[apostila] reparador de aparelhos domésticos de refigeração - senai

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    Reparador de Aparelhos Domsticos deRefrigerao

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    SUMRIO

    Bsico de Refrigerao ...................................................................................... 5Introduo .......................................................................................................... 5Energia............................................................................................................... 5Grandezas Eltricas......................................................................................... 10Lei de Ohm....................................................................................................... 12Circuito Eltrico ................................................................................................ 13Energia Trmica............................................................................................... 18Temperatura..................................................................................................... 20Presso ............................................................................................................ 30O Ciclo Bsico de Refrigerao ....................................................................... 36Preparao de Tubos....................................................................................... 40

    Soldagem de Tubos ......................................................................................... 51Reparador de Refrigeradores, Freezeres e Bebedouros ................................. 59Instalao de Refrigerador e de Congelador.................................................... 59Reparao da Porta do Refrigerador ou do Congelador .................................. 74Substituio de Termostato.............................................................................. 88Substituio dos Componentes Eltricos do Refrigerador e do Congelador.. 105Substituio de Unidade Selada .................................................................... 129Diagramas e Tabelas ..................................................................................... 158Instalao de Condicionador de Ar ................................................................ 174Substituio dos Componentes Eltricos do Condicionador de Ar................. 192Substituio do Motoventilador ...................................................................... 203Substituio da Unidade Selada no Condicionador de Ar.............................. 211

    Vlvula de Reverso ...................................................................................... 215Diagramas e Tabelas ..................................................................................... 218Bibliografia...................................................................................................... 231

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    BSICO DE REFRIGERAO

    INTRODUO

    A principal finalidade deste curso de apresentar conceitos tericos bsicos,indispensveis para a compreenso do funcionamento de equipamentos de arcondicionado e correlatos.

    ENERGIA

    A energia uma das grandezas fsicas fundamentais da natureza. Poderamosat dizer que o constituinte bsico do universo a energia.

    A prpria matria, constituda de microscpicas partculas denominadastomos, pode ser considerada uma manifestao de energia. A maior fonte deenergia, no planeta Terra, o sol.

    Se analisarmos de onde provm a gigantesca quantidade de matria que o soldiariamente irradia para o espao, revemos que ela originria da destruiode matria em seu interior.

    Esta destruio se d atravs de reaes nucleares (como nas bombas H), nasquais a transformao de pequenas quantidades de matria produzquantidades gigantescas de energia.

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    S para se ter uma idia, se pudssemos transformar toda a matria de umaformiga em energia, ela seria suficiente para fazer ferver a gua de umapiscina.

    No dia-a-dia, porm, nos defrontamos com formas mais brandas de energia,pois nunca lidamos com as altamente destrutivas reaes nucleares.

    Alguns fatos fundamentais devem ser conhecidos a respeito da energia com aqual normalmente lidamos.

    Ela pode assumir diferentes formas e, ao longo de certos processos, pode setransformar de uma forma para outra.

    TIPOS DE ENERGIA

    Energia Cintica

    Todo corpo em movimento possui este tipo de energia, tanto maior quantomaior for a velocidade e a massa do corpo.

    Quando um carro d uma batida, por exemplo, o estrago produzido pelaenergia cintica que o carro tinha por estar em movimento. Por isso o estragoaumentar quanto maior for a velocidade no momento da batida.

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    Energia Potencial

    a energia que os corpos tm devido sua posio. Ela no to bvia

    quanto a energia cintica mas, lembrando que uma forma de energia pode setransformar em outra, podemos perceb-la facilmente pelos seus efeitos.

    Imagine um corpo, situado a uma certa altura, que abandonado at se chocarcom o cho. A energia potencial que ele tinha pelo fato de estar a uma certaaltura se transforma, durante a queda, em energia cintica, que acaba sendopercebida pelo estrago da pancada.

    Podemos perceber, intuitivamente, que a energia potencial do corpo tantomaior quanto maior for sua massa e a altura a que ele se encontra.

    Um homem no quinto andar de um prdio tem, em relao ao cho, umaenergia potencial de aproximadamente 10.000 joules. Isso significa que, se eleatirar-se pela janela, liberar na pancada uma energia suficiente para fazerferver um litro de gua.

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    Esse tipo de energia potencial tambm chamado de energia potencialgravitacional pois est associado fora da gravidade da terra.

    Um outro tipo de energia potencial a elstica, relacionada a corpos que

    estejam ligados a molas ou corpos elsticos.

    Se voc, por exemplo, comprimir um corpo contra uma mola, ao abandonar osistema ver a energia potencial elstica se transformar em cintica. A soma daenergia potencial com a cintica denominada energia mecnica do corpo.

    Num motor eltrico, por exemplo, a energia eltrica transformada em energiamecnica.

    Energia Radiante

    A luz, as ondas de rdio e as micro ondas, transportam energia radiante. Aenergia emitida pelo sol e recebida aqui na terra uma forma de energiaradiante que se propaga no vcuo.

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    Energia Qumica

    A energia qumica uma forma de energia potencial a nvel microscpico.

    Quando os tomos se combinam para formar as molculas dos compostosqumicos, armazenam energia potencial que pode ser liberada posteriormenteem outras combinaes qumicas.

    Se pegarmos duas molculas de gs hidrognio (H2O) e as combinarmos comuma molcula de (O2) obteremos duas molculas de gua (H2O) e a liberaode uma grande quantidade de energia. Se a reao ocorrer violentamente,percebemos esta liberao na chama resultante (maarico de hidrogniofunciona com base nesta reao). Se ela ocorrer lentamente, poderemos obterenergia eltrica. As baterias usadas pela NASA em suas naves espaciais

    funcionam segundo esta reao.

    Energia Eltrica

    Os tomos que constituem a matria tm uma estrutura complexa: em suaparte central (ncleo), eles acumulam cargas eltricas positivas; e em torno doncleo, giram pequenas partculas de carga negativa denominadas eltrons.

    Nos materiais bons condutores de eletricidade (metais, por exemplo), oseltrons se movimentam por entre os ncleos a grande velocidade. A energiaque eles transportam neste movimento denominada energia eltrica e podeser transformada em outros tipos de energia.

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    Os eltrons que possuem facilidade de locomoo so chamados eltronslivres e so responsveis pela corrente eltrica, que nada mais que fluxo deeltrons livres.

    GRANDEZAS ELTRICAS

    A expresso grandeza eltrica, se aplica a todos os fenmenos de origemeltrica, que podem ser medidos. As principais grandezas eltricas so:

    Diferena de potencial ou tenso eltrica ou presso eltrica ou voltagem; Corrente eltrica ou amperagem; Resistncia eltrica; Potncia eltrica.

    Diferena de Potencial D.D.P

    Para se entender o que diferena de potencial, devemos fazer as seguintescomparaes:

    Considere um tanque cheio de gua, como se fosse um corpo eletricamentenegativo;

    Considere um tanque meio de gua, como se fosse um corpo eletricamente

    neutro; Considere um tanque vazio, como se fosse um corpo eletricamente positivo; Faa a comparao do nvel de gua, entre os tanques (de dois em dois); Feito isso, considere o seguinte:

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    Quando houver diferena de nvel de gua nos tanques, haver tambmdiferena de potencial entre os corpos que os tanques esto representando.

    Definio: a comparao entre dois corpos com potenciais eltricos diferente. A letra Emaiscula usada ara simbolizar d.d.p. A unidade de medida padro da D.D.P. o volt. O instrumento de medio da D.D.P. o voltmetro.Obs: E = 220v, l-se tenso igual 220 volts.

    Corrente Eltrica

    Para se entender o que corrente eltrica, basta comparar a vazo da guaque passa por dentro de um cano que est interligando dois tanques comnveis de gua diferentes.

    Definio: a passagem de eltrons, por um material condutor, quando este condutorest interligando dois corpos com potenciais eltricos diferentes. A letra Imaiscula usada para simbolizar a corrente eltrica. A unidade de medidapadro da corrente eltrica o AMPER. O instrumento de medio da correnteeltrica o AMPERMETRO.

    I = 10 A, l-se: corrente eltrica igual a 10 mperes

    Para existir corrente eltrica necessrio que o equipamento esteja ligado e

    em funcionamento.

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    Resistncia

    Definio:

    a dificuldade encontrada pela corrente eltrica, ao atravessar um condutoreltrico, a letra R maiscula usada para simbolizar a resistncia eltrica. Aunidade de medida da resistncia o OHM (). O instrumento usado paramedir a resistncia o ohmmetro;Obs.: a resistncia o inverso da condutncia.

    LEI DE OHM

    A lei de ohm determina a relao entre, tenso, resistncia e corrente eltricaem um circuito.

    R Resistncia em OHM ()E Tenso em Volt (V)I Corrente em mperes (A)

    A corrente de um circuito diretamente proporcional tenso e inversamenteproporcional resistncia.

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    CIRCUITO ELTRICO

    o caminho fechado por onde circula a corrente eltrica.

    Os componentes dos circuitos eltricos so:

    1. Fonte Geradora: o componente responsvel por criar e manter a D.D.p do circuito, para havercirculao de corrente no circuito. Ex. pilha, bateria, gerador.

    2. Dispositivo de Manobra:Tem a finalidade de ligar e desligar o circuito, podendo ser de manobra ou deproteo. Ex: interruptor, disjuntor, chave faca.

    3. Aparelho Consumidor: o componente responsvel pela transformao da energia eltrica em outraforma de energia. Ex: lmpada, ventilador, cigarra, etc.

    4. Condutor:Tem a finalidade de conduzir a corrente eltrica, o condutor quem liga todos

    os componentes do circuito. Ex: fio, cabos, cordo paralelos, cordo tranado,barra, etc.

