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1 ETC-605 PREVENÇÃO E RISCOS DE ACIDENTES NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Prof. José Antonio Ghilardi – 2011 INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA ESCOLA DE ENGENHARIA MAUÁ

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ETC-605

PREVENÇÃO E RISCOS DE ACIDENTES NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Prof. José Antonio Ghilardi – 2011

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA ESCOLA DE ENGENHARIA MAUÁ

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ÍNDICE

CAPÍTULO PÁGINA

1. CONCEITOS E RISCOS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO .. 3

2. CONDIÇÕES GERAIS NO CANTEIRO DE OBRA .................... 9

3. PROGRAMAS DE SEGURANÇA E AÇÕES PREVENTIVAS..... 43

4. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO .................. 48

5. TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS .......................... 102

REFERÊNCIAS ............................................................................ 108

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CAPÍTULO 1

CONCEITOS E RISCOS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

1.1 Tipificação

A indústria da construção civil se segmenta em duas atividades básicas, edificações e construção pesada. O segmento edificações é composto por obras habitacionais, comerciais e outras. O segmento de construção pesada agrupa vias de transporte e obras de saneamento, de irrigação/drenagem, de geração e transmissão de energia, de sistemas de comunicação e de infra-estrutura de forma geral. O foco deste manual é o segmento edificações, atividade típica do setor privado, que emprega a maioria dos trabalhadores formais da indústria da construção civil. A indústria da construção - edificações caracterizam-se pela alta dispersão geográfica, produção de bens fixos em uma área de trabalho temporária, com reduzido coeficiente de importação, mas elevada utilização de matérias-primas nacionais e por atividades que dependem das condições climáticas e são realizadas por empresas públicas, privadas ou indivíduos atuando por conta própria. Durante o processo construtivo ocorre contínua modificação de ambiente, de atividade e de trabalhadores e, devido à reestruturação do processo construtivo, os serviços de cada etapa da obra são executados por diferentes empreiteiras, o que pode acarretar duplicidade de comando e de responsabilidade pelas condições de trabalho. Outra particularidade das edificações é a fragmentação da produção em etapas:

• Fundação: é a parte da construção que suporta todo peso do prédio e o apóia na parte sólida do chão. Os tipos de fundação (sapata, tubulão, estaca, etc.) e os materiais utilizados nesta etapa são determinados com base nas características do projeto da edificação e do terreno onde a obra será construída.

• Estrutura/alvenaria: é o conjunto de elementos que formam o esqueleto de

uma obra e sustentam paredes, telhados, forros e lajes. A estrutura pode ser feita em concreto armado, aço ou alvenaria.

• Acabamento: é a finalização da obra pela colocação de diversos revestimentos de pisos, paredes, telhados; instalações de água, luz, gás e telefonia; a colocação de portas, janelas, louças sanitárias, metais, ferragens e vidros; além da limpeza final da obra.

A indústria da construção civil é um importante setor da economia brasileira, de uso intensivo de mão-de-obra, criando empregos diretos e indiretos. Possui uma cadeia produtiva extensa e complexa que inclui atividades diretas e indiretas nas quais atuam empresas de todos os portes. De acordo com os dados da Câmara

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Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a indústria da construção empregou em 2010, de forma direta, 2.633.674 trabalhadores no Brasil. O Sindicato da Indústria da Construção - Sinduscon informa que 92% das empresas do setor são constituídas por pequenas e médias empresas, com uma média de 30 empregados. A Previdência Social informa que em 2009 dos 2.496 óbitos por acidentes de trabalho, 28% ocorreram na construção civil, o que equivale a cerca de 700 vidas perdidas. A ascensão profissional dos trabalhadores, em geral, ocorre a partir do saber de ofício adquirido com a prática e de modo informal com os colegas. Os trabalhadores iniciam como ajudantes, passam a funções especializadas, como pedreiros, eletricistas, pintores e, na continuidade, a encarregados e mestres de obra. Desses trabalhadores são exigidos disposição e capacidade para executar intensas atividades físicas e que, muitas vezes, requerem movimentos repetitivos e posturas inadequadas, em ambientes ruidosos, empoeirados e com outros riscos ocupacionais. As características gerais da mão-de-obra da indústria da construção civil, de acordo com estudo realizado pelo SESI são:

• Baixo nível de instrução e qualificação profissional: maioria com apenas o 1º grau completo,

• 20% de analfabetos e 72% que nunca realizaram cursos e

treinamentos;

• Elevada rotatividade no setor: a maioria com menos de um ano na empresa;

• Baixos salários: 50% dos trabalhadores ganham menos de dois salários

mínimos; • Elevado índice de absenteísmo: 52% por problemas de saúde;

• Alcoolismo: 54,3% ingerem bebida alcoólica, 15% abusam do consumo

e 4,4% são dependentes.

1.2. Conceitos e Definições A atividade da indústria da construção civil, em todo o mundo, devido às suas características, é considerada perigosa e expõe os trabalhadores a variados riscos ocupacionais, com especificidades e intensidades que dependem do tipo da construção, da etapa da obra e da forma de conduzir os programas e ações de segurança e saúde no trabalho. O trabalhador é exposto aos riscos do ambiente, das intempéries, de suas tarefas e das atividades de outros trabalhadores.

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Há uma tendência de atuação preventiva com ênfase nos Equipamentos de Proteção Individual – EPI. Bons EPI são essenciais como complementos de medidas organizacionais, de engenharia e de proteção coletiva, e não uma alternativa para substituir estas medidas. Na indústria da construção, costuma-se dar pouca importância aos acidentes e exposições menos graves, priorizando a prevenção de quedas de altura, soterramento e eletrocussão. Acidentes e doenças ocorrem devido à interação de fatores previsíveis cujo controle, nas situações consideradas menos graves, em muito contribuiria para a prevenção das ocorrências de maior gravidade. Devido às características do trabalho, que inclui o caráter temporário do processo, a atuação preventiva requer foco na antecipação e reconhecimento dos riscos, a adoção e manutenção de regras, métodos e procedimentos voltados a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores, além de proteger pessoas e patrimônios nas proximidades do canteiro de obra. 1.3. Riscos Ocupacionais Riscos ocupacionais são aqueles decorrentes da organização, dos procedimentos, dos equipamentos ou máquinas, dos processos, dos ambientes e das relações de trabalho, que podem comprometer a segurança e a saúde dos trabalhadores, dependendo da natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. São classificados em cinco categorias: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. 1.3.1 Riscos Físicos Os agentes classificados nesta categoria são: ruído, vibração, radiações ionizantes e não ionizantes, umidade, calor e frio. O ruído pode ocasionar danos ao equilíbrio, ao sono, problemas psicológicos e sociais, alteração no sistema circulatório, digestório e reprodutor, além do mais evidente, que é a Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR. Na construção de edificações, várias máquinas como escavadeira, bate-estaca, serra circular, furadeira, lixadeira, esmerilhadeira, pistola finca-pino, vibrador de imersão, perfuratriz e betoneira geram ruído em diversas atividades de todas as etapas. A vibração pode gerar distúrbios osteomusculares, labirintite, perda auditiva por condução óssea e a síndrome de Raynaud. Na indústria da construção civil, atividades como compactação do solo, utilização dos marteletes e vibrador de concreto, expõem o trabalhador a este risco. As radiações não ionizantes (ultravioleta) podem causar alterações na pele, queimaduras, lesões oculares e em outros órgãos. Na indústria da construção civil, o trabalhador é exposto a este tipo de radiação em algumas operações de soldagem e principalmente, à radiação solar, nas atividades realizadas a céu aberto. A exposição à umidade pode causar problemas de pele e respiratórios. Ocorre nas atividades ou operações em locais alagados ou encharcados, bem como naquelas realizadas sob garoa, quando os pés e as vestimentas ficam umedecidos.

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O calor pode ocasionar fadiga, diminuição de rendimento, erros de percepção e raciocínio, esgotamento, prostração, desidratação e câimbras. O frio pode alterar a saúde, o conforto e a eficiência do trabalhador. Os principais efeitos são: feridas, rachaduras na pele, predisposição para acidentes e para doenças das vias respiratórias. 1.3.2 Riscos Químicos Nesta categoria, são classificados os agentes que interagem com tecidos humanos, provocando alterações na sua estrutura e que podem penetrar no organismo pelo contato com a pele, ingestão e inalação de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores. Na indústria da construção civil são exemplos de risco químico: as poeiras resultantes de trabalhos com cal, cimento, gesso, varrição e do corte de madeiras; fumos metálicos resultantes das soldagens e cortes a quente; vapores orgânicos desprendidos das tintas, solventes e de mantas asfálticas; produtos corrosivos utilizados em limpeza e outros produtos químicos. 1.3.3 Riscos Biológicos Os agentes classificados nesta categoria são os vírus, bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, entre outros, que podem penetrar no corpo humano pelas vias cutânea, digestiva e respiratória, podendo causar infecções diversas. Exemplos de atividades na indústria da construção civil com risco biológico são: a limpeza de sanitários; abertura de poços, valas e serviços em tubulações de esgoto. Águas empoçadas, recipientes sem tampa, entulhos e materiais mal organizados favorecem o desenvolvimento de vetores. Algumas condições como: tampos impermeáveis das mesas dos refeitórios, conservação de alimentos, disponibilidade de sabonete e de papéis para lavar e enxugar as mãos, locais adequados para guarda de vestimentas e de toalhas, sanitários limpos e treinamento para as boas práticas de asseio pessoal contribuem para prevenção da contaminação dos trabalhadores e evitam a proliferação de microorganismos. 1.3.4 Riscos Ergonômicos Referem-se à adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador e se relacionam à organização do trabalho, ao ambiente laboral e ao trabalhador. Os fatores organizacionais são os relacionados ao ritmo de produção, ao processo de trabalho, às pausas e revezamentos, à distribuição de tarefas, à duração excessiva da jornada diária de trabalho e às instruções operacionais. Os fatores ambientais envolvem características espaciais e dinâmicas da tarefa e também as condições dos pisos, vias de circulação, iluminação, temperatura, ruído e poeiras, entre outras. Os fatores relacionados ao trabalhador envolvem três dimensões: pessoais, psicossociais e biomecânicos.

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Exemplos de risco ergonômico na indústria da construção são: exigência de posturas inadequadas, trabalho por período prolongado em uma determinada posição, exigência de força física intensa, movimentos repetitivos; levantamento e transporte manual de carga, área de trabalho reduzida ou com barreiras, pressão temporal e ritmo de trabalho intenso. 1.3.5 Riscos Mecânicos (Acidentes) Nesta categoria, são classificados os agentes decorrentes das situações adversas nos ambientes e nos processos de trabalho que envolvem arranjo físico, uso de máquinas, equipamentos e ferramentas, condições das vias de circulação, organização e asseio dos ambientes, métodos e práticas de trabalho, entre outros. Na indústria da construção civil, essa categoria de risco pode ser representada, entre outras, por:

• Falta de planejamento no recebimento e estocagem de matéria-prima e de material não utilizável, que favorece queda ou deslizamento do material sobre trabalhadores e propicia ambientes para animais peçonhentos;

• Arranjo físico inadequado;

• Instalações elétricas improvisadas;

• Trabalho em altura sem uso de equipamentos de proteção individual

adequados como, por exemplo, nas atividades realizadas em bate-estaca para ajuste da estaca;

• Vias de circulação obstruídas, não demarcadas e mal conservadas;

• Operação de máquinas e ferramentas por trabalhadores não qualificados;

• Falta de treinamento e conscientização quanto aos riscos existentes nos

locais de trabalho ou treinamentos ineficazes;

• Falta ou ausência parcial de sistemas ou equipamentos de proteção coletiva devidamente instalados.

1.4 Planejamento e Acompanhamento 111 Devem contemplar todas as etapas da obra, estipulando condições adequadas do canteiro, métodos de trabalho apropriados definidos a partir de padrões técnicos e códigos de prática, adotando e mantendo regras para o trabalho seguro e medidas para assegurar o envolvimento e a cooperação dos trabalhadores, reduzindo gastos provenientes de retrabalho, perda de tempo e de materiais. A efetiva participação do trabalhador previne agravos à sua integridade, reduz custos da prevenção; aprimora as condições de trabalho, a qualidade da edificação e a produtividade do processo.

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O trabalhador deve ser treinado e orientado para bem desenvolver suas atividades de forma segura prevenindo acidentes. O treinamento deve ser realizado em linguagem acessível, enfatizando as atividades que serão desenvolvidas, os métodos que serão utilizados, os riscos a que os trabalhadores estarão expostos e o que será esperado deles. Visa-se, assim, criar condições para que possam colaborar com a promoção das condições de trabalho e dar subsídios para aprimorar o planejamento, além de facilitar o controle do desenvolvimento das atividades. A constituição da CIPA, a Análise Preliminar de Riscos – APR, o Diálogo Diário de Segurança – DDS, a elaboração e afixação do mapa de risco por etapa e a comunicação dos progressos obtidos são boas estratégias para o envolvimento e cooperação do trabalhador para reduzir ou eliminar situações de riscos. O cipeiro atuante é elemento importante pela troca de informações em vários níveis e, principalmente, pelo cumprimento de suas atribuições. O trabalhador deve cumprir as regras estabelecidas e comunicar imediatamente seu superior das inconformidades que porventura ocorram e não deve desenvolver atividades para as quais não esteja capacitado ou não tenha sido autorizado.

