apostila_gestao pessoal 2012 -1 parte

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5/16/2018 Apostila_gestaoPessoal2012-1Parte-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/apostilagestao-pessoal-2012-1-parte 1/17 SEBARSP 1º Semestre - 2012 1 Gestão Pessoal  Prof. Carlos Augusto Pires Dias I. O que é Gestão Pessoal A. Descreva com suas palavras o que você entende ser Gestão pessoal? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ B. Quais são os três maiores empecilhos para uma administração adequada de sua vida? 1) ______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) _____________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3) ______________________________________________________________ _______________________________________________________________

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Gestão Pessoal Prof. Carlos Augusto Pires Dias

I. O que é Gestão Pessoal

A. Descreva com suas palavras o que você entende ser Gestãopessoal?

_______________________________________________________________

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B. Quais são os três maiores empecilhos para uma administraçãoadequada de sua vida?

1) ______________________________________________________________

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2) _____________________________________________________________

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3) ______________________________________________________________

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C. Distinção entre o modelo secular e o modelo bíblico.

1. O Modelo Secular

O modelo secular como nós conhecemos tem suas influências de temposmuito antigos. Francis Schaeffer, em seu excelente livro A Morte daRazão1, traça estas influências e como elas foram incorporadas em nossasociedade atual.

a. Centrado no ser humano

Desde a época do iluminismo (sec. XVII) o homem passou a ser o centrode todas as coisas. Houve um abandono das proposições cristãs parauma vida de “autonomia” de Deus. 

Esta mudança tinha algumas características:

  Confia excessivamente em suas habilidades e capacidadespessoais 

  Despreza qualquer limitação.

b. Baseado em conceitos humanistas

O humanismo é uma forma de ver o mundo. Sua máxima é que o

homem é o padrão de todas as coisas

2

.Em outras palavras, este conceito tem algumas implicações práticas:

   A definição de certo e errado

   A definição de valores para a vida

   A relação do homem com Deus.

Os conceitos e filosofia humanista permeiam toda a sociedade. Eles semanifestam em várias áreas de nossa vida:

  Filosofia – crenças básicas que o homem tem.

  Religião – na forma como ele se relaciona com Deus

  Nos ditados populares – verdades

1 SCHAEFFER, Francis. A Morte da Razão, Fiel

22 GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética, Vida, p.398

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c. Tem um fim em si mesmo

Os princípios de gestão pessoal humanistas sempre tem um fim em simesmo sendo voltado para o ser humano e suas capacidades.

Ele se baseia naquilo que o homem pode fazer e como pode fazer.

Seu alvo, sua metodologia, terá princípios que muitas vezes sãovoltados para o próprio homem, muitas vezes desconsiderando opróprio Deus.

2. O Modelo Bíblico

a. Centrado em Deus – 2ª Co 5.14-17

Tudo o que o homem faz sempre será de alguma forma refletido napessoa de Deus.

O homem é por natureza um ser adorador. Adoração é uma questão deescolha, com duas possibilidades:

   Adoração a Deus

   Adoração a um ídolo

O homem não é moralmente neutro, mas sim um adorador. Suaspráticas de vida sempre de alguma forma refletem a Deus.

Ao falar a respeito dos filhos, Tedd Tripp apresenta um conceito queperfeitamente se aplica a todos os homens:

[...] todos os seres humanos tem uma orientação em direção aDeus. Todos são essencialmente religiosos. As crianças [etambém os adultos] são adoradoras; ou adoram a Jeová ou osídolos. Elas não são neutras.3 

Sendo assim a verdadeira gestão pessoal tem por objetivo últimoagradar a Deus e honrá-lo, sendo totalmente centrada nEle.

3 TRIPP, Tedd. Pastoreando o Coração da Criança. Fiel. p.32 (acréscimos feitos por mim)

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b. Baseado nas Escrituras – 2ª Co 3.5; 2ª Tm 3.16-17; 1ª Co 4.1-5

A vida cristã deve totalmente baseada nas Escrituras, como nósmesmos afirmamos, ela é a nossa regra de fé.

