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Apostila Tribal Belllydance Por Luma Shakti (todos os direitos reservados) Shakti Studio Online

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Apostila Tribal

Belllydance

Por Luma Shakti (todos os direitos reservados)

Shakti Studio Online

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“Olá, bellydancer, eu sou a Luma Shakti, nome artístico que escolhi aos 12 anos por pura sintonia, meu nome de RG é Luany Palinca Santo

André, porém, como artista, me vejo e me encontro em meu nome artístico, tenho 24 anos, sou professora de Dança desde meus 13,

estudante de Educação Física, DJ, produtora de música eletrônica, escritora e também Terapeuta Holística. Seja bem vindx a minha

apostila particular de tribal, escrita com muito amor e dedicação, para que contenha todas as informações necessárias para você ser uma

bailarina informada. Aqui reuni boa parte do meu conhecimento. E eu espero que você desfrute dela com carinho, e que possamos disseminar a dança da melhor forma possível pelo nosso país. Espero que goste, bons

estudos. Namaste”

Índice: - O que/Como é a Dança tribal? -História da Dança Tribal -Estilos dentro do Tribal -Figurinos para cada estilo -Musicalidade - Dança do Ventre e Folclore Árabe -Ritmos Árabes -Uso dos Snujs - Uso de acessórios no Tribal -Regras do American Tribal Style - Danças clássicas Indianas e posturas -Mudrás e Saudações utilizados no Tribal -Significado da Puja do Tribal - Flamenco e Dança Cigana - Hip Hop / Danças urbanas. -Yoga e Tribal: Eis a combinação perfeita? -Finalização e Minha Biografia completa

Shakti Studio Online Todos os tópicos foram escritos por

Luma Shakti

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O que/Como é a Dança tribal?

Por conta de o Tribal ainda ser uma dança consideravelmente desconhecida, eu acredito que essa seja a pergunta mais frequente na nossa carreira como bailarinas de tribal, principalmente quando temos a ideia de apresentar o tribal para as pessoas, quando vamos apresentar em algum lugar, ou quando postamos algo a respeito. Mas afinal, o que é essa tal de dança tribal? Muitas pessoas já imaginam uma dança muito louca, imaginam talvez que seja algo meio indígena e maluco, creio eu. Mas a verdade é que o tribal já vem encantando milhares de pessoas pelo planeta, e vai encantar ainda mais, pois ao contrario dessa primeira conclusão em que as pessoas chegam, o tribal é uma dança muito elegante, delicada, e pode ser trabalhada de diversas maneiras. Na minha humilde e apaixonada opinião, o tribal é uma dança muito completa, muito hipnotizante, misteriosa, intrigante, forte e muito elegante. Essa dança pode se tornar a chave do poder pessoal daquele quem dança, pois pode relatar a personalidade forte do bailarino de forma nunca vista antes. Mas o que a torna tão diferente? O que torna a característica do tribal tão marcante? A explicação mais rápida e básica que eu adotei com o passar dos anos, que utilizo até hoje quando preciso falar rapidamente para alguém o que é tribal, é a seguinte: “O tribal é uma dança com um repertorio de passos e técnicas novos, porém que teve como inspiração a junção de diversas danças, de diversas etnias, geralmente danças femininas e marcantes, essas principais danças são: Dança do Ventre, Flamenco e Danças Clássicas indianas.” Tudo surgiu a partir dessas danças, porém não é uma simples mistureba de danças, por exemplo, mesmo que você estude todas essas danças, você ainda não conhecerá o repertorio do Tribal, pois dentro do Tribal, já existe um repertório próprio de passos, digamos que, oficiais da dança. Aos poucos, e você vai entender isso no próximo tópico, a dança foi crescendo e fazendo com que novos estilos entrassem no tribal fusion, como por exemplo, o hip hop. Porém, de acordo com a sua criadora Jill Parker, pela qual tive a honra de estudar, o Tribal Fusion em si, tem como base o American Tribal Style, Dança do Ventre e Folclore Árabe. De acordo com ela, eu conclui, que sempre que introduzimos novos estilos ao Tribal Fusion,

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devemos nomear como por exemplo: indian fusion, urban fusion, dentre outros.

História da Dança tribal

A história do tribal é gigante, acredito eu que seja um tópico pra muito mais palavras, e não quero deixar essa apostila muito gigante e cansativa, então eu reuni as principais informações. Acho extremamente importante e necessário que sempre que formos dançar alguma dança, pesquisarmos e estudarmos afundo suas origens e conhecermos também os responsáveis pela criação delas. Temos a honra de vivermos em uma época onde as mestras e criadoras do nosso estilo estão entre nós, e o melhor de tudo, estão na ativa, sempre criando novidades, trazendo novos conhecimentos e atualizando a dança, por isso é primordial e essencial conhecermos esses nomes e acompanharmos o trabalho delas o máximo possível. Tive a honra de fazer um curso com a mestra Jill no Congresso Tribal em São Paulo, nesse curso, ela falou muito sobre a criação do estilo, como ele surgiu, como ele foi nomeado, como ela iniciou tudo... foi muito interessante. Com isso notei que muitas informações que encontramos na internet não são tão completas e nem sempre corretas. Então também me sinto no compromisso de trazer informações convictas para minhas alunas e também para o meu portifólio online. Agora vou falar um pouco sobre o surgimento do Tribal Bellydance, de forma resumida, e com as minhas palavras. Tudo começou na verdade, com Jamila Salimpour e Masha Archer, bailarinas muito importantes e influentes em nossa história, Masha, já costumava a dançar de maneira diferente, por conta de ter estudado diversos estilo, Masha já fusionava sua dança de forma natural e orgânica. É muito importante entendermos esse termo “orgânica” pois a Jill citou inúmeras vezes como seu corpo começou a fusionar de forma natural as suas danças, e o mesmo acontecia com Masha. Em seguida, em meados nos anos 80, veio o nome mais importante e influente na criação e construção da Dança tribal, Carolena Nericcio, que estudou com Masha no grupo San Francisco Classic troupe, apenas com o fim desse grupo, Carolena passou a dar aulas por conta própria. É muito importante ressaltar também, que Carolena possuía um grande respeito com sua mestra, e dizia que jamais começaria a dar aulas enquanto a sua mestra ainda estivesse na ativa, como forma de respeito e gratidão a tudo que aprendeu com ela.

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Nas fotos abaixo Masha e Carolena:

Por conta de Carolena ter um estilo diferenciado, alternativo, e também ter movimentos fusionados e diferentes, ela começou a atrair pessoas que se identificavam com seu estilo para seu grupo, e então, ela formou o grupo Fat Chance Bellydance. Onde ela ministrava aulas regulares e também fazia apresentações em diversos lugares. O grupo sempre era convidado para apresentações, e por conta disso Carolena passou a desenvolver uma espécie de improvisação coordenada, para que elas não precisassem montar coreografias para dançar, e como, nunca tinham certeza de como seriam os palcos, ou espaços, Carolena também criou formações que se adequariam a qualquer espaço, sendo sempre formadas por duplas, trios e quartetos. Quando há mais bailarinas, é feito uma espécie de “coro” ao redor das principais bailarinas, e essas formações se revezam com o intuito de todas as bailarinas passarem por todas as posições. Diante de tudo isso, ela criou, reformou, adequou o American Tribal Style (ATS®), um estilo inspirado em 3 danças, Dança do Ventre, Flamenco e Dança clássica indiana. Dentro do estilo, existem passos fixos, extremamente detalhados, o estilo também possui diversas regras, uma linguagem através de senhas que apenas as bailarinas conhecem e figurinos cheio de personalidade. Sem essas regras e detalhes, o ATS® não acontece, pois é através disso, que mulheres do mundo todo entendem a linguagem da dança e dançam sincronizadas sem nunca terem ensaiados juntas, essa é a magia do ATS®. O ATS® tem como principal intuito, trazer a atenção do público pra um conjunto geral, pra toda a coreografia. Todas as integrantes da tribo devem se destacar, todas passam pelo momento da liderança e todas usam o figurino igual. No inicio, elas também utilizavam turbantes para ajudar a padronizar ainda mais. Quebrando todas as formas possíveis de

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comparação e competição entre as bailarinas. E é legal lembrar também, que o nome “Fat chance” surgiu de uma gíria “Sem chance” como por exemplo: sem chance de você ter um show ou uma conversa em particular, os figurinos também eram fechados, para que junto a esse intuito, a atenção ficasse totalmente na técnica, na arte e no conjunto geral, e não por exemplo, no corpo das bailarinas.

Esse estilo foi crescendo cada vez mais, e dentro de sua turma, havia uma bailarina cheia de personalidade, Jill Parker, que fez parte do Fat Chance, logo Jill, sentiu a necessidade de traçar novos caminhos, foi quando criou o seu grupo Ultra Gypsy, e sua dança foi se construindo de forma orgânica, como consequência de seus estudos no American Tribal Style e nas Dança do ventre clássica e Folclórica, Jill então, criou o que hoje chamamos de Tribal Fusion Bellydance, e esse nome surgiu, justamente pela sua grande influência do ATS ®. É também importante dizer, que Carolena também fez parte dessa nomeação para “Tribal Fusion” em uma conversa com Jill, onde elas discutiam a respeito do estilo de dança de Jill, Carolena disse algo do tipo “O que você faz é uma fusão tribal” lembrando que, o nome “Tribal” envolve toda essa influencia do ATS, e que um dança sem essa influência não deve ser nomeada de “Tribal Fusion”.