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CAPÍTULO 2

CONDIÇÕES GERAIS NO CANTEIRO DE OBRA

2.1 Instalações Elétricas A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado e supervisionada por profissional legalmente habilitado. As instalações provisórias devem cumprir o descrito na NBR 5410, NBR 5419, NR 18, em seu item 18.21.11 e de acordo com a concessionária local. Devem ser cumpridas as seguintes determinações:

• Manter quadros de distribuição trancados e circuitos identificados; • Isolar os cabos e distribuir de forma que não obstrua vias de circulação; • Proteger as instalações contra impacto, intempéries e agentes corrosivos; • Proibir instalação de adaptador e chave blindada como dispositivos de partida e parada de máquinas;

• Executar emendas e derivações que assegurem a resistência mecânica e evitem o contato elétrico;

• Utilizar fusível, chave e disjuntor, compatíveis com o circuito. Não substituir por dispositivo improvisado ou por fusível de capacidade superior, sem a correspondente troca de fiação;

• Ligar máquina e equipamento elétrico móvel somente por intermédio de conjunto plugue e tomada;

• Aterrar estruturas e carcaças de equipamentos elétricos. 2.2 Ordem e Limpeza O canteiro organizado propicia otimização dos trabalhos, redução das distâncias entre estocagem e emprego do material, melhoria no fluxo de pessoas e materiais e redução dos riscos de acidentes e de incêndio. Para o bom aproveitamento da área dos canteiros e prevenção de riscos aos trabalhadores é importante:

• Manter materiais armazenados em locais pré-estabelecidos, demarcados e cobertos, quando necessário;

• Manter desobstruídas vias de circulação, passagens e escadarias; • Coletar e remover regularmente entulhos e sobras de material, inclusive das plataformas e de outras áreas de trabalho;

• Não queimar lixo ou qualquer outro material no canteiro de obras; • Utilizar equipamentos mecânicos ou calhas fechadas para a remoção de entulhos em diferentes níveis;

• Evitar poeira excessiva e riscos de acidentes durante a remoção. O gerenciamento de resíduos contribui para a organização e limpeza dos canteiros.

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2.3 Almoxarifado

• Instalar em local de fácil recepção e distribuição dos materiais pelo canteiro; • Manter limpo, organizado e identificado, de modo a não prejudicar o trânsito de pessoas, a circulação de materiais e o acesso aos equipamentos de combate ao incêndio;

• Manter pilhas estáveis de materiais com facilidade de acesso e manuseio; • Armazenar os materiais (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e explosivos) identificados e separados por compatibilidade química e em local isolado e sinalizado.

2.4 Movimentação de Veículos

• Exigir, na contratação dos serviços, condições de segurança do veículo que transporta as máquinas, com especial atenção aos pneus, à dimensão das cunhas para colocação sob os mesmos, como reforço da frenagem e compatibilidade da capacidade e dimensão do veículo com a carga;

• Assegurar na via pública, localização adequada para as manobras, principalmente em relação à rede elétrica;

• Manter as rodas dos veículos livres de terra quando circular em vias públicas;

• Solicitar ao órgão responsável pelo trânsito a delimitação ou interdição da via pública na entrega e retirada de máquinas e equipamentos (escavadeira, bate-estaca, Bobcat); sinalizar a via devido aos riscos para a comunidade do entorno e orientar os trabalhadores para os riscos da operação, principalmente em relação à rede elétrica;

• Monitorar a entrada e saída de veículos e colocar cavaletes para sinalização de advertência no trânsito de pedestres;

• Permitir a operação de veículos somente por trabalhador qualificado e identificado por crachá;

• Delimitar e sinalizar o local de trabalho dos veículos automotores proibindo a presença de trabalhadores no raio de ação das máquinas;

• Manter a caçamba da escavadeira sobre o solo quando não estiver em operação;

• Estabelecer local apropriado para guarda do combustível e abastecimento dos veículos, que deve ser feito por trabalhador qualificado, orientando-o para manter somente o reservatório principal;

• Dispor proteção contra incidência de raios solares e intempéries nas cabinas; • Sinalização de marcha à ré e boas condições de iluminação para trabalho noturno.

2.5 Áreas de Vivência As condições de alojamento, instalações sanitárias, vestiário, refeitório, cozinha, lavanderia, área de lazer, ambulatório e o fornecimento de água potável devem atender ao que estabelece a NR-18, item 18.4.

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2.5.1 Alojamento O alojamento deve ser planejado e construído de forma adequada considerando características do material construtivo, a área construída em relação ao número de trabalhadores, o pé-direito, a área de ventilação, a iluminação, as instalações elétricas protegidas, as acomodações e a proibição de estar situado em subsolo ou porão das edificações. O alojamento deve ser mantido em perfeito estado de conservação, higiene, e limpeza. Para cumprir esta obrigação, a colaboração do trabalhador é fundamental. 2.5.2 Instalações Sanitárias Instalar os sanitários em local de fácil acesso e próximo aos postos de trabalho, atendendo a condições adequadas de materiais construtivos e de revestimento; dimensões de pé-direito e de área por lavatório, mictório e vaso sanitário; vaso sanitário provido de assento e tampa, abastecido de papel higiênico e isolado por porta com trinco; ventilação; iluminação; instalações elétricas protegidas; disponibilidade de lixeiras com tampa ao lado do lavatório e do vaso sanitário; com abastecimento de água e ligação a esgoto ou fossa séptica. Além destas e de outras condições, deve ser isolado da área de refeições, separado por sexo e mantido em perfeito estado de conservação e limpeza. A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração. 2.5.3 Vestiário Disponibilizar vestiário com armários individuais de compartimentos, que permitam a separação da roupa de uso comum da roupa de trabalho, com dimensões de 1,20m x 0,30m x 0,40m, dividido em duas partes na vertical, ou 0,80m x 0,50m x 0,40m, dividido em duas partes na horizontal, podendo ser sobrepostos. O armário deve contar, com fechadura ou dispositivo com cadeado e com abertura para ventilação ou portas teladas. Disponibilizar bancos com largura mínima de 0,30m. As paredes e piso do vestiário devem ser laváveis. 2.5.3 Chuveiros Dimensionar um chuveiro com área mínima de 0,80 m² para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração. Disponibilizar estrados de material antiderrapante ou madeira impermeabilizada e suportes para sabonete e toalha na área dos chuveiros. O

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chuveiro deve ser aterrado e o piso deve ter caimento para escoamento da água para rede de esgoto. 2.5.4 Refeitório O refeitório deve ter cobertura, pé-direito mínimo de 2,80 m, iluminação e ventilação adequadas, telas nas aberturas de ventilação, piso com caimento em material lavável, capacidade e assentos para atender todos os trabalhadores, mesmo que em horários alternados – sendo proibida a instalação em subsolo ou porão. Deve ser isolado das demais áreas, dispor de lavatório, geladeira para conservação de alimentos, local exclusivo para aquecimento das refeições dos trabalhadores e mesas com tampo liso e lavável. Devem ser fornecidos ao usuário: água – por bebedouro de jato inclinado ou garrafão de água –, copos descartáveis, papel toalha para secagem das mãos e cesto com tampa para descarte de detritos, com sinalização indicativa.

2.5.5 Cozinha para Preparo de Refeições Se o canteiro de obras tiver cozinha, deve dispor de equipamentos de refrigeração para conservação dos alimentos, pia para lavar os alimentos e utensílios e instalação sanitária exclusiva para os manipuladores de gêneros alimentícios, refeições e utensílios, além de licença de funcionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. 2.5.6 Lavanderia Se o canteiro de obras possuir trabalhadores alojados, deverá dispor de lavanderia em local coberto, ventilado e iluminado para que possam lavar, secar e passar roupas de uso pessoal. Caso o canteiro não disponha de lavanderia, poderá contratar serviços terceirizados. 2.5.7 Área de Lazer O canteiro que possuir trabalhadores alojados deverá ter local para recreação, podendo para isso ser utilizada a área destinada às refeições. 2.5.8 Ambulatório Canteiros ou frentes de trabalho com cinqüenta ou mais trabalhadores devem dispor de ambulatório, conforme o item 18.4.1 alínea “h” da NR 18.

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2.5.9 Bebedouros Disponibilizar água potável fresca filtrada ou de garrafão de forma que a distância entre o posto de trabalho e o bebedouro, não seja superior a 100 m no plano horizontal e a 15 m no plano vertical. O bebedouro deverá ser instalado na proporção de um para cada grupo de 25 trabalhadores ou fração. Não permitir o uso de copo coletivo nos postos de trabalho. 2.6 Vestimenta de Trabalho e Equipamentos de Proteção Fornecer vestimenta de trabalho em quantidade suficiente para alternância em uso e em lavagem e fazer reposição quando danificada, exigindo o mesmo procedimento das empreiteiras contratadas. Enquanto medidas de ordem geral (engenharia e administrativa) e de proteção coletiva não ofereçam completa proteção para o controle dos riscos ocupacionais, os trabalhadores devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo com a NR-6 e seguindo as recomendações dos fabricantes. Atenção especial deve ser dada à proteção contra agentes químicos por via respiratória. Máscaras contra poeiras, que não aumentam o esforço exigido para a respiração, podem ser usadas sem maiores controles, mas a utilização de máscaras com filtros e outros respiradores devem atender ao Programa de Proteção Respiratória – PPR, conforme Instrução Normativa do Ministério do Trabalho e Emprego – I.N. SST/MT n.º 1 (11 de abril de 1994). Este requer, entre outros quesitos, a avaliação das concentrações dos agentes no ar, que, se acima do limite de tolerância - LT, definirá o fator de proteção do respirador para reduzir a exposição do trabalhador a concentrações abaixo do LT. 2.7 Atividades 2.7.1 Escavação de Valas e Poços Neste tipo de atividade, de acordo com a NR–18, item 18.6, é necessário identificar previamente a existência de galerias, canalizações e cabos e eventuais riscos com emanações de gases, bem como:

• Priorizar abertura mecanizada de poços; caso seja inviável, promover a escavação por dois trabalhadores qualificados, com revezamento de atividades no mínimo a cada hora trabalhada;

• Delimitar as áreas de escavações com fitas zebradas e cavaletes, proibindo o tráfego de veículos;

• Inspecionar diariamente o escoramento do talude; • Instalar escadas ou rampas para abandono rápido do local; • Isolar e sinalizar com placas o perímetro e as diferenças de níveis; • Instalar passarelas de largura mínima de 0,60 m, protegidas por guarda-corpos, quando houver trânsito sobre a escavação;

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• Desviar águas de chuva fraca por meio de valetas, evitando desbarrancamento e inundações;

• Interromper a atividade de escavação sob chuva intensa; • Providenciar monitoramento contínuo de gases quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento;

• Disponibilizar recursos para ar mandado e/ou equipamento autônomo de resgate (máscara contra gases);

• Instalar ventilação local exaustora para extração dos contaminantes e ventilação geral diluidora, com filtro de ar, velocidade e temperatura controladas;

• Manter cobertos os tubulões, com material resistente, na interrupção do serviço;

• Depositar os materiais retirados da escavação em distância superior a metade da profundidade medida, a partir da borda do tubulão;

• Elaborar e implementar plano de resgate de emergência, com treinamento;

• Tornar obrigatório o uso de cinturão de segurança com cabo de fibra sintética independente, para içamento do trabalhador, em caso de emergência / resgate;

• O sarilho deve possuir dupla trava de segurança; • Providenciar cobertura translúcida com proteção contra raios ultravioleta na área de atuação do poceiro, apoiada em montantes fixados ao solo, com altura superior a 2,0 m tipo tenda;

• Os baldes de material resistente tipo chapa de aço, devem possuir alça larga para facilitar na pega e fundo com reforço;

• Colocar rodapé de 0,20 m na borda do tubulão; • Fornecer e orientar os trabalhadores para o uso dos seguintes EPI: capacete de segurança com jugular, óculos de segurança, luvas de vaqueta, calçado de segurança de vaqueta hidrofugada, camiseta em malha com manga longa e calça de brim com elástico na cintura.

2.7.2 Remoção das Ferragens do Poço do Elevador

• Iniciar a remoção dos pavimentos superiores para os inferiores; • Fornecer e tornar obrigatório o uso do cinturão de segurança, fixado ao trava-queda, este preso ao cabo de fibra sintética que deverá ser afixado ao teto do poço do elevador;

• Utilizar capacete de segurança, óculos de proteção ou protetor facial, máscara respiratória contra poeira, protetor auditivo e luva de raspa no uso da esmerilhadeira;

• Instalar nas entradas dos poços dos elevadores cartazes informando a presença de trabalhadores realizando atividades no local;

• Proibir atividades próximas aos halls dos elevadores que possam provocar a queda de materiais nas aberturas dos poços dos elevadores;

• Manter as proteções nas aberturas dos poços, mesmo durante a execução das atividades.

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2.7.3 Armações de Aço

• Instalar bancadas ou plataformas estáveis, resistentes, niveladas e não escorregadias; com cobertura resistente, para proteção dos trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries na área de corte, dobra e montagem das armações;

• Proteger as lâmpadas contra impactos e batidas; • Instalar pranchas de madeira, apoiadas sobre as armações nas formas, permitindo a circulação do trabalhador;

• Proteger as pontas dos vergalhões verticais; • Isolar a área de descarga de vergalhões.

