Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Poesias de Carlos Drumonnd de Poesias de Carlos Drumonnd de Andrade Andrade

Por isso, preste atenção nos sinais Por isso, preste atenção nos sinais - NÃO DEIXE O AMOR PASSAR- NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.mais importante da sua vida.Se os olhares se cruzarem e, neste Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que esperando desde o dia em que nasceu.nasceu.Se o toque dos lábios for intenso, Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.mágico entre vocês.Se o primeiro e o último Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.presente: O Amor.não deixe que as loucuras do dia-a-não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR. coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade

(...) Pois de tudo fica um pouco.Fica um pouco de teu queixo

no queixo de tua filha.De teu áspero silêncio

um pouco ficou, um pouconos muros zangados,

nas folhas, mudas, que sobem.Ficou um pouco de tudono pires de porcelana,

dragão partido, flor branca,ficou um pouco

de ruga na vossa testa,retrato.

(...) E de tudo fica um pouco.Oh abre os vidros de loção

e abafao insuportável mau cheiro da memória.

(Resíduo)

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PRODUCÃO ESPECIAL

JEAN RIBEIRO

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