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APRENDER BRINCANDO: um final feliz

Autora: Rita de Fátima Leutner1

Orientadora: Melissa Rodrigues da Silva2

Resumo

Este artigo pretende apontar o uso do lúdico como prática pedagógica que garanta uma aprendizagem significativa para pré-adolescentes e adolescentes a fim de tornar as aulas de Língua Portuguesa mais prazerosas e divertidas. A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica, fundamental para compreender a atividade lúdica e usá-la como recurso durante as aulas de leitura e interpretação de contos de fadas e lendas populares, pois de posse desse conhecimento tornou-se mais segura e efetiva a intervenção no conhecimento prévio dos alunos, complementando-o, comprovando a influência positiva com as atividades lúdicas, desde que em ambientes desafiadores, ricos em oportunidades e experiências para o crescimento sadio dos educandos. Assim sendo, foi conveniente apresentar atividades que ampliassem o desenvolvimento cognitivo e estimulasse o interesse pela vida social competitiva, contribuindo para a integração e convivência numa sociedade que é produtiva e marcada por valores que andam esquecidos como a solidariedade, a liberdade, a cooperação e o respeito.

Palavras- chave: Ludicidade; Leitura; Expressividade; Apreensão

1. Introdução

Esse artigo foi elaborado a partir de estudos teóricos que conceituassem a

leitura expressiva de textos curtos e, ao buscar o lúdico como fonte de pesquisa,

fundamentaram-se novas estratégias de ensino na leitura e interpretação de contos

e lendas. Num primeiro momento foram feitas observações sobre a falta de interesse

1 Pós-graduada em Educação, professora de Língua Portuguesa no Colégio Estadual Visconde de

Guarapuava. 2 Mestre em Educação, Pedagoga, professora do Departamento de Pedagogia da Universidade

Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO. Membro do grupo de pesquisa GEPEDIN (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Infantil).

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dos alunos de 6ª série/ 7º ano, do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, nas

aulas de leitura e interpretação de textos, a qual prejudica a expressão e oralidade.

Em seguida levantou-se o questionamento de como colaborar no desenvolvimento

desta leitura, levando-os a uma boa interpretação, aplicando então, o lúdico na

proposição das atividades com textos lendários e contos de fadas.

A partir daí, foi feita a contextualização histórica do uso do lúdico nas

atividades didáticas baseadas em alguns teóricos. Por conseguinte, referencia-se a

leitura e interpretação na organização e efetivação do aprendizado, destacando que

a teoria e a prática lúdica nas atividades, são de suma importância. Para tanto,

propiciaram-se diferentes formas de linguagem que possibilitassem melhor a

expressão oral discente.

Em seguida, foram apresentados novos conhecimentos por meio de jogos e

brincadeiras, vislumbrando sempre os gêneros contos e lendas. Ao conceituarem

estes gêneros, analisaram textos para diferenciação e reprodução de outros a partir

da sequência didática baseada nos elementos da narrativa.

Para comprovar a afirmativa, este trabalho procura apontar a importância do

lúdico como uma proposta pedagógica em que o pré-adolescente e adolescente

aprendem melhor com o que lhe dá prazer, aprofundando a partir disso, estudos

sobre as dificuldades de leitura, interpretação e aprendizagem no uso da língua

materna, necessários para uma discussão referenciada e investigativa, da qual se

pretende fazer relação da teoria estudada e apresentada durante o desenvolvimento

das atividades, e a real construção didática e metodológica evidenciada no cotidiano

escolar.

Estes alunos, ao serem sujeitos sociais e históricos, fazem parte de uma

organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada

cultura em um determinado momento histórico, por isso apresentam ritmos e

maneiras diferentes para andar, falar, brincar, comer, ler e escrever, os quais a

educação deve ser voltada às tais perspectivas, pois o ser humano é um ser de

múltiplas dimensões, com ritmos diferentes em seu desenvolvimento contínuo.

O lúdico também é uma ponte que auxilia na melhoria dos resultados por

parte dos educadores interessados em promover mudanças, ele é uma necessidade

humana que proporciona a interação com o ambiente em que vive, sendo

considerado como meio de expressão e aprendizado. Estas atividades diferenciadas

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possibilitam a incorporação de valores, o desenvolvimento cultural, social e criativo,

bem como a assimilação de novos conhecimentos.

