segundo ogerente da loja Via Blue, BrunoKleber, em 15 dias foram vendi-

das 200 camisas da seleção, masele está confiante de que até terça-feira, dia do primeiro jogo doBrasil, não vai sobrar camisas, quecustam de R$ 10 a R$ 12.

“Nossa meta é aumentar oestoque, mas tudo vai dependerdo sucesso do Brasil, mas porenquanto vamos torcer para ven-der todas as camisas, as própriascolaboradoras estão vestidas deverde e amarelo para estimularas vendas”, comenta.

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Economia JORNALO JORNALO

Impacto do segmento na economia é considerávelO acanhamento de Alagoas

no mercado brasileiro do turis-mo de eventos é um dado a la-mentar, pois de acordo com umlevantamento realizado pelaFundação Getúlio Vargas (FGV),em parceria com a Embratur, em2008, o impacto econômico gera-do por um evento internacionalé grande na economia local. Ogasto médio diário do turista es-trangeiro de eventos internacio-nais é de US$ 285 contra um gastomédio diário de US$ 68 dólaresempreendidos por um turista delazer. Segundo a FGV, os 254eventos internacionais, contabili-zados pela ICCA em 2008 noBrasil, movimentaram US$ 122milhões em gastos dos visitantes.

Na opinião de Alfredo Rebe-lo, presidente do Maceió Conven-tion Bureau, o tímido desempe-

nho de Alagoas na captação deeventos internacionais se deve aalguns gargalos ainda existentesno mercado turístico local. “NossoCentro de Convenções é peque-no e sem climatização, por issoperdemos nossa competitivida-de na prospecção dos eventos in-ternacionais”, afirma, mencionan-do que a capital alagoana aindaenfrenta problemas com o sanea-mento básico, que prejudica a bal-neabilidade das praias urbanas,e com a segurança pública. “Mas,apesar das grandes dificuldades,estamos trabalhando para incre-mentar o nosso turismo de even-tos e podemos dizer que há seisanos estamos desenvolvendo umtrabalho para consolidação denosso mercado com apoio fun-damental da Secretaria deTurismo de Maceió e a Secretaria

de Turismo de Alagoas”, diz.Rebelo conta que não é fácil

concorrer com Salvador e Recife,só para ficar nas capitais nordes-tinas mais avançadas turistica-mente, porque ambas desenvol-vem há décadas uma política sis-temática de promoção do cresci-mento do setor de Turismo. “Averba de divulgação dos destinosturísticos baianos e pernambuca-nos são muito superiores às nos-sas – o que permite que as secre-tarias de turismo desses estadospossam desenvolver ações demarketing não apenas no merca-do brasileiro, mas também nomercado estrangeiro. Com limi-tados recursos para investimen-to, Alagoas não dispõe de orça-mento robusto para fazer frenteaos investimentos necessáriospara tornar o Estado mais com-

petitivo”, pondera. O presidente do Maceió

Convention Bureau diz que ogoverno do Estado está sensibi-lizado sobre a importância dosinvestimentos na climatizaçãodo Centro Cultural e de Exposi-ções de Maceió. “Mas, ainda nãoestá definido quando as melho-rias serão realizadas”, afirma.“Nossa maior expectativa resi-de na continuidade do trabalhoque estamos desenvolvendohoje, independentemente do pro-cesso eleitoral. A rede hoteleiraalagoana ganhou 30 novos hotéisnos últimos anos, sendo que 12deles se fixaram em Maceió. Nãopodemos permitir que a redeopere com ociosidade, do contrá-rio, muitos hotéis podem que-brar. Então, só nos resta trabalharmuito, apesar das adversidades”.

AL na lanterna do turismo de eventosSegundo levamento da ICCA, Estado registrou apenas uma realização internacional durante todo o ano passado

Patrycia MonteiroRepórter

O Ministério do Turismo ea Embratur estão celebrando oavanço do número de eventosinternacionais realizados noPaís, que pelo quarto ano con-secutivo se manteve entre osdez países que lideram o ran-king da Associação Internacio-nal de Congressos e Conven-ções (ICCA), ocupando a 7ª po-sição. Com 39 eventos a maisdo que o registrado em 2008, noano passado o Brasil sediouexatos 293 eventos internacio-nais, sendo o primeiro e únicopaís latino-americano a ocuparesta posição, desde 2006.

A ICCA é a principal enti-dade mundial de eventos as-sociativos e seu ranking é refe-rência para todo o segmentode turismo de eventos no mun-do. A entidade só contabilizaeventos itinerantes (que acon-tecem em diferentes países),com periodicidade definida enúmero mínimo de 50 partici-pantes. De acordo com dadosconsolidados pelo estudo, oBrasil cresceu 15,4%, enquantoo mundo cresceu 10,8%. Alémdisso, tem sido registrada fortedescentralização na realizaçãode eventos no País: em 2009, 48cidades brasileiras realizarameventos internacionais, contra45, em 2008. Em 2003, quandocomeçou o programa de capta-ção de eventos internacionaisda Embratur, o País ocupava a19ª posição no ranking daICCA e 22 cidades sediarameventos internacionais.

Segundo o ministro do Tu-rismo, Luiz Barretto, a coloca-ção do Brasil no ranking mun-dial e o crescimento contínuodo número de cidades que se-diam eventos internacionais éde grande importância para o

Brasil. “Quando um lugar rece-be um evento internacional,qualifica-se para receber um tu-rista diferenciado, benefician-do-se da movimentação eco-nômica que o evento provoca.A descentralização, portanto,ajuda a gerar emprego e rendanas diversas regiões do País. Oesforço do Ministério vai jus-tamente neste sentido – quali-ficar os destinos e ajudar as eco-nomias locais, contribuindopara diminuir as desigualda-des regionais”, afirma.

Mas, na contramão dessecrescimento, Alagoas configuratimidamente no ranking das ci-dades brasileiras que sediarameventos de porte internacionalno ano passado. Contabilizandoapenas um evento com este per-fil, Maceió ocupa a lanterna dalista, ao lado de 24 cidades,sendo que nenhuma delas é ca-pital de estado. No topo, estáSão Paulo, que realizou 79 even-tos em 2009, quatro a mais queno ano anterior, ocupando o 18ªlugar no ranking mundial decidades. Em seguida vem o Riode Janeiro, que registrou umsalto de 41 eventos realizadosem 2008 para 62 no ano passa-do, subindo 10 posições no ran-king global de cidades – do 36ºlugar em 2008, para o 26º lugarem 2009.

A capital nordestina maisbem posicionada na lista éSalvador, que ocupa a 3ª posi-ção no ranking nacional, com 15eventos internacionais registra-dos, acima de Florianópolis eFoz do Iguaçu. Recife, por suavez, está na 6ª colocação brasi-leira, acima de Búzios, Brasília,Curitiba e Campinas, respecti-vamente. Fortaleza ocupa a 9ªposição, ao lado de Belo Hori-zonte e Gramado, enquantoJoão Pessoa, se posiciona na 11ªcolocação.

Centro Cultural e de Exposições:equipamento necessita de climatização total

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JORNALO JORNALO

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ImobiliárioA28

Imóveis.com

EM FOCO

Vale destacar a presença em Maceió dopresidente da CBIC, Paulo Safady Simão,que se envolveu pessoalmente com a orga-nização do 82º Encontro Nacional da In-dústria da Construção, realizado pela pri-meira vez em Maceió.

Theodomiro Jr. [email protected]

FALTA MÃO-DE-OBRANa abertura do 82º Enic, o presidente da Câmara Brasileira

de Construção (CBIC), Paulo Simão, criticou a atual legislaçãotrabalhista, que ele considera obsoleta e favorável à criação de en-tidades sindicalistas “irresponsáveis”. Dirigindo-se ao presiden-te Lula, Simão afirmou que o setor vive numa corda bamba quan-do o assunto são as regras de trabalho. “As centrais de trabalha-dores passaram a disputar os novos recursos do Ministério doTrabalho, com a criação desenfreada e irresponsável de sindica-tos, em sua grande maioria verdadeiros antros de arrecadação dedinheiro que não representam nada, mas passam a ter cobertu-ra legal de uma legislação que já se mostrou obsoleta e prejudi-cial”, espetou o dirigente. Ao que parece, Safady falou aquiloque muitos empresários gostariam de dizer ao presidente. Tantoque foi acaloradamente aplaudido. Lula ouviu mas não rebateu.

DEDO NA FERIDA

Quem também pôs o dedo na ferida, sendo muitoaplaudido, foi o empresário Felipe Cavalcante, presi-dente da Associação para o DesenvolvimentoImobiliário e Turístico do Brasil (ADIT Brasil).

O PIOR QUE É VERDADE

“Há uma falta de estrutura nos órgãos ambientais.Esperam-se de três a quatro anos para se conseguir umalicença e quando a obra é iniciada surge um órgão am-biental e embarga a construção”, disse Felipe Cavalcante,que suou para iniciar o seu Iloa Vida e Família, em Barrade São Miguel.

FALOU E DISSE

Vale destacar outra frase de Felipe Cavalcante: “Nãoqueremos facilidade em licenciamentos, queremos ape-nas critérios padrões para licenciar os empreendimen-tos.” Falou e disse.

CRÍTICAS E...

A assessora especial da Presidência da República,Mirian Belchior, veio a Maceió para apresentar os avan-ços do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)mas ouviu dos empresários muitas críticas.

...RECLAMAÇÕES

Reunidos no Enic 2010, os construtores reclamaramdo desencontro de informações entre os técnicos do go-verno sobre os custos das obras e dos entraves burocrá-ticos no licenciamento ambiental, que acabam emper-rando a execução das obras e trazendo prejuízos finan-ceiros para as empresas, elas que aportam recursos nacontratação de profissionais antes mesmo do início daobra.

RESPOSTA

A assessora Mirian Belchior prometeu maior agili-dade às obras.

ETIQUETAGEM ENERGÉTICA

Tem gente coçando a cabeça com o anúncio de quea partir de 2022 será permitido apenas a construção deprédios de consumo zero de energia, através de fontesrenováveis. A aplicação do Sistema de Etiquetagens, doInstituto Nacional de Metrologia - semelhante ao utili-zado em aparelhos eletrônicos - também vem tirando osono de alguns construtores.

AUSÊNCIA SENTIDA

Quem frustrou as expectativas foi a presidenciávelDilma Rousseff. Apesar de confirmar presença emMaceió, a pré-candidata não compareceu.

JOR

NA

L

Melhoria do ambiente de ne-gócios, inovação tecnológica esustentabilidade são os pontos-chave da agenda da União Na-cional da Construção (UNC) queserá entregue aos candidatos àPresidência da República comoprograma de política pública dopaís para os próximos 20 anos.

Nesse período, o Brasil pre-cisará de 30 milhões de novasmoradias. As propostas foramtemas do debate dos palestran-tes representantes de 39 setoresda cadeia produtiva da indús-tria da construção reunidos estasemana, em Maceió, no 82ºEncontro Nacional da Indústriada Construção (Enic).

O presidente da Câmara Bra-sileira da Indústria da Constru-ção (CBIC), Paulo Safady Simão,defendeu ações urgentes de pla-nejamento urbano para promo-ver o crescimento sustentável doBrasil. Embora o PIB (ProdutoInterno Bruto) da construção

civil tenha registrado alta de14,9% no primeiro trimestre de2010 ante ao último trimestre de2009, o país ainda enfrenta váriosgargalos, principalmente na áreada universalização do saneamen-to básico. O investimento atualde R$ 6 bilhões fica muito aquémem relação às demandas que seaproximam da cifra de R$ 283bilhões.

Aconstrução pesada tambémapresentou as reivindicações ne-cessárias para superar a deficiên-cia da infraestrutura logística ea falta de mão de obra. De acor-do com o presidente do Sindicatoda Arquitetura e da Engenharia(Sinaenco), João Alberto Viol, osurgimento repentino de inúme-ras obras em diversas regiões re-velou a urgência em investir naqualificação da mão de obra es-pecializada em planejamento.“Se nada for feito haverá um’apagão’ de mão de obra até aCopa do Mundo.” Especialistas e empresários reuniram-se no Centro de Convenções

TINTAS

Até 2016, Brasil precisará de 500 mil pintores

A indústria da construçãocaminha rumo à produção sus-tentável. Não existe volta. Sa-bendo disso, os fabricantes na-cionais de tintas decidiramaportar recursos na capacitaçãode operários especializados empintura dentro do conceito depreservação ambiental paraatender um mercado cuja ofer-ta não acompanha a demanda.

Prova disso é que as empre-sas necessitam de 500 mil pin-tores, declarou o presidente exe-cutivo da Associação Brasileirados Fabricantes de Tintas,Dilson Ferreira, em reunião daUnião Nacional da Construção(UNC) realizada em Maceió.

Ferreira diz que é uma ca-rência de profissionais quetende a aumentar com as futu-ras obras para a Copa doMundo de 2014 e as Olimpíadasde 2016.

QUALIFICAÇÃO

Cursos têm baixaprocura apesar decarências no setor

Apesar da carência da cons-trução civil por profissionaisqualificados, os cursos voltadospara o setor têm pouca procura,afirmou o analista de desenvol-vimento industrial do Senai,Walbeth Rogério Oliveira, emreunião da Comissão de Políticae Relações Trabalhistas (CPRT),durante o 82º Encontro Nacionalda Indústria da Construção(Enic). Segundo ele, uma soluçãopara o problema é a realizaçãode cursos nos próprios cantei-ros de obras.

A falta de mão de obra qua-lificada é uma preocupação dosetor em todo o País, como afir-mou o presidente do Sinduscon-BA, Carlos Alberto Vieira.

"Não ter trabalhadores qua-lificados produz reflexos diretoem nosso cronograma. Nossasobras estão com atrasos em fun-ção disso", afirmou. EuclésioManoel Finatti, vice-presidentedo Sinduscon-PR, sugeriu umacampanha nacional de valoriza-ção de trabalhadores do setorcomo pedreiros e serventes.

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Cresce preocupação com futura escassez de recursos

O setor da construção estápreocupado com o esgotamen-to das fontes de recursos parafinanciamento imobiliário. Otema foi debatido esta semanaem reunião da Comissão deIndústria Imobiliária, duranteo 82º Encontro Nacional daIndústria da Construção (Enic).Segundo o presidente da co-missão, João Crestana, há umanecessidade urgente de se bus-car novas fontes como alterna-tiva para o crédito imobiliáriojá que as projeções mais recen-tes apontam uma futura escas-sez dos recursos da poupançae do fundo de garantia.

"O mercado conta com umvolume de R$ 250 bilhões daPoupança e mais R$ 250 bilhõesdo FGTS, e uma hora issoacaba. Precisamos buscar novasfontes a exemplo dos fundos

de pensão, cujos montantes dis-poníveis são bem maiores", ar-gumenta Crestana. Ele lembraque, enquanto países comoChile e México contabilizam20% de investimentos imobi-liários, no Brasil o índice é deapenas 5%.

Dados da AssociaçãoBrasileira das Entidades deCrédito Imobiliário e Poupança(Abecip) revelam que a cader-neta de poupança representa11% das opções de aplicaçãocom mais de 10 milhões de mo-radias já financiadas. Porém, aestimativa é de que até 2013 oestoque de financiamento re-presentará mais de 65% dapoupança.

