apostila seg.máquinas equipamentos ceteb 2007

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Curso: Segurança do Trabalho Módulo: Básico Carga Horária: 60h. Docente: Fransival Pereira Costa Turno: Matutino / Vespertino Turma: Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia Unidade de Camaçari

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Curso: Segurança do Trabalho Módulo: Básico Carga Horária: 60h.Docente: Fransival Pereira Costa Turno: Matutino / Vespertino Turma:

Centro de Educação Tecnológica do Estado da BahiaUnidade de Camaçari

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Centro de Educação Tecnológica do Estado da BahiaUnidade de Camaçari

SUMÁRIO

UNIDADE I – LEVANTAMENTO DE PERIGOS E AVALIAÇÃO DE RISCOS – OHSAS 180011.1 Introdução

1.2 Tipos

1.3 Sistemática de avaliação

1.4 Metodologia para o levantamento de perigos e riscos.

UNIDADE II – ESPAÇO CONFINADO

2.1 Conceito de Ambiente Confinado

2.2 Trabalho em espaço confinado segundo a NR 33 – Espaços Confinados

2.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

2.4 Procedimentos/ Medidas de Proteção para trabalho em espaço confinado

2.5 Permissão de entrada em espaço confinado – ANEXO II da NR - Modelo de Permissão de entrada.

2.6 Responsabilidades do empregador

2.7 Responsabilidades dos empregados

2.8 Riscos gerais

2.9 Riscos específicos

2.10 Equipamentos específicos para trabalho em espaços confinados

UNIDADE III – Detecção de Gases Combustíveis e Oxigênio – Liberação de Serviços em Atmosfera

Explosiva

3.1 Definição – Atmosfera de Risco

3.2 Gases Inflamáveis

3.3 Gases Tóxicos

3.4 Limites de Alarmes.

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UNIDADE IV – PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR)

4.1 Objetivos

4.2 Práticas permitidas

4.3 Responsabilidades do empregador

4.4 Responsabilidades do empregado

4.5 Programa mínimo aceitável de uso de respiradores

4.6 Procedimentos Operacionais Escritos

4.7 Seleção, Limitações e uso de Respiradores

4.8 Utilização – Teste de Pressão Positiva e Negativa – Manutenção.

UNIDADE V – PERMISSÃO DE TRABALHO (PT).

5.1 Objetivos

5.2 Definição

5.3 Procedimentos

5.4 Riscos Potenciais

5.5 Localização / Descrição do Trabalho

5.6 Executantes

5.7 Supervisão da Área onde será executado o Trabalho

5.8 Segurança do Trabalho

5.9 Responsabilidades

5.10 Penalidades

UNIDADE VI – MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS / EQUIPAMENTOS COM APLICAÇÃO DAS NR

11 E 12

6.1 NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.

6.2 NR 12 – Máquinas e Equipamentos

6.3 Procedimentos de Segurança em serviços de corte, solda e esmerrilhamento

UNIDADE VII – RISCOS ELÉTRICOS – NR 10 – SEGURANÇA EM SERVIÇOS E INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS

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7.1Choque Elétrico

7.2 NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

UNIDADE VIII – CONTROLE E TRAVAMENTO DE FONTES DE ENERGIA (POWER LOCK-OUT)

8.1 Definição

8.2 Objetivo

8.3 Descrição

8.4 Regras Básicas

UNIDADE IX – CORES NA SEGURANÇA COM APLICAÇÃO DA NR 26 – SINALIZAÇÃO DE

SEGURANÇA

9.1 Função das Cores

9.2 Cores para Sinalização

UNIDADE X – INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE E INCIDENTE

10.1. Triângulo de Segurança

10.2. Princípios básicos

10.3. Objetivos e vantagens

10.4. Principais causas

10.5. Relatório de Acidentes, doenças ocupacionais e Incidentes

BIBLIOGRAFIA• Organização e Normas - Ed. Atlas;• Normas Regulamentadoras Comentadas - Giovanni Moraes;• Revista Proteção;• Revista CIPA;• Manual de Prevenção de Acidentes - Senai;• Internet.

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UNIDADE I

Riscos e Perigos nas Atividades

INTRODUÇÃO

A prevenção de acidentes e doenças no trabalho tem como base a identificação dos PERIGOS existentes nos

postos de trabalho, nas tarefas executadas e nos produtos, equipamentos e ferramentas utilizadas. Os PERIGOS

representam a ameaça à saúde e integridade física dos trabalhadores e à continuidade operacional. Esta ameaça é

conhecida como DANOS. Assim um DANO é a conseqüência que um PERIGO representa. Em termos gerais

podemos dizer que o ruído é um PERIGO que pode provocar um DANO caracterizado como perda auditiva, surdez,

irritabilidade e outras conseqüências.

Isto não significa dizer que toda vez que estivermos expostos ao ruído teremos que ter uma perda auditiva. Para isto

existem os CONTROLES ATIVOS, que são as medidas de prevenção e proteção que podemos adotar para nos

proteger e preservar a nossa saúde. Assim podemos dizer que o uso do protetor auricular é um CONTROLE ATIVO.

Existem outros CONTROLES ATIVOS que são utilizados, tais como: minutos de segurança, registro de incidentes,

treinamentos, observação de comportamentos seguros, práticas operacionais e práticas de segurança e saúde,

proteção de máquinas e sinalização.

Os PERIGOS representam ameaças diferentes de DANOS à saúde e a integridade física dos trabalhadores. Os

CONTROLES ATIVOS ajudam a reduzir a probabilidade da transformação do PERIGO em um DANO e podem

também reduzir a gravidade do DANO que pode ser produzido por um determinado PERIGO.

É necessário que seja realizada uma classificação do RISCO que um PERIGO representa. Esta classificação é feita

cruzando em uma matriz a probabilidade e a gravidade de cada PERIGO. O resultado desta matriz é uma

classificação de RISCO.

Risco: é a medida das probabilidades e conseqüência de todos os perigos de uma atividade ou condição.

Risco segundo a OHSAS 18001: Combinação da probabilidade de ocorrência e da conseqüência de um

determinado evento perigoso.

Perigo: é a possibilidade ou probabilidade de uma determinada atividade, condição, circunstância ou mudança de

condições, produzir efeitos perigosos.

Perigo segundo a OHSAS 18001: Fonte ou situação que apresenta uma capacidade potencial de causar dano à

saúde e à integridade física do homem, danos à propriedade, ao meio ambiente ou uma combinação desses efeitos.

A fonte de perigo pode ser instalações, máquinas, equipamentos, ferramentas, materiais, substâncias, formas de

energia, ou uma condição física, química, ergonômica ou biológica do meio físico do trabalho.

Gravidade: é o dano potencial máximo provável de um evento perigoso.

Identificação de perigos: é o processo de reconhecimento e definição das características dos perigos existentes

nas atividades, produtos e serviços de uma organização.

Page 7: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

Probabilidade: é a forma de avaliação que indica a possibilidade de um determinado perigo se materializar em

acidente do trabalho. Pode ser alto, médio ou baixo conforme o resultado de soma dos fatores de freqüência,

controle ativo e confiabilidade.

Freqüência: é a forma de avaliação que indica o nível de exposição do trabalhador a um determinado Perigo.

Pode ser alto, médio ou baixo em função da freqüência de exposição ao Perigo.

Controle Ativo: é a forma de avaliação que indica a existência de controle ativos para evitar que um determinado

Perigo se materialize em acidente. Pode ser classificado em adequado, parcialmente adequado ou inadequado em

função da magnitude do controle perante o Perigo que pretende controlar.

Confiabilidade: é a forma avaliação da confiabilidade dos controles ativos. Pode ser classificado

em automático (confiável), semi-automático (parcialmente confiável) ou dependente do homem(não confiável), em

função de sua dependência com a vontade e ação do trabalhador.

Danos: são as conseqüência que um perigo pode provocar à saúde e integridade física.

Exemplos: perda auditiva, surdez, caimbras, câncer, cortes, fraturas, queimaduras, amputações, choque elétrico,

morte.

Medidas de controle são ações pró ativas que visam eliminar/minimizar a ocorrências de incidentes e/ou acidentes.

Probabilidade: é a soma da freqüência de exposição ao perigo + avaliação dos controles ativos existentes + a

confiabilidade dos controles existentes. Com o resultado aplica-se o conceito:

Provável (Alta3): entre 8 e 9

Improvável (Média2): entre 6 e 7

Altamente improvável (Baixa 1): de 3 a 5

Freqüência: Mensal ou maior que um mês: 1

Semanal ou várias vezes por mês:2

Diária ou várias vezes por semana:3

Controle Ativo: Adequado:1

Parcialmente adequado:2

Inadequado:3

Confiabilidade: Controle ativo automático:1

Controle ativo semi-automático:2

Controle dependente do homem:

Classificação quanto ao grau de risco:

• CRÍTICO: é o risco que representa uma ameaça grave e imediata à saúde e integridade física do

trabalhador. Neste caso a atividade tem que ser paralisada imediatamente. Porém, pode ser executado

mediante a um plano de contingência.

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• SUBSTANCIAL: Risco que foi reduzido ou se encontra em nível que pode ser suportado, porém se faz

necessário assegurar o estabelecimento, a implementação e manutenção de controles gerenciais.

• MODERADO: é um risco significativo de acidente. Porém, não representa uma ameaça grave e imediata à

saúde e integridade física do trabalhador. Os controles ativos utilizados devem ser melhorados.

• LEVE: é um risco significativo de acidente cuja gravidade ou probabilidade são baixas ou média. Os

controles existentes são satisfatórios.

• TRIVIAL: é um risco não significativo de acidente com baixa probabilidade de ocorrer e com conseqüências

leves à saúde e integridade do trabalhador.

OHSAS 18001 é um projeto de norma para especificação de sistemas de gestão da segurança e saúde no

trabalho.

Motivos para se implantara OHSAS 18001 numa empresa:

• dar maior ênfase à prevenção do que às ações corretivas;

• estabelecer e acompanhar os objetivos e metas de segurança e saúde;

• estabelecer um sistema de acompanhamento das ações de segurança;

• evidenciar atendimento a requisitos legais;

• gerenciar os perigos e os riscos da organização;

• estabelecer um sistema de melhoria contínua e análise crítica.

A OHSAS estabelece que a organização deve manter procedimentos para a identificação contínua de perigos, a

avaliação de riscos e a implementação de medidas de controle necessárias.

Tais procedimentos devem incluir:

• atividades de rotina e não-rotineiras;

• atividades de todo o pessoal que tem acesso aos locais de trabalho (incluindo subcontratos e visitantes);

• instalações nos locais de trabalho, tanto as fornecidas pela organização como outros.

A organização deve assegurar que os resultados, dessas avaliações e os efeitos desses controles sejam

considerados quando da definição de objetivos de SSO.

A organização deve documentar e manter tais informações atualizadas.

Metodologia para Levantamento de Perigos e Riscos

1º Passo : Familiarizar com a área e as atividades

Atividades:

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3 visitar a área ou setor de trabalho;

3 conhecer o processo produtivo ou serviço da área / setor;

3 identificar as atividades que são realizadas;

3 entrevistar alguns executores da atividade;

3 acompanhar a realização da atividade pelo menos um ciclo completo;

3 consultar o mapa de riscos da área ou setor;

3 consultar normas ou procedimentos operacionais, se houver;

3 consultar Análises de riscos, se houver;

3 consultar os registros de acidentes e doenças, se houver.

2º Passo : Realizar o levantamento de perigos e riscos

Atividades:

• selecionar a atividade;

• acompanhar a realização de um ciclo completo de execução;

• entrevistar e/ou ter a participação de algum executor da atividade;

• dividir a atividade em tarefas ( passos ) bem definidas;

• identificar e descrever a seqüência de execução de cada tarefa (passo)

• da atividade;

• identificar o nº. de pessoas expostas, freqüência e tempo de exposição;

• consultar norma ou procedimento operacional, se houver;

• consultar análise de riscos, mapa de riscos, FRDS, se houver;

• identificar os perigos e riscos associados à tarefa (passo) da atividade;

• identificar os meios disponíveis de controle dos perigos e riscos;

• identificar a possibilidade propor ações p/ reduzir o nível de exposição.

UNIDADE II

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ESPAÇO CONFINADO

2.1– CONCEITO DE AMBIENTE CONFINADO

Espaço Confinado é qualquer área não projetada para ocupação contínua, a qual tem meios limitados de

entrada e saída e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e ou

deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolverem.

Vasos;

Colunas;

Tanques fixos;

Tanques para transporte;

Containeres;

Containeres-tanques;

Silos

Diques;

Armazéns de estocagem;

Tanques subterrâneos

Tubulações

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Definições gerais:

a. Abertura de linha : Alívio intencional de um tubo, linha ou duto que esteja transportando ou tenha

transportado substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, um gás inerte ou qualquer fluido num

volume, pressão ou temperatura capaz de causar lesão.

b. Aprisionamento: Condição de retenção do trabalhador no interior do espaço confinado que impeça sua

saída do local pelos meios normais de escape ou que possa proporcionar lesões ou a morte do

trabalhador.

c. Área Classificada : área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é provável

sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de

equipamento elétrico.

d. Atmosfera de Risco : Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos

ao local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto-

resgate, lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:

Gás/vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu limite inferior de

explosividade(LIE);

Poeira combustível viável em concentração que se encontre ou exceda o limite inferior de

explosivida(LIE);

Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5% ou acima de 23% em volume;

Concentração atmosférica de qualquer substância cujo limite de tolerância seja publicado na

NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego ou em recomendação mais restritiva (ACHGIH), e

que possa resultar na exposição do trabalhador acima desse limite de tolerância;

Qualquer outra condição atmosférica imediatamente perigosa à vida ou à saúde – IPVS.

e. Auto-resgate : Capacidade, desenvolvida pelo trabalhador através de treinamento, que possibilita seu

escape com segurança, de ambientes confinado em que entrou em IPVS;

f. Condição imediatamente perigosa à vida ou à saúde (IPVS): Qualquer condição que cause uma

ameaça imediata à vida ou que possa causar efeitos adversos irreversíveis à saúde ou que interfira com

a habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado.

g. Avaliação de local: Processo de análise onde os riscos aos quais os trabalhadores possam estar

expostos num espaço confinado são identificados e quantificados. A avaliação inclui a especificação

dos testes que devem ser realizados e os critérios que devem ser utilizados.