Sendo nossa regra de fé, os princípios que adotados para sua vida

deveriam refletir a pessoa de Deus.Para isso, sempre será importante perguntar:

Como Deus será honrado com isso?

Que princípios das Escrituras permeiam minha prática de vida?

c. Seu propósito: agradar a Deus – 1ª Co 10.31. Rm 8.29

Enquanto a gestão pessoal humanista visa o homem e está centrada nohomem, a gestão pessoal cristã tem o seu alvo final Deus e procuradescobrir como o homem pode e deve agradá-Lo.

Sua preocupação é fazer tudo para que ele seja honrado por meio desuas atitudes.

d. Só é possível aos que são salvos – crentes – Jo 15.1-11;1ª Pe 1.14-16

O modelo bíblico apresentado pelo Senhor pressupõe umrelacionamento com Ele. Desta forma, somente àqueles que são salvospodem desfrutar completamente do padrão bíblico.

A vida cristã é marcada por algumas características:

  A vida cristã tem um padrão elevado, estipulado pelo próprioDeus;

  Ela é totalmente dependente de Deus – é uma vida mística

  É uma vida responsável, disciplinada.

D. Definindo Biblicamente Gestão PessoalOlhando para os textos bíblicos e como a Bíblia apresenta será importantedefinir gestão pessoal à luz das Escrituras.

1. Algumas considerações sobre a vida cristã

No mundo evangélico é comum os crentes imaginarem que existe umadiferença entre uma vida espiritual e uma vida carnal (ou secular).

Há uma compreensão que algumas coisas que fazem no seu dia a dia não

tem nenhuma relação com os aspectos “espirituais” da vida. Por exemplo, olhe para estas posturas da vida e defina o que é espiritual eo que é carnal:

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 Jogar bola, orar, adulterar, ler a Bíblia, cantar no coro, dar o dízimo jogar na loteria, confessar pecado, mentir, enganar, ir a igreja, ir a um centroespirita, pregar, subornar, enganar, matar, louvar.

Carnal – secular Espiritual – sagrado

Entretanto, se a vida do homem é totalmente centrada em Deus, nãoexiste uma dicotomia entre fazer algo espiritual e algo carnal/secular.

Antes, a Bíblia apresenta outra perspectiva.

a. Tudo o que o homem faz é espiritual – 1ª Co 10.31

As atitudes do homem de alguma forma sempre se relacionam comDeus. Suas posturas. Ele reage em obediência:

  à Deus

  ao meu ídolo (eu mesmo, uma pessoa, algo)

b. As atitudes são motivadas por crenças e valores do seucoração – Mc 7.14-22

O grande segredo da vida é descobrir e aprender a lidar com asverdadeiras motivações da vida.

O homem pode fazer coisas boas com más intenções (motivações) – Lc18.9-14 

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Tudo o que o homem faz deve ter a motivação de honrar a Deus – Rm8.29

2. A Bíblia ensina que o cristão deve ter uma vida disciplinada.

Em quase todos os livros da Bíblia encontramos uma exortação a respeitode uma vida disciplinada, uma vida voltada para Deus.

Paulo usa um termo especial para descrever uma vida disciplinada: apalavra piedade.

a. Uma vida disciplinada é caracterizada por uma vida piedosa.

1) Piedade no Antigo Testamento:

No Antigo Testamento a palavra piedade (piedoso) aparece 32 vezes(sendo 25 somente no livro de Salmos).

Ela é derivada da palavra – hesed.

Eis alguns usos desta palavra:

  Uma pessoa bondosa, uma pessoa misericoridiosa.

  Descreve a fidelidade que as pessoas tinham quando faziamuma aliança com outras pessoas. Foi usada para descrever aações de um suserano (um rei) para com o seu povo, ações leais

que demonstravam o seu amor a eles.

Portanto, hesed pode ser definido da seguinte forma:

amor leal e firme que é enfatizada pela posse mutua de duaspessoas envolvidas em um relacionamento de amor.

O substantivo piedoso (hasid) descreve alguém que é piedoso, fiel,santo. Ele é usado no Antigo Testamento para descrever umapessoa que tem um relacionamento com Deus, ao desfrutar desta

do amor leal de Seu Soberano Senhor em sua vida.

