apostila_falência e recuperação judicial e extrajudicial

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FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL BASE NORMATIVA DA DISCIPLINA: Lei 11.101/2005 DA FALÊNCIA Direito Falimentar: Noções Gerais Abordagem sobre a Falência Abordagem sobre Recuperação Extrajudicial e Judicial HISTÓRICO Surgimento do Direito Comercial Surgimento da Falência Teoria dos Atos de Comércio (definição de comerciante) Teoria da Empresa (definição de empresário) EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO FALIMENTAR Decreto lei nº 7.661-45 - Conceituação da Falência e da Concordata (Preventiva e Suspensiva) Lei nº 11.101/2005 - Inovações da Falência, Recuperação Extrajudicial e Judicial - Função social da lei Princípio Par Conditio Creditorium - Conceito - Finalidade PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA LEGISLAÇÃO FALIMENTAR: a. Preservação da empresa; b. Separação dos conceitos de empresa e de empresário;

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Page 1: APOSTILA_Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial

FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL  BASE NORMATIVA DA DISCIPLINA: Lei 11.101/2005

                                              

DA FALÊNCIA

Direito Falimentar: Noções Gerais

   Abordagem sobre a Falência   Abordagem sobre Recuperação Extrajudicial e Judicial

HISTÓRICO 

   Surgimento do Direito Comercial   Surgimento da Falência   Teoria dos Atos de Comércio (definição de comerciante)   Teoria da Empresa (definição de empresário)

 EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO FALIMENTAR

   Decreto lei nº 7.661-45- Conceituação da Falência e da Concordata (Preventiva e Suspensiva)

   Lei nº 11.101/2005- Inovações da Falência, Recuperação Extrajudicial e Judicial- Função social da lei

 Princípio Par Conditio Creditorium - Conceito- Finalidade

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA LEGISLAÇÃO FALIMENTAR:

a. Preservação da empresa;b. Separação dos conceitos de empresa e de empresário;c. Recuperação das sociedades empresários recuperáveis;d. Retirada do mercado de sociedade;e. Proteção aos trabalhadores;f. Redução do custo do crédito no Brasil;g. Redução do custo Brasil;h. Celeridade e eficiência dos processos judiciais;i. Segurança jurídica;j. Participação ativa dos credores;l. Maximização do valor dos ativos do falido;

INSTAURAÇÃO DO PROCESSO DE FALÊNCIA

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 É necessária a concorrência de três pressupostos: a) devedor

empresário; b) insolvência; c) sentença declaratória da falência. DEVEDOR EMPRESÁRIO Conceito de empresário: art. 966 C.C. Para os empresários totalmente excluídos do regime jurídico-falimentar

o processo de execução concursal é diverso do falimentar. Excluídos do Regime Falimentar:    Parcialmente Excluídos    Totalmente Excluídos  INSOLVÊNCIA Em regra: passivo > ativo(obrigações, despesas...) > (receita, patrimônio)         Diferença entre Insolvência Jurídica e Insolvência EconômicaPara que o devedor empresário seja submetido à execução por falência,

é indiferente a prova da inferioridade do ativo em relação ao passivo.     Art. 94, I – Impontualidade Injustificada    Art. 94, II – Execução Frustrada    Art. 94, III – Ato de Falência

 Processo Falimentar Fases ou etapas:         Pré-falencial        Falencial        Reabilitação Competência Art. 3º da lei nº 11.101/2005 – “principal” estabelecimento do devedor empresário

UNIVERSALIDADE DO JUÍZO FALIMENTAR 

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         O juízo da falência é universal. (art.76). Isso denomina-se como “aptidão atrativa do juízo falimentar”.          Mas existem cinco exceções ao princípio da universalidade do juízo falimentar que serão ditadas em “sala de aula”

 PEDIDO DE FALÊNCIA Legitimidade ativa

  - quem pode requerer. Credor civil? Credor empresário? Inventariante? Sócio? O próprio devedor?

 RITOS AUTOFALÊNCIA – ART. 105COMUM – ART. 94 A 98      HIPÓTESES DE DEFESA (serão trabalhadas em sala de aula)

 SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA É declaratória? Constitutiva? Condenatória? A sentença declaratória da falência tem o conteúdo genérico de qualquer sentença judicial e mais o específico que a lei lhe prescreve. Deve o Juiz ao julgar procedente o pedido de falência, atentar-se tanto ao disposto no art. 458 do CPC quanto no art. 99 da LRE. 