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A historia do tribal é muito longa, e eu indico que você leia novos tópicos por ai. Eu acredito que a personalidade da dança não foi criada por apenas uma pessoa, e sim foi se construindo de acordo com o estilo das pessoas mais influentes no Tribal. Outros nomes são importantes na construção do Fusion como o conhecemos hoje. Heather Stands do grupo Urban Tribal, teve uma grande influência ao dançar em lugares alternativos e utilizar músicas eletrônicas e hip hop. Frederique Johnston, dentre outros, mas de fato as grandes responsáveis pela disseminação desta dança foram, Zoe Jakes, Mardi Love e principalmente Rachel Brice. Juntas formavam a The Indigo Dance Company (2003).

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Nossa, que história né? O mais interessante de tudo é que estamos ainda, praticamente vivendo no início do estilo, o estilo ainda é recente, fazendo com que poucas pessoas o conheçam. Porém, nós apaixonadas pelo tribal, tão bem construindo e criado por essas pessoas, devemos tomar cuidado com uma coisa, com a disseminação do estilo. Muitas pessoas dentro da Dança do Ventre veem o tribal como um estilo largado e totalmente livre, fazendo com que assim, toda sua técnica e influencias sejam deixadas de lado. Assim como qualquer Dança, o Tribal, até mais, exige muito estudo e muita pesquisa. Nós amamos o estilo e não queremos que ele morra ou se transforme em algo totalmente nada haver né? Agora vamos falar mais um pouco dessa nossa conexão profunda com essa dança. Todas essas mulheres eram mulheres alternativas, tatuadas, e na minha opinião, revolucionárias. Às vezes eu paro pra pensar, se hoje em dia é difícil ser uma mulher do mundo alternativo, é difícil ser aceita em meio a sociedade, sendo “diferente”, imagina naquela época? Por isso eu admiro tanto essas mulheres, que não tiveram nenhum pouco de medo de serem si mesmas, de assumirem suas personalidades e também de revolucionarem a dança. Por conta de tudo isso, passei a observar que o tribal se transformou em um ponto de acolhimento pra todas nós, em uma fonte de manifestação infinita daquilo que verdadeiramente somos. Passei a notar a diferença na postura, no acolhimento entre bailarinas e também na liberdade de expressão. Eu acredito que independente da técnica, por mais que a técnica do tribal seja difícil e detalhada, essa dança também nos proporciona um encontro com nossa essência e com a liberdade de expressão. Por mais que a dança seja profundamente técnica, ao mesmo tempo ela nos traz a chance de manifestar a nossa personalidade, e também manifestar diversas formas de sentimento. Por isso eu sempre digo que uma dança linda é aquela que surge da alma, o Tribal nos proporciona essa conexão. É algo além da técnica e da aparência. É uma dança que nos liberta e nos aflora, pois encontramos no Tribal uma grande fonte de inspiração e acolhimento. Devemos então, honrar nossas ancestrais da dança, honrar as raízes dessa

dança, estudar muito, dedicar muito, para que ela se espalhe da melhor maneira possível.

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Estilos dentro do tribal

Baseado em nosso estudo da história do tribal, devemos levar como informação primordial que para ser nomeado de Tribal Fusion precisamos utilizar elementos e bases do ATS. Sim, nós podemos e devemos estudar outras danças para complementarmos nossos conhecimentos e ampliarmos nossos horizontes, já que o Tribal Fusion nos permite isso. Porém devemos excluir aquela ideia de que Tribal Fusion é sinônimo de dança livre, desde que você estude as técnicas das diferentes danças, culturas e estilos antes de introduzir em sua dança, e que você faça algo que faça sentido pra você e pro público, levando em consideração também nossa base e toda essa criação, você pode sim, escolher um estilo em especifico para você manifestar sua arte e seus sentimentos. Mas lembrando, é importante estudar, é importante termos uma coerência de musicalidade, figurino e repertorio de passos dentro de uma coreografia. Por isso gosto de dizer, que o tribal fusion é livre na hora de você escolher um tema, e agora vamos falar rapidamente de como você pode escolher esse tema, ainda nomeando de Tribal Fusion. Você pode escolher por exemplo, as danças clássicas indianas como principal temas da sua dança, e usar, ainda dentro do tema, movimentos, bases e influencias do ATS, isso continua sendo chamado de Tribal Fusion. Você deve utilizar, musicas indianas, figurino com inspiração indiana, dentre outros detalhes, como por exemplo, mudrás e seus significados. Porém, se por um acaso a sua dança contém muito mais quantidade de passos indianos e passos da Dança do ventre, por exemplo, do que de passos de tribal, você pode “apelidar” de Indian Fusion ou até mesmo Indian Tribal Fusion, dependendo da quantidade de influencia que possui de cada dança. Você pode escolher por exemplo, o Flamenco e as danças ciganas como sua principal influência, o que na minha opinião combina muito com muitos movimentos do ATS. Porém, se sua dança contém muito flamenco, e talvez dança do ventre, deve ser chamada de Flamenco Fusion e por ai vai. Dentro dos estilos abordados no fusion, temos também o estilo mais clássico, onde entram modalidades de danças clássicas como Ballet clássico, e eu amo essa mistura, acredito que os passos e posturas do Ballet também podem acrescentar de forma maravilhosa em nossa dança, nesse tema, você também deve escolher figurinos e musicalidade temática. Quando a fusão é muito intensa, deve ser chamada de Ballet fusion. Porém

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se você utiliza apenas alguns elementos, e mantém suas bases, ainda é considerado tribal fusion. Também temos o estilo envolvendo danças urbanas, hip hop, poping&locking, dentre outras, na minha opinião, podemos colocar elementos maravilhosos desses estilos no nossos tribal, como por exemplo: snake arms, slow motion efecct, dentre outros passos. E eu utilizo no meu Tribal, porém em uma dose mínima. Novamente, caso a sua fusão esteja muito trabalhada em movimentos e técnica dessa dança, você deverá trabalhar com a nomenclatura, por exemplo, de Urban Fusion. Existe o estilo dark fusion, que possui um estilo gótico e mais “sombrio”. Existe também o estilo burlesque ou tribal cabaret. Também é muito interessante pesquisar por esse estilo, bailarinas influentes como Mardi, Zoe e Rachel já fizeram alguns números com essa inspiração. Aqui no Brasil, temos o estilo Tribal Brasil, criado pela professora Kilma Farias, que envolve danças brasileiras. E também já temos a criação do estilo Tao Tribal, por Brendo Brier, que envolve também danças urbanas dentre outras coisas. E tem também, o estilo Tribal Shakti, feito por Marilia Lins e Carla Brasil, que é um estilo de Dança Tribal ritualística, onde ela aborda o sagrado feminino e meditação. Eu acho impossível fazer uma fusão de tudo junto e misturado, porém, o Tribal Fusion e ATS em si já abordam 3 estilos principais, e os meus preferidos também, você pode escolher transitar por todos eles em sua dança. Hoje em dia, temos também o estilo tribal OLD SKULL, por conta da disseminação do tribal e da modernização também, as coreografias e figurinos mais semelhantes ao inicio da popularização do tribal são agora chamados de Old Skull.

Figurinos para cada estilo Muito bem, agora que você já se aprofundou no que é, na história e também nos estilos existentes dentro da dança, vamos falar de um assunto muito importante: figurino. É importante falarmos desse assunto de forma detalhada, quando entramos no quesito bom senso, as vezes deixamos a desejar no figurino, muitas vezes, escolhendo o figurino inadequado para os passos, e também para o estilo, por isso é muito importante pesquisarmos para que possamos montar um figurino bonito e adequado pra nossa dança.

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Vamos começar falando dos figurinos do ATS, esses figurinos tiveram inspiração em muitas culturas diferentes, e também seguindo alguns critérios devido aos objetivos do estilo.

Figurinos do ATS: O figurino do ATS foi evoluindo com o tempo, no início, Masha incentivava Carolena a utilizar calça e choli, um xale de franja, muitas jóias grandes e grossas e um turbante ou algum penteado com o cabelo preso. O sutiã de moedas era opcional. Quando o FCBD começou, usavam esse formato, mas aos poucos os bailarinos foram encontrando novos adereços, como saias e cintos bordados.

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Detalhes dos figurinos de ATS: Bindis:Inspiração das danças indianas. O bindi é uma espécie de “terceiro olho”, Pode ser uma pequena quantidade de tinta aplicada no local ou uma joia. É um “brilhinho” utilizado entre as sobrancelhas. Mais profundamente na historia dos bindis, o termo é derivado da palavra Bindu, que em Sânscrito significa ponto. Considerado o símbolo sagrado de Uma ou Parvati, o bindi simboliza a força feminina (shakti) e acredita-se que proteja as mulheres e seus maridos. Pode ser considerado um símbolo de proteção também. Porém hoje em dia, se tornou apenas um item decorativo.

Joias: Os acessórios remetem a uma atmosfera étnica e antiga, até mesmo medieval, possuindo tamanhos e formas grandes e exageradas, muitas vezes de prata e outro envelhecido. Criando uma atmosfera tribal marcante e feminina para o figurino do ATS. Essas joias podem ser semelhantes as joias indianas, como também africanas e tribais. Os brincos bem grandes são muito utilizados também.

Cinturões: Os cinturões do ATS possuem muita personalidade, ao contrário dos cintos de Dança do Ventre, eles não são brilhantes, na maioria das vezes utilizam cores opacas e medalhas envelhecidas, também são utilizados pompons, desenhos de mandala, com lã, tecido, fios, peças de prata, metal, conchas etc. Esses cinturões também tiveram inspiração em danças folclóricas, culturas africanas, dentre outras.

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Sutiãs: Os sutiãs do ATS são muito inspirados no Ghawazee e nas danças folclóricas, também contendo medalhas com textura envelhecida, conchas e alguns adereços como grandes pingentes.

