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Analfabetismo Funcional: Uma Realidade BrasileiraAtualmente, o analfabetismo funcional alcança um número considerável de brasileiros, cerca de 13 milhões. Refletirsobre esse preocupante índice é uma forma de estabelecer uma engrenagem para erradicar com o analfabetismo etodos os aspectos que o sustentam: discriminação, exclusão e dificuldade em comunicação.Por Rafael Pinheiro

Fala-se em educação, hoje, evidenciando um caráter amplo, democrático, plural e irrestrito. A

escola brasileira garantiu (e ainda garante) o ingresso do aluno à educação de base, cumprindo um dos

pilares da sociedade moderna. Mas, a permanência de crianças e jovens no espaço educacional, é um

desafio gigantesco, demonstrando uma triste realidade.

O plano de valorização da educação e, consequentemente do aluno, permeia problemas que

envolvem uma ampla cadeia reflexiva, instaurando desdobramentos complexos, contraditórios e em alguns

casos assustadores. A educação não depende só de novos incentivos, edifícios e materiais coloridos e

atraentes, mas, também, de um olhar clínico para diversos envolvimentos, desenvolvimentos, rupturas e

análises com resultados satisfatórios, como, por exemplo, o número considerável de analfabetos

funcionais no Brasil: uma realidade preocupante.

O analfabetismo divide-se em duas vertentes: o analfabetismo absoluto e o analfabetismo

funcional. No primeiro caso, a pessoa não teve nenhum ou pouco acesso à educação. No segundo caso, a

pessoa é capaz de identificar letras e números, mas não consegue interpretar textos e realizar operações

matemáticas mais complexas. As duas formas de analfabetismo comprometem o desenvolvimento pessoal

e social do indivíduo.

De acordo com o diretor de relações com o mercado do Instituto Monitor, Eduardo Alves, mais do que limitar

a inclusão da pessoa enquanto cidadão, o analfabetismo restringe o desenvolvimento profissional. “Isso reflete no

país como um todo. Vivemos em um momento de ‘apagão de talentos’, de falta de mão-de-obra especializada, e está

tudo relacionado com a base da educação brasileira, que ainda deixa a desejar”, explica Alves.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), publicada em 2014 pelo IBGE, Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística, o analfabetismo tem caído no país, mas ainda alcança 13 milhões de brasileiros acima de 15

anos, o que corresponde a 8,3% da população. “O ponto mais preocupante revelado pelo estudo é que o

analfabetismo atinge todas as regiões do país. Isso mostra que é urgente o foco em políticas públicas para erradicá-

lo, como já foi feito em outros países. Nesse sentido, a educação a distância colabora nesse processo, pois alcança

lugares remotos do país e oferece um ensino mais personalizado, de acordo com as necessidades e habilidades do

aluno”, defende Alves.

A condição de analfabeto funcional é caracterizada pela incapacidade de exercitar certas habilidades de

leitura, escrita e cálculo necessários para a participação ativa da vida social em diversas dimensões. A permanência

de dados preocupantes com relação ao analfabetismo funcional pode ser diagnosticado de uma (das muitas)

maneiras: o acesso universal à educação, propiciou uma contingência incalculável nas instituições escolares, mas,

por outro lado, o processo de escolarização fracassou em alguns pontos, tendo, assim, a frequência dos alunos,

porém, nula – sem conhecimento, sem ensino, sem acompanhamento, sem solucionar as dúvidas que eclodiam na

rotina escolar.

A concepção e instalação de novos aparatos pedagógicos e linhas de aprendizagem reformuladas, algumas

propostas começam a brotar em sistemas de ensino, com um objetivo em comum: erradicar o analfabetismo.

O ensino a distância, popularizado nos últimos anos como um atributo necessário a estudantes que anseiam

certificação acadêmica, mostra-se um atrativo, principalmente, para aqueles que acham que não se enquadram mais

no ensino tradicional, dentro de sala de aula, ou que se sentem intimidados em estudar (com uma idade mais

avançada) na companhia de outros alunos.