     A sentença declaratória deve, como qualquer sentença judicial, conter: a) relatório, com a suma do pedido e da resposta, e o registro das principais ocorrências da fase pré-falimentar; b) os fundamentos adotados para exame das questões de fato e de direito; c) dispositivo legal que embasa a decisão.  

     Obs. A sentença declaratória de falência deverá atender aos incisos do artigo 99 da lei nº 11.101/2005. Onde é publicada? TERMO LEGAL DA FALÊNCIA 

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      O termo legal da falência é o período anterior à decretação da

quebra, que serve de referência para auditoria dos atos praticados pelo falido.  Será trabalhado em sala de aula a forma de aplicar o termo legal. 

     Da sentença declaratória cabe agravo de instrumento. O prazo é o previsto pela legislação comum (art. 189) 

 SENTENÇA DENEGATÓRIA DA FALÊNCIA          A sentença denegatória da falência pode fundar-se em duas razões bem distintas, que são, de um lado, a elisão do pedido em razão do depósito do valor em atraso pelo requerido, e, de outro, a pertinência das razões articuladas na contestação. 

O juiz ao julgar improcedente o pedido de falência, deve examinar o comportamento do requerente. Se ocorreu dolo na propositura da ação, o juiz na própria sentença denegatória de falência, deve condená-lo ao pagamento de indenização em favor do Requerido (art. 101).

Por essa razão é que o credor domiciliado no exterior deve prestar caução para legitimar-se no pedido (art. 97, §2º). -> visa garantir eventual indenização.          A sentença que denega o pedido de falência pode ser objeto de recurso de apelação (artigo 100 da lei nº 11.101/2005 e art. 198 do C.P.C.).  ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA          Para administração da falência, a lei atribui funções a três agentes: o magistrado, o representante do ministério público e os órgãos da falência.          => O juiz preside a administração da falência, supervisionando as ações do administrador judicial. É o juiz, em último caso, o administrador dos bens da falida, cabendo-lhe autorizar a venda antecipada dos bens (art. 113), o pagamento dos salários do administrador judicial (art. 22, III, h), dentre outras medidas.          => O Ministério Público intervém no concurso de credores como fiscal da lei – por exemplo, no pedido de restituição, como titular de legitimidade

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ativa para impugnar crédito, bem como propor ação revocatória ou rescisória de crédito admitido, como destinatário de obrigatória intimação no ato de alienação dos bens da massa etc. – ou ainda, como parte – por exemplo, no oferecimento de denúncia por crime falimentar.          Os órgãos da falência são três: administrador judicial, assembléia de credores e comitê de credores.  

1)    ADMINISTRADOR JUDICIAL- atribuições- impedimentos- causas de substituição- causas de destituição- responsabilidade- remuneração- auxiliares ASSEMBLEÍA DE CREDORES

          Em alguns casos os credores são chamados a se reunir para expressarem seus interesses. Essa reunião denomina-se Assembléia dos Credores e é um dos órgãos da falência.         

COMITÊ DE CREDORES                 O Comitê é órgão consultivo e de fiscalização. Sua competência está relacionada à manifestação na impugnação de crédito, nos pedidos de restituição, sobre a oportunidade da venda antecipada de bens, concessão de desconto a devedor, ou formas ordinárias de realização do ativo. Objeto de estudo:- função do comitê- quem compõe, etc.. APURAÇÃO DO ATIVO          O principal objetivo do Processo Falimentar é a apuração do ativo e passivo, e para que este objetivo possa ser efetivamente cumprido, encontramos na LRE (Lei nº 11.101/2005) determinados atos e medidas judiciais. Para apuração do ativo, temos: 

     O ato de arrecadação de todos os bens na posse do falido (art. 108);

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     Medidas judiciais como o pedido de restituição (art. 85) ou os embargos de terceiro (art. 93);

Para apuração do passivo, temos: 

     Habilitações e Impugnações de créditos (arts. 7º a 20); CRÉDITOS A triagem dos créditos que, efetivamente, concorrerão sobre o contingente patrimonial do devedor insolvente ou em crise econômico-financeira observa um procedimento peculiar regido pela LRE, que compreende três etapas: 

1)    Publicação da relação dos credores;2)    Impugnação ou postulação de inclusão; e3)    Consolidação do quadro geral;

     Papel do Administrador Judicial

- Publicação do Quadro dos Credores        Habilitação de Crédito

- Prazo?- forma da petição?- principio da abstratividade e da autonomia do título? 