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    FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO ELTRICO

    Circuito Fechado

    quando a corrente eltrica est percorrendo o circuito, e o aparelhoconsumidor est funcionando. Neste caso dizemos que o circuito temcontinuidade.

    Circuito Aberto

    quando o circuito est interrompido, seja por um dispositivo de manobra ou

    por uma interrupo acidental (queima do aparelho consumidor, quebra de umcondutor). Neste caso dizemos que o circuito est sem continuidade.

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    TIPOS DE CIRCUITO ELTRICO

    Circuito em Srie

    Neste tipo de circuito a corrente eltrica possui um nico caminho parapercorrer, e os aparelhos condutores so ligados de tal maneira, que umdepende do outro para funcionar.

    Circuito Paralelo

    Neste tipo de circuito a corrente eltrica tem vrios caminhos para percorrer e

    os aparelhos consumidores no dependem do outro para funcionar.

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    Circuito Misto

    um circuito onde parte dos condutores ligada em srie, e a outra parte dos

    consumidores so ligados em paralelo.

    COMPORTAMENTO DA TENSO

    1. No Circuito em Srie

    A tenso da fonte geradora igual a soma da tenso dos consumidores.

    Et = E1+E2+E3+...+En

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    2. No Circuito Paralelo

    A tenso da fonte geradora igual a tenso dos consumidores.

    Et = E1 = E2 = E3 = ... = .... Em

    COMPORTAMENTO DA CORRENTE

    1. No Circuito em Srie

    A corrente que sai da fonte geradora igual a que passa nos consumidores.

    IT = I1 = I2 = I3 = ... = In

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    2. No Circuito Paralelo

    A corrente que sai da fonte geradora igual a soma da corrente que passa nosconsumidores.

    IT = I1 + I2 + I3 + ... + In

    ENERGIA TRMICA

    Este tipo de energia nos interessa de um modo especial. Todo o sistema derefrigerao se baseia em transporte de energia trmica. Imagine um

    recipiente contendo um gs. Se pudssemos ver as microscopias molculasdo gs, perceberamos que elas se movimentam ao acaso com grandesvelocidades (as molculas do ar que respiramos tm uma velocidade mdia dequase 1.000km/h.).

    Esse movimento denominado de agitao trmica se d ao acaso e em todasas direes. Da a caracterstica dos gases serem volteis.

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    Se aquecermos o gs, a energia que ele recebe transformada em energiacintica microscpica de suas molculas. Quanto mais quente o gs ficar, maisdepressa suas molculas se movimentaro. Como vimos, ento, a energiatrmica uma forma de energia cintica microscpica. Apesar de o corpo

    como um todo poder estar parado, ao receber energia trmica, suas molculaspassaro a ter uma maior energia cintica.

    Mais tarde veremos como esta noo importante para evitarmos confusesentre os conceitos de calor e temperatura.

    Existem outras formas e manifestaes de energia na natureza, mas as quediscutimos at aqui so suficientes para entendermos os conceitos relativos refrigerao.

    Um segundo fato muito importante relativo energia :

    Energia no pode ser criada nem destruda!

    Isso significa que, num sistema fechado que no recebe nem fornece energiapara o exterior, a quantidade total de energia permanece constante.

    As mquinas nada mais so do que transformadores de energia. Lembre-se,porm que nenhuma mquina capaz de produzir energia ou de fazer

    energia sumir.

    Toda vez que voc obtm algum tipo de energia de uma mquina, com certezahouve alguma fonte a partir da qual esta energia foi produzida.

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    TEMPERATURA

    Como j vimos, quando fornecemos energia trmica a um corpo, suasmolculas aumentam a agitao trmica. Conseqentemente aumenta a suaenergia cintica mdia. Toda esta agitao, porm, no visvel a olho nu.Apesar disso, podemos perceber, com um dos nossos sentidos, o aumento domovimento das molculas.

    Se encostarmos a mo no corpo, nossa pele sente que ele ficou mais quente.Dizemos, ento, que aumentou sua temperatura.

    Podemos ento dizer que a temperatura a medida indireta do grau deagitao trmica das partculas de um corpo. Como a sensao de quente oufrio dada pelos nossos sentidos no muito confivel (muda de pessoa parapessoa), a temperatura deve ser medida com um instrumento denominadotermmetro. Por enquanto no entraremos em detalhes sobre os vrios tiposde termmetros; basta saber que eles permitem medir a temperatura por umacaracterstica fsica de determinadas substncias que alteram o volume quandoa temperatura muda.

    Por exemplo, existem algumas substncias como o mercrio, que sofrem umadilatao (aumento de volume) ao serem aquecidas. Medindo numa escala dequanto aumentou o volume do mercrio contido no bulbo de um termmetro,podemos medir a temperatura a que ele se encontra.

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    MUDANA DE ESTADO

    Como j vimos, a matria constituda de tomos molculas. Quando estaspartculas esto ligadas entre si de maneira to forte que no permitemmudanas de forma do material, dizemos que ele est no estado slido.

    Para desfazermos estas ligaes, devemos fornecer energia ao corpo. Assimfazendo, os laos rgidos entre as partculas se enfraquecem e, apesar de omaterial continuar agregado, elas passam a escorregar umas em relao soutras. O material no consegue mais manter uma forma prpria, assumindo ado recipiente que o contm. Neste caso, dizemos que o material est no estadolquido.

    Se continuarmos a fornecer energia trmica ao material, as ligaes entre aspartculas ficam ainda mais fracas e passam a se mover livremente peloespao a seu redor. Neste caso, dizemos que o material est no estado devapor ou gasoso.

    ESTADO FORMA VOLUME

    Slido Prpria PrprioLquido Do recipiente Prprio

    Gasoso Do recipiente Do recipiente

    As mudanas de estado de agregao recebem nomes particulares:

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    Para cada substncia, as mudanas de estado ocorrem em temperaturas fixas,desde que no se altere a presso.

    Se voc fornecer energia trmica a um bloco de gelo que estava, por exemplo,

    a 10C, notar o gelo aquecer at que sua temperatura cheque a 0C. Nestemomento, todo fornecimento de energia trmica ser usado, no mais paraaumentar a temperatura, mas sim para desfazer as ligaes que mantm ogelo slido.

    Notamos que o gelo comea a fundir, mas o fornecimento adicional de energiano resultar em aumento da temperatura. Enquanto todo o gelo no setransformar em gua, a temperatura do sistema se manter em 0C.

    S depois de completada a fuso que a energia adicional que estamosfornecendo ser consumida para o aumento da energia cintica das molculasda gua. A partir da, a gua resultante da fuso comear a aquecer,aumentando sua temperatura.

    Fenmeno anlogo ocorre na ebulio da gua. Ao nvel do mar ela comea aferver aos 100C e, por mais que forneamos energia ao sistema, atemperatura no passar disso: toda a energia est sendo consumida paratransformar a gua em vapor.

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    Se realizarmos esta experincia em uma cidade com maior altitude, veremosque a temperatura de ebulio se mantm fixa, mas num valor menor.

    O macarro, por exemplo, s cozinha acima dos 94C. Se tentarmos cozinhar

    macarro em La Paz, na Bolvia, obteremos uma gosma intragvel, pois nestelocal a gua ferve 87C.

    CALOR

    Quando colocarmos um corpo quente em contato com um corpo frio, notamos,depois de um certo tempo, que eles atingem um equilbrio trmico, ou seja,passam a ter a mesma temperatura.

    H uma transferncia de energia trmica do mais quente para o mais frio. Aenergia que, por causa da diferena de temperatura, foi transferida de um

    corpo para o outro, denominada calor.

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    Antes de continuarmos, importante fazer duas observaes:

    Calor energia em trnsito: um corpo pode receber calor ou cedercalor, mas impossvel um corpo ter calor;

    Calor vai sempre do corpo de maior temperatura (mais quente) para ode menor temperatura (mais frio). Isso no significa que ele seja obrigado a ir

    do que tem mais energia ara o que tem menos energia.

    Se voc entrar numa piscina de gua fria, o calor ir do seu corpo para a gua.No entanto, se somarmos toda energia cintica das molculas de gua,veremos que o total bem maior do que a energia cintica das molculas doseu corpo. O que interessa que suas molculas tm maior energia cinticamdia.

    Nem sempre o corpo que tem maior temperatura tem maior energia total. O que maior a energia mdia (por molcula).

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    UNIDADE DE CALOR

    Por motivos histricos, apesar de o calor ser uma forma de energia, ele no

    costuma ser medido em joules, mas sim em calorias.

    Calorias (cal)

    Uma caloria definida como sendo a quantidade de calor que devemos ceder aum grama de gua para fazer sua temperatura subir de 1C. A correspondnciaentre o joule e a caloria :

    1 caloria = 4,18 joules

    Quilocaloria (kcal)

    Usa-se muito, tambm, a quilocaloria (kcal), equivalente a 1.000 cal. Aquilocaloria a quantidade de calor que produz a elevao de 1C natemperatura de 1kg de gua.

    British Thermal Unit (BTU)

    Nos pases de lingual inglesa muito freqente a utilizao desta unidade para

    se medir quantidade de calor. Uma BTU definida como sendo a quantidadede calor necessria para elevar de 1 F a temperatura de uma libra de gua. Acorrespondncia aproximada entre a kcal e a BTU :

    1 kcal = 4 BTU

    EFEITOS DO CALOR

    Podemos perceber o fato de um corpo estar recebendo ou cedendo calor,atravs de 2 possveis efeitos:

    Mudana de temperatura; Mudana de estado de agregao.