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NOTA: Os testes permitem aos responsáveis planejar e implementar medidas de controle adequadas para

proteção dos trabalhadores autorizados e para garantir que as condições de entrada estão aceitáveis e poderão

ser mantidas durante a execução do serviço.

h. Condição de Entrada: Condições ambientais que devem permitir a entrada em espaço confinado onde

haja critérios técnicos de proteção para riscos atmosféricos, físicos, químicos, biológicos e/ou

mecânicos que garantam a segurança dos trabalhadores.

i. Condição Proibitiva de entrada : Qualquer condição de risco que não permita a entrada em um espaço

confinado.

j. Inertização: Procedimento de segurança num espaço confinado que visa evitar uma atmosfera

potencialmente explosiva através do deslocamento da mesma por um fluído inerte. Este procedimento

produz uma atmosfera IPVS deficiente de oxigênio.

k. Auto Ignição: É a temperatura na qual uma concentração de gás inflamável explode sem a presença

de uma fonte de ignição.

2.2 - TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO SEGUNDO A NR 33 – ESPAÇOS CONFINADOS.

A Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados, seu

reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança

e saúde dos trabalhadores.

2.3 – GESTÃO DE SEGURANÇA.

A gestão de segurança e saúde deve ser implementada, no mínimo, pelas seguintes ações:

antecipar, reconhecer, identificar, cadastrar e sinalizar os espaços confinados para evitar o acesso

de pessoas não autorizadas;

estabelecer medidas para isolar, sinalizar, eliminar ou controlar os riscos do espaço confinado;

controlar o acesso aos espaços confinados procedendo a implantação de travas e bloqueios;

implementar medidas necessárias para eliminação ou controle das atmosferas de risco em espaços

confinados;

desenvolver e implementar procedimentos de coordenação de entrada que garantam informações,

conhecimento e segurança a todos os trabalhadores;

desenvolver e implantar um procedimento para preparação, emissão, uso e cancelamento de

permissões de entrada;

Page 13: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos e trabalhadores dentro de espaços

confinados;

monitorar a atmosfera nos espaços confinados para verificar se as condições de acesso e

permanência são seguras.

2.4 – PROCEDIMENTOS / MEDIDAS PREVENTIVAS.

1- Todos os espaços confinados devem ser sinalizados, identificados e isolados;

SINALIZAÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO DE ESPAÇO CONFINADO

2- Deve haver medidas efetivas para que pessoas “não autorizadas” não entrem no espaço confinado;

3- Deve ser desenvolvido e implantado um programa escrito de Espaço Confinado com Permissão de Entrada;

4- Deve ser eliminada qualquer condição insegura no momento anterior à remoção do vedo (tampa);

5- Para trabalho em Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde -(IPVS) ou acima da metade do Limite

de Tolerância, adotar o critério da ventilação do ambiente ou então optar pelo uso de Equipamento de Proteção

Individual -(EPI);

6- Se uma atmosfera perigosa for detectada, o espaço deverá ser analisado para que se determine como surgiu e

ser registrado;

7- O empregador ou representante legal deve verificar se o Espaço Confinado está seguro para entrada;

8- Proceder manobras de travas, bloqueios e raqueteamento quando necessário;

9- Proceder a avaliação da atmosfera quanto a: gases e vapores tóxicos e ou inflamáveis e concentração de

oxigênio;

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10- Proceder a avaliação de poeira quando reconhecido o risco;

11- Purgar, inertizar, lavar ou ventilar o espaço confinado são ações para eliminar ou controlar riscos;

12- Proceder a avaliação de riscos físicos, químicos, biológicos e ou mecânicos;

13- Todo trabalho em espaço confinado deve ter, no mínimo, 2 pessoas, sendo uma delas o vigia;

14- Verificar se na empresa existe espaço confinado em áreas classificadas de acordo com as normas ABNT.

2.5 - PERMISSÃO DE ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO – ANEXO II DA NR - MODELO DE

PERMISSÃO DE ENTRADA.

A Permissão de Entrada é válida somente para cada entrada;

A Permissão de Entrada deve conter, no mínimo, as informações previstas no anexo II da NR.

Modelo – Permissão de entrada em espaço confinado - Anexo A (informativo).

Nome da empresa: ____________________________________________________________________________

Local do espaço confinado: _______________________ Espaço confinado n: _____________________________

Data e horário da emissão: ______________________ Data e horário de termino: _________________________

Trabalho a ser realizado: ________________________________________________________________________

Trabalhadores autorizados: ______________________________________________________________________

Vigia: __________________________________________Equipe de resgate: ______________________________

Supervisor de entrada: __________________________________________________________________________

Procedimentos que devem ser completados antes da entrada.

1. Isolamento _______________________________________________________________ S ( ) N ( )

2.Teste inicial da atmosfera: horário ______________________________________________________________

Oxigênio _________________________________________________________% O2

Inflamáveis _______________________________________________________% LIE

Gases/vapores tóxicos ______________________________________________ ppm

Poeiras/fumos/névoa tóxico ___________________________________________mg/m2

Nome legível/assinatura do supervisor dos testes: ____________________________________________________

3. Bloqueios, travamento e etiquetagem __________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

4. Purga e/ou lavagem ________________________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Um operário entrando num espaço confinado. Observe que ele leva, pendurado no pescoço, um instrumento para verificar a existência e a concentração de gases perigosos no interior do recinto. O aparelhinho é mostrado em detalhes, à direita. Porta, também, o indispensável capacete e luvas.

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5. Ventilação/exaustão – tipo e equipamento _______________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

6. Teste após ventilação e isolamento: horário ______________________________________________________

Oxigênio _________________________________________________________%O2 > 19,5% ou > 23,0%

Inflamáveis _______________________________________________________% LIE < 10%

Gases/vapores tóxicos ______________________________________________ ppm

Poeiras/fumos/nevoa tóxicos _________________________________________ mg/m2

Nome legível/assinatura do supervisor dos testes: ____________________________________________________

7. Iluminação geral __________________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

8. Procedimentos de comunicação: _____________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

9. Procedimentos de resgate: __________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

10. Procedimentos e proteção de movimentação vertical: _____________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

11. Treinamento de todos trabalhadores? É atual? ___________________________________S ( ) N ( )

12. Equipamentos:

13. Equipamentos de monitoramento continuo de gases adequado para trabalho em áreas potencialmente

explosivas de leitura direta com alarmes em condições: _____________________________________ S ( ) N ( )

Lanternas ___________________________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Roupa de proteção ____________________________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Extintores de incêndio __________________________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Capacetes, botas, luvas ________________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Equipamentos de proteção respiratória/autônomo ou sistema de ar mandado com cilindro de escape

___________________________________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Cinturão de segurança e linhas de vida para os trabalhadores autorizados

_____________________________________________________________________________N/A ( ) S( ) N( )

Cinturão de segurança e linhas de vida para a equipe de resgate ____________________ ___ N/A ( ) S ( ) N( )

Escada______________________________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N( )

Equipamento de movimentação vertical/suportes externos______________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Equipamentos de comunicação eletrônica adequado para trabalho em áreas potencialmente explosivas

____________________________________________________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Equipamentos de proteção respiratória autônomo ou sistema de ar mandado com cilindro de escape para a equipe

de resgate ____________________________________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Equipamentos elétricos e eletrônicos adequados para trabalho em áreas potencialmente explosivas._N/A ( ) S ( )

N ( )

Procedimentos que devem ser completados durante o desenvolvimento dos trabalhos

14. Permissão de trabalhos a quente _____________________________________________N/A( ) S ( ) N ( )

Procedimentos de emergência e resgate:

Telefones e contatos: Ambulância: ______________ Bombeiros:______________ Segurança :_______________

Legenda: N/A – “não se aplica”, N – “não”; S – “sim”.

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A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna “não” A falta de monitoramento continuo da atmosfera no interior do espaço confinado, alarme, ordem do vigia ou qualquer situação de risco à segurança dos trabalhadores, implica o abandono imediato da área Qualquer saída de toda equipe por qualquer motivo implica a emissão de nova permissão de entrada. Esta permissão de entrada deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu término. Após o trabalho, esta permissão deverá ser arquivada.

2.6 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR

1- Indicar o responsável técnico para trabalhos em espaços confinados;

2- Reconhecer, cadastrar e sinalizar, identificando os espaços confinados existentes no estabelecimento ou de sua

responsabilidade;

3- Identificar os riscos gerais e específicos de cada espaço confinado;

4- Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho de forma a garantir permanentemente ambientes e

condições adequadas de trabalho;

5- Garantir a capacitação permanente dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergência e

resgate em espaços confinados;

6- Garantir que o acesso a espaço confinado somente ocorra após emissão da Permissão de Entrada, restringindo

o acesso a todo e qualquer espaço que possa propiciar risco à integridade física e à vida;

7- Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos potenciais nas áreas onde desenvolverão suas

atividades;

8- Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas

contratadas, provendo os meios e condições para que possam atuar em espaços confinados com segurança;

9- Interromper todo e qualquer tipo de trabalho no caso de suspeição de condição de risco grave e iminente,

procedendo a imediata evacuação do local;

10- Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços

confinados;

11- Garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho sempre que

suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros;

12- Implementar as medidas de proteção necessárias para a execução de trabalho seguro em espaço confinado.

2.7 RESPONSABILIDADES DOS EMPREGADOS

a) Trabalhadores autorizados: Profissional com capacitação que recebe autorização do empregador,ou seu

representante com habilitação legal,para entrar em um espaço confinado permitido.

1- Conheçam os riscos e as medidas de prevenção;

2- Usem adequadamente os equipamentos;

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3- Saibam operar os recursos de comunicação para permitir que o vigia monitore a atuação dos trabalhadores e

alerte da necessidade de abandonar o espaço confinado.

b) Vigia: Trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado e monitora os trabalhadores autorizados.

1- Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentadas durante a entrada;

2- Estar ciente dos riscos de exposição dos trabalhadores autorizados;

3- Manter continuamente uma contagem do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e

assegurar que os meios usados para identificar os trabalhadores sejam exatos na identificação;

4- Permanecer fora do espaço confinado junto à entrada, durante as operações, até que seja substituído por outro

vigia;

5- Acionar a equipe de resgate quando necessário;

6- Operar os movimentadores de pessoas em situações normais ou de emergência;

7- Manter comunicação com os trabalhadores para monitorar o estado deles e para alertá-los quanto à

necessidade de abandonar o espaço confinado;

8- Não realizar tarefas que possam comprometer o dever primordial que é o de monitorar e proteger os

trabalhadores.

c) Supervisores: Pessoa com capacitação e responsabilidade pela determinação se as condições de entrada são

aceitáveis e estão presentes numa permissão de entrada.

1- Conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais

ou sintomas e conseqüência da exposição;

2- Conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a permissão e que todos os testes tenham sido

executados e todos os procedimentos e equipamentos tenham sido listados;

3- Cancelar os procedimentos de entrada quando necessário;

4- Verificar se os sistemas de emergência e resgate estão disponíveis e que os meios estejam operantes;

5- Na troca de vigia, transferir a responsabilidade para o próximo vigia.

 

2.8 RISCOS GERAIS

Antes de entrar no Espaço Confinado, o mesmo deve ser inspecionado e serem identificados os riscos

existentes, dentre eles podemos encontrar:

1- Riscos mecânicos:

- Equipamento que podem movimentar-se subitamente;

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- Choques e golpes por chapas defletoras, agitadores, elementos salientes, dimensões reduzidas da boca de

entrada, obstáculos no interior, etc.

2- Riscos de choque elétrico por contato com partes metálicas que, acidentalmente, podem ter tensão;

3- Quedas a diferentes níveis e ao mesmo nível por escorregão, etc.;

4- Quedas de objetos no interior enquanto se está trabalhando;

5- Posturas incorretas;

6- Ambiente físico agressivo: ruído elevado e vibrações (martelos pneumáticos, esmeril, etc.);

7- Ambiente quente ou frio;

8- Iluminação deficiente;

9- Um ambiente agressivo, além do risco de acidentes, acrescenta fadiga;

10- Presença de animais no espaço confinado (vivos ou mortos);

11- Fechamento acidental do vedo (tampa);

12- Riscos derivados de problemas de comunicação entre interior e exterior do espaço confinado.

2.9 RISCOS ESPECÍFICOS

Antes de entrar no Espaço Confinado, o mesmo deve ser inspecionado e serem identificados os riscos

específicos existentes, dentre eles podemos encontrar:

1- Deficiência de oxigênio (asfixia): concentrações de oxigênio

abaixo de 19,5%, sendo que abaixo de 18% o risco é grave

e iminente. A deficiência de oxigênio pode ser por

deslocamento (ex: vazamento de nitrogênio no espaço

Page 19: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

confinado) e consumo de oxigênio ex: oxidação de superfície

metálica no interior de tanques);

Respiração segura: o mínimo de 19,5% de oxigênio

Os efeitos da deficiência de oxigênio:

– Problemas de coordenação

– Respiração difícil (12 a 14%)

– Respiração fraca (10 a 12%)

– Falhas de raciocínio, inconsciência, náuseas e

vômitos (8 a 10%)

– coma em 40 segundos (4 a 6%)

– morte após 8 minutos (6 a 8%)

PERIGO DE DEFICIÊNCIA

DE OXIGÊNIO

2- Enriquecimento de oxigênio: concentrações de oxigênio acima de 23,5% (ex: ventilar oxigênio para o espaço

confinado);

Excesso de oxigênio(concentração maior do que 22%):

– Autoregulação sangüínea decorrente do excesso de oxigênio:

“ordem” para reduzir o volume de sangue para o cérebro,

hipóxia levando à vasoconstrição

conseqüência: menos nutrientes, e possíveis convulsões.

– Grande produção de radicais oxidativos livres: destruição de tecido cerebral

narcose e coma

– Ordem crescente de problemas à saúde, mais freqüentemente relatada:

Náusea

Tremores musculares

Vertigens

Distúrbios visuais

Paralisação e sensação de formigamento

Convulsão

Coma

Morte

3- Intoxicação: contaminantes com concentrações acima do Limite de Tolerância até Imediatamente Perigosa à

Vida e à Saúde – IPVS (ex: monóxido de carbono LT acima de 25 ppm e IPVS de 1200 ppm);

– Monóxido de Carbono (CO):

Limite de tolerância para 8 horas de 39 ppm .

Page 20: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

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– Gás Sulfídrico (H2S)

Limite de tolerância para 8 horas de 8 ppm.

4- Incêndio e explosão: presença de substâncias inflamáveis, tais como, metano, acetileno, GLP, gasolina,

querosene, etc.

