apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 5-6
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Tavares, uma das que foram coligidas no livro Não te deixarei morrer, David Croquete. [Não te deixarei morrer, David Croquete] Diga-se que a referência do texto não ficou perfeita, já que falta o nome da crónica. Devia estar assim:
Tavares, Miguel Sousa (2001), «Ao longo do caminho», Não te deixarei morrer, David Crockett, 8.ª ed., Lisboa, Oficina do Livro.
Lembro-me que, quando tinha cinco anos, vi uma foca lindíssima.
Lembro-me que vi uma foca lindíssima quando tinha cinco anos.
Lembro-me que vi uma foca lindíssima, quando tinha cinco anos.
Cheguei a casa e vi a minha mãe e falei à minha avó e esta deu-me os parabéns.
Cheguei a casa, vi a minha mãe, falei à minha avó e esta deu-me os parabéns.
Conta-Corrente, IV
Autor
Vergílio Ferreira
Género
Diário
Pessoa
Primeira
Tempo
Perfeito (1.º parágrafo, reportado a «ontem»); Presente do Indicativo (2.º parágrafo, mais sobre «hoje»).
Narrador/Escritor
Coincidem.
Personagem/Tempo
Personagem está a reportar-se a um passado recente ou a refletir sobre o seu presente.
Discurso/Ação
Haverá dispersão, repetições, características de um texto que é fragmentado pelos dias, circunstancial, virado para o que vai acontecendo, sem o hierarquizar.
«Ao longo do caminho»
Autor
Miguel Sousa Tavares
Género
Crónica (com elementos autobiográficos)
Pessoa
Primeira
Tempo
Presente, sobretudo (perfeito e imperfeito nas alusões ao passado).
Narrador/Escritor
Coincidem, embora o texto também se foque em outra personagem, o filho do cronista.
Personagem/Tempo
Personagem já viveu parte do que conta, mas ainda não faz uma retrospetiva da vida.
Discurso/Ação
Os factos narrados pretendem apoiar os argumentos que constituem o essencial da crónica.
«A minha adolescência tem sido um céu baixo e pesado, em que existem, por vezes, pequenas abertas».
Aproveita esta frase num texto diarístico.
Podes fazer os fragmentos de um, dois ou três dias.
O trecho começará pela data.
A frase que pus em cima tem de surgir em algum ponto do teu texto.
O narrador é de 1.ª pessoa, claro, mas isso não te vincula ao que estejas a relatar ou a opinar: o narrador não tem de corresponder sempre ao autor.
(Poderias relancear o que se diz sobre o género «diário» na p. 117, ou olhar de novo a página de Vergílio Ferreira, mas talvez seja mais prático centrares-te já no teu próprio texto.)
Vamos ver o início do filme A história da minha vida (Mensonges et trahisons), o relato autobiográfico de um autor de autobiografias.
Nele se articulam duas autobiografias: a de Kevin, escrita afinal por Raphaël, e a que é narrada em off, que é a do próprio Raphaël.
Segundo Raphaël, Muriel tem uma característica muito distintiva, a de ser sempre franca. Se quisermos pensar no efeito que esta idiossincrasia pode ter nas conversas em que Muriel participa, diremos que, ao cumprir tão à letra a máxima conversacional de qualidade, ela acaba por infringir constantemente o princípio de cortesia.
Droit au but (Direito [Direto] ao assunto)
Autor
Kevin-Raphaël
Género
Autobiografia
Pessoa
Primeira
Tempo
Perfeito
Narrador/Escritor
Não coincidem.
Personagem/Tempo
Personagem já viveu o que conta e olha-o já em síntese.
Discurso/Ação
A narrativa pretende-se estruturada, escolhendo-se apenas o que é significativo na vida do biografado.
TPC — Completa, melhora, o texto diarístico começado em aula (trazendo-me a mesma folha).
Ainda aceito o «Alfabeto Pessoal» (ver Sumários e tepecês, aula 3-4) na próxima aula.
Quando puderes, relanceia as páginas de gramática sobre ‘Princípios de cooperação e de cortesia’ que copiei em Gaveta de Nuvens.