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    Quando a troca de calor produz uma alterao na temperatura do corpo,chamamos este calor de calor sensvel e ele pode ser medido pela equao:

    Qs = M C AT

    Onde: Qs Quantidade de calor medida em cal m Massa do corpo medida em g T Variao da temperatura em C C Calor especfico, caracterstico da substncia que compe o corpo,

    medido em cal/gC

    Quando a troca de calor produz uma alterao no estado de agregao docorpo, chamamos este calor de calor latente e ele pode ser medido pelaequao:

    QL = mL

    Onde: QL Quantidade de calor medida em cal m Massa do corpo medida em g L Calor latente, caracterstico da substncia que compe o corpo e da

    mudana de fase, medido em cal/g

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    Com base no conceito de calor latente, existe uma unidade muito usada emrefrigerao que a tonelada de Refrigerao, definida como sendo aquantidade de calor absorvida pela fuso de uma tonelada de gelo inicialmentea 0C em 24h.

    Note que:

    1 TR = 12.000 BTU/h

    PROCESSO DE TRANSMISSO DE CALOR

    Conveco

    Quando aquecemos uma poro de um fluido (gs ou lquido), ele expandetornando-se menos denso que o restante. Com isso, a parte ainda fria e maisdensa tem a tendncia a descer, deslocando a poro aquecida para cima.Com isso se estabelecem, no fluido, correntes denominadas Correntes deConveco que se encarregam de transportar o calor de um ponto a outro dofluido.

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    Com base neste fenmeno, por exemplo, que se coloca a fonte quente naparte inferior (como num forno) ou a fonte fria na parte superior (como nageladeira).

    Para perceber a importncia das Correntes de Conveco, podemos realizaruma experincia simples: coloque num tubo de ensaio de pirex um bloco degelo, mantendo-o embaixo com um pequeno peso (uma moeda, por exemplo) eencha o tubo com gua. Aquea a parte superior do tubo com um bico de gs.

    Aps um certo tempo, a gua na parte superior do tubo comear a ferver semque o gelo derreta.

    Isso ocorre porque a gua um mau condutor e as correntes de convecono so geradas, pois a fonte quente est na parte superior do tubo.

    Numa geladeira abarrotada, o excesso de materiais nas prateleiras podebloquear as Correntes de Conveco em seu interior (ar frio descendo a partirdo congelador e ar quente subindo). Neste caso a geladeira deixa de funcionara contento: gelo se formando na parte superior e alimentos se estragando nainferior.

    Num esquema de refrigerao de um ambiente, o esquema ideal e que produzo mximo de correntes de conveco, deve prever a entrada do ar frio na partesuperior.

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    conveniente saber tambm que, no caso particular da gua, o sentido dasCorrentes de Conveco se inverte quando a temperatura est entre 0C e4C: a gua a 2C, por exemplo, mais densa do que a 3C. por este motivoque se colocarmos um copo com gua no congelador de uma geladeira, o gelose formar de cima para baixo e no de baixo para cima, como seria de seesperar.

    Radiao

    Todo corpo quente emite uma radiao invisvel que tem a mesma natureza da

    luz ou das ondas de rdio. Trata-se de uma onda eletromagntica, na faixa doinfravermelho, que pode se propagar, at mesmo, no vcuo.

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    O calor que recebemos do sol, por exemplo, transmitido por radiao. Oscorpos pretos tm maior facilidade em receber ou emitir calor por radiao. por esta razo, por exemplo, que uma pessoa com roupas escuras, no sol sofremais os efeitos do calor do que uma de roupas claras. Da mesma forma,

    quando queremos que um corpo irradie calor mais facilmente, o pintamos depreto.

    No projeto de sistema de refrigerao de edifcios muito envidraados, esteefeito deve ser levado em considerao, pois produz uma elevaoconsidervel na temperatura interior.

    PRESSO

    Definio:Presso uma grandeza fsica que mede a relao entre a fora aplicadaperpendicularmente a uma superfcie e a rea desta superfcie:

    p = FA

    Pela prpria definio, podemos perceber que a presso tanto maior quantomaior a fora e menor a rea. Por esta razo, por exemplo, que uma mulherde salto alto exerce sobre o cho uma presso maior do que a pata de umelefante.

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    Se calcarmos o dedo contra a ponta de um lpis, sentiremos alguma dor. Seaplicarmos a mesma fora sobre o outro lado do lpis, deixaremos de sentir dorpois, sendo a rea maior, a presso ser menor.

    Presso de um Gs

    Quando um gs est contido num recipiente, o choque de suas molculassobre as paredes do recipiente produz a ao de uma fora, responsvel pelapresso do gs.

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    Se aumentarmos a temperatura do gs, elevar a agitao trmica de suasmolculas e os choques com as paredes sero mais violentos.Conseqentemente teremos um aumento da presso.

    Analogamente, se o gs estiver contido num cilindro de mbolo (pisto) eproduzirmos uma rpida compresso no mesmo, reduzindo seu volume,teremos um aumento de presso e temperatura.

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    PRESSO ATMOSFRICA

    A prpria atmosfera, sendo constituda de gases cujas molculas se agitamtermicamente, exerce uma certa presso. Esta presso foi medida pelaprimeira vez pelo cientista italiano Evangelista Torricelli, realizando a seguinteexperincia:

    Um tubo de aproximadamente 1m de comprimento de 1 cm de rea deseco, fechado numa das extremidades, foi cheio de mercrio, um metallquido na temperatura ambiente que pesa 0,0136 kgf por cm. O tubo foitampado e colocado de ponta cabea num vaso tambm contendo mercrio.

    Ao destampar o tubo, sob o efeito de seu prprio peso, todo o mercrio nelecontido deveria escorrer para o vaso, esvaziando o tubo. Entretanto, Torricelli

    observou que o esvaziamento ocorria at se formar uma coluna de mercrio de76 cm de altura dentro do tubo. Este fato foi explicado da seguinte forma: apresso atmosfrica, agindo sobre a superfcie livre do mercrio no vaso,equilibra o peso do mercrio no tubo, impedindo seu escoamento.

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    UNIDADES DE PRESSO

    A partir desta experincia, Torricelli estabeleceu que a presso atmosfricanormal (1 ml) equivale presso exercida por 76 cm de mercrio. Como osmbolo qumico do mercrio Hg, podemos escrever que:

    1 atm = 76 cm Hg = 760 mm Hg

    Modernamente, 1 mm Hg (um milmetro de mercrio) tambm chamado de 1Torr (em homenagem a Torricelli).

    Um rpido clculo permite verificar que numa coluna de 76 cm de altura, com

    uma base de 1 cm, temos 76cm de mercrio, que pesaro:

    0,0136 kgf/cm X 76cm = 1,033 kgf

    A presso de 1 atm corresponde, portanto a 1,033 kgf/cm.

    Para operar no sistema ingls, basta transformar kgf para libra (pound) e cmpara polegada quadrada (square inch), obtendo-se 14,7 Ib/pol. Note que, emingls, a unidade ser pounds/square inch = psi.

    Resumindo:

    1 atm = 76 cm Hg = 760 Torr = 1,033 kgf/cm = 14,7 psi.

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    PRESSO MANOMTRICA E PRESSO ABSOLUTA

    Usando um manmetro (medidor de presso) obteremos a chamada PressoManomtrica. Note que ela no corresponde presso total (tambmchamada de presso absoluta). Pois o manmetro marca valor zero quando apresso igual presso atmosfrica. Para transformar presso manomtricaem presso absoluta e vice-versa, basta usar a relao:

    Note que a presso manomtrica pode ser positiva, quando mede pressesmaiores que atmosfrica ou negativa quando menores que a atmosfrica.

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    O CICLO BSICO DE REFRIGERAO

    O ciclo bsico de refrigerao rene propriedades que possibilitam seutrabalho, consistindo em variar a presso, a temperatura e o estado fsico deum fludo, para que haja uma troca de calor entre o sistema e o meio que ocircunda.

    Elemento de Expanso

    (Tubo capilar vlvula de expanso)

    LADO

    DE

    ALTA

    PRESSO

    LADO

    DE

    BAIXA

    PRESSO

    TROCADORDE CALOR

    (CONDENSADOR)

    TROCADOR

    DE CALOR(EVAPORADOR)

    VAPORVAPOR

    VAPOR /LQUIDO

    LQUIDO

    Compressor

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    Promove a expanso e controla o fluxo de refrigerante

    Controla o Fluxo de Refrigerante

    ABSORVECALOR

    LIBERACALORALTA

    PRESSO

    BAIXA

    PRESSO

    VAPOR VAPOR

    LQUIDO/VAPOR

    LQUIDO

    Comprime o fludo refrigerante

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    PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO DO CICLO DE REFRIGERAO

    O gs refrigerante aspirado pelo compressor atravs da vlvula de aspirao

    e comprimido no cilindro, ocasionando uma presso bem maior, passando emseguida atravs da linha de descarga, que o conduzir ao condensador quefica situado no lado externo do ambiente a ser refrigerado.

    O gs refrigerante, que se encontra em alta presso e superaquecido,desprende o calor atravs das paredes dos tubos do condensador, aquecendoas aletas do mesmo. O ar que atravessa as aletas expelido para o exterior doambiente, mais quente, em virtude da troca de calor com as aletas.

    O gs refrigerante perde assim uma grande quantidade de calor, passando doestado gasoso ao estado lquido e conduzido at o filtro de gs e em seguidaao tubo capilar.

    O gs refrigerante sai do tubo capilar com presso e temperatura bastantediminuda, entrando no evaporador. Como sabemos, presses e temperaturasdos gases refrigerantes so diretamente proporcionais entre si.

    Quando o gs refrigerante entra no evaporador, encontra uma superfcieaquecida, o que resultar a sua mudana de estado, passando do estado

    lquido para o estado gasoso, ao longo da tubulao do evaporador.

    Qualquer mudana fsica de uma substncia acompanhada do calor latente eneste caso calor latente de vaporizao. O gs refrigerante quando mudou deestado, absorveu muito calor antes que a sua temperatura se alterasse.