O debate entre representan-tes do setor tem o objetivo deconscientizar e mobilizar osempresários em prol da com-

plementação desses recursosno país. O fortalecimento dasecuritização de crédito imobi-liário foi uma das alternativassugeridas na reunião da CIIcomo forma de completar re-cursos. Outra solução aponta-da foram os fundos de investi-mentos que disponibilizam umorçamento de R$ 500 bilhõesaos investidores.

O secretário adjunto dePolítica Econômica doMinistério da Fazenda, DyogoHenrique Oliveira, esteve nareunião como convidado espe-cial. Também participaram dosdebates o presidente da ABE-CIP, Luiz Antônio França, o di-retor da Brazilian Mortgages,Rodrigo Machado, ArthurParkinson, conselheiro doSecovi/SP, e Celso Luiz Petrucci,diretor executivo do Secovi/SP.

DEBATE

Edifícios ganharão sistemade etiquetagem energética

A aplicação do Sistema deEtiquetagens do InstitutoNacional de Metrologia(Inmetro), já utilizado em apa-relhos eletrônicos para o ramode edificações, pode ser a solu-ção para garantir eficiênciaenergética. As construções pre-diais seriam definidas entre "A"(mais econômicas) e "E" (menoseconômicas).

A questão da eficiênciaenergética foi pauta da palestrarealizada pelo especialista noassunto Roberto Lamberts, du-rante reunião da Comissão deMeio Ambiente no 82º Enic, natarde de quinta-feira.

De acordo com Lamberts, aeficiência energética é respon-sável por uma redução nos cus-tos operacionais e dos impac-tos ambientais, além de aumen-to na preservação de recursosnaturais.

"Os edifícios podem ser eti-quetados em duas etapas: naetapa inicial da concepção dosprojetos e no período de entre-

ga dos empreendimentos,dando condições para o con-sumidor avaliar a eficiênciaenergética do empreendimen-to que almeja adquirir", disseLamberts.

Cinco edifícios utilizaram oprocesso de etiquetagem noBrasil em 2009 e há quarentaedifícios em avaliação. Há umadiscussão para tornar a etique-tagem uma questão obrigatóriaa partir do momento que semostre a eficiência do projeto.

A proposta, ainda segundoRoberto Lamberts, é que até2014 a etiquetagem de novosedifícios seja obrigatória e osprédios públicos recebam aclassificação A ou B e, até 2018,todos os prédios do país passa-riam a ser etiquetados.

Além disso, a partir de 2022,seria permitido apenas a cons-trução de prédios de consumozero de energia, utilizando paraisso as chamadas fontes reno-váveis.

Os principais desafios apon-

tados pelos participantes do de-bate para obter um melhor de-sempenho são: o reduzido nú-mero de edifícios etiquetados,a existência de um mercadocom carência por projetos maiseficientes e a necessidade daindústria da construção se atua-lizar e se capacitar.

"Para uma real transforma-ção da eficiência energética énecessária a realização de in-vestimentos em pesquisas e de-senvolvimento, além da capa-citação dos consultores da ca-deia da construção", finalizouRoberto Lamberts.

Para o diretor da ONGÁgua e Cidade, Wilson Passeto,uso racional da água é um dosprincipais desafios que os go-vernos já deveriam estar em-penhados em equacionar. "Omaior problema da água é odesperdício. Para solucionar,são necessários bons projetosde engenharia voltados para osaneamento básico e uma mu-dança de hábito do cidadão”.

Enic: setor conclui agenda para os presidenciáveisEmpresários alertam para “apagão” se medidas não forem implementadas

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JORNALO LO

DoisJORNA

BB11Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ee--mmaaiill:: ccuullttuurraa@@oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr Confira as promoçõesna Revista da TV

Alessandra Vieira

Editora de Cultura

Quando Chico Buarque es-creveu a letra de Retratoem branco e preto, Tom

Jobim implicou. O certo é “re-trato em preto e branco”, disse.“Então tá”, Chico concordouirônico, “e o resto da letra fica:‘Vou colecionar mais um taman-co / outro retrato em preto ebranco”’. Tom cedeu.

Histórias assim, relacionadasàs circunstâncias em que foramcompostas as canções dos gran-des nomes da nossa música, sem-pre despertam curiosidades. Mas,para o clã de Chico, essas parti-cularidades assumem uma di-mensão maior e ganham ares desagrado. São pormenores de mú-sicas que dialogam com a histó-ria do Brasil na segunda metadedo Século 20. Em todos esses mo-mentos é possível ver a suamarca: da Ditadura Militar àsDiretas Já, da abertura à redemo-

cratização, da censura aos movi-mentos populares que vêm daperiferia. Chico também é o nossomaior e mais intenso compositorde canções de amor, de crônica so-cial, de trilhas para teatro, cinemae continua até hoje ocupando umlugar de destaque no cancionei-ro brasileiro. Isso, sem citar a suacontribuição para a literatura.

Quem não gostaria de saberpara quem foi composta essa ouaquela canção? Quem finalmen-te são Carolina, Januária, a Morenados olhos d'água, Beatriz, Angélica,ou a personagem feminina reve-lada na última palavra do últimoverso de Atrás de porta? Quem éa filha dos versos “você não gostade mim, mas sua filha gosta”,em Jorge Maravilha, ou ainda ovocê de Apesar de você? Comoeram as relações do letrista ChicoBuarque com parceiros comoVinicius de Moraes e Tom Jobim,que tiveram importância funda-mental na sua carreira?

Muitas das respostas não são

novidades para a maioria dos“amantes” de Chico, mas nempor isso (perguntas e respostas)deixam de ser curiosas. Numabreve pesquisa na Internet é visí-vel a curiosidade acerca do can-tor, compositor, escritor e sua obra.Acada dia surgem fóruns de dis-cussões e comunidades. Já foramescritos teses, monografias, dis-sertações e livros. A mais recenteobra literária foi lançada em ou-tubro de 2009. Mas, ao contráriode outras, Histórias de canções - quedeu origem a um show -, deWagner Homem, descortina ex-clusivamente o universo em queas canções de Chico aparecem eos fatos que a elas se ligam.

É nela que encontramos ocauso que inicia esta matéria. Nolivro, Wagner Homem (chama-do de Cachorrão pelo amigopoeta), curador do site oficial deChico Buarque, selecionou umacentena de histórias - são mais de130 canções, distribuídas emmais de 40 anos de carreira - re-

lacionadas às composições domúsico. “‘Você vai pagar e é do-brado/ Cada lágrima rolada/Nesse meu penar’. A canção éde 1970 e, para surpresa, chegoua ser liberada pela censura e ven-der cem mil compactos. Tudo iabem, até que uma notinha pu-blicada em um jornal do Rio deJaneiro insinuou que o 'você' era,na verdade, o presidente Médici.Chico, já preparado, disse cinica-mente que se tratava de uma mu-lher muito mandona. Não co-lou”, diz um trecho do livro.

Em Histórias de canções, tam-bém ficamos sabendo que quan-do a censura implicou com umacitação sobre Neruda (“Devolveo Neruda que você me tomou”)na música Trocando em miúdos,Chico argumentou com o restoda letra (e tascou o célebre “enunca leu”) para se absolver docrime de divulgar um poeta co-munista. Colou.

Continua nas páginas B2 e B3.

Por trás das letras de Chico

Em entrevista exclusiva a

O JORNAL, Wagner Homem,

amigo do poeta e autor de Histórias

de canções (livro e espetáculo),

descortina o universo musical e

político em que as composições

do músico carioca, autor das

históricas A banda, Atrás da porta

e Pedaço de mim, aparecem

Arquivo

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB22

Continuação da página B1

- Quando e como surgiu aideia do livro e do show?

A ideia do livro surgiu de-pois de anos administrando osite do Chico. Durante todo essetempo fui acumulando histó-rias e percebendo que elas agra-dam muito ao público. Propus,então, o livro à editora LeyaBrasil, e eles toparam. O shownasceu do livro e por acaso. Fuifazer uma sessão de autógra-fos no Cube Helvétia, em SãoPaulo. Combinei com o meuamigo Rogério Silva que ele to-caria três ou quatro músicas eeu contaria algumas histórias.Só que caiu uma chuva dana-da, e a moça que estava com oslivros ficou presa no trânsito.Enquanto ela não chegasse, nãohavia como autografar. Então,o Rogério ficou cantando e eucontando. Quando os livros fi-nalmente chegaram, já haviatranscorrido mais de uma horae vinte. Aí pensamos: Temosum show. Roteirizamos, cria-mos textos, inserimos docu-mentos sonoros e foto e esta-mos aí.

- Quais são as músicas can-tadas no show?

São muitas músicas. Nemtodas são cantadas inteiras. Masgrandes clássicos, como Abanda, Vai passar, Gente humilde,Apesar de você, entre outras,estão no show.

- Como foi a escolha do re-pertório?

Foi difícil. Mais difícil doque escrever o livro. Afinal, oChico tem mais de 340 compo-sições. O livro tem 133 histó-rias. Evidentemente, isso nãocaberia num show. Escolhemosas canções que tinham histó-rias de forma a cobrir toda acarreira do Chico.

- Das histórias que vocêconta no show, existe uma quese destaca mais/a que vocêacha mais curiosa? Qual o mo-tivo?

Há muitas histórias. Muitasdelas levam o público às garga-lhadas, como as de Ilmo. Sr. CiroMonteiro e Acorda amor, que foiassinada pelo Chico com sendoJulinho da Adelaide, pseudô-nimo que ele inventou para dri-blar a censura.

- Você pretende viajar como espetáculo?

Já temos viajado. Estreamosem Belém do Pará, no teatro

Margarida Schiwwazappa, emmarço, com duas noites de casalotada. Estivemos em Indaiatu-ba e Catanduva, no Estado deSão Paulo, e no momento esta-mos com uma temporada deum mês no Café Paon de SãoPaulo. Estamos negociandocom Recife, Salvador e Natal.Nosso interesse é levar o showa todas as capitais e grande ci-dades.

- Como é a receptividadedo público no show? E em re-lação ao livro?

O livro ficou por várias se-manas entre os mais vendidosem diversas listas e, mesmotendo sido lançado no final deoutubro de 2009, figurou entreos mais vendidos do ano. Maso que dá mesmo a ideia da re-ceptividade é a quantidade dee-mails que ainda recebo falan-do sobre o livro. Quanto aoshow, a aceitação tem sido dasmelhores. As pessoas se diver-tem, riem a maior parte dotempo e passeiam pela obra doChico e pela história recente doBrasil.

- De que maneira você trataa questão da Ditadura no livroe no espetáculo?

Essa questão aparece em vá-rias das histórias contadas por-que a censura era muito vio-

lenta. Eu não trato propriamen-te da ditadura, mas das histó-rias das músicas na época.

- Como você e Chico Buar-que se conheceram? Como éessa amizade?

Conheci Chico em 1989,quando fui convidado a traba-lhar no primeiro songbook dele.Depois, em 1998, propus a eleque construíssemos o seu sitepessoal. Ele concordou. Mora-mos em cidades diferentes, nos-sos contatos são esporádicos esempre relacionados às coisasde sua obra.

- É comum ouvir as pessoascomentarem que músicoscomo Chico Buarque, CaetanoVeloso e Gilberto Gil erammais criativos ou que suas can-ções eram melhores na épocada Ditadura. Qual a sua opi-nião sobre isso?

Não acredito. Sob censuravocê produz o possível. E, por-tanto, não é livre. A arte é oreino da liberdade. Acho queos três são melhores hoje. Nãosó eles, mas outros tantos.

- Você agora está fazendoum livro sobre o Toquinho. Falesobre ele. Em que pé está? Játem previsão de lançamento?

Estou escrevendo junto como João Carlos, irmão do Toqui-

nho. Deve sair no segundo se-mestre. Ele segue a mesma li-nha do anterior. Enfim, contahistórias, de preferência, engra-çadas. No caso do Toquinho háuma particularidade, que é aparceria dele com Vinicius deMoraes por dez anos. Grandeshistórias. Aguardem!

- Parte das músicas femi-ninas de Chico são escritas emprimeira pessoa - particular-mente são as minhas preferi-das. No entanto, ele não vemescrevendo assim. O estilo fazparte de uma fase?

Boa parte dessas músicas,ou quase a sua totalidade, foicriada para personagens de tea-tro ou de filme. Escrever parapersonagem feminino exige quevocê assuma seu ponto de vista.De tanto escrever virou craque.

- As personagens são inspi-radas em pessoas reais?Acontecimentos reais?

Há apenas três músicas comnomes de pessoas que têm aver com personagens reais. Léo(Milton Nascimento - ChicoBuarque), que era o filho de umcasal que acabara de se sepa-rar; Luisa (Francis Hime- ChicoBuarque), feita para as filhas.Ambos têm filha com essenome; e Angélica (Miltinho-Chico Buarque), que se refere àestilista Zuzu Angel, cujo filhofoi morto pelos órgãos da re-pressão.

- Chico aprovou o livro e oshow? Qual foi a reação dele?

Antes de mandar para a edi-tora, eu enviei para ele dar umaolhada e ele mandou um e-maildizendo: “Gostei da leitura, fluimuito bem. Fiz algumas corre-ções, até de erros de digitação,e assinalei-as com asteriscos.Enquanto lia, eu pensava, tenhouma história boa para contarao Cachorrão. Mas, à medidaque o livro avançava, todasessas histórias apareciam. Voupensar mais um pouco, procu-rar alguma anedota inédita,mas acho que você conhecetodas, melhor que eu”.

O Chico é tímido mesmoou é uma espécie de persona-gem inventado por ele para“justificar” a sua discrição?

Ele é reservado. Tímidonunca. É um brincalhão demarca maior. (A.V.)

Continua na página B3.

Vale registrar que o site oficial de Chico Buarque(www.chicobuarque.com.br) ganhou por três anosconsecutivos o prêmio iBest, concurso de websitescorporativos e pessoais criado em 1995 para incen-tivar as iniciativas do mercado, que acabava de nas-cer, e, hoje, tornou-se mania nacional.

Com o layout aprovado e todas as letras revisa-das pelo próprio músico, Wagner começou a incremen-tar o site colocando fatos interessantes da obra deChico, que ouvia ou lia em algum lugar, em um linkdenominado "Notas". A página cresceu e passou a seruma das mais procuradas pelos internautas, curio-sos em conhecer os bastidores da vida do artista.

A ideia do livro, contando as histórias por trásda obra de Chico Buarque, partiu de um amigo doautor, Sérgio Nogueira, que acabou se afastando doprojeto, mas nunca deixou de incentivar o parceirona empreitada.

Além do site de Chico Buarque, Wagner fez tam-bém os da cantora Maria Bethânia e do escritor MarioPrata.

“Chico é reservado. Tímidonunca. É um brincalhão

de marca maior”Na obra, Cachorrão lembra a música Linha de

Montagem, com os trechos “Gente que carrega a tra-lha/ Ai, essa tralha imensa chamada Brasil/ Sambe sambeSão Bernardo/ Sanca São Caetano/ Santa Santo André/Dia a dia Diadema/ Quando for, me chame/ Pra tomarum mé”. Chico iria apresentar esta canção em 1980, emshows organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos do

ABC. Cerca de cem mil ingressos foram vendidos quan-do as exibições foram proibidas pelo regime militar. “Amúsica foi incluída num compacto duplo, e a receitadas vendas, revertida para o Fundo de Greve”, descre-ve.