2.7.4 Concretagem

• Implantar sistema de sinalização sonoro ou visual para determinar o início e o fim da operação de concretagem na área de lançamento do concreto, caso não seja visível pelo operador do equipamento de transporte ou bomba;

• Instalar pranchas de madeira, firmemente apoiadas sobre as armações nas fôrmas, para a circulação de trabalhadores;

• Amarrar cordas em vários trechos da tubulação para sustentação manual do mangote de concretagem durante o deslocamento sobre o cimbramento, promovendo divisão de peso, facilidade de pega e redução de esforço físico;

• Verificar previamente à operação do vibrador, a existência da dupla isolação, instalações elétricas adequadas à potência do equipamento, cabos protegidos contra choques mecânicos e cortes;

• Inspecionar o escoramento e a resistência das fôrmas por profissional habilitado antes de iniciar as atividades de lançamento e vibração de concreto;

• Inspecionar as conexões dos dutos transportadores previamente à utilização. 2.7.5 Revestimento Cerâmico

• Realizar os recortes em local aberto com o vento a favor do trabalhador; • Priorizar cortes em via úmida para evitar a propagação da poeira; • Utilizar o riscador para recortes de revestimento cerâmico e/ou equipamento para aspiração de poeira em locais fechados;

• Utilizar protetor auditivo; • Se necessário, utilizar proteção respiratória com filtro contra poeira

2.7.6 Trabalho em Altura O trabalho em altura expõe o trabalhador aos riscos de queda com diferença de nível e de projeção de materiais no entorno, exigindo atenção especial na adoção de medidas de proteção coletiva e individual, como:

• Instalar plataforma principal de proteção em todo o perímetro, a partir da primeira laje, em edificações com mais de quatro pavimentos;

• Fechar com tela, todas as faces da edificação, a partir da plataforma principal, evitando projeção de materiais e ferramentas;

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• Instalar tela entre as extremidades de duas plataformas de proteção consecutivas, retirando-a somente depois de concluído o fechamento da periferia até a plataforma imediatamente superior;

• Instalar plataformas intermediárias a cada três pavimentos, retirando somente após o fechamento da periferia dos pavimentos;

• Instalar Sistema Limitador de Quedas de Altura utilizando redes de segurança como alternativa ao uso de plataformas secundárias de proteção, de acordo com o item 18.13.12 da NR-18.

2.7.7 Andaime Tubular

• Montar andaimes com material antiderrapante, forração completa e nivelada, com fixação e sustentação seguras e resistentes, por profissional legalmente habilitado;

• Instalar guarda-corpo e rodapé na face interna dos andaimes suspensos para eliminar o risco de projeção de materiais e/ou ferramentas;

• Instalar andaimes em montantes apoiados em sapatas, sobre solo resistente, com todas as superfícies de trabalho isentas de saliências ou depressões e com travamento que não permita seu deslocamento ou desencaixe;

• Utilizar andaime móvel somente em superfícies planas, com travas nos rodízios e somente deslocá-lo quando não houver pessoas ou materiais na plataforma;

• Utilizar cinturão e duplo mosquetão para fixação alternada, no acesso a nível diferente, por meio de escadas tipo marinheiro;

• Utilizar cinturão de segurança tipo pára-quedista, com argolas e mosquetões de aço forjado, ilhoses de material não-ferroso e fivela de aço forjado ou material de resistência e durabilidade equivalentes;

• Fixar o cinturão de segurança à estrutura da edificação por meio de cabo-guia, cordas e/ou mosquetão. A extensão do cabo de fibra sintética deve ser limitada à periferia da obra e há obrigatoriedade do uso para atividades acima de 2,0 m de altura;

• As edificações com quatro pavimentos ou mais, ou altura superior a 12m (doze metros) a partir do térreo, devem ter dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção, pintura e restauração de fachadas, devendo:

– Constar do projeto estrutural; – Estar posicionados de forma a atender todas as faces da edificação; – Suportar o mínimo de 1.200 kgf de carga; – Ser confeccionado em material resistente às intempéries (aço inoxidável ou material similar).

• Nas atividades em que haja necessidade de cadeira suspensa (balancim individual), a sustentação deve ser por cabo de aço ou cabo de fibra sintética; com dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança para cabo de aço, e dispositivo de descida com dupla trava de segurança para cabo de fibra sintética;

• O trabalhador deve utilizar cinturão de segurança, tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas, em cabo-guia independente do sistema de fixação da cadeira;

• Instalar proteção mecânica, tipo “encamisamento”, no cabo de aço ou de fibra sintética, na região de atrito com a edificação. Substituir o cabo de fibra

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quando o alerta visual amarelo aparecer e o cabo de aço quando não passar pela inspeção da vida útil;

• Utilizar escada de mão construída em madeira seca, desempenada, livre de farpas e nós, sem pintura e com montantes interligados por travessas transversais.

• Proibir trabalho com escada de mão nas proximidades de portas, área de circulação, aberturas e vãos, rede e equipamentos elétricos desprotegidos;

• Espaçar os degraus das escadas uniformemente entre 0,25 m e 0,30 m; • Instalar fechamento provisório, em material resistente e seguramente fixado à estrutura, nos vãos de acesso ao poço dos elevadores;

• Orientar o trabalhador para não executar atividades sobre vigas metálicas da sustentação do andaime suspenso e não utilizar tábuas soltas para deslocamento entre estruturas elevadas;

• Manter aberturas de piso e caixas de passagem cobertas com material resistente;

• Orientar o telhadista para realizar o corte do madeiramento a ser utilizado na estrutura do telhado em piso térreo, evitando executar improvisações com ferramenta de disco no local da montagem.

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2.8 Funções e Riscos Específicos

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2.9 Ferramentas, Acessórios, Máquinas e Equipamentos Devem ser adequados para cada tarefa, mantidos em bom estado de conservação, conforme as determinações do fabricante, transportados adequadamente e guardados de forma a não obstruir as vias de circulação. Devem ser usados com cuidado para evitar quedas, acidentes e danos às mesmas e conforme as determinações da NR–18, item 18.22. 2.9.1 Ferramentas Manuais

• Transportar em bainhas de couro as ferramentas de corte, acondicionadas em portaferramentas;

• Proibir a utilização da ferramenta de fixação à pólvora em ambientes com produtos inflamáveis, explosivos e pessoas no local;

• Utilizar enxada com cabo longo na preparação manual de argamassa, evitando a inclinação acentuada de tronco.

2.9.2 Maçarico

Instalar válvulas anti-retrocesso de chamas nos cilindros e no maçarico e eliminar graxa e óleo, do conjunto de cilindros de gases, para evitar explosão; isolar com biombos e utilizar sistema portátil de exaustão dos fumos metálicos, manter os cilindros de gases em carrinhos, fixados com amarril, na posição vertical e estocar cilindros vazios de gás separados dos cheios, na vertical, por tipo, em local isolado com alambrado. 2.9.3 Máquinas e Ferramentas Elétricas Disponibilizar máquinas e ferramentas elétricas com aterramento, proteção em todos os sistemas de transmissão e partes móveis. Elas só devem ser operadas por trabalhadores qualificados e autorizados conforme requisitos da NR–18, item 18.22. 2.9.3.1 Policorte

• Instalar a policorte em bancada nivelada e local coberto, com sistema de exaustão acoplado à área de corte, coifa protetora no disco e nas partes móveis. Afixar nos locais de operação, a relação dos trabalhadores autorizados a utilizar a ferramenta;

• O trabalhador deverá utilizar capacete, protetor facial, protetor auditivo, luvas de raspa ou vaqueta, respirador descartável, avental de raspa e calçado de segurança.

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2.9.3.2 Serra Circular

• Instalar coifa protetora com alavanca de regulagem, cutelo divisor, proteção no sistema de transmissão de força e no dispositivo de acionamento, bem como caixa coletora de serragem e sistema de coleta de poeira de madeira;

• Afixar, na carpintaria, a relação dos trabalhadores autorizados a operar a serra circular;

• O trabalhador deverá utilizar capacete, protetor facial, protetor auditivo, luvas, máscara descartável, avental e calçado de segurança.

2.10 Acessórios 2.10.1 Suporte para Masseira com Sistema de Regulagem de Altura Suporte para masseira, com sistema de regulagem de altura, possibilita maior eficiência e postura adequada no levantamento de alvenaria. 2.10.2 Masseira com Dispositivo Manual A máquina de preparação de argamassa, com dispositivo manual, facilita o abastecimento do carrinho e minimiza as posturas inadequadas e a repetitividade de movimentos.

2.10.3 Balde para Graute Viabilizar a utilização de balde para graute, permitindo maior agilidade no preenchimento dos pontos e canaletas, além de reduzir os movimentos repetitivos e o esforço físico. 2.10.4 Caixa de Passagem Utilizar blocos com as caixas plásticas embutidas facilita a instalação de interruptor e tomada, tornando a atividade mais rápida e segura.

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2.11 Equipamentos 2.11.1 Bate Estaca

• Manter o pilão no solo quando este não estiver em operação; • Tornar obrigatório o uso do cinturão de segurança, tipo pára-quedista, preso ao trava queda em cabo independente, ao posicionar a estaca no capacete do pilão;

• Isolar a área de operação durante o posicionamento da estaca no capacete; • Utilizar protetor auditivo, luvas de raspa, bota de borracha ou de couro, vestimenta e na operação de soldagem dos anéis, usar máscara de solda, avental, luva e mangote de couro.

2.12 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas

• Instalar equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas, dimensionados por profissional legalmente habilitado, cuja montagem e desmontagem sejam feitas por trabalhador qualificado;

• Manter trabalhador qualificado na operação de movimentação e transporte, com função anotada em carteira de trabalho;

• Vistoriar, previamente à operação, os equipamentos de guindar e transportar quanto à capacidade de carga, altura de elevação e estado geral;

• Isolar e sinalizar a área de movimento de carga e evitar a circulação ou permanência de pessoas.

• Instalar torres dimensionadas para as cargas previstas, afastadas de redes elétricas ou isoladas, conforme normas da concessionária local;

• Instalar torre e guincho em uma única base de concreto, rígida e nivelada o mais próximo possível da edificação;

• Instalar guarda-corpo e rodapé nas rampas de acesso à torre do elevador, conforme item 18.13.5;

• Providenciar estaiamento da torre à estrutura da edificação, a cada laje ou pavimento, mantendo o trecho acima da última laje, fixado pelos montantes posteriores;

• Manter a distância de 4,00 m (quatro metros) entre a viga superior da cabina e o topo da torre, após a última parada;

• Providenciar aterramento elétrico da torre e guincho do elevador; • Revestir as torres de elevadores com tela de arame galvanizado ou material similar, quando a cabine não for fechada por painéis fixos de, no mínimo 2,00 metros de altura e com acesso único;

• Instalar barreiras (cancelas) de, no mínimo 1,80m de altura em todos os acessos, com recuo de 1,00 m, com dispositivo de segurança.

2.12.1 Elevadores de Transporte de Materiais

• Verificar diariamente o funcionamento dos sistemas de frenagem automática, segurança eletromecânica, trava de segurança e freio de motor;

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• Verificar o funcionamento do interruptor de corrente para movimentação somente com as portas fechadas e botoeira em cada pavimento, para comunicação direta com o guincheiro;

• Fixar placa, no interior do elevador de material, com a indicação de carga máxima e proibição de transporte de pessoas;

• Isolar e proteger o posto de trabalho do guincheiro contra queda de materiais;

• O operador do elevador de transporte de materiais deve registrar as irregularidades de funcionamento e de manutenção em livro próprio e comunicar estas irregularidades por escrito ao responsável da obra;

• Dispor de sistema de tração na subida e descida para impedir queda livre da cabina.

2.12.1 Elevador de Passageiros

• Deve ser instalado a partir da execução da 7ª laje dos edifícios em construção com 08 ou mais pavimentos, ou altura equivalente, cujo canteiro possua, pelo menos, 30 trabalhadores;

• Deve ter chave de partida e bloqueio, com dispositivo contra acionamento acidental ou por pessoa não autorizada;

• O transporte de material é permitido, desde que não realizado simultaneamente ao transporte de pessoas. Esta informação deve ser afixada no interior do elevador. Para o atendimento de passageiros e cargas, instalar comando externo;

• O operador deve registrar diariamente no livro de inspeção as condições de funcionamento e de manutenção do elevador;

• Diariamente deve ser verificado o funcionamento do interruptor de fins de curso superior e inferior, conjugado com freio automático eletromecânico; sistema de frenagem automática, sistema de segurança eletrônico; freio manual situado na cabina e interruptor de corrente para que se movimente somente com portas fechadas;

• Em cada pavimento, instalar botão para acionar lâmpada ou campainha permitindo comunicação eficaz entre operador e usuários durante a movimentação;

• Manter indicações do número máximo de passageiros e peso máximo equivalente;

• Testar os freios de emergência no máximo a cada três meses; • Exigir a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de montagem, desmontagem, inspeção e manutenção.