    Conseqentemente, o ar circulado atravs do evaporador cede calor para o gsrefrigerante, diminuindo a temperatura ambiente.

    Aps atravessar o circuito do evaporador, o gs refrigerante entra na linha desuco e volta ao compressor.

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    Princpio de Funcionamento do Condicionador de Ar

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    PREPARAO DE TUBOS

    Nesta tarefa voc vai preparar tubos para fazer junes, utilizando conexes delato ou solda (brazagem). Para isso, primeiro preciso cortar o tubo e depoisalarg-lo ou flange-lo, conforme o tipo de juno a ser feita.

    Para auxili-lo na execuo desta tarefa, voc receber informaestecnolgicas sobre: Metais e ligas metlicas Rgua graduada Paqumetro

    Cortador de tubos Conexes Flangeador Alargador

    Voc executar as seguintes operaes: Cortar tubos Expandir tubos

    METAIS E LIGAS METLICAS

    De modo geral, pode-se dizer que metal uma substncia que tem brilhoprprio e conduz o calor e a corrente eltrica. Conhea, agora, alguns metais.

    Cobre

    O cobre um metal muito usado na indstria. Tem cor avermelhada e umbom condutor de eletricidade. Devido as suas propriedades de ser malevel edctil, isto , flexvel, pode ser estirado e transformado em fios. O cobretambm empregado na fabricao de chapas, barras, parafusos e diversaspeas para uso na eletricidade, na telegrafia e na telefonia.

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    Para uso industrial o cobre se apresenta sob forma de vergalho, chapa, fio etubo. O vergalho indicado comercialmente pela medida de metro linear daseo ou perfil. O fio e a chapa so especificados pela fileira, que uminstrumento usado para verificar a espessura de um material. A fileira, ilustrada

    abaixo, possui aberturas com nmeros padres que correspondem espessura das chapas ou dimetros dos fios.

    PAQUMETRO

    Paqumetro um instrumento de preciso para tomar medidas lineares, ouseja, medidas que representem comprimento, largura e espessura das peas.

    Permite a leitura de fraes de milmetros e de polegadas por meio de uma

    escala chamada nnio ou verni. A preciso do paqumetro varia: normalmente de 0,05 mm, 1/128 ou 0,001.

    O paqumetro composto de duas partes principais: corpo fixo e corpo mvel.O corpo mvel chamado de cursor. no cursor que fica a escala nnio.Observe na figura os componentes do paqumetro.

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    Paqumetro Milimtrico

    Sistema Mtrico Decimal

    Valor de cada trao da escala 1 mm:

    A graduao da escala consiste em dividir 1cm em 10 partes iguais.

    1 centmetro = 10 milmetros1 cm = 10mm

    Princpio do Nnio

    A escala do cursor, chamada nnio (designao dada pelos portugueses emhomenagem a Pedro Nunes, a quem atribuda sua inveno) ou vernier(denominao dada pelos franceses em homenagem a Pierre Vernier, que elesafirmam ser o inventor), consiste na diviso do valor N de suaescala graduadafixa por N 1 (n de divises de uma escala graduada mvel.

    Comprimento total do nnio 9mm

    Nmero de divises do nnio - 10

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    Cada diviso do Nnio menor 0,1 mm do que cada diviso da escala. Assimsendo, se fizermos coincidir o primeiro trao do nnio com o trao da escala, opaqumetro estar aberto 0,1 mm, coincidindo o segundo trao 0,2mm; oterceiro trao indicar uma abertura de 0,3mm, e assim sucessivamente.

    Observando a diferena entre uma diviso da escala fixa e uma diviso donnio, conclumos que cada diviso do nnio menor 0,1mm do que cadadiviso da escala fixa. Essa diferena tambm a aproximao mximafornecida pelo instrumento.

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    Clculo de aproximao (sensibilidade)

    Para se calcular a aproximao (tambm chamada sensibilidade) dospaqumetros divide-se o menor valor da escala principal (escala fixa), pelonmero de divises da escala mvel (nnio).

    A aproximao se obtm, pois com a frmula:

    a = en

    a = aproximaoe = menor valor da escala principal (fixa)n = nmero de divises do nnio (vernier)

    Exemplo:

    e = 1mmn = 20 divisesa = 1mm = 0,05mm

    20

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    Rgua Graduada (Sistema Mtrico Decimal)

    Respostas

    1 2 3 4 5 6

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    Paqumetro (Sistema Mtrico Decimal Aprx. 0,1 mm)

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    Paqumetro (Sistema Mtrico Decimal Aprox. 0,05mm)

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    Paqumetro com fraes ordinrias de polegada

    Sistema Ingls Ordinrio

    Valor de cada trao da escala 1

    16

    A distncia entre traos = 1 Somando as fraes, teremos:16

    Prosseguindo a soma, encontraremos o valor de cada trao.

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    Rgua Graduada (Sistema Ingls Ordinrio)

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    Paqumetro (Sistema Ingls Ordinrio Aprox. 1/28)

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    SOLDAGEM DE TUBOS

    Nas situaes em que necessrio reparar a tubulao do sistema derefrigerao, ou quando se substituem componentes, preciso soldar tubos.

    Estudando esta tarefa, voc vai aprender a soldar e tambm a preparar oequipamento de soldagem.

    Para auxili-lo na execuo desta tarefa, voc receber informaestecnolgicas sobre:

    Soldagem Equipamento para soldar com oxiacetilno

    Voc executar as seguintes operaes:

    Preparar equipamento oxiacetilnico Soldar tubulaes

    SOLDAGEM

    Soldagem o resultado da unio de duas ligas metlicas, por meio de fuso,de modo a formar uma nica liga.

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    Existe tambm outro tipo de soldagem na qual ocorre a fuso apenas de umaliga, que depositada sobre a outra. Este tipo de soldagem utilizada emcomponentes eltricos.

    Veja, agora, como se efetua a soldagem. Um dos meios bsicos parasoldagem a vareta.

    Vareta, tambm conhecida como material de enchimento, uma barra muitofina de material que fundido e depositado na regio de soldagem.

    O procedimento para soldagem com vareta o seguinte:

    Aquece-se com chama oxiacetilnica o material base, isto , o materialque vai receber a solda;

    Em seguida, aproxima-se a vareta, que ir fundir-se por possuir ponto defuso inferior ao material-base;

    O metal depositado flui entre as partes de unio do material-base eobserva-se, ento, que as partes se uniram.

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    H varetas de lato, de fsforo-prata, de fsforo e de prata.

    Vareta de latoO lato uma liga utilizada na soldagem de equipamentos de trocadores de

    calor.

    Vareta de fsforo - prata especfica para soldar ligas de cobre fosforoso, usada na soldagem deserpentinas de radiadores de automveis.

    Vareta de prata uma vareta cujo material depositado apresenta maior aderncia ao materialbase. utilizada em tubos de cobre em geral, principalmente conexes deevaporadores industriais.

    A temperatura de fuso, ou seja, a temperatura em que o metal passa doestado slido para o lquido, caracterstica de cada metal ou liga.

    O ao um produto resultante da liga de ferro com carbono e que o carbono o principal elemento controlador da qualidade do ao; por isso, a variao deteor de carbono influencia o ponto de fuso dessa liga metlica. Quanto maiorfor o teor de carbono, menor ser o ponto de fuso do ao.

    Para controlar melhor o processo de soldagem, preciso conhecer astemperaturas de fuso dos metais e ligas metlicas de uso mais freqente.Observe, ento, a tabela a seguir.

    Tabela Temperatura de fuso dos principais metais e ligas

    C CFerroAo baixo teor de carbonoAo alto teor de carbonoFerro fundido cinzentoFerro fundido brancoNquelPrataTungstnio

    15391450 a 15001350 a 14001200116014559603410

    CobreLatoBronzePlatinaAlumnioZincoChumboEstanho

    10839508501775660419321232

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    Fluxo um produto qumico destinado a formao de xidos durante asoldagem, permitindo, deste modo, a soldagem de materiais como lato eprata.

    Equipamento para soldar com oxiacetileno

    Equipamento para soldar com oxiacetileno o conjunto de elementos quepermitem a passagem dos gases oxignio e acetileno at um queimadorchamado maarico, em cujo interior esses gases so misturados. A mistura seinflama em contato com uma centelha e produz o calor necessrio ao processode soldagem. O equipamento constitudo dos seguintes elementos:

    1. cilindro de oxignio2. cilindro de acetileno3. vlvulas4. regulador de presso5. mangueiras6. maarico7. bico8. carro-transporte

    O equipamento deve ser usado s por quem conhea perfeitamente seufuncionamento. importante mant-lo totalmente livre de graxa ou de leopara evitar combusto explosiva. Aps o uso, necessrio limpar osacessrios, como mangueiras, maaricos e reguladores, com pano seco; obico deve ser limpo com agulha adequada ao orifcio.

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    Conhea, agora, os elementos que compem o equipamento.

    Cilindros

    So dois recipientes especiais para armazenar os gazes oxignio e acetileno

    utilizados em soldagem oxiacetilnica.

    O cilindro de oxignio um recipiente de ao, alongado e sem costuras. Oextremo superior do cilindro tem dimetro menor, com uma rosca interna ondeest montada a vlvula de fechamento; possui, tambm, uma rosca externaonde fica a tampa protetora da vlvula. A parte inferior do cilindro plana paraassegurar apoio perfeito no local de trabalho.

    O cilindro de acetileno tambm de ao sem costuras. Tem revestimentointerno de massa porosa com acetona, destinados a absorver impactos;quando necessrio, deve-se transport-lo em posio vertical e no nahorizontal. provido de uma vlvula de segurana com tampa, que geralmentefica na parte superior do equipamento e permite a sada do gs em caso deaquecimento do cilindro. Observe a prxima ilustrao.