Salmo 4.; Salmo 31.23; Salmo 37.28; Salmo 52.9; Salmo 97.10

2). Piedade no Novo Testamento:

No Novo Testamento a apalavra para piedoso é eusebeia. Ela éusada em 22 ocorrências (12 vezes nas cartas pastorais -1ª e 2ªTimóteo e Tito).

Os gregos definiam eusebeia por: temor e reverência na presença deDeus. Para eles, eusebeia descrevia a atitude correta, adequada queum homem tem diante de Deus.

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Paulo e Pedro usam este conceito para descrever a atitude que umcristão precisa desenvolver diante de Deus.

Jerry Bridges faz uma breve e clara definição a respeito de piedade:

Piedade é uma atitude pessoal para com Deus que resulta

em ações que agradam a Ele4

.

b. Características de uma vida piedosa

1) Um homem piedoso entende que ser piedoso não éopcional para ele.

Ser piedoso é um imperativo – uma ordem, não uma opção devida.

Ser piedoso está relacionado a escolhas piedosas que fazemos

nesta vida, escolhas diárias que se relacionam com Deus.

2) Um homem piedoso tem a sua vida centrada em Deus enão em si mesmo.

Reconhece o padrão estabelecido pelo próprio Deus – 1ª Pe 1.14-16 

Reconhece quem sua condição de pecador –  Is 6.5; Dn 9.4-8;1ª Tm 1.15

3) Um homem piedoso reconhece que tal prática exige aescolha de práticas cristãs disciplinadas.

Entende que sua vida envolve escolhas piedosas - 1ª Tm 4.7-8 

Reconhece que isso exige um esforço de sua parte – 1ª Co 9.24-27 

4) Um homem piedoso desenvolve um estilo de vida

piedoso Entende que toda sua vida é marcada pela piedade - 1ª Tm 4.12;

Avalia-se frequentemente em como agradar melhor ao Senhor -Sl 139.23-24 

5) Um homem piedoso recorre sempre aos recursos divinos

Recorre sempre aos recursos divinos - 2ª Pe 1.3 

Depende totalmente da graça divina - 2ª Tm 2.1

4 BRIDGES, Jerry, Exercita-te na Piedade, Ed. Vida, p.14 

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II. Disciplina x Graça

A. A disciplina na vida cristã

Quando estudamos as Escrituras logo percebemos que a vida piedosa écaracterizada por certas atitudes importantes de devoção a Deus.

Paulo usa a palavra piedade (como vimos antes) para descrever esteprocesso.

Porém, surgem algumas perguntas:

1) Uma pessoa que pratique certas disciplinas pode ser caracterizadacomo alguém piedosa?

2) O que define uma pessoa piedosa? O que ela faz ou com quem ela serelaciona?

3) Qual o papel da graça no desenvolvimento da vida piedosa?

Eis algumas considerações importantes.

1. As disciplinas cristãs não são auto suficientes

Precisamos entender que as disciplinas mencionadas nas Escrituras nãopodem ser entendidas como um fim em si mesmas. Elas não um fim, masum meio. Elas são os recursos e não são efeitos mágicos que transformama vida

Jerry Bridges afirma:

Confiamos unicamente em Cristo para a salvação, mas sutil einconscientemente revertemos a um relacionamento de obras comDeus na vida cristã. Reconhecemos que os nossos melhores esforçosnão nos levam ao céu, mas achamos que eles merecem as bênçãosde Deus na nossa vida cotidiana.5 

Gl 5.1-8; F 3.8-10

2. As disciplinas cristãs podem ser e tornar-se um esforçocarnal/humanista para agradar a Deus

Como seres humanos pecadores e tendenciosos para o mal, podemostransformar coisas boas em ruins.

Isso também ocorre com as disciplinas bíblicas. Apesar se serem meiospara um bom relacionamento com Deus o homem muitas vezes a entendecom um fim e confia na sua habilidade carnal para cumprí-las.