As considerações descritas neste artigo demonstram que o tema pesquisado

ressalta a importância do lúdico na aprendizagem discente. Possibilita também,

visualizar o trabalho durante a implementação do projeto em sala de aula, na

tentativa de alcançar os objetivos da pesquisa, direcionar estudos posteriores sobre

o uso de jogos e brincadeiras na execução de atividades, bem como fundamentar,

por meio de diferentes referenciais teóricos voltados para o objeto de estudo.

Buscaram-se informações e sustentações em autores como: Kishimoto (1999), Koch

(2003), Lajolo (2001), Machado (2005), Nóvoa (1995), Soares (1998), Solé (1998),

entre outros, a fim de obter subsídios para construir e discutir referenciais teóricos

metodológicos que auxiliassem na compreensão do uso do lúdico pedagógico na

leitura expressiva, como também comprovar a sua eficácia no cotidiano escolar.

Portanto, esta pesquisa apresenta-se como um estudo efetivo de alternativas,

onde procura elucidar a relação entre o conhecimento e a prática discente, diante

das observações realizadas durante o desenvolvimento das atividades lúdicas

propostas, buscando compreender seu significado para que outros professores

possam envolver esta proposta de ensino na formação dos seus educandos.

2. A importância da atividade lúdica na leitura e interpretação de textos

No dia-a-dia da maioria das pessoas, a fala é a prática discursiva mais utilizada. Nesse sentido, as atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. (PARANÁ, 2008, p.65)

É com relação a estas condições de falar com fluência e convivência

democrática, que os jogos e brincadeiras podem intervir na expressividade oral e na

prática do aprendizado com significação consistente dos conteúdos pretendidos nas

atividades propostas.

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Ao apresentar novos conhecimentos através de atividades de leitura e

expressividade, vislumbrou-se que os gêneros lenda e contos de fadas fossem

compreendidos por meio do lúdico. Com estes conceitos analisados em diferentes

textos apresentados em sala, foi possível a diferenciação e a finalidade de cada

texto, a sua informalidade, a aceitabilidade social, situação de produção, a

intertextualidade e os elementos extralinguísticos: entonações consistentes, pausas

coerentes, gestos e expressividade satisfatórios.

As estratégias usadas na leitura foram fundamentadas por Solé (1998) que as

organiza em: definição de objetivo da leitura, atualização de conhecimentos prévios,

previsão, inferência e resumo. É um ensino que parte de uma perspectiva

construtivista. Esta autora trata das estratégias prévias à leitura com o objetivo de

melhorar a compreensão do texto pelos alunos e as divide em seis pontos que

procuraram ser seguidos durante o desenvolvimento das atividades. Entre eles

estão: a concepção que o professor tem sobre a leitura; a motivação para essa

leitura (verificar oralmente os conhecimentos prévios do aluno sobre o conteúdo do

texto); a revisão e atualização do conhecimento prévio (o que o leitor já sabe sobre o

texto); a formulação de perguntas sobre o texto, o que procura manter os alunos

absortos na leitura, contribuindo para melhorar a compreensão.

Ela acredita que com esses pontos, a maior parte da atividade compreensiva

acontece durante a leitura. “A leitura é um processo de emissão e verificação de

previsões que levam à compreensão do texto”. (SOLÉ, 1998, p.116)

Como estratégia de leitura nesta etapa, a autora sugere as “tarefas de leitura

compartilhada”, em que o professor e o aluno assumem ora um, ora outro, a

responsabilidade de organização e envolvimento no ato de ler, de forma oral e

expressiva, objetivo primordial desta pesquisa.

Segundo Coelho (2002, p.11), “a aprendizagem é o resultado da estimulação

do ambiente sobre o individuo já maduro, diante de uma situação/problema sob a

forma de uma mudança de comportamento em função da experiência”. Portanto,

para que a aprendizagem seja significativa é necessário que o indivíduo perceba a

relação entre o que está aprendendo e a sua vida. Isso envolvendo seu raciocínio,

análise, imaginação, relacionamento entre ideias, coisas e acontecimentos.