Choli: “choli” ou “ravika”, é essa blusinha utilizada por baixo do sutiã, também é uma peça de origem indiana, era usada pelas mulheres em baixo do sari, para cobrir e proteger o busto e os ombros. No ATS, também possui esse intuito. Ele pode ser de manga curta, média, ou longa, e também em diversas cores. Você também pode optar por cholis de ombro aberto, que possuem um recorte diferenciado. Pantalonas ou “calças gênio”: As famosas calças bufantes. Tradicionalmente, um dançarino de ATS nunca permitia que suas pernas fossem vistas, quando a saia enorme é sacudida e uma grande perna é vista - essa perna é coberta com mais tecido. No caso, as calças bufantes. Essas calças tiveram origem em culturas indianas e também em culturas árabes. Elas geram segurança e conforto para as bailarinas.

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Saias Gypsy: Essas saias são muito inspiradas no flamenco, nas danças ciganas e também indianas, elas são a principal característica do ATS e muitas vezes são utilizadas mais de uma saia no figurino. A idéia é a saia criar um lindo desenho no palco junto com os movimentos de giros. Além de criar volume nos quadris e destacar os movimentos. As saias de ATS podem possuir até 25 metros de giro, além de pesarem bastante e possuir muitos babados. Elas também tem o intuito de criar uma aparência dramática e poderosa.

Turbantes: O turbante é um elemento cultural, que está associado principalmente às culturas asiática, árabes, africanas e brasileiras. A origem do turbante é desconhecida, mas sabe-se que já era usado no Oriente muito antes do surgimento do islamismo. ... No Oriente, não são apenas os islâmicos que usam o turbante como símbolo da fé. Os adeptos da religião monoteísta indiana Sikh, também fazem uso desse adereço. No ATS, o turbante também é utilizado por estética e também para padronizar as bailarinas, porém hoje em dia, é pouco utilizado, quando é utilizado também pode remeter ao ATS old Skull. O turbante também é muito utilizado por adeptos dos Dreadlocks, para “segurar” e também proteger os dreads, muitas bailarinas de tribal também são adeptas aos dreadlocks. Muitas vezes também, elas colocavam pingentes grandes em seus turbantes.

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Snujs: Podem ser conhecidos também como Zills, Finger Cymbals, Sagat. O snuj é um acessório e instrumento obrigatório no ATS, o repertorio rápido deve ser feito junto ao toque, e as bailarinas sempre seguem o ritmo da música, praticando diversas formas de toques de acordo com os movimentos, os Snujs do ATS são diferentes da Dança do ventre, o Snuj da dança do ventre é pequeno e possui som agudo e baixo, enquanto os snujs do ATS são snujs profissionais de músicos, como a bailarina toca a música inteira, do inicio ao fim, no repertorio rápido, ela também passa a fazer parte da instrumentação.

Sari (Saree): Esse adereço é utilizado quando a inspiração da dança é mais indiana. O sari, por vezes escrito “saree”, é uma longa faixa de pano despontado que as mulheres drapeiam sobre o corpo de várias maneiras diferentes. No ATS ele se torna mais um acessório quando a dança possui musicalidade e repertorio mais focados da dança indiana.

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Flores, headpiece e xales: Com inspiração nas danças flamencas e ciganas, também são utilizados no ATS muitas flores em torno dos coques e xales de crochê bem grandes. Os headpieces são como tiaras, utilizados no cabelo quando o turbante não está presente. Na opinião de Carolena, quando se trata de figurino de ATS, ela diz “Mais é mais” porém hoje em dia, os figurinos já se reduziram muito

para facilitar na produção das bailarinas. Os figurinos também dependem muito da personalidade na bailarina. Eu por exemplo,

gosto de misturar no máximo 3 cores, não sou muito fã dos figurinos extremamente coloridos. Você pode através da sua criatividade

utilizar cores mais neutras, ou mais chamativas, e até padronizar as cores do seu grupo. Na foto abaixo, um estilo de figurino que me

identifico, para te inspirar:

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Tribal Fusion: Bom, agora vamos falar a respeito do Tribal Fusion. A parte mais importante nós já entendemos, agora não precisaremos estudar a origem de cada elemento, pois os elementos apenas se modificaram, muitos elementos saíram, e outros entraram. Vamos conversar um pouco a respeito disso. O figurino do tribal fusion, no início, manteve algumas características, como os xales, as calças gênio, as joias, sutiãs e cinturões. Porém os cinturões passaram a ser mais semelhantes aos sutiãs. É importante dizer também, que o figurino do tribal fusion iniciou diminuindo a quantidade de cores em quase 80%, tornando-se figurinos mais opacos com cores mais neutras, como preto, marrom, bege... Os cholis e saias foram retirados, com a intenção de mostrar melhor os isolamentos muito presentes no fusion, novos acessórios como luvinha foram inseridos no figurino. Aos poucos também, dependendo do objetivo da bailarina, foram utilizadas saias mais simples e mais “retas” inspiradas também nas danças indianas e dança do ventre, como também calças mais justas, com babados nas pontas. Outras coisas que também passaram a ser utilizadas como adereço, foram penas e dreadlocks nos cabelos. As principais bailarinas responsáveis por criar essas características foram, Jill Parker, Mardi Love, Rachel Brice e Zoe Jakes. Confiram algumas fotos desse figurino, hoje conhecido como “Old Skull”:

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Rachel, Mardi & Zoe

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Aos poucos, esse figurino foi se modernizando mais, as vezes até diminuindo a quantidade de acessórios. Como inspiração também nos Deuses Hindus, um belo acessório que eu amo, entrou também no tribal, são as coroas. Elas também podem representar qualquer divindade.

Os figurinos foram ganhando personalidade, as vezes lembrando Deuses

hindus, as vezes medievais, as vezes mais modernos, as vezes mais semelhantes ao da dança do ventre, as vezes mais semelhante aos do ATS,

as vezes as danças indianas, mas nunca devem perder a característica tribal. Você deve escolher seu figurino de acordo com a interpretação do

estilo que você deseja seguir. Aqui vou colocar alguns exemplos de figurinos, e através das fotos, você pode notar qual acessório ou

característica predomina em cada estilo. A foto acima, de Zoe, já mostra um figurino bem moderno, que pode ser utilizando em um Tribal Fusion

com inspiração indiana.

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Indian Tribal Fusion: Nesse figurino, pode incluir: tecido indiano, coroas, saris, cholis ou

cropedds, calças genio, bindis, etc.

Irina aKulenko

Moria Chapell

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Coleena Shakti & Moria Chapell

Burlesque Cabaret Fusion:

Nagasita & Rachel Brice

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Dark Fusion:

Ethel Anima

Mariana Maia

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Tribal Brasil: Muitas cores, muitas flores, penas, tudo que remete nossa cultura. Nesse

estilo você também pode homenagear os orixás.

Karine Neves

Erik Patrick

Kilma Farias

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Urban, Hip Hop, Ballet Fusion, etc: Os figurinos usados nesses estilos geralmente são mais simples e mais

leves, facilitando na mobilidade da bailarina.

April Rose

Tiana Frolkina

Ebony

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Flamenco: Nesse estilo você pode dar ênfase as cores vermelha e preta, utilizar xales, flores, leques, rendas, coque bem preso e até mesmo collant. Você também

pode utilizar elementos do seu figurino de ATS.

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Agora, pra finalizar este capitulo, vamos lembrar de uma coisa chamada bom senso. Tops tomara que caia, na minha humilde opinião, são proibidos na dança, vai estragar sua apresentação mesmo que não caia, você não se sentira segura, e se cair, já sabe né? A dica é você utilizar uma alça transparente caso deseje usar. Aberturas e fendas muito grandes nas saias ou calças devem ser utilizadas com um shortinho por baixo, para você se sentir segura também e não causar distração pro seu público. Hoje em dia também vemos figurinos diferentes, mais artísticos, que utilizam minissaias e até mesmo saias com transparência. Não existe limites pra arte desde que você esteja se sentindo bem com o que escolheu. Você deve sempre usar sua criatividade e liberdade de expressão como seu maior guia nessas escolhas.

Tenho aqui dois exemplos de figurinos com as pernas amostra:

Kremushka

Alisa Gurova

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Musicalidade

Chegamos a um assunto superimportante, afinal, sem música, não há dança, né? Eu sempre fui apaixonada por musica também, tentei tocar violão e também teclado, também passei uma fase sendo cantora, onde participei de alguns covers mas fui dar certo finalmente na musica eletrônica, onde me tornei DJ aos 17 anos, e produtora aos 23. Remixar musicas e cria-las se tornou minha paixão, e hoje em dia, no tribal fusion, utilizo músicas que eu mesma remixo e faço mash-ups. Trabalho profissionalmente como Dj na área do Psy Trance, minhas vertentes são: psychill, progressive trance e fullon groove, também dentro do Psy, utilizo algumas vertentes pra dançar, hoje vou utilizar meu conhecimento pra falar um pouco disso com vocês também. Mas vamos por partes. Vamos começar pelo ATS®, nele, geralmente se utiliza músicas folclóricas do Oriente Médio, do Norte Africano e outros. Não há regras rígidas sobre que música é apropriado para ATS®, mas geralmente utilizamos os ritmos árabes, como por exemplo, baladi, said, dentre outros (vamos falar disso mais a frente). Não existe regras pra utilizar musicas no ATS, porém, quando o estilo é mais tradicional, são essas musicas as utilizadas, mas também é permitido utilizar musicas indianas e até mesmo eletrônicas, nos casos mais modernos. Os melhores artistas para dançar ATS são: Helm, Phil Tornton, Solace, Hossam Ramzy, dentre outros. O tribal fusion, é bem livre, mas tem como principal caraterística utilizar musicas mais modernas e eletrônicas, ainda hoje, existe um estilo étnico de bandas com influencias eletrônicas e também influencias de ritmos e instrumentação folclóricas e árabes, como é o exemplo do Beats Antique, Solace e Maduro. Inclusive, esses grupos utilizam como por exemplo, a Zoe Jakes, como ícone, e ela sempre acompanha a banda Beats Antique nos shows. Tal como a banda Solace, sempre utiliza algumas imagens da Rachel em suas capas de disco. No ramo da musica eletrônica, temos estilos perfeitos pra utilizar no tribal, como é o exemplo do trap, esse estilo é um dos meus favoritos e também muito utilizado pelas bailarinas de tribal. Você pode encontrar estilos variados dentro do trap, pesquisando por exemplo como: indian trap, arabic trap, flamenco trap, etc. Nesse estilo também tem o estilo Tribal Trap, que aborda vários sons e instrumentos de diferentes culturas. Você pode encontrar projetos bem legais, como por exemplo: Samaya, David Starfire, V.F.M Style, e relacionados. Dentro do psy, temos o meu estilo favorito pra dançar, que se chama psy chill, é uma espécie de chill out (musica lenta) psicodélica, ele possui em torno de 100 bpms (batidas por minuto) e é uma