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    Vlvulas

    Vlvulas so dispositivos, geralmente de bronze, que permitem a entrada e asada dos gases.

    Vlvulas de segurana um dispositivo especial, montado nos cilindros degs e nos reguladores de presso, que deixa escapar o gs em caso deaumento de presso. Quando a presso retorna ao limite permitido, a vlvulade segurana se fecha.

    Vlvula retentora uma vlvula de segurana instalada na entrada domaarico. Impede que a chama retorne aos cilindros.

    Regulador de presso

    O regulador de presso permite reduzir a alta presso do cilindro para umapresso de trabalho adequada soldagem e, ao mesmo tempo, manter apresso constante durante o processo.

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    Maarico de alta presso

    O maarico de alta presso indicado para a soldagem em que s gasesentram aproximadamente, sob a mesma presso.

    Quando se necessita de um volume diferente de gazes, fato que condiciona achama com maior ou menor intensidade, basta trocar o bico deste tipo demaarico, conservando, porm, o mesmo injetor e o mesmo misturador.

    Bicos para soldar

    O bico um acessrio do equipamento que permite a sada da chama parasoldar. geralmente fabricado de cobre e em diversos tamanhos, de acordocom o orifcio de sada dos gases.

    Existem dois tipos de bico usados em soldagem oxiacetilnica: bicosintercambiveis, que so montados no misturador por meio de uma rosca, ebicos fixos, nos quais o misturador e bico constituem uma s pea.

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    REPARADOR DE REFRIGERADORES, FREEZERES EBEBEDOUROS

    INSTALAO DE REFRIGERADOR E DE CONGELADOR

    Instalar um refrigerador ou um congelador consiste em colocar o aparelho nolocal adequado, longe de fontes de calor ou da incidncia de raios solares quepossam prejudicar seu funcionamento.

    Estudando esta tarefa, voc ter informaes sobre: Tipos de refrigeradores e de congeladores Gabinetes externo e interno Aterramento Medidas eltricas Transformadores e reguladores de tenso

    Para realizar esta tarefa, voc vai executar a seguinte operao: Instalar refrigerador ou congelador

    REFRIGERADORES E CONGELADORES

    Tipos e local de instalao

    O refrigerador e o congelador so aparelhos muito teis nas residncias ouescritrios. Permitem o armazenamento e a conservao dos alimentosslidos e lquidos por um perodo prolongado, resfriam bebidas e produzemgelo.

    Refrigeradores

    Os refrigeradores podem ser classificados em: Comuns Especiais

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    Os refrigeradores comuns so os que tm somente uma porta e um nicocompartimento.

    Veja:

    Esses aparelhos podem funcionar com um compressor hermtico, com resistoreltrico ou com queima de combustvel.

    Os refrigeradores especiais so os que possuem o congelador na partesuperior. Esses refrigeradores so chamados combinados de duas portas ou

    duplex. Observe a figura abaixo.

    Existem tambm aparelhos que possuem trs portas, conhecidoscomercialmente como combinados de trs portas ou triplex.

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    Os refrigeradores combinados de trs portas possuem o congelador na partesuperior e um compartimento hidratador destinado guarda de verduras elegumes na parte inferior.

    Tanto o combinado de duas portas quanto o de trs funcionam comcompressores hermticos.

    Alguns refrigeradores e congeladores so fabricados com sistema de absoro,isto , queimam combustveis (querosene, gs liquefeito de petrleo) paraproduzir refrigerao. Esses aparelhos tm largo emprego em zonas rurais,desprovidas de energia eltrica.

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    Congeladores

    Os congeladores, como os refrigeradores, podem ser: Verticais, com uma s porta e um nico compartimento.

    Horizontais, com uma ou vrias portas horizontais e um nicocompartimento. Veja as figuras abaixo:

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    Esses aparelhos podem funcionar com compressor hermtico, com resistoreltrico ou com queima de combustvel (absoro).

    Bebedouro

    Os bebedouros podem ser: Tipo presso Tipo garrafo

    Bebedouro tipo pressoEsse bebedouro conectado a rede de abastecimento de gua do prdio porintermdio de um filtro hidrulico de acordo com indicao do fabricante.

    Bebedouro tipo garrafoNeste bebedouro o fornecimento de gua feito por meio de um garrafo,sendo a instalao efetuada conforme instruo do fabricante.

    Instalao

    Os refrigeradores, bebedouros e os congeladores devem ser instaladoscorretamente para que apresentem rendimento total e maior vida til. Osaparelhos devem estar adequadamente localizados, isto , afastado dequaisquer fontes de calor, bem como da ao direta dos raios solares.

    Na parte traseira, o aparelho equipado com um condensador esttico quedeve ficar afastado da parede, no mnimo, 10 centmetros. Para permitir a livrecirculao de ar, necessrio deixar um espao mnimo de 20 centmetros naparte superior e de 10 centmetros nas laterais. Observe a prxima ilustrao:

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    O gabinete deve ser ajustado no ato da instalao, de forma a ficar firmementeapoiado no piso e perfeitamente nivelado. Isso necessrio a fim de assegurara correta vedao e o alinhamento da porta, evitando o transbordamento dagua do degelo pela bandeja de gua.

    Os modelos combinados de duas ou de trs portas e os aparelhos com sistemade absoro devem estar rigorosamente nivelados, caso contrrio o isolantetrmico ser danificado pela gua do degelo que alcanar a l de vidro ou o

    poliuretano, prejudicando o isolamento.

    Os refrigeradores geralmente so equipados com dois ou quatro parafusosniveladores que propiciam suficiente ajuste para o nivelamento do gabinete.Veja:

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    O piso em que estiver apoiado o aparelho deve ter resistncia suficiente parasuportar-lhe o peso com a capacidade de carga mxima. A tomada de energiaeltrica deve ficar prxima e a linha abastecedora deve ser devidamentedimensionada.

    GABINETES EXTERNO E INTERNO DO REFRIGERADOR E DOCONGELADOR

    O gabinete uma pea em forma de caixa, fabricada de chapa de aoprotegida por tratamento anticorrosivo.

    O gabinete externo geralmente tem forma retangular, de modo a permitir maiorespao interno. O gabinete interno tem a mesma forma do externo, porm seutamanho reduzido a fim de permitir que entre um e outro seja colocado oisolamento trmico, como se v na figura abaixo.

    O isolamento trmico tem a funo de manter inalterada a temperatura dogabinete interno. Nos antigos modelos de refrigeradores, o material isolanteutilizado era a l de vidro, mas os modelos recentes tm o isolamento feito depoliuretano.

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    Simbolicamente, o eletrodo de aterramento ou dispersos de terra representado assim:

    O aterramento ou ligao a terra exigido pela concessionria de energiaeltrica para prevenir eventuais acidentes que possam ocorrer nas redes dedistribuio. Na verdade, todos os materiais condutores que fazem parte demquinas, motores, equipamentos, estruturas metlicas, calhas, leitos decabos, etc. devem ser aterrados.

    Os eletrodomsticos mveis tambm devem ser aterrados, como obrigatrioem muitos pases. Nesse caso, o aterramento feito por meio de fio-terra aoplugue do aparelho. O plugue deve ter trs condutores: dois para energia e umterceiro para o aterramento, com a respectiva tomada. Veja a figura a seguir.

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    Tanto a ausncia da ligao do fio-terra como sua ligao inadequadarepresentam um perigo pessoa que vai utilizar um eletrodomstico.

    Veja, na tabela abaixo, a reao do corpo humano intensidade de corrente

    eltrica, o que representa verdadeiro perigo para o usurio.

    Tabela Efeitos da corrente eltrica no corpo humano

    Intensidade de corrente eltrica Efeitos

    0,05 a 2 miliampres Apenas leve reao

    2 a 10 miliampres De leve a forte reao muscular

    5 a 25 miliampres Forte choque; incapacidade de fugir fonte de corrente eltrica

    25 a 50 miliampresViolenta contrao muscular;incapacidade de fugir fonte eltrica

    50 a 100 miliampres Tremor muscular ventricular, pulsaoirregular dos msculos cardacos

    Acima de 100 miliampres Paralisao da respirao

    Voc deve ter percebido como importante verificar as condies deaterramento de um aparelho. Para isso, algumas precaues so necessrias.Observe:

    O condutor-terra deve ser facilmente identificvel em toda a suaextenso; para evitar qualquer dvida, utilize um condutor de cor verde.

    A NBR 5410 recomenda que sejam ligadas a terra as partes metlicasno destinadas a conduzir corrente eltrica, tais como gabinete,compressor, etc. O dimetro do condutor-terra dever ser escolhido emfuno do aparelho de maior corrente contida na rede, de acordo com atabela seguinte:

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    Tabela Dimetros do condutor-terra

    Corrente do aparelho Dimetro do condutorAWG

    Converso em mm

    at 30A40A60A100A

    200A400A600A800A

    1000A1200A

    1412108

    642

    1/0

    2/03/0

    1,52,54,06,0

    10,0021,034,053,0

    67,085,0

    Para melhorar o funcionamento e a proteo dos aparelhos eltricos, aconselhvel que haja um disjuntor para cada aparelho no quadro dedistribuio.

    TOMADAS E PLUGUES

    So dispositivos que permitem ligaes eltricas provisrias deeletrodomsticos e de aparelhos industriais portteis. A tomada a parte fixa eo sugue a mvel. Essas partes se encaixam uma na outra.

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    Tipos de plugues

    Os plugues se diferenciam pela forma e pela quantidade de hastes. Estasdevem corresponder forma e quantidade dos contatos da tomada.