Conforme Winnicott (1995), o lúdico é considerado prazeroso, devido a sua

capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de

entusiasmo, competitividade e liderança. É este aspecto de envolvimento emocional

que torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de

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vibração, euforia e por meio das brincadeiras propostas, o jovem acaba canalizando

suas energias, vencendo suas dificuldades, modificando sua realidade, propiciando

condições de liberação da fantasia, transformando-as em uma grande fonte de

prazer. Isso não está apenas no ato de brincar, está no ato de ler, no apropriar-se da

literatura cotidianamente, descobrindo e compreendendo o mundo, proporcionando

fundamentos no desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração.

Como geralmente dedicamos mais tempo às estratégias trabalhadas após a

leitura, ressaltando a importância do ensino, formulando e respondendo perguntas,

conduzindo os discentes às conclusões que servirão de embasamentos sólidos para

as aulas de leitura, acaba-se por torná-los ativos diante de um texto,

compreendendo os objetivos para aquela leitura e interrogando-se sobre sua própria

compreensão, pois se observa em Nóvoa (1995) que a escola tem de ser encarada

como uma comunidade educativa e permita mobilizar o conjunto dos atores sociais e

dos grupos profissionais em torno de um projeto comum. Ressalta também, que o

aluno não problematiza, não questiona, só recebe e acomoda o conhecimento

passado, desvinculado da realidade em que vive. Destaca assim, que o

conhecimento se dá nas relações sujeito com o objeto e realidade com a mediação

do professor, o qual necessita conhecer o funcionamento cognitivo com capacidade

de planejar as atividades realizadas, controlar suas execuções e avaliar seus

resultados para detectar erros, modificando a atuação, reconhecendo as

peculiaridades e o aprendizado do aluno. Ocorrida esta aprendizagem, espera-se

mudanças no comportamento, nas ações e na prática daquele que aprende,

predominando os elementos motores, cognitivos, afetivos ou apreciativos.

2.1 Praticando a teoria lúdica na expressividade oral

Tomando como base esta teoria, a leitura e oralidade expressivas passaram a

ser organizadas antecipadamente, por meio da impressão em duas cores de

cartões, palavras classificadas gramaticalmente como interjeições, e estas

destacadas num texto, para que se pudesse mostrar aos alunos na hora da leitura

oral, a sua importância na expressão e entendimento do conteúdo. Antes disso, foi

necessária uma conversa com a turma e chamar os alunos à participação efetiva na

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leitura. Em seguida, a classe foi dividida em dois grandes grupos, conforme a cor

dos cartões das interjeições que em seguida, a professora leu o texto em voz alta,

mostrando os cartões para cada grupo ler conforme a sua cor, observando o que o

texto está transmitindo em relação às expressões sentimentais do conteúdo (alegria,

tristeza, susto, admiração...). Neste momento, foi registrada no quadro de giz, uma

demonstração do desempenho dos grupos e explicado a eles que seria designada

uma pontuação em cada uma das atividades desenvolvidas, também receberam

uma cópia do texto para leitura individual silenciosa e oral em grupo, aqui se tomou

cuidado para fazer as pausas no momento correto, sem prejudicar o entendimento

da história, nem prejuízo no incentivo à expressividade.

Com esta perspectiva sociointeracionista (ou sociodiscursiva), define-se a

concepção de linguagem adequada aos pressupostos deste trabalho, pois ressalta

conforme Koch (2009), entre sujeitos sociais ativos é que percebe o empenho nas

atividades. Além disso, segundo Marcuschi (2008), esta concepção está

intrinsecamente relaciona aos aspectos históricos e discursivos, sem ignorar os

aspectos formais e nem deixar de observar a regularidade sistemática da língua na

sua estrutura sintática, morfológica e semântica, configurando-a como um conjunto

de práticas sociais e cognitivas. Isto acaba por confirmar que os interlocutores

participam de forma criativa, flexível e ativamente na produção de sentidos, o texto

passa a ser visto como uma unidade de sentido, de interação ou ainda comunicação

que convergem ações linguísticas, sociais e cognitivas.