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musica extremamente detalhada, cheao de camadas de sons psicodélicos e basslines bem marcantes. Meus projetos favoritos são: Kalya Scintilla, Desert Dwellers e Kaminanda. Ainda no psy, temos estilos como: slow progressive trance, que possui em torno de 120 bpms e segue com batidas repetitivas e progressivas. Temos o estilo downtempo, que é bem lento e com poucas batidas, ideal para treinar o slow motion. Temos o estilo chill out, que é ideal para relaxar, fazer um yoga e também para dançar de forma bem suave. Todos esses estilos você pode encontrar de formas variadas, com influencias de diferentes culturas também. Eu indico: Suduaya, Johnny Blue, Carbon Based Lifeforms, Unsual Cosmic Project, dentre outros. Hoje em dia, para minha alegria, já vi as vertentes que eu trabalho sendo utilizadas tanto no ATS quanto no tribal fusion, o progressive trance, foi utilizado por exemplo por Alisa Gurova no mesmo vídeo em que ela utilizou mini saia, inclusive ela dançou uma musica produzida por um brasileiro conhecido. O progressive trance vai de 136 bpms até 143 bpms, é uma musica bem rápida. Rebeca Pinero também já dançou essa vertente, haja agilidade com os snujs, em? Minha indicação para vocês conhecerem esse estilo, é o meu próprio trabalho, pois nele eu utilizo muita influencia do tribal e de todas essas culturas, é só pesquisar no soundcloud como: Perfect Soulmates e Luma Psy trance. Você também pode utilizar músicas celtas (exemplo: Banda Faun), e também músicas dos povos Balkans, também fica bem legal pro ATS, por exemplo. Tudo depende do tema que você deseja seguir e de sua personalidade. Bom, tem bastante material aqui pra você pesquisar né? Lembrando que o estilo de musica é livre, mas que você deve seguir o padrão da sua escolha geral, fazendo uma união de música, passos e figurino.

Contagem rítmica Me tornar DJ foi muito interessante, pois eu tive bastante facilidade ao aprender a mixagem por conta da contagem de compassos que eu já tinha naturalmente por causa da dança, mas eu percebi que meus “instintos” afiaram mais nesse quesito. O mais importante em uma bailarina, é saber a contagem de compasso, no caso, o ritmo. Quando estudei produção, também aprendi a detalhar mais as marcações na música, meu ouvido aflorou diante de detalhes, hoje em dia, eu utilizo o programa e as técnicas de produção musical pra extrair cada detalhe na musica que existe dentro de cada compasso, e com isso

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montar minhas coreografias, mas você pode fazer isso apenas escutando com fones, durante varias vezes e fazendo anotações em seu caderno. A minha dica pra essa fase, é você se lembrar que os compassos sempre serão múltiplos de 4. No momento de você conhecer a música, é ideal que você separe anotando de 4 em 4, pois geralmente os produtores fazem detalhes mesmo que pequenos de 4 em 4. Novas mudanças, mais significativas, acontecem de 8 em 8. E as mudanças grandes acontecem de 16 em 16 e 32 em 32. Você pode, por exemplo, fazer 16 tempos de passos no lugar, e 16 tempos de passos deslocados, esse é apenas um exemplo de como você pode utilizar os compassos para ter diversidade de movimentos. Na musica eletrônica, principalmente no progressive trance, por conter compassos múltiplos de 3, os famosos tri-plets, e isso pode te deixar um pouco confusa se seu objetivo é tocar snujs, mas é ideal que você reconheça essa contagem no momento de estudar a música. Minha dica pra você exercitar tudo isso, é você pegar musicas variadas e fazer a contagem de 4 em 4 e observar as mudanças. Ou você pode até mesmo bater palmas junto as batidas. Uma bailarina deve ter a contagem rítmica afiada e constante trabalhando em sua mente. No ATS, por exemplo, cada passo possui um tempo especifico, isso também é uma regra, pra que a sincronia exista entre as bailarinas, esses passos sempre terão de 2 a16 tempos. Cada detalhe do passo, principalmente as pisadas são marcadas na contagem. Portanto, outro exercício interessante, é você trabalhar “pisadas” diferentes fazendo a contagem mental do ritmo. Quando você fica bem treinada com essas mudanças, você consegue até mesmo improvisar em cima de músicas que você não conhece.

Dança do ventre e folclore árabe

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Vamos falar um pouco, bem brevemente da origem da dança do ventre, afinal, foi bem lá atrás que tudo começou, sem dança do ventre, não haveria tribal. A origem da dança do ventre, de forma exata, ninguém sabe ao certo. A mais aceita delas diz que a Dança do Ventre surgiu no Antigo Egito, em rituais, cultos religiosos, onde as mulheres dançavam em reverência a deusas. Com movimentos ondulatórios e batidos de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebravam a vida. Diziam, que os passos da dança do ventre preparavam o corpo feminino para a gestação e ajudavam na fertilidade. Coincidência ou não, bailarinas que possuem bastante tempo de dança do ventre, geralmente depois de parir, seus corpos se recuperam muito mais rápido, além de sua barriga se tornar mais maleável e não adquirir estrias com a gestação. Foi assim com a minha mãe e também com bailarinas conhecidas, como a Ju Marconato e Joline Andrade, por exemplo. A dança do ventre atua diretamente em nossos órgãos, possibilitando também um melhor funcionamento do útero, ajudando nos ciclos menstruais e diminuindo grandemente ou definitivamente cólicas menstruais. Essa atividade, e tudo isso também inclui o tribal, também nos ajuda com a nossa sexualidade, aflorando nossa sensualidade, autoestima, e também possibilitando uma força maior no períneo e músculos da vagina. Melhorando a sexualidade e também, evitando problemas futuros decorrentes da flacidez nessa área.

Evolução técnica e aspectos gerais (Trecho retirado do Wikipedia)

Os movimentos são marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos (shimmies) e batidas e torções de quadril, entre outros. Segundo a pesquisadora norte-americana Morroco, as ondulações abdominais consistem na imitação das contrações do parto: tribos do interior do Marrocos realizam ainda hoje, rituais de nascimento, em que as mulheres se reúnem em torno da parturiente com as mãos unidas, e cantando, realizam as ondulações abdominais a fim de estimular e apoiar a futura mãe a ter um parto saudável, sendo que a futura mãe fica de pé, e realiza também os movimentos das ondulações com a coluna. Estas mulheres são assim treinadas desde pequenas, através de danças muito semelhantes à Dança do Ventre. Ao longo dos anos, sofreu modificações diversas, com a inclusão dos movimentos do ballet clássico russo em 1930. Dentre os estilos mais estudados estão os estilos das escolas:

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Norte-americana: manifestações mais intensas de quadril, deslocamentos amplamente elaborados, movimentos do Jazz, utilização de véus em profusão, movimentos de mãos e braços mais bem explorados; Libanesa: com shimmies mais amplos e informais, seguidos de deslocamentos muito simplificados. Egípcia: manifestações sutis de quadril, domínio de tremidos, deslocamentos simplificados adaptados do Ballet Clássico, movimentos de braços e mãos simplificados; Brasileira: revela uma tendência de copiar os detalhes de cada cultura, para fins de estudo e aumento de repertório, e tem se revelado ousado, comunicativo, bem-humorado, rico e claro no repertório de movimentos. O estilo Dança do Ventre do Egito Faraônico, a Dança di Iaset: foi criado no Brasil, em 1993, pela professora Regina Ferrari, com passos do ballet clássico mesclados com movimentos da dança do ventre árabe, associados a uma interpretação fictícia para cada movimento, como uma representação artística das danças do antigo Egito. Não é uma dança com finalidade esotérica, para ser usada em rituais de magia. A finalidade foi de permitir as mulheres brasileiras praticarem a dança do ventre pela beleza da arte, sem receberem a conotação de praticarem uma dança vulgar.

Evolução histórica (Trecho retirado do Wikipedia)

Tendo sido influenciada por diversos grupos étnicos do Oriente, absorveu os regionalismos locais, que lhe atribuíam interpretações com significados regionais. Surgiam desta forma, elementos etnográficos bastante característicos, como nomes diferenciados, geralmente associados à região geográfica em que se encontrava; trajes e acessórios adaptados; regras sobre celebrações e casamentos; elementos musicais criados especialmente para a nova forma; movimentos básicos que modificaram a postura corporal e variações da dança. Nasce então, a Dança Folclórica Árabe. A dança começou a adquirir o formato atual, a partir de maio de 1798, com a invasão de Napoleão Bonaparte ao Egito, quando recebeu a alcunha Danse du Ventre pelos orientalistas que acompanhavam Napoleão. Porém, durante a ocupação francesa no Cairo, muitas dançarinas fogem para o Ocidente, pois a dança era considerada indecente, o que leva à conclusão de que conforme as manifestações políticas e religiosas de cada época, era reprimida ou cultuada: o Islamismo, o

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Cristianismo e conquistadores como Napoleão Bonaparte reprimiram a expressão artística da dança por ser considerada provocante e impura.