O autor tem mesmo muitas histórias para contar e,numa entrevista exclusiva ao O JORNAL, Cachorrão -

que é de Catanduva (SP) - diz como surgiu a ideia do livroe do show, como ele e Chico se conheceram e comentasobre as personagens femininas nas músicas do poeta ca-rioca. Infelizmente, Cachorrão respeita com fidelidade adiscrição do amigo e se negou a responder a todas as in-sistentes perguntas sobre a vida pessoal de Chico. Quepena!

Wagner Homem, o Cachorrão (à esquerda), ao ladode Rogério Silva, que o acompanha nos shows

A ideia do livro partiu de umamigo do autor, Sérgio Nogueira

13cb02_cor - NOVA

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07h00 - Info07h30 - Direto da África 08h00 - Copa do Mundo

- Argélia x Eslovênia10h30 - Copa do Mundo

- Sérvia x Gana13h00 - Jogo Aberto14h15 - Conexão África 15h00 - Copa do Mundo

- Alemanha x Austrália 17h30 - Terceiro Tempo20h15 - Conexão África 20h30 - Domingo no Cinema

- Alta Ansiedade22h30 - The Unit - Tropa de Elite23h25 - De Olho na Copa23h30 - Canal Livre00h30 - Liga Mundial de Vôlei Masculino

- Brasil x Holanda02h45 - Mundo Fashion03h15 - Vida Vitoriosa

JORNALO JORNALOVariedadesBB33Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

TTVV AABBEERRTTAAEDUCATIVA Canal 3

01h15 - IURD05h25 - Bíblia em Foco05h55 - Desenhos Bíblicos 06h45 - Nosso Tempo 07h15 - Desenhos Bíblicos08h00 - Record Kiks09h00 - Ponto de Luz10h00 - Alagoas da Sorte

11h00 - Informativo Cesmac11h30 - Conexão 12h00 - Tudo é Possível16h00 - Programa do Gugu 20h00 - Domingo Espetacular00h00 - Serie: Heroes01h15 - IURD

TV GAZETA

05h50 - Santa Missa 06h50 - Sagrado07h00 - Gazeta Rural 07h30 - Pequenas Empresas08h05 - Copa 2010

- Argélia x Eslovênia 10h40 - Copa 2010

- Sérvia x Gana13h00 - Grande Prêmio do Canadá

de Fórmula 1

14h50 - Copa 2010- Alemanha x Austrália

17h40 - Domingão do Faustão20h45 - Fantástico23h15 - SOS Emergência23h45 - Domingo Maior

- Por Um Fio01h10 - Sessão de Gala

- Correndo Com Tesouras 03h15 - Corujão

Canal 7 TV BANDEIRANTES Canal 38

TV ALAGOASA emissora n~]ao forneceu sua programação.

Canal 5

TV PAJUÇARA

Canal 11

06h00 - Via Legal06h30 - Brasil Eleitor07h00 - Palavras de Vida08h00 - Santa Missa09h00 - Viola Minha Viola10h00 - A Turma do Pererê10h30 - Esquadrão Sobre Rodas11h00 - Castelo Rá-Tim-Bum11h30 - Janela Janelinha12h00 - ABZ do Ziraldo12h45 - Curta Criança13h00 - Um Menino Muito Maluquinho13h30 - Catalendas14h00 - Dango Balango14h30 - TV Piá

15h00 - Stadium16h00 - A'Uwê17h00 - Ver TV18h00 - De Lá pra Cá18h30 - Cara e Coroa19h00 - Papo de Mãe20h00 - Conexão Roberto D'Ávila21h00 - Repórter África

- Copa 201022h30 - Nova África23h00 - Cine Ibermédia00h45 - A Grande Música01h45 - DOC TV02h45 - Curta Brasil

Continuação da página B2

Algumas das canções e histórias do livroMeu caro Barão (1981)

Letra: Enríquez-Bardotti - versãode Chico BuarquePara o filme Os saltimbancos trapa-lhões, de J.B. Tanko

“Onde quer que esteja / Meucaro Barão / São Brás o proteja /O santo dos ladrão / Tava na fa-xina / Do seu caminhão / Vi essamaquina / De escrever no chão /Escovei a nega / Lavei com sabão/ Deu uma cócega / Nos calo damão. / Pronto / Ponto / Tracinho,tração / Linha / Margem / Meucaro Ba... / Vire a pagina /Continuação / Ai, essa maquina/ Tá que tá que é bão / Como eulhe dizia / Meu caro Barão / Asua ausencia / É uma sensação /O circo lotado / Cidade e sertão/ Domingo, sábado / Inverno everão / Pronto / Ponto / De excla-mação / Linha / Margem / Meucaro Barão. / Tem gargalhada /Tem sim senhor / Tem muita es-trada / Tem muita dor / Venha,Excelência / Nos visitar / Estamossempre / Noutro lugar. / Dizemque virgula / Aspas, travessão /Coisa ridícula / Dizem que oBarão / Que o Barão, meu caro /Tinha a faca, o pão / O queijo eos passaros / Voando e na mão /Pois eu tenho ouvido / Que o po-bretão / Tá magro, pálido / Semocupação / Pronto / Ponto / De in-terrogação / Linha / Margem /Meu caro Barão. / Venha,Excelência / Nos visitar / A casaé sempre / De quem chegar / Sea Senhoria / Vem pra ficar / Bastaalgum dia / Se preparar / Prarodar com a gente / Pra fazerserão / Pra ficar contente / Comermacarrão / Pra pregar sarrafo /Pra lavar leão / Pra datilografo /Bilheteiro, não / Pra fazer faxina/ Nesse caminhão / Cuidar damaquina / E não ser mais Barão/ Linha / Margem /Etcétera e tal/ Pronto / Ponto / E ponto final”.

No filme, os Trapalhõesacham uma máquina de datilo-grafia e decidem mandar umacarta ao Barão, dono do circo emque trabalham, que fugira com odinheiro. Para mostrar as dificul-dades que eles tinham com a lín-gua e com o teclado, Chico tira oacento de várias palavras e fazcom que rimem com outras (fa-xina com maquina, dizia com au-sencia, lotado com sabado, virgu-la com ridicula, ouvido com pa-lido, etc.). Além disso comete,propositalmente, erros de con-cordância em frases como “osanto dos ladrão” e “Deu umacocega/ Nos calo da mão”. Os ar-ranjos musicais incluem os sonsda máquina utilizada pelosTrapalhões. Em 1989, quando eupreparava as letras para o livroChico Buarque letra e música,Chico me ligou pedindo queabrisse na página que continhaMeu caro barão. Para nossa sur-presa, os textos eram diferentes.Antes de enviar o material parao autor, a editora fazia uma revi-são e, num excesso de zelo, cor-rigiu os “erros” ortográficos egramaticais de Chico Buarque

Ilmo. Sr. Ciro Monteiro ouReceita pra virar casaca

de neném (1969)Letra: Chico Buarque

“Amigo Ciro / Muito te ad-miro / O meu chapéu te tiro /Muito humildemente / Minhapetiz / Agradece a camisa / Quelhe deste à guisa / De gentil pre-

sente / Mas caro nego / Um panorubro-negro / É presente de grego/ Não de um bom irmão / Nós se-parados / Nas arquibancadas /Temos sido tão chegados / Nadesolação. / Amigo velho / Ameio teu conselho / Amei o teu ver-melho / Que é de tanto ardor /Mas quis o verde / Que te queroverde / É bom pra quem vai ter/ De ser bom sofredor / Pintei debranco o teu preto / Ficando com-pleto / O jogo de cor / Virei-lheo listrado do peito / E nasceudesse jeito / Uma outra tricolor”.

Chico foi ao teatro ver umshow de Ciro Monteiro, sambis-ta que se notabilizou por cantarbatucando numa caixa de fósfo-ros. O cantor aproveitou a opor-tunidade para dizer que gostariamuito de gravar um samba deChico, mas que já não tinha me-mória para letras muito compri-das e brincou: “Eu quero cantarseus sambas, mas não posso. Elessão em capítulos. São grandes eeu atualmente não posso decorarnem meu nome...” e completou:“Ô Chico, você faz um sambapra mim em que a palavra demaior número de sílabas seja‘oi’”. O compositor retrucou di-zendo que não, que melhor seriaa palavra “nu”.

Quando Silvia Buarque nas-ceu, Ciro, flamenguista roxo, se-guindo seu velho hábito, presen-teou a recém-nascida com umacamisa do seu time. Chico, que éFluminense, aproveitou a deixapara pagar a promessa e agrade-ceu o mimo com esse bem-hu-

morado samba.Na gravação do álbum Para

os jovens, Ciro colocou no finaluma fala dizendo: “Ô Chico, aSilvinha vai crescer e entender”e terminava com uma gargalha-da. Num programa exibido pelaTV Educativa em 26/07/1973, ocantor afirmava: “Acontece que aSilvinha entendeu e é Flamengo.E ele [Chico] me chamou de ali-ciador de menores”.

Tão grave acusação deveriaser checada antes de publicada.Enviei o verbete ao Chico, querespondeu “Calúnia! Silvinha étricolor!”.

Argumentei que ele mesmono programa Ensaio de 1973, daTV Cultura, dissera que “desgra-çadamente [ela] é Flamengo”.Chico já não se lembra da entre-vista e garante que a filha éFluminense. Mas admite que elapossa ter sido Flamengo por umdia, certamente referindo-se aohino do clube, que diz: “Uma vezflamengo, Flamengo até morrer”.

Ode aos ratos (2001) Letra: Edu Lobo-Chico Buarque

Para o musical Cambaio, deAdriana e João Falcão

“Rato de rua / Irrequieta cria-tura / Tribo em frenética /Proliferação / Lúbrico, libidino-so / Transeunte / Boca de estôma-go / Atrás do seu quinhão. / Vãoaos magotes / Adar com um pau/ Levando o terror / Do parkingao living / Do shopping center aoléu / Do cano de esgoto / Pro topo

do arranha-céu. / Rato de rua /Aborígine do lodo / Fuça gelada/ Couraça de sabão / Quase riso-nho / Profanador de tumba /Sobrevivente / À chacina e à lei docão. / Saqueador / Da metrópole/ Tenaz roedor / De toda esperan-ça / Estuporador da ilusão. / Ómeu semelhante / Filho de Deus,meu irmão. / Rato / Rato que róia roupa / Que rói a rapa do rei domorro / Que rói a roda do carro/ Que rói o carro, que rói o ferro/ Que rói o barro, rói o morro /Rato que rói o rato / Ra-rato, ra-rato / Roto que ri do roto / Querói o farrapo / Do esfarra-rapado/ Que mete a ripa, arranca rabo /Rato ruim / Rato que rói a rosa /Rói o riso da moça / E ruma ruaarriba / Em sua rota de rato”.

A cantora Mônica Salmasocontou, durante um show, quesoube de fontes fidedignas a se-guinte história: escrevendo aletra, Chico percebeu que lhe fal-tavam informações sobre as ca-racterísticas dos ratos, e ligoupara o amigo Paulo Vanzolini,compositor e zoólogo:

- Vanzolini, aqui é o Chico.Eu estou escrevendo uma letrasobre ratos e queria que você meajudasse a saber como eles são.O nariz, como é que é? É frio?Quente? Macio? Duro? E a pela-gem?

- Ô Chico! Você mente tantosobre mulher... Por que não in-venta qualquer coisa tambémsobre os ratos?

- Pô, Vanzolini... Pelos ratoseu tenho o maior respeito.

A letra Meu caro Barão ganhou versão de Chico Buarque para o filme Os saltimbancos trapalhões

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Lúcia Nobre

Caminha-se com a imagina-ção e faz-se da prosa umamelodia quando se quer

cantar sua raiz. Nascer no sertão éembrenhar-se em sua alma rústicaque precisa ser lapidada e amada.Cada um nasce com sua marca denascença. E o sertanejo já é marca-do com um sentimento de amor àsua querida terra. O sertanejo falacom a alma, vive ou viveu em ummundo que é seu e dos seus. Senão fosse assim, ficaria sem senti-do o amor que temos a nossa que-rida Santana do rio Ipanema deAlagoas, cidade que se torna má-gica de tão real. O que vivemos emnossa infância e em toda vida mo-tivam lembranças, alimentandosaudades. Chãos secos, pedregu-lhos machucando nossos pés, lá-bios ressecados de sede, poeira emredemoinho, em tardes solitáriasnas estradas e nas ruas; ou, chu-vas, trovoadas, cheiro de terra mo-lhada, meninas e meninos alegrestomavam banho nas bicas dascasas, em ruas de minha cidade;mulheres nas calçadas saudavamvizinhas pela água que caía nascisternas.

Real ou imaginário é o sertãopoetizado pelo escritor mineiroJoão Guimarães Rosa. Um sertãoigual no desigual. Sertão quetodos conhecem e desconhecem.Um viver sem perceber que não sevive. Viver assustado quando setem inimigos. O homem, a fome ea sede fazem o viver muito “difi-cultoso”. Em Guimarães Rosa, osertão ganha experiência estéticauniversal. É a cultura viva, repre-senta figuras comuns: as pessoasque carecem das mesmas necessi-dades. O desejo de um sertão comágua faz com que tenhamos emcomum o rio São Francisco.Bebemos de sua água. O escritorqueria ser um crocodilo paramorar no rio São Francisco. “Só ocrocodilo pode encontrar a felicidade emais importante conservar para si afelicidade” (ROSA, 1994, p. 37).

Cada um tem um rio em suavida. Rio para toda vida, rio passa-geiro, rio que permanece, rio quevira riachinho e depois vai embo-ra, como na história de (Manuelzãoe Miguilim, 549). Para o sertanejo, orio com água é música para o ou-vido. Quando falta, é como se si-lenciasse a sinfonia. Aí, adeus con-certo. Em uma cidadezinha, todosestavam acostumados a dormir aosom da toada do rio. Certa noite,aconteceu uma tragédia. O riosecou e todos sentiram falta de suasonoridade musical. Acordaram eforam à procura do que não maisexistia.

De certo, uma tragédia. A co-munidade amanheceu aflita. Esta-ria em qual lugar o riachinho quefazia parte de sua vida? Queria vero ser do riachinho, para água de

verdade e ele se fora. Antes de oriachinho sumir, a água dali corriafria. E os sapos cantavam de boca-da-noite até à meia-noite: “Águasó!... Água só!...” (Manuelzão eMiguilim, p. 574).

Todo sertanejo que vive ouviveu em seu torrão sente saudadedo rio ou do riachinho que faz ba-rulho e se torna música para os ou-vidos sensíveis. Qual o santanenseque não se alegra quando o nossorio Ipanema canta sua música?Quem não corre para vê-lo trans-bordando ou já se manifestandode tamanha beleza? O barulho daságuas mistura-se ao vai-e-vem daspessoas que se dirigem ao espetá-culo. Adultos e crianças, com amesma euforia, comemoram. San-tanenses bebem do mesmo rio.Saboreiam sua água salobra e setornam amantes fervorosos de suaterra natal.

Guimarães Rosa ama a eterni-dade dos rios, para ele, os rios sãoprofundos como a alma do ho-mem. Enfim, ama a natureza daságuas.