Is 1.10-23; Lc 18.9-14; Fp 3.1-7

5 BRIDGES, Jerry, Graça que transforma Cultura Cristã, p.17

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3. As disciplinas cristãs não servem como barganha com Deus

Elas também não são um meio para barganhar algo com Deus, como sefosse possível fazer algo em troca para agradá-lo.

Nossas atitudes não são meritórias, antes devem ser uma resposta de

gratidão ao que Deus já fez pelo homem.Deus não precisa de nada do homem, antes, ele age com graça em nossasvidas deste o dia em que fomos remidos por Ele.

Ef 2.4-5; 3.8

4. As disciplinas cristãs devem ser entendidas como a respostade um coração grato a Deus, que procura agradá-lo.

A verdadeira atitude de um crente a Deus é a gratidão. Não há como

retribuir a Deus o que Ele já fez por nós por meio de Cristo.

Nossa obediência, mesmo que imperfeita, deve ser baseada na gratiçãopor aquilo que o Senhor já fez por nós.

Deus não espera uma atitude de retribuição, antes de entrega total a Ele

Fp 3.4-10

B. A graça na vida cristã

Ao mesmo tempo em que existem pessoas enfatizando a pratica dadisciplina, há outro aspecto da vida cristã, tão importante quanto o primeiro,a graça.

A Bíblia é clara ao afirmar que uma vida que agrada a Deus é fruto de umaação direta de Deus na vida do homem ( Jo 15; Fp 2.13; 2ª Co 3.5).

Estes são dois lados de uma mesma moeda e deveriam ser encarados aomesmo tempo sendo um complemento do outro.

Entretanto, para uma boa análise deste assunto será necessário apresentaruma definição de graça e fazer algumas ponderações a respeito dela.

Charles C. Rirye a define assim na Bíblia Anotada:No hebraico, chen , substantivo derivado de uma raiz que significa"curvar-se, abaixar-se"; indica favor imerecido ou condescendência deum superior por alguém inferior em posição ou valor.

Embora a graça fosse manifesta no A.T. (Gn 6:8; Ex 34:6; Jr31:3), eraapenas como uma vela, comparada ao brilho da graça manifesta naencarnação de Cristo (Tt 2:11). Graça é o favor imerecido de Deus efornece a base de nossa salvação, justificação, eleição, fé e donsespirituais (Ef 1:7; Rm 3:24; 11:5-6; Ef 2:8-9; Rm 12:6).6 

6 RYRIE, Charles, A Bíblia Anotada, Mundo Cristão, p. 1319

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1. A graça é uma ação divina

a. O homem é rebelde e segue sempre o seu próprio caminho

A Bíblia é clara ao descrever o homem caído e sua condição sem Deus:

  Gn 6.5

Is 53.6

  Sl 51.1-2 

Jerry Bridges define assim o pecado e o pecador:

Em última análise, o pecado é rebeldia contra o Criador soberano,Rei e Juiz do universo. Ele resiste à prerrogativa do rei soberano deexigir a obediência dos seus súditos [...] O pecado não é só umasérie de atos, é uma atitude que ignora as leis de Deus. Mas é maisque atitude rebelde. O pecado é um estado do coração, uma

condição do nosso ser interior. É um estado de corrupção, vileza, eaté mesmo sujeira, aos olhos de Deus.7 

b. Ela é uma decisão/ação de Deus ante a rebeldia humana

Diante da condição humana totalmente perdida, Deus agegraciosamente (em graça). Esta decisão divina é conhecida comograça.

Quando os reformadores falavam a respeito de "só a graça" (sola),eles estavam dizendo que pecadores não têm reinvindicações afazer com Deus, nenhuma sequer; que Deus não lhes deve nada a user a punição por seus pecados; e que, se ele os salva apesar deseus pecados, o que ele faz no caso dos que estão sendo salvos, éapenas porque ele se agrada de fazer e por nenhuma outra razão.8 

  Gn 6.8

  Ef 2.8

2. A graça nos impulciona para uma vida transfomada

O homem quando entende a graça de Deus em sua vida, ou seja, o queDeus fez por ele, tem uma resposta (ações) que resultam em uma vida degratidão a Deus.

A graça impulsiona o crente para viver para Deus.