Neste período, os franceses encontraram duas castas de dançarinas: As Awalim (plural de Almeh), consideradas cultas demais para a época, poetizas, instrumentistas, compositoras e cantoras, cortesãs de luxo da elite dominante, e que fugiram do Cairo assim que os estrangeiros chegaram; As Ghawazee (plural de Ghazeya), dançarinas populares, ciganas - descendentes dos grupos de ciganos dumi (دومي) (ou nawar) e helebi (os mais comuns no Egito e na região do Levante), que passavam o tempo entretendo os soldados. Entre os ciganos do Médio Oriente a dança não é considerada vergonhosa, e as suas mulheres cantam e dançam para animar festas de casamento e eventos em geral, o que é aceito pela sociedade mais ampla, porém contribui ainda mais para manter os ciganos com status inferior. A Dança do Ventre, por não ter sido em origem uma dança moldada para o

palco, não apresenta regulações quanto ao aprendizado. Os critérios de profissionalismo são subjetivos, tanto no ocidente quanto nos países

árabes, embora já comecem a ser discutidos no Brasil.

Acessórios (Trecho retirado do Wikipedia)

Espada: A origem é nebulosa e não necessariamente atribuída à cultura egípcia ou árabe, sendo explicada por várias lendas e suposições. Alguns estudiosos da dança do ventre afirmam que na época das invasões dos bárbaros em terras egípcias, as bailarinas eram escravizadas e dançavam equilibrando espadas na cabeça como uma forma de dizer; "sua espada aprisiona meu corpo, mas meu espírito é livre!". Punhal: Variação da dança com a espada, também sem registro de uso nos países árabes. Alguns pesquisadores da dança defendem a origem da dança com o punhal também na invasão dos bárbaros. As bailarinas eram tomadas também como escravas sexuais e, quando engravidavam, era comum perderem seus bebês ante condições precárias de saúde e saneamento básico. Então, dançavam fazendo movimentos circulares com o punhal em torno da barriga em referência ao seu luto.

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O desafio para a bailarina nesta dança não é a demonstração de técnica, mas sim a de sentimentos; Véus: Ao contrário do que se pensa, é uma dança de origem ocidental norte-americana e, portanto, criada há pouco tempo, ao contrário das danças folclóricas. Existe uma parte dos estudiosos que encontra sim, a origem da dança dos véus no oriente médio. A Dança dos Sete Véus, faz uma referência aos sete chakras principais (pontos de energia do corpo) e é por isso que os véus têm as mesmas cores dos chakras. Na Dança dos Sete Véus, cada véu que a bailarina deixa cair é como se fosse um chakra que se mostra. O último véu que cai se refere ao chakra chamado Kundalini. A Kundalini é representada por uma serpente e se localiza no final da coluna vertebral na altura dos órgãos sexuais. É por isso que a Dança dos Sete Véus somente deve ser dançada para a pessoa amada, pois ao deixar cair o último véu, a bailarina fica prometida à pessoa para quem estiver dançando. Folcloricas: Candelabro (shamadan): Elemento original hebraico, o candelabro era utilizado no cortejo de casamento, para iluminar a passagem dos noivos e dos convidados. Dança-se, atualmente, como uma representação deste rito social utilizando o ritmo zaffa. Taças: Variação ocidental da dança com candelabro. Khaligi: Dança genérica dos países do golfo pérsico. É caracterizada pelo uso de uma bata longa e fluida e por intenso uso dos cabelos. Caracteriza-se por uma atmosfera de união familiar, ou simplesmente fraterna entre as mulheres presentes. Dança-se com ritmos do golfo, principalmente o soudi. Jarro: Representa o trajeto das mulheres em busca da água. Marcada também pelo equilíbrio. Säidi: Dança do sul do Egito, podendo ser dançada com o bastão (no ocidente, bengala). Hagallah: Originária de Marsa Matruh, na fronteira com o deserto líbio. Meleah laff: representação do cotidiano portuário egípcio de Alexandria. As mulheres trajam um pano (meleah) enrolado (laff) no corpo.

(Créditos do texto em Azul: Wikipedia)

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De acordo com Jill Parker e Carolena, quando estudamos afundo a Dança do ventre também estamos estudando o tribal. O estudo mais importante que virá a seguir, são os ritmos árabes que utilizamos também. Principalmente quando envolve toque dos snujs. Mas, a respeito dos acessórios, também iremos falar disso. Eu já fiz um tribal fusion utilizando o candelabro tradicional da dança do ventre, eu levei em consideração que tudo isso faz parte da construção da dança, e como era um festival com o tema Shamaddan, eu me senti inspirada a fazer, hoje em dia, eu não sei se faria novamente. Mas eu ainda tenho a mesma opinião, de que dentro do fusion isso pode sim ser feito, de acordo com nossas origens folclóricas.

Ritmos árabes principais

Dentro do tribal fusion, principalmente do ATS, utilizamos alguns ritmos árabes, porém, não seguimos as regras e repertorio de passos utilizados na dança do ventre, seguimos apenas nosso repertorio de passos do tribal. Mas, como o estudo desses ritmos é importante, tanto para trabalhar em aula, quanto para tocar snujs e também para palco, devemos sim nos aprofundar no assunto. Mesmo que seja difícil decorar tudo, é legal pesquisar e ter anotado os seguintes critérios, para possíveis consultas. Esses ritmos são tocados com instrumentos de percussão, e temos como guia principal, o primeiro compasso e primeira batida, ele sempre se inicia pelo DUM. Os ritmos podem conter 2/4, 4/4, 8/4 ,10/8. Etc; É importante lembrar, e falo por experiencia própria, que hoje em dia os programas de produção eletrônica já nos possibilitam esses sons, ou seja, você vai sim encontrar músicas eletrônicas, pro tribal fusion, contendo ritmos e percussões árabes. Então: Vamos estudar?

Said: Ritmo 4/4

DUM TAK DUM DUM TAKATA

Masmoud Sahir (Baladi): 4/4

DUM DUM TAKATA DUM TAKATA

Malfuf 2/4

DUM TATA

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Tschiffititilli

8/4 DUM TAKATA

Maqsoum

4/4 DUM TAKATA DUM TAKATA

Falahi

2/4 DUM TATA DUM TA

Ayoub

2/4 KA DUM KA DUM

Eu indico que você pesquise agora esses ritmos no youtube, e escute os

ritmos enquanto lê ao mesmo tempo, isso vai te ajudar muito a entender os ritmos árabes e sempre estar dentro do tempo em suas danças.

Na dança do ventre, cada ritmos desse é interpretado de uma maneira, com diferentes passos para cada um, geralmente, em uma dança clássica por

exemplo, pode conter diferentes ritmos em uma mesma música, a missão da bailarina é estudar bastante e caprichar em suas interpretações,

agregando valor e conhecimento em sua dança. Como eu disse, no tribal, isso não se faz necessário, pois possuímos um repertorio próprio de

movimentos. Porém, conhecer os ritmos, e estar no ritmo, é essencial.

Uso dos Snujs

Como você já sabe o Snuj é o principal instrumento do tribal, tanto do ATS quanto do Fusion. Eu vou confessar, antes do tribal, principalmente antes de começar a estudar o ATS, eu tinha o Snujs como o instrumento mais odiado, eu simplesmente matava tudo que fosse de estudos e treino com snujs. Nunca foi algo que tive facilidade muito menos gosto, mas com o tribal, passei a ter. Snujs sempre nos remete aquela sensação de amor e ódio, ele realmente nos desafia, mas uma coisa muito interessante nesse instrumento, é que ele nos mostra como a dedicação e o treino diário, mesmo que poucos minutos, podem ser milagrosos. Tocar em si, pra quem está começando, já é difícil, tocar fazendo movimentos, mais ainda. Tocar

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fazendo Egyptians, Spins, shimmies, dentre outros, nem se fale. Mas, nada é impossível e eu sou a prova viva disso. Meu toque ainda está melhorando muito e acho que sempre temos o que evoluir e melhorar. Aqui eu trouxe dicas pra você treinar apenas tocando, e quando já tiver bem, ir incluindo movimentos. Lembrando que sua mão predominante deve ser o primeiro toque.

Toque 1: Alternado – Esse toque quase nunca é utilizado em dança, mas ele vai te ajudar muito na hora de criar agilidade com seus dedinhos. Se você for canhota, basta inverter a ordem.

TakaTaKa TakaTaKa TakaTaKa TakaTaKa D E D E D E D E D E D E D E D E ...

1 2 3 4

Toque 2: Galope – Esse é o toque principal do ATS, utilizado na maioria dos passos. Também utilizamos muito no fusion.

Takata Takata Takata Takata D E D D E D D E D D E D

1 2 3 4

Toque 3: Militar – O toque militar é composto de 2 tempos de galope e 1 tempo de alternado e 1 tempo de galope.

Takata Takata Takataka Takata D E D D E D D E D D E D

1 2 3 4

Esses são os toques mais utilizados no ATS.

Toque 4:

Baladi – O toque baladi é mais utilizado no Fusion e na Dança do ventre, e ele é tocado exatamente como é o ritmo.