2.13. Grua Antes da instalação da grua, deve-se implantar Plano de Cargas, de acordo com o anexo III da NR 18 e algumas determinações como:

• Prever o Tempo de Entrega Técnica bem como teste de carga; • Aterrar a estrutura da grua conforme NBR 5410 e NBR 5419 e NR–18 item 18.21.1 e instalar pára-raio a 2,00 m acima da parte mais elevada da torre;

• Proibir a instalação próxima a redes de alta tensão;

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• Instruir os operadores para seguir rigorosamente as instruções do fabricante, inspecionar diariamente o equipamento e comunicar as ocorrências;

• Providenciar que a instalação, manutenção e retirada de grua sejam supervisionadas por profissional legalmente habilitado, visando confiabilidade na sua utilização e transporte;

• Treinar e reciclar os trabalhadores responsáveis pela operação e sinalização (comunicação);

• Isolar a área de operação; • Proibir trabalho sob intempéries; • Orientar o operador para o monitoramento da velocidade dos ventos e instalar anemômetro com alarme sonoro automático que indique velocidade superior a 42 km/h;

• Instalar proteção na cabina do operador contra a incidência de raios solares; • Elaborar e implementar procedimento para resgate do operador em caso de mal-estar;

• Utilizar mini gruas no transporte de carga do tipo vigas “I”, até 150 kg, tornando o transporte seguro;

• Dispor dos seguintes itens de segurança: limitador de momento máximo, da carga máxima, de fim de curso e de altura; alarme sonoro, placas indicativas, luz de obstáculo, trava de segurança no gancho do moitão, limitador de giro e de curso (translação);

• Exigir a ART de montagem, desmontagem, inspeção e manutenção. 2.14 Exposição aos Agentes Químicos Na indústria da construção, o trabalhador se expõe a agentes químicos como poeiras (cal, cimento, gesso, corte de madeira e de varrição), fumos metálicos (da operação de corte a quente e soldagem), solventes orgânicos (usados na limpeza, liberados das tintas e das mantas asfálticas) e produtos corrosivos diversos utilizados na limpeza entre outros. As medidas de proteção para estas exposições estão relacionadas a métodos e procedimentos de trabalho, mas a seguir são apresentadas algumas recomendações específicas, incluindo uso de proteção respiratória, que só deve ocorrer conforme Programa de Proteção Respiratória – PPR. 2.14.1 Cimento Evitar a aproximação das vias respiratórias na abertura do saco e ao despejar o cimento. Usar luvas, vestimenta de manga longa, óculos de segurança e, se necessário, proteção respiratória com filtro contra poeira; 2.14.2 Gesso Evitar a aproximação das vias respiratórias na abertura do saco e ao despejar o gesso; usar aspirador de pó acoplado à lixadeira para reduzir a poeira no ambiente, com conexão de suporte articulável para facilitar o manuseio e adequar a postura do trabalhador. Na operação de lixamento usar protetor auditivo, óculos de

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segurança do tipo panorâmico, capuz, vestimenta de manga longa, calçado de segurança, luvas e máscaras contra poeira incômoda ou, quando necessário, utilizar proteção respiratória com filtro contra poeira, seguindo as recomendações do Programa de Proteção Respiratória. 2.14.3 Varrição Evitar movimentos bruscos, usar o vento a favor do trabalhador e umedecer o local para minimizar a formação de poeira. 2.14.4 Solventes Orgânicos Operar de forma que o vento favoreça o trabalhador, utilizar luvas impermeáveis ou creme protetor, óculos tipo panorâmico, roupas de manga longa e, se necessário, respirador com filtro de carvão ativado. 2.14.5 Produtos Corrosivos Usar luvas impermeáveis, óculos tipo panorâmico, roupas de manga longa e, se necessário, respirador contra gases ácidos. 2.15 Levantamento e Transporte Manual de Carga No levantamento manual, agachar próximo à carga, mantendo a coluna ereta, os pés afastados e a carga próxima ao tronco para que a força seja realizada pelas pernas. Usar carrinho manual para transporte de carga com peso superior a 23 kg reduz a intensidade do esforço físico e posturas inadequadas. Usar carrinho para transporte de masseiras facilita a execução da tarefa e minimiza posturas inadequadas e repetitividade de movimentos. Utilizar rampa portátil e carrinho para descarga de material minimiza o esforço físico e torna a tarefa mais segura e eficiente. Orientar para a divisão da carga entre trabalhadores, quando o peso for superior a 23 kg. 2.16 Condições de Saúde dos Trabalhadores

• Orientar e treinar os trabalhadores para a utilização correta do protetor auditivo, sua higienização, guarda e manutenção. Realizar exames audiométricos de todos os trabalhadores.

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• Dar atenção integral à saúde dos trabalhadores, objetivando seu bem-estar no desenvolvimento de suas atividades. A adoção de atitudes saudáveis, como atividade física regular, lazer, dieta balanceada, higiene adequada, não fumar e não abusar da ingestão de álcool leva a uma boa qualidade de vida;

• Realizar ações de prevenção de doenças crônicas como Hipertensão Arterial, Diabetes, Obesidade, Dislipidemias, que se caracterizam pela evolução silenciosa, podendo ser modificadas por abordagens efetivas, evitando assim complicações e seqüelas irreversíveis;

• Orientar os trabalhadores quanto às formas de prevenção das parasitoses intestinais, como:

– Lavar as mãos antes das refeições e após a utilização do banheiro; – Proteger os alimentos dos insetos; – Comer de preferência verduras frescas e lavadas em água corrente tratada; – Cozinhar bem as carnes de boi ou de porco antes de consumi-las; – Evitar o consumo de alimentos de ambulantes que, em geral, não apresentam boas condições de higiene; – Beber água filtrada ou esfriada após fervura; – Manter as unhas limpas e cortadas; – Evitar andar descalço e não pisar e/ou nadar em águas paradas.

• Conscientizar os trabalhadores dos riscos à saúde pela presença de água parada nos locais de trabalho, que favorece a proliferação do mosquito da dengue. Recomendam-se os seguintes cuidados:

– Guardar baldes, capacetes e carrinhos de mão virados para baixo; – Não deixar lajes com água empoçada; – No caso de necessidade de se manter água parada, como para teste de impermeabilização, usar água sanitária ou cal e não ultrapassar 3 dias; – Manter galões, tambores e outros recipientes tampados. 2.16 Considerações Finais Para a realização das melhorias nas condições do ambiente de trabalho e de uma adequada prática de segurança e saúde, é fundamental o comprometimento de todos os envolvidos: construtora, empreiteira, fornecedores, prestadores de serviços, engenheiro, mestre de obra, técnicos de segurança e demais trabalhadores. Dessa forma, atua-se na prevenção de acidentes e doenças, bem como na valorização e auto-estima do trabalhador.

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CAPÍTULO 3

PROGRAMAS DE SEGURANÇA E AÇÕES PREVENTIVAS

3.1 Introdução Os instrumentos da ação regulatória do Estado, no tocante à segurança e saúde no trabalho para a indústria da construção, são praticáveis e adequados para prover e manter condições seguras de trabalho. Existe uma tendência em considerá-los instrumentos puramente burocráticos, o que leva ao cumprimento superficial dos programas obrigatórios e ao baixo envolvimento dos trabalhadores. Desta forma, negligenciam-se por desconhecimento, práticas benéficas ao próprio negócio, o que dificulta alterar os precários padrões em Segurança e Saúde do Trabalho nos canteiros de obras. A atuação em segurança e saúde no trabalho requer práticas sustentáveis cujo valor ético e econômico deve ser bem reconhecido. O empresário decide as condições de trabalho nos canteiros de obras e, por conseqüência, os riscos a que o trabalhador ficará exposto; dessa maneira, é responsável pela prevenção e deve dispor de recursos para tal, estabelecer responsabilidades e realizar ações de gestão de riscos e integração da prevenção em todos os níveis. Adotar medidas de prevenção de acidentes e agravos à saúde é evitar sofrimento e perdas financeiras, de produtividade e da boa imagem empresarial. Melhorar a limpeza, organizar adequadamente os resíduos, materiais para descarte e o próprio canteiro e melhor dimensionar as instalações, são ações que, além da minimização de acidentes de trabalho, geram economia de materiais e de horas trabalhadas, aumento de produtividade e redução dos custos da obra. O conhecimento dos benefícios provenientes da atuação em SST leva à adoção de medidas que visam promover condições de trabalho seguro, como dar instruções sobre métodos de trabalho, disponibilizar esquema de proteção para os riscos específicos, estabelecer participação dos trabalhadores e aprimorar os critérios para contratação de empreiteiras, trabalhadores autônomos e serviços de SST. O trabalhador tem direito à informação sobre o processo de trabalho, riscos ocupacionais e medidas de prevenção e proteção relacionadas. Não deve realizar atividades para as quais não esteja capacitado e não tenha sido treinado e expressamente autorizado. Deve cumprir os procedimentos adequados de trabalho e participar na garantia de condições seguras, informando ao seu superior imediato as intercorrências que porventura aconteçam. Cabe aos profissionais de higiene, segurança e saúde ocupacional, além de desenvolver os programas e ações de SST, motivar e comprometer a administração

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e os trabalhadores com o objetivo de minimizar riscos ocupacionais e/ou seus efeitos nos trabalhadores. 3.2 Gestão Os programas e ações em segurança e saúde no trabalho devem ser amplos, voltados à responsabilidade social, à redução de perdas e danos e ao aumento de produtividade da empresa. Os requisitos legais são o ponto de partida para metas mais avançadas e devem contemplar:

• Política de Segurança da empresa; • Implantação dos programas legais; • Treinamentos; • Inspeções planejadas; • Análise de riscos; • Procedimentos operacionais; • Regras para trabalho seguro, • Investigação de acidentes e incidentes; • Controle dos custos e perdas dos acidentes; • Gerenciamento de equipamentos de proteção coletiva e individual; • Campanhas de conscientização e de motivação; • Planos de emergências; • Critérios para tomada de decisões sobre riscos e metas para plano de ação.

O gerenciamento dos programas e ações em SST implica em melhor aproveitamento dos meios e recursos necessários – que a empresa deve fornecer – para a manutenção de condições de segurança e de conforto no ambiente laboral, além de outros benefícios, como a motivação dos trabalhadores pela melhoria das condições gerais, redução do absenteísmo e do presenteísmo, redução de desperdícios de materiais e de horas trabalhadas, aumento de produtividade e reforço da imagem institucional da empresa. 3.3 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA A CIPA (NR-5) tem por finalidade a participação do trabalhador na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais mediante a identificação dos riscos, sugestões de medidas de controle e o acompanhamento das medidas adotadas, de modo a obter permanente integração entre trabalho, segurança e promoção da saúde. Na construção civil a constituição da CIPA deverá seguir as determinações contidas na NR – 18, item 18.33 e seus subitens. 3.4 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA O PPRA, descrito na NR-9, estabelece a avaliação dos riscos ambientais nos locais de trabalho, implantação de ações para a melhoria das situações encontradas em um plano e cronograma anual. O PPRA subsidia o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, o Programa de Condições e Meio

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Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT e o Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT. O PPRA tem como objetivos a antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos agentes físicos, químicos e biológicos, nos ambientes de trabalho, considerando também a proteção do meio ambiente de trabalho e dos recursos naturais. É aplicado em todas as empresas com trabalhadores contratados pela CLT, independente do tipo de atividade, risco ou número de trabalhadores, sendo seu cumprimento de responsabilidade do empregador. O programa deverá conter, no mínimo, identificação da empresa com informações do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), grau de risco de acordo com o Quadro I da NR-4, número de trabalhadores e a sua distribuição por sexo, número de menores, horários de trabalhos e turnos; planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; estratégia e metodologia de ação; forma de registro, manutenção e divulgação dos dados e periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser realizados por um Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, por pessoa, ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na NR-9. 3.5 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT O PCMAT tem por objetivo a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção em estabelecimentos com 20 ou mais trabalhadores. Este Programa deve contemplar as exigências do PPRA, do memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; projeto de instalação das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra; especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; layout inicial do canteiro de obras, abrangendo inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência e programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária. 3.6 Análise Ergonômica do Trabalho – AET O objetivo da AET é fornecer soluções, mediante a identificação dos riscos, para a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador.

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A efetiva aplicação das medidas recomendadas, para adequação do posto de trabalho, em conformidade com a Norma Regulamentadora - NR 17 gera benefícios, como a melhoria das condições de saúde, segurança, conforto e eficiência do trabalhador, bem como aumento da produtividade da empresa. A Análise Ergonômica do Trabalho pode ser classificada:

• Ergonomia de concepção: Ocorre na fase inicial do projeto do produto, da máquina ou do ambiente, a partir de conhecimento prévio dos riscos de cada etapa da obra, criando condições de trabalho adequadas, visando eficácia, segurança e conforto.

• Ergonomia de correção: Aplicada para corrigir eventuais problemas que

interfiram na segurança e no conforto dos trabalhadores, na qualidade ou quantidade da produção. Na indústria da construção civil, devido às constantes alterações de atividades, dos ambientes e dos trabalhadores, as ações corretivas devem ser tomadas de maneira rápida e prática.

• Ergonomia de conscientização: É aplicada nos treinamentos e reciclagens do

trabalhador para conscientizá-lo, orientá-lo e motivá-lo para o trabalho seguro, capacitá-lo para o reconhecimento dos fatores de riscos ocupacionais e para a proposição de medidas de controle, visando à melhoria das condições de trabalho no canteiro de obra. É importante instrumento para envolver os trabalhadores nas questões de segurança e saúde no trabalho.

3.7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO De acordo com a norma regulamentadora (NR-7) o PCMSO deverá:

• Ser planejado e implantado com base nos riscos identificados nas avaliações previstas pelas Normas Regulamentadoras;

• Possuir diretrizes mínimas que possam balizar as ações desenvolvidas de acordo com conhecimentos científicos atualizados e a boa prática médica;

• Considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho;

• Ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza sub-clínica, além da constatação de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.