  Mt 18.21-35

  Ef 2.8 comp. Cl 2.6

  1ª 1.12-17, 2ª Tm 2.1

7BRIDGES, Jerry, Graça que Transforma, Cultura Cristã, p.30

8BOICE, James M., O Evangelho da Graça, Cultura Cristã, p.103

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3. A graça não é uma “desculpa” para fazermos aquilo que

quisermos

A ação graciosa de Deus em nossas vidas não nos motiva a viver em

pecado, antes a nos afastarmos dele.O homem quando age assim, alimenta alguns enganos em seu coração:

a. Entende que a graça não se relaciona com a sua vidapessoal

Muitos imaginam que são salvos pela graça, mas que devem efetuar asua santificação pelas obras.

Paulo lida com isso em Gálatas ao mostrar que a vida cristã sempre,desde o dia da salvação até o encontro com Deus está permeada pela

graça de Deus.

b. Entende que Deus já o perdoou e pode viver em pecado.

Paulo mostra como o crente deve lidar com isso em Romanos 6 aomostrar as razões pelas quais o crente vive pela graça e não éautorizado a viver na carne.

III. A Vida com Deus

Como já vimos a vida com Deus pressupõe uma caminhada constante comDeus, onde em cada circunstância o homem procura relacioná-la a Deus.

Agora veremos como algumas práticas cristãs podem aperfeiçoar nossa vidade piedade.

A. O Estudo das Escrituras.

O estudo das Escrituras deve ser uma disciplina constante na vida do crente.Ela deveria fazer parte do seu cotidiano e poderia ser feita de modo diverso.

Não existe a mínima dúvida que os melhores mestres em qualquer campo do conhemineto são os que permanecem na condição deestudantes a vida inteira. Isto é especialmente verdade a respeito doministério da Palavra.9 

João Calvino afirmou:

Ningúem chegará a ser bom ministro da Palavra de Deus a não ser queseja, em primeiro lugar, um estudioso da mesma.10 

9 STOTT, John, Eu Creio na Pregação, Vida, p.191

10 STOTT, opus cit, p.191

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1. Algumas razões para Estudar a Bíblia

a. É uma ordem de Deus - Js 1.7-8

b. É vital para uma vida piedosa - Sl 119.18; Tg 1.22-25  

c. É o instrumento usado por Deus para produzir uma vidapiedosa - 2ª Tm 3.15-17

d. Grandes homens de Deus estudaram a Palavra de Deus

Esdras – Ed 7.10 

Daniel – Dn 9.1-2 

Paulo – 2ª Tm 4.13 

2. Caracteristicas de um bom estudo bíblico11 

a. O estudo bíblico visa conhecer a vontade de Deus

A leitura e o estudo da Bíblia devem ser constantes na vida do crente,especialmenta na vida daquele que é um líder na igreja.

Não leia a Bíblia para descobrir textos para sermões; antes, leia aBíblia porque é o alimento que Deus proveu para a sua alma, por ser a Palavra de Deus, por ser o meio através do qual poderáchegar a conhecer a Deus. Leia por ser ela o pão da vida, o manáprovidenciado para nutrição e bem-estar de sua alma.

O pregador, asseguro, não lê a sua Bíblia com o propósito de achar textos; mas se ele ler a Bíblia do modo que sugerimos — o que, defato, deveria ser feito por todos os cristãos  — então subitamentedescobrirá, no decurso de sua leitura, que se destaca algum trechoparticular, o qual, por assim dizer, fala com ele e o abala,sugerindo-lhe de imediato um sermão.12 

11Adaptado dos livros: Disciplinas Espirituais, Pregação e Pregadores, Lições aos Meus Alunos, Eu Creio

na Pregação12

 JONES, Martin L., Pregação e Pregadores, Ed. Fiel, p.125

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b. O estudo bíblico deve ser abrangente

O bom estudo bíblico é abrangente e nunca limitado àquilo que maisgostamos ou temos alguma facilidade.