O Caboclo d’água

No lombo de pedra da cachoeira claraas águas ensaboam

antes de saltar.E lá em baixo, piratingas, pacus e

douradosdão pulos de prata, de ouro e de cobre,

querendo voltar, com medo do poçoda quarta volta do rio,

largo, tranquilo, tão chato e brilhante,deitado a meio bote

como uma boipeva branca.(Magma, 1997, p. 92)

Os poetas tanto devaneiam,brincam com a imaginação, con-fundem o leitor que se pergunta:real ou imaginário? Não importa.O que conta é a paixão que os poe-tas levam com eles, o tempo todo.São pessoas comuns quando tra-balham, amam, convivem na so-ciedade, dedicam-se à família, masa alma poética está ali, entranhadapara sempre. Sem falar que elesnão morrem, se encantam. Conhe-ço muitos poetas, eles são puros,querem é que leiam seus poemas.Aqui em Maceió, sempre os en-contro no shopping exibindo umnovo poema. Eles sabem amenizara vida. Às vezes, se está apressadoou até estressado, lá está Dr.Emanoel Fay, autor de MumbaçaCanto Livre (2001) e outros títulospoéticos, sentado, tomando umcafé, e o convida para sentar eouvir o seu verso. Claro, que otempo do ouvinte não foi perdido.Com certeza, revigorou-se. EmSantana, no Portal Maltanet(www.maltanet.com.br), temosum mural de recados. Tanto paraassuntos sérios do interesse da ci-dade, como para os conterrâneosse comunicarem. Sempre que há

um assunto mais tenso, Remi, opoeta, ameniza e brinca de poesia.O poeta santanense (REMI BAS-TOS, 2010) sempre presenteia aquerida terra com sua feliz poéti-ca, sublima o

Riacho Camoxinga:

Lá vem o velho riachodescendo de água abaixo,

fazendo carneirinhono caminho por onde passa,

as crianças acham graçae se divertem pra valermergulhando no riachosem dele nada temer.

Corre corre Camoxingaaté a ponte do Padre,

desperta o teu velho lema

mostra a tua vaidade,e lança as tuas águasno leito do Ipanema.

O escritor Guimarães Rosaenaltece sua terra, sua gente e aágua como prioridade. Ama o ser-tão e se julga um sertanejo. O leitorpassa a conviver junto com o nar-rador as belezas contidas nessesertão, não o descreve, vive-o. ParaMiguilim, personagem criança,lugar bonito é aquele que chove.

É um lugar bonito, entre morro e morro,

Com muita pedreira e muito mato,Distante de qualquer parte;

e lá chove sempre...(“Manuelzão e Miguilim”, p.465).

Guimarães Rosa está sempreanalisando as essências da terra eda água. Até das pedras que ficamao lado dos riachos, ele tem o cui-dado de analisar. Dessa vez, emBuriti de Noites do Sertão (2001),são narrados acontecimentos di-versos, como amores realizadosou frustrados, paixões, complexos,preconceitos, juventude, mas,acima de tudo, narrações minucio-sas sobre as belezas da natureza. Épróprio, do escritor, debruçar-sesobre plantas, animais, nomean-do-os. Dá sentimento poético àscoisas da natureza. A noite é umafesta no reino dos animais. E os in-setos são milhões. O mato – vozi-nha mansa - aeiouava. Do outromato, e dos buritis, os respondi-

dos. Mas frio e chebrejão bole. Um peUm trajeto de remode rã. O seriado túi-te maçaricos, nos pirNunca há silencio. mato, um vento, galhgente. As árvores quque de dia disseramFrulho de pássaro decerto temeu ser atdo Sertão, p. 178).

O buriti é mencicorrer da história. Ssonagens exaltam ode” que está na prpessoas da história. de era um coqueiro comburitizeiros todos que jão, num arco de círcu

JORNALO JORNALO

BB44

Es açopDomingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: ojornal@

UMAS POUCAS PALAVRAS

Os sertõesNovamente os sertões aparecem em Espaço,

agora numa trajetória de ida e vinda pelos caminhosentre Alagoas e Minas Gerais, numa engenharia ar-mada pela poética posta na obra de GuimarãesRosas e em escritos que se ribeirinham pelas bandasdo Panema. Espaço continua aberto para todo equalquer vivente das Alagoas que deseje falar sobresua terra.

Guimarães Rosa, o sertãoREAL OU IMAGINÁRIO

Todo sertanejo que vive ou v

saudade do rio ou do riachinh

torna música para os ouvidos s

nense que não se alegra quand

canta sua música? Quem não

bordando ou já se manifestand

barulho das águas mistura-se a

que se dirigem ao espetáculo. A

a mesma euforia, comemoram.

mesmo rio. Saboreiam sua ág

amantes fervorosos de sua terr

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cheio de calor, opeixe espiririca.

emo. Um gemidotúi-túi dos paturispirís do algodão.

cio. As ramas dogalho grande ran-s querem repetir oeram as pessoas.

aro arrevoando –er atacado (Noites).encionado no de-a. Sempre as per-m o “buriti gran-a propriedade deria. “O buriti gran-o como os outros, osque orlavam o bre-írculo” (p.146). No

entanto, em nome da magia poéti-ca, torna-se a atração dos morado-res e dos que ali chegam. O apai-xonado sonha com a amada:“Pudesse sonhar com Maria daGlória, sonsa, risonha, sob o Buritigrande, encostada no Buriti grande”(p. 127). Com tudo isso, uma per-sonagem observadora, sugere queo poeta poderá descrever o buriti,segundo sua visão poética. “O se-nhor, sim, podia resumir, dar a descri-ção dele, com sentimento, com poesiacerta...” (p.181).

O Buriti-Grande – igual, sem rosto,podendo ser de pedra.

Dominava o prado, o pasto, o Brejão,a mata negra à beira do rio.

e sobrelevava, cerca, todo o buritizal.

Cravara raízes num espaçomais rico do chão, ou acaso herdara

de séculos um guardado fervor,algum erro de impulso; ou bem ele

restasse, de outra raça, de uma outra geração de palmeiras derruída e

desfeita no tempo.(p. 180).

Diz (LUCAS, 12.22) que os lí-rios do campo não fiam, nemtecem, mas se vestem de tão gran-de beleza. Para isso, (João 4-5.10)nos fala da chuva, aquela que fazbrotar e fortalecer os lírios docampo: “espalha-se a chuva sobre aterra e derrama as águas sobre os cam-pos”. E é sempre assim, tudo sevolta ao evento mais importantepara o sertanejo. A água, a quevem da chuva. E os vaqueirosparam para aclamar a chuva quese apressa. “Espera, olha a chuvadescendo do morro. Eh, água do céupara cheirar gostoso, cheiro de novida-de!... É da fina...” (O burrinho pedrês,p. 41). O burrinho pedrês de Saga-rana narra a história de um burrovelho que não tem nenhum valorcomo burro. Nenhum vaqueiroquis levá-lo para conduzir a boia-da. Cada um escolheu o melhorcavalo. Ninguém contava com aterrível enchente do rio que derru-bou todos. Muitos morreram afo-gados. O ocupante do burrinhopedrês foi um dos que se salvou.Os cavaleiros que levavam a boia-da acomodaram-se em um lugarseguro. Esperavam a chuva passar.Entre eles, a chuva é motivo paracantar. “Ei, gente, o pé-d’água! Can-ta, gente!” (p.41). A chuva soltou-se e os vaqueiros cantaram juntos:

Chove, chuva, choverá.Santa Clara a clarear

Santa Justa há de justarSanto Antônio manda o solP’ra enxugar o meu lençol...

(“Op.cit.”, p.41).

É costume de a cultura sertane-ja reunirem-se para cantar. Nashoras tristes e nas horas alegres,cantam. Cantam aos pássaros, àságuas, aos animais. Cantam quan-do chove para demonstrar alegriae cantam na seca para pedir chuvaaos deuses. Todos tristes, com sau-dades, bem na hora em que o solestava sumindo, ouviam o preti-nho que os acompanhava, entoan-do uma cantiga muito triste que atodos fez chorar. “Que cantiga maistriste de bonita!...”. (p. 69). A voz dopretinho que cantava quase cho-rando e encantava os vaqueirostraduz a simplicidade daquelesque, emocionados, vivem com omenino choroso momentos mági-cos; chegam até a acreditar que aforça do canto arrebatou o gado,porque “era assim uma cantiga so-rumbática, desfeliz que nem saudadeem coração de gente ruim... mas linda,linda, linda, como uma alegria judia-da, que ficou triste de repente” (p.69).

...Ninguém de mimNinguém de mimTem compaixão... (p.69).

Os vaqueiros, junto com a boia-da, entoam suas tristezas, marcan-do a presença da poesia na vidadesse povo que precisa dela comobálsamo e alento nas horas maisdifíceis. “E o berro queixoso do gadoJunqueira, de chifres imensos, commuita tristeza, saudade dos campos,querência dos pastos de lá do ser-tão...”. (p. 37).

A narrativa poética do escritormineiro lembra Orfeu que atodos seduzia com sua música esua poesia. O mito grego comuni-cava a Grécia com o seu canto. Anarrativa roseana faz com que oleitor viva junto com as persona-gens os momentos tristes e os ale-gres. Em suas prosas entremea-das de versos, sua voz entoacomo o sopro de Javé que cria ouniverso como engendra Cristo.As personagens Lélio e Lina acla-mam a água e o pássaro cantan-do:

Buriti, rei da vereda, de crescer enve-lheceu:

Quer ser chão nas altas nuvens,E a água azul que tem no céu...

Buriti beirando a água, eu beirandoO não sei quê: quando choro, lavo

mágoa, Canto é secando sofrer

(“A estória de Lélio e Lina”, p. 749).

Lélio estava cansado da vidaque levava nas fazendas. Resolveumudar e partiu para uma novavida. Talvez novos amores, novasamizades. Sua chegada estavasendo preparada na nova fazenda.O vaqueiro Lélio traz consigo o de-sejo de mudanças. A narrativa co-meça assim: “na entrada das águas,tempo de afã em toda fazenda-de-gadonos Gerais, um vaqueiro de fora che-gou à do Pinhém” (p.717). Nada me-lhor para o vaqueiro, como umbom presságio, ser recebido emuma tarde ameaçada pela chuva,que é prenúncio de felicidade.Tem ele, uma entrada triunfal. Achuva o recebeu como sinal deboas vindas.

A personagem AugustoMatraga de A hora e vez de AugustoMatraga, do livro Sagarana, o via-jor entre as veredas dos sertões, vê,nas estradas secas, um rio corren-te. “Augusto Matraga ficou a contem-plar, do alto, o caminho, belo como umrio” (p. 376). (CANDIDO, 1994,p.79) diz: “o meio físico tem paraGuimarães Rosa uma realidade envol-vente e bizzarra, servindo de quadro àconcepção do mundo e de suporte aouniverso inventado. Nele, a paisagem,rude e bela, é de um encanto extraor-dinário”.

Ressalta-se o belo das coisas dosertão aos olhos do sertanejo,assim, ele as engrandece. A simpli-

cidade de uma paisagem, o pousode um pássaro na plantação, tudoisso poderá oferecer ao homemsimples do campo certo deleite. Anatureza faz parte do seu mundo.Percebe-se na narrativa roseanaque a paisagem rude e bela é deum encanto extraordinário, tantoque poesia e prosa confundem-se.O leitor também se deixa levar epasseia em caminhos áridos e emterras inférteis, imaginando otranscorrer de águas.

Águas da Serra

Águas que correm,Claras,

do escuro dos morros,cantando no lado a verdade do sem-

pre - descendo...Águas soltas entre os dedos

da montanha,noite e dia,

na fluência eterna do ímpeto davida...

Qual terá sido a hora da vossa fuga,quando as formas e as vidas se des-

prenderemdas mãos de Deus,

talvez enquanto o próprio Deus dormia?...

E então, do semi-sono dos paraísosperfeitos,

os diques se romperam,forças livres rolaram,

e veio a ânsia que redobra ao se fartar,e os pensamentos que ninguém

pode deter,e novos amores em busca de cami-

nhos,e as águas e as lágrimas

sempre correndo,e Deus talvez ainda dormindo,

e a luz a avançar, sempre mais longe,nos milênios de treva do sem-fim...

(Magma, p. 15)

Será que o rio, substituindo apoeira, é um desejo do escritor dever o sertão irrigado? O professorXidieh, ao estudar suas histórias,vê, naquelas narrativas, sobretu-do, a percepção da substância uni-tária do todo: homens, animais,plantas, coisas, a infinita possibili-dade de metamorfose do que exis-te. Essa possibilidade de metamor-fose, não se há de estranhar o dese-jo de modificação, quando se tratado escritor Guimarães Rosa. Deum sertão seco, consegue extrair obelo das paisagens. Travestido deMatraga, “se extasiou com as pintu-ras do poente, com os três coqueirossubindo da linha da montanha para serecortarem num fundo alaranjado,onde, na descida, muitas nuvenspegam fogo” (p. 376). Comprova-se,nitidamente, como a arte, no caso,a literatura, envolve-se com os as-pectos culturais. Pode levar ao lei-tor um sentimento de amor à natu-reza.

Augusto Matraga, um erradodiante da sociedade que vivia.Reprovado por todos, abandona-do pela família, jurado de morte

por aqueles que foram por ele vio-lados. Depois de perder tudo, aolevar uma vida desregrada, procu-ra o caminho que o leve à reden-ção. Ele é ora bandido, ora herói,ora vítima social. Acredita na pu-nição dos pecados e que o sofri-mento representa o fogo do infer-no. Sai pelas estradas, vai procuraruma maneira de agradar a Deus,tem que chegar ao céu, e, para isso,vai sacrificar-se, trabalhar, rezar edeixar de fazer o mal. ”Eu vou p’rao céu, eu vou mesmo, por bem ou pormal!... E a minha vez há de chegar...p’ra o céu eu vou, nem que seja a por-rete!...” (“HvAM” p. 361). Depoisde trabalhar bastante, muito rezar,deixar de praticar o mal, torna-seum novo homem, observa a natu-reza:

E viu voar, do mulungu, vermelho,um tié-piranga,

ainda mais vermelho - e o tié-pirangapousou num

ramo do barbatimão sem flores, e NhôAugusto sentiu

que o barbatimão todo se alegrava,porque tinha agora

um ramo que era de mulungu(“HvAM” p. 376).

Matraga não pensa em aban-donar sua terra. Nela existem bele-zas. O narrador instiga a se ver asbelezas dos sertões; esta belezapercebida e enaltecida pelo serta-nejo. Ao expor o particular de suacultura, aponta para o universal deoutras culturas. Guimarães Rosaescreve a partir de um conheci-mento cultural geográfico da reali-dade que ele, depois, transfigura.Sua prosa intercalada de poesiateve origem na literatura oral; nes-ses versos são revitalizados os an-seios, gostos e desgostos do povo.“A história da poesia oral não poderiaignorar esse aspecto do real” (ZUM-THOR, p.280). Para o crítico, a pa-lavra dita, a palavra cantada pelospoetas antigos, é celebração; atransmissão do saber; não é dife-rente, nos nossos dias, da palavradifundida pela mídia; a palavra te-levisada.