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Tata Takata Ta Takata DD DED D DED

Dumdum takata dum takata 1 2 3 4

Ele também pode ser visto e tocado neste formado:

Takata Ta Takata Ta Takata

DED D DED D DED Taka Dumdum takata dum takata

1 2 3 4

Toque 5: 3-5-5 Três cinco cinco: Esse toque pode ser utilizado no fusion e também

na dança do ventre.

Takata Takatakata Takatakata DED DEDED DEDED

123 12345 12345 1 2 3 4

Uma dica pra você treinar agilidade é você fazer 16t galope, 16t militar,

16t alternado, com musicas de diversas velocidades. Apliquei aqui de uma forma bem explicadinha, para que você entenda

toque e contagem, espero que tenha ajudado. Bons treinos.

Uso de acessórios no Tribal

Já vimos que na dança do ventre existem uma variedade grande de acessórios, tanto folclóricos como modernos e artísticos, no tribal, também entra uma serie de acessórios, no ATS, as danças com acessórios são chamadas de dialetos, pois possuem uma criação e alteração dos passos para utilizar os acessórios, existem dialetos com: espadas, pandeiros, saia, leques, xales e cestas. Alguns dos acessórios, possuem formatos diferentes, como por exemplo a espada, a espada do tribal é diferente da espada da dança do ventre. Porem pode ser usada em ambas. No tribal fusion, é pouco visto o uso de acessórios, mas tudo depende de sua inspiração e criatividade. Muitas professoras já criaram seu próprio dialeto para acessórios e ensinam em muitos cursos. Alguns acessórios, você pode continuar com os snujs em mãos, outros, pode utilizar como elemento principal.

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Regras do ATS

No ATS não existe solo, sua primeira regra é que seja dançado em grupo. Porém quando há uma mestra ou professora é influente ou bailarina convidada, pode ser feito solos, nesses solos, não se faz necessário dar senhas e seguir formação. As modificações em passos e utilização de acessórios são chamadas de dialetos ou de ITS (improvisation tribal style), para ser chamado de ITS, deve conter as formações e as regras de improvisação utilizadas no ATS, porém pode ter a liberdade de modificação de passos. Para ensinar o ATS, é necessário ter a formação (Teacher Training e General Skills) o certificado nesses cursos é chamado de Sister Studio, e ele é carregado pela bailarina formada e não pelo Studio. É importante estudar com pessoas formadas ou que possuem experiência e conhecimento, pois é preciso seguir os passos, contagem de tempo, detalhes, de forma sempre correta para que o improviso flua. Também é importante estudar em grupo.

Danças clássicas indianas e posturas

Sabemos da grande influência que essas danças tem no tribal, e quando pesquisamos mais afundo, vemos que as danças indianas influenciaram em todas as outras, assim como as religiões também são as mais antigas em nosso planeta, as danças também. A índia nos trás uma cultura muito grande e linda, eu particularmente me identifico muito e amo utilizar essas influências.

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Existem vários estilos de dança indiana, eles são diferentes de acordo com a localização, mas os mais utilizados por nós e também dignos de serem estudados são: Odissi, Kathak e Bharatnatyam. A tradição clássica é uma forma de arte antiga e sofisticada que se estende ao longo de vários séculos. Tem sua origem nos templos e é executada pelos devadasis (bailarinos do templo).Os estilos clássicos estão relacionados com a mitologia, a filosofia, as crenças espirituais da cultura hindu e, em tempos mais recentes, com a tradição islâmica. Todos os estilos clássicos compartilham os elementos básicos do nritta (dança pura), do nritya (expressão) e do natya (elemento dramático). Cada estilo afirma os ensinamentos do navarasa, os nove estados de ânimo ou sentimentos: o amor, o desprezo, o pesar, a ira, o medo, o valor, o desgosto, a admiração e a paz. Todos os estilos são executados com os pés descalços, embora em alguns deles sejam utilizados os ghungroos (guizos nos tornozelos) para aumentar o ritmo dos passos. Os mudras (gestos com as mãos), os estilizados movimentos do rosto e dos olhos dão significado e expressão a dança. No tribal, utilizamos principalmente as bases das danças indianas, o que trás uma característica muito legal na imagem a seguir, podemos ver as posturas que mais utilizamos no tribal:

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Mudrás e Saudações utilizados no Tribal

Asamyutahastas (Mudrás feito com uma mão)

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Samyutha Hastas (mudrás feito com as duas mãos)

O exercício ideal é você tentar fazer os mudras e também pesquisar seus significados.

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Significado da Puja no Tribal

No tribal temos uma saudação, que pode ser feita em dança, em repertorio lento, e também é feita em aula para iniciar e finalizar nossa aula. Ela não tem nenhum significado religioso, apenas executamos em forma de meditação, para nos conectar com nosso proposito e nossas ancestrais da dança. A Puja é um gesto de gratidão e de conexão com o Universo. Ela é formada de alguns movimentos e cada um deles possui significado. O primeiro movimento, começamos em Anjali mudra, conhecido como gesto de oração e gratidão. Em seguida, agradecemos o ambiente em que dançamos, levamos as mãos acima da cabeça desenvolvendo uma flor de lotus, potencializando a energia. Em seguida, ajoelhamos e tocamos ao solo, agradecendo ao solo sagrado onde dançamos. Depois, tocamos a ponta de nossas orelhas, agradecendo aos músicos e as musicas que dançamos, tocamos o solo novamente, e repetimos Anjali mudra e agradecemos o espaço mais uma vez e nossas companheiras de dança. Depois disso, ainda ajoelhadas, levamos Anjali mudra a frente em uma posição alta, agradecemos nossas mestras e ancestrais da dança, e então levantamos e finalizamos a Puja. Para aprender essa movimentação, você pode se matricular em meu Studio

Online.

Flamenco e Dança Cigana Fonte de pesquisa: toda matéria

O flamenco é um estilo de música e dança tipicamente espanhol. Essa manifestação cultural é relacionada sobretudo à

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comunidade autônoma da Andaluzia, ao sul da Espanha, assim como à cidade de Múrcia e à região de Estremadura.Com influência árabe, judaica e cigana, o flamenco está presente na identidade do povo andaluz e é considerado um ícone da cultura espanhola. O flamenco teve origem nos bairros pobres ciganos (as gitanerias) e foi passado de geração para geração transformando-se em uma expressão artística bastante elaborada. Por ter surgido em um período muito tumultuado, a história do flamenco perdeu detalhes importantes. Na época, os povos mouriscos, judeus e ciganos sofriam grandes perseguições por conta da inquisição espanhola. Além disso, os ciganos - vindos da Índia em torno de 1425 - apresentavam uma forte tradição oral e suas músicas eram transmitidas através das próprias performances musicais para as comunidades. Em decorrência dessa trajetória difícil, a música e a dança flamenca transmitem demasiada emoção, retratando o espírito arrebatador das lutas, o orgulho de suas origens, as dores e alegrias do povo. Essa expressão cultural teve por muito tempo pouquíssimo reconhecimento e apenas nos últimos 200 anos ganhou projeção. No gênero contemporâneo, o flamenco ganha características tanto da forma mais tradicional quanto do flamenco clássico. Une, além disso, o jazz e outras fusões musicais como a bossa nova, o gipsy, música latina, cubana e outros. Abaixo, alguns exemplos dentre os inúmeros palos flamencos existentes: Alegrías: de compasso misto, originário da cidade andaluza de Cádiz. Bulerías: estilo com ritmo vivo e vibrante. É próprio para a dança e admite improvisações. Seguirya: gênero trágico, que expressa sofrimento e dor. Um dos mais emotivos do flamenco. Temporeras: realizado na época das colheitas na região da Andaluzia, sem acompanhamento instrumental.

Hip Hop e Danças Urbanas

Fonte: a origem das coisas

O hip-hop surgiu na década de 70 como um movimento cultural entre os latino-americanos, os jamaicanos e os afro-americanos da cidade de Nova York mais precisamente no sul do Bronx. O disc-jockey Afrika Bambaataa é considerado como o pioneiro e criador deste movimento social altamente influente. Em 12 de Novembro de 1973,

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fundou a Zulu Nation, uma organização com objetivos de autoafirmação que promovia o combate através das quatro vertentes do hip-hop e que invocava “Paz, União e Diversão”. Esse dia é, até hoje, celebrado como sendo o dia do nascimento do hip-hop. As quatro vertentes do hip-hop ficaram assim estabelecidas como uma forma alternativa para um mundo estruturado, onde cada pessoa poderia representar um papel específico. A filosofia subjacente a este movimento cultural era a de existirem disputas com base na criatividade e não com recurso à violência e às armas. A zona do Bronx era carenciada a todos os níveis, por isso os jovens passavam a maioria do tempo no único espaço de lazer existente, as ruas. Foi portanto neste contexto social que sugiram as diversas formas de exprimir a arte do hip-hop na rua. A sua popularidade cresceu, principalmente na primeira metade da década de 2000, permanecendo até hoje como uma das culturas altamente influentes na sociedade, chegando mesmo a criar um estilo próprio de dança e de roupa, pelo que o hip-hop alcançou o estatuto de ser uma filosofia de vida para muitas pessoas.

Yoga e Tribal: Eis a combinação perfeita?