Lc 24.27; At 20.27

Spurgeon afirmou:

Manejar bem a Palavra de Deus é tão importante comocompreendê-la plenamente. Alguns que evidentementecompreenderam uma parte do evangelho, deram indevidaproeminência a essa porção isolada e, portanto, exibiram umcristianismo deformado, para prejuízo daqueles que o receberam,visto que, em consequência disso, exibiram por sua vez um caráter deformado.13 

c. O estudo bíblico deve ser feito com a “mente aberta”  Quando estudamos a Bíblia devemos ter a disposição de aprender pormeio dela.

Devemos ter a humildade de avaliar nossas crenças e pressupostos pormeio do estudo das Escrituras e nunca procurar impor ao texto nossascrenças e valores.

At 17.11

3. As recompensas do estudo bíblico

a. O estudo bíblico produz comunhão com Deus

Quando estudamos a Bíblia visamos conhecer a Deus por meio doestudo e não simplesmente adquirir algum conhecimento.

Fp 3.7-11, Pv 2.1-10

b. O estudo bíblico produz reflexãoQuando estudamos a Bíblia somos confrontados com o padrão de Deuse isso deveria fazer com que pensássemos em nossas vidas e comoestamos ante este padrão.

Meditaçăo: Năo é ref letir meus pensamentos a respeito de Deus,antes, pegar os pensamentos de Deus e refletir sobre eles,aplicando-os a minha vida.

13 SPURGEON, Charles H., Lições aos Meus Alunos v.1, PES, p.6

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c. O estudo bíblico produz transformação

O estudo bíblico tem o alvo de nos levar a uma vida que se assemelheao nosso mestre.

Rm 8.29

B. A Vida de Oração

1. A importância da oração

A oração é uma das características mais simples e mais desprezadas pelocrente. Um autor afirmou que muitos crentes tem uma visão distorcidada oração e por causa disto acabam não desenvolvendo uma vida queagrada ao Senhor.

a. Deifnição

A oração é o meio pelo qual o crente conversa com Deus.

Em simples palavras oração é conversar com Deus.

b. A Importância da orção

Existem pelo menos três razões pelas quais devemos orar:

Deus nos manda fazê-lo (Cl 4.2; I Ts.5.17).

Cristo deixou para nós seu próprio exemplo de uma vida deoração (Lc 6.12).

Deus espera que oremos (Mt 6.5-9).

2. O Mau Exemplo dos fariseus14 

Nos evangelhos encontramos diversas vezes nosso Senhor Jesus

censurando a forma como os fariseus viam a vida cristã. Charles Swindollfaz uma boa análise de suas práticas:

Vejam os textos e comparem: Mt 6.5-8; Lc 18.9-14

a. As orações se tornaram um discurso formal

Para cada evento da vida os judeus tinham suas orações já preparadaanteriormente.

Havia orações bem específicas com extrema meticulosidade e

formalidade.

14 SWINDOLL, Charles, Firme seus valores, p. 154-156, Betânia

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b. As orações eram ritualísticas

As orações ocorriam em momentos determinados, tais como nove damanhã, meio-dia e três da tarde. Também eram determinados certos

lugares onde as pessoas deveriam orar, como por exemplo, assinagogas.

c. As orações eram longas e com um repertório de palavrasrebuscadas

Para uma oração ser atendida com maior prontidão era necessárioinvestir tempo e usar um palavreado rebuscado.

“uma oração bem conhecida continha uma sentença com nada

menos que dezesseis adjetivos precedendo o nome de Deus.” 

d. As orações eram marcadas pela repetição de palavras efrases

Essas orações eram quase como uma “reza”, com uma repetiçãointerminável de palavras sem pensar o que falava e com quem falava.Esta prática que Jesus condena eram as mesmas que os povos aoredor de Israel faziam ao invocar seus deuses.

e. A oração tornou-se motivo de orgulho

O sistema religioso desenvolvido pelos judeus levava o fiel a “uma

ostentosa exibição pública, com suas mãos erguidas, as palmasvoltadas para cima, cabeça abaixada, três vezes por dia... na esquinade uma rua”. 

3. O Bom Exemplo do Senhor Jesus

O Senhor Jesus é o nosso maior exemplo do hábito da oração.Seu ministério é recheado de exemplos de sua oração.