3.8 Programa de Conservação Auditiva – PCA É um conjunto de ações coordenadas com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo principal de desenvolver ações para preservar e monitorar a audição dos trabalhadores. Na indústria da construção civil, a implantação deste programa deve considerar a etapa da obra e as funções envolvidas em cada etapa. Sua

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implantação deve ser de responsabilidade dos profissionais, envolvidos com a área de Segurança e Saúde no Trabalho, que atuam diretamente na construtora ou nas empreiteiras. Pode também ser de responsabilidade de profissionais terceirizados. É de fundamental importância a participação dos trabalhadores e dos administradores da obra. Construtoras e empreiteiras devem adotar cuidados à saúde auditiva dos trabalhadores, em decorrência das características apresentadas no perfil, como a presença de ruído acima do nível de ação e o alto índice de trabalhadores com perda auditiva sugestiva de estar relacionada ao trabalho. 3.9 Programa de Proteção Respiratória – PPR O PPR é de vital importância no controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado (poeiras, fumos, névoas, gases e vapores) o objetivo principal deve ser minimizar a contaminação do local de trabalho. Isto deve ser alcançado, tanto quanto possível, pelas medidas de controle coletivo (enclausuramento, ventilação local, etc.). Quando as medidas de controle coletivo não são viáveis, ou enquanto estão sendo implantadas ou avaliadas, ou nas situações de emergência, devem ser usados respiradores apropriados, em conformidade com os requisitos contidos no PPR

3.10 Prevenção contra Incêndios A prevenção contra incêndio é um dos temas de grande importância dentro da gestão de segurança de uma empresa. É realizada por treinamentos teóricos e práticos dos trabalhadores, com o objetivo de proteger a vida, proporcionando meios de controle e extinção do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio, através do combate ao princípio do incêndio, permitindo, ao Corpo de Bombeiros, a continuidade da ação. Em um canteiro de obras, existem vários materiais e atividades que representam risco de incêndio, como, madeiras, utilizadas nos processos construtivos e nas edificações de escritórios, áreas de vivência e depósitos de materiais e produtos diversos como tintas, solventes e plásticos; máquinas e veículos abastecidos com combustíveis líquidos inflamáveis, trabalhos com solda e ligações elétricas inadequadas de máquinas e equipamentos. Mesmo com as diferentes características existentes nos canteiros conforme a etapa da obra é necessário que haja um planejamento e gerenciamento de um programa de prevenção contra incêndios, visando:l

• A organização do armazenamento e controle dos materiais combustíveis utilizados para a realização dos serviços;

• A formação e treinamento de uma brigada de incêndios formada pelos funcionários da obra;

• O dimensionamento das edificações utilizadas para os trabalhos e armazenagens, considerando a resistência ao fogo de seus elementos e o distanciamento entre outros imóveis;

• O desenvolvimento do projeto das instalações elétricas compatíveis com as necessidades de uso do canteiro.

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CAPÍTULO 4

MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

4.1 Legislação

As Medidas de Segurança contra Incêndio é de aplicação obrigatória em nível federal conforme a Norma Regulamentadora NR-23.

No Estado de São Paulo é de aplicação obrigatória o Decreto Estadual n.º 56.819/11 de 10 de março de 2011 e suas respectivas Instruções Técnicas – IT.

4.2 Aplicação do Decreto Estadual 56.819/11

As exigências de segurança previstas neste Regulamento se aplicam às edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo, devendo ser observadas, em especial, por ocasião da: I – construção de uma edificação ou área de risco; II – reforma de uma edificação; III – mudança de ocupação ou uso; IV – ampliação de área construída; V – aumento na altura da edificação; VI – regularização das edificações ou áreas de risco. § 1º – Estão excluídas das exigências deste Regulamento: 1 – edificações de uso residencial exclusivamente unifamiliares; 2 – residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de ocupação mista com até dois pavimentos, e que possuam acessos independentes. § 2º – Nas ocupações mistas, para determinação das medidas de segurança contra incêndio a serem implantadas, adota-se o conjunto das exigências de maior rigor para o edifício como um todo, avaliando-se os respectivos usos, as áreas e as alturas, observando ainda: 1 – no dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio deve ser considerada cada ocupação a ser protegida; 2 – nas edificações térreas, quando houver parede de compartimentação entre as ocupações mistas, as exigências de chuveiros automáticos, de controle de fumaça e de compartimentação horizontal (de áreas) podem ser determinadas em função de cada ocupação;

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3 – nas edificações térreas com ocupações mistas que envolvam as ocupações de indústria, depósito ou escritório, as exigências de chuveiros automáticos, de controle de fumaça e de compartimentação horizontal (de áreas) podem ser determinadas em função de cada ocupação, desde que haja, entre elas, barreira de fumaça conforme ITCB 15 – Controle de Fumaça; 4 - nas edificações com mais de um pavimento, quando houver compartimentação entre as ocupações mistas, as exigências de controle de fumaça e de compartimentação horizontal (de áreas) podem ser determinadas em função de cada ocupação. As áreas destinadas exclusivamente para uso residencial estão isentas do sistema de chuveiros automáticos.

4.2.1 Das Responsabilidades

Nas edificações e áreas de risco a serem construídas cabe aos respectivos autores e/ou responsáveis técnicos, o detalhamento técnico dos projetos e instalações das medidas de segurança contra incêndio, objeto deste Regulamento, e ao responsável pela obra, o fiel cumprimento do que foi projetado e das normas técnicas pertinentes. Nas edificações e áreas de risco já construídas, é de inteira responsabilidade do proprietário ou do responsável pelo uso, a qualquer título. O proprietário do imóvel ou o responsável pelo uso obrigam-se a manter as medidas de segurança contra incêndio em condições de utilização, providenciando sua adequada manutenção, sob pena de cassação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros - AVCB, independentemente das responsabilidades civis e penais cabíveis.

4.2.2 Da Altura e Área das Edificações

Para fins de aplicação deste Regulamento, na mensuração da altura da edificação, não serão considerados: I – os subsolos destinados exclusivamente a estacionamento de veículos, vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência humana; II – pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados; III – mezaninos cuja área não ultrapasse a 1/3 (um terço) da área do pavimento onde se situa; IV – o pavimento superior da unidade duplex do último piso de edificação de uso residencial. Para fins de aplicação deste Regulamento, no cálculo da área a ser protegida com as medidas de segurança contra incêndio, não serão computados: I – telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas d’água, tanques e outras instalações desde que não tenham área superior a 10 metros quadrados;

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II – platibandas e beirais de telhado até 3 metros de projeção; III – passagens cobertas, com largura máxima de 3 metros, com laterais abertas, destinadas apenas à circulação de pessoas ou mercadorias; IV – as coberturas de bombas de combustível e de praças de pedágio, desde que não sejam utilizadas para outros fins e sejam abertas lateralmente; V – reservatórios de água; VI – piscinas, banheiros, vestiários e assemelhados, no tocante aos sistemas hidráulicos, alarme de incêndio e compartimentação; VII – escadas enclausuradas, incluindo as antecâmaras; VIII – dutos de ventilação das saídas de emergência. 4.2.3 Das Medidas de Segurança contra Incêndio Constituem medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco: I – acesso de viatura na edificação e áreas de risco; II – separação entre edificações; III – resistência ao fogo dos elementos de construção; IV – compartimentação; V – controle de materiais de acabamento; VI – saídas de emergência; VII – elevador de emergência; VIII – controle de fumaça; IX – gerenciamento de risco de incêndio; X – brigada de incêndio; XI – brigada profissional; XII - iluminação de emergência; XIII– detecção automática de incêndio; XIV – alarme de incêndio; XV – sinalização de emergência; XVI – extintores; XVII – hidrante e mangotinhos; XVIII – chuveiros automáticos; XIX – resfriamento; XX – espuma; XXI – sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono (CO2); XXII – sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA); XXIII – controle de fontes de ignição (sistema elétrico; soldas; chamas; aquecedores, etc.).

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4.2.4 Classificação das Edificações e Áreas de Risco Quanto à Ocupação

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4.2.5 Classificação das Edificações e Áreas de Risco Quanto à Altura

4.2.6 Classificação das Edificações e Áreas de Risco Quanto à Carga de Incêndio

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4.2.7 Exemplo: Exigências para Edificações com Área Superior a 750 m² ou Altura Superior a 12,00 m

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4.2.8 Medidas Ativas e Passivas de Proteção contra Incêndio As medidas ativas de proteção que abrangem a detecção, alarme e extinção do fogo (automática e/ou manual); As medidas passivas de proteção que abrangem o controle dos materiais, meios de escape, compartimentação e proteção da estrutura do edifício.

CURVA CARACTERÍSTICA DE UM INCÊNDIO

CLASSES DE INCÊNDIO

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4.3 Acesso de Viatura da Edificação e Áreas de Risco (ITCB-6) Características mínimas da via de acesso:

• Largura mínima de 6 m • Suportar viaturas com peso de 25 toneladas distribuídas em dois eixos. • Altura livre mínima de 4,5 m.

VIA DE ACESSO PARA VIATURA O portão de acesso (quando houver) deve ter as seguintes dimensões mínimas: a. largura: 4,0 m;

b. altura: 4,5 m.

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MODELO DE PORTÃO DE ACESSO Recomenda-se que as vias de acesso com extensão superior a 45 m possuam retornos, que podem ser dos seguintes tipos: a. circular;

b. em formato de “Y”; ou

c. em formato de “T”.

MODELO DE RETORNO

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4.4 Separação entre Edificações [Isolamento de Risco] - (ITCB-7) 4.4.1 Definições e Conceitos

Considera-se isolamento de risco a distância ou proteção, de tal forma que, para fins de previsão das exigências de medidas de segurança contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à adjacente. As edificações situadas no mesmo lote que não atenderem às exigências de isolamento de risco deverão ser consideradas como uma única edificação para o dimensionamento das medidas de proteção.

SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES NO MESMO LOTE

Em edificações geminadas admite-se o telhado comum desde que haja lajes com Tempo Requerido de Resistência ao Fogo - TRRF de 2 h. Edificação expositora: construção na qual o incêndio está ocorrendo, responsável pela radiação de calor, convecção de gases quentes ou transmissão direta das chamas. É a que exige a maior distância de afastamento, considerando-se duas edificações em um mesmo lote ou propriedade.

Edificação em exposição: construção que recebe a radiação de calor, convecção de gases quentes ou a transmissão direta das chamas. Propriedades distintas: são edificações localizadas em lotes distintos, com plantas aprovadas pela Prefeitura Municipal separadamente, sem qualquer tipo de abertura ou comunicação de área.

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4.4.2 Arranjos Físicos das Edificações e os Tipos de Isolamento de Risco O tipo de propagação e o conseqüente tipo de isolamento a ser adotado dependem do arranjo físico das edificações que podem ser:

• Entre as fachadas das edificações adjacentes, por radiação térmica

PROPAGAÇÃO ENTRE FACHADAS

• Entre a cobertura de uma edificação de menor altura e a fachada da outra edificação, por radiação térmica

PROPAGAÇÃO ENTRE COBERTURA E FACHADAS

• Entre duas edificações geminadas, pelas aberturas localizadas em suas fachadas e/ou pelas coberturas das mesmas, pelas três formas de transferência de energia.

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PROPAGAÇÃO ENTRE DUAS EDIFICAÇÕES GEMINADAS COM A MESMA ALTURA

• Entre edificações geminadas, por meio da cobertura de uma edificação de menor altura e a fachada de outra edificação, pelas três formas de transferência de energia

PROPAGAÇÃO ENTRE DUAS EDIFICAÇÕES GEMINADAS COM ALTURAS DIFERENCIADAS

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• Isolamento (distância de segurança) entre fachadas de edificações adjacentes

DISTÂNCIA DE SEGURANÇA

• Isolamento (distância de segurança) entre a cobertura de uma edificação de menor altura e a fachada de uma edificação adjacente

DISTÂNCIA DE SEGURANÇA ENTRE A COBERTURA E FACHADA

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• Parede corta-fogo sem aberturas entre edificações contíguas

PAREDE CORTA-FOGO 4.4.3 Procedimentos

A propagação por radiação térmica depende basicamente do nível de radiação proveniente de uma edificação em chamas.

O nível de radiação está associado à severidade do incêndio, à área de aberturas existentes e à resistência ao fogo dos vedos.

Dentre vários fatores que determinam a severidade de um incêndio, dois possuem importância significativa e estão relacionados com o tamanho do compartimento incendiado e a carga de incêndio da edificação.

O tamanho do compartimento está relacionado com a dimensão do incêndio e a relação – largura e altura – do painel radiante localizados na fachada.

A Tabela 1 indica qual a parte da fachada a ser considerada no dimensionamento.

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TABELA 1 - DETERMINAÇÃO DA FACHADA PARA O DIMENSIONAMENTO

Para as edificações que possuem fachadas não paralelas ou não coincidentes, devem-se efetuar os dimensionamentos de acordo com a Tabela 1 e aplicar a distância para o ponto mais próximo entre as aberturas das edificações.

DISTÂNCIA ENTRE FACHADAS NÃO PARALELAS OU NÃO COINCIDENTES

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A carga de incêndio é outro fator a ser considerado e as edificações classificam-se, conforme Tabela 2.

TABELA 2 - SEVERIDADE DA CARGA DE INCÊNDIO PARA O ISOLAMENTO DE RISCO

Para determinação dos valores de carga de incêndio para as diversas ocupações, deve-se consultar a ITCB-14 – Carga de Incêndio. Exemplo da Tabela de Carga de Incêndio da ITCB - 14

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4.4.3.1 Dimensionamento da Distância de Separação A fórmula geral para o dimensionamento é D = “α” x (largura ou altura) + “β”, onde: a. “D” = distância de separação em metros;

b. “α” = coeficiente obtido da tabela A-1, em função da relação (largura/altura

ou altura/largura), da porcentagem de aberturas e da classificação de

severidade;

c. “β”= coeficiente de segurança que assume os valores de 1,5 m (β1) ou de 3 m (β2), conforme a existência de Corpo de Bombeiros no município. Para dimensionar a distância de separação segura entre edificações “D”, considerando a radiação térmica, deve-se: Relacionar as dimensões (largura/altura ou altura/largura) do setor da fachada a ser considerado na edificação conforme Tabela 1, dividindo-se sempre o maior parâmetro pelo menor (largura e altura) e obter o valor. Nota: Se o valor “x” obtido for um valor intermediário na Tabela A-1, deve-se adotar o valor imediatamente superior.