Eu sei que cada bailarina, encontra pra si uma atividade complementar para ajudar no alongamento e fortalecimento do corpo. Mas porque dentre todos as outras práticas, o Yoga é a mais utilizada pelas grandes mestras e pela grande maioria das bailarinas de Tribal? Eu posso falar desse assunto sem medo, pois eu percebi que foi depois do Yoga que minha dança se transformou de verdade, além de eu praticamente ter zerado dores e desconfortos. No decorrer da minha vida, minha paixão por atividades físicas só cresceu, e cheguei em um ponto onde eu estava praticando de 4 a 6 horas de exercícios variados, praticava musculação, dava de 2 a 3 aulas por dia, fazia o Yoga em horários alternados e também dava aula de Dança aeróbia. Nessas situações, devemos nos preocupar muito com a saúde de nosso corpo. Quando comecei praticar Yoga, aos 15, pra mim era muito mais difícil e doloroso, apesar de dançar desde criança eu sempre tive um péssimo alongamento, e nessa época, eu sofria com uma ansiedade grande, o que me fazia sentir dores na lombar também. A força que eu tinha de musculação também nao serviu de nada diante de um estimulo tão diferente e profundo. Aos poucos o Yoga foi me equilibrando em todos os sentidos, eu parei de exagerar muito em certos exercícios, curei minha ansiedade e passei a levar a vida de forma muito mais inteligente, preservando a saúde

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do meu corpo, e criando uma nova consciência. O Yoga também foi uma das chaves necessárias pra minha evolução espiritual e pessoal. Mas vamos ao que interessa. Passei observar, que os Ásanas do Yoga impactavam diretamente em meus movimentos na dança quando criei o habito de praticar Yoga antes dos meus treinos pessoais de dança, quando eu nao fazia eu sentia uma diferença tremenda na qualidade dos meus movimentos. Comecei a sentir, que eu estava conquistando, dia a dia, novas habilidades na dança pelas quais eu ainda não havia conseguido antes. Muitas vezes eu passei a acreditar que certos movimentos como: cambrees (laybacks & zippers) e ondulações abdominais (belly Rolls) eram fruto de genética, e que nem todas as pessoas poderiam fazer. Mas eu notei, que pouco a pouco, meu corpo foi liberando espaço pra dança, e enquanto eu praticava o Yoga, sentia em alguns Ásanas a mesma sensação de alguns movimentos do Tribal, e isso me fez persistir e me dedicar dia a dia ao Yoga. Hoje em dia eu não consigo passar 1 dia sem praticar pelo menos 20 minutinhos diários de Yoga, isso realmente me transformou, não sinto mais dores, mantenho meu equilíbrio, e meu alongamento agora é ótimo, e caminhando para melhorar cada vez mais. Eu reuni aqui, alguns dos conhecimentos que eu adquiri estudando o Yoga por esses anos, e vou falar um pouco dessas posturas tão benéficas ao Tribal e a Dança do Ventre. É claro que todas as posturas do Yoga são maravilhosas e atuam diretamente em nosso corpo, e também em nosso lado espiritual e mental. Mas eu trouxe aqui, as posturas que nao podem faltar nas práticas diárias de bailarinos de Dança do Ventre e Tribal. Fonte principal de pesquisa através do livro: (A bíblia do Yoga de Christina Brown) Escrito com minhas palavras.

V rikshasana – A postura da Árvore

Assim como as raizes constituem os alicerces que sustentam o corpo e os galhos de uma árvore, também nossos pés e pernas são a base de

sustentação que nos permite permanecer em pé com força e elegância. As posturas de equilíbrio expressam nosso estado mental. Para manter o equilíbrio: Temos que estabelecer um foco, impedir a mente de ficar

saltando de um lado para o outro.

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Essa é a postura base para nós bailarinas adquirirmos equilíbrio, comecei falando dela, pois acredito que o equilíbrio seja algo primordial pra iniciarmos a dança, pois transitaremos o peso do corpo entre os pés o tempo todo, também subiremos em meia ponta em diversos momentos. Ao praticar essas posturas, também trabalhamos nosso foco e presença, que é uma das coisas mais importantes para que voce absorva conhecimento dentro da dança, sem perder nenhuma informação, e o mais importante de tudo, algo que sempre digo em minhas aulas: quando você tem foco, presença, todas as informações e movimentos são imprimidos mais facilmente em seu subconsciente, e em breve virar a tona através de sua memória muscular também.

Temos também algumas posturas mais avançadas que irão nos proporcionar benefícios infinitos no foco, força e equilíbrio que são as seguintes posturas:

Ardha Chandrasana – A postura da meia lua: Essa postura requer equilíbrio, forca e delicadeza, tudo que necessitamos pra dança, né ?

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Virabhadrasana 3 – A postura do guerreiro: Fortalece os músculos das pernas, gluteos e abdominais, enquanto necessita de muito equilíbrio e

muito foco também.

Agora vamos falar rapidamente das posturas que nos trazem força e determinação, além de trabalharem de forma profunda a força e alongamento de diversos músculos do nosso corpo, considero essas posturas importantíssimas nas praticas pessoais de bailarinos, pois nos gera uma grande persistência em nossos objetivos além de gerar força os músculos da coxa e das panturrilhas, nos auxiliando em movimentos de sustentação como por exemplo os Levels e Level Drops:

Virabhadrasana 1 e 2 – Postura do Guerreiro : Essas posturas estão ligadas diretamente com nossa conexão com a terra, essas variações

colocam ênfase em bases firmes e estáveis, elas são ótimas para integrar as partes superiores e inferiores do corpo. Elas reverenciam as qualidades

heroicas que todos nos possuímos. Recuperam a nossa força física, mental e espiritual.

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Nós bailarinos muitas vezes enfrentamos dificuldades na dança, cada passo novo é uma luta com nossa persistência, é preciso muito foco, força e fé para não desistirmos do objetivo, então essas posturas nos ajudam manter nossa visão a frente e forte.

Agora vamos falar de passos e movimentos dentro do Tribal? Quais posturas podem me auxiliar nos movimentos da dança?

Separei agora, minhas duas posturas preferidas para alongamento da parte lateral do corpo, essas posturas auxiliam diretamente em todos os movimentos que utilizam a parte obliqua do abdome, esses músculos são os mais utilizados por movimentos que deslocam os quadris pra laterais como por exemplo: oito Maya, taxeem, infinito. E também são 100% solicitados em movimentos de tronco como sidewinder, Side to Side, dentre outros.

Parshvakonasana – Postura do Ângulo lateral: Essa postura envolve todos os músculos da coxa e alongam diretamente a lateral do corpo,

equilibra e estimula os dois lados do cérebro

Trikonasana – Postura do Triângulo: Essa postura fortalece todos os músculos das pernas e mobiliza os quadris alem de alongar o torso, abrir o

peito e gerar alongamento na lateral do corpo. Nos trás vivacidade e saúde.

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Parighasana – Postura do Portão: Essa postura é um convite para ampliar a visão de quem realmente somos e de que maneira atuamos no mundo. Essa postura aumenta a circulação gera de prana, nossa energia

vital.

Agora vamos falar do Bodywave, Deep Bodywave, Zippers & Laybacks, dentre outros movimentos que requerem nosso alongamento e força abdominal e lombar. Estamos diante das posturas mais poderosas no fortalecimento da lombar e no alongamento abdominal.

Bhujanghasana – A postura da cobra: Requer força nos braços. Abre o peito, estimula os órgãos da digestão e aumenta a mobilidade da coluna.

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Urdhva Mukha Shvanasana – Cachorro olhando para cima: Fortalece os pulsos e ombros, abre o peito e trabalha toda a coluna. A diferença dela pra postura da cobra, é que seus joelhos saem do chão e os braços e pés se

tornam o apoio principal.

Ushtrasana – A postura do camelo: Cria flexibilidade nos ombros e na coluna lombar, além de abrir o peito. Energiza corpo, mente e espirito.

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Dhanurasana – Postura do arco: Flexibiliza a coluna, tonifica os órgãos abdominais e reposiciona os órgãos alinhando o corpo. Ajuda aliviar dores

nas costas.

Agora vamos falar dos quadris, essas posturas são essenciais também em uma pratica para bellydancers, pois é uma das articulações mais utilizadas por nós, o quadril possui um numero grande de músculos internos, alguns deles, pequenos e sensíveis. O desprezo com o alongamento dessa região, não apenas para nós, mas para todas as pessoas pode ocasionar sérios problemas, pois alguns músculos auxiliam até no nosso caminhar, o quadril acumula também energias negativas como ansiedade e preocupação, e esses alongamentos podem te ajudar muito e liberar esses espaços em seu corpo, potencializar seus movimentos e também proteger sua saúde. Esses alongamentos atuam diretamente em movimentos sinuosos, como Maya, taxeem, oitos infinitos e também em movimentos fortes, como shimmies, bumps, drops, dentre outros.

Eka Padha Adho Mukha – Cachorro Olhando para baixo com uma das pernas elevadas: Aumenta a resposta cardíaca, fortalece os ombros,

braços e costas, alonga diretamente os músculos do quadril.

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Anjaneyasana: Essa postura alonga os músculos frontais das coxas e também os músculos iliopsoas que podem ser rígidos e doloridos em muitas pessoas. Feito com o peito aberto e um leve cambree pra trás, também auxilia nos órgãos internos e nos músculos abdominais.

Supta Baddha Konasana: Abre suavemente os quadris e os músculos adutores das coxas. Estimula a respiração regular. É a famosa “borboleta”

e pode ser feita sentada “Baddha Konasana” e deitada “Supta”

Sukhasana: Postura de meditação, pode ser feita apenas para meditar ou também para alongar pra frente. Abre os quadris e os músculos adutores

da coxa.

Kapotasana – Postura do pombo: Essa postura pode até ser incomoda para algumas pessoas, pois ela repuxa os músculos dos quadris e glúteos,

mas é essencial para um bom alongamento nessa região.

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Agora vamos falar das posturas que fortalecem todo o corpo, posturas que também utilizamos em todas as praticas de Yoga principalmente nas praticas de Vinyasa, essas posturas auxiliam diretamente no fortalecimento dos braços e do abdome. Ajudando nos movimentos da dança como arm ondulations, auxiliando também na sustentação dos braços tão utilizados no Tribal Fusion e também no ATS. Quem nunca sentiu aquela dorzinha nos ombros dançando tribal, né?