       Impugnação de crédito- prazo?- A quem é dirigida a petição?- incidente processual 

       Suscitação de divergência 

 Os titulares de créditos impugnados serão intimados para contestar a

impugnação serão intimados para contestar a impugnação, no prazo de 05 (cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que reputem necessárias.

 LIQUIDAÇÃO DO PROCESSO FALIMENTAR

  

A liquidação se inicia quando da instauração do processo falimentar.

 OBJETIVOS:→ realização do ativo, vendendo-se os bens arrecadados;

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→ pagamento do passivo, satisfazendo-se os credores admitidos, de acordo com a natureza de seu crédito;

 Como é feita a venda dos bens?Leilão dos bens => realização da hasta públicaPregão => no que consiste?     Efetiva apuração do ativo    O que é feito com o dinheiro da venda dos bens?

        SENTENÇA DE ENCERRAMENTO DO PROCESSO

FALIMENTAR- Recurso cabível?

  

REABILITAÇÃO DO FALIDO Após a sentença de encerramento da falência, ocorre o término

do processo falimentar. - Como acontece a reabilitação do falido?- prazos? PESSOAS E BENS DO FALIDO RESTRIÇÕES PESSOAIS E REGIME PATRIMONIAL DO FALIDO

 Com a declaração da falência, o falido sofre restrições na sua

capacidade jurídica no que pertine ao direito de propriedade, perdendo o direito de administrar e de dispor de seu patrimônio.

 O falido não pode o falido ausentar-se do lugar da falência (art.

104, III). SUSPENSÃO do sigilo à correspondência  Os bens do falido serão objetos de arrecadação para pagamento

dos credores. O administrador judicial deve arrecadar todos os bens de propriedade do falido, mesmo que se achem na posse de terceiros.

Exceção (CPC, arts. 649 e  650) 

PEDIDO DE RESTITUIÇÀO E EMBARGOS DE TERCEIRO 

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O bem que for arrecado na posse do falido, mas não for se sua propriedade é resguardado por duas medidas judiciais: o pedido de restituição  (art. 85) e os embargos de terceiro (art. 93).

 Ressalta-se que, os  titulares   de  direito  à  restituição,

ainda  que  tenha  esta  de  se  realizar  em  dinheiro, não  entram  na  classificação  dos  credores  e  titularizam  crédito extraconcursal. 

Regimes Jurídicos dos Atos e Contratos do Falido ATOS INEFICAZES 

Todo e qualquer empresário ao sentir que está em crise pode-se ver tentado a livrar-se da decretação da quebra ou de suas conseqüências por meios ilícitos, fraudando os credores, razão pela qual existe a fixação do termo legal.

 

Esses atos, não são atos nulos ou anuláveis, mas ineficazes.                    Os atos ineficazes estão dispostos no artigo 129 da LRE.                                     São exemplos de atos objetivamente ineficazes:                   => o pagamento de dívidas vencidas, no termo legal da falência, de forma diversa da estipulada em contrato;                   => o pagamento de dívida não vencida, no termo legal da falência;                   => a venda irregular do estabelecimento empresarial, dentre outros;

                    AÇÃO REVOCATÓRIA                  

A ineficácia é subjetiva quando não existem provas suficientes da frustração dos objetivos do concurso falimentar. Por essa razão, busca-se essa ineficácia dos atos por meio de uma ação específica, a revocatória.

                    Decai o direito à ação revocatória em 03 anos a contar da declaração da falência.                    Se a ação revocatória for julgada procedente, autoriza a inclusão na massa falida dos bens correspondentes ao ato ineficaz. 

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                   Da decisão que julga a revocatória cabe o recurso de apelação.                    Efeitos da Falência quanto aos contratos do falido 

 A falência autoriza a resolução dos contratos bilaterais e

unilaterais, por decisão do administrador judicial (art. 117 e 118 da LRE). - Contratos ? Os contratos de trabalho em que o falido figura como

empregador não se resolvem com a falência, mas a cessação das atividades da empresa é  causa resolutória desses contratos.