Determinar a porcentagem de aberturas “y” no setor a ser considerado.

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PORCENTAGEM DE ABERTURAS NA FACHADA Nota: Se o valor obtido y for um valor intermediário na Tabela A-1, deve-se adotar o valor imediatamente superior Verificar a carga de incêndio da edificação e classificá-la conforme Tabela 2. Com os valores x e y obtidos e a classificação da severidade, consultar a tabela A-1, obtendo-se o índice “α”, que é a base de cálculo para a distância segura entre edificações.

A distância de separação “D” é obtida multiplicando-se o índice “α” pela menor dimensão do setor considerado na fachada (largura ou altura), acrescentando o fator de segurança “β”, que possui 2 valores: a. “β1” igual a 1,5 m nos municípios que possuem Corpo de Bombeiros com viaturas para combate a incêndios; ou b. “β2” igual a 3 m nos municípios que não possuem Corpo de Bombeiros.

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4.4.3.2 Fatores Redutores de Distância de Separação Os fatores especificados na tabela B-1 são redutores da distância de separação (D), considerando as fachadas que recebem exposição de calor proveniente de edificações adjacentes localizadas dentro do mesmo lote. Se a edificação em exposição ou expositora possuir até 12 metros de altura e até 750 m² de área, desconsiderando aquelas áreas permitidas pelo Regulamento de Segurança contra Incêndio, a distância máxima de separação “D” pode ser definida, alternativamente, de acordo com a Tabela 3.

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TABELA 3 - MÁXIMA DISTÂNCIA DE SEPARAÇÃO, EM METROS, PARA EDIFICAÇÕES QUE POSSUAM ATÉ 12 m DE ALTURA E ATÉ 750 m²

Notas da Tabela 3:

1. Considerar a maior porcentagem de abertura entre as edificações em exposição e a expositora.

2. As distâncias acima deverão ser aplicadas entre as aberturas mais próximas na projeção horizontal, independente do pavimento.

3. A distância máxima entre aberturas situadas em banheiros, vestiários, saunas e piscinas pode ser de 4 m.

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Exemplo 1: Em uma edificação de escritórios que possui uma carga de incêndio de 700 MJ/m², com superfície radiante de 50,00 m de largura e altura de 15 m (sem compartimentação), com porcentual de aberturas de 60%. Obs.: A edificação situa-se em uma cidade com Corpo de Bombeiros.

1º passo: Relação largura/altura, X = 50/15 = 3,333 (adotar índice 4, na Tabela A-1; 2º passo: Determinação do porcentual de abertura, Y= 60% (área considerada da fachada - vedos/área total da fachada); 3º passo: Determinar a severidade, conforme carga de incêndio (Tabela 2) = Classificação de severidade “II”; 4º passo: Com os valores de “X” e “Y”, consultar a Tabela A-1, obtendo-se o índice “α”= “2,88”; 5º passo: Multiplicar a menor dimensão (15 m) pelo índice “α”. Então: 2,88 x 15 m = 43,2 m e adicionando-se o índice “β” =1,5 m, obtém-se 44,7 m de distância (D= “α” x (menor dimensão) + “β”);

Exemplo 2: Em uma edificação de escritórios que tenha uma carga de Incêndio de 700 MJ/m², com superfície radiante tendo largura igual a 50 m e altura de 18 m (sem chuveiros automáticos e com compartimentação horizontal e vertical entre pisos, pé-direito de 3 m), com porcentual de aberturas de 20%. Obs.: A edificação situa-se em uma cidade com Corpo de Bombeiros. 1º passo: Relação largura/altura, X = 50/3= 16,7 (adotar índice “20” na Tabela A-1). 2º passo: Determinação do porcentual de abertura Y= 20% (área considerada da fachada - vedos / área total da fachada). 3º passo: Determinar a classificação da severidade, conforme carga de incêndio (tabela 2) = Classificação de severidade “II”. ; 4º passo: Com os valores de “X” e “Y”, consultar a tabela A-1, obtendo-se o índice “α”= “1,34”. 5º passo: Multiplicar a menor dimensão da maior área compartimentada (50 m de comprimento e 3 m de pé-direito) pelo índice “α”. Então: 3 x 1,34 m = 4,02 m e adicionando-se mais o índice “β”de 1,5 m, obtém-se 5,52 m de distância. Obs.: Verifica-se neste exemplo a importância da compartimentação de áreas.

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4.5 Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical - (ITCB-9) 4.5.1 Compartimentação Horizontal Sempre que houver exigência de compartimentação horizontal (de áreas), deve-se restringir as áreas dos compartimentos, de acordo com o anexo B “Tabela de área máxima de compartimentação”, com os seguintes elementos construtivos ou de vedação: a. paredes corta-fogo; b. portas corta-fogo; c. vedadores corta-fogo; d. registros corta-fogo (dampers); e. selos corta-fogo; f. cortina corta-fogo; g. afastamento horizontal entre aberturas.

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Quaisquer aberturas existentes nas paredes de compartimentação destinadas à passagem de instalações elétricas, hidrossanitárias, telefônicas e outros que permitam a comunicação direta entre áreas compartimentadas devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo. 4.5.1 Compartimentação Vertical A inexistência ou a simples quebra da compartimentação vertical, por qualquer meio, implica na somatória das áreas dos pavimentos, para fins de cálculo da área máxima compartimentada, de acordo com o anexo “B” desta IT. A compartimentação vertical é constituída dos seguintes elementos construtivos ou de vedação: a. Entrepisos corta-fogo; b. Enclausuramento de escadas por meio de parede de compartimentação; c. Enclausuramento de poços de elevador e de monta-carga por meio de parede de compartimentação; d. Selos corta-fogo; e. Registros corta-fogo (dampers); f. Vedadores corta-fogo; g.Elementos construtivos corta-fogo de separação vertical entre pavimentos consecutivos; h. Selagem perimetral corta-fogo; i. Cortina corta-fogo. Quando a separação for provida por meio dos prolongamentos dos entrepisos, as abas devem se projetar, no mínimo, 0,9 m além do plano externo da fachada. Nas edificações exclusivamente residenciais, as sacadas e terraços utilizadas na composição da compartimentação vertical podem ser fechadas com vidros de segurança, desde que sejam constituídos por materiais de acabamento e de revestimento incombustíveis (piso, parede e teto). Os caixilhos e os componentes transparentes ou translúcidos das janelas devem ser compostos por materiais incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados.

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MODELO DE COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL

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MODELO DE COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL

MODELO DE COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL (FACHADA ENVIDRAÇADA)

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4.6 Saídas de Emergência - (ITCB-11) As saídas de emergência compreendem o seguinte: a. acessos; b. rotas de saídas horizontais, quando houver, e respectivas portas ou espaço livre exterior, nas edificações térreas; c. escadas ou rampas; d. descarga. 4.6.1 Cálculo da População

As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação.

A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da Tabela 1 (Anexo “A”), considerando sua ocupação dada na Tabela 1 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação do Regulamento de segurança contra incêndio e áreas de risco do Estado de São Paulo.

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A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critérios: a. os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que sirvam à população; b. as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas para os lances correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída. A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, é dada pela seguinte fórmula: P N = C N = Número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro imediatamente superior. P = População, conforme coeficiente da Tabela 1 (Anexo “A”) C = Capacidade da unidade de passagem conforme Tabela 1 (Anexo “A”). Notas: 1. Unidade de passagem: largura mínima para a passagem de um fluxo de pessoas, fixada em 0,55 m; 2. Capacidade de uma unidade de passagem: é o número de pessoas que passa por esta unidade em 1 minuto; 3. A largura mínima da saída é calculada pela multiplicação do N pelo fator 0,55, resultando na quantidade, em metros, da largura mínima total das saídas. As larguras mínimas das saídas de emergência, em qualquer caso, devem ser de 1,2 m, para as ocupações em geral, ressalvando o disposto abaixo: a. 1,65 m, correspondente a 3 unidades de passagem de 55 cm, para as escadas, os acessos (corredores e passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2 (asilos, orfanatos,etc.) e H-3 (hospitais e assemelhados); b. 1,65 m, correspondente a 3 unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos (corredores e passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2; c. 2,2 m, correspondente a quatro unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H, divisão H-3. A largura das saídas deve ser medida em sua parte mais estreita, não sendo admitidas saliências de alizares, pilares e outros, com dimensões maiores que as indicadas na Figura, e estas somente em saídas com largura superior a 1,2 m.

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MEDIDA DA LARGURA EM CORREDORES E PASSAGENS

Os acessos devem satisfazer às seguintes condições: a. permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da edificação; b. permanecer desobstruídos em todos os pavimentos; c. ter pé-direito, mínimo de, 2,5 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2 metros; 4.6.2 Distâncias Máximas a Serem Percorridas As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local de relativa segurança (espaço livre exterior, área de refúgio, área compartimentada – desde que tenha pelo menos uma saída direta para o espaço livre exterior - escada protegida ou à prova de fumaça), tendo em vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar: a. o acréscimo de risco quando a fuga é possível em apenas um sentido; b. a redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos, detectores ou controle de fumaça; c. a redução de risco pela facilidade de saídas em edificações térreas. As distâncias máximas a serem percorridas para atingir as portas de acesso às saídas das edificações e o acesso às escadas ou às portas das escadas (nos pavimentos) constam da Tabela 2 (Anexo “B”) e devem ser consideradas a partir da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que o seu caminhamento interno não ultrapasse 10 m.

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4.6.3 Saídas nos Pavimentos Os tipos de escadas exigidas para as diversas ocupações, em função da altura, encontram-se na Tabela 3 (Anexo “C”). No caso de duas ou mais escadas de emergência, a distância de trajeto entre as suas portas de acesso deve ser, no mínimo, de 10 m, exceto quando o corredor de acesso possuir comprimento inferior a este valor. Nas edificações com altura acima de 36 m, independente do item anterior, é obrigatória a quantidade mínima de duas escadas, exceto para grupo A-2 (edifícios de apartamentos em geral). Nas edificações do grupo A-2, com altura acima de 80 m, é obrigatória a quantidade mínima de duas escadas.

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NE = Escada não enclausurada (escada comum); EP = Escada enclausurada protegida (escada protegida); PF = Escada à prova de fumaça.

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4.6.4 Rampas O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: a. para unir 2 pavimentos de diferentes níveis em acesso a áreas de refúgio em edificações com ocupações dos grupos H-2 e H-3. Será obrigatório para interligar áreas de refúgio em níveis diferentes; b. na descarga e acesso de elevadores de emergência; c. quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada; d. para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações (NBR 9050/04). Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,20 m, medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m. O piso das rampas deve ser antiderrapante com, no mínimo, 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e permanecer antiderrapante com o uso. 4.6.5 Escadas Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem: a. ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível; b. oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais além da incombustibilidade, conforme ITCB- 08 – Resistência ao fogo dos elementos de construção, quando não enclausuradas; c. atender às condições específicas estabelecidas na ITCB - 10 – Controle de materiais de acabamento e de revestimento, quanto aos materiais de acabamento e revestimento utilizados na escada; d. ser dotadas de guardas em seus lados abertos; e. ser dotadas de corrimãos em ambos os lados. 4.6.6 Dimensionamento de Degraus Os degraus devem: a. ter altura h (ver Figura 4) compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5 cm; b. ter largura b (ver Figura 4) dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm c. serem balanceados quando o lance da escada for curvo (escada em leque) ou em espiral, quando se tratar de escadas para mezaninos e áreas privativas, caso em que a medida do degrau (largura do degrau) será feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita desses degraus não

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tenha menos de 15 cm para lance curvo e 7 cm para espiral;

ALTURA E LARGURA DOS DEGRAUS

ESCADA COM LANCES CURVOS E DEGRAUS BALANCEADOS

4.6.7 Guardas e Corrimãos Toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) contínuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm, para evitar quedas. A altura das guardas, medida internamente, deve ser, no mínimo, de 1,05 m ao longo dos patamares, escadas, corredores, mezaninos e outros podendo ser reduzida para até 0,92 m nas escadas internas, quando medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus. As alturas das guardas em escadas externas, de seus patamares, de balcões e assemelhados, devem ser de no mínimo 1,3 m. As guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem: a. ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança (laminados ou aramados) e outros, de modo que uma esfera de

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15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura; b. ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas; c. ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso. Os corrimãos devem ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso.

DIMENSÕES DE GUARDAS E CORRIMÃOS

PORMENORES DE CORRIMÃOS

4.7 Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio – (ITCB – 19) 4.7.1 Conceitos Gerais Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. A principal é a rede do sistema elétrico da edificação, e a auxiliar é constituída por baterias, nobreak ou gerador. Quando a fonte de alimentação auxiliar for constituída por bateria de acumuladores ou “nobreak”, esta deve ter autonomia mínima de 24 horas em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser de, no mínimo, 15 minutos para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para o abandono da edificação.