    O plugue chamado tripolar apresenta trs hastes: duas para a energia e umaterceira para o aterramento. Esta ltima se diferencia das outras pelocomprimento maior e pelo espaamento diferente. Observe a figura seguinte.

    Caractersticas da tomada

    O material utilizado na fabricao da tomada pode ser baquelite, porcelana ounilon.

    Quanto forma, a tomada pode ser:

    Embutida

    Externa

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    A tomada pode receber diferentes quantidades de pinos de acordo com afinalidade a que vai servir. A tomada monofsica sem terra receber 2 pinos. A tomada monofsica com terra receber 3 pinos.

    A tomada trifsica sem terra receber 3 pinos. A tomada trifsica com terra receber 4 pinos.

    Quanto forma dos pinos que a tomada vai receber, temos: tomada simples (para pinos redondos) tomada universal (para pinos redondos e chatos)

    Os valores de corrente nominal e tenso de servios so: 6A 250V 10A 150V 30A - 250V

    Existem algumas recomendaes que devem ser observadas na instalao detomadas.

    Observe:As tomadas podem ser em relao ao piso: Baixa a 30cm Mdia a 120 cm

    Alta a 150 cm Especiais fora das medidas previstas.

    Quanto as instalaes as tomadas podem ser expostas ( vista) ouembutidas.

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    As tomadas instaladas no piso so especiais e devem ter tampa metlica. Astomadas trazem impressa a corrente mxima que suportam; necessrioobservar se a corrente do aparelho compatvel com a da tomada.

    INSTALAR REFRIGERADOR OU CONGELADOR

    1. Coloque o refrigerador ou o congelador na posio e local escolhidos.

    PrecauoPreste ateno para que o aparelho fique afastado de fontes de calor.

    2. Regule os parafusos niveladores.

    ObservaoNo caso de uso de ps adaptveis, retire os parafusos niveladores e aperteas contraporcas, se houver.

    3. Faa a ligao do condutor-terra conforme a NBR-5410.

    4. Verifique a tenso da rede usando um voltmetro e compare com a tensoindicada no refrigerador ou no congelador.

    5. Gire o boto do termostato at a posio desligado.

    6. Ligue o plugue do refrigerador no volt-wattmetro. Observe a figura seguinte.

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    7. Ligue o aparelho girando o termostato at a posio ligado e verifique atenso, a intensidade de corrente e a potncia, a tenso da rede eltricano deve variar mais do que 10%.

    Observao

    Aps trs minutos de funcionamento, observe se a tenso e a potncia estode acordo com as especificaes do fabricante. Caso haja variao de tensopara mais ou para menos da permitida pelo fabricante, necessrio verificar sea bitola da fiao eltrica local compatvel com as normas da ABNT. Seestiver de acordo, a variao ser causada pelo fornecimento inadequado deenergia. Oriente o usurio para pedir a estabilizao desse fornecimento.8. Limpe o aparelho com um polidor e flanela seca.

    9. Oriente o usurio sobre o uso e manuseio do aparelho conforme asorientaes contidas no manual do fabricante.

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    REPARAO DA PORTA DO REFRIGERADOR OU DOCONGELADOR

    Refrigeradores e congeladores danificados ou que estejam h muito tempo emuso necessitam da reparao da porta para que voltem a funcionarperfeitamente.

    Reparar a porta do refrigerador ou do congelador recupera-la para uso,corrigindo os defeitos apresentados. Consiste em trocar a gaxeta, o isolamentotrmico, a fechadura da porta, dobradias, painel e at a prpria porta, senecessrio.

    Nesta tarefa voc vai desmontar a porta do aparelho para reparos e depoistornar a montar, instalar, ajustar e reverter a mesma porta.

    Estudando esta tarefa, voc ter informaes sobre: Gaxetas Porta,painel interno e componentes Prateleiras

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    Para realizar a tarefa, voc vai executar as operaes: Desmontar a porta do aparelho Montar, instalar e ajustar a porta do aparelho Reverter a porta do aparelho

    GAXETAS

    Gaxetas so peas de borracha macia e com perfil transversal apropriado,cortadas, montadas e coladas posteriormente. So instaladas na porta doaparelho e fixadas por guarnies sob presso de parafusos. Paraproporcionar perfeita vedao, a gaxeta deve encostar na parte do gabinetechamada flange. Observe uma gaxeta na figura abaixo.

    A principal finalidade da gaxeta vedar hermeticamente o gabinete paraimpedir a entrada de ar externo que provoca formao excessiva de gelo.

    As gaxetas so construdas de material flexvel, borracha ou PVC, eapresentam-se em diversos perfis. Observe, na figura a seguir, dois perfis degaxeta.

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    A gaxeta magntica fabricada externamente com PVC e internamentecontm uma fita flexvel de material magntico (magnetita + aglomerante), cujafora de atrao suficiente para vedar o compartimento. Observe, abaixo, operfil da gaxeta magntica.

    ConservaoA gaxeta deve ser limpa com soluo de gua e sabo de coco. Em seguida,deve ser bem enxuta para evitar o aparecimento de mofo e cheiro nosalimentos. Pode-se, tambm usar produtos de limpeza para plsticos.

    PORTA, PAINEL INTERNO E SEUS COMPONENTES

    Porta

    A porta o componente que permite o acesso ao interior do aparelho. Quandofechada, proporciona perfeita vedao.

    A porta composta externamente de uma chapa metlica e internamente deum painel plstico. Entre a chapa externa e o painel interno encontra-se oisolamento trmico da porta, conforme se observa na figura abaixo.

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    Painel interno

    O painel interno da porta moldado sob processo especial que permite oaproveitamento de espao como recipiente de vrias utilidades. Compe-sedas seguintes partes: prateleiras, porta-laticnios e porta-ovos, como mostra a

    figura a seguir.

    Prateleiras

    As prateleiras do painel interno da porta so utilizadas para guardar garrafas ou

    conservas. Veja a figura abaixo.

    Em alguns modelos de refrigerador, as prateleiras so regulveis a fim depermitir ajustes de acordo com as dimenses das garrafas nelas guardadas.

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    Porta-laticnios

    Os compartimentos para laticnios protegem os alimentos da baixa temperaturae mantm o ar estacionrio. Em alguns modelos de refrigerador usa-se resistoreltrico controlado por um reostato, isto , componente eltrico cuja resistncia

    varivel, a fim de manter a temperatura desejada. Veja a figura abaixo.

    Porta-ovos

    um recipiente plstico, com espaos especiais, preso ao painel da porta.Serve para armazenar ovos em condies ideais de temperatura por longotempo. Veja:

    PRATELEIRAS

    As prateleiras dos refrigeradores domsticos destinam-se colocao dosalimentos a serem refrigerados. Podem ser de trs tipos: de barras de grelha de chapa de vidro

    A prateleira de barras feita de tiras ou barras cilndricas paralelas, espaadasuniformemente e soldadas em uma armao metlica.

    A prateleira de grelha feita de tela resistente ou de tiras que se cruzam emngulo reto, de modo a formar uma espcie de malha. geralmente estanhadaou de alumnio.

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    Esses dois tipos de prateleira so chamados de tipo aberto porque, ao mesmotempo em que sustentam os alimentos, oferecem resistncia mnima circulao de ar.

    A prateleira de chapa de vidro usada em compartimentos de umidadeelevada, onde se deseja dificultar a circulao de ar.Exemplo: prateleira da gaveta de verduras.

    A prateleira pode ser fixa, regulvel, deslizante ou giratria, a fim de facilitar oarmazenamento de alimentos.

    Os suportes das prateleiras so geralmente pinos plsticos ou ganchos, fixadosno gabinete interno.

    DESMONTAR A PORTA DO APARELHO

    1. Retire os componentes mveis do painel, quando houver, para evitar quecaiam.

    2. Afrouxe os parafusos da dobradia.

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    3. Retire a porta do aparelho.

    ObservaoNos modelos com aquecedor no compartimento para laticnios,

    necessrio desligar o condutor do resistor antes de retirar a porta.

    4. Coloque a porta sobre a bancada de servio, protegida por um pano macio.

    5. Levante a lateral da gaxeta e retire os parafusos e as guarnies de fixao.

    Observaes O painel tambm fixado pelos mesmos parafusos que fixam a gaxeta

    de vedao. Em alguns modelos, a gaxeta apenas fixada por presso.

    6. Retire a gaxeta

    ObservaoCaso a gaxeta esteja em boas condies de conservao, aplique-a pelaparte magntica sobre o flage do gabinete do refrigerador, para evitardanos.

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    7. Retire o painel da porta.

    ObservaoColoque-o em posio vertical em suporte prprio

    8. Retire o isolamento trmico se este for de l de vidro ou de l de rocha.

    PrecauoUse luvas de proteo e no aproxime o rosto do isolamento para evitarirritao nos olhos (perigo de cegueira).

    ObservaoArrume o isolamento em lugar seco, evitando dobra-lo.

    9. Retire o puxador da porta, tirando a massa calafetadora, caso exista, eafrouxando os parafusos de fixao.

    ObservaoEm alguns modelos, a fixao feita por sistema de presso.

    MONTAR, INSTALAR E AJUSTAR A PORTA DO APARELHO

    1. Aperte os parafusos ou fixadores do puxador da porta.2. Calafete o puxador com massa prpria.3. Monte o puxador da porta.4. Arrume o isolamento trmico no interior da porta.5. Monte o isolamento trmico na porta, se houver.6. Instale o painel sobre o isolamento trmico.7. Coloque as guarnies e a gaxeta.

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    8. Coloque os parafusos da gaxeta e d o aperto final nos parafusos do ladoda dobradia.

    9. Posicione a porta no aparelho e coloque os parafusos de fixao dadobradia.

    ObservaoPea auxlio a um colega para evitar arranhes e pancadas na porta.