Por conseguinte, passou-se ao entendimento do texto. Nesta segunda etapa,

conversa-se com os alunos sobre a história, para ter certeza que eles entenderam a

narrativa. Durante os questionamentos, procurou-se oportunizar aos dois grupos a

participação, pois foi o momento ideal de avaliar a apreensão da turma. Em seguida,

foi entregue questões para que os discentes discutissem e respondessem por

escrito em pequenos grupos e apresentassem oralmente ao restante da turma.

Algumas dessas foram: Vocês conhecem este tipo de texto? Que outras histórias de

bruxas, príncipes e princesas vocês lembram? Como normalmente é o início deste

tipo de texto com estes personagens? E o final? É assim que acabam as histórias

nominadas por vocês? Quais são as partes diferentes e/ou parecidas desta história

com as apresentadas? Quem são as bruxas que aparecem normalmente em nosso

dia-a-dia? A bruxa deste texto tem as mesmas características das histórias que

conhecemos? Quem pode ser o príncipe/princesa das nossas vidas? Qual é o

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momento da narrativa em que acontece algo inesperado? Que fatos acontecem que

podemos identificar em outras histórias conhecidas por nós? Nesta etapa de

atividades apareceram, entre as histórias citadas e comentadas pelos alunos,

lendas, fábulas e contos de fadas.

Ao fazerem isso, iniciou-se a sistematização do conteúdo. Foi-lhes entregue

um texto impresso sobre os contos de fadas, para facilitar e otimizar o tempo.

Aproveitou-se para apresentar alguns autores famosos de contos de fadas, entre

eles, Perrault, os Irmãos Grimm e Andersen, bem como os aspectos básicos que

não variam no conto de fadas/maravilhoso, o herói que geralmente faz uma viagem

de deslocamento para um ambiente estranho; destacou-se que há um desafio

grandioso para a realização pretendida ou que surgem vários obstáculos,

aparentemente insuperáveis que se opõem à ação do herói ou da heroína (no caso

príncipes ou princesas); que pode surgir um mediador entre o herói e o objetivo que

está difícil de ser alcançado e que, ao final o herói sempre conquista o objetivo.

Nesse momento os alunos foram colocados diante de situações lúdicas

apreendendo a estrutura dos conteúdos. Nesta perspectiva, assumiram habilidades

que possibilitaram atingir as proposições, avaliar e obter resultados positivos,

certificando que o lúdico é uma ferramenta importante nas dificuldades de

aprendizagem, pois os pré-adolescentes e adolescentes podem ser trabalhados na

individualidade ou em grupos, podendo sanar suas dúvidas e corrigir as dificuldades.

Assim, eles passaram a se conhecer melhor, criando estratégias prazerosas e

significativas, tão importantes em todas as fases da vida humana, possibilitando a

interação com o mundo externo, conseguindo formar novos conceitos, ideias,

relações e socializações, pois o docente, como construtor de conhecimentos e

formador de cidadãos críticos, possibilita ao aluno, ativar seus conhecimentos

prévios sobre o que será trabalhado na sala de aula. Ao se adequar o conhecimento

aos conteúdos, provocando um conflito cognitivo mental, com o objetivo de

privilegiar aprendizagem significativa, na qual o discente perceba a necessidade e a

vontade em melhorar a leitura e interpretação de textos curtos, acaba permitindo um

trabalho produtivo com a oralidade, deixando-o a vontade para se expressar.

A seguir, solicitou-se aos alunos que trouxessem individualmente, para a

próxima aula, textos impressos, para serem recolhidos, de contos de fadas e lendas

populares, pois de acordo com Koch (2008) o texto passa a consistir em qualquer

passagem, falada ou escrita, que forma um todo significativo. O texto, portanto é

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sempre produzido de modo interativo e dialógico, podendo ser interpretado

continuamente por sujeitos atualizados em seus enunciados e restabelecidos por

outros sujeitos.