Caminhar na imaginação ecantar sua raiz é próprio do poeta.Em Santana do Ipanema não é di-ferente. Em uma serena tarde deoutono, os moradores recolhiam-se ameaçados pela chuva. Aosolhos do poeta, não passava des-percebida a beleza que oferecia apaisagem. Avenida molhada, vá-rios coqueiros a ornamentar, oarco-íris oferecia seu colorido má-gico e harmonizava todo encantodo momento. O poeta desbrava-dor do momento registrava e en-tendia que tudo aquilo tinha queser poetizado. Aquela realidadeseria transformada em magia. Eisa realidade mágica do nosso ser-tão. A chuva, a água, a paisagembela e a arte do poeta para marcaro momento.

[email protected]

O que Lúcia faz Maria Lúcia Nobre dos Santos nasceu em Santana do

Ipanema/Alagoas. Graduada em Filosofia, com especialização e mestradoem Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Alagoas, atuoucomo profissional da educação durante mais de 25 anos de magistério. Aescritora Lúcia Nobre publicou livros em diversos gêneros, destacando-seO sonho de Alice, A filha do lodo, A arte rosa do popular ao erudito eCotidiano entre palmas e arvoredos. É articulista, com textos publicadosem revistas e jornais escritos e virtuais do Brasil.

o e a água

u viveu em seu torrão sente

inho que faz barulho e se

os sensíveis. Qual o santa-

ando o nosso rio Ipanema

não corre para vê-lo trans-

ndo de tamanha beleza? O

se ao vai-e-vem das pessoas

o. Adultos e crianças, com

am. Santanenses bebem do

água salobra e se tornam

erra natal.

Fotos: Sávio de Almeida

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB66

Hoje Amanhã

3a feira

Em Breve

[email protected]

Roteiro Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

�� Dando inicio a programação junina, o programa Aplauso, exibido pela Rádio Educativa FM,apresenta às 10h, especial com o forrozeiro Aldemário Coelho (foto). Representante do au-têntico “Forró Pé-de-Serra”, o baiano tem como referências musicais o mestre Luiz Gonzaga,Jackson do Pandeiro e o Trio Nordestino. No repertório, sucessos como “OrgulhosamenteNordestino”, “Lembrança de Nós” - composição de Júnior Vieira e Geraldo Cardoso -,“Chililique”, “Destino” e “Foi Você”.

�� O projeto Quarta no Arena está de volta a partir do dia 21 do próximo mês com a exibição daprodução teatral alagoana. Cada espetáculo será encenado por duas semanas consecutivas,às quartas-feiras, com ingressos no valor de R$ 3 e R$ 6, totalizando 20 apresentações. Confiraa programação: 21 e 28 de julho – “Madame”, da Cia Infinito Enquanto Truque; 4 e 11 deagosto – “Os fuzis”, da Cia Piloto de Teatro; 18 e 25 de agosto – “O avarento”, da Cia 6 Ponto-Cena; 1º e 8 de setembro – “O dono da noite”, da Cia Muro Imaginário; 15 e 22 de setembro– “Os dragões não conhecem o paraíso”, da Cia do Avesso; 29 de setembro e 6 de outubro –“Romeu e Julieta”, da Cia Expressão e Inclusão; 13 e 20 de outubro – “A troca”, da AssociaçãoTeatral das Alagoas – ATA; 27 de outubro e 3 de novembro – “Nós, nus e os outros”, da Ciade Teatro Animus; 24 de novembro e 1º de dezembro – “Calila”, da Aiégua Produções; 8 e15 de dezembro – “K”, da Cia Ganymedes.

�� A 1ª Festa Literária de Marechal Deodoro - Alagoas (FLIMAR) vai acontecer entre os dias1° e 5 de setembro com uma diversa programação literária, cultura popular, visita às Igrejas,às lagoas e à famosa Praia do Francês.

Em Cartaz

�� A exposição Estandartes Juninos pode ser vista no Museu Théo Brandão/Ufal (Av. da Paz) atéo dia 3 de julho. Amostra, que tem a curadoria de Gil Lopes, Homero Cavalcante e José Carlos,reúne estandartes confeccionados por artistas alagoanos, a exemplo de Adriana Jardim, BetaBasto, Gil Lopes, Aquiles Escobar, José Carlos e Persivaldo Figueirôa. Aberta ao público deterça a sexta, das 9h às 17h; aos sábados, das 14h às 17h.

�� A arte do artista plástico Denis Matos pode ser conferida em duas exposições no circuitodas artes plásticas de Maceió. As obras “Mulher penteando-se” (1988) e “Iemanjá” (1998)podem ser vistas até o dia 30 deste mês, na mostra “Multiplasticidade” à mostra noMemorial à República (Jaraguá). Já “Graça e Liano” (2010) faz parte da exposição “O amorde Graça e Liano e Outras Histórias” na galeria do Sesc-Centro (Rua Barão de Alagoas,229). Entrada Franca. Mais informações: (82) 3315-7869 / 3326-3133 / 0800 284 2440.

�� A diversidade de corese sotaques é levada àtela do Cine Sesc12h30 de junho, coma mostra Brasil em3x4. Ao todo, 15 fil-mes serão exibidosdurante quatro dias,todas as segundas-feiras do mês, nasunidades de Maceiódo Sesc Poço (Audi-tório Maron EmileAbi-Abib/ Rua PedroPaulino, 40) e Centro(Teatro Sesc JofreSoares/ Rua Barão deAlagoas, 229), sem-pre às 12h30, com en-trada franca. Confiraa programação pelostelefones: 0800 2842440 / (82) 3326-3133.

�� A Quadrilha JuninaTradição de Anadiaestá com a agendacheia este mês. Nodia 14 estará se apre-sentando no SESC/Poço; no dia 15, napraça Multieventos;dia 19, em Caruaru,no campeonato per-nambucano; dia 24,no Instituto GalbaNovaes (Maceió); eno dia 25, na cidadede Coité do Nóia.

5a feira

�� A quinta edição doSimpósio de Enge-nharia de Produçãodo Nordeste (Sepro-ne) vai acontecerentre os dias 17 e 19de junho, no CentroCultural e de Ex-posições Ruth Car-doso. Este ano, oevento anual doCesmac - que reúneestudantes, pesqui-sadores e profes-sores da área - temcomo tema “Asfontes complemen-tares de energia e aEngenharia da Pro-dução” e deve con-tar com a presençade 800 participantes.Inscrições: www.se-prone.com.br. Valordo investimento:entre R$ 60 e R$ 80(para estudantes eprofissionais).

Divulgação

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JORNALO JORNALO

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SocialDomingo, 13 de junho de 2010 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

JetNewsCCoomm GGllóórriiaa

A nutróloga Cláudia Toledo, exemplo de trabalho e dedicação à medicina,segue aprimorando seu conhecimento e colhendo bons frutos em sua aclamada carreira

Chico Brandão

A beleza fora dos padrões alagoanos de Fernanda Leão chega a ser hipnotizante, já que a moça arranca elogios por onde quer que passe

Andréa Moreira

1Emagrecer é quase quemoda entre homens e mu-

lheres. Fora a questão saúde,apresentar uma forma mais en-xuta a dica são as gomas de co-lágeno, indicadíssimas comocoadjuvante em dietas de ema-grecimento, prevenindo a fla-cidez e o surgimento de estrias,além de fortalecer as unhas emelhorar o aspecto do cabelo.Estudos mostram que após amaturidade, por volta dos 25anos, o organismo humano co-meça a perder 1,5 % de coláge-no ao ano e, após os 50 anosproduz 35% de colágeno amenos do que produzia ante-riormente. Onde encontrar? NaPharmapele, com sabores di-versos: abacaxi, uva, morangoe hortelã.

2O crescente número de mu-lheres trabalhando em pe-

ríodo integral nas últimas dé-cadas pode ser um dos fatoresque contribuem para o atualcrescimento da obesidade in-fantil, segundo estudo daUniversity College London, noReino Unido. Avaliando maisde 8,5 mil pessoas que foramacompanhadas desde o nasci-mento, em 1958, os pesquisa-dores descobriram que os fi-lhos desses participantes ti-nham 50% mais chances deterem excesso de peso do queeles na infância.

3Mais uma vez o InstitutoKarina Leite è escolhido para

fazer parte da equipe dos pro-fissionais da saùde que acom-panha a comitiva do PresidenteLula. Isto è o que podemos cha-mar de CredibilidadeProfissional.

4Mônica Fireman já é um dosnomes deste São João com

as peças da coleção que trazpara sua Naranja. As antena-das estão deixando o lugar paraarrasar nos festejos.

5Depois de celebrar o Dia dosNamorados, nada como um

almoço delicioso à beira mar.Falo do restaurante Hibiscus,local idael, na praia de Ipioca,para recarregar as baterias.

6Estiveram com os telefonescongestionados, recebendo

muitos parabéns por mais umniver, Cid Porto e o agropecua-rista José Geraldo VergettiSiqueira. Felicidades!

7A querida Márcia Maciel se-lecionou uma coleção que

está deixando as maceioensesainda mais elegantes. As de-pências do lugar estão movi-mentadíssimas.

[email protected]

Chico Brandão

Martha Medeiros preparagrandes surpresas para a noite de 21 de julho,com as peças que assina

A maravilhosa OrquestraGolden Time será uma das grandes atrações de Moro Num País Tropical

Arquivo

Nesta coluna queremosenfocar o grande valor deCláudia Toledo, uma nutró-logo que vem se dedicandoao estudo da MedicinaOrtomolecular, uma ciênciaque a cada ano contabilizamais adeptos. Claudinha dis-pensa comentários, pois suavida é um exemplo dededi-cação em tudo o que faz.Exemplo disso é sua rotina deviagens à São paulo para con-cluir seus estudos na área or-tomolecular. Ficamos muitofelizes quando esta grandedama foi empossada vice-presidente do conselho destaciência. Seus valores merecemnossos aplausos. A acompa-nhamos em seu consultório eficamos maravilhados com omodo com o qual lidacomseus pacientes, de forma hu-mana e centrada. Parabéns!Saiba que todos que te conhe-cem, ou seja, que conhecemseu trabalho, sentem orgulhode você. Que Deus a proteja ea conserve sempre assim, paraque possa fazer muito por nós.

CLÁUDIA TOLEDO

Se você está pensando emmudar o corte de cabelo,então, preste atenção nessasdicas: um cabelo muito curtonuma pessoa gorda vai real-çar o seu rosto, fazendo-a pa-recer ainda mais rechonchu-da. Deixe um pouco de vo-lume para disfarçar o redon-do. Os narigudos devemdestacar a frente do cabelocom um pouco de volumeou um jeito no topete. Já osqueixudos não podem ras-par demais o "pezinho" nanuca e franja reta, estiloBeatles, é coisa de adolescen-te e criança.

DICAS NEWS

A odontóloga Karina Leite, ao centro, com , esta foto é ela com a Dra.Luciana (médica da presidência) e a emfermeira do presidente Marlene

Chico Brandão

Mônica Casado com o novo Presidente da Wella Brasil Gonzalo, e Roger Lluzar, Diretor de Educação da Wella para América Latina e os campeõesda Semifinal Norte Nordeste do Trend Vision AwardEverton Félix e Marcela Normande, Nine Ferreira e Caio César. Todos jovens talentos do Fios de Cabelo

Chico Brandão

Luciana, Edison Mexicano, Chico e Gal Brandão: o primeirocasal cuida das bebidas com originalidade e diversão, enquan-to o segundo registra todos os momentos de Moro Num PaísTropical, que será realizada no Ritz Lago da Anta

“A maior felicidade é a certeza de sermos amados,apesar de sermos como somos”

RECADO

EElleenniillssoonn GGoommeess

Chico Brandão

Márcia Marques será a responsável perlas velas quecomporão o decor desta noiteque promete atrair as atenção do nosso mundo social

Chico Brandão

O nosso fax e email para envio de notícias: 4009-1960e [email protected]

FAX

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JORNALO JORNALOSocialDomingo, 13 de junho de 2010 | www.ojornal-aal.com.br | e-mail: [email protected]

Lucas Rogeres, tecidos; Sineide Vidal e Léo Sandres, Vert et Rouge

Fabiane Malta, doces finos e Sandra Pinheiro, bolo Tatiana Brasil, Gourmeteria; Márcia Vasconcelos, buffet

Liciere Amaral, Engenho Massayo; Elisabete Guedes, Chez Marie

B8

MMOORROO NNUUMM PPAAÍÍSS TTRROOPPIICCAALL

Sim, estamos em ano de Copa do Mundo e o nossoBrasil segue cada vez mais em evidência. Mas fugin-

do do universo futebolístico, por que não celebrar as coresdo nosso país. O verde, o amarelo, o azul, o branco e maisuma infinita gama de cores que transformam nossa terranuma das mais belas do mundo. Com a festa Moro NumPaís Tropical, Elenilson Gomes recebe seus amigos nossalões do Ritz Lagoa da Anta para comemorar seu aniver-sário e o sucesso das colunas Top e Jet News. Com belís-simo projeto de Walmy Becho, os convidados serão brinda-dos com um cenário tropical e glamuroso, com grandesatrações apra animar e marcar a bela noite. A seguir, aequipe responsável pela concretização deste sonho. Semeles a realização desta tradicional festa não seria possív-el. Mutio obrigado a todos!

Graça Martin, San Martin; Marli e Raquel Brizeno, bolo Jany Lima, bolo; Ana Maria, doces finos Weskley Róska, drinks; André Risco, Alfajores

Mi e Nelson Kawamura, Takê Marta e Lu Lopes, Tantan Ana Costa, buffet; Sonja Vilela, buffet Maximo’s Eliane e Zilma Tenório, Alecrim Verde

Filipe Lyra e Uliana Cerqueira, cerimonial e organização

Léo Guimarães, Vídeo Machine; Danillo Dantas, organização Ana Hora, Apoio Security e Anadir Bruschi, Servipa Flávia Soares e Mariana Bernardes, Gastronomia

Márcio e Mirella Coelho, do Ritz Lagoa da Anta

Os decoradores Walmy Becho e Monique Arruda

Lúcia Cox, Zilma Rodas e Leninha Machado, buffet Favo de Mel

Janine Belo, organização; Simone Benchimol, cerimonial

Bruno Conde, da Conexão; Tatália Montenegro, Irmãs RochaFlavius Lessa, organização; Dj Nando Quintella

Ao lado, abanqueteira

IzabelPinheiro e aempresária

NadejaneMadeiros

Karina Padilha e Maria Emília Clark, balé

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CopaCopaCopa 20102010JORNALO LO JORNA

Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm | e-mail: [email protected]

Mal posso esperarJogadores da seleção brasileira tentam controlar a ansiedade antes da estreia na Copa

Páginas 4 e 5

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

BateProntoVictor Mélo - [email protected]

RESPEITO AOS ALEMÃESUma das seleções mais respeitadas da história das Copas es-

treia hoje na África. A Alemanha realmente assusta os adversáriosquando o assunto é Mundial. Já conquistou o tricampeonato, em1954,1974 e 1990, e ainda foi quatro vezes vice-campeã, em1966, 1982, 1986 e 2002. Para completar os números favoráveis,vale lembrar que das 16 Copas que disputou, a Alemanha ficouentre os quatro primeiros doze vezes. Em 92 partidas, foram 55vitórias, 19 empates e 18 derrotas.

