apresentação fonética lp com alterações (1)
DESCRIPTION
Presentación fonética con alteraciones para filosofíaTRANSCRIPT
Apresentao do PowerPoint
Aula especial fontica e prosdia para falantes de lnguas prximas
alguns aspectos da oralidade
no portugus brasileiro
Emerson Pereti UNILA
Primeiramente, alguns aspectos a considerar:
Tupi or not tupi, that is the question: Portugus brasileiro. Qual deles?
Diferenas regionais e socioculturais
Construo de hegemonias lingusticas, principalmente por meio da mdia
Predominncia histrica da oralidade
Antropofagia cultural
Para uma sociedade heterogeneamente letrada
O ltimo Censo Demogrfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), aponta 274 lnguas indgenas faladas por indivduos pertencentes a 305 etnias diferentes.
Variantes dialetais do portugus brasileiro SOTAQUES
1 - Caipira2 - Costa norte3 - Baiano4 - Fluminense5 - Gacho6 - Mineiro7 - Nordestino central8 - Nortista9 - Paulistano10 - Sertanejo11 - Sulista12 - Florianopolitano13 - Carioca14 - Brasiliense15 - Serra amaznica16 - Recifense
https://www.youtube.com/watch?v=aTHpzqiWo-g
Algumas caractersticas do portugus brasileiro hegemnico em relao ao espanhol
Para uma comparao entre o portugus brasileiro e o espanhol vamos ouvir o refro da msica Latinoamerica do grupo Calle 13. Esse recorte obviamente no d conta de comparar todas as variantes do portugus brasileiro nem as variantes do idioma espanhol, seja ele europeu 0u latino-americano. Estamos falando de lnguas estandartizadas usadas na msica popular.
Tot La Momposina:
T no puedes comprar el vientoT no puedes comprar el solT no puedes comprar la lluviaT no puedes comprar el calor
Susana Bacca:
T no puedes comprar las nubesT no puedes comprar los coloresT no puedes comprar mi alegraT no puedes comprar mis dolores
Mara Rita:
No se pode comprar o ventoNo se pode comprar o solNo se pode comprar a chuvaNo se pode comprar o calorNo se pode comprar as nuvensNo se pode comprar as coresNo se pode comprar minha'legriaNo se pode comprar minhas dores
No se pode comprar o ventoNo se pode comprar o solNo se pode comprar a chuvaNo se pode comprar o calorNo se pode comprar as nuvensNo se pode comprar as coresNo se pode comprar minha'legriaNo se pode comprar minhas dores
no
se
pode
comprar
o
vento
sol
chuva
calor
nuvens
Sil seu cu sal
sul sou sol sal
O sistema voclico do portugus brasileiro
gente
cheio
sozinho
rua
trabalho
vejo
diferente
d i f e r t e
diferente
d i f e r t i
Mas, como lidamos com nossa
identidade lingustica?
Aspectos fonticos (apcope e harmonizao voclica)
Fontica simplificada da lngua portuguesa do Brasil*
O cedilha () no faz parte do alfabeto, mas usado na escrita, somente antes das vogais a, o, u.
A letra h no se pronuncia em portugus.
As letras k, w e y s foram incorporadas recentemente ao alfabeto portugus e aparecem predominantemente em palavras estrangeiras.
Dgrafos Duas letras, mas um nico som.
acento agudo( )tomo, tnico, ndio, av, ltimo acento circunflexo( ^ )nimo, gnero, antnimotil( ~ )corao, emoescrase( ` ) maneira brasileiraAcentos grficos
Abaixo voc tem a transcrio de alguns depoimentos. Procuramos reproduzir a oralidade na escrita para que voc tenha uma ideia mais clara sobre algumas marcas do portugus falado, respeitando as variantes regionais e socioculturais em questo. Observe que a maneira como essas pessoas usam o portugus pode servir de exemplo de algumas tendncias do portugus letrado hegemnico do Brasil, mas definitivamente no sintetiza toda a diversidade lingustica brasileira.
Por que voc veio?
O seguinte vdeo, uma produo do Coletivo de Comunicao Catarse, de Porto Alegre, acompanha uma manifestao ocorrida no dia 04 de abril de 2013 na cidade contra o aumento da passagem de nibus. Este evento anterior s manifestaes do Passe Livre, que se espalharam pelo Brasil no ano passado. Vamos trabalhar com ele.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=h0Ng6400z-0
Depoimento de Elder Vinicius F. Mello 23 anos Bancrio
um direito do povo, no me venham dizer que simplesmente o voto que vai mudar isso. A gente tem que ir pra rua, tem que cobrar, tem que cobrar, isso um direito nosso.
um direitU dU povU, no mI venha diz quI simplIsmentI U votU quI vai mud issU. A gentI tem quI pra rua, tem quI cobr, tem quI cobr, issU um direitU nossU.