2.10 EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS PARA O TRABALHO EM ESPAÇOS CONFINADOS

 Para trabalhos em Espaços Confinados verifique os equipamentos que você vai precisar:

1- Equipamentos de detecção de gases e vapores;

2- Equipamentos de ventilação mecânica;

3- Equipamentos de comunicação;

4- Equipamentos de iluminação;

5- Equipamentos de proteção respiratória;

6- Equipamentos de proteção individual;

7- Equipamentos de primeiros socorros.

Equipamento de Resgate Mangueira para Ventilação Forçada

Serviços de emergência e resgate:

1- O empregador deve assegurar que cada membro do serviço tenha EPI respiratório e de resgate necessários

para operar em espaços confinados e sejam treinados no uso dos mesmos;

Geração de vapores inflamáveis e gases (metano, etano, propanol) por decomposição de grãos e outros, podem gerar explosões.

Page 21: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

2- Cada membro do serviço de resgate deverá ser treinado para desempenhar as tarefas de resgate designadas;

3- Cada membro do serviço deverá receber o mesmo treinamento requerido para os trabalhadores autorizados;

4- Cada membro do serviço de resgate deverá ser capacitado, fazendo resgate ao menos uma vez a cada 12

meses, por meio de simuladores de espaços confinados.

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

O Ministério do Trabalho e Emprego exige, para serviços em espaços confinados com risco de queda,

equipamentos adequados que garantam, em qualquer situação, conforto e segurança do trabalhador nas três

operações fundamentais:

a) Fácil movimentação de subida / descida;

b) Proteção contra eventual queda;

c) Rápido e fácil resgate por um só vigia.

Para efetuar as operações acima, são usados suportes de ancoragem, guinchos, trava-quedas, cinturões de

segurança, cadeiras suspensas, cabos de aço ou cordas que, criteriosamente combinados, oferecem solução

prática, segura e econômica para qualquer situação de trabalho.

SUPORTES DE ANCORAGEM

TRIPÉ MODELO T-1

Indicado para uso sobre bocais de acesso com até 1,1 m de diâmetro. Produzido em alumínio, altura regulável de 1,1 a 2,3 m, distância entre pernas de 1,1 a 1,7 m. Possui duas roldanas em nylon e olhal para fixação de um eventual terceiro cabo. Sapatas em duralumínio antiderrapante, interligadas por corrente de segurança. Fácil montagem, sem uso de ferramentas.Peso: 14 kg..

TRIPÉ MODELO T-2

Indicado para uso sobre bocais de acesso com diâmetro superior a 1,1 m ou em beirais. Produzido em tubos de aço com acabamento anti-ferruginoso. Possui uma roldana em nylon e olhal para fixação de um eventual segundo cabo. Peso: 32 kg.

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Base de ancoragem: a estabilidade do tripé é garantida por sua base constituída de 12 contrapesos de 25 kg, interligados por dois parafusos.

GUINCHOS PARA TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO

São equipamentos destinados à movimentação vertical do trabalhador em serviços constantes ou na

emergência.

Guincho G-1 / G-2 Possui carretel com capacidade de armazenar 55 m /160mm de cabo de aço com 4,8 mm de diâmetro e movimentar as cadeiras suspensas modelos 3, 4 e 5.

Pode armazenar 25 m/ 75m de cabo de aço 8 mm de diâmetro e resgatar o trabalhador pelo trava-queda modelo XA ou movimentar as cadeiras modelos 4 e 5.

TRAVA-QUEDA RESGATADOR R-20R

manivela de resgate desativada

Especialmente indicado para trabalho em espaço confinado Possui manivela de resgate que só deve ser usada na emergência, visto que o equipamento não é projetado para movimentação constante de pessoa ou peso. Em condições normais de trabalho, a manivela de resgate é mantida desativada e o aparelho funciona de forma idêntica a qualquer trava-queda retrátil.

manivela de resgate

ativada

Page 23: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

O trava-queda resgatador usa cabo de aço galvanizado ou inoxidável (opcional) com 4,8 mm de diâmetro, comprimento de até 20 m, revestimento sintético (opcional) para uso em atmosfera potencialmente explosiva.

Pode ser fixado nos tripés modelos T-1, T-2, monopés modelos 1 e 2 ou em bases com seção quadrada de 45 x 45 m. Peso: 15 kg.

Suporte para ombros Indicado para movimentação vertical em locais sem escadas e com dimensões bastante reduzidas, impossibilitando o uso de cadeira suspensa com seu conforto anatômico. Deve ser usado com o cinturão Gulin-102-R e um trava-queda conectado à argola frontal ou dorsal.

UNIDADE III – DETECÇÃO DE GASES COMBUSTÍVEIS E OXIGÊNIO –

LIBERAÇÃO DE SERVIÇOS EM ATMOSFERA EXPLOSIVA

3.1 DEFINIÇÃO – ATMOSFERA DE RISCOAtmosfera de Risco: Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao local e

expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto-resgate, lesão ou

doença aguda.

A presença de gases e vapores perigosos podem trazer prejuízos à integridade da vida humana. A exata

natureza deste perigo depende do gás que está presente, mas em geral, nós dividimos em três classes:

Combustíveis: metano (CH4); hidrogênio (H2);

Tóxicos: monóxido de carbono (CO); gás sulfídrico (H2S);

Asfixiante: nitrogênio (N2); gás carbônico (CO2).

A concentração de oxigênio encontrada em nossa atmosfera é de 20,9% em volume. Os limites permissíveis

para trabalhos concentram-se na faixa de 19,5% a 23% em volume de oxigênio.

Atmosfera de risco em oxigênio:

1- Deficiência de oxigênio (asfixia): concentrações de oxigênio abaixo de 19,5%, sendo que abaixo de 18% o

risco é grave e iminente. A deficiência de oxigênio pode ser por deslocamento (ex: vazamento de nitrogênio no

espaço confinado) e consumo de oxigênio ex: oxidação de superfície metálica no interior de tanques;

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Respiração segura: o mínimo de 19,5% de oxigênio

Os efeitos da deficiência de oxigênio:

– Problemas de coordenação

– Respiração difícil (12 a 14%)

– Respiração fraca (10 a 12%)

– Falhas de raciocínio, inconsciência, náuseas e vômitos (8 a 10%)

– coma em 40 segundos (4 a 6%)

– morte após 8 minutos (6 a 8%)

2- Enriquecimento de oxigênio: concentrações de oxigênio acima de 23,5% (ex: ventilar oxigênio para o espaço

confinado);

Excesso de oxigênio (concentração maior do que 22%):

– Autoregulação sangüínea decorrente do excesso de oxigênio:

“ordem” para reduzir o volume de sangue para o cérebro,

hipóxia levando à vasoconstrição

conseqüência: menos nutrientes, e possíveis convulsões.

– Grande produção de radicais oxidativos livres: destruição de tecido cerebral

narcose e coma

– Ordem crescente de problemas à saúde, mais freqüentemente relatada:

Náusea

Tremores musculares

Vertigens

Distúrbios visuais

Paralisação e sensação de formigamento

Convulsão

Coma

Morte

3.2 GASES INFLAMÁVEISGases inflamáveis ou combustíveis são aqueles que podem inflamar ou explodir; Exemplos: Metano, hidrogênio,

acetileno, gasolina, GLP e outros. Para que ocorra uma ignição de um gás combustível, são necessárias três

condições, que fazem parte do triângulo do fogo:

Presença de gás em quantidade suficiente;

Presença de ar em quantidade suficiente;

Presença de uma fonte de ignição.

Page 25: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

Área Classificada: área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é provável sua

ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de equipamento elétrico.

Condição imediatamente perigosa à vida ou à saúde (IPVS): Qualquer condição que cause uma ameaça

imediata à vida ou que possa causar efeitos adversos irreversíveis à saúde ou que interfira com a habilidade dos

indivíduos para escapar de um espaço confinado.

Um local é considerado IPVS quando:

a concentração é conhecida ou se suspeita que esteja acima do limite de exposição IPVS;

é um espaço confinado com teor de oxigênio menor que o normal (20,9% em volume), a menos que a

causa da redução do teor de oxigênio seja conhecida e controlada.

o teor de oxigênio é menor que 12,5%, ao nível do mar, ou

a pressão atmosférica do local é menor que 450mmHg (equivalente a 4240m de altitude) ou qualquer

combinação de redução na porcentagem de oxigênio e pressão reduzida que leve a uma pressão parcial de

oxigênio menor que 95mmHg.

Limite Inferior de Explosividade (L.I.E.): é a mínima concentração necessária, antes de o gás inflamar ou

explodir.

Limite Superior de Explosividade (L.S.E.): é a máxima concentração de gás, onde não existir ar suficiente

para ocorrer à explosão.

3.3 GASES TÓXICOSOs gases tóxicos podem causar vários efeitos prejudiciais à saúde humana. Os efeitos dependem diretamente

da concentração ao tempo de exposição. Podemos citar dois gases bastante comuns:

Monóxiodo de carbono(CO)

Gás sulfídrico(H2S)

Os limites dos gases tóxicos em relação ao tempo é dada pela sigla TWA (Time Weigth Averange

Concentration) – Concentração Média ponderada no tempo. Unidades; partes por milhão – ppm / mg/metro cúbico –

mg/m3. LTEL – (Long Term Exposure Limit) – Limite de Exposição por Longo Período – 8 horas. STEL – (Short

Term Exposure Limit) – Limite de Exposição por Curto Período – 15 minutos.

MONÓXIDO DE CARBONO

As características do Monóxido de Carbono são: Gás inodoro (sem cheiro), sem cor, é absorvido pelo pulmão

até 100 vezes mais rápido que o O2. Limite de tolerância para 8 horas: 39 ppm.

4000 ppm – Morte;

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2500 ppm – Inconsciência;

2000 ppm – Confusão Mental;

1000 ppm – Náusea;

600 ppm – Forte dor de cabeça;

58 ppm – Limite para instantâneo;

45 ppm – Limite para 15 minutos;

39 ppm – Limite para 8 horas.

GÁS SULFÍDRICO

As principais características do gás sulfídrico são: Gás com cheiro de ovo podre, inibe o olfato após exposição.

Limite de tolerância para 8 horas: 8 ppm.

700 ppm – Morte em minutos;

500 ppm – Inconsciência, morte – ½ hora;

200 ppm – Irritação nos olhos e vias respiratórias - hora;

100 ppm – Irritação nos olhos e vias respiratórias - hora;

50 ppm – Irritação respiratórias ;

16 ppm – Limite para instantâneo;

10 ppm – Limite para 15 minutos;

8 ppm – Limite para 8 horas.

3.4 LIMITES DE ALARMESOs limites de alarmes do monitor de gases, segundo a norma:

Gases combustíveis – 10 % do L.I.E. (Limite inferior de explosividade).

Oxigênio – 19,5% Vol e 23% vol.

Monóxido de Carbono - Instantâneo – 58 ppm / Stel – 45 ppm / Ltel – 39 ppm;

Gás Sulfidrico – Instantâneo – 16 ppm / Stel – 10 ppm / Ltel – 8 ppm.

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UNIDADE IV

PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR)

4.1OBJETIVOApresentar recomendações para a elaboração, implantação e administração de um programa de como

selecionar e usar corretamente os equipamentos de proteção respiratória.

4.2 PRÁTICAS PERMITIDASNo controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado com poeiras, fumos,

névoas, fumaças, gases e vapores, o objetivo principal deve ser minimizar a contaminação do local de trabaIho. Isto

deve ser alcançado, tanto quanto possível pelas medidas de controle coletivo (por exemplo: enclausuramento,

confinamento da operação, ventilação local ou geral, ou substituição de substancias por outras menos tóxicas).

Quando estas medidas de controle não são viáveis, ou enquanto estão sendo implantadas ou avaliadas, devem ser

usados respiradores apropriados em conformidade com os requisitos apresentados a seguir.

4.3 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR4.3.1. Fornecer o respirador, quando necessário, para proteger a saúde do trabalhador

4.3.2. Fornecer o respirador conveniente e apropriado para o fim desejado.

4.3.3. Ser responsável pelo estabelecimento e manutenção de um programa de uso de respiradores para proteção

respiratória

4.3.4. Permitir ao empregado que usa o respirador deixar a área de risco por qualquer motivo relacionado com o

seu uso. Essas razões podem incluir, mas não se limitam as seguintes:

a) falha do respirador que altere a proteção proporcionada pelo mesmo;

b) mau funcionamento do respirador;

c) detecção de penetração de ar contaminado dentro do respirador;

d) aumento da resistência à respiração;

e) grande desconforto devido ao uso do respirador;

Page 28: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

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f) mal estar sentido peIo usuário do respirador, tais como náusea, fraqueza, tosse, espirro, dificuldade para

respirar, calafrio, tontura, vômito, febre;

g) lavar o rosto e a peça facial do respirador, sempre que necessário, para diminuir a irritação da pele;

h) trocar o filtro ou outros componentes, sempre que necessário;

a) descanso periódico em área não contaminada.

4.3.5. Investigar a causa do mau funcionamento do respirador e tomar providências para saná-la. Se o defeito for

de fabricação, o empregador deverá comunicá-lo ao fabricante e a SSST (Secretaria de Segurança e Saúde

no Trabalho).

4.4. RESPONSABILIDADES DO EMPREGADO

4.4.1. Usar o respirador fornecido de acordo com as instruções e treinamento recebidos.

4.4.2. Guardar o respirador, quando não estiver em uso, de modo conveniente para que não se danifique ou

deforme.

4.4.3. Se observar que o respirador não está funcionando bem, deverá deixar imediatamente a área contaminada

e comunicar o defeito à pessoa responsável indicada pelo empregador nos "Procedimentos operacionais

escritos".

44.4. Comunicar à pessoa responsável qualquer alteração do seu estado de saúde que possa influir na sua

capacidade de usar o respirador de modo seguro.

4.5. PROGRAMA MÍNIMO ACEITÁVEL DE USO DE RESPIRADORES

4.5.1. Procedimentos operacionais escritos

Em toda empresa onde os respiradores forem necessários devem existir procedimentos operacionais escritos

cobrindo o programa completo de uso de respiradores. Além de existir, esses procedimentos devem estar sendo

cumpridos.

4.5.2. Limitações fisiológicas e psicológicas dos usuários de respiradores

Cabe a um médico determinar se uma pessoa tem ou não condições médicas de usar um respirador. Com a

finalidade de auxiliar o médico na sua avaliação, o administrador do programa deve informá-lo sobre:

a) tipo de respiradores para uso rotineiro e de emergências;

b) atividades típicas no trabalho; condições ambientais, freqüência e duração da atividade que exige o uso

do respirador;

c) substâncias contra as quais o respirador deve ser usado, incluindo a exposição provável a uma

atmosfera com deficiência de oxigênio.