Outro aspecto a ser destacado na produção e reprodução de textos narrativos

foi a sequência dos elementos composicionais com complementação a criação de

diversos outros textos, observando os gêneros em questão. Quando os discentes

reconheceram os tipos de discurso, o uso significativo das interjeições, sinais de

pontuação, paragrafação, coesão e coerência destes gêneros, a aplicação das

atividades lúdicas, passaram a ter o objetivo de aprimorar o entendimento e

expressão oral dos gêneros trabalhados, de forma prazerosa e natural, como se

estar brincando com o conteúdo e, para que ficasse claro o aprendizado dos

conhecimentos, defendeu-se a ideia de Brown (1994) que a competição é um fato,

mas a experiência mostrou que se podem oferecer alternativas ante essa situação,

pois todos já sabem competir; necessitam apenas por em prática a cooperação

como alternativa para enfrentar os problemas e juntos buscar soluções.

“Creio que para enfrentar o desafio de nossos tempos, os seres humanos terão que desenvolver um maior sentido de responsabilidade universal. Cada um de nós terá de aprender a trabalhar não apenas para si, sua família ou país, mas em benefício de toda a humanidade. A responsabilidade universal é a verdadeira chave para a sobrevivência humana.” (Tenzin Gyatso

3)

Ao iniciar a terceira atividade de reconstrução do texto narrativo foi solicitado

aos alunos que trocassem os textos trazidos por eles na aula anterior, para que

circulassem entre todos, nesta fase foi usado um CD, para obtenção de um fundo

musical enquanto os discentes olhavam e/ou liam os textos, ficaram à vontade por

alguns minutos. Lembrou-se dos detalhes destacados na aula anterior. Em seguida,

começou-se a questioná-los e escrever as respostas no quadro, oportunizando e

separando as respostas de cada um dos grupos sobre as seguintes questões:

Observaram alguns textos diferentes? Como eram? Qual a diferença? Quem

3 Jetsun Jamphel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso, nascido Lhamo Döndrub, é um religioso

tibetano, atual Dalai Lama (14º da linhagem), líder religioso do budismo tibetano. Considerado a reencarnação do bodisatva da compaixão, Tenzin Gyatso é monge e geshe (doutor) em filosofia budista, recebeu o Nobel da Paz e foi agraciado com mais de 100 títulos honoris causa.

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identifica o que está faltando? Consegue nominar? Que histórias citadas na aula

anterior, apareceram entre estes textos? Podemos usar palavras de emoção nestes

textos quando os lemos em voz alta? Que diferença isto faz com o texto? Que

palavras iniciam os textos apresentados na turma? Os contos de fadas e as lendas

são o mesmo gênero? Explique. Existe algum texto maravilhoso entre os trazidos?

Explique. Podemos identificar os lugares apresentados nas histórias? Quais? Existe

referência de tempo nestes textos? Quais? Quais palavras são escritas em letra

maiúscula? Por quê?

De acordo com as respostas, foi oportuno relembrar aos discentes sobre os

tipos de textos, em especial a narrativa. Foi feito um esquema no quadro para

registrar. Sempre perguntando a eles sobre o conteúdo. Entregou-se um resumo de

narrativa e seus elementos, para que os alunos tivessem o conteúdo consigo. Nesse

momento, foi lhes entregue textos selecionados pela professora, a qual os dividiu em

pequenos grupos, duplas e trios. Cada equipe recebeu uma lenda e um conto de

fadas, sem título e sem os nomes dos personagens principais, com a função de que

eles reconhecessem as informações retiradas. Pediu-se que eles escrevessem em

uma folha, o título do texto com os nomes dos personagens identificados. Com esta

atividade os alunos pediram para organizarem-se e fazer a representação de alguns

dos textos, uma lenda e um conto escolhidos por eles. Foram dados alguns dias

para que se preparassem as apresentações.

Para chegar ao ponto fundamental dos trabalhos que era a Leitura e

Oralidade expressivas, foi necessário retomar tudo o que havia sido desenvolvido

nas aulas anteriores, diversidades entre conto de fadas e lendas, bem como a

narrativa e seus elementos. Em seguida, iniciou-se a contação da história do livro

“Um ano danado de bom”, da autora Angela Lago4, sem apresentar-lhes o final da

história, chegado ao clímax, para-se a contação, buscando sempre chamar a

atenção dos alunos para que observassem os detalhes da história e, principalmente

a sequência da lenda. A partir daí, orientou-se que os alunos receberiam uma cópia

da história que eles acabaram de ouvir, mas estaria totalmente fora de ordem.