Adho Mukha – Cachorro Olhando pra baixo: Essa postura não pode faltar em uma pratica de Yoga, ela ajuda no fluxo de sangue para a cabeça,

alonga a coluna, fortalece braços e abdome, e faz um alongamento profundo nos músculos posteriores de coxa.

Kumbhakasana (Prancha) e Chaturanga Dandasana: Essas posturas ativam e fortalecem braços, ombros e punhos. Nos gera força física, mental e espiritual. Fortalece o abdome.

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Os músculos abdominais são um dos músculos mais importantes na hora de sustentar nossa coluna e nosso corpo, muitas vezes a dor nas costas é fraqueza abdominal, esses músculos são responsáveis por grande parte dos nossos movimentos na dança, o fortalecimento deles só nos trás benefícios. Os movimentos de torção também são essenciais no alongamento abdominal. Porém toda a sua pratica de yoga vai fortalecer os músculos do seu abdome. Dentre outras posturas como por exemplo a Navasana (postura do barco), temos posturas de torção maravilhosas que também auxiliam na desintoxicação do nosso corpo, ajudando no funcionamento direto do nosso intestino e órgãos internos.

Muito bem, essas foram as minhas dicas de Ásanas essenciais pra nossas praticas de Yoga como bailarina. Mas sempre devemos lembrar, que o Yoga não é simplesmente um alongamento, é uma prática milenar e também uma filosofia de vida. Todas as posturas necessitam de foto total nos Pranayamas (exercícios de respiração) para que então assim as posturas estejam sendo executadas com seu devido propósito. Uma pratica de respiração e meditação devem fazer parte do seu Yoga, de preferencia antes e depois dos Ásanas, também é essencial praticar o Yoga Nidra, momento em que ficamos na postura de Shavassana (A postura do cadáver), esse relaxamento é essencial pro seu corpo e mente absorverem todos os benefícios. É interessante sempre buscar o acompanhamento de um profissional.

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Finalização e Minha Biografia

Minha história com a dança começou cedo. Iniciei meus primeiros passos na Dança do ventre e no ballet clássico assim que comecei a andar. Morávamos na capital, em São Paulo e minha mãe, Najla, era aluna de Dança do Ventre, fez aulas com grandes nomes como Najua, Lulu Sabongi, Ju Marconato, dentre outras. Minha tia, Fabiane, era

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bailarina de Ballet desde a infância e professora desde a adolescência. Tive as duas como minhas bases para o início na dança, ambas me levavam para as aulas, e eu desde pequenina já demonstrei muito amor e interesse pela dança. Eu era aquela criança que por qualquer motivo começava a dançar, sempre que minha mãe ligava a câmera, eu começava a dançar, uma mistura de Ballet e Dança do ventre. Eu brincava de palco, dançava em todas as minhas festinhas e aniversário e a primeira vez que subi em um palco eu tinha apenas 4 anos. Eu sempre digo que toda a minha experiência na dança, surgiu de experiências de verdade. Tendo minha mãe e minha tia como minhas principais mestras, e exemplos, pois elas até hoje coordenam grandes grupos, possuem didáticas que funcionam e preservam a saúde dos corpos de suas alunas. Quando eu tinha aproximadamente 9 anos, por um sonho antigo de meus pais, nos mudamos pra cidade de Araçatuba, interior de São Paulo, se localiza a quase 600kms de distância da capital. Lá, minha mãe começou a administrar suas aulas em uma pequena salinha nos fundos do comercio do meu pai. Na cidade, praticamente não havia professoras de Dança do Ventre, e as poucas que haviam, seguiam uma técnica e um estilo totalmente diferente do que havíamos aprendido em São Paulo. Aos poucos, nós fomos crescendo com a dança e espalhando o nosso estilo pela cidade, conseguimos ampliar o nosso espaço e fizemos lindos festivais pela cidade. Eu continuei meus estudos na dança em academias de balela, onde eu fazia aulas de ballet, jazz e hip hop. Eu já era uma menina muito alternativa, eu me sentia a ovelha negra do ballet, pois era roqueira, só vestia preto e pulseiras de rebite, e pintava meus cabelos de cores malucas… Quando eu tinha 12 anos, fomos a um mercado persa, onde eu encontrei na feirinha DVDS do estilo tribal, eu fiquei maluca só de ver as capas, e foi ai que tudo começou, eu comprei 4 DVDS, sendo um das Bellydance Superstar, outro da Rachel Brice, outro da Sharon Kihara e um de American Tribal Style. Eu literalmente me encontrei, nesse mesmo ano, eu estudei esses DVDS feito doida, e já fiz uma coreografia de Tribal Fusion no nosso festival, com uma técnica bastante limitada, porém cheia de encontro comigo mesma e paixão. O mais engraçado de tudo, é que ninguém sabia o que eu tava fazendo, foi muito difícil se encontrar em uma dança tão pouco conhecida no nosso país, muito menos no interior de São Paulo. Mas eu sempre fui perdidamente apaixonada pelo Tribal e isso fez com que eu jamais desistisse. Mesmo na capital, era difícil encontrar professoras, quem diria no interior, e eu com tão pouca idade, não teria como investir a esse ponto.

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E então, quando comecei dar aulas aos 13, eu pegava meu dinheirinho, e investia em aulas como Flamenco e Hiphop, pra me ajudar com as minhas fusões. Estudei os movimentos do American tribal style também, para conseguir emitir essas influencias em minha dança, e segui assim por muitos anos. Iniciei minhas aulas de yoga, aos 15, e essa foi uma revolução no meu tribal e na minha vida, pois mesmo sendo bailarina desde pequena, eu sempre tive um péssimo alongamento, que me deixava pra trás em minhas aulas de ballet. Eu decidi então, me dedicar única e exclusivamente pro Yoga, Dança do Ventre e principalmente ao Tribal. Eu não digo que sou uma auto didata, porque tive mestras desde minha infância, no Tribal, eu fui sim auto didata por muito tempo, pois pra mim era impossível encontrar professoras, quando eu decidi focar minha vida 100% na dança, isso também afetou minha vida financeira, pois eu larguei meus estágios e trabalhos, para ter tempo pra dançar e preparar meu corpo pra dança. Minhas pesquisas e estudos ficaram cada vez mais intensas, levei como base as aulas de vídeo da Rachel Brice para estudar o Yoga e anatomia do nosso corpo, também entender a biomecânica dos movimentos para que eu não sofresse lesões ao fazer os grandes cambrées e passos contraídos no Fusion. Hoje em dia, eu sempre digo, que o que te faz um profissional ou não, foi o tempo que você se dedicou pra estudar tal assunto, eu deixei simplesmente tudo que me afastou da dança, e preferi viver de forma financeiramente simples porem 100% focada no que eu amo. E aos poucos, fui obtendo retorno com tudo isso, hoje em dia acredito totalmente no meu futuro como bailarina e professora, tive grandes exemplos, tive muita dedicação e muito estudo. Eu poderia ter milhões de certificados, mas isso seria, pra mim, apenas um papel assinado, de um dia, ou algumas horas, e eu teria que trabalhar a semana toda em algo que não combina comigo para estudar por essas poucas horas e receber um certificado, eu optei por estudar todas essas horas, eu li livros, estudei anatomia, estudei o Yoga, estudei a dança, comprei vários DVDs, pelos quais eu conseguia repetir inúmeras vezes. Eu me filmava, me auto corrigia, filmava de novo, comparava meus movimentos aos movimentos das bailarinas que eu admiro. Estudei inglês, para entender os DVDS, me dediquei dia a dia. Decidi criar meu método de estudos e também de ensino, hoje estou cada dia mais feliz com a minha evolução na dança, consegui estudar com professores maravilhosos. Hoje estudo ATS com minha maior inspiração: Rebeca Pinero, através do DVD dela também me apaixonei pelo ATS e sempre me identifiquei pelo estilo dela. Pude estar no congresso tribal e estudar com mais de 20 profissionais da área, incluindo Mariana Quadros, Mari Garavello, Raissa

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Medeiros, Fahir Sayeg, Luy Romero, Cintia Vilanova, Mariana Maia, dentre outros professores que sempre admirei. Também tive o privilégio de estudar com a linda Joline Andrade, que sempre foi minha inspiração número 1 de Fusion no Brasil, e eu acompanhei o surgimento e o sucesso dessas bailarinas com minhas pesquisas e dedicação. Agora, cheguei em uma nova etapa da minha vida, onde me dedicarei ainda mais, e realizarei meu sonho de estudar com todas as mestras em que me inspirei. Hoje, minhas principais fontes de inspiração no Brasil, é a Rebeca, Joline e Mariana Quadros. Porém todos esses profissionais me inspiram muito. Meu estilo foi se desenvolvendo de acordo com tudo que vivi, e sei que tenho um estilo particular assim como todos os bailarinos de tribal.

Tenho orgulho imenso em dizer que serei professora no Congresso Tribal em 2020, isso mostra que todos meus esforços valeram a pena.

Finalização

“Parabéns por ser uma bailarina estudiosa e ter chego até aqui, sou muito grata por confiar em meu

trabalho. Peço para que não envie essa apostila para outras pessoas e também que não poste nada na internet. O conteúdo foi feito mediante a muito

carinho, estudos e trabalho. Esse conteúdo é exclusivo para minhas alunas e para pessoas pelas

quais escolhi presentear. “

Para acessar mais conteúdo sobre tribal: www.lumashakti.com

Para ser minha aluna e ter acesso a mais de 100 aulas práticas e teóricas: www.shaktistudioonline.com

Toda apostila foi escrita por Luma Shakti (exceto os

textos em azul) Todos os direitos reservados.

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