Page 29: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

4.5.3. A seleção do tipo(s) de respirador(es) deve ser feita, considerando-se:

a) a natureza da operação ou processo perigoso;

b) o tipo de risco respiratório (incluindo as propriedades físicas, deficiência de oxigênio, efeitos fisiológicos

sobre o organismo, concentração do material tóxico, ou nível de radioatividade, limites de exposição

estabelecidos para os materiais tóxicos, concentração permitida para o aerossol radioativo, e a

concentração IPVS estabelecida para o material tóxico);

c) a localização da área de risco em relação à área mais próxima que possui ar respirável;

d) o tempo durante o qual o respirador deve ser usado;

e) as atividades que os trabalhadores desenvolvem na área de risco;

f) as características e as limitações dos vários tipos de respirador; o Fator de Proteção Atribuído para os

diversos tipos de respirador (Conforme Instrução Normativa n.º 1, de 11 de abril de 1994 , do Ministério

do Trabalho - Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho).

4.5.4. Treinamento

Cada usuário de respirador deve receber treinamento (e reciclagem), que deve incluir explanação e discussão

sobre:

a) o risco respiratório e o efeito sobre o organismo humano s e o respirador não for usado de modo correto;

b) as medidas de controle coletivo e administrativo que estão sendo adotadas e a necessidade do uso de

respiradores para proporcionar a proteção adequada;

c) as razões que levaram a seleção de um tipo particular de respirador;

d) o funcionamento, as características e limitações do respirador selecionado;

e) o modo de colocar o respirador e de verificar se ele está colocado corretamente no rosto;

f) o modo correto de usar o respirador durante a realização do trabalho;

g) os cuidados de manutenção, inspeção e guarda quando não estiver em uso;

h) o reconhecimento de situações de emergência e como enfrentá-las;

i) as exigências legais sobre o uso de respiradores para certas substâncias .

4.5.5. Ensaio de vedação

Antes de ser fornecido um respirador para uma pessoa, ela deve ser submetida ao teste de vedação para

verificar se aquele respirador proporciona boa vedação no seu rosto. Após este teste preliminar, toda vez que for

colocar ou ajustar o respirador no rosto, ela deve fazer a verificação da vedação.

4.5.6. Manutenção, inspeção e guarda

A manutenção deve ser realizada de acordo com as instruções do fabricante e obedecendo um procedimento

que garante a cada usuário um respirador limpo, higienizado e em boas condições de uso. O usuário deve examinar

Page 30: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

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o respirador antes de colocá-lo, para verificar-se está em boas condições de uso. O respirador deve ser guardado

em local conveniente, limpo e higiênico.

4.5.7. Respiradores de fuga

Onde for distribuído respirador de fuga devido a riscos potenciais em uma emergência, os usuários dessa área

de risco devem ser treinados no seu uso. As pessoas que não realizam tarefas nessa área, ou os visitantes, devem

receber instruções breves sobre o seu uso. Para estas pessoas, não é obrigatório o treinamento detalhado e o

exame médico para verificar sua compatibilidade com o respirador.

4.6 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESCRITOSO empregador deve estabelecer procedimentos operacionais para o uso correto dos respiradores em situações

de rotina e de emergência. Cópias destes procedimentos devem estar disponíveis para que os usuários as possam

ler. O empregador deve ler e revisar estes procedimentos periodicamente ou quando necessário. Devem conter os

seguintes elementos:

4.6.1. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA O USO ROTINEIRO DE RESPIRADORES

Os procedimentos operacionais para o uso de respiradores devem ser escritos e cobrirem o programa completo

de uso de respiradores para proteção respiratória, além de incluir as informações necessárias para o seu uso

correto, contendo no mínimo:

a) treinamento dos usuários;

b) ensaios de vedação;

c) distribuição dos respiradores;

d) limpeza, guarda e manutenção;

e) inspeção;

f) monitoramento do uso;

g) monitoramento do risco;

h) seleção;

i) política da empresa na área de proteção respiratória.

4.6.2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA USO EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA E DE SALVAMENTO

Embora não seja possível prever todas as situações de emergência e de salvamento para cada tipo de

operação industrial, pode-se prever muitas condições nas quais será necessário o uso de respiradores. Pode-se

chegar a escolha de respiradores apropriados para uma situação concreta, pela análise cuidadosa dos riscos

potenciais devidos a enganos na condução do processo industrial ou a defeitos ou falhas no funcionamento.

Os procedimentos escritos para emergência ou salvamento devem:

Page 31: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

a) definir os prováveis respiradores a serem usados, considerando os materiais e as substâncias

utilizadas, os equipamentos, a área de trabalho, o processo e as pessoas envolvidas em cada

operação;

b) Com base nesta análise preliminar, verificar se os respiradores disponíveis podem proporcionar a

proteção adequada quando os usuários tiverem que entrar no ambiente da área potencialmente

perigosa. Existem situações em que as limitações do respirador podem impedir que os usuários entrem

em uma atmosfera IPVS (por exemplo ambientes onde haja o risco potencial de atmosferas inflamáveis

ou explosivas).

c) selecionar o respirador apropriado e distribuí-lo em quantidade adequada onde possam ser

necessários para uso nas situações de emergência ou salvamento;

d) esses respiradores devem ser mantidos, inspecionados e guardados de modo que sejam facilmente

acessíveis e estejam em condições de uso quando necessário.

O procedimento deve ser revisto por pessoa que esteja familiarizada com o processo em particular ou com a

operação. Deve-se levar em conta as ocorrências passadas que exigiram o uso de respiradores para situações de

emergência e de salvamento, e as conseqüências que resultaram do seu uso. Devem ser levadas em conta falhas

do respirador, falta de energia, ocorrência de reações químicas não controláveis, fogo, explosão e falhas humanas.

Também devem ser identificados os riscos potenciais que podem resultar do uso desses respiradores para

emergência e resgate.

4.7 SELEÇÃO, LIMITAÇÕES E USO DE RESPIRADORES

4.7.1. FATORES QUE INFLUEM NA SELEÇÃO DE UM RESPIRADOR

4.7.1.1.Atividade do usuário

Na seleção de um respirador deve ser levada em conta a atividade do usuário (por exemplo: se permanece

continuamente na área de risco ou não, durante o turno de trabalho, ou se o trabalho é leve, médio ou pesado) e

sua localização na área de risco.

4.7.1.2 Condições de uso do respirador

É importante considerar na seleção o tempo durante o qual ele deve estar sendo usado. Cada tipo de respirador

tem suas características que o tornam apropriado para uso rotineiro, não rotineiro, emergências ou resgate.

4.7.1.3 Localização da área de risco

Na seleção deve-se levar em conta a localização da área de risco relativamente a áreas seguras que possuam

ar respirável. Isto permite planejar a fuga na ocorrência de uma emergência, a entrada de pessoas para a realização

dos serviços de manutenção ou reparos ou para as operações de resgate.

4.7.1.4.Características e limitações dos respiradores

Page 32: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

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É muito importante levar em conta, também, as características físicas e funcionais dos respiradores, bem como

as suas limitações.

4.7.1.5.Características da tarefa

As condições do ambiente e o nível de esforço exigido de um usuário de um respirador podem reduzir

drasticamente a vida útil do respirador. Por exemplo: em casos de extremo esforço, a autonomia de uma máscara

autônoma fica reduzida pela metade, ou mais.

4.7.2. SELEÇÃO DE RESPIRADORES PARA USO ROTINEIRO4.7.2.1 Uso de respiradores aprovados

Somente devem ser usados respiradores aprovados. Qualquer modificação, mesmo que pequena, pode afetar

de modo significativo o desempenho do respirador.

A seleção de um respirador exige o conhecimento de cada operação, para determinar os riscos que possam

estar presentes e, assim, selecionar o tipo ou a classe de respirador que proporcione a proteção adequada.

.4.7.2.2. Etapas para identificação do risco.

A natureza do risco respiratório deve ser determinada do seguinte modo:

a) determinar o(s) contaminante(s) que possa(m) estar presente(s) no ambiente de trabalho;

b) verificar se existe limite de tolerância, ou qualquer outro limite de exposição, ou estimar a toxidez dos

contaminante(s). Verificar se existe a concentração IPVS;

c) verificar se existem regulamentos ou legislação específica para o(s) contaminante(s) (por exemplo:

asbesto, sílica, etc.). Se existir, a seleção do respirador fica dependente dessas indicações;

d) se existir o risco potencial de deficiência de oxigênio, medir o teor de oxigênio no ambiente;

e) medir ou estimar a concentração do(s) contaminante(s) no ambiente;

f) determinar o estado físico do contaminante. Se for aerossol, determinar ou estimar o tamanho da

partícula. Avaliar se a pressão de vapor da partícula será alta na máxima temperatura prevista no

ambiente de trabalho;

g) verificar se o contaminante presente pode ser absorvido pela pele, produzir sensibilização da pele,

produzir sensibilização da pele, ser irritante ou corrosivo para os olhos ou pele;

h) se o contaminante é vapor ou gás, verificar se é conhecida a concentração de odor, paladar ou de

irritação da pele.

4.7.2.3 Selecionando o respirador adequado.

Existem basicamente, duas classes de respiradores: os que filtram o ar do local e são chamados de

purificadores de ar; e os respiradores que recebem o ar de uma fonte externa ao ambiente de trabalho, os de ar

mandado (ou linha de ar comprimido) e a máscara autônoma. Ainda, os respiradores podem ser: peça semifacial ou

peça facial inteira.

Na classe de respiradores purificadores de ar, temos:

Page 33: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

Respiradores semifaciais sem manutenção – Estes respiradores auto-filtrantes podem ser

destinados á proteção contra a inalação de partículas, gases ou vapores, dependendo do tipo de contaminante e

filtros existentes. Se o contaminante é uma partícula, será necessário um filtro mecânico. Para os gases e vapores

será um filtro químico, composto de carvão ativado ou outro adsorvente.

Estes respiradores cobrem o nariz e a boca, e como qualquer outro respirador,

devem ser ajustados e usados corretamente, sendo necessário trocá-los sempre

que estiverem saturados ou deformados.

Respiradores semifaciais reutilizáveis (purificadores de ar) – Estes respiradores semifaciais

cobrem a região do nariz e da boca. Normalmente são compostos por uma peça feita de borracha, silicone ou

outro elastrômero e a purificação do ar é feita através da colocação de filtros e ou cartuchos para partículas,

gases ou vapores; que deverão ser trocados sempre que estiverem saturados; isto é, quando a respiração se

tornar difícil ou quando a pessoa estiver sentindo o cheiro ou gosto do contaminante. Para que haja proteção

contra os contaminantes é muito importante que se utilize o filtro correto para cada situação.

Respiradores de peça facial inteira (purificadores de ar) – Estes respiradores protegem além do

sistema respiratório, também os olhos. Além disso, são recomendados para ambientes com concentrações mais

altas de contaminantes do que as peças semifaciais. Podem ser utilizados com filtros para eliminar poeiras, fumos,

névoas, gases ou vapores do ar. Se compararmos, quando utilizamos um respirador tipo peça semifacial podemos

reduzir em 10 vezes a concentração do contaminante no ambiente; já se usarmos a peça facial inteira podemos

obter no mesmo ambiente uma redução de 100 vezes a concentração do contaminante.

Esta diferença deve-se ao fato de que o respirador facial inteiro envolve todo o rosto

permitindo uma melhor vedação. Estes respiradores vedam a região da testa, uma

superfície mais plana, se comprada ao nariz.

Respirador com suprimento de ar – Os equipamentos de suprimento levam o ar através de uma

traquéia plástica para dentro do respirador. Este ar pode estar sendo enviado por um compressor ou um conjunto

de cilindros de ar comprimido (linha de ar comprimido); ou no caso das máscaras autônomas o ar é armazenado

em um cilindro, sob alta pressão dando maior mobilidade ao usuário. A autonomia de ar destes equipamentos é

normalmente de 30 a 60 minutos, dependendo da atividade que será realizada e das dimensões e pressão do

cilindro. Certos tipos de respiradores com suprimento de ar protegem contra deficiência de oxigênio,

concentrações muito elevadas de poeiras, fumos, névoas, gases e vapores, onde os respiradores purificadores de

ar não podem ser utilizados.

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Mangueira para ventilação forçada

4.7.3. OUTROS FATORES QUE AFETAM A SELEÇÃO DE UM RESPIRADOR

4.7.3.1. Pêlos Faciais

Um respirador com cobertura das vias respiratórias de qualquer tipo, seja de pressão positiva ou negativa, não

deve ser usado por pessoas cujos pêlos faciais (barba, bigode, costeletas ou cabelos) possam interferir no

funcionamento das válvulas, ou prejudicar a vedação na área de contato com o rosto.

4.7.3.2. Necessidade de Comunicação

Na escolha de certos tipos de respiradores deve-se levar em conta o nível de ruído do ambiente e a

necessidade de comunicação. Falar em voz alta pode provocar deslocamento de algumas peças faciais.

4.7.3.3. Visão

Quando o usuário necessitar usar lentes corretivas, óculos de segurança, protetor facial, óculos de

soldador ou outros tipos de proteção ocular ou facial, eles não deverão prejudicar a vedação.

Quando a peça facial for inteira ou do tipo que exija selagem perfeita, deverão ser usados óculos

sem tiras ou hastes que passem na área de vedação do respirador, seja de pressão negativa ou positiva.

Somente é permitido o uso de lentes de contato quando o usuário do respirador está perfeitamente

acostumado ao uso desse tipo de lente. Com lentes de contato colocadas, o trabalhador deve ensaiar o uso do

respirador.

4.7.3.4. Problemas de vedação nos Respiradores

Não devem ser usados gorros ou bonés com abas que interfiram com a vedação da peça facial no

rosto.

Os tirantes dos respiradores não devem passar sobre partes duras dos capacetes.

O uso de outros equipamentos de proteção individual, como capacetes ou máscara de soldador,

não devem interferir na vedação da peça facial.

4.7.3.5. Uso de Respiradores em Baixas Temperaturas

O desempenho do respirador pode ficar prejudicado quando este é usado em baixa temperatura e isso deve ser

levado em conta na seleção (lentes ou visores podem embaçar e o congelamento pode prejudicar a vedação das

válvulas).