Portanto, eles deveriam tentar organizar e encontrar o desfecho. Solicitou-se que

4 Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1945, Angela Lago dedica-se desde 1980 a escrever

e ilustrar livros para crianças. Já recebeu importantes prêmios nacionais e internacionais (França, Espanha, Eslováquia e Japão) e já foi traduzida até na China. Além de ilustrar seus próprios livros, eventualmente ilustra textos de outros autores. Foi uma das primeiras ilustradoras a usar o computador para desenhar e uma das primeiras autoras a fazer seu site na Internet.

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lessem todos os fragmentos antes, pois os parágrafos encontravam-se misturados e

eles deveriam numerá-los na ordem mais coerente. Depois de sanadas todas as

dúvidas, eles se organizaram conforme os pequenos grupos das aulas anteriores,

para reorganizar o texto.

Quando todos entregaram as sequências, foram ao entendimento do texto,

sistematizando a compreensão da narrativa e da história. Entregou-se a um dos

componentes de cada grupo, um conjunto de questionamentos para que todos

respondessem juntos, por escrito e com cuidado. Conforme foram concluindo,

escolheram representantes para responderem oralmente as questões do grupo,

oportunizando aos demais concordar/discordar ou complementar as respostas. Entre

as perguntas, eis algumas: O que indicou o início da história? Que outras

possibilidades existem? Como foram identificadas as escravas? Como foram

identificados os filhos do dono das escravas? O que levou os filhos a ampliar a

fortuna? Por que os presentes perderam o valor? Por que o presente da escrava

ganhou poder/magia? Qual o motivo das irmãs mais velhas se transformarem? O

que o grupo acha sobre os três elementos, usados pela autora, rio, peixe e árvore?

Havia algum objetivo? Qual (is)? Explique. Pode-se identificar o tempo e espaço

desta história? Justifique. Quais são os acontecimentos apresentados neste texto?

Para sistematizar, apresentou-se a lenda na íntegra em uma folha impressa e

com o conteúdo explicativo sobre as lendas. Solicitou-se uma leitura silenciosa e, a

seguir leu-se com eles, explicando as diferenças de contos e lendas. Não houve

leitura contínua, fizeram-se pausas e complementações com comentários próprios,

para que a leitura não se tornasse cansativa e nem desanimasse os alunos. Ao

encerrar esta atividade, montou-se um quadro diferencial sobre Lendas e Contos.

Como próxima atividade, reservou-se o auditório, fantoches, som, projetor,

entre outros recursos, para representações de lendas e contos de fadas. Todos

ficaram muito empolgados e satisfeitos com os resultados obtidos, pois houve

responsabilidade, dedicação e efetiva expressão nas releituras feitas pelos alunos.

Todos colocaram em prática os ensinamentos adquiridos até então. Observando a

entonação, volume de voz, coordenação motora, corporal e principalmente a

mensagem apresentada nas obras.

Para as aulas posteriores, solicitou-se aos alunos que cada um dos grupos

trouxesse duas cartolinas brancas, as quais seriam usadas na próxima atividade. Foi

providenciada cópia ampliada de lendas e contos, para cada grupo, fragmentadas

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em seis ou sete partes, recortadas e misturadas num envelope grande,

caracterizado em duas cores diferentes para identificar os grupos. Todos foram para

o pátio, usando as mesas do refeitório nos pequenos grupos, tentando montar o

quebra-cabeça dos textos recebidos. Após algumas tentativas, conferiu-se a ordem

das narrativas para que, nas cartolinas brancas, fossem coladas, montando um

grande livro com lendas e contos de fadas. Todos tiveram tempo suficiente para

ilustrar suas produções, organizar capa e margens decorativas.

Partindo do pressuposto que os objetivos projetados foram alcançados, pois

todos concluíram com êxito, deu-se sequência às atividades, complementando para

a avaliação dos conteúdos. Mostrou-se a cartolina corrigida para que todos

observassem o que foi feito pelos grupos, salientando os acertos, rememorando os

conteúdos trabalhados durante as aulas anteriores. Feitas as devidas revisões,

questionando-se sempre, para que os alunos respondessem por si, procurando não

contar as respostas, orientando-os como poderiam acertar. Deram-se dicas,

salientou-se a diversidade entre os gêneros, questionando-os sobre quais lugares

em que as histórias se passavam, se existiam tempos identificados nos enredos, se

havia magia em cada uma das histórias, sobre os tipos de personagens constantes

nos contos de fadas, se existia descrição dos lugares/personagens e quais

consequências foram apresentadas nos textos.