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A central de detecção e alarme e o painel repetidor devem ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização. A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 30 metros. Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser localizados junto aos hidrantes. Nos edifícios com mais de um pavimento, deve ser previsto pelo menos um acionador manual em cada pavimento. Os mezaninos estarão dispensados desta exigência, caso o acionador manual do piso principal dê cobertura para a área do mezanino. Nos locais onde não seja possível ouvir o alarme geral devido a sua atividade sonora intensa, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros. Em edifícios residenciais com altura até 30 metros, o sistema de alarme pode ser substituído pelo sistema de interfone, desde que cada apartamento possua um ramal ligado à central que deve ficar em portaria com vigilância humana de 24 horas, e tenha fonte autônoma com duração mínima de 60 minutos. 4.7.2 Detalhamento dos Conceitos e dos Sistemas As ações de combate ao fogo podem ser iniciadas automaticamente pelo sistema de detecção e alarme de incêndio (SDAI), por meio do acionamento de um dispositivo de supressão ao fogo como, por exemplo, o disparo do sistema de gases limpos dentro de uma sala de CPD.

O SDAI é constituído basicamente pelos seguintes componentes: detectores automáticos de incêndio, acionadores manuais, painel de controle (processamento), meios de aviso (sinalização), fonte de alimentação elétrica e infra-estrutura (eletrodutos e circuitos elétricos).

O SDAI possui três elementos básicos dentro do conceito operacional do sistema, que podemos descrevê-los como detecção, processamento e aviso (sinalização). O primeiro elemento (detecção) é a parte do sistema que “percebe” (detecta) o incêndio.

O segundo elemento envolve o processamento do sinal do detector de incêndio ou acionador manual enviado do local do fogo até a central de processamento ou central de alarme.

O sistema de processamento da central ativa o aviso por meio de sinalização visual e/ou sonora, com o objetivo de alertar os ocupantes e também acionar dispositivos auxiliares para operação de outros sistemas (como por exemplo: sistema de controle de fumaça, pressurização das escadas, abertura e fechamento de portas ou dampers, acionamento de elevadores ao piso de descarga, acionar chamadas telefônicas etc.).

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A detecção de um incêndio ocorre por intermédio dos fenômenos físicos primários e secundários de uma combustão. Podemos citar como exemplos de fenômenos físicos primários a radiação visível e invisível do calor da chama aberta e a variação de temperatura do ambiente devido a um incêndio e exemplos de fenômenos secundários a produção de fumaça e fuligem.

O ajuste da sensibilidade dos detectores é fundamental para se evitar a ocorrência de alarmes falsos. Os fenômenos secundários são mais fáceis de serem detectados, pois tais efeitos não se confundem com as condições de um ambiente em situação normal, o que permite definir uma sensibilidade maior de atuação do sensor; já o ajuste de um sensor para detectar a variação de temperatura do ambiente em razão de uma combustão traz maior dificuldade, pois variações de temperatura ocorrem em um ambiente em situação de normalidade.

Devido ao efeito físico da subida do ar quente, normalmente os detectores de temperatura e fumaça são instalados no teto de um ambiente, porém há necessidade de se levar em consideração a temperatura junto ao teto que pode sofrer aquecimento devido principalmente à radiação solar, iluminação ou sistemas de condicionamento de ar, formando um colchão de ar quente que não permite o contato da fumaça ou do calor gerado no princípio de um incêndio com o detector no teto, impedindo ou retardando a detecção. Esse fenômeno é chamado de estratificação. Quando o ar (contendo partículas de fumaça) aquecido por meio da combustão do incêndio, torna-se menos denso que o ar ambiente, a fumaça gerada não terá força de ascensão suficiente para vencer este efeito e não atingirá o detector no teto. Quando as proporções do fogo aumentar, a temperatura da coluna de ar em ascensão aumentará e poderá vencer o efeito da estratificação, ocorrendo então a detecção, porém retardada. Em ambientes dotados de sistemas de ar-condicionado e/ou tetos cujas características de isolação permitam um aumento ou diminuição da temperatura no ambiente, provocados por influências externas (por exemplo, sol, ventos, frios, etc.), poderá ocorrer o fenômeno da estratificação.

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• Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio (SDAI) - Conjunto de equipamentos destinados a gerar um alarme ou uma ação automática de extinção quando um de seus componentes atuar em função da presença de uma das características físico-químicas de um incêndio.

• Central de Detecção e Alarme de Incêndio - Equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção e alarme, convertendo-os em indicações (informações) adequadas, bem como a comandar e controlar os demais componentes do sistema (sirenes, sinalização visual, sub-centrais, dispositivos de combate etc.).

• Central Supervisora – é a que supervisiona uma ou várias sub-centrais por uma fiação própria. O controle dessa rede de fiação própria contra curto-circuito e interrupção é feito pela central supervisora, que pode atuar sobre as sub-centrais, mas em caso de perda dessa interligação a sub-central deve funcionar de acordo com programação própria.

• Detector Automático Pontual - Dispositivo destinado a operar quando influenciado por determinados fenômenos físicos ou químicos que precedem ou acompanham um princípio de incêndio na área (local) de sua instalação.

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• Detector Automático Pontual de Temperatura - Dispositivo destinado a atuar quando a temperatura ambiente ou o gradiente da temperatura ultrapassa um valor predeterminado na área (local) de sua instalação.

• Detector Automático Pontual de Fumaça - Dispositivo destinado a atuar quando ocorre presença de partículas e/ou gases, visíveis ou não, e de produtos de combustão, na área (local) de sua instalação.

• Detector Automático de Chama - Dispositivo destinado a atuar em resposta a uma radiação de energia, dentro ou fora do espectro visível, resultante de um princípio de incêndio dentro da sua área de captação (visão).

• Acionador Manual - Dispositivo destinado a transmitir a informação de um princípio de incêndio, quando acionado manualmente por um usuário da edificação.

• Avisador Sonoro e Visual de Alerta - Dispositivo que emite sinais de alerta audíveis e visuais, combinados. Nota: não é permitida a utilização de avisadores visuais nas áreas com pessoal não-qualificado como único alarme de alerta, devendo ser completados por sinal acústico. Os avisadores chamando a atenção para saídas de emergência, obstáculos ou outros, desde que não utilizados como primeiro alarme, podem ser do tipo unicamente visual.

• Alarme Geral - Ativador de alarmes com programação específica na central, que permite simultaneamente a ativação de todos os alarmes de abandono de uma área ou de todo o prédio, incluindo a sinalização de abandono por meio de dispositivos especiais na central ou no campo. A forma de ativação desse alarme e os elementos de segurança contra o mau uso do alarme-geral dependem da central utilizada e do tipo de prédio e sua ocupação, considerando os riscos específicos a serem supervisionados.

4.7.2.1 SELEÇÃO DE UM SISTEMA

A proteção adequada de determinada área ou equipamento somente será possível após cuidadoso estudo de todas as particularidades do edifício, visando ao emprego do tipo de sistema mais eficaz em cada caso. Um sistema bem implantado para proteção da vida e da propriedade é aquele adequadamente planejado, capaz de interligar dispositivos para gerar resultados confiáveis quanto à informação de princípios de incêndio (por meio de indicações sonoras e visuais, conjuntamente) e capaz de controlar os dispositivos de segurança e de combate automático instalados no prédio. Pesquisas científicas sobre propagação do fogo e movimento de fumaça e calor dentro de edifícios têm gerado ferramentas e informações úteis para os projetistas de proteção contra incêndio subsidiando a elaboração de um bom projeto de detecção e alarme de incêndio. Ao se projetar um sistema de

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detecção e alarme de incêndio (SDAI) será necessário primeiramente estabelecer os objetivos ou metas do sistema.

Esses objetivos ou metas são muitas vezes estabelecidos por meio das regulamentações, normas, gerenciamento de risco da empresa, necessidade do usuário (proprietário), requisitos das seguradoras e solicitações da autoridade local.

Podemos dividir estes objetivos em quatro categorias básicas:

• Proteção da vida

• Proteção da propriedade

• Proteção empresarial

• Proteção ao meio ambiente

Quando se projeta um SDAI para proteção da vida, será necessário assegurar um aviso rápido sobre a ocorrência de um princípio de incêndio, ou seja, o sistema tem de prover um aviso em tempo suficiente para o total abandono da área em risco antes que as condições se tornem insustentáveis.

O SDAI poderá ativar outros sistemas de proteção contra incêndio como, por exemplo, sistemas de extinção e sistemas de controle de fumaça, que são bastante úteis na manutenção de um ambiente seguro durante o incêndio, contribuindo assim para a proteção da vida.

A proteção da propriedade visa principalmente ao aspecto econômico, pois tem como objetivo minimizar danos materiais à propriedade (estrutura e conteúdo armazenado). As perdas máximas admitidas são estabelecidas pelo proprietário ou pelo gerenciamento de risco. O sistema nesse caso deve detectar o incêndio dentro de um tempo suficiente para assegurar o combate ao fogo manualmente ou automaticamente, antes que o incêndio exceda os níveis aceitáveis de danos.

A proteção empresarial, por sua vez, tem como objetivo evitar que danos materiais causados pelo fogo venham prejudicar os negócios da empresa. Alguns itens a serem considerados no projeto são: perda das operações fundamentais e processos da empresa; perda de mercadorias acabadas; perda de negócios para competidores durante tempo de manutenção ou reparo. Outras preocupações incluem a disponibilidade e tempo para reposição do equipamento. Se o equipamento requer um tempo longo para reposição e prejudicará a produção e, consequentemente, o negócio da empresa, então o projeto do SDAI deve considerar esse aspecto, prevendo uma proteção adequada, conciliando inclusive meios de extinção automática nesses equipamentos essenciais (como extinção por gases limpos).

Por último, temos o objetivo de proteção ao meio ambiente, que também é uma preocupação da proteção contra incêndio. Nesse aspecto, o SDAI deve se preocupar principalmente quanto à contaminação do meio ambiente seja pela emissão na atmosfera de produtos tóxicos e poluentes resultados da combustão do incêndio ou pela contaminação da água descartada usada no combate de um

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incêndio de grandes proporções. O sistema tão logo detecte o princípio do fogo, deve iniciar automaticamente uma resposta apropriada para supressão do incêndio, evitando assim queima de quantidade significativa de materiais potencialmente nocivos ao meio ambiente.

4.7.2.2 TIPOS DE SISTEMAS

Os tipos de SDAI podem ser classificados como segue:

• Sistema convencional

• Sistema endereçável

• Sistema microprocessado

4.7.2.3 SISTEMA CONVENCIONAL

Foram os primeiros SDAI a surgirem no mercado. Possuem sistema operacional bem simples e por isso suas informações são bem limitadas. Geram informações baseadas na transmissão de níveis de tensão. Os níveis de informações geradas na central limitam-se basicamente a quatro situações: operação normal; alarme; falha; e, circuito aberto ou em curto. As centrais convencionais não possuem CPU.

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4.7.2.4 SISTEMA ENDEREÇAVEL

Baseados em técnicas de codificação por pulsos (PCM - Pulse Code Modulation), as informações são processadas em uma CPU que, por sua vez, reconhece o código do dispositivo acionado e disponibiliza na central a exata localização do ponto alarmado, ou seja, por meio da modulação de sinais (codificação) passa a existir uma comunicação entre a central e o equipamento remoto (detectores; acionadores manuais; módulos de supervisão e comando etc.). Cada dispositivo possui um código de endereçamento, ou seja, possui um “endereço” próprio, assim a sua localização precisa na edificação se torna possível, uma vez conhecido o endereço sabe-se exatamente o local da edificação onde há o possível princípio de incêndio.

A CPU controla todo o sistema e mostra as informações por meio de LCD (visor de cristal líquido). Possui comunicação do tipo “half duplex” (única via), o que limita o número de dispositivos no sistema, pois o processamento das informações fica lento à medida que se aumenta o número de endereços.

4.7.2.5 SISTEMA MICROPROCESSADO

Conhecido também como sistemas inteligentes (tecnologia digital), com transmissão de dados binários (informações representadas exclusivamente por números “0” ou “1”), em alta velocidade, multiplexados (tecnologia essa que permite transmitir simultaneamente várias mensagens no mesmo canal de transmissão).

A central disponibiliza um conjunto completo de informações sobre o(s) evento(s) diverso(s). Possui um processador principal e outros secundários, hierarquizando as comunicações e a administração de eventos.

Esse sistema é totalmente programável e permite ao usuário estabelecer várias rotinas simultâneas, por meio da tecnologia digital (microprocessada), que possui comunicação do tipo “full duplex” (ambas as direções).

Vantagens do sistema microprocessado em relação aos outros tipos:

• Gerencia mais informações ao mesmo tempo.

• Informações mais detalhadas.

• Informações mais confiáveis.

• Ações mais complexas, e possibilita transitar informações diferentes de

alarme, por exemplo, segurança e/ou supervisão.

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Desvantagens:

• Operadores devem ser mais qualificados.

• Lógicas de funcionamento devem ser previstas antes da instalação ser

iniciada.

4.7.2.6 TIPOS DE DETECTORES E ACIONADORES MANUAIS

• DETECTORES PONTUAIS

Os detectores pontuais são projetados para agirem em pontos estratégicos, fixos, com abrangência de uma área de atuação predeterminada. O detector é um ponto fixo e imóvel dentro dessa área. A fumaça ou calor produzido no ambiente deverá passar por ele para sensibilizá-lo. Caso exista uma corrente de ar no local

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(ar-condicionado, por exemplo), pode haver um deslocamento contrário da fumaça ou do calor em sentido oposto ao detector, assim não ficará sensibilizado e o alarme não se produzirá no tempo esperado.

• DETECTORES DE FUMAÇA

• Tipo óptico: baseado em uma câmara escura complementada com um emissor e um receptor que detectam a presença de partículas de fumaça em seu interior, seja por reflexão da luz ou por obscurecimento. Utilizados em ambientes nos quais, em um princípio de incêndio, haja expectativa de formação de fumaça antes da deflagração do incêndio propriamente dito. Recomendado em fogo de desenvolvimento lento. Exemplo: locais com presença de madeira, papel, tecidos e outros.