    10. Aperte definitivamente os parafusos, obedecendo ao paralelismo da portacom o gabinete.

    11. Ajuste a porta de modo que a gaxeta toque por igual na superfcie dogabinete.

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    Observaes Em alguns modelos, verifique se o painel interno da porta encosta na

    superfcie do gabinete interno.

    Se encostar, introduza arruelas de nilon com espessura adequada nasdobradias, conforme se observa na figura abaixo.

    Nos modelos que possuem resistor eltrico no compartimento paralaticnios, o fio do resistor dever passar pelo orifcio da dobradiainferior.

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    Se necessrio, alongue tambm os furos da dobradia superior comauxlio de uma lima.

    12. Aperte ordenadamente os parafusos de fixao da gaxeta, conformeindica a figura abaixo e, assim, sucessivamente, os demais.

    ObservaoCaso a gaxeta no se ajuste superfcie do gabinete, desaperte osparafusos que fixam a gaxeta e faa o alinhamento da porta, reapertando,em seguida, os parafusos.

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    REVERTER A PORTA DO APARELHO

    1. Retire os parafusos que prendem a dobradia superior.

    2. Retire a dobradia, incline a porta ligeiramente para a frente e levante-a, afim de retira-la da dobradia inferior.

    3. Retire a bucha interior e a superior da porta e recoloque-as do lado oposto.

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    4. Deite o aparelho sem a porta, apoiando- o em calo de aproximadamente50cm de altura ou numa cadeira, e retire a dobradia inferior.

    ObservaoEm alguns modelos, no necessrio inclinar o aparelho para retirar adobradia inferior.

    5. Monte a dobradia inferior no lado oposto, utilizando os mesmos parafusos

    retirados. Levante o aparelho.

    6. Recoloque a porta, encaixando a bucha inferior no pino da dobradia.

    7. Recoloque a dobradia superior no lado esquerdo.

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    PrecauoVerifique se a gaxeta magntica est bem assentada ao longo do flange dogabinete antes de dar todo o aperto nos parafusos.

    REPARAO DA PORTA DO REFRIGERADOR OU DO CONGELADOR

    Ferramentas/instrumentos

    Chave de fenda Chave tipo canho Massa de vedao Chave Phillips

    Ordem de execuo

    1. Retire a porta do aparelho.2. Retire os componentes da porta do aparelho.3. Instale os componentes na porta do aparelho.4. Instale e ajuste a porta do aparelho.5. Reverta a porta do aparelho.

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    SUBSTITUIO DE TERMOSTATO

    A substituio do termostato necessria quando o processo liga-desligaestfuncionando de forma irregular ou quando o aparelho apresenta problemas defuncionamento envolvendo temperaturas muito frias ou quentes.

    Esta tarefa consiste em retirar o termostato defeituoso e instalar um novo.Primeiramente, voc vai retirar o bulbo e o termostato; depois; instalar o novotermostato, testando seu funcionamento.

    Para auxili-lo na execuo desta tarefa, voc ter informaes sobre: Termostato Testes de termostato Termometria Medida da temperatura Termmetros Escalas termomtricas

    Para realizar esta tarefa, voc vai executar a seguinte operao: Substituir termostato

    Termostato

    O termostato, ou controle automtico de temperatura, um dispositivo usadopara regular de forma automtica o funcionamento do sistema de refrigerao., em essncia, um interruptor que liga e desliga automaticamente o circuitoeltrico do motor.

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    Funo do termostato

    O termostato tem a finalidade de manter a temperatura adequada conservao dos alimentos no compartimento do refrigerador. Alm disso, em

    alguns modelos, o termostato permite ajustes manuais para variar os limites detemperatura do evaporador ou mesmo para aumentar ou diminuir atemperatura do gabinete.

    O termostato tambm permite a partida ou a parada do compressor hermticomanualmente, atravs do posicionamento do mostrador nas posies liga oudesliga.

    Funcionamento do termostato

    Para compreender o funcionamento do termostato, preciso conhecer aspartes que o compem. Observe a figura abaixo:

    A extremidade do bulbo colocada bem ajustada no evaporador. Esse bulbo,carregado com fluido refrigerante, sensvel ao calor e absorve a mesmatemperatura do evaporador.

    Quando a temperatura do evaporador aumenta, o fluido dilata e provoca aexpanso do fole que fecha os contatos e liga o compressor hermtico. Poroutro lado, quando a temperatura do evaporador abaixa, o fluido faz o folecontrair-se, abrindo os contatos do termostato para desligar o compressor.

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    Teste do termostato

    Quando o aparelho funciona com temperatura muito abaixo ou muito acima datemperatura adequada, supe-se que o defeito esteja no termostato. Paraencontrar o defeito, preciso testar o termostato. Veja, a seguir, algumas

    situaes em que o teste do termostato necessrio:

    Aparelho muito frio

    Se o boto do regulador estiver no ponto mnimo e a temperatura, muito fria, oregulador deve estar descalibrado.

    Termostato descalibrado

    Coloque o termmetro o mais prximo possvel do bulbo sensor. A diferena detemperatura entre o liga e o desliga dever ser, no mximo, de 1,7 C. Se adiferena for superior a 1,7 C, o termostato est descalibrado e deve sersubstitudo. Se a diferena for inferior, o termostato esta em boas condies;no o substitua; procure o defeito em outra parte.

    Funcionamento contnuo e muito frio

    Se o aparelho funciona sem parar e est demasiado frio, verifique possveiscurto-circuitos ou platinados presos. Se o boto do termostato estiver naposio desligado, no deve haver qualquer continuidade nos terminais.

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    Esse teste tambm pode ser feito com um cordo de prova, assim: substitua ofusvel por uma lmpada eltrica; coloque as extremidades do cordo nosterminais do termostato e gire o interruptor para a posio ligado. Se houvercontinuidade, a lmpada acender. Se o boto estiver na posio desligado

    no deve existir continuidade.

    Aparelho muito quente

    Se o aparelho est muito quente, porm cicla, isto , liga e desligaregularmente, verifique se o boto do termostato est na posio correta. Se oboto estiver posicionado corretamente, verifique a barreira trmica do bulbosensor, que pode estar danificada; neste caso, necessrio substitu-la.

    Voc percebeu, ento, que o termostato no deve ser consertado em caso de

    mau funcionamento, e sim substitudo.

    TERMOMETRIA MEDIDA DA TEMPERATURA

    Afirmar que as temperaturas dos corpos so iguais ou diferentes com baseapenas nas sensaes obtidas atravs da pele pode trazer enganos.

    Por exemplo, mergulhe a mo direita num recipiente com gua fria e aesquerda em outro com gua quente. Aps certo intervalo de tempo, mergulheambas as mos em gua normal, isto , em temperatura ambiente;provavelmente voc ir dizer que a gua normal apresenta duas temperaturas,embora ela apresente, na realidade, uma nica temperatura.

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    Como voc percebeu, nosso sentido do tato no adequado para medir atemperatura dos corpos.

    Tambm no podemos medir a temperatura dos corpos de maneira direta,

    como fazemos ao medir a rea de um terreno ou o volume de gua de umtanque; isto porque no podemos observar diretamente os tomos e molculasdos corpos e muito menos seus nveis de vibrao.

    Logo, as medidas de temperatura so obtidas de maneira indireta, porcomparao. E como isso possvel? possvel porque h muitaspropriedades fsicas dos corpos que variam com a temperatura. Eis algumas: volume de um lquido comprimento de uma barra resistncia eltrica de um fio volume de um gs sob presso constante cor de determinada substncia

    Qualquer uma dessas propriedades pode ser utilizada na construo determmetros.

    Termmetro

    um instrumento capaz de medir a temperatura dos corpos. Para caracterizar

    um termmetro preciso escolher uma determinada substncia termomtrica,por exemplo o mercrio, e uma propriedade termomtrica dessa substncia,como o comprimento da coluna do lquido.

    Tipos de Termmetro

    Termmetro de lquido em vidroO termmetro de lquido baseia-se na propriedade que tm os lquidos de sedilatarem muito mais que os slidos. O termmetro mais comum desse tipo ode mercrio.

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    Por que se d preferncia ao mercrio? Eis as razes:

    O mercrio pode ser obtido em timo estado de pureza. O mercrio opaco e tem cr contrastante com a do vidro, o que facilita a

    leitura. O mercrio se dilata uniformemente com a temperatura e se apresenta

    no estado lquido num amplo intervalo trmico, cujos extremos so 38C e 360 C.

    O mercrio no deixa resduos no vidro, de modo que a massa demercrio usada nas medies sempre constante.

    O termmetro clnico, usado para medir a temperatura do corpo humano,possui um estreitamento no capilar, acima do bulbo, que para impedir oretorno rpido do mercrio. Esse termmetro permite que se leia a temperaturamxima atingida mesmo que tenha decorrido algum tempo aps a medio.

    Entre os termmetros de lquido, h tambm os de lcool. Neste caso, utiliza-se uma substncia corante para colorir o lcool e criar contraste entre o lcoole o vidro. Em geral, o corante vai aderindo progressivamente s paredes docapilar, inutilizando o instrumento.

    Outro termmetro de lquido em vidro o termmetro de mxima e mnima,que registra as temperaturas mxima e mnima em um determinado intervalo

    de tempo.

    Termmetro de gs a volume constante

    Este termmetro utiliza as variaes de presso de um gs, geralmente hlioou hidrognio, mantido o volume constante. utilizado nos laboratrios, emtrabalho cientfico.

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    Termmetro metlico

    Seu funcionamento determinado pela propriedade de dilatao dos metais.Veja um termmetro metlico:

    O aquecimento faz com que a espiral bimetlica se encurve, movendo oponteiro que indica o valor da temperatura.