Com um futebol marcado pelo forte jogo defensivo, a agili-dade e o excelente poder de conclusão de seus atacantes, a seleçãofez estragos por onde passou. Em 2006, atuando em casa, osalemães passavam por um período de transição. Mesmo assim,conseguiram bons resultados e foram eliminados apenas pelaItália nas semifinais.

A Alemanha se classificou com tranqüilidade para o Mundialda África. Nas eliminatórias, ficou em primeiro lugar no Grupo4 europeu, que também contava com Rússia, Finlândia, País deGales, Azerbaijão e Liechtenstein. Em dez jogos, o time venceuoito e empatou dois, somando 26 pontos. O ataque marcou 26gols e a defesa sofreu apenas cinco. Miroslav Klose foi o artilheiroda equipe, com sete gols marcados.

Nesse Mundial, a Alemanha caiu na Chave D, ao lado deAustrália, Sérvia e Gana. Apesar de o técnico Joachim Löw terperdido jogadores importantes, como o meia Ballack, a equipe temuma base competitiva, com destaque para o meio-campistaSchweinsteiger e o lateral-esquerdo Lahm, ambos do Bayern deMunique, e tem grandes possibilidades de se classificar emprimeiro lugar na chave. Hoje, o time entra em campo, às 15h30,contra a Austrália. Pelo valor histórico da Alemanha, consideroeste o jogo mais interessante do dia.

CAÇADOR DE FAVORITOS

A Copa do Mundo já teve duas seleções mágicas quenão foram campeãs do mundo: a Hungria, de 1954, e aHolanda, de 1974. Em comum, esses times têm as derro-tas nas finais do Mundial e o algoz: a Alemanha. Os fa-voritos desse ano que se cuidem.

TOME NOTA

Tirando o jogo entre Brasil e Coreia do Norte, o dueloimperdível dessa primeira rodada está marcado para ama-nhã, às 8h30 (de Brasília). Em grande fase, a Holanda vaiestrear na Copa contra a surpreendente Dinamarca. ALaranja não tem jogadores de grande destaque, mas im-pressiona pelo conjunto. Já o time do técnico Morten Olsenentra na Copa com a moral de ter deixado para trás naseliminatórias as fortes seleções da Suécia e de Portugal.

O brasileiro naturalizado Cacau luta para ser titular daseleção alemã. Sua briga direta é com Podolski, que não viveum bom momento, mais ainda conta com o apoio dotreinador.

Sócrates fez a avaliação mais pessimista da seleção brasileiraaté agora. Para ele, o Brasil está mal fisicamente e corre sério riscode não passar da primeira fase. Essa análise contraria as previsõesde 90% da imprensa internacional, inclusive a minha.

CURTO-CIRCUITO

Podolski se destacou no último Mundial, mas agora está lutando por uma vaga no time com Cacau

DURBAN - Enquanto o téc-nico alemão Joachim Löw nãodefine sua dupla titular de ata-que para a estreia contra a Aus-trália, hoje, às 15h30, em Durban,um dos candidatos, LukasPodolski, espera ter uma chan-ce de mostrar que na seleção seudesempenho pode ser melhoràquele da última temporada daliga alemã pelo Colônia.

Ele aposta que o estilo ofen-sivo da Alemanha privilegiasuas atuações, que na sua visãoforam prejudicadas pelo estilodefensivo do seu clube. “Atem-porada já terminou e no Colôniajogamos um futebol mais defen-sivo. Sinto-me mais cômodocom o jogo ofensivo que faze-mos na seleção. Aqui as coisassão mais fáceis para mim”, dissePodolski, nesta quinta-feira, emPretória, onde a Alemanha fazsua preparação.

Eleito o melhor jogadorjovem da Copa da Alemanha,em 2006, quando marcou três

gols e ajudou sua seleção a che-gar ao terceiro lugar, Podolski,hoje com 25 anos, espera revivero bom momento na África doSul e esquecer os últimos qua-tro anos, quando deixou a dese-jar tanto no Bayern de Muniquecomo no seu atual clube. “Querocontinuar aqui o trabalho quecomecei há quatro anos, na outraCopa do Mundo, e deixar delado as últimas temporadas. Tiveuma preparação muito boa atéaqui e quero levar isso para aspróximas partidas do Mundial”,avaliou.

Podolski marcou somentedois gols em 27 partidas peloColônia na temporada 2009/2010.Mesmo assim, sua média na se-leção alemã é ótima: marcou 38gols em 73 partidas, cerca de umgol a cada dois jogos. A contra-dição entre os desempenhos noclube e na seleção é a mesma vi-vida por outro atacante alemão,Miroslav Klose. Para Podolski,porém, não se deve duvidar da

capacidade de Klose, que já mar-cou 10 gols em Copas doMundo. “Para mim, Klose é omenor dos problemas. Ele sem-pre foi fantástico com a seleçãoe tenho certeza que também serána África do Sul”, disse Podolski.

Löw ainda não bateu o mar-telo, mas pode dar chance aobrasileiro Cacau, que diferente-mente de Klose e Podolski, foibem nas duas últimas tempora-das pelo Stuttgart. Para despis-tar, o treinador é só elogios atodos os seus atacantes, inclusi-ve Kiesling e Gomez, que cor-rem por fora por uma vaga.

Sobre Podolski, o treinadordeclarou que ele “vai explodir”neste Mundial. “Espero que ele(o técnico Löw) esteja certo etorço para que ele continue coma gente depois do Mundial”,disse Podolski ao fazer médiacom o treinador. A federaçãoalemã ainda não definiu quemcomandará a Alemanha após aCopa do Mundo da África.

Quero ser grande Podolski aguarda chance no time da

Alemanha para mostrar seu bom futebol na Copa

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MADRI - A Espanha vaichegar à África do Sul para a dis-puta da Copa do Mundo con-fortável com a sua condição deseleção favorita, de acordo como técnico Vicente del Bosque. Otreinador, que não disputou oMundial de 1978 por conta deuma lesão, acredita que ele e aequipe estão prontos.

“Eu acho que em cada dia desua carreira você amadurece, sesente mais responsável”, disseDel Bosque acrescentando que“é verdade que há um grandeambiente em torno desta equipecheia de confiança e que afeta atodos”.

A Espanha estreia no GrupoH contra a Suíça, quarta-feira,antes de enfrentar Honduras eChile. Acossado pela grande ex-pectativa, Del Bosque se recusaa deixar o termo “desastre” en-trar no seu vocabulário, se aEspanha não ganhar a sua

primeira Copa do Mundo. “Um atleta não pode sim-

plesmente pensar que uma (se-leção) triunfa e 31 não. Não ésaudável pensar que é isso tudoou nada”, afirmou Del Bosque.“Nós não estamos fixando qual-quer objetivo. Nosso objetivo é,obviamente, o máximo, masoutra coisa que sabemos é quepara chegar lá será muito difícil.Se vencermos, a repercussão serágrande”.

AEspanha nunca passou dasquartas de final, com um quin-to lugar na Copa do Mundo de1950 sendo o seu melhor resul-tado. Na Alemanha, em 2006, aequipe foi eliminada pela Françanas oitavas de final. Mas, avitória na Eurocopa de 2008, aoderrotar a Alemanha na decisão,aumentou a confiança e deixoua Espanha como uma das fa-voritas ao título do Mundial daÁfrica do Sul.

33Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

A Espanha atropelou a Polônia no último amistoso antes da Copa

Navas pede humildade ao grupo

Em meio ao favoritismo es-panhol desenfreado para con-quistar a Copa do Mundo daÁfrica do Sul, o meia Jesús Na-vas, que atua no Sevilla, exigiu,na quinta-feira, tranquilidade e,sobretudo, humildade de seuscompanheiros.

“Estamos ansiosos pelo iníciodo Mundial, queremos que a es-treia chegue logo. Precisaremosatuar sempre com tranquilidadee humildade”, afirmou Navas,minimizando qualquer preocu-pação com a segurança na África

do Sul. “Nos disseram que tere-mos segurança e confiamosnisso. Está tudo controlado”.

O lateral Sergio Ramos, porsua vez, também procuroudemonstrar cautela com aschances espanholas. Para ele,qualquer seleção pode sur-preender no Mundial. “Precisa-remos de muita calma e tran-quilidade, sempre respeitando atodos. Em um evento como esse,qualquer um pode ser surpre-sa”, afirmou o jogador do RealMadrid.

Olho neles!Favorita ao título do Mundial, seleção

espanhola esbanja confiança

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EsportesDomingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnn

Atacante Luís Fabiano tenta se livrar da marcação do zagueiro Thiago Silva durante treinamento da seleção brasileira na África

JOHANNESBURGO - O Mundial daÁfrica do Sul começou sexta-feira com arealização de dois jogos. O Brasil estreia napróxima terça, quando enfrenta a Coreia doNorte, mas a ansiedade já é grande entre osjogadores. A expectativa cresce a cada diaentre os brasileiros, principalmente paraaqueles que irão disputar a primeira Copada carreira.

“Já estamos no clima da Copa”, afirmouo meia Elano, um dos cinco titulares da sele-ção que vai disputar a competição pela primei-ra vez - os outros são Maicon, Michel Bastos,Felipe Melo e Luís Fabiano. “Agora, a concen-tração é dobrada. Temos que ficar com a ca-beça tranquila para o corpo estar bem”.

Elano, inclusive, revelou na entrevistacoletiva de quinta que tem feito um traba-lho especial de concentração para diminuiro nervosismo e a ansiedade pela estreia.Antes de dormir, ele costuma relaxar noquarto da concentração, tentando esquecera pressão e pensando apenas na alegria queé estar numa Copa.

Mesmo os jogadores mais experientesda seleção reconhecem que a proximidadeda estreia dá um certo frio na barriga. É ocaso, por exemplo, do volante Gilberto Silva,que vai disputar a sua terceira Copa doMundo seguida e admitiu na última quar-ta que a “ansiedade é muito grande” parao jogo contra a Coreia do Norte

O atacante Luís Fabiano, por exemplo,já prevê uma emoção diferente quando en-trar em campo na terça, para estrear com otime brasileiro em sua primeira Copa. “Nahora que tocar o hino, vai passar um filmena cabeça, com toda a minha vida e carrei-ra”, afirmou o jogador que é a principal es-perança de gols do Brasil.

Dunga sabe que essa ansiedade é natu-ral e, por isso mesmo, prevê uma estreiadifícil contra a Coreia do Norte. Mas, duran-te a longa preparação brasileira para a dis-puta da Copa, ele tem tentado passar tran-quilidade e confiança aos jogadores, princi-palmente aos novatos, para diminuir o im-pacto dessa primeira vez.

De qualquer maneira, os jogadores ga-rantem estar preparados para o desafio deenfrentar uma estreia de Copa e conseguirum bom resultado diante da Coreia doNorte. “A capacidade desse grupo de seadaptar às circunstâncias é enorme”, reve-lou o lateral-direito Daniel Alves, um dos re-servas mais importantes da seleção.

Contagem regrSeleção brasileira vê ansiedade crescer antes da estreia na Copa do Mundo; time vai jogar n

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JORNALO LO JORNA

aallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Elenco brasileiro tem liderança dividida

JOHANNESBURGO - Dunga éum dos exemplos mais marcantes deliderança na história da seleçãobrasileira, principalmente na cam-panha que levou ao tetracampeona-to mundial em 1994. Agora comotreinador, ele não tem um Dunga notime que representará o Brasil naCopa na África do Sul. Desta vez, sãovários líderes no grupo, todos comvoz ativa.

Essa liderança dividida tambémé fruto da própria filosofia que Dungaimplantou na seleção quando as-sumiu o cargo de treinador, no se-gundo semestre de 2006. Desde então,as individualidades ficaram em se-gundo plano, suplantadas pelo cole-tivo: o mais importante é o grupo,sempre acima de qualquer outracoisa.

"Aqui na seleção estamos sempreprocurando ajudar um ao outro. O

grupo aqui é impres-sionante", revelou omeia Elano, escolhi-do por Dunga paracomeçar a Copacomo titular. "Aquitodos os jogadoressão importantes,todos têm a mesmaimportância", disse otambém meia JúlioBaptista, que é reser-va.

R e m a n e s c e n t edas duas últimas

edições da Copa do Mundo, ozagueiro Lúcio é o capitão do timede Dunga e um dos líderes mais at-uantes - é ele, por exemplo, que ficaencarregado de discutir com a CBF osprêmios por conquistas. Mas, apesardisso, não está sozinho na função decomandar o grupo dentro e fora decampo.

Também em sua terceira Copaconsecutiva, o volante Gilberto Silvaé outra voz bastante ativa dentro dogrupo. Ele, inclusive, ficou com afaixa de capitão da seleção quandoLúcio foi substituído no intervalo doamistoso no qual o Brasil derrotou oZimbábue por 3 x 0 na cidade deHarare.

O goleiro Julio Cesar e o lateral-direito Maicon, por conta da person-alidade e da importância para a se-leção, são outros líderes desse timeque está na África do Sul. Enquantoisso, o meia Kaká exerce um papelde comando na seleção até mesmopor causa da sua condição técnica edo destaque individual que possui.

Ataque é a maiorpreocupação de Dunga

JOHANNESBURGO - A defesa daseleção brasileira é reconhecida comouma das melhores do mundo e pro-mete ser uma forte arma durante aCopa. Por isso mesmo, o técnicoDunga parece estar mais preocupadoem acertar o ataque do Brasil duran-te o período de preparação para adisputa do Mundial da África do Sul.É o que pode ser visto nos treinosque têm sido feitos até agora emJohannesburgo.

Enquanto a defesa não parece serproblema para Dunga, o ataque bra-sileiro ainda não atingiu o nível idealnessa fase de preparação para a Copa.Nos primeiros treinos coletivos quea seleção realizou na África do Sul, otime titular não marcou nenhum gol.O aproveitamento dos jogadores tam-bém tem sido ruim nos trabalhos es-pecíficos de finalizações.

No amistoso contra o Zimbábue,o Brasil marcou três vezes na vitóriapor 3 x 0, mas o adversário era muitofraco. Depois, diante da também inex-pressiva Tanzânia, na segunda, oaproveitamento já foi melhor, com agoleada brasileira por 5 x 1. MasDunga sabe que ainda é preciso evo-luir até a estreia, pois a dificuldadeé bem maior em jogos de Copa doMundo.

BOLA - Uma das razões para oproblema é a falta de adaptação àbola oficial da Copa, que tem sidomuito criticada pelos jogadores bra-sileiros. Diante disso, Dunga temdado prioridade aos treinos ofensi-vos durante a preparação, fazendomuito pouco trabalho específico paraa defesa. Assim, ele espera melhor aprodutividade do ataque até a es-treia na Copa, marcada para a pró-xima terça.

Um fator que pode complicar oataque brasileiro na África do Sul éa falta de experiência dos quatroatacantes convocados por Dunga:três deles nunca disputaram umaCopa do Mundo - a exceção é Ro-binho, que foi reserva em 2006. Paracompletar, Luís Fabiano, que é aprincipal esperança de gols do time,ainda está fora da forma ideal, de-pois de sofrer recente contusão mus-cular.

O Brasil deverá enfrentar umaforte retranca na estreia da Copa con-tra a Coreia do Norte, no estádio EllisPark, em Johannesburgo, e os atacan-tes precisam estar inspirados paramarcarem os gols que darão a vitó-ria aos brasileiros.