Para concluir, explicou-se que todos receberiam uma cruzadinha e um caça-

palavras, independente de grupo, nos quais conteriam informações trabalhadas

durante o desenvolvimento das atividades. Cada um pode fazer o seu

entretenimento, salientando a revisão de tudo o que ficou retido nas propostas e a

importância do preenchimento correto nas informações, pois estas ainda faziam

parte da pontuação para cada grupo e, principalmente da avaliação final do trabalho,

destaca-se que o conhecimento adquirido era deles e para eles, que esse era o

momento de mostrar o que apreenderam. Entre as questões da cruzadinha e caça-

palavras destacam-se as seguintes: As palavras usadas para destacar as emoções

nos textos, como no primeiro texto, são chamadas como? Quantos são os

elementos da narrativa que foram revistos durante o projeto? Qual o elemento da

narrativa que identifica os lugares da história? Que texto tem ação maravilhosa e se

localiza no tempo e espaço com exatidão. A pontuação, quando lida corretamente,

tem a função de melhorar oralmente, o quê? Nas lendas, como são apresentados os

personagens? Qual o gênero em que os personagens são bem definidos? Que

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marca gráfica é usada comumente nas falas dos personagens nos textos narrativos?

Como se chama o discurso em que o narrador usa as palavras dos personagens, tal

e qual são no momento da fala. Este discurso acontece em que tempo verbal da fala

do personagem?

Conforme os alunos foram entregando os entretenimentos respondidos foi

dado a cada um, um conto fragmentado e uma lenda sem o final para que fossem

tentando fazer até o final da aula, enquanto os demais ainda estavam fazendo os

entretenimentos. Os alunos que não concluíram puderam terminar em casa e

entregar na próxima aula.

Já a avaliação das atividades propostas, ao destacar o lúdico nos textos

evidenciados, aconteceu por meio da observação do que foi compreendido e

aplicado nas brincadeiras e entretenimentos aplicados durante a execução das

unidades.

Com tudo isso, o uso do lúdico pode se caracterizar com sentimento, com os

questionamentos, com a prática social, por meio da mediação professor/aluno, pelas

habilidades, autonomia, responsabilidades, senso crítico e aprimoramento de

estruturas mentais, bem como atenção, percepção e raciocínio. Estas atividades

lúdicas puderam garantir a aprendizagem significativa bem como o prazer, a

socialização, o respeito, a individualidade, pois os discentes estavam aprendendo no

seu ritmo, criando hipóteses, chegando à conclusão e elaborando suas regras.

Acertando e errando com seus próprios erros e retomando para poderem acertar.

Assim, a aprendizagem tornou-se significativa levando consigo conteúdos que

dificilmente se esquecerão.

3. Conclusão

Percebeu-se que os alunos conseguiram encontrar o equilíbrio entre o real e

o imaginário e tiveram oportunidade de se envolver de maneira emocional e

prazerosa, criando um clima de entusiasmo e tornando a ludicidade motivacional,

capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Kishimoto (1999), afirma que no

contexto cultural e biológico as atividades devem ser livres, alegres e envolventes de

significação, pois o lúdico é um instrumento para a linguagem e o imaginário,

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também meio de expressões espontâneas ou naturais da criança durante a

aplicação das brincadeiras ou jogos, portanto um momento ideal para observar

todas as inclinações, valores importantes, socialização e internalizaram conceitos de

valores significativos. Este passa a ser um espaço de reelaboração do conhecimento

vivencial e constituído com um grupo ou individualmente. Sendo assim, o educando

passa a ser sujeito da construção de sua identidade, buscando uma autoafirmação

social, e dando continuidade nas suas ações e atitudes, possibilitando o despertar

para aprender, oportunidade de vivenciar regras, normas, transformar, recriar,

aprender de acordo com suas necessidades, desenvolver seu raciocínio, sua

expressividade e sua linguagem.