Explorando os diversos recursos da tecnologia, com interface moderna e conteúdo

permanentemente atualizado, o sistema EAD oferece programações a distância com conhecimento,

capacitação profissional, além de uma pedagogia inovadora, autonomia do aluno, interatividade entre aluno-

professor, acesso ao ambiente virtual de aprendizagem em qualquer tempo e lugar, através de celulares,

tablets, notebooks e computadores.

Segundo o diretor de relações Eduardo Alves, o ensino a distância é a chave para minimizar o alto

índice de analfabetismo funcional. “Não é só a oferta de cursos que garante o retorno da pessoa aos

estudos, novas metodologias de ensino podem ser um estímulo para esse estudante. Além de alfabetizá-lo, o

EAD possibilita que ele passe a dominar as ferramentas tecnológicas e seja inserido no mundo digital

também”, destaca.

Com o apoio do EAD, os cursos direcionados para jovens e adultos poderiam ser ampliados. “A

inclusão social é uma necessidade do Brasil e a educação a distância é essencial neste processo. Com

materiais didáticos desenvolvidos para que o aluno seja capaz de estudar sem a presença constante de um

professor, flexibilidade de horário e com um custo reduzido se comparado com as escolas tradicionais”,

conclui o diretor.

A palavra inclusão nunca este tão em voga como nos últimos tempos. Fala-se em inclusão a todo o

instante, em diversas camadas da sociedade e, com isso, podemos observar uma preocupação que cresce

de maneira (ainda) sutil no ambiente escolar, diagnosticando problematizações, realizando discussões,

debates temáticos e inserindo – no contexto base da palavra, as diversidades que completam nossa

realidade. Auxiliando, respeitando, humanizando e projetando ótimas referências e esperanças. Atendendo e

compreendendo a todos – sem exceção.

O Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional) é um levantamento realizado peloInstituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, com o apoio do Ibopeque mensura o nível de alfabetismo da população brasileira entre 15 e 64 anos,avaliando suas habilidades e práticas de leitura, de escrita e de matemáticaaplicadas ao cotidiano. Em 2015 foram entrevistadas 2002 pessoas. De acordocom a pontuação em questionários e testes práticos, os entrevistados sãoagrupados em 5 classes. Estas são categorizadas em dois grupos(funcionalmente alfabetizados e analfabetos funcionais).

QUEM SÃO OS ANALFABETOS FUNCIONAIS

Analfabetos: não conseguem realizar tarefas simples envolvendo leitura de palavras e frases. Alguns conseguem ler números.

Rudimentares: possuem a capacidade de localizar informações em textos curtos, escrever e ler números em unidades e realizar operações matemáticas simples, como pagamentos com dinheiro em pequenas quantias ou tirar medidas utilizando réguas e fita métrica.

FUNCIONALMENTE ALFABETIZADOS

Elementares: selecionam informações em textos diversos e deextensão média, fazendo pequenas inferências. Resolvemproblemas matemáticos com números em ordem de milhar queexigem planejamento, como o total de uma compra ou troco.Comparam e relacionam gráficos e tabelas envolvendo assuntosdomésticos ou cotidianos. Reconhecem também valores negativos,grandezas e pontuações em textos.

Intermediários: em relação ao letramento, conseguem localizarinformações em diversos tipos de textos, bem como interpretá-los;fazem sínteses de textos diversos e reconhecem figuras delinguagem. Quanto ao numeramento, resolvem problemasenvolvendo interpretação e planejamento, tendo etapassucessivas, como juros, proporções e porcentagens.

Proficientes: não possuem restrições para compreender einterpretar textos em situações usuais, lendo e analisando textosde maior complexidade. Conseguem diferenciar fato de opinião,avaliando também o contexto. Na matemática, interpretamtabelas e gráficos com mais de duas variáveis, compreendendoelementos como escala, tendências e projeções.