    Termmetro de resistncia

    Os termmetros de resistncia costumam ser os mais precisos de todos osdispositivos para medir a temperatura. Permitem que se tomem medidas compreciso de cerca de 0,001 C.

    Seu funcionamento baseado no fato de que a resistncia oferecida passagem de uma corrente eltrica, por qualquer material, depende de suatemperatura. Este o termmetro de resistncia:

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    Escala termomtrica

    Para que os termmetros possam indicar a variao de temperatura dosdiferentes corpos, necessrio que sejam graduados com uma determinada

    escala termomtrica.

    Como construda uma escala termomtrica?Para se construir uma escala termomtrica necessrio estabelecer doispontos fixos, atribuir valores a esses pontos e dividir o intervalo entre eles empartes iguais. Os pontos fixos so selecionados entre determinados fenmenosfsicos que podem ser repetidos em condies idnticas quantas vezes fornecessrio.

    Exemplos de ponto fixo:

    Temperatura de fuso do gelo Temperatura de ebulio da gua

    A partir desses pontos fixos, pode-se criar inmeras escalas, das quais as maisutilizadas so trs: Celsius, Fahrenheit e Kelvin.

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    Escala Celsius

    Esta escala foi criada pelo fsico sueco Anders Celsius. Ele atribuiu valor zeroao ponto correspondente temperatura de fuso do gelo e o valor 100 aoponto correspondente temperatura de ebulio da gua, ao nvel do mar. Em

    seguida, dividiu o intervalo entre os dois pontos fixos em 100 partes iguais.Cada uma dessas partes corresponde variao de um grau Celsius, comomostra a figura a seguir.

    Escala fahrenheit

    Esta escala foi estabelecida pelo fsico alemo Daniel Gabriel Fahrenheit e muito utilizada nos pases de lngua inglesa.

    De acordo com a escala fahrenheit, o ponto de fuso do gelo corresponde aonmero 32 e o ponto de ebulio da gua, ao nvel do mar, ao nmero 212. Ointervalo entre esses pontos fixos est dividido em 180 partes iguais e cadauma dessas partes corresponde variao de um grau fahrenheit.

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    Escala Kelvin

    Com base na teoria dos gases, o fsico ingls Lord Kelvin estabeleceu a escalaabsoluta, conhecida por escala Kelvin ou termodinmica.

    Na escala Kelvin, o ponto de fuso do gelo corresponde ao nmero 273 e oponto de ebulio da gua, ao nvel do mar, ao nmero 373. Entre esses doispontos existem 100 divises.

    O zero da escala Kelvin chamado zero absoluto e ainda no foi atingido naprtica. O zero absoluto corresponde temperatura de 273,15o C.

    A partir de 1967, a unidade de temperatura grau kelvin (K) passou a serchamada simplesmente Kelvin (K).

    Relaes entre as escalas termomtricas

    Imaginemos trs termmetros sobre a mesa de uma sala. O primeiro estgraduado na escala Celsius, o segundo, na Fahrenheit e o ultimo, na Kelvin.

    Como a temperatura da sala uma s, o mercrio sofrer a mesma dilataoem todos os termmetros, ainda que estejam marcando valores diferentesentre si.

    Os segmentos que correspondem variao de temperatura (2o P.F. 1oP.F>) so iguais para todos os termmetros; os que correspondem dilataodo mercrio, a partir do ponto de fuso do gelo (X-1o P.F.), tambm so iguais.

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    Assim, podemos estabelecer as seguintes relaes:X - 1o P.F. = C O = F - 32 = K 273

    2o P.F. 1o P.F. 100-O 212-32 373- 273

    Simplificando os numeradores e denominadores, obtemos as frmulas decorrespondncia entre as trs escalas:C = F - 32 = K 2735 9 5

    Logo, voc pode estabelecer a correspondncia entre quaisquer escalas,desde que conhea os pontos fixos.

    Aplicao das frmulas

    1. Transformar 283K em graus Celsius.Soluo:Aplica-se a relao C = K - 273

    5 5

    Eliminam-se os denominadores que so comuns:C = K 273

    Substitui-se a letra K pelo seu valor numrico:

    C = 283 273C = 10o C

    2 . Transformar 104o F em graus Celsius :Soluo:Aplica-se a relao C = F - 32

    5 9Substitui-se a letra F pelo seu valor numrico :

    C = 104 - 325 9

    C = 725 9

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    C = 5 x 729

    C = 360

    9

    C = 40o C

    3. Transformar 80o C em graus fahrenheit :Soluo:Aplica-se a relao F - 32 = C

    9 5

    Substitui-se a letra C pelo seu valor numrico :F - 32 = 80

    9 5

    F - 32 = 9 x 805

    F - 32 = 7205

    F 32 = 144

    F = 144 + 32

    F = 176o F

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    Tabela Converso de temperatura

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    Substituir termostato

    Processo de execuo1. Abra a porta de refrigerador e a do evaporador.

    ObservaoTrave a porta do evaporador para a realizao do trabalho. Em algunsmodelos, retire a porta do evaporador.

    2. Retire o boto de controle de temperatura, que fixado por presso,puxando-o.

    3. Retire os parafusos de fixao do bulbo do termostato.

    4. Retire os parafusos de fixao do termostato.

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    5. Puxe ligeiramente o termostato de seu alojamento, girando-o at a posiode sada a 90o .

    6. Desconecte as ligaes eltricas.

    7. Amarre um barbante na extremidade do bulbo e passe uma fita adesivasobre a amarrao para evitar que se solte.

    ObservaoO barbante servir de guia para a colocao do novo termostato.

    8. Puxe o termostato totalmente para fora.

    9. Desamarre o barbante.

    ObservaoEm modelos diferentes, siga a orientao do fabricante.

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    10. Amarre o barbante no novo termostato.

    ObservaoNa extremidade do bulbo onde o barbante foi amarrado, passe uma fitaadesiva para que o barbante no escape.

    11. Puxe o termostato pelo barbante at se aproximar da posio final.

    12. Refaa as ligaes eltricas.

    13. Empurre o termostato para a posio normal, observando a referncia dodial.

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    14. Monte os parafusos e aperte-os.

    15. Instale o boto de controle de temperatura, pressionando-o no eixo deacionamento do termostato.

    16. Desamarre o barbante.

    17. Encaixe o bulbo na braadeira e aperte-o.ObservaoVeja se h bom contato do bulbo no evaporador.

    18. Com o auxlio do termmetro, verifique se as temperaturas conferem comaquelas indicadas no manual do fabricante.

    19. Feche a porta do refrigerador e a do evaporador.

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    SUBSTITUIO DO TERMOSTATO

    Ferramentas/instrumentos

    Chave de fenda Barbante Fita adesiva Termostato Termmetro

    Ordem de execuo

    1. Abra as portas do refrigerador e do evaporador, travando-as.2. Retire o boto do termostato.3. Retire o termostato.4. Instale o novo termostato.5. Conecte o bulbo no evaporador.6. Teste o novo termostato.

    SUBSTITUIO DOS COMPONENTES ELTRICOS DOREFRIGERADOR E DO CONGELADOR

    Testar e substituir os componentes eltricos do refrigerador consiste emdiagnosticar as falhas existentes no circuito eltrico do aparelho.

    Esses testes podem comprovar defeitos ou mau funcionamento noscomponentes e at mesmo no compressor hermtico, pois abrangem todo ocircuito eltrico. As irregularidades tambm podem ocorrer devido fadigaprovocada nos materiais pelo tempo de uso do refrigerador.

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    Para executar esta tarefa, voc vai adquirir conhecimentos sobre: Mata-junta e interruptor Resistor Rel de partida

    Protetor de sobrecarga Capacitor Lei de Ohm Motor eltrico Corrente alternada Potncia em corrente alternada Bornes do compressor hermtico

    Voc vai, tambm, realizar as seguintes operaes: Retirar e colocar mata-junta Testar e substituir componentes do circuito eltrico Identificar bornes do compressor hermtico

    MATA-JUNTA E INTERRUPTOR

    Mata-junta

    Mata-junta um perfilado de plstico usado em refrigeradores. Serve paracobrir o isolamento trmico que h na parte dianteira, entre o gabinete e acaixa interna, e para dar acabamento decorativo. Veja uma mata-junta na figuraabaixo.

    Ao remover as mata-juntas de um refrigerador que j vem funcionando htempo, aconselhvel aquece-las com uma toalha umedecida em gua morna.Isso evita que elas se quebrem.

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    Interruptor

    Interruptor um dispositivo que interrompe e restabelece o fluxo de correnteeltrica para a lmpada fazendo-a funcionar de acordo com as necessidades. A

    figura abaixo mostra, em corte, um dos interruptores mais usados emrefrigeradores.

    RETIRAR E COLOCAR MATA-JUNTA

    1. Abra a porta do refrigerador.2. Desligue o termostato.3. Desligue o refrigerador da rede eltrica.

    ObservaoNo utiliza ferramentas para retirar as mata-juntas.

    4. Retire a primeira mata-junta sobreposta.5. desloque a mata-junta com os dedos pela parte encaixada.

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    6. Bata com a palma da mo at a retirada.7. desconecte o interruptor soltando os terminais.8. Retire as demais mata-juntas, repetindo os passos 5 e 6.9. Faa o encaixe do perfil da mata-junta no gabinete, obedecendo

    seqncia de montagem.10. Encaixe as mata-juntas superior e inferior batendo com a mo na parte

    desencaixada.

    11. Conecte o interruptor, encaixe-o no lugar e ligue novamente os terminais.

    12. Faa o encaixe do perfil da mata-junta no gabinete, obedecendo seqncia de montagem.

    13. Encaixe as mata-juntas laterais, batendo com a mo na partedesencaixada.

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