Depoimento de Daniela Zgierz 32 anos Funcionria Pblica
Porque a nica coisa que vale a pena saber que a gente t junto, saber que a gente t por Porto Alegre e, pensando grande, pelo mundo. No adianta zero hora, a mdia dizer que a gente... cada um um grupo. No. Todo mundo aqui t junto. Funcionria pblica, duas faculdades, quatro idiomas. Parem de dizer que a gente vndalo, baderneiro e vagabundo.
PorquI a nica coisa quI valI a pena sab quI a gentI t juntU, sab quI a gentI t pUr PortU AlegrI I, pensandU grandI, pelU mundU. No adianta zerU hora, a mdia diz quI a gentI... cada um um grupU. No. TodU mundU aqui t juntU. Funcionria pblica, duas faculdadIs, quatrU idiomas. Parem dI diz quI a gentI vndalU, badernerU e vagabundU.
Aspectos da entonao
Depoimento de Edir Vieira Filho 53 anos Professor
O direito de ir e vir,
o direito de estudar:
so direitos fundamentais.
Tu no pode desconhecer a realidade das coisas.
Com o preo mais caro do pas,
o qu que justifica isso?
Justificam a incompetncia
ou o descompromisso do agente pblico do governo
com o interesse real da coletividade.
E um comprometimento, vamos dizer assim, explcito
com os interesses econmicos,
em detrimento desses direitos fundamentais da populao.
Tenho a impresso que s a mobilizao da juventude
que t permitindo reverter esse quadro
e eu t aqui pra apoi-los.
PRAAT um software para anlise de fala desenvolvido por Paul Boersma e David Weenink, da Universidade de Amsterdam, disponvel gratuitamente na pgina www.praat.org.
Performance leitura
A lngua o que permite a comunicao entre os homens; utilizando-a vamos criando pontes entre os indivduos e distintas culturas. atravs da lngua que construmos representaes sobre o nosso mundo, interpretamos o que nos acontece, criamos cultura e identidades. A riqueza das mltiplas e distintas experincias da existncia humana expressa e registrada utilizando a lngua, seja pela transmisso da memria oral, seja pela escrita. At hoje temos a possibilidade de apreciar e aprender com os valores, a vida, os mitos e religies do passado, porque soubemos traduzir livros, interpretar culturas, apropriar-nos desta diversidade utilizando nossas referncias culturais e nossa lngua materna.
Primeiro pargrafo do texto Lnguas e Identidades, de Silvio Cassia Bava (Editorial Le Monde Diplomatique Brasil). Disponvel em: http://www.diplomatique.org.br/edicoes_especiais_editorial.php?id=2
Outras questes
Palavras fonolgicas decorrentes do ritmo da fala
Ex: ...e eu t aqui prapoi-los.
Ditongao de vogais tnicas em oxtonas
Ex: faz/faiz trs/treis vocs/voceis
A repetio do (que) em interrogativas
Ex. O que que justifica isso?
Contraes em perguntas
Dicas para compreenso oral em situaes comuns de fala
Como voc est?
Como que voc est?
Com qc t?
O que voc quer fazer com aquela roupa?
O que que voc quer fazer com aquela roupa?
O que qc qu faz cuaquela ropa?
Voc vai com o Paulo ou quer que_a gente te leve?
C vai co Paulo ou qu quia genti ti levi?
Ela foi com as amigas dela?
Ela foi cazamigas dela?
A seguir voc vai assistir a uma cena do filme Domsticas de Fernando Meireles e Nando Olival.
__ rapaiz, sua, madrinha sabi u qc t fazendu aqui ?
__ Qui madrinha, , eu num tenho madrinha no, isso daqui um assaltu.
__ Issu vai d merda, viu. A senhora conheci eli?
__ Oc fica quetinhu a quia cunversa inda num cheg nu pastu
__ Essi meninu afilhadu da Zefa, j vi eli l nu prdiu i tudu.
__ C qu leva c leva, c num vai nem junt vinti pau. Agora queu v
cont tudu pa tua madrinha eu v, viu?