Seleção assimila discurso que desdenha de craques

JOHANNESBURGO - Na sequência dasentrevistas do dia a dia da seleção brasilei-ra em Johannesburgo, Elano foi o primeiroa conversar com a imprensa, na quinta-feira,no auditório lotado do Randpark Golf Club.Uma frase do ex-santista pinçada de quase30 minutos de perguntas e respostas expres-sa como a atual equipe consolidou o concei-to de espírito de grupo, à moda Dunga, emque destaques individuais, craques comprestígio internacional e jogadores diferen-ciados devem ser tratados como outros quais-quer. “Sempre me considerei um coadju-vante”, disse.

Aênfase com que Elano, titular do time,se definiu como coadjuvante pode ser con-textualizada a partir das mudanças efetua-das pelo técnico Dunga desde que assumiuo cargo em agosto de 2006. Nesses quatroanos, a seleção passou a negar sua própriahistória por conta de um capricho ou deuma ideia fixa do treinador.

Logo nas primeiras vezes em que a equi-pe se concentrou na Granja Comary, a casada CBF em Teresópolis, região serrana do Riode Janeiro, Dunga começou a dar sinais deirritação quando, por exemplo, Kaká eradestacado para dar entrevista na sala de im-

prensa, enquanto os outros falavam na che-gada ou na saída do treino, ainda em campo,separados apenas por duas cordas que limi-tavam o espaço entre atletas e dezenas de câ-meras e microfones.

Numa dessas vezes, ele interveio e im-pediu que Kaká fosse levado à sala desti-nada as entrevistas. Dunga acreditava queassim estaria formando o tal espírito degrupo, minimizando a importância da figu-ra do craque, daquele atleta que, pelo cur-rículo, desperta mais interesse do públicoem geral. Não queria estrelas e sim um sé-quito de operários.

Mas essa decisão de Dunga expressauma situação nova para a seleção brasilei-ra. Desde a primeira Copa do Mundo, em1930, o Brasil sempre teve pelo menos umagrande referência na competição. Naqueleano, Moderato, do Flamengo, e nas duasCopas seguintes, Leônidas da Silva, eramjogadores dos quais se esperava algo maisgracioso e objetivo.Em 1950, Zizinho, AdemirMenezes e Jair da Rosa Pinto certamente re-jeitariam o rótulo de coadjuvantes. Didi, em1954, e quatro anos depois ao lado de Pelé,Vavá e Nilton Santos, também hesitaria emaceitar essa autodefinição.

ressivaa próxima terça-feira contra a Coreia do Norte

Zagueiro

Lúcio é

um dos

“chefes”

da turma

Kaká teve que se enquadrar na cartilha do técnico Dunga para fazer parte do elenco

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Teoria da evoluçãoBeckenbauer: “O futebol que eu e Pelé jogávamos não existe mais”

JOHANNESBURGO - Eleganhou a Copa do Mundocomo jogador e como técnico,feito que poderá ser igualadopor Dunga neste ano. Agora, omítico capitão da Alemanha,Franz Beckenbauer, faz seualerta sobre o estado do fute-bol mundial: todas as equipesjogam iguais hoje na Copa e otalento individual cedeu lugarà tática. “O futebol que eu ePelé jogávamos já não existemais. Não podemos ter maisilusões”, disse.

Em entrevista à AgênciaEstado, Beckenbauer fala sobrea experiência de organizar umMundial, a importância delevar o evento para a África ecomenta as decisões de Dunga.

O ‘Kaiser’ é hoje membrodo Conselho Executivo da Fifae sua posição de cartola tam-bém lhe dá condições de par-ticipar das principais decisõessobre o futebol mundial.

- Qual sua avaliação sobreas seleções para a Copa?

- As favoritas são Brasil,Espanha e Inglaterra. São hojeas três seleções mais fortes domundo, sem dúvida. Dungatem experiência e criou umaseleção à sua imagem. Mas ostrês times são muito bons e umdeles deve ficar com este títu-lo mundial.

-Dunga é criticado exata-mente por isso - ter criadouma seleção à sua imagem.

Qual a percepção do se-nhor sobre a forma de atuardo Brasil?

- É verdade que ele équestionado. Quando o mun-do pensa sobre o futebol bra-sileiro, a imagem ainda que setem é de Pelé, Rivellino e umaseleção fantástica. Mas vamosser honestos de uma vez portodas e deixar as coisas bemclaras. O futebol que eu e Peléjogávamos já não existe mais.Não podemos ter mais ilusões.O que nós jogávamos existeapenas no passado. Não é bom

ou ruim. É apenas a realida-de. Aquele futebol brasileiroque ainda falamos e a forma,por exemplo, em que eu atua-va é o futebol de 40 anos atráse acabou.

- Qual é a diferença entreo futebol que o senhor joga-va e o que Lúcio, Cannavaroou Pirlo jogam hoje?

- Há 40 anos, quando en-trávamos em campo, apenaspensávamos em uma coisa.Como levar a bola até a linhado gol adversário pela formamais curta possível. Essa era,na essência, a tática. Portanto,tínhamos muita liberdade eo talento de cada jogadoraparecia como a principalarma de um time. Hoje, a tá-tica ganhou. A bola passa depé em pé várias vezes e deum lado para o outro paraque se avance. E o que eutenho percebido é que todosjogam assim. Essa Copa serámarcada pela falta de umasurpresa no sentido tático. Ofutebol se globalizou e, comisso, observamos uma har-monização da maneira deatuar das seleções. Essa seráuma Copa em que todosatuarão com a tática predomi-nando. Talvez seja a primei-ra em que teremos todas as 32seleções agindo de formaquase igual.

- O senhor acha queRonaldinho Gaúcho deveriater sido convocado?

- É triste que ele não este-ja aqui. Claro que é o Dungaquem tem de dizer quem vaiescalar, mas é lamentável queele não tenha sido incluído. Éverdade que na Copa de 2006e nos anos seguintes oRonaldinho Gaúcho sofreuuma queda acentuada de de-sempenho. Nos últimos seismeses no Milan, porém, elevoltou a se esforçar e jogoubem. Mas talvez Dunga tenhaachado que não era suficientepara merecer um lugar neste

grupo da seleção brasileira.

- Passando ao Becken-bauer cartola, o senhor orga-nizou a Copa de 2006 comgrande sucesso e mais de 2milhões de turistas. Hoje, es-tamos na África do Sul com aperspectiva de menos de 350mil estrangeiros desembar-cando no país. O que deu deerrado?

- Essa é uma outra realida-de. A Fifa precisava levar aCopa para a África. Certa-mente será um Mundial comum novo gosto, som e atmos-fera. Mas é disso que o mundotambém precisa.

- A Fifa calcula que vai lu-crar 50% a mais com a Áfricado que com a Alemanha. Já ogoverno sul-africano terá umdéficit e os ganhos para a po-pulação em geral são questio-náveis. Vale a pena organizaruma Copa para o país sede?

- Vale sim. Muitos ques-tionam, mas a realidade é queos ganhos são significativos,e não apenas para a Fifa.Temos de pensar também que

o futebol na região ganha e aeconomia tem um impactopositivo. Olhe para o queocorreu na Alemanha quatroanos após a Copa. Gastamosmilhões na construção e re-novação de doze estádios.Muitos questionavam se essaera a melhor forma de utilizaros recursos, mas, hoje, queminvestiu nos estádios estámuito satisfeito. Desde o finalda Copa do Mundo, todoseles praticamente estão lota-dos a cada fim de semana, ge-rando lucros para os que par-ticiparam da empreitada. NaÁfrica, esperamos que os ga-nhos também sejam impor-tantes. Mas, obviamente, o fu-tebol e a Copa não acabarãocom a pobreza.

- O que o Brasil precisaaprender com a África do Sulpara evitar erros na Copa de2014?

- O Brasil precisa colocarsuas energias para garantir queos estádios sejam construídos.Isso é o centro da questão.Mas tenho certeza de que tudoserá feito.

PORT ELIZABETH - Princi-pal jogador da Coreia do Sul paraa disputa da Copa do Mundoda África do Sul, o meio-camp-ista Park Ji-Sung afirmou, ontem,que os norte-coreanos podemsurpreender no Mundial. Para oatleta que atua no ManchesterUnited, o fato da adversária deestreia do Brasil na competiçãonão ter tradição no futebol deve-rá complicar a vida das seleçõesdo Grupo G - Costa do Marfime Portugal completam a chave.

“ACoreia do Norte tem joga-dores que não são bem conheci-dos e isto pode ser um fator dedificuldade (para seus oponen-tes). Para mim, pessoalmente vaiser interessante assistir às trêspartidas”, revelou Park Ji-Sung.

Caso o prognóstico do meiasul-coreano se concretize, nãoseria a primeira vez que aCoreia do Norte teria um bomdesempenho em um Mundial.Em 1966, na Copa do Mundoda Inglaterra, os norte-coreanoschegaram às quartas de final etiveram uma vantagem de 3 x0 na partida contra Portugal,mas depois permitiram a reaçãoda seleção comandada porEusébio, que venceu o confron-to por 5 x 3.

FAÇANHA - Entretanto,Park Ji-Sung reconhece que serádifícil para a Coreia do Norte re-petir a façanha na África do Sul.“Os norte-coreanos estão em umgrupo muito difícil, como todosnós sabemos”, disse o jogadorao celebrar a circunstância de sera primeira vez que as duasCoreias participam de umMundial simultaneamente.

Park Ji-Sung faz elogios à Coreia do Norte

Beckenbauer diz que o estilo de jogo Brasil mudou nos últimos anos

AAGGEENNDDAA

DDAA CCOOPPAA

HHoojjee

08h30 Argélia x Eslovênia

11h00 Sérvia x Gana

15h30 Alemanha x Austrália

AAmmaannhhãã

08h30 Holanda x Dinamarca

11h00 Japão x Camarões

15h30 Itália x Paraguai

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77Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

FÓRMULA 1

Massa está maisanimado para oGP do Canadá

Felipe Massa admitiu estarencantado em ter renovado ocontrato com a Ferrari. A equi-pe italiana anunciou na quar-ta-feira a permanência do pi-loto como companheiro deFernando Alonso por maisduas temporadas. O piloto,que corre hoje, às 13h, no GPdo Canadá, ressaltou a impor-tância da confiança da equipepara sua evolução.

“É fantástico renovar coma Ferrari. Isso mostra quetodos do time acreditam emvocê e acho que é ótimo paramim continuar dando duro otempo todo para seguir traba-lhando junto com a equipepara alcançar o melhor. Isso étudo que eu quero e o que otime quer, então estou feliz”,disse.

ARACAJU

Empolgado, CRB vai enfrentaro Sergipe no Estádio Batistão

O bom resultado em cimado Vitória na última quarta-feira em Maceió deu confi-ança aos jogadores do CRB etirou das costas deles umapressão que, aparentemente,não existia, mas foi reveladaatravés de lágrimas que osatletas derramaram após apartida, no vestiário do es-tádio Severiano Gomes Filho,na Pajuçara. Ao contrário dorival CSA, porém, o time re-gatiano vai a Aracaju, ondeenfrenta o Sergipe, às 16h,no estádio Lourival Batista, oBatistão, em partida válidapela segunda rodada doCampeonato do Nordeste.Os sergipanos foram derro-tados, na estreia, pelo Treze-

PB, por 2x1.Desde ontem à tarde em

Aracaju (a delegação alvir-rubra viajou logo após o al-moço do sábado), oCRB está definido parabuscar a segundavitória no Nordestãoou, no mínimo, arran-car um empate na casado adversário.

“A emoção que to-mou conta de todosnós no vestiário daPajuçara não foi ape-nas pela vitória. Muitagente gosta de falarsem ter noção do queestá dizendo. Nosemocionamos porque somosprofissionais, estamos tra-

balhando com seriedade etivemos que ouvir muitabesteira porque perdemos

para o CSA, nospênaltis, mesmo man-dando na partida.Mas a vida segue enosso objetivo maioré voltar à Série B, oNordestão é um bomteste para avaliarmosnosso time, mas tam-bém estamos jogandoesse regional parafazer o melhor quepudermos”, declarouCelso Teixeira, técni-

co alvirrubro.

LÊ – Na última sexta-feira, Celso ganhou mais um

jogador que se juntou aoelenco e realizou treinamen-to com o grupo. Com con-trato até o fim do ano com oASA, Lê foi emprestado pelotime alvinegro ao Galo daPajuçara e que ficará naequipe regatiana até o fim doCampeonato Brasileiro daSérie C. O volante, porém, sódever ter condição de jogopara a próxima partida noNordestão, contra o Ceará,em Maceió, na próxima quar-ta-feira, às 15h.

CRB – Carlos Carioca;Toninho, Pedrosa e Leandro;Amaral, Fabinho Vitória,André Silva, Everton eRenatinho; Emílio e Edmar.

Azulão em campo CSA tenta conquistar hoje a segunda vitória no Campeonato do Nordeste

Luciano Milano

Repórter

O técnico Lino do CSAaposta nas subidas e no bomaproveitamento do lateral-di-reito Celso para buscar a se-gunda vitória azulina noCampeonato do Nordeste. Ojogador entrou no segundotempo da partida contra oBahia, na última quarta-feira ànoite, em Salvador, e deu opasse para o segundo gol davitória dos alagoanos, de vira-da, por 2x1, no estádio dePituaçu. Na tarde de hoje,Celso ganha a oportunidadede entrar de primeira, no jogocontra o Confiança, às 15h, noestádio Nelson Peixoto Feijó,na Via Expressa. A entrada deCelso na lugar de Luciano Josédever ser a única mudança noCSA em relação ao time que

venceu o Bahia, na Boa Terra. “Atorcida do CSAvinha pre-

cisando de uma vitória comoaquela em Salvador, e nós pude-mos dar essa alegria para eles.Não foi fácil bater o Bahia ládentro, porém, unidos, nós joga-dores sabemos que temos chan-ces de fazer mais pelo clube. Deminha parte, fico feliz por terentrado e contribuído direta-mente com a vitória do time,dando o passe para oAlexsandro, que é um matadordentro da área. Agora, é seguirfirme no propósito das vitórias”,afirmou Celso.

Apesar de ter saído do está-dio de Pituaçu reclamando dedores na perna, o zagueiroSinval não deve ser dúvida parao jogo de hoje. O atleta partici-pou de parte do treinamento desexta, foi poupado, porém devejogar. Já quem pode ‘desfalcar’

o time é o massagista Cacau.Em um bate-bola no campo daAABB, na tarde de ontem, apóso treinamento, Cacau pisou nabola e está com suspeita até derompimento dos ligamentos dojoelho.

O técnico Lino espera que otime evolua em relação ao queapresentou contra o Bahia e sigavencendo no Campeonato doNordeste. É bom lembrar que,apesar da importância que oclube dá ao Nordestão, o obje-tivo maior do CSA é o retornoà Primeira Divisão do futebolalagoano. O clube foi rebaixa-do para a Segunda local em2009.

CSA –Anderson Gibi, Celso,Anderson La Bamba, Sinval eClaudinho; Anderson, Serginho,Lau e Braw; Catanha e Alex-sandro. Lino ganhou mais confiança após a vitória do CSA sobre o Bahia

Galo bateu

o Vitória por

1 x 0 na

última

quarta

Marco Antônio

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

JOHANNESBURGO - Adefesa é o melhor ataque naItália. Sexta-feira, o capitãoFabio Cannavaro saiu em de-fesa do estilo de jogo de suaseleção e garantiu que com estafórmula a equipe pode chegarlonge na Copa do Mundo daÁfrica do Sul. “A defesa é umponto vital do time, mas issonão quer dizer que ficaremosesperando no nosso campo.Significa ser compacto. Nósnunca vamos jogar no ataquecomo Brasil, Portugal ouEspanha, mas eles nunca de-fenderão como nós”, afirmou.