R.A Torrey escreveu:

 As palavras "orar" e "oração" são usadas pelo menos vinte e cincovezes em relação a nosso Senhor no breve registro de Sua vida nosquatro Evangelhos, e Sua oração é mencionada em lugares ondeessas palavras não são usadas. Evidentemente a oração tomoumuito do tempo e da energia de Jesus.15 

15 TORREY, R. A., Como Orar , Mundo Cristão, p.8

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Vejamos algumas orações:

  Marcos 1.35; 6.45

  Lucas 22.29-46

Lucas registra vários momentos onde Jesus orou:

  Lc 4.42; 5.16; 6.12; 9.18, 28; 11.1-10

João registra a oração que Jesus fez no jardim das oliveiras

  Jo 17

O Senhor Jesus continua a interceder pelos crentes:

  Hb 7.25

  Rm 8.34

4. O Exemplo de Paulo

Paulo nos deixou também o seu exemplo de vida de oração. Em todas assuas cartas encontramos

Ler as cartas de Paulo é descobrir a suprema importância que no seuentender a oração deve ocupar na vida de um dirigente cristão. Emparte alguma ele revela a qualidade de sua vida espiritual com

maior clareza do que nas orações que adornam suas cartas.16 

Podemos enxergar em suas cartas que esta era uma pratica constante emsua vida, desde o dia em que se encontrara com o Senhor Jesus (At 9.11).

Eis algumas características destas orações:

Constantes – 2ª Tm 1.3

Humilde e dependentes – 2ª Co 12.8-9

Baseadas nas Escrituras – Ef 3.13-21

Abrangentes – Fp 1.19; 1ª Ts 5.25 

Percebemos que Paulo orava e que suas orações tinham conteúdo,ensinavam, estimulavam e desafiavam a uma vida de maior comunhãocom Deus.

16 SANDERS, Oswald, Paulo, o Líder , Ed. Vida, p.84

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5. Deus responde todas as orações?

Tozer resume bem esta idéia:

Deus deseja que oremos e deseja responder às nossas orações, mas Elefaz o nosso uso da oração como privilégio, fundir-se com o Seu uso

da oração como disciplina. Para recebermos respostas à oraçãoprecisamos cumprir os termos de Deus. Se negligenciarmos os Seusmandamentos, as nossas petições não serão levadas emconsideração. Ele somente alterará situações à solicitação de almasobedientes e humildes. O sofisma, Deus-sem-responde-às-orações,deixa sem disciplina o homem que ora. Pelo exercício desta peça delisonjeiro casuísmo, ele ignora a necessidade de viver sóbria, justa epiedosamente neste mundo, e de fato entende a peremptóriarecusa de Deus a responder oração como sendo a própria resposta.É natural que tal homem não cresça em santidade; que nunca

aprenda a lutar e a esperar; que nunca saiba o que é ser corrigido;que nunca ouça a Deus, convocando-o para ir avante; que nuncachegue ao ponto em que estaria moral e espiritualmente apto parater respostas das as suas orações. Sua filosofia errônea o arruinou.17 

Porque algumas orações nossas não são respondidas? Diversas atitudespodem bloquear a resposta de Deus às nossas orações.

Eis algumas:

  Provérbios 28.9 – desobediência às Escrituras. 

  Marcos 11.25 – falta de perdão.

  Tiago 4.3 – pedidos egoístas (carnais ou mundanos). 

6. Assuntos de oração

Sobre o que devemos orar? Encontramos na Bíblia algumas dicas quepodem nos ajudar em nossos momentos de oração:

  Efésios 6.18 –pelos irmãos em Cristo. 

  Mateus 5.44 – por aqueles que nos perseguem.   Filipenses 4.6 – por nossos problemas (aquilo que nos aflige). 

  Mt 6.12 – pedindo perdão a Deus por nossos pecados. 

  2a Ts 3.1 – pelos líderes e pastores da igreja. 

  Tg 5.16 – uns pelos outros (irmãos em Cristo). 

17 TOZER, A. W., Homem, habitação de Deus, Mundo Cristão, p.71-72