Nesta perspectiva, tornou-se possível ensinar com o uso do lúdico na sala de

aula, pois os alunos ao apresentarem níveis distintos de cognição melhoraram o

desenvolvimento e a capacidade de ler e interpretar, através de agrupamentos em

leituras diversificadas, partindo de atividades diferenciadas e avançando nas

hipóteses sobre o funcionamento do sistema de linguagem.

Sabe-se também, que a apreensão dos conteúdos foi além do domínio da

decodificação (ler e escrever), por isso o trabalho significativo com o educando onde

ele pode ler e compreender o significado dos diferentes gêneros de textos de uso

social, em especial as lendas populares e os contos de fadas, melhorou a

expressividade oral nas leituras, favorecendo a obtenção prazerosa do saber.

Entendeu-se que o professor deve dar prioridade ao sentido e a função da leitura e

interpretação, objetivar a capacidade de comunicação eficaz e criativa por meio da

fala e da expressão, pois o ato de ler e interpretar são de grande importância em

uma sociedade como a atual, na qual a garantia dos direitos à cidadania pode tornar

seus educandos atuantes, participativos e integrados nesta sociedade.

Ao apresentar novos conhecimentos através de atividades de leitura e

expressividade, garantiu-se que os gêneros lenda e contos de fadas foram

compreendidos por meio de brincadeiras e jogos. Com os conceitos analisados em

diferentes textos, identificados os gêneros, observando a finalidade de cada um, a

sua informalidade, a aceitabilidade social, a situação de produção, a

intertextualidade e os elementos extralinguísticos: entonações consistentes, pausa

coerentes, gestos, tornou-se segura a observação dos alunos, o reconhecimento

dos elementos composicionais da narrativa, com complementação a criação de

diversos outros textos narrativos, observando os gêneros Lenda e Conto de Fadas,

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bem como estabelecendo os tipos de discurso, o uso significativo das interjeições,

sinais de pontuação, paragrafação, coesão e coerência destes gêneros.

Com isso, o discente torna-se um construtor do saber, privilegiando

criatividade e imaginação com os fundamentos do prazer. Não foi necessário

comportar regras preestabelecidas, abriram-se novos caminhos, comprovando que o

lúdico serve como uma forma para apresentar e organizar os conteúdos através de

propostas metodológicas, fundamentadas nos interesses daquilo que pode levar o

aluno a sentir satisfação em descobrir meios interessantes no aprendizado.

Ficou claro também que este é um processo contínuo e gradativo, pois o

indivíduo em questão ainda está em construção de sua identidade e autoafirmação

social, isso pode resultar em modificações significativas em seu comportamento,

atitudes e ações, despertando assim, o desejo de aprender. Assim sendo, foi

conveniente um desenvolvimento cognitivo que ampliasse os conhecimentos,

estimulasse o interesse pela vida social competitiva, bem como contribuísse para a

integração e convivência numa sociedade produz marcada por valores como

solidariedade, liberdade, cooperação e respeito. Estes valores afloraram nas

diferentes formas de linguagem, possibilitando melhor expressão oral na leitura e

interpretação de lendas e contos, indispensável para o desenvolvimento do potencial

de todas as pessoas.

Em virtude destas observações e com relação às condições de falar com

fluência e convivência democrática, que os jogos e brincadeiras podem intervir

cognitivamente na expressividade oral e na prática do aprendizado com significação

consistente dos conteúdos pretendidos nas atividades propostas. Com isso ficou

comprovado que a ludicidade pode ser utilizada como forma de sondagem,

introdução dos conteúdos no ensino da Língua, bem como efetivação do

aprendizado, levando o aluno a sentir satisfação em descobrir o seu caminho na

aplicação do conhecimento. Com relação à socialização, eles acabaram exercendo

liderança positiva e não apenas a passividade ou indiferença, colaborando no

desenvolvimento da personalidade, no exercício de competir e tentar vencer,

motivos de orgulho e prazer que passam a agir diretamente na cooperação do grupo

e na participação coletiva dinâmica e social, observando o outro e os limites de cada

indivíduo, bem como partilhando saberes, promovendo integração, expressando

pensamentos e, principalmente apreendendo significados.

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