A entrevista veio num mo-mento em que os jogadores so-frem algumas críticas e os ita-lianos sonham com a manu-tenção do título. Em 2006, foio próprio Cannavaro que le-

vantou a taça após a decisãocontra a França. Naquela edi-ção, a Itália iniciou o torneiocom um sistema mais aberto,mas na terceira partida, contraa República Checa, decidiu vol-tar às origens e mostrar o quesabe fazer melhor: defender.Levou o troféu, Cannavaro foio símbolo da equipe e o golei-ro Buffon sofreu apenas doisgols - um contra e um.

Agora, às vésperas da par-tida contra o Paraguai, o capi-tão enalteceu a arte de defen-der dos italianos e avisou queeste será o caminho mais umavez. “Uma defesa sólida sem-pre foi a base da equipe. Estouconfiante. Acho que podemossonhar”, disse Cannavaro.

Aos 36 anos, ele não terámais a seu lado jogadores como

Alessandro Nesta e MarcoMaterazzi, que foram impor-tantes na Copa do Mundo daAlemanha. “Os nomes são

novos, mas podemos criar umadefesa forte e compacta.” Seuparceiro no miolo de zaga seráGiorgio Chiellini, com quem

jogou na temporada passadapela Juventus. E se há quatroanos era ele o zagueiro maisseguro do time, agora éChiellini.

Cannavaro entende a pres-são causada pelos resultadosruins obtidos pela seleção antesdo Mundial. “Nossas partidasnão foram tão boas como háquatro anos. Talvez por isso ostorcedores estejam tão céticos”.

Sexta-feira, o time fez umjogo-treino contra o GuatengAll Stars, uma equipe sul-africana, e ganhou por 6 x 0. Aescalação no primeiro tempofoi a seguinte: Buffon; Zam-brotta, Cannavaro, Chiellini eCriscito; Gattuso, Montolivo,Pepe e Marchisio; Iaquinta eGilardino. Amanhã, às 15h30,a Itália vai enfrentar o Paraguai.

A ordem é marcar em cimaCannavaro diz que opção defensiva pode levar Itália longe na Copa do Mundo da África

Cannavaro foi um dos melhores jogadores da Copa do Mundo de 2006

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Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

VogaXadrez para

o inverno

AcessóriosO Luxo da Jóia

Fashion Rio é puro detalhe

FilóCasamento

na passarela

Neném Brêda e Toinho Gusmão

felizes para sempreNeném Brêda e Toinho Gusmão

felizes para sempre

SalaVip JORNALO JORNALOArquivo pessoal

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JORNALO JORNALO

REPRESENTANTE NACIONAL

SÃO PAULO: (11) 2178-8700

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Diretor-ExecutivoPetronio [email protected]

Editor-GeralDeraldo [email protected]

Diretora ComercialEliane [email protected]

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DiagramaçãoBenedito [email protected]

Produção de modaAna Brigida [email protected]

Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Observando e ouvindo o casal Neném e Toinho, com a devi-da autorização, que na oportunidade de nosso bate papo pronun-ciei inúmeras vezes, descobrimos segredos de quase completoscinquenta anos de enlace. O carinhoso diminutivo do nomeAntonio, com simplicidade e meiguice, Neném se dirigia aomarido sempre que relatava um momento vivido ao longo do ca-samento.

Aos quinze anos Neném conheceu Toinho, que na época já es-tava com vinte e oito. No aeroporto do Rio de Janeiro, apresenta-dos por uma prima distante, que também era tia de Neném, Toinhose encantou pela linda jovem que paquerava através do espelho.Anos seguintes, Neném perguntava ao marido:-‘Porque você não olhava pra mim no aeropor-to? ‘Quem disse que não te observava pelo es-pelho? Respondeu Toinho com outra pergun-ta, desvendando a dúvida que rondava Nenémpor anos!

Participando das festas de sua época, sem-pre acompanhada pela babá, Neném era muitocortejada e perguntava ao seu pai constantemen-te se o tal pretendente era boa pessoa. O paisempre respondia que não, eles nunca erambons filhos, sempre eram farristas e nada de terbons pretendentes, se dependesse de Sr. Brêda,nada de Neném casar! Mas sua tia Maria tinhaenrolado em uma toalha a foto de seu futuromarido, mostrando sempre para sobrinha e enfatizando ‘ele vai serseu marido’. Dito e feito, hoje Neném se sente realizada como mu-lher e mãe de seis filhos, inclusive quem nos acompanhou nestebate papo foi sua filha Maria Thomasia, que ajudava aos pais a lem-brar das situações apimentadas que Neném preparava para esquen-

tar a relação do casal! Velas, Beethoven, ca-misolas sensuais e pétalas de rosas para incre-mentar. Toinho nem sempre entendia a men-sagem, olhava, olhava e olhava. E só lá pelastantas finalmente captava o código sensual.

O casal recebeu o Sala Vip em sua casa cer-cada de boas lembran-ças. Fomos apresenta-das ao piano que foide sua mãe, e desco-brimos que todas asmulheres da famíliaque ali sentavam comseus noivos não demo-ravam rumo ao altar!A história é assim:Mulheres chamam osnoivos que não sabemde nada para uma sim-ples foto familiar e

quando menos esperam, estão casando!!! O casamento com direito a aplausos para

o noivo e seis metros de cauda para a noivafoi uma das festas mais elogiadas da época. Sr.Brêda construiu uma linda casa para o enlace desua única filha em meio de sete irmãos. Neném é do Samba e Toinho

dos clássicos, ele fala vários idiomas. Ela seentende com os mais carentes. Toinho é ad-vogado e deixou a carreira diplomática paraviver um grande amor, Neném é Mediadorada Câmara de Mediação e Arbritagem, já foivereadora, fundou o Conselho da Criança edo Adolescente e o Movimento Dando AsMãos, junto com outras amigas auxiliando nasnecessidades mais evidentes, sempre com in-tenso apoio do marido que muitas vezes aacompanha. Toinho nos relatou que Nenémtinha que ganhar o mundo, aprender e ensi-nar. “Meu marido é minha mola impulsiona-dora”, Neném explica. Ciúmes era só do de-cote ou do cabelo vaporoso, de vez em quan-do, segundo o delicado casal!

Neném e Toinho ressaltam que para exis-tir um casamento feliz não há receita, o im-portante é a confiança depositada no outro,o equilíbrio de todas as horas. O essencial docasamento é a doação, a entrega o despren-dimento material, a qualidade da presençaem casa. “É importante não podar o outro

para não perder”, destaca Toinho. “O essencialé o amor o mais é acessório”, finaliza Neném.

O casal deixa uma passagem bíblica: I Corínthios 13.

C2

SalaVip

SalaVip

por Ana Brigida - Consultora de Moda

VOGAEle sai da base do jogo e arremata

os looks mais modernos da tempo-rada.

Ah..quem use ele o ano todo, porémnessa época de lançamento de coleçõesele aparece convencionalmente lindo.Em várias versões, grandes, pequenos,tradicionais ou irreverentes, vale a penaolhar com carinho.

No nordeste ele também ganha ar dematuto e vira hit.

Matuto chic, por sinal. Vale algumasdicas para arrasar, até porque jogar namoda é chic.

Em looks mais despojados e casuais escolha os tons mais vivos;nos clássicos opte pelos neutros;

* As gordinhas e os gordinhos devem dar preferência às estam-pas menores em tonalidades escuras;

* As baixinhas e os baixinhos também devem dar preferênciasàs estampas em xadrez menores e apenas em uma peça, para nãoencurtar a silhueta ainda mais;

* Corpos em formato triângulo-invertido podem se beneficiarda estampa xadrez grande, usando-a em calças, saias ou shortscom camisas escuras;

* Corpos em triângulo devem fazer ao contrário; * A camisa xadrez é o carro chefe da estação, tanto em looks fe-

mininos, como nos masculinos, use e abuse da peça.

O jo

go d

a m

oda

Fotos: Arquivo pessoal

"Sempre me senti muito amada, por isso considero que amar não é difícil", Neném Brêda

"Respeito, doação e compreensão paraum casamento feliz", Antônio Gusmão

Parece umasintonia... melhor

dizendo, umamelodia...

Trechos de uma das cartas de Toinho para Neném

Toinho no clique apaixonante

Bíblia - a base do amor

Neném e Toinho

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JORNALO JORNALO C3

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LUCAS NASCIMENTO

MARIA BONITA EXTRA

NEW ORDER

ESPAÇO FASHION

Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Por Rachel Cabus

Durante muito tempo eracomum que com o fim do re-lacionamento dos pais, os fi-lhos ficassem sob a guardamaterna. Ao pai restava tãosomente a figura do visitan-te em finais de semanas al-ternadas.

A quebra da relação ma-trimonial ou da união está-

vel representava o rompi-mento da convivência dopai com os filhos. Erauma quebra abrupta dodia a dia dos filhos, quede um momento para ooutro se viam privadosde toda aquela rotinacotidiana.

Entretanto houveuma mudança comporta-mental nesse campo na me-dida em que o homemtambém passou a querer

desfrutar da companhia dosfilhos. Sai de cena a figura

do genitor cedendo lugarpara a do pai, aquele que par-ticipa, dá amor e assistênciaaos filhos.

Ocorre que muitas vezesa lacuna na convivência podedecorrer do modo pelo qualo relacionamento do ex-casalacabou. Existem relações quechegam ao fim cravadas demágoas e de ressentimentos.São feridas abertas que inter-ferem na resolução de ques-tões referentes aos alimentos,a guarda e a visita aos filhosmenores e que ganham maiorrelevo quando um ou ambosestão passando pelo "luto" daseparação.

Esse "luto" retrata exata-mente o sentimento do ex-casal em relação ao fim daconvivência a dois. É nessemomento que são trazidas abaila todas as mazelas daunião e que infelizmente de-ságuam nas questões relati-vas aos filhos.

Pode ocorrer que a mãeou o pai acobertado pela dorda separação, acrescido peloque entende ter sido o moti-vo ou 'a gota d'água" desta,procure utilizar das armasque possui para causar trans-tornos ao outro.

Uma questão comum severifica com a guarda dos fi-lhos menores. Quem será oguardião?

Precisamos entender que

o fim da conjugalidade, sejalá pelo motivo que se dê, nãoacarreta o fim da parentali-dade. O homem e a mulherdeixarão de ser companheirosna vida, mas não deixarão deser pai e mãe.

O ideal é que os filhos nãosejam a moeda de troca quan-do da separação dos pais. Éimportante que se busqueconscientizar os pais que omelhor para os filhos é que,nada obstante não estaremtodos convivendo na mesmacasa, a rotina dos filhos podechegar o mais próximo pos-sível do que era anteriormen-te à separação.

É a tão recomendadaguarda compartilhada, ondenão se divide o filho ao meio,mas compartilha-se as res-ponsabilidades para com este.Procura-se manter a situaçãoanterior, vale dizer, se à épocada união o pai levava os fi-lhos para a escola, acompa-nhava em festas e a mãe, porsua vez, desenvolvia outraatividades relativas aos filhos,é salutar que se preserve essarotina.

É importante frisar queisso é possível quando os paisconseguem manter o equilí-brio e separam a impossibi-lidade de convivência entreeles e as responsabilidadesem relação aos filhos emcomum. Não é necessário quehaja amizade entre o ex-casal,mas tão somente uma rela-ção de urbanidade que viabi-lizará a harmonia na vida dosfilhos e consequentementeuma higidez emocional, es-piritual, física e mental.

Quando isso é possível aconseqüência lógica é que osfilhos tenham mantida a con-vivência com o pai ou mãeque não tenha a guarda físi-ca deles.

Vivemos a era do novoconceito de família que temcomo pano de fundo o amor,o afeto.Não podemos nos per-mitir que em razão do fim deum relacionamento os nos-sos filhos sejam privados deuma vida tranqüila, cercadosdo amor do pai e da mãe,ainda que sob outra forma dearranjo familiar.

*Advogada, especialistaem direito de família e vice-presidente da OAB/AL

OPÇÃO PELO AMORACESSÓRIOS

DETALHE

Clássicos dos anos 80 nosbraceletes robustos e inspi-ração moderna é a proposta

da ex-modelo australiana NikkiPhillips para o lançamento de suaprópria marca de joias, a Dejoie. Otermo em francês significa alegria.

As peças são em ouro e prata, mesclan-do materiais utilitários, a exemplo de para-fusos e fechos, a artesanais, como couroliso ou trançado.

As primeiras criações chegaram às vit-rines ainda em fevereiro de 2009, mas estásendo atualizadas constantemente. Anova marca vai trabalhar com quan-tias menores de lançamentos,garantindo qualidade e exclu-sividade. Tudo é desenvolvidoem Bali, na Indonésia.

Modelos de Jóias

R$ 39,90Em embalagem de 250g a de-

liciosa textura de mousse que der-rete na pele e promove um toqueincrivelmente sedoso e perfuma-do. Enriquecido com manteigasvegetais e glicerina, que promovemmaciez e hidratação por 24 horas.Deliciosa fragrância inspirada na cereja.Testado dermatologicamente.

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Corpo: AcordeRum, Jasmim, Baunilhae Rosa

Fundo: Notas Balsâ-micas, Musk e Baunilha

Soft Cherry Mousse Hidratante Corporal

O B

oticá

rio

FASHION RIO 2011Franjas pra todo lado, Florais e laços, além de estampinhas menores

e meias setentinhas, são as apostas do Fashion Rio, para o Verão 2011.Tudo é muito solto e sensual com apostas esvoaçantes e românticas.Muitas cores vibrantes e cítricas voltam com ares de modernidade eglamour. Aposte com coragem!

ISABELA CAPETO

TNG

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JORNALO JORNALO

Domingo, 13 de junho de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

C4

>>>Por Flávia Barros l [email protected]

SalaVipFILÓ

A Gaúcha cidade serrana de Caxias do Sul apresentou para 2011um desfile de noivas Ousadas, sofisticadas e com riqueza de deta-lhes, manuais é bom enfatizar. Rosamaria Unique, marca com lojaem Novo Hamburgo (RS), participou do evento Vitrine Requinte,30 de maio deste mês e aproveitou para ampliar sua gama de clien-tes na região.

O modelo slim ainda está em evidência, os volumes ganharammais força através do jogo de movimento com camadas e tecidosleves, como zibeline, gazar, chiffon, seda, tafetá e a tradicional renda.O busto é valorizado pelos decotes, a intenção, segundo a estilistaRosamaria Isoppo, é acentuar o glamour, enfeitando mais o rosto etornando cada detalhe mais exuberante. Na mesma linha, os arran-jos procuram manter o movimento criado em toda a silhueta. Floresdesconstruídas, tops e camadas formam a composição. Na cartelade cores, o branco reina absoluto e abre espaço apenas para o toquedo off-white. Para o look noiva, os sapatos são trabalhados comaplicações, e o véu aparece volumoso, em crinol, tule e voillette.

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