 

CREDORES ADMITIDOS 

Efeitos da falência quanto aos credores

Os quatro principais efeitos da sentença declaratória da falência, quanto aos seus credores, são:

 a) formação da massa falida subjetiva;

b) suspensão da ações individuais contra  o falido (art. 6º);

 c) vencimento antecipado dos créditos (art. 77);

d) suspensão da fluência dos juros (art. 124).

 

Classificação dos créditos

Classificam-se os créditos, segundo a ordem de pagamento da falência, nas seguintes categorias:

=> créditos extraconcursais (art. 84 E 86 da LRE);

=> Créditos trabalhistas, limitados a 150 salários mínimos por credor

=> créditos com garantia real (art. 83, II);

=> créditos tributários, excetuada as multas;

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=> créditos com privilégio especial (art. 83, IV);

=> créditos com privilégio geral (art. 83, V); ex. os mencionados no art. 956 do CC, o decorrente de debêntures com garantia flutuante, nos termos do art. 58, § 1º, da LSA, e os honorários de advogado, na falência do seu devedor (EOAB, art.24)

=> créditos quirografários (art. 83, VI); ex. credores por título de crédito, indenização por ato ilícito, contratos mercantis em gerais, entre outros;

=> multas contratuais e penas pecuniárias;

=> créditos subordinados (credores sem qualquer garantia); ex. os créditos dos sócios ou administradores sem vínculo empregatício

                   

RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS => EXTRAJUDICIAL=> JUDICIAL Vantagens e Desvantagens da RecuperaçãoInstituto da RecuperaçãoViabilidade EconômicaMeios de Recuperação – art. 50  * Antigo Dec. 7661/47- Concordata preventiva- Concordata suspensiva  

RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL

- Conceito - Objetivo - Requisitos para homologação           Deve também preencher os requisitos objetivos previstos nos artigos 161 à 163 

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HOMOLOGAÇÃO FACULATIVA          Homologação do acordo que conta com a adesão da totalidade dos credores atingidos pelas medidas nele previstas (art. 162 N.L.F.)                 O devedor, ao requerer a homologação, deve instruir o pedido com a justificação do pleito e com o instrumento de recuperação extrajudicial (termo, acordo, plano), devendo estar devidamente assinado por todos os credores aderentes.                 Prazo para impugnar: 30 dias

Homologação obrigatória

É na hipótese do devedor não conseguir a adesão de parte significativa dos seus credores ao plano de recuperação, mas uma pequena minoria destes resiste a suportar as conseqüências.

- Quais credores participam? 

RECUPERAÇÃO JUDICIAL           Realização de estudo de viabilidade econômica, ou seja, se a empresa realmente tem condições de ser recuperada.                  MEIOS DE RECUPERAÇÃO           A lei contempla de forma exemplificativa, mas não taxativa, no que tange aos meios de recuperação da empresa (art. 50, N.L.F.).                  ÓRGÃOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL          São 03 órgãos da recuperação judicial: Assembléia Geral de Credores, Administrador Judicial e Comitê. 

1)    Assembléia Geral É órgão colegiado e deliberativo. - ConvocaçãoQuem pode?Prazo?

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Onde é publicada?Quórum de instalação? - Competências da Assembléia - InstânciasADMINISTRADOR JUDICIAL É pessoa de confiança do juiz (auxiliar do juiz), nomeado no despacho

que manda processar o pedido de falência, devendo ser preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas, contador ou pessoa jurídica especializada.

 IMPEDIMENTOS para o administrador judicial:- os que anteriormente não desempenharam a contento;- que nos 05 anos anteriores, foi destituído da função de administrador,

mesmo que fosse somente membro do comitê, ou deixou de prestar contas ou essa prestação de contas foi reprovada;

- que tenha vínculo de parentesco até terceiro grau com qualquer dos sócios (entra neste caso, amigo, inimigo ou quem dependa dos sócios)

         Outras atribuições        Poderá administrar? COMITÊ É um órgão facultativo na recuperação judicial. O comitê deve existir

dependendo do tamanho da empresa em crise. Quem decide se órgão deve existir ou não, são os credores da sociedade em assembléia geral.