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A máscara autônoma aprovada para operar abaixo de 0ºC deve possuir pinça nasal, mascarilha interna ou outro

meio que evite esses inconvenientes. A umidade do ar comprimido deve estar dentro das especificações (ver NBR-

12543), e devem ser observados outros detalhes:

checar todas as conexões que possam ser afetadas pela baixa temperatura;

no frio, guardar com cuidado todos os componentes elastoméricos (peça facial, traquéia, etc.), de

modo que não se deformem e prejudiquem a vedação no rosto. Outros componentes devem manter a eIasticidade

mesmo em baixa temperatura: guarnições, gachetas, diafragmas e anéis óring.

Em temperatura muito baixa, as válvulas do respirador podem congeIar abertas ou fechadas devido a presença

de umidade.

4.7.3.6. Uso de Respiradores em Altas Temperaturas

Além de influir no desempenho de um respirador, o calor provoca o "stress" térmico que é agravado pelo uso

desse EPI. Por estas razões, na seleção do respirador deve-se levar em conta esses fatores, e o médico deve

aprovar a escolha.

Pode-se reduzir a contribuição ao "stress" devido ao respirador, usando respirador leve, de baixa resistência a

respiração e com espaço morto o menor possível. O ar exalado que permanece no espaço morto do respirador é

inalado no ciclo seguinte. Reduzindo o espaço morto, reduz-se o teor de gás carbônico no ar inalado, que é o maior

responsável pelo stress devido ao uso de respirador. É recomendável o uso de respirador purificador de ar

motorizado, respirador de adução de ar do tipo fluxo contínuo, respirador com peça semifacial no lugar de facial

inteira, se possível, e o uso de peça facial inteira com mascarilha interna (independente do modo de operação).

A guarda de respirador em ambiente em alta temperatura facilita a deterioração da peça facial e de

componentes elastoméricos, criando deformações permanentes. Nessas condições a inspeção deve ser freqüente.

4.8 UTILIZAÇÃO – TESTE DE PRESSÃO POSITIVA E NEGATIVA – MANUTENÇÃO

4.8.1. AJUSTE DE SUA MÁSCARA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

Somente uma máscara usada corretamente pode oferecer proteção. Observe, portanto, atentamente as

ilustrações de uso. Caso o equipamento seja disponível em diversos tamanhos, escolha o que melhor assentar.

Certas formas de rosto, pêlos da barba e determinados tipos de pele podem permitir uma colocação perfeita.

Desta forma, torna-se necessário experimentar qualquer tipo de máscara antes de usa-lá.

Teste de pressão negativa

Forme com a mão o arco metal para adaptá-lo perfeitamente

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Coloque as mãos no corpo da máscara e inale rapidamente. Você deverá ter a sensação

de que a máscara lhe comprime o rosto

Teste de pressão positiva

Ajuste as correias laterais de sua máscara de proteção respiratória, de forma a garantir

um ajuste seguro e cômodo.

Feche com a mão a abertura de saída da válvula de expiração e expire lentamente.

Você deverá sentir uma pressão crescente na máscara; o ar não deverá vazar pelas

laterais

4.8.2. MANUTENÇÃO

O programa de manutenção deve incluir os itens:a) limpeza e higienização;

b) inspeção de defeitos;

c) manutenção e reparos;

d) guarda;

e) garantia de qualidade do ar respirável.

4.8.3. INSPEÇÃO

Com a finalidade de verificar se o respirador está em boas condições, o usuário deve inspecioná-lo

imediatamente antes de cada uso. Após cada Iimpeza e higienização, cada respirador deve ser inspecionado para

verificar se está em condições apropriadas de uso, se necessita de substituição de partes, reparos, ou se deve ser

jogado fora. Os respiradores guardados para emergências ou resgate devem ser inspecionados no mínimo uma vez

por mês.

A inspeção deve incluir: verificação de vazamento nas conexões; condições da cobertura das vias respiratórias,

dos tirantes, válvulas, traquéias, tubos, correias, mangueiras, filtros, indicador do fim de vida útil, componentes

elétricos e datas de vencimento em prateleira; funcionamento dos reguladores, aIarmes ou outros dispositivos de

alerta. Todo componente de borracha ou de outro elastômero deve ser inspecionado para verificar a sua

elasticidade e sinais de deterioração. Os cilindros de ar comprimido ou oxigênio devem ser inspecionados para

assegurar que estejam totalmente carregados de acordo com as instruções do fabricante. Para os respiradores de

Page 37: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

emergência e resgate deve ser mantido registro com as datas de cada inspeção. Os que não satisfazem os critérios

da inspeção devem ser imediatamente retirados de uso, enviados para reparo ou substituídos.

UNIDADE V

PERMISSÃO DE TRABALHO (PT)

5.1. OBJETIVOEstabelecer sistemática formalizada para liberação de serviços para que riscos e impactos sejam previamente

reconhecidos, avaliados, analisados e controlados, a fim de garantir a preservação da integridade física e o bem

estar das pessoas, a integridade das instalações e do meio ambiente, bem como a continuidade operacional.

5.2 DEFINIÇÃOPermissão de Trabalho (PT) – Autorização formal e padronizada para realização de um trabalho, emitida de

forma compartilhada pelo responsável da área (EMITENTE) aonde o serviço será executado e um executante

(EMITENTE EXECUTANTE) devidamente credenciado, de forma a identificar e controlar as condições de risco da

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atividade a ser desenvolvida. A PT deve ser escrita por meio de um documento formalizado em impresso com duas

vias.

5.3 PROCEDIMENTOSa) Todos os serviços que não fazem parte da rotina de trabalho da empresa devem ser considerados ‘risco

potenciais de acidentes e que requerem obrigatoriamente a aplicação da Permissão Para Trabalhos

Especiais.

b) Os trabalhados Especiais somente poderão ser iniciados depois que a ‘Permissão’ correspondente esteja

totalmente preenchida e suas recomendações plenamente atendidas.

c) A validade da ‘Permissão’ estará restrita ao período e aos trabalhos nela descritos e, não será concedida

ou perderá sua validade se constatadas faltas e/ou falhas em um de seus itens.

5.4 RISCOS POTENCIAIS. Identificar os riscos potencialmente envolvidos no trabalho executado.

5.5 LOCALIZAÇÃO/DESCRIÇÃO DO TRABALHO.Especificar o local e o período (início e fim) onde será executado o trabalho; descrever detalhadamente as

etapas do trabalho (passo- a- passo).

5.6 EXECUTANTES

Identificar o vínculo empregatício do executante do trabalho. Identificação e atribuição das responsabilidades do

executante do trabalho (Matrícula/RG/ Nome, Função, Assinatura e Data).

5.7 SUPERVISÃO DA ÁREA ONDE SERÁ EXECUTADO O TRABALHO

Identificação do Supervisor da área onde o trabalho será executado (Matrícula, Nome e Função). Observações

e recomendações adicionais feitas pelo supervisor da área, bem como, o reconhecimento de suas

responsabilidades quanto a segurança de seus subordinados e do patrimônio da empresa (Assinatura e Data).

5.8 SEGURANÇA DO TRABALHO

Apresentação das recomendações dos profissionais responsáveis pela área de Segurança do Trabalho.

Identificação da função técnica do profissional de segurança (Função, Assinatura, Data).

5.9 RESPONSABILIDADES

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1. Todos os níveis de Gerência/ Chefia são responsáveis pela implantação e manutenção desta norma em

suas áreas de atuação, bem como, pela aplicação das medidas disciplinares necessárias ao seu efetivo

cumprimento.

2. O setor de Segurança e Meio Ambiente é responsável pelo suporte técnico e auditoria quanto a aplicação

correta desta norma.

5.10 PENALIDADES

A não observância deste procedimento, caracteriza ato de indisciplina e/ou insubordinação, passível de

aplicação de penas disciplinares, conforme legislação vigente, cabendo ao R .H. , analisar a ocorrência e dosar a

aplicação das sanções.

UNIDADE VI – MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS / EQUIPAMENTOS COM

APLICAÇÃO DAS NR´S 11 E 12

6.1 NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS.

Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes, causados pelos equipamentos de içamento e

transporte de materiais, ocorridos com a crescente mecanização das atividades que motivaram um aumento da

quantidade de materiais movimentados no ambiente de trabalho.

6.1.1. TRANSCRIÇÃO DA NR 11 - COMENTÁRIOS.

11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e

máquinas transportadoras.

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11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto

as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. (111.001-2 / I2)

11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida por

corrimão ou outros dispositivos convenientes. (111.002-0 / I2)

11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,

guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de

diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e

segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. (111.003-9 / I2)

São classificados como equipamentos de içamento: talhas manuais e elétricas, pontes-rolantes, guindaste de

cavalete, de torre, de cabeça de martelo, de lança horizontal e móveis sobre rodas ou esteiras. Em relação aos

transportadores, os principais são: de rolete, de correia, de rosca sem fim e de caneca.

11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser

inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. (111.004-7 / I2)

É importante que a operação de içamento esteja devidamente coordenada com o resto do trabalho e que seja

dada especial atenção à possibilidade de queda de objetos. Uma grua que opere sobre as cabeças de outros

trabalhadores sempre implica riscos, que devem ser evitados isolando-se a área onde esteja ocorrendo a

movimentação de cargas suspensas.

11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.

(111.005-5 / I1)

11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de

segurança. (111.006-3 / I1)

11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos. (111.007-1 / I1)

11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento

específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. (111.008-0 / I1)

11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir

se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.

(111.009-8 / I1)

11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá

passar por exame de saúde completo, por conta do empregador. (111.010-1 / I1)

11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina).

(111.011-0 / I1)

Page 41: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou

que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas. (111.012-8 / I1)

11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras,

deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis. (111.013-

6 / I2)

11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a

motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados. (111.014-4 / I3)

Atenção especial deverá ser dada às empilhadeiras, veículos utilizados em diversos tipos de empresas e que

possuem uma considerável participação no elevado número de acidentes envolvendo a movimentação de materiais.

Somente pessoas treinadas e aprovadas nos testes teóricos e práticos, ministrados por instrutores qualificados,

podem dirigir empilhadeira. Além do treinamento o operador deve ser considerado apto, física e psicologicamente,

para este tipo de operação.

11.2. Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1. Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação a expressão "Transporte manual de

sacos" toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de sacos, na

qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e

sua deposição.

11.2.2. Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de um

saco. (111.015-2 / I1)

11.2.2.1. Além do limite previsto nesta norma, o transporte descarga deverá ser realizado mediante impulsão de

vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada. (111.016-0 / I1)

11.2.3. É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um

metro) ou mais de extensão. (111.017-9 / I2)

11.2.3.1. As pranchas de que trata o item 11.2.3 deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinqüenta

centímetros). (111.018-7 / I1)

11.2.4. Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o auxílio

de ajudante. (111.019-5 / I1)

11.2.5. As pilhas de sacos, nos armazéns, terão a altura máxima correspondente a 30 (trinta) fiadas de sacos

quando for usado processo mecanizado de empilhamento. (111.020-9 / I1)

11.2.6. A altura máxima das pilhas de sacos será correspondente a 20 (vinte) fiadas quando for usado processo

manual de empilhamento. (111.021-7 / I1)

11.2.7. No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes, dadas ou

empilhadeiras.

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11.2.8. Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a

utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:

a) lance único de degraus com acesso a um patamar final; (111.022-5 / I1)

b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de 1,00m x 1,00m

(um metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25m (dois metros e vinte e cinco centímetros);

(111.023-3 / I1)

c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o espelho ter

altura superior a 0,15m (quinze centímetros), nem o piso largura inferior a 0,25m (vinte e cinco centímetros);

(111.024-1 / I1)

d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que assegure sua

estabilidade; (111.025-0 / I1)

e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em toda a

extensão; (111.026-8 / I1)

f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente qualquer

defeito. (111.027-6 / I1)

11.2.9. O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza, utilizando-se,

de preferência, o mastique asfáltico, e mantido em perfeito estado de conservação. (111.028-4 / I1)

11.2.10. Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados. (111.029-2 / I1)

11.2.11. A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da sacaria.

(111.030-6 / I1)

11.3. Armazenamento de materiais.

11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso.

(111.031-4 / I1)

11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos

contra incêndio, saídas de emergências, etc. (111.032-2 / I1)

11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo

menos 0,50m (cinqüenta centímetros). (111.033-0 / I1)

11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de

emergência. (111.034-9 / I1)

11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.

11.4. Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras rochas.

Page 43: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

11.4.1. A movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granito e outras rochas deve

obedecer ao disposto no Regulamento Técnico de Procedimentos constante no Anexo I desta ”NR.”

O limite de empilhamento das embalagens deve seguir as recomendações dos fabricantes. Deve-se verificar o

lado correto de se empilhar. Alguns produtos podem vazar ou sofrerem algum tipo de dano. Nos produtos químicos

algumas embalagens não resistiriam, podendo acarretar em vazamentos com possibilidade de formação de

misturas inflamáveis e/ou liberação de gases ou vapores tóxicos. A NBR 7.500 e a Portaria 204/97 do Ministério do

Transportes apresentam a simbologia internacional para manuseio de embalagens.

As disposições contidas na NR 18, no item 18.24 (Armazenagem e estocagem de materiais), devem ser

observadas e seguidas, sempre que necessário.

6.2 NR 12 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.

Essa NR estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas na

instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos visando a prevenção de acidentes do trabalho.

6.2.1. TRANSCRIÇÃO DA NR 12 - COMENTÁRIOS.

12.1. Instalações e áreas de trabalho.

12.1.1. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos devem ser vistoriados e

limpos, sempre que apresentarem riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que os tornem

escorregadios. (112.001-8 / I1)

12.1.2. As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos devem ser dimensionados

de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam movimentar-se com

segurança. (112.002-6 / I1)

12.1.3. Entre partes móveis de máquinas e/ou equipamentos deve haver uma faixa livre variável de 0,70m

(setenta centímetros) a 1,30m (um metro e trinta centímetros), a critério da autoridade competente em

segurança e medicina do trabalho. (112.003-4 / I1)

12.1.4. A distância mínima entre máquinas e equipamentos deve ser de 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80m

(oitenta centímetros), a critério da autoridade competente em segurança e medicina do trabalho. (112.004-2

I1)

12.1.5. Além da distância mínima de separação das máquinas, deve haver áreas reservadas para corredores e

armazenamento de materiais, devidamente demarcadas com faixa nas cores indicadas pela NR 26. (112.005-0

/ I1)

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12.1.6. Cada área de trabalho, situada em torno da máquina ou do equipamento, deve ser adequada ao tipo de

operação e à classe da máquina ou do equipamento a que atende. (112.006-9 / I1)

12.1.7. As vias principais de circulação, no interior dos locais de trabalho, e as que conduzem às saídas devem

ter, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura e ser devidamente demarcadas e mantidas

permanentemente desobstruídas. (112.007-7 / I1)

12.1.8. As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões devem ter escadas e passadiços que permitam

acesso fácil e seguro aos locais em que seja necessária a execução de tarefas. (112.008-5 / I1)

A movimentação de materiais, no local de trabalho, constitui um risco no ambiente de trabalho, exigindo um

planejamento para minimizá-lo. O arranjo físico bem elaborado do ambiente é fundamental; neste caso, alguns

pontos importantes devem ser observados:

As formas como as seções e o fluxo de materiais estão dispostos no local de trabalho;

A posição das máquinas e dos equipamentos, em cada área de trabalho.