• Tipo iônico: atua mediante a presença de produtos de combustão visíveis ou invisíveis. Os detectores iônicos possuem duas câmeras ionizadas por uma fonte com baixo poder radioativo, sendo uma câmara de referência e outra de análise. Utilizados em ambientes em que, num princípio de incêndio, haja formação de combustão, mesmo invisível, ou fumaça, antes da deflagração do incêndio propriamente dito, locais com possível desenvolvimento rápido do fogo e alta liberação de energia. Exemplo: locais com presença de inflamáveis.

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• DETECTORES TÉRMICOS

Os detectores térmicos são instalados em ambientes nos quais a ultrapassagem de determinada temperatura indique seguramente um princípio de incêndio. Indicados para fogo com elevação de temperatura (quando a temperatura alcança um nível fixo). Indicados para sala de geradores, casa de máquinas, transformadores entre outros.

• DETECTORES TERMOVELOCIMÉTRICOS

Os detectores termovelocimétricos atuam por meio de gradiente de temperatura, respondendo a uma elevação brusca de temperatura em pouco espaço de tempo ou quando essa temperatura atinge um valor predeterminado. Sua aplicação está especificamente indicada para incêndio que se inicia com uma elevação brusca de temperatura. Indicados também para locais onde não é conveniente utilizar detectores de fumaça, por exemplo: cozinhas, lavanderias, garagens entre outros.

• DETECTORES LINEARES

Os detectores lineares são destinados a atuar quando ocorre a presença de partículas e/ou gases, visíveis ou não, e de produtos de combustão, ou a variação anormal de temperatura ao largo da linha imaginária de detecção. O detector se compõe de duas peças básicas, transmissor e receptor. O transmissor projeta luz infravermelha até um receptor, que, por sua vez, converte o feixe de luz em um sinal elétrico. Indicados para locais onde não é possível realizar detecção pontual (locais com grandes alturas e locais abertos).

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Receptor/transmissor

• DETECTORES DE CHAMA

Os detectores de chama possuem dispositivo que indica a presença de partículas sólidas, vapores e/ou gases que compõem a fumaça de chamas. São utilizados em ambientes nos quais a chama é o primeiro indício de fogo. O sensor de chama é sensível aos raios ultravioleta presentes na chama do fogo. Por suas características de projeto, esse detector discrimina outras formas de raios, sendo, portanto, imune à luz natural. Recomenda-se que o detector de chama tenha dispositivo que indique sujeira na lente, necessitando limpeza. Indicados para áreas nas quais uma chama possa ocorrer rapidamente, tais como hangares, áreas de produção petroquímica, áreas de armazenagem e transferência, instalações de gás natural, cabines de pintura, depósitos de solventes entre outros.

• DETECTORES POR ASPIRAÇÃO

Detectores que agem colhendo amostras do ar por meio de tubulação (com furos programados) distribuída no ambiente a ser protegido e conduzindo as amostras do ar constantemente até uma câmara para serem analisadas. Um

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filtro na entrada da câmara não permite que partículas de poeira em suspensão possam causar alarmes falsos. A tubulação abrange uma área como se fosse um laço com detectores convencionais (vinte detectores). Indicados para salas com equipamentos elétricos, salas de telecomunicação, CPD, museus, catedrais, salas frigoríficas entre outros.

• ACIONADORES MANUAIS

São dispositivos usados para iniciar o alarme de forma manual. Devem ser instalados em locais de trânsito de pessoas (halls, corredores, junto às saídas de ambientes, circulações em geral), de forma a facilitar sua localização e acionamento. Os acionadores manuais devem conter instruções de operação impressas em português no próprio corpo, de forma clara e em lugar facilmente visível. Devem conter dispositivo que dificulte o acionamento acidental, porém facilmente destrutível no caso de operação intencional. Os acionadores mais usados são:

a) tipo “quebre o vidro”, em que ao se pressionar o vidro ou outro material flexível transparente de proteção fecha-se o circuito, informando o evento à central.

b) acionador de “dupla ação”, no qual se retira (ou quebra-se) primeiramente uma proteção externa transparente em forma de tampa e então aciona-se a alavanca do alarme pressionando-a para baixo.

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4.8 Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a Incêndio – (ITCB – 22) O sistema a ser instalado deve corresponder a um memorial, constando cálculos, dimensionamentos e uma perspectiva isométrica da tubulação (sem escala, com cotas e com os hidrantes numerados) Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivo de recalque, consistindo de um prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal, cujos engates sejam compatíveis com os usados pelo Corpo de Bombeiros. O dispositivo de recalque deve ser preferencialmente do tipo coluna. Onde houver impossibilidade técnica o dispositivo de recalque pode ser instalado no passeio público. Para os sistemas com vazão superior a 1.000 l/min deve haver duas entradas para o recalque de água por meio de veículo de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros.

DISPOSITIVO DE RECALQUE TIPO COLUNA

O dispositivo de recalque deve ser instalado na fachada principal da edificação, ou no muro da divisa com a rua, com a introdução voltada para a rua e para baixo em um ângulo de 45º e a uma altura entre 0,60 m e 1,50 m em relação ao piso do passeio da propriedade. A localização do dispositivo de recalque sempre deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros. A tampa deve ser articulada e o requadro em ferro fundido ou material similar, identificada pela palavra “HIDRANTE”, com dimensões de 0,40 m x 0,60 m.

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DISPOSITIVO DE RECALQUE NO PASSEIO PÚBLICO

Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um esguicho ou dois esguichos,considerando-se o comprimento da(s) mangueira(s) de incêndio por meio de seu trajeto real e o alcance mínimo do jato de água igual a 10 m, devendo ter contato visual sem barreiras físicas a qualquer parte do ambiente, após adentrar pelo menos 1 m em qualquer compartimento. O sistema deve ser dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho nos esguichos não ultrapasse 100 mca (1.000 kPa). A velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a 5 m/s. O volume de água da reserva de incêndio encontra-se na Tabela 3.

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Para sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente utilizar lances de mangueiras de 15 metros. 4.9 Sistema de Chuveiros Automáticos (Sprinklers) – (ITCB – 23)

O projeto executivo do sistema de chuveiros automáticos não necessita ser encaminhado para análise junto ao Corpo de Bombeiros, mas deve estar à disposição na edificação para suprir possíveis dúvidas do agente vistoriador. Nas edificações onde houver exigência da instalação do sistema de chuveiros automáticos, deve-se atender a toda área de edificação, podendo, a critério do projetista, deixar de abranger a casa do zelador, quando localizada na cobertura. A critério do projetista, a instalação de chuveiros automáticos em casa de máquinas, subestações, casa de bombas de incêndio, sala de gerador e similares onde haja exclusivamente equipamentos elétricos energizados, pode ser substituída pela instalação de detectores, ligados ao sistema de alarme do prédio ou ao alarme do sistema de chuveiros automáticos. A substituição prevista no item anterior fica limitada a compartimentos com área máxima de 200 m². O dimensionamento do sistema deve ser feito por cálculo hidráulico. O sistema de chuveiros automáticos apresenta os elementos e componentes organizados em quatro subsistemas: abastecimento de água, pressurização, válvula de governo e alarme e distribuição.

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS – “SPRINKLERS”

4.8.1 Chuveiros Os chuveiros abertos são aqueles que não dispõem de componente termo-sensível ou qualquer outro componente que obstrua a passagem de água. São empregados no sistema dilúvio e destinados à proteção de ocupações de risco extraordinário e risco pesado.

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Os chuveiros automáticos são componentes termos-sensíveis projetados para reagir a uma temperatura predeterminada, liberando de forma automática uma descarga de água na forma e quantidade adequada sobre uma área preestabelecida ou apropriada. São providos de um mecanismo comandado por um elemento termo-sensível como, por exemplo, bulbo de vidro, solda eutética etc., que os mantém hermeticamente fechados. Sob a ação do calor de um incêndio, automaticamente entram em operação.

• Chuveiro automático com elemento termo-sensível tipo solda eutética, – opera a partir da fusão de uma liga de metal com ponto de fusão predefinido. Entende-se por solda eutética a mistura de dois ou mais metais que dá ponto de fusão na temperatura mais baixa possível. Em geral, as soldas utilizadas em chuveiros automáticos são ligas compostas principalmente de estanho, chumbo, cádmio e bismuto, pois têm pontos de fusão bem definidos.

• Chuveiro automático com elemento termo-sensível tipo ampola possui como elemento termo-sensível uma ampola de vidro especial que contém um líquido expansível e uma bolha de ar em seu interior.

Assim que o líquido é expandido pela ação do calor, a bolha de ar é comprimida e absorvida pelo líquido aumentando rapidamente a pressão e rompendo o bulbo e, desta forma, liberando a válvula ou o tampão.

CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

CLASSIFICAÇÃO DE ELEMENTOS TERMO-SENSÍVEIS TIPO AMPOLA

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4.10 Hidrante Urbano (ITCB-34)

O loteador deve projetar e instalar, além dos demais serviços e equipamentos urbanos obrigatórios, hidrantes urbanos nas redes de distribuição de água do loteamento ou condomínio. Loteamentos industriais e outros condomínios:

a. os hidrantes urbanos devem ter, cada um, um raio de ação de no máximo 300 metros, devendo atender a toda a área do loteamento; b. o hidrante urbano mais desfavorável deve fornecer uma vazão mínima de 2000 l/min para loteamentos industriais e vazão mínima entre 1000 l/min e 2000 l/min para outros tipos de loteamentos, sendo que deve haver, no mínimo, 2 hidrantes urbanos no loteamento; c. os hidrantes urbanos devem ser instalados em rede de diâmetro mínimo de 150 mm. A critério do município, mediante adoção de legislação própria, todo proprietário de edificação, por ocasião da sua construção, deve fornecer para instalação na rede pública um hidrante urbano completo, com diâmetro de 100 mm, conforme padrão da ABNT, acompanhado de um registro de gaveta de junta elástica (JE) de diâmetro 100 mm e as respectivas conexões à rede de distribuição de água. Adquirido pelo proprietário do imóvel, o hidrante urbano e demais acessórios, a que se refere o item, devem ser entregue no Corpo de Bombeiros para inspeção e será instalado às expensas da concessionária local dos serviços de água na rede pública de distribuição.

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Cores padrão para a identificação da vazão dos hidrantes urbanos:

HIDRANTE COM VAZÃO MAIOR DO QUE 2.000 l/min

HIDRANTE COM VAZÃO ENTRE 1.000 l/min E 2.000 l/min

HIDRANTE COM VAZÃO MENOR DO QUE 1.000 l/min

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CAPÍTULO 5

TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

5.1 Conceitos E Definições

Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. A classificação dos espaços confinados dada pelo National Institute of Occupational Safety and Health - NIOSH é a seguinte: Espaços Classe A – são aqueles que apresentam situações que são IPVS. Incluem os espaços que têm deficiência em 02 ou contêm explosivos, inflamáveis ou atmosferas tóxicas; Espaços Classe B – não apresentam perigo para a vida ou a saúde, mas têm o potencial para causar lesões ou doenças se medidas de proteção não forem usadas; Espaços Classe C – são aqueles os riscos existentes são insignificantes, não requerendo procedimentos ou práticas especiais de trabalho. Nota: IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde. Nas atividades da construção civil, encontram-se espaços confinados nos seguintes locais: caixões, tubulões, buracos, galerias, valas e escavações A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados. Medidas Técnicas de Prevenção: a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não autorizadas; b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos; d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos em espaços confinados; f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro; g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado; h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas

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tarefas, para verificar se as condições de acesso e permanência são seguras; i) proibir a ventilação com oxigênio puro; j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofreqüência. Medidas Administrativas: a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, e respectivos riscos; b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado; c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o Anexo I da presente norma; d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado; e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados; f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados; g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada e Trabalho; h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e Trabalho; i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos; j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos; k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho; l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida; m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços confinados; n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada; o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle existentes no local de trabalho; e p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada. É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada.

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Supervisor de Entrada: pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) para o desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados. O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções: a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho; c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes; d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia. Vigia: trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e que é responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os trabalhadores. O Vigia deve desempenhar as seguintes funções: a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade; b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados; c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário; d) operar os movimentadores de pessoas; e e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia. O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados. Todos os trabalhadores autorizados e Vigias devem receber capacitação periodicamente, a cada doze meses. A capacitação deve ter carga horária mínima de dezesseis horas e ser realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo programático de: a) definições; b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos; c) funcionamento de equipamentos utilizados; d) procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; e e) noções de resgate e primeiros socorros. Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com carga horária mínima de quarenta horas.

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A capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo similar ao conteúdo programático para trabalhadores autorizados e Vigias, acrescido de: a) identificação dos espaços confinados; b) critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos; c) conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados; d) legislação de segurança e saúde no trabalho; e) programa de proteção respiratória; f) área classificada; e g) operações de salvamento. O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo: a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos; b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergência; c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas; d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços confinados. É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho.

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REFERÊNCIAS

CAMILLO, A. C. J, Manual de Prevenção e Combate a Incêndios. São Paulo: SENAC, 2006, 197 p. CBPMESP, Decreto Estadual n.º 56.819/11 de 11 de março de 2011, São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, 2011, 43 p. SEITO, A. L. et al., A Segurança contra Incêndio no Brasil, São Paulo: Projeto, 2008, 484 p. MTE, Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, 67ª ed. São Paulo: Atlas, 2011, 867 p. SESI, Manual de Segurança e Saúde no Trabalho – Indústria da Construção Civil - Edificações, São Paulo: SESI, 212 p.