 Qualquer das instâncias classistas pode aprovar a instalação do comitê. A principal função do comitê é fiscal, cabendo aos membros desse

órgão, fiscalizar tanto o administrador judicial, como a sociedade em crise.         Outras atribuições do Comitê na hipótese de constatar fatos

irregularesPROCESSO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL Divide-se em três fases: 1) fase postulatória; 2) fase deliberativa; e 3)

fase de execução; 1)    FASE POSTULATÓRIA 

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Legitimidade: empresário e sociedade empresária, devendo ter a “vontade”.

 REQUISITOS: Objetivos e Subjetivos Obs. Se for empresário individual, cabe mais três observações: alei legitima o devedor pessoa física que, embora falido, teve declaradas extintas por sentença definitiva suas responsabilidades; ele não está legitimado se nos 05 anos anteriores, requereu a recuperação, obteve-a e deixou de cumpri-la, tendo, em decorrência, sua quebra decretada; na hipótese de morte do empresário individual, a recuperação pode ser pedida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros ou inventariante. 

Estão em termos a documentação exigida, o juiz proferirá o despacho mandando processar a recuperação judicial (não se confunde com a concessão da recuperação. O despacho apenas se processa atendendo a 02 fatores: legitimidade ativa da parte Requerente e a instrução nos termos da lei.          O despacho deve ser publicado da imprensa oficial, onde deve constar a data, local e horário para os quais foi convocada a assembléia geral de credores.          Cessa os efeitos das suspensões das ações em desfavor da empresa, quando verificado, aprovação do plano de recuperação ou decurso do prazo de 180 dias.      FASE DE DELIBERAÇÃO 

- Inicia-se com o despacho de processamento- Objetivo : votação do plano de recuperação do devedor na hipótese de objeção Obs. A peça mais importante do processo de recuperação judicial, é o

plano de recuperação judicial (ou de reorganização da empresa).  Prazo de apresentação do Plano de recuperação: 60 dias contados da

publicação do despacho de deferimento do processamento. Cabe à assembléia dos credores eventual proposta alternativa que lhe

tenha sido submetida, discutir e votar o plano de recuperação. Três podem ser os resultados da votação na assembléia.

 

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Em qualquer caso, o resultado será submetido ao juiz, mas variam as decisões judiciais possíveis em cada um deles.

  

  

FASE DE EXECUÇÃO Restrição Agrega ao nome empresarial a expressão “em recuperação Judicial A fase de execução se encerra de duas formas:1) cumprimento do plano de recuperação no prazo de até 02 anos;2) pedido de desistência do devedor, que poderá ser apresentado a qualquer tempo e está sempre sujeita à aprovação pela assembléia geral dos credores;

 

RECUPERAÇÃO JUDICIAL DAS "ME" E "EPP"

PLANO ESPECIAL DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

          LEGITIMADOS À APRESENTAÇÃO DO PLANO ESPECIAL

          - ME e EPP

         APRESENTAÇÃO DO PLANO ESPECIAL

         O plano especial deve ser apresentado no prazo de 60 dias, contados da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação.

          No tocante ao conteúdo, ao reverso, o plano especial é totalmente diferente do plano convencional.

          As condições estão preceituadas no art. 71:

          a) abrangerá exclusivamente os créditos quirografários, excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais e os previstos nos §§ 3º (leasing, alienação, negócio fiduciário etc.) e 4º (ACC’s) do art. 49 da LFR;

          b) preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% a.a. (doze por cento ao ano);

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          c) preverá o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;

          d) estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.

                   PROCEDIMENTO PARA APROVAÇÃO DO PLANO ESPECIAL

          Não é necessária deliberação para aprovação do plano especial de recuperação das ME e EPP. A análise de mérito cabe exclusivamente ao juiz.

- Objeção de Credores

CONVOLAÇÃO EM FALÊNCIA

         No curso do processo de recuperação, a assembléia geral de credores, constatando a inviolabilidade da empresa ou do plano proposto, poderá deliberar no sentido de sua liquidação, ensejando ao juiz a decretação da falência do devedor.

         Se ocorrer o descumprimento do plano de recuperação acordado, qualquer credor poderá requerer a convolação em falência.