12.2. Normas de segurança para dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e

equipamentos.

12.2.1. As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e parada localizados de modo

que:

a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; (112.009-3 / I2)

b) não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento; (112.010-7 / I2)

c) possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por outra pessoa que não seja o operador;

(112.011-5 / I2)

d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador, ou de qualquer outra forma

acidental; (112.012-3 / I2)

e) não acarrete riscos adicionais. (112.013-1 / I2)

12.2.2. As máquinas e os equipamentos com acionamento repetitivo, que não tenham proteção adequada,

oferecendo risco ao operador, devem ter dispositivos apropriados de segurança para o seu acionamento.

(112.014-0/ I2)

12.2.3. As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia elétrica, fornecida por fonte externa, devem

possuir chave geral, em local de fácil acesso e acondicionada em caixa que evite o seu acionamento acidental

e proteja as suas partes energizadas. (112.015-8 / I2)

Page 45: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

12.2.4. O acionamento e o desligamento simultâneo, por um único comando, de um conjunto de máquinas ou

de máquina de grande dimensão, devem ser precedido de sinal de alarme. (112.016-6 / I2)

Em algumas máquinas, os dispositivos não evitam, efetivamente, o contato com partes perigosas. Estas partes

incluem diferentes tipos de prensas e cortadoras, além de máquinas com rolamentos de borracha. A seguir,

falaremos de alguns mecanismos de segurança usados para evitar acidentes na utilização destas máquinas:

Comando bimanual: o acionamento da máquina é realizado com ambas as mãos;

Deixes de luz (dispositivos de células fotoelétricas): se a mão ultrapassar os feixes de luz, a máquina

pára de funcionar, automaticamente;

Enclausuramento ou barreiras: protege o trabalhador por causa do tamanho, da posição ou do formato

da abertura para alimentação da máquina;

Corte automático: a máquina pára quando alguém ou algo entra na zona de perigo;

Dispositivo para afastar as mãos: operado por cabo de aço, é preso aos pulsos do operador ou aos

braços, para afastar suas mãos quando estas se encontrarem na zona perigosa;

12.3. Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos.

12.3.1. As máquinas e os equipamentos devem ter suas transmissões de força enclausuradas dentro de sua

estrutura ou devidamente isoladas pôr anteparos adequados. (112.017-4 / I2)

12.3.2. As transmissões de força, quando estiverem a uma altura superior a 2,50m (dois metros e cinqüenta

centímetros), podem ficar expostas, exceto nos casos em que haja plataforma de trabalho ou áreas de

circulação em diversos níveis. (112.018-2 / I2)

12.3.3. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes, projeção de peças ou

partes destas, devem ter os seus movimentos, alternados ou rotativos, protegidos. (112.019-0 / I2)

12.3.4. As máquinas e os equipamentos que, no seu processo de trabalho, lancem partículas de material,

devem ter proteção, para que essas partículas não ofereçam riscos. (112.020-4 / I2)

12.3.5. As máquinas e os equipamentos que utilizarem ou gerarem energia elétrica devem ser aterrados

eletricamente, conforme previsto na NR 10. (112.021-2 / I2)

12.3.6. Os materiais a serem empregados nos protetores devem ser suficientemente resistentes, de forma a

oferecer proteção efetiva. (112.022-0 / I1)

12.3.7. Os protetores devem permanecer fixados, firmemente, à máquina, ao equipamento, piso ou a qualquer

outra parte fixa, por meio de dispositivos que, em caso de necessidade, permitam sua retirada e recolocação

imediatas. (112.023-9 / I1)

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12.3.8. Os protetores removíveis só podem ser retirados para execução de limpeza, lubrificação, reparo e

ajuste, ao fim das quais devem ser, obrigatoriamente, recolocados. (112.024-7 / I1)

12.3.9. Os fabricantes, importadores e usuários de motosserras devem atender ao disposto no Anexo I desta

NR.

12.3.10. Os fabricantes, importadores e usuários de cilindros de massa devem atender ao disposto no Anexo II

desta NR.

12.3.11 Os fabricantes e impotadores de máquinas injetoras de plástico, ao disposto na norma NBR 13536/95.

12.3.11.1 Os fabricantes e importadores devem afixar, em local visível, uma identificação com as seguintes

características:

ESTE EQUIPAMENTO ATENDE AOS

REQUISITOS DE SEGURANÇA DA NR-12

· Subitens 12.3.11 e 13.3.11.1 acrescentados pela Portaria n.º 9, de 30-03-2000.

Quando um equipamento é adquirido, ele deve atender aos requisitos básicos de segurança. O primeiro é a

máquina deve ser construída de tal forma que não seja necessário acrescentar proteção extra. Outros requisitos

devem incluir:

Instruções de manutenção e de segurança em português;

Existência d proteção de modo que o operador não se machuque, mesmo que ele se distraia ou faça

movimentos repentinos;

Todas as proteções que possam ser abertas durante o funcionamento da máquina devem ter

mecanismos que interrompam o fornecimento de energia.

12.4. Assentos e mesas.

12.4.1. Para os trabalhos contínuos em prensas e outras máquinas e equipamentos, onde o operador possa

trabalhar sentado, devem ser fornecidos assentos conforme o disposto na NR 17. (112.025-5 / I1)

12.4.2. As mesas para colocação de peças que estejam sendo trabalhadas, assim como o ponto de operação

das prensas, de outras máquinas e outros equipamentos, devem estar na altura e posição adequadas, a fim de

evitar fadiga ao operador, nos termos da NR 17. (112.026-3 / I1)

12.4.3. As mesas deverão estar localizadas de forma a evitar a necessidade de o operador colocar as peças em

trabalho sobre a mesa da máquina. (112.027-1 / I1)

Page 47: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

12.5. Fabricação, importação, venda e locação de máquinas e equipamentos.

12.5.1. É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equipamentos que não

atendam às disposições contidas nos itens 12.2 e 12.3 e seus subitens, sem prejuízo da observância dos

demais

dispositivos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (112.028-0 / I2)

12.5.2. O Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo, conforme o caso, decretará a

interdição da máquina ou de equipamento que não atender ao disposto no subitem 12.5.1.

12.6. Manutenção e operação.

12.6.1. Os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção somente podem ser executados com as máquinas

paradas, salvo se o movimento for indispensável à sua realização. (112.029-8 / I2)

12.6.2. A manutenção e inspeção somente podem ser executadas por pessoas devidamente credenciadas pela

empresa. (112.030-1 / I1)

12.6.3. A manutenção a inspeção das máquinas e dos equipamentos devem ser feitas de acordo com as

instruções fornecidas pelo fabricante e/ou de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes no País.

(112.031-0 / I1)

12.6.4. Nas áreas de trabalho com máquinas e equipamentos devem permanecer apenas o operador e as

pessoas autorizadas. (112.032-8 / I1)

12.6.5. Os operadores não podem se afastar das áreas de controle das máquinas sob sua responsabilidade,

quando em funcionamento. (112.033-6 / I1)

12.6.6. Nas paradas temporárias ou prolongadas, os operadores devem colocar os controles em posição neutra,

acionar os freios e adotar outras medidas, com o objetivo de eliminar riscos provenientes de deslocamentos.

(112.034-4 / I1)

12.6.7. É proibida a instalação de motores estacionários de combustão interna em lugares fechados ou

insuficientemente ventilados. (112.035-2 / I2)

Todas as ferramentas e equipamentos de trabalho devem ser inspecionados, periodicamente, pelo supervisor.

As inspeções devem ser executadas de acordo com as instruções do fornecedor do equipamento, sob a forma de

lista de verificação.

6.3 PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA EM SERVIÇOS DE CORTE, SOLDA E ESMERRILHAMENTO.

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LIXADEIRAS E ESMERILHADEIRAS

“JAMAIS RETIRE A CAPA DE AÇO DE PROTEÇÃO DA ESMERILHADEIRA, POIS A SUA FUNÇÃO É A DE EVITAR QUE UM PEDAÇO DE DISCO ROMPIDO ATINJA O USUÁRIO”.

Um disco de desbaste ou de corte, por incrível que pareça, é frágil e pode quebrar. Evite batê-los contra o solo

ou deixá-los em contato com a umidade.

Um disco de 07” de diâmetro gira numa velocidade de 8.500 rpm ( rotações por minuto ), que é alguma coisa

parecida com 288 Km/h. Quando um disco abrasivo arrebenta, cada um dos pedaços dele sai numa direção

diferente com a velocidade de 288 Km/h, cortando o que aparecer na frente.

Este é o motivo pelo qual deve – se tomar uma série de cuidados antes e durante a operação de

Esmerilhadeiras, erroneamente chamadas de Lixadeiras:

1-Nunca use discos de corte sem depressão central; discos de corte sem depressão central somente podem ser

usados em máquinas do tipo “cut-off” conhecidas como “policorte”;

2-Use ferramentas apropriadas para colocar ou remover os discos abrasivos; algumas Esmerilhadeiras são

enviadas para a obra com um par de ferramentas, uma das quais conhecidas como “forqueta” e uma chave de boca;

a chave de boca fixa o eixo da esmerilhadeira, enquanto que a forqueta se encaixa nos furos do flange de fixação

para apertar ou desapertar; Não há necessidade de apertar com muita força pois o próprio sentido de rotação do

disco dará o aperto final adequado.

3-Não use esmerilhadeiras que não estejam com o plug de tomada de corrente elétrica

;4-Antes de esmerilhar, deixe a esmerilhadeira funcionando com a face de operação virada para o solo sem

encostar nele por aproximadamente 30 segundos;

5-Com o motor desligado, o disco continua girando por algum tempo ainda; evite contatos violentos com o piso,

pois isso poderá trincar o disco;

6-Utilize os EPI’s adequados: óculos de segurança sob o protetor facial, blusão de raspa, luva de raspa, botina

de segurança, respirador contra pó e poeira e protetor auricular tipo plug;

Page 49: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

Não permita que uma pessoa sem treinamento utilize uma esmerilhadeira

SOLDA

A solda elétrica gera radiações não ionizantes conhecidas como infravermelho e ultravioleta. Estas radiações

causam desde simples aquecimento pele até sérias queimaduras, principalmente nos olhos. Por este motivo é que o

soldador e seu ajudante devem se proteger adequadamente usando:

1- Blusão de raspa, luva de raspa, perneira de raspa.

2- Óculos de segurança ( lentes claras transparentes ) sob a máscara de solda ( inclusive o ajudante ); lentes

filtrantes de tonalidade adequadas ( 10, 12, ou 14 ); no campo e no pipe-shop a máscara de solda deverá estar

conjugada a carneira. As mão na frente dos olhos não evitam queimaduras causadas pelas radiações da solda.

3- Calçado de Segurança;

Coloque anteparos ( biombos ) para evitar que outras pessoas tenham seus olhos feridos pelos reflexos da

solda.

Dependendo do tipo de solda, do metal que está soldando e das condições ambientais, há a geração de uma

série de riscos para a sua respiração, tais como poeiras em suspensão, gases nitrosos, ozona, fumos metálicos, etc.

Por este motivo, as seguintes precauções devem ser tomadas:

1-Use uma proteção respiratória adequada: respirador combinado (filtro químico e mecânico ) ou sistema de ar

mandado (ambientes confinados ou atmosferas perigosas), conforme o caso;

2-Providencie uma boa ventilação e exaustão para se evitar a inalação de gases, vapores e fumos perigosos;

3-.Antes de iniciar soldas em locais que tenham gases, vapores e produtos perigosos, peça para que se faça

uma avaliação de explosividade ou concentração de contaminantes;

4-Não inicie soldas próximo de inflamáveis, combustíveis, pinturas, sem esquema de prevenção ( afastar ou

cobrir os combustíveis, abrir hidrantes com jato tipo neblina, definir prioridade de tarefas, etc. ).

EVITE FOCOS DE INCÊNDIO

Mantenha sempre um extintor de incêndio próximo;

Certifique-se nos 30 minutos seguintes se há algum foco de incêndio e apague.

“OS OLHOS SÃO OS MAIS ATINGIDOS NO NOSSO TIPO DE ATIVIDADE”.

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Use o protetor facial de toda vez que for trabalhar com esmerilhadeira, lixadeira, serra circular ou máquinas

similares.

“O PROTETOR FACIAL SOMENTE SERÁ EFICIENTE SE FOR USADO JUNTO COM O ÓCULOS DE

SEGURANÇA”.

Um protetor facial não resistiria o impacto de um disco abrasivo quebrado, ou de uma serra circular rompida.

O PROTETOR FACIAL DEVERÁ SER USADO CONJUGADO AO CAPACETE.

ESMERIL

“OS TRABALHOS FEITOS NO ESMERIL DEVEM SER FEITOS

OBRIGATORIAMENTE COM ÓCULOS DE SEGURANÇA”.

Não aproxime dedos da zona de operação do rebolo pois, além do ferimento no dedo, há uma grande

possibilidade do dedo ser “puxado” para a zona de operação, prensando-o e mutilando-o.

Da mesma forma, não se recomenda o uso de luva próximo do esmeril. Naturalmente a peça irá se aquecer

e, se não houver um recipiente com água próximo para resfriar a peça, o usuário poderá queimar a mão.

Os rebolos e escovas metálicas deverão estar protegidos com a capa de aço de proteção. Sem essa capa,

é proibido o uso do esmeril.

Não se deve deixar um óculos de segurança no esmeril para uso coletivo. O óculos é EPI, e como tal,

deverá ser de uso estritamente pessoal.

A afiação de ferramentas deverá ser feita no esmeril. É proibido o uso de esmerilhadeira, com a face de

operação virada para cima.

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UNIDADE VII

RISCOS ELÉTRICOS – NR 10 – SEGURANÇA EM SERVIÇOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A Eletricidade sendo uma manifestação de energia é difícil de ser controlada, exigindo que os requisitos de

segurança sejam parte integrante dos processos, em suas diferentes etapas, começando pelo projeto e passando

pela execução , operação, manutenção, reforma e ampliação das instalações e serviços.

7.1 CHOQUE ELÉTRICO.Conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifestam no organismo humano ou animal,

quando este é percorrido por corrente elétrica (circula de palma da mão à palma da mão ou palma da mão à palma

do pé;

Depende das condições orgânicas do individuo;

Da intensidade da corrente elétrica;

Do tempo de exposição;

Do caminho percorrido pela corrente no corpo;

OS RISCOS MAIS CASUAIS

1. Superfície energizadas:

a) Carcaça de motores.

b) Aparelhos eletrodomésticos.

c) Chão, paredes e tetos.

d) Torneiras e chuveiros.

e) Cercas, grades e muros.

f) Caixas de controle de medição de energia.

g) Postes energizados.

h) Chão energizado em volta do poste.

Page 52: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

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i) Luminárias energizadas.

j) Painéis e conduites.

2. Fios e cabos com isolamento deficiente:

a) Isolamento com defeito de fábrica.

b) Isolamento velho e partido.

c) Isolamento danificado por objetos pesados.

d) Isolamento rompido por roedores.

e) Isolamento super aquecido.

3. Fios e cabos energizados caídos no chão.

4. Redes aéreas energizadas:

a) Construção em baixo das linhas.

b) Sacadas próximas das redes.

c) Podas de árvores.

d) Antenas, guindastes, basculantes, pulverizadores.

e) Empinar papagaios (linha met. e dias chuvosos).

f) Bambus e outros objetos longos.

5. Redes aéreas desenergizadas:

a) Residual capacitivo.

b) Gerador particular.

c) Alimentação através da BT via transformador.

d) Efeitos da indução de outras linhas que passam bem próximas.

e) Energizamento através de manobras incorretas.

CATEGORIAS DE CHOQUE;

-Choque produzido por contato com circuito energizado;

Page 53: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

-Choque produzido por contato com corpo eletrizado;

-Choque produzido por raio (Descarga Atmosférica );

Para avaliação da corrente elétrica que circula num circuito vamos utilizar a Lei de Ohm, que estabelece o

seguinte : I = V/R, onde :

I = Corrente em Ampéres V = Voltagem em Volts

R = Resistência em Ohms

EFEITO DA ELETRICIDADE NO CORPO HUMANO

a) Limiar de Sensação ( a partir de 1 mA)

b) Limiar de Não Largar (9 e 23 mA para os homens e 6 a 14 mA para as mulheres);

c) Limiar de Fibrilação Ventricular:

Obs.:corpo humano possui em média uma resistência na faixa de 1300 a 3000 Ohms, assim uma tensão de

contato no valor de 50 V, resultará numa corrente de : I = 50 / 1300 = 38,5 mA.

INTE

RN

A

Rit

50

0

Ri2

20 0

Ri3

10

0

Ri1

20

0

EXTERNA

pele úmida

0

pele seca

de 1000 a 2000

Rit

50

0

A RESISTÊNCIADO CORPO HUMANO

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Os perigos do choque elétrico podem ser mais danosos ainda, desde que a corrente passe a transitar com

maior intensidade pelo coração. Os efeitos do choque elétrico variam conforme as circunstâncias :

Condições orgânicas e psíquicas da pessoa

1. natureza cc - ca

2. nível de frequência

3. Tipo de contato

4. Isolamento do corpo

5. Intensidade da corrente

6. Resistência do corpo

7. Percurso da corrente no corpo

8. Duração do choque

CHOQUE ELÉTRICO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS PARA O SER HUMANO:

1. Diretas:

a) Contrações musculares;

b) Fibrilação ventricular;.

c) Parada cardíaca;

d) Queimaduras.

e) Asfixia, anoxia, anoxemia.

2. Indiretas:

a) Batidas;

b) Fraturas;

c) Traumatismos;

d) Perda de membros.

Page 55: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

DANOS MATERIAIS (incêndios / explosões):

43% dos acidentes ocorrem na residências;

MORTE

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30% nas empresas;

27% não foram especificados.

PRIMEIROS SOCORROS À VITIMAS

As chances de salvamento da vítima de choque elétrico diminuem com o passar de alguns minutos;

O ser humano que esteja com parada respiratório e cardíaca passa a ter morte cerebral dentro de 4 minutos;

(método da respiração artificial "Hoger e Nielsen“).

7.2 NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE.

Essa NR, estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham

em instalações elétricas, incluindo os riscos de contato , incêndio e explosão.

7.2.1. ARTIGOS DA NR 10 .

10.1 – Objetivo e Campo de aplicação;

10.2 – Medidas de Controle;

10.3 – Segurança em Projetos;

10.4 – Segurança na construção, Montagem, Operação e Manutenção;

10.5 – Segurança em Instalações Desenergizadas;

10.6 - Segurança em Instalações Energizadas;

10.7 – Trabalho envolvendo Alta Tensão;

10.8 – Habilitação e Autorização dos Profissionais;

10.9 – Proteção contra Incêndio e Explosão;

10.10 – Sinalização de Segurança;

10.11 – Procedimentos de Trabalho;

10.12 – Responsabilidades

10.13 – Disposições finais :

– Glossário

- Anexo I - Distanciamento de Segurança

- Anexo II - Treinamento.

Page 57: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

7.2.2. PRINCIPAIS PONTOS DA NR 10.

a) Estabelece diretrizes básicas para implementação de medidas de controle e sistemas preventivos ao risco

elétrico;

b) Cria o “prontuário das instalações elétricas” de forma a organizar os documentos e registros;

c) Estabelece o relatório de auditoria de conformidade das instalações elétricas;

d) Obriga a introdução de conceitos de segurança no projeto das instalações elétricas;

e) Torna obrigatória a introdução de dispositivos, equipamentos e medidas de controle coletivo;

f) Diferencia níveis de proteção para os trabalhos em instalações elétricas energizadas;

g) Estabelece o distanciamento seguro e cria as zonas de “ risco” e “controlada” no entorno de pontos ou

conjuntos energizadas;

h) Estabelece a proibição de trabalho individual para atividades com AT ou no SEP;

i) Torna obrigatória a elaboração de procedimentos operacionais contendo as instruções de segurança;

j) Estende a regulamentação às atividades realizadas nas proximidades de instalações elétricas;

k) Cria a obrigatoriedade de certificação de equipamentos, dispositivos e materiais destinados à aplicação em

áreas classificadas;

l) Define o entendimento quanto a “profissional qualificado e habilitado” , “pessoa capacitada”, e “

autorização”;

m) Estabelece responsabilidades aos empregados, contratantes e trabalhadores;

n) Torna obrigatório o treinamento para profissionais autorizados a intervir em instalações elétricas – básico

(min. 40 hs) e complementar (min. 40 hs)”;

o) Complementa-se com as Normas Técnicas oficiais;

p) Apresenta um glossário contendo conceitos e definições claros e objetivos;

7.2.3. PROJETOS ELÉTRICOS

Prever dispositivos que permitam travamento;

Planejar espaçamento e distanciamento seguros;

Prever a necessidade de “aterramento elétrico” ;

Indicar a posição “liga – desliga” de dispositivos de manobra;

Planejar prevenção contra as influências ambientais;

Prever disposições contra incêndios e explosões;

Descrever o princípio funcional dos elementos de proteção destinados à segurança das pessoas;

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Descrever a compatibilidade dos dispositivos de proteção.

7.2.4. AUTORIZAÇÃO DE TRABALHADORES

PROFISSIONAIS Qualificados

Habilitados

Treinamento em

Segurança

PESSOAS CAPACITADAS

AUTORIZADAS

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.Faixa de tensão Nominal da

instalação elétrica em kVRr - Raio de delimitação entre zona de risco e controlada em metros

Rc - Raio de delimitação entre zona controlada e livre em metros

< 1 0,20 0,70= >1 e < 3 0,22 1,22

= > 3 e < 6 0,25 1,25= > 6 e < 10 0,35 1,35

= > 10 e < 15 0,38 1,38= > 15 e < 20 0,40 1,40= > 20 e < 30 0,56 1,56= > 30 e < 36 0,58 1,58= > 36 e < 45 0,63 1,63= >45 e < 60 0,83 1,83= > 60 e < 70 0,90 1,90= > 70 e < 110 1,00 2,00

= > 110 e < 132 1,10 3,10= > 132 e < 150 1,20 3,20= > 150 e < 220 1,60 3,60= > 220 e < 275 1,80 3,80= > 275 e < 380 2,50 4,50= > 380 e < 480 3,20 5,20= > 480 e < 700 5,20 7,20

7.2.5. TRABALHOS EM CIRCUITOS DESENERGIZADOS

Page 59: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

1. Seccionamento efetivo da energia elétrica;

2. Impedimento de reenergização;

3. Comprovação da ausência de energia;

4. Aterramento do circuito ou conjunto elétrico;

5. Sinalização.

7.2.6. PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Estabelecimentos com potencia Instalada > 75 kVA.

a) Relatório anual de auditorias de conformidade com esta NR com recomendações e cronograma de

regularização visando o controle dos riscos elétricos;

b) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implementadas e

relacionadas nesta NR ;

c) Documentação das inspeções e medições do Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas de

acordo com o item 10.1.1;

d) Especificação do ferramental e dos equipamentos de proteção coletiva e individual, aplicáveis, conforme

determina esta NR;

e) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos profissionais e

treinamentos realizados;

f) Certificação de equipamentos e materiais elétricos instalados em áreas classificadas.

Sistema Elétrico de Potência – SEP, ou nas suas proximidades.

a) Procedimento de ordem geral para contingências não previstas;

b) Certificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual;

c) Especificação do ferramental utilizado.

7.2.7. CURSO BÁSICO – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

I - Para os trabalhadores autorizados: carga horária mínima – 40h:

Programação Mínima:

1. Introdução à segurança com eletricidade.

2. Riscos em instalações e serviços com eletricidade:

a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos;

b) arcos elétricos; queimaduras e quedas;

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c) campos eletromagnéticos.

3. Técnicas de Análise de Risco.

4. Medidas de Controle do Risco Elétrico:

a) desenergização.

b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário;

c) equipotencialização;

d) seccionamento automático da alimentação;

e) dispositivos a corrente de fuga;

f) extra baixa tensão;

g) barreiras e invólucros;

h) bloqueios e impedimentos;

i) obstáculos e anteparos;

j) isolamento das partes vivas;

k) isolação dupla ou reforçada;

l) colocação fora de alcance;

m) separação elétrica.

5. Normas Técnicas Brasileiras – NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14039 e outras;

6) Regulamentações do MTE:

a) NRs;

b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade);

c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização.

7. Equipamentos de proteção coletiva.

8. Equipamentos de proteção individual.

9. Rotinas de trabalho – Procedimentos.

a) instalações desenergizadas;

b) liberação para serviços;

c) sinalização;

d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento;

10. Documentação de instalações elétricas.

11. Riscos adicionais:

a) altura;

b) ambientes confinados;

c) áreas classificadas;

d) umidade;

e) condições atmosféricas.

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12. Proteção e combate a incêndios:

a) noções básicas;

b) medidas preventivas;

c) métodos de extinção;

d) prática;

13. Acidentes de origem elétrica:

a) causas diretas e indiretas;

b) discussão de casos;

14. Primeiros socorros:

a) noções sobre lesões;

b) priorização do atendimento;

c) aplicação de respiração artificial;

d) massagem cardíaca;

e) técnicas para remoção e transporte de acidentados;

f) práticas.

15. Responsabilidades.

UNIDADE VIII

CONTROLE E TRAVAMENTO DE FONTES DE ENERGIA (POWER LOCK – OUT)

8.1 DEFINIÇÃO.Power Lock - Out – É o conjunto de medidas de segurança que visa proporcionar o máximo de proteção aos

empregados que executam manutenção, lubrificação, limpeza, troca de ferramentas, ajustes ou mesmo pequenos

reparos em equipamentos ou máquinas cujas partes móveis ou o contato com uma das energias, representem

riscos de acidentes, se as fontes de energias não estiverem imterrompidas e devidamente travadas.

Energia - Para efeito de aplicação desta instrução entende-se como energia a eletricidade, ar comprimido, óleo

ou água;

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Cartão Perigo - é usado adicionalmente ao cadeado de segurança e serve para identificar a pessoa responsável

pelo trabalho;

Máquinas/dispositivos Associados - São aqueles cujo movimento interfere na máquina/equipamento onde está

sendo realizado travamento de energia e que possui fonte de energia própria.

Dispositivo de travamento – também chamado como alicate de travamento ou algema de travamento, tem a

função de travamento com uso de seis cadeados ou mais;

Kit de travamento – é o conjunto de cadeado com uma única chave, etiqueta de “PERIGO” e o dispositivo de

travamento.

8.2 OBJETIVO Esta Instrução tem o objetivo de estabelecer padrões mínimos de segurança para:

trabalhos de manutenção, substituição de ferramentas;

limpeza, lubrificação com as proteções das máquinas e equipamentos, removidas;

trabalhos expondo os envolvidos à ação de agentes de risco existentes.

8.3 DESCRIÇÃO

8.3.1. IDENTIFICAR FONTES DE ENERGIA

O Responsável pelo trabalho deve identificar a fonte de energia a ser travada.

Resp.: Membro da equipe que efetuará o trabalho.

8.3.2. VERIFICAR NECESSIDADES DE TRAVAMENTO

O responsável pelo trabalho deve verificar a necessidade de travamento da fonte de energia da Máquina /

equipamento onde será realizada a intervenção.

Resp.: Membro da equipe que efetuará o trabalho.

8.3.3. COMUNICAR OPERADORES

No caso de uma ação de manutenção, o responsável pelo serviço deve comunicar aos operadores sobre a sua

execução e o travamento da fonte de energia.

Resp.: Membro da equipe que efetuará o trabalho.

8.3.4. ADOTAR REGRAS DE SEGURANÇA

O Responsável pelo trabalho e a equipe de manutenção deve utilizar as regras de segurança contidas no

Page 63: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

manual de Travamento de Fontes de Energia.

Resp.: equipe que efetuará o trabalho.

8.3.5. COLOCAR CADEADO PELA SEGURANÇA DO TRABALHO.

A Segurança do Trabalho, através do seu Corpo Técnico, colocará um cadeado na trava de segurança se julgar

necessário ou se for a última a dar a palavra para liberação da máquina, instalação.

Resp.: SESMT.

8.3.6. COLOCAR TRAVA E CADEADO DE SEGURANÇA C/ CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO.

O Responsável pela execução do serviço deve colocar a trava com cadeado de segurança de acordo o Manual

de Travamento de fontes de energia.

Resp.: Membro da equipe que efetuará o trabalho.

8.4 REGRAS BÁSICAS1. Use cadeados com etiquetas de perigo apenas para evitar a ativação de equipamentos que se ativados

podem causar ferimentos a pessoas ou danos a propriedade;

2. Não se deve utilizar etiquetas de perigo e cadeados para outras finalidades;

3. Botoeira ou outro dispositivo de comando não deve ser usado para travamento;

4. Nunca tente operar equipamentos com cadeados ou etiquetas de perigo. Qualquer pessoa não autorizada,

que atuar numa chave ou equipamento possuindo uma etiqueta de perigo / um cadeado, estará sujeito a ser

demitido;

5. Todo equipamento novo, deve possuir um dispositivo que permita o travamento através de cadeado, capaz

de evitar sua operação;

6. O supervisor é responsável por toda a coordenação do plano de etiquetagem e travamento;

Page 64: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

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7. O supervisor deve assegurar de que o travamento seja feito de acordo com o planejado e que nenhum

funcionário trabalhe sem ter posto seu cadeado e etiqueta;

8. Todo pessoal envolvido no trabalho associado à riscos provenientes de fontes de energia, deve estar

envolvido no controle dos mesmos.

9. Após a conclusão do serviço de manutenção, o responsável pela execução deve retirar o cadeado, a trava

e o cartão de identificação.

Resp.: Membro da equipe que efetuará o trabalho.

10. A chave devera ficar com o membro da equipe que efetuará o trabalho. Não deverá haver cópia de chave.

O CARTÃO DE PERIGO

UNIDADE IX

CORES NA SEGURANÇA COM APLICAÇÃO DA NR – 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

9.1 FUNÇÃO DAS CORES.

Fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os

equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a

condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos.

Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e

advertir a cerca dos riscos existentes.

Page 65: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.

O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao

trabalhador.

9.2 CORES PARA SINALIZAÇÃO.

9.2.1. CORES ADOTADAS PARA SINALIZAÇÃO

vermelho;

amarelo;

branco;

preto;

azul;

verde;

laranja;

púrpura;

lilás;

cinza;

alumínio;

marrom.

VERMELHO

Deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio.

Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o A

marelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta).

É empregado para identificar:

- caixa de alarme de incêndio;

- hidrantes;

- bombas de incêndio;

- sirenes de alarme de incêndio;

- caixas com cobertores para abafar chamas;

- extintores e sua localização;

- indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do extintor);

- localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho);

- baldes de areia ou água, para extinção de incêndio;

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- tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água;

- transporte com equipamentos de combate a incêndio;

- portas de saídas de emergência;

- rede de água para incêndio (sprinklers);

- mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).

A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo:

- nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias;

- em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.

AMARELO

Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos.

O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando:

- partes baixas de escadas portáteis;

- corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco;

- espelhos de degraus de escadas;

- bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas, etc.) e de plataformas que não

possam ter corrimões;

- bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente;

- faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento;

- meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção;

- paredes de fundo de corredores sem saída;

- vigas colocadas a baixa altura;

- cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;

- equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empilhadeiras, tratores industriais, pontes-

rolantes, vagonetes, reboques, etc.;

- fundos de letreiros e avisos de advertência;

- pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa esbarrar;

- cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;

- bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto);

- comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;

- pára-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas.

Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de

melhorar a visibilidade da sinalização.

BRANCO

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O branco será empregado em:

- passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura);

- direção e circulação, por meio de sinais;

- localização e coletores de resíduos;

- localização de bebedouros;

- áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de

emergência;

- áreas destinadas à armazenagem;

- zonas de segurança.

PRETO

O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo

lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).

O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem.

AZUL

O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação

de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.

- Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou

fontes de energia dos equipamentos.

Será também empregado em:

- canalizações de ar comprimido;

- prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção;

- avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.

VERDE

O verde é a cor que caracteriza "segurança". Deverá ser empregado para identificar:

- canalizações de água;

- caixas de equipamento de socorro de urgência;

- caixas contendo máscaras contra gases;

- chuveiros de segurança;

- macas;

- fontes lavadoras de olhos;

- quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.;

Page 68: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

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- porta de entrada de salas de curativos de urgência;

- localização de EPI; caixas contendo EPI;

- emblemas de segurança;

- dispositivos de segurança;

- mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

LARANJA

O laranja deverá ser empregado para identificar:

- canalizações contendo ácidos;

- partes móveis de máquinas e equipamentos;

- partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas;

- faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos;

- faces externas de polias e engrenagens;

- botões de arranque de segurança;

- dispositivos de corte, borda de serras, prensas.

PÚRPURA

A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de

partículas nucleares.

Deverá ser empregada a púrpura em:

- portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais

contaminados pela radioatividade;

- locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados;

- recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados;

- sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas

nucleares.

LILÁS

O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar

o lilás para a identificação de lubrificantes.

CINZA

a) Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo;

b) Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos.

Page 69: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

ALUMÍNIO

O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa

viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).

MARROM

O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não identificável pelas demais

cores.

8.1.2. CANALIZAÇÕES INDUSTRIAIS

Todos os acessórios das tubulações serão pintados nas cores básicas de acordo com a natureza do produto a

ser transportado. O sentido de transporte do fluído, quando necessário, será indicado por meio de seta pintada em

cor de contraste sobre a cor básica da tubulação.

Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenem fluidos deverão ser identificados pelo

mesmo sistema de cores que as canalizações.

UNIDADE X

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE E INCIDENTE

Atitudes

Valores

Cultura

Mudança de Comportamento

Fatores Físicos

Fatores de Conheciment

o

Fatores de Execução

Controle(ação proativa)

Causa Comportamento de Risco

Falhasação reativa)

Fatais

Afastamento

Casos RelatáveisPrimeiros Socorros

QuaseAcident

e

DanosMateriai

s

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PRINCÍPIOS BÁSICOS:– todas as lesões podem ser evitadas;– todos são responsáveis pela prevenção de acidentes;– toda tarefa pode ser executada de forma segura;– é necessário qualificar os executantes para a prevenção de acidentes;– é um bom negócio prevenir acidentes, dentro e fora da fábrica.

OBJETIVOS E VANTAGENS:– instrumentalizar de forma sistemática a busca de dados para a pesquisa das causas dos acidentes

(causa raiz);– permitir identificar fatores de risco comuns a diferentes situações de trabalho, visando seu controle

ou eliminação;– trabalho desenvolvido em equipe.– não há busca de culpados;– obtém dados suficientes para definir prioridade nas recomendações

CUIDADOS COM AS RECOMENDAÇÕES:– não substituir um risco por outro;– não impor grandes mudanças nos hábitos dos executantes;– observar a estabilidade da recomendação a médio e longo prazos;– considerar custo e prazo para implantação;– possibilitar aplicação das recomendações em outras situações semelhantes.

PRINCIPAIS CAUSA:

1. Condição de trabalho - se houvesse alguma melhoria no equipamento, instalação ou área o acidente seria evitado? Exemplo de recomendações: melhoria nas condições das máquinas, equipamentos, instalações e processos de trabalho.

2. Qualificação insuficiente (conhecimento e experiência) - alguém melhor preparado teria tido a atitude correta e evitado o acidente? Exemplo de recomendações: treinamentos, estágios, reciclagem, verificação de qualificação.

3. Falha no sistema de comunicação e informação - alguém sabia algo que o executante não sabia e que teria evitado o acidente?Exemplo de recomendações: definição de regras de trabalho, check list, utilização de quadros de avisos, reuniões, minutos de segurança e sinalização.

4. Motivação incorreta/inadequada - a pessoa executaria a tarefa corretamente se estivesse sendo observado pelo seu chefe ou supervisor? Exemplo de recomendações: divulgação dos valores, estabelecimento de limites, exemplos dos níveis hierárquicos mais altos, remoção de barreiras ao comportamento seguro.

5. Falta de adequação física ou psicológica - se o acidentado estivesse em melhores condições de saúde física ou mental o acidente teria sido evitado? Exemplo de recomendações: remanejamento, kan ban saúde, acompanhamento, sistema adequado de seleção de pessoal.

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6. Deslize - este acidente poderia ter ocorrido com qualquer outro trabalhador, independente de experiência e motivação? Exemplo de recomendações: sistemas de proteção anti deslizes (sistemas de duplo comando, proteções com sistemas ópticos, sistema que confirmem dados ou informações).

7. Falta de Equipamento de Proteção Individual - lesão teria sido evitada ou reduzida com a utilização correta de algum Equipamento de Proteção Individual? Exemplo de recomendações: melhorar ou substituir o nível de proteção individual.

Page 72: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

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Dedos

RELATÓRIO DE ACIDENTEDOENÇA OCUPACIONAL / INCIDENTE

DADOS / INFORMAÇÕES

Data de nascimento

Tipo de caso

Primeiros socorros

Tratamento médico

Restrição trabalho

Ausência

Fatal

Danos materiais

Quase acidente

Doméstico

Lazer

Trajeto

Função Chapa Setor

Data de admissão

Data do acidente Hora do acidente Local do acidente

Esmagamento

Tipo de ferimento

Fratura

Laceração

Queimadura

Torção

Outro

Amassamento

Amputação

Contusão

Corte

Distensão

Examinado por médico

Sim Não

Encaminhado ao hospital

Sim

Não

Cabeça / Rosto

Parte do corpo atingida

Olho(s)

Pescoço / Ombro

Braço(s)

Mão(s) / Punho(s)

Tórax /Abdomen

Costela(s)

Costas

Cintura

Perna(s)

Pés / Tornozelo

Dedos pés

Outro

Atendimento ambulatório

Data: Hora:

Escoriação

Enfermeiro(a)

Médico do Trabalho

Descrição da Lesão / Doença

DESCRIÇÃO DO ACIDENTE / DOENÇA

Acidentado / Doente /Informante

TIPO DE ACIDENTE / INCIDENTE (Assinale um dos itens)

Batida contra

Batida por

Contato com

Contato por

Queda mesmo nível Esforço excessivo

Queda diferente nível Exposição

Preso entre Atingido porApanhado por

Apanhado entrePreso dentro Outro tipo

Probabilidade de nova ocorrência igual ou similar

Alta Média Baixa

Gravidade ou potencialidade do fato

Alta Média Baixa

Escolaridade:

1o Grau 2 o Grau 3o Grau

Compl. /

Incompl.

Após Horas Trabalhadas

Dia da semana em que ocorreu o acidente

Hérnia / Ruptura

Perda de audição

Ataque coração

Morte

Tempo na função na horado acidente

1 mês (ou menos)

1 a 6 meses

6 meses a 1 ano

1 a 5 anos

5 anos (ou mais)

Tempo na empresa

1 mês (ou menos)

1 a 6 meses

6 meses a 1 ano

1 a 5 anos

5 anos (ou mais)

Estimativa de horas de trabalho perdidas : horas

Atividade restrita dias

Incapacidade temporária dias

Data falecimento

Número de casos e nomes de outras pessoas acidentadas, doentes ou envolvidas no mesmo acidente.

Logo da Empresa

Nº. do documento

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ÁRVORE DAS CAUSAS

FATOOCORRIDO

CAUSAS BÁSICAS: NATUREZA HUMANA/MATERIAL/TAREFA/AMBIENTAL

CAUSA A CAUSA B CAUSA C CAUSA D

POR QUE DA(S) CAUSA(S) ?(Repita a pergunta a cada resposta subsequente, até determinar o fator “x” de cada causa )

TRANSPORTE AS CAUSAS DETERMINANTES PARA O CAMPO DE MEDIDAS CORRETIVAS

1

2

3

4

5

6

7

8

10

9

1 1 1

2 2 2

3 3 3

444

5 5 5

6 6 6

7 7 7

8 8 8

9 9 9

10 10 10

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CAUSA(S) DO ACIDENTE/DOENÇA

TESTEMUNHA (S)

Testemunha (1º)

Endereço

Endereço

Testemunha (2º)

Chapa

Bairro

Setor

Cidade/estado

Chapa

Bairro Cidade/estado

Setor

CUSTO

Estimado Real

Material USS_______________Produção USS_______________Tempo USS_______________Mão de Obra USS_______________

OBSERVAÇÕES

ITEM MEDIDAS PROPOSTAS

RESPONSAVEL PELA IMPLEMANTAÇÃO PRAZO Acompanhamento

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CAMPO X - ILUSTRAR O OCORRIDO COM FOTOS E CROQUIS NECESSARIOS

GRUPO DE INVESTIGAÇÃO

NOME CHAPA SETOR FUNÇÃO

CONTROLE QUALIDADE DA INVESTIGAÇÃO

GERÊNTE DO SETOR DATA GERÊNTE DE SSO DIRETOR

Page 76: Apostila Seg.máquinas Equipamentos Ceteb 2007

Centro de Educação Tecnológica do Estado da BahiaUnidade de Camaçari

BIBLIOGRAFIA

● OHSAS 18001/1999 Estabelecimento de Avaliação de niveis de Riscos● OSHA Regulations (Standards - 29 CFR) - Confined Space Pre-Entry Check List - 1910.146 App D● ABNT NBR 14787: Espaço confinado – Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção;● ABNT NBR 14606: Postos de serviço – Entrada em espaço confinado.● NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção da Portaria 3214/78 do

Ministério do Trabalho e Emprego.● GULIN – EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA – www.gulin.com.br/manuais-confinados. ● SIPLAN – Segurança Industrial Planejada – Procedimentos do Trabalho - PERMISSÃO PARA TRABALHOS

ESPECIAIS – PTE. ● PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR) – Recomendação, seleção e uso de respiradores -

FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Ministério do Trabalho.

● ARAÚJO, Giovanni Moraes de - Normas Regulamentadoras Comentadas – Legislação de Segurança e Saúde do Trabalho, 4ª Edição. Volume 1 e 2 .rev. ampl. e atual, Rio de Janeiro 2003.

● NR 11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego.

● NR 12: Máquinas e Equipamentos da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego.● NR 10: Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho

e Emprego.● Regras de Segurança - Travamento de Fontes de energia; Manuais de Travamento de Fontes de Energia.

● VIANNA, José de Segadas, SANTOS, Nathanael Telles dos, Manual de Prevenção de Acidentes, Rio de

Janeiro, Livraria Freitas Bastos,1976.● NR 26: Sinalização de Segurança da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego.