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IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FÍSICA 2015 “Os impostos têm limites naturais, além dos quais uma nação se deita para morrer ou se levanta para lutar.Ernest Renan Joseph Laudelino Jochem

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IMPOSTO DE RENDA

DA PESSOA FÍSICA 2015

“Os impostos têm limites naturais, além dos quais uma nação se deita para morrer ou se levanta para lutar.”

Ernest Renan Joseph

Laudelino Jochem

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SICONTIBA - Imposto de Renda da Pessoa Física 2015 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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SUMÁRIO

1. NOVIDADES TRAZIDAS PELA IN RFB Nº 1545/2015 .... .............................................. 4

1.1. Formas de Apresentação da Declaração .................................................................... 4

1.2. Declaração de Ajuste Anual Pré-Preenchida .............................................................. 4

1.3. Obrigatoriedade de Apresentação da Declaração de Ajuste Anual ............................ 4

1.4. Modelos de Declaração .............................................................................................. 5

1.5. Prazo para Entrega da Declaração ............................................................................. 5

1.6. Retificação .................................................................................................................. 5

1.7. Multa por Atraso ou não Apresentação ....................................................................... 6

1.8. Declaração de Bens e Direitos e Dívidas e Ônus Reais ............................................. 6

1.9. Pagamentos e Doações Efetuadas ............................................................................. 6

1.10. Pagamento do Imposto Apurado na Declaração ......................................................... 7

EXERCÍCIOS ...................................................................................................................... 8

2. PRINCIPAIS CUIDADOS NA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE REN DA ............... 10

EXERCÍCIOS .................................................................................................................... 11

3. GANHO DE CAPITAL .................................. .............................................................. 12

3.1. Operações Sujeitas ao Ganho de Capital ................................................................. 12

3.2. Isenção do Ganho de Capital .................................................................................... 12

3.3. Redução Sobre o Ganho de Capital ......................................................................... 15

3.4. Guia de Recolhimento do Imposto ............................................................................ 16

3.5. Custo de Aquisição de Bens Imóveis ........................................................................ 17

33..66.. Cuidados Especiais no Ganho de Capital ................................................................. 17

EXERCÍCIOS .................................................................................................................... 19

4. CARNÊ-LEÃO ........................................ .................................................................... 20

4.1. Obrigados ao Carnê-Leão ......................................................................................... 20

4.2. Cálculo do Imposto Através do Carnê-Leão ............................................................. 21

4.3. Guia de Recolhimento do Imposto ............................................................................ 22

4.4. Deduções no Livro-Caixa .......................................................................................... 22

4.5. Quando as Despesas Forem Superiores as Receitas .............................................. 23

4.6. Recolhimento do Imposto Apurado no Carnê-Leão .................................................. 23

EXERCÍCIOS .................................................................................................................... 24

5. OPERAÇÕES NA BOLSA DE VALORES .................. .................................................. 25

5.1. Como apurar o imposto mensalmente ........................................................................ 25

5.2. Isenção do Imposto de Renda de operações comuns ................................................ 27

5.3. Bonificações em ações ............................................................................................... 28

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5.4. Desmembramento e agrupamento de ações .............................................................. 28

5.5. Dividendos .................................................................................................................. 28

5.6. Juros sobre o capital próprio ...................................................................................... 28

5.7. Ações mantidas em carteira no final do ano ............................................................... 28

EXERCÍCIO ....................................................................................................................... 29

6. CRUZAMENTOS DE INFORMAÇÕES DA PESSOA FÍSICA .... .................................. 30

EXERCÍCIO ....................................................................................................................... 34

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 36

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1. NOVIDADES TRAZIDAS PELA IN RFB Nº 1545/2015

1.1. Formas de Apresentação da Declaração

a) Pelo computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração

para fins de preenchimento da declaração;1

b) Pelo computador, mediante acesso ao serviço "Declaração IRPF 2015 on-

line"2 disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC);

c) Através de dispositivos móveis tablets e smartphones mediante a utilização

do serviço "Fazer Declaração" o qual é acessado por meio do aplicativo APP

IRPF, disponível nas lojas de aplicativos Google play, para o sistema

operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional iOS.

Obs.: é preciso ficar atento, pois existem restrição para utilização das

formas de apresentações "Declaração IRPF 2015 on-line" e "Fazer

Declaração", conforme previsto na IN RFB nº 1545/2015, art. 5º.

1.2. Declaração de Ajuste Anual Pré-Preenchida

Para o exercício 2015 o contribuinte pode utilizar-se das informações constantes

no banco de dados da Receita Federal do Brasil, desde que tenha apresentado a

Declaração de Ajuste Anual exercício 2014 e ainda que as fontes pagadoras, ou pessoa

jurídica ou equiparada, tenham enviado para RFB a Declaração do Imposto Retido na

Fonte (DIRF) referente o exercício 2015, Declaração de Serviços Médicos e de Saúde

(Dmed); ou Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob). Neste caso

é possível importar para dentro da declaração de ajuste anual 2015 algumas informações

relativas a rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais. Lembrando que

o acesso às informações somente é possível através da utilização de certificado digital ou

com procuração eletrônica.

1.3. Obrigatoriedade de Apresentação da Declaração de Ajuste Anual

Está obrigado a apresentar a Declaração de Ajuste Anual exercício 2015 a

pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2014:

1 Está obrigado a transmissão através do certificado digital o contribuinte que se enquadra em qualquer uma das seguintes situações: recebeu rendimentos sujeitos ao ajuste anual, isentos e não tributáveis ou ainda tributados exclusivamente na fonte superior a R$ 10.000.000,00. Ou ainda que tenha realizado pagamentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução na declaração, ou a pessoas físicas quando constituam, ou não, dedução na declaração, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 em cada um dos casos citados ou no total. (IN RFB nº 1545/2015, § 3º , art. 7º). 2 A utilização do serviço “Declaração IRPF 2015 on-line” dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo: contribuinte ou representante do contribuinte com procuração eletrônica.

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a) Recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos aos ajustes na declaração, cuja

soma foi superior a R$ 26.816,55;

b) Recebeu rendimentos isentos, ou não tributáveis ou tributados

exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00;

c) Obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou

direitos, sujeitos à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsa de

valores, mercadorias, de futuros e assemelhados;

d) Obteve receita bruta relativa a atividade rural em valor superior a R$

134.082,75;

e) Pretenda compensar, no ano-calendário 2014 ou posteriores, prejuízos de

anos anteriores relativos a atividade rural ou ainda referente ao próprio ano-

calendário 2014;

f) Teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos,

inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00;

g) Passou a condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição

encontra-se em 31/12/2014;

h) Optou pela isenção do Imposto sobre Renda incidente sobre o ganho de

capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja

aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de

180 dias contados da celebração do contrato de venda.

1.4. Modelos de Declaração

a) Simplificada: neste modelo o contribuinte abre mão de todas as deduções

legais admitidas pela legislação tributária em troca da dedução de 20% dos

rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, limitada a R$

15.880,89;

b) Completa: neste modelo o contribuinte pode utilizar-se de todas as

deduções legais permitidas pela legislação tributária.

1.5. Prazo para Entrega da Declaração

A Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 2 de março

até 30 de abril de 2015.

1.6. Retificação

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A Declaração de Ajuste Anual 2015 pode ser retificada através da transmissão de

Declaração Retificadora pela Internet, mediante a utilização do programa de transmissão

Receitanet; ou pelo serviço “Retificação on-line”; em mídia removível, nas unidades da

RFB.

Para a elaboração e a transmissão de Declaração de Ajuste Anual retificadora

deve ser informado o número constante no recibo de entrega referente à última

declaração apresentada, relativa ao mesmo ano-calendário.

Após 30 de abril não é admitida retificação que tenha por objetivo a troca de

opção por outra forma de tributação

1.7. Multa por Atraso ou não Apresentação

A multa por atraso ou não entrega, para os contribuintes obrigados, é de 1% ao

mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido na

declaração, sendo valor mínimo de R$ 165,74 e o máximo de 20% sobre o imposto de

renda devido.

1.8. Declaração de Bens e Direitos e Dívidas e Ônus Reais

Na ficha de Bens e Direitos o contribuinte deve relacionar todos os bens e direitos

que, no Brasil ou no exterior, constituam, em 31/12/2013 e 31/12/2014, seu patrimônio e o

de seus dependentes. Também devem ser relacionados os bens e direitos adquiridos e

alienados no decorrer de 2014.

Não estão obrigados a constarem na ficha de bens e direitos os saldos de contas

bancárias e demais aplicações financeiras cujo valor unitário não exceda a R$ 140,00,

bens móveis, exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves, bem como os

direitos, cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 5.000,00, e, ainda ficam

dispensados de constarem na declaração de bens e direitos o conjunto de ações e quotas

de uma mesma empresa, negociados ou não em bolsa de valores, bem como ouro, ativo

financeiro, cujo valor de constituição ou de aquisição seja inferior a R$ 1.000,00.

As dívidas ou ônus reais devem ser informados na ficha de Dívidas e Ônus Reais,

exceto os valores iguais ou inferiores a R$ 5.000,00.

1.9. Pagamentos e Doações Efetuadas

Independentemente da forma de tributação (simplificada ou completa) escolhida

pelo contribuinte, é preciso preencher as fichas de "Pagamentos Efetuados" e "Doações

Efetuadas" incluindo todos os pagamentos e doações efetuados a:

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a) Pessoas físicas, tais como pensão alimentícia, alugueis, arrendamento rural,

instrução, pagamentos a profissionais autônomos como médicos, dentistas,

psicólogos, advogados, engenheiros, arquitetos, corretores, professores,

mecânicos, e outros, contribuição patronal paga à Previdência Social pelo

empregador doméstico;

b) Pessoas jurídicas, quando constituam exclusão ou dedução na declaração

do contribuinte.

A falta dessas informações sujeita o contribuinte à multa de 20% do valor não

declarado.3

1.10. Pagamento do Imposto Apurado na Declaração

O saldo do imposto pode ser pago em 8 parcelas mensais e sucessivas, porém

nenhuma quota pode ser inferior a R$ 50,00 e ainda quando o saldo do imposto a pagar

for inferior a R$ 100,00, este, deve ser pago em quota única.

A primeira quota vence no dia 30/04/2015 e as demais no último dia útil de cada

mês. A partir da segunda quota é preciso corrigir o valor a pagar pela taxa Selic e mais

1%.

O pagamento do imposto devido pode se dar de várias maneiras, sendo a mais

usual através do recolhimento via DARF ou pelo débito automático em conta corrente

bancária.

O débito automático em conta corrente bancária é permitido somente para

Declaração de Ajuste Anual original ou retificadora apresentada:

a) Até 31 de março de 2015, para a quota única ou a partir da 1ª (primeira)

quota;

b) Entre 1º de abril e o dia 30/04/2015 a partir da 2ª (segunda) quota;

3 Base legal: Decreto-lei nº 2.396/1987, art. 13; Decreto nº 3.000/1999, arts. 930 e 967.

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EXERCÍCIOS

1. Em quais das situações abaixo é obrigatório a tr ansmissão da Declaração

de Ajuste do Imposto de Renda 2015 através do certi ficado digital?

a) ( ) Recebeu rendimentos sujeitos ao ajuste anual, isentos e não tributáveis;

b) ( ) Rendimentos tributados exclusivamente na fonte superior a R$

10.000.000,00;

c) ( ) Tenha realizado pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando

constituam dedução na declaração;

d) ( ) Recebeu rendimentos sujeitos ao ajuste anual, isentos e tributáveis.

2. Dos itens abaixo quais estão dispensados de sere m relacionados nos bens,

direitos, dívidas e ônus reais?

a) ( ) Veículos automotores, embarcações e aeronaves;

b) ( ) Direitos, cujo valor unitário de aquisição não exceda R$ 5.000,00;

c) ( ) Conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa, negociados ou não

em bolsa de valores;

d) ( ) Dívidas ou ônus reais com valores iguais ou superiores a R$ 5.000,00.

3. Não estão obrigados a constarem na ficha de bens e direitos:

a) ( ) Aplicações financeiras cujo valor unitário exceda a R$ 140,00

b) ( ) Conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa, não negociados em

bolsa de valores;

c) ( ) Aplicações financeiras cujo valor unitário não exceda a R$ 140,00;

d) ( ) Conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa, negociados ou não

em bolsa de valores.

4. O serviço de Declaração IRFP 2015 “on-line” pode ser feito por:

a) ( ) Contribuinte ou seu representante;

b) ( ) Contribuinte com procuração eletrônica;

c) ( ) Contribuinte ou seu representante com procuração eletrônica;

d) ( ) Contribuinte ou representante sem necessidade de procuração eletrônica.

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5. O saldo do imposto apurado na declaração pode se r pago em:

a) ( ) Oito parcelas, com quota inferior a R$50,00;

b) ( ) Oito parcelas, ou em quota única superior a R$100,00;

c) ( ) Oito parcelas sucessivas, porém nenhuma quota pode ser inferior a

R$100,00;

d) ( ) Oito parcelas sucessivas, porém nenhuma quota pode ser inferior a

R$50,00 e quando o saldo total for inferior a R$100,00, este deve ser pago em

quota única.

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2. PRINCIPAIS CUIDADOS NA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

Além dos cuidados no preenchimento da Declaração de Ajuste Anual do Imposto

de Renda da Pessoa Física é importante destacar que de acordo com o Decreto nº

3.724/2001 os exames da fiscalização somente serão considerados indispensáveis nas

seguintes hipóteses:

a) Subavaliação de valores de operação, inclusive de comércio exterior de

aquisição ou alienação de bens ou direitos, tendo por base os correspondentes

valores de mercado;

b) Obtenção de empréstimos de pessoas jurídicas não financeiras ou de

pessoas físicas, quando o sujeito passivo deixar de comprovar o efetivo

recebimento dos recursos;

c) Prática de qualquer operação com pessoa física ou jurídica residente ou

domiciliada em país enquadrado nas condições de tributação favorecida,

conforme art. 24 da Lei nº 9.430/96;

d) Omissão de rendimentos ou ganhos líquidos, decorrentes de aplicações

financeiras de renda fixa ou variável;

e) Realização de gastos ou investimentos em valor superior à renda disponível;

f) Remessa, a qualquer título, para o exterior, por intermédio de conta de não

residente, de valores incompatíveis com as disponibilidades declaradas;

g) Presença de indício de que o titular de direito é interposta pessoa do titular

de fato;

h) As informações disponíveis, relativas ao sujeito passivo, indicarem

movimentação financeira superior a dez vezes a renda disponível declarada ou,

na ausência de Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda;

i) A ficha cadastral do sujeito passivo, na instituição financeira, ou equipada,

contenha informações falsas quanto ao endereço, rendimentos ou patrimônio;

j) Rendimento inferior a dez por centro do montante anual da movimentação.

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EXERCÍCIOS

1. Quais das hipóteses descritas abaixo são conside radas indispensáveis os

exames da fiscalização:

a) ( ) Omissão de rendimentos ou ganhos líquidos, decorrentes de aplicações

financeiras de renda fixa ou variável;

b) ( ) Rendimentos superior a dez por cento do montante anual da movimentação

bancária;

c) ( ) Realização de gastos ou investimentos em valor superior à renda

disponível;

d) ( ) Remessa, a qualquer titulo, para o exterior, por intermédio de conta de não

residente de valores compatíveis com as disponibilidades declaradas.

2. Das situações abaixo quais carecem de fiscalizaç ão por parte da Receita

Federal do Brasil?

a) ( ) Quando há rendimento inferior a 10 vezes do montante anual da

movimentação financeira;

b) ( ) Presença de indício de que o titular de direito é interposta pessoa do titular

de fato;

c) ( ) Realização de gastos ou investimentos em valor inferior à renda disponível;

d) ( ) Todas as alternativas estão corretas.

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3. GANHO DE CAPITAL

3.1. Operações Sujeitas ao Ganho de Capital

Estão sujeitas à apuração de ganho de capital4 aquelas que importem em:

a) Alienação, a qualquer título, de bens ou direitos ou cessão ou promessa de

cessão de direitos à sua aquisição, tais como as realizadas por compra e

venda, permuta, adjudicação, desapropriação, dação em pagamento,

procuração em causa própria, promessa de compra e venda, cessão de direitos

ou promessa de cessão de direitos e contratos afins;

b) Transferência a herdeiros e legatários na sucessão causa mortis, a

donatários na doação, inclusive em adiantamento de legítima, ou atribuição a

ex-cônjuge ou ex-convivente, na dissolução da sociedade conjugal ou união

estável, de bens e direitos por valor superior àquele pelo qual constavam na

Declaração de Ajuste Anual do de cujus, do doador, do ex-cônjuge ou ex-

convivente que os tenha transferido;

c) Alienação de bens ou direitos e liquidação ou resgate de aplicações

financeiras, de propriedade de pessoa física, adquiridos, a qualquer título, em

moeda estrangeira.

3.2. Isenção do Ganho de Capital

a) Indenização da terra nua por desapropriação para fins de reforma agrária;5

b) Indenização por liquidação de sinistro, furto ou roubo, relativo a objeto

segurado;

c) Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, do único imóvel6 que

o titular possua, individualmente, em condomínio ou em comunhão,

independentemente de se tratar de terreno, terra nua, casa ou apartamento,

ser residencial, comercial, industrial ou de lazer, e estar localizado em zona

urbana ou rural, desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra

alienação de imóvel a qualquer título, tributada ou não, sendo o limite

considerado em relação: I- à parte de cada condômino ou proprietário, no caso

de bens possuídos em condomínio; II- ao imóvel possuído em comunhão, no

4 IN SRF Nº 118/2000; IN SRF Nº 84/2001, art. 3º. 5 CF/1988, art. 184, parágrafo 5º. 6 O contribuinte que possui apenas usufruto sobre um imóvel e propriedade de outro não se enquadra nesta isenção porque para efeitos legais, o contribuinte, possui mais de um imóvel, conforme Lei nº 10.406/2002, art. 80, inciso I e art. 1.225, inciso IV. É importante salientar que um casal, cujo regime de casamento é o da comunhão parcial de bens, ou companheiros em união estável, quando um dos cônjuges possui outro bem adquirido antes ou depois do casamento, não se aplica a isenção do único imóvel do casal uma vez que qualquer um dos cônjuges possua mais de um imóvel. Base Legal: Lei 10.406/2002, art. 1.725; Decreto nº 3000/1999, art. 39, inciso III; Perguntas e Respostas RFB 2014 nº 611.

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caso de sociedade conjugal ou união estável (salvo contrato escrito entre os

companheiros).

d) Ganho apurado na alienação de imóveis adquiridos até 1969;

e) O valor da redução do ganho de capital para imóveis adquiridos entre 1969 e

1988;

f) O ganho auferido por pessoa física residente no Brasil na venda de imóveis

residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180 dias contados da

celebração do contrato, aplique o produto da venda na aquisição de imóveis

residenciais localizados no País.7

Lembrando que a isenção aplica-se inclusive:

I- aos contratos de permuta de imóveis residenciais sem recebimento de

torna;

II- à venda ou aquisição de imóvel residencial em construção ou na planta.

A isenção não se aplica, entre outros: 8

I- à hipótese de venda de imóvel residencial com objetivo de quitar, total ou

parcialmente, débito remanescente de aquisição a prazo ou à prestação de

imóvel residencial já possuído pelo alienante;

II- à venda ou aquisição de terreno;

III- à aquisição somente de vaga de garagem ou de boxe de

estacionamento.

g) Alienação de bens ou direitos de pequeno valor, aqui compreendidos os

seguintes limites mensais:9

I- R$ 20.000,00, no caso de alienação de ações negociadas no mercado de

balcão;

II- R$ 35.000,00, nos demais casos.

h) Restituição de participação no capital social mediante a entrega à pessoa

física, pela pessoa jurídica, de bens e direitos de seu ativo avaliados por valor

de mercado;

7 No caso de venda de mais de um imóvel, o prazo de 180 dias é contado a partir da data da celebração do contrato relativo a primeira operação. Na aplicação parcial do produto da venda implica na tributação do ganho proporcional ao valor da parcela não aplicada. O contribuinte somente pode usufruir deste benefício uma vez a cada cinco anos, contados a partir da data da celebração do contrato relativo à operação de venda com o referido benefício ou, no caso de venda de mais de um imóvel residencial, a 1ª operação de venda com o referido benefício. Mais detalhes ver Perguntas e Respostas 2014 RFB nº 534. 8 Lei nº 11.196/2005, art. 39; IN SRF Nº 599/2005, art. 2º. 9 Ficar atento a natureza dos bens, pois os bens de mesma natureza devem ser somados dentro do mês. Mais detalhes consultar Perguntas e Respostas 2014 da RFB Nº 619.

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i) Transferência a pessoas jurídicas, a título de integralização de capital, de

bens ou direitos pelo valor constante na declaração de rendimentos;

j) Permuta de unidades imobiliárias, sem recebimento de torna (diferença

recebida em dinheiro);10

k) Permuta, caracterizada com a entrega, por valor não superior ao de face,

pelo licitante vencedor, de títulos da dívida pública federal, estadual, do Distrito

Federal, ou municipal, ou de outros créditos contra a União, o Estado, o Distrito

Federal ou o Município, como contrapartida à aquisição de ações ou quotas

leiloadas, no âmbito dos respectivos programas de desestatização;

l) Alienação de bens localizados no exterior ou representativos de direitos no

exterior, bem como a liquidação ou o resgate de aplicações financeiras,

adquiridas a qualquer título, na condição de não residente.11

m) A variação cambial decorrente das alienações de bens ou direitos

adquiridos e das liquidações ou resgates de aplicações financeiras realizadas

com rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira;12

n) A variação cambial dos saldos dos depósitos mantidos em instituições

financeiras no exterior;13

o) Alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, cujo total de

alienações, no ano-calendário, seja igual ou inferior ao equivalente a cinco mil

dólares dos Estados Unidos da América;14

p) Doação de livros, objetos fonográficos ou iconográficos, obras audiovisuais e

obras de arte, para os quais seja atribuído valor de mercado, efetuada por

pessoa física a órgãos públicos, autarquias, fundações públicas ou entidades

civis sem fins lucrativos, desde que os bens doados sejam incorporados ao

acervo de museus, bibliotecas ou centros de pesquisa ou ensino, no Brasil,

com acesso franqueado ao público em geral:

I- o doador deve considerar como valor de alienação o constante em sua

declaração de bens;

II- o donatário registra os bens recebidos pelos valor atribuído no documento

de doação.15

10 As operações de permuta realizadas por contrato particular, somente se configura a permuta se a escritura pública, quando lavrada, for de permuta. Não se considera permuta a operação que envolva qualquer outro bem ou direito, que não seja bem imóvel, apurando-se o ganho de capital como dação em pagamento. (Perguntas e Resposta RFB 2014, nº 582) 11 MP Nº 2.158/2001, art. 24, parágrafo 6º, I; IN SRF Nº 118/2000, art. 14, inciso I. 12 IN SRF Nº 118/2000, art. 14, inciso II. Neste caso somente a variação cambial é isenta, o ganho é tributado. 13 IN SRF Nº 118/2000, art. 11, parágrafo 1º. 14 MP Nº 2.158/2001, art. 24, parágrafo 6º, inciso II, IN SRF Nº 118/2000, art. 14, inciso III.

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15

3.3. Redução Sobre o Ganho de Capital

A redução sobre o ganho de capital na venda de imóveis aplica-se nas seguintes

circunstâncias:

a) Na alienação de imóvel adquirido até 31/12/1988, por contribuinte residente

no Brasil, pode ser aplicado um percentual fixo de redução sobre o ganho de

capital, determinado em função do ano de aquisição ou incorporação do

imóvel, de acordo com a tabela a seguir:

PERCENTUAIS DE REDUÇÃO DO GANHO DE CAPITAL

Ano de

aquisição

% de

redução

Ano de

aquisição

% de

redução

Ano de

aquisição

% de

redução

Ano de

aquisição

% de

redução

Até 1969 100 1974 75 1979 50 1984 25

1970 95 1975 70 1980 45 1985 20

1971 90 1976 65 1981 40 1986 15

1972 85 1977 60 1982 35 1987 10

1973 80 1978 55 1983 30 1988 5

Fonte: IN SRF Nº 84/2001, art. 26.

b) Fatores de Redução da Base de Cálculo . (Lei 11.196/2005, Art. 40)

Para a apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda incidente sobre o

ganho de capital por ocasião da alienação, a qualquer título, de bens imóveis realizada

por pessoa física residente no País, serão aplicados fatores de redução (FR1 e FR2) do

ganho de capital apurado.

A base de cálculo do imposto corresponderá à multiplicação do ganho de capital

pelos fatores de redução, que serão determinados pelas seguintes fórmulas:

I - FR1 = 1/1,0060m1, onde "m1" corresponde ao número de meses-

calendário, ou fração, decorridos entre o mês de janeiro de 1996 ou a data

de aquisição do imóvel, se posterior, para imóveis adquiridos até o mês de

novembro de 2005;

II - FR2 = 1/1,0035m2, onde "m2" corresponde ao número de meses-

calendário ou fração decorridos entre o mês de dezembro de 2005 ou o mês

da aquisição do imóvel, se posterior, e o de sua alienação.

Na hipótese de imóveis adquiridos até 31 de dezembro de 1995, o fator de

redução FR1 será aplicado a partir de 1o de janeiro de 1996.

Exemplo Prático

15 Lei Nº 10.451/2002, art. 5º.

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16

Natureza da Operação – venda

Data de aquisição – 01/02/1983

Data de alienação – 01/11/2014

Valor de alienação – R$ 260.000,00

Custo do imóvel – R$ 95.000,00

Custo com corretagem – R$ 5.000,00

Ganho de Capital – Resultado 1.................................................................... R$ 160.000,00

Percentual de Redução (Lei n.º7.713, de 1988) ............................................ R$ 30,000000

Valor de Redução (Lei n.º7.713, de 1988) ...................................................... R$ 48.000,00

Ganho de Capital – Resultado 2 ................................................................... R$ 112.000,00

Percentual de Redução (Lei n.º11.196, de 2005 – FR1) .................................. 50,927262%

Valor de Redução (Lei n.º11.196, de 2005 – FR1) ......................................... R$ 57.038,53

Ganho de Capital – Resultado 3 ..................................................................... R$ 54.961,47

Percentual de Redução (Lei n.º11.196, de 2005 – FR2) .................................. 31,431712%

Valor de Redução (Lei n.º11.196, de 2005 – FR2) ......................................... R$ 17.275,33

Ganho de Capital – Resultado 4 .................................................................... R$ 37.686,14

Percentual de Redução – Aplicação em outro imóvel ...................................... R$ 0,000000

Valor de Redução - Aplicação em outro imóvel........................................................ R$ 0,00

Ganho de Capital – Resultado 5 ..................................................................... R$ 37.686,14

Cálculo do Imposto – Alienação à Vista

Ganho de Capital – Resultado 5 ..................................................................... R$ 37.686,14

Alíquota ...................................................................................................................R$ 15,00

Imposto Devido ................................................................................................. R$ 5.652,92

Vencimento: último dia útil do mês subsequente.

3.4. Guia de Recolhimento do Imposto

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17

3.5. Custo de Aquisição de Bens Imóveis 16

Podem integrar o custo de aquisição, quando comprovados com documentação

hábil e idônea, e discriminados na declaração de rendimentos do ano-calendário da

realização das despesas:

a) Os gastos com a construção, ampliação e reforma, desde que os projetos

tenham sido aprovados pelos órgãos municipais competentes;

b) Os gastos com pequenas obras, como pintura, reparos em azulejos,

encanamentos, pisos, paredes;

c) As despesas com demolição de prédio construído no terreno, desde que

seja condição para se efetivar a alienação;

d) As despesas de corretagem referentes à aquisição do imóvel vendido, desde

que suportado o ônus pelo alienante;

e) Os gastos com a realização de obras públicas como colocação de meio-fio,

sarjetas, pavimentação de vias, instalações de rede de esgoto e de eletricidade

que tenha beneficiado o imóvel;

f) O valor do imposto de transmissão pago pelo alienante na aquisição do

imóvel alienado;

g) O valor da contribuição de melhoria;

h) O valor do laudêmio pago ao senhorio ou proprietário por desistir do seu

direito de opção;

i) Juros e demais acréscimos pagos para a aquisição do imóvel.

33..66.. Cuidados Especiais no Ganho de Capital 17

• Os resultados positivos e negativos apurados em operações distintas não

podem ser somados algebricamente por falta de previsão legal. O ganho de

capital deve ser apurado e tributado em separado com relação a cada

alienação;

• Considera-se custo dos bens ou direitos o valor de aquisição expresso em

reais;

• Na transferência do direito de propriedade por sucessão, nos casos de

herança ou legado, deve ser observado o seguinte: se os bens ou direitos

forem transferidos por valor superior ao anteriormente declarado, a diferença

positiva entre o valor de transmissão e o valor constante na última Declaração

16 Perguntas e Respostas da RFB 2014 nº 610. 17 Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR, arts. 123, 140 e Instrução Normativa SRF nº 84, de 11 de outubro de 2001, art. 19, § 3º.

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18

de Bens e Direitos do de cujus ou o custo de aquisição, é tributada à alíquota

de 15%;

• Alienação com recebimento parcelado18 em bens móveis equipara-se à

venda a prazo, devendo o ganho de capital ser apurado no mês da transação

e tributado na medida em que as parcelas forem recebidas;

• Caso o preço efetivo da operação tenha sido contratado pelas partes,

considera-se como valor recebido dos bens móveis no mês de seu efetivo

recebimento aquele que foi contratado originalmente;

• Caso a operação não tenha sido expressa em dinheiro, considera-se como

valor recebido dos bens móveis o seu valor de mercado no mês do efetivo

recebimento, sendo que se este for superior ao valor de mercado do mês da

operação, este acréscimo se sujeita ao recolhimento mensal obrigatório

(carnê-leão), se recebido de pessoa física, ou à retenção na fonte, se pago

por pessoa jurídica, e, também, ao ajuste na Declaração de Ajuste Anual; e

• O ganho de capital auferido por não residente, nas operações com bens

situados no Brasil, está sujeito ao imposto à alíquota de 15%. Não se aplicam

as isenções e reduções dos impostos previstos para residentes no Brasil.

18 Se a operação for realizada com cláusula “pro soluto” o tributo sobre o ganho de capital deve ser apurado e recolhido como se a operação fosse realizada à vista. A mesma situação ocorre na venda de bens ou direitos com emissão de notas promissórias desvinculadas do contrato pela cláusula “pro soluto”. Se a operação de venda a prazo se der na condição “pro soluto” o recolhimento do imposto se dá com o efetivo recebimento de parcela. Base Legal: Lei nº 7.713/1988, art. 21; Parecer Normativo CST nº 130/1975, item 3. (Perguntas e Respostas 2014. RFB, nº 568)

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19

EXERCÍCIOS

1. Da venda de unidade residencial para aquisição d e outro imóvel residencial

no prazo de 180 dias. Quanto a esta possibilidade d e isenção é vedado utilizar

os recursos da venda para:

a) ( ) Quitar, total ou parcialmente um financiamento já existente.

b) ( ) Aquisição de terreno;

c) ( ) Aquisição somente de vaga de garagem ou de boxe de estacionamento.

d) ( ) Todas as alternativas anteriores.

2. Podem integrar o Custo de Aquisição de Bens Imóv eis os gastos

comprovados com documentação hábil e idônea. Dos it ens descritos, qual não

corresponde a essa afirmação:

a) ( ) Gastos com construção, ampliação e reforma, desde que aprovados por

órgãos competentes;

b) ( ) O valor do imposto de transmissão pago pelo alienante na aquisição do

bem alienado;

c) ( ) O valor do laudêmio pago ao senhorio ou proprietário por desistir do seu

direito de opção;

d) ( ) Gastos com realização de obras públicas de qualquer natureza.

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4. CARNÊ-LEÃO

4.1. Obrigados ao Carnê-Leão

Está obrigado ao recolhimento mensal através da apuração no carnê-leão a

pessoa física residente no Brasil que recebeu:

a) Rendimentos de outras pessoas físicas que não tenham sido tributadas na

fonte no Brasil, tais como decorrentes de arrendamento mercantil,

subarrendamento, locação, sublocação de móveis ou imóveis, e os decorrentes

do trabalho não assalariado, assim compreendidas todas as espécies de

remuneração por serviços ou trabalhos prestados sem vínculo empregatício;

b) Rendimentos ou quaisquer outros valores recebidos de fontes do exterior,

tais como, trabalho assalariado ou não assalariado, uso, exploração ou

ocupação de bens móveis ou imóveis, transferidos ou não para o Brasil, lucros

e dividendos. Deve-se observar o disposto nos acordos, convenções e tratados

internacionais firmados entre o Brasil e o país de origem dos rendimentos, e

reciprocidade de tratamento;

c) Emolumentos e custas dos serventuários da Justiça, como tabeliães,

notários, oficiais públicos e demais servidores, independentemente de a fonte

pagadora ser pessoa física ou jurídica, exceto quando forem remunerados

exclusivamente pelos cofres públicos;

d) Importâncias em dinheiro a título de pensão alimentícia, em face das normas

do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo

homologado judicialmente, inclusive alimentos provisionais;

e) Rendimentos recebidos por residentes no Brasil que prestem serviços a

embaixadas, repartições consulares, missões diplomáticas ou técnicas ou a

organismos internacionais de que o Brasil faça parte;

f) Rendimentos de transporte de carga e de serviços com trator, máquina de

terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, considerando-se tributável

10%19, no mínimo, do rendimento bruto; e

g) Rendimento de transporte de passageiros, considerando-se tributável 60%,

no mínimo, do rendimento bruto.

19 A partir de 1º de janeiro de 2013, conforme previsão contida no art. 18 da Lei nº 12.794/2013, que altera o disposto no inciso I do art. 9º da Lei nº 7.713/1988, o percentual que antes era de 40% passou a ser 10%.

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4.2. Cálculo do Imposto Através do Carnê-Leão

O imposto relativo ao carnê-leão é calculado mediante aplicação da tabela

progressiva mensal, vigente no mês do recebimento do rendimento, sobre o total recebido

no mês, observando o valor do rendimento bruto relativo a cada espécie.

Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto

podem ser deduzidos, observados os limites e condições fixados na legislação tributária:

a) As importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face

das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial

ou acordo homologado judicialmente, inclusive prestação de alimentos

provisionais, ou de escritura pública prevista no art. 1.124-A da Lei nº

5.869/1973.

b) A quantia de R$ 179,71, por dependente, para o ano-calendário de 2014;

c) As contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios cujo ônus tenha sido do próprio contribuinte e

desde que destinado a seu próprio benefício;

d) As despesas escrituradas em livro-caixa.

Exemplo Prático:

RESUMO CARNÊ-LEÃO

Cálculo do Imposto - Exemplo - Mês 12/2014

+ Rendimento Mensal .............................. R$ 10.500,00

(-) Pensão Alimentícia ............................... R$ (2.500,00)

(-) Dependentes (2).................................... R$ (359,42)

(-) INSS...................................................... R$ (300,00)

(-) Livro Caixa (Despesas)......................... R$ (3.000,00)

= Base de Cálculo IR.............................. R$ 3.840,58

Valor do IR 373,67

Vencimento 30/01/2015

Código DARF 0190

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22

4.3. Guia de Recolhimento do Imposto

4.4. Deduções no Livro-Caixa

O contribuinte que receber rendimentos do trabalho não assalariado, o titular de

serviços notariais e de registro e o leiloeiro podem deduzir na receita decorrente do

exercício da respectiva atividade as seguintes despesas escrituradas:

a) A remuneração paga a terceiros, desde que com vínculo empregatício, e os

respectivos encargos trabalhistas e previdenciários;

b) Os emolumentos pagos a terceiros, assim considerados os valores

referentes à retribuição pela execução, pelos serventuários públicos, de atos

cartorários, judiciais e extrajudiciais; e

c) As despesas de custeio pagas, necessariamente à percepção da receita e a

manutenção da fonte produtora.

São consideradas despesas de custeio aquelas indispensáveis à percepção da

receita e à manutenção da fonte produtora, como aluguel, água, luz, telefone, material de

expediente ou de consumo.

As despesas com transporte, locomoção, estacionamento e manutenção de

veículos próprios não são dedutíveis, com exceção das efetuadas por representante

comercial autônomo quando correrem por conta deste.20

Os dispêndios com aquisição de bens necessários à manutenção da fonte

produtora, cuja vida útil ultrapasse o período de um exercício, e que não sejam

consumíveis, isto é, não se extingam com sua mera utilização, tais bens não são

20 Lei nº 9.250/1995, art. 34; Decreto nº 3.000/1999, art. 75, parágrafo único, inciso II; IN SRF nº 15/2001, art. 51, parágrafo 1º, "b".

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23

dedutíveis no livro-caixa. Estes bens devem ser informados na Declaração na ficha de

Bens e Direitos.21

As parcelas do arrendamento mercantil bem como a depreciação de bens não

possuem base legal para dedução no livro-caixa.22

Admite-se como dedução a quinta parte das despesas com aluguel, energia,

água, gás, taxas, impostos, telefone fixo e celular, condomínio do imóvel quando utilizado

para atividade profissional e também residencial, quando ficar impossível de comprovar

quais despesas são oriundas da atividade profissional. Vale lembrar que os dispêndios

com reparos, conservação e recuperação do imóvel, quando este for de propriedade do

contribuinte, são indedutíveis.23

As despesas com benfeitorias e melhoramentos efetuados pelo locatário

profissional autônomo, que contratualmente fizerem parte como compensação pelo uso

do imóvel locado, são dedutíveis no mês de seus dispêndios, como valor locativo.24

As despesas com aquisições de livros, jornais, revistas, roupas especiais

necessárias ao desempenho das funções profissionais são dedutíveis no livro-caixa.25 O

mesmo acontece com as despesas de propaganda, congressos e seminários26, ligadas a

atividade profissional, as quais também podem ser deduzidas no Livro-caixa.

4.5. Quando as Despesas Forem Superiores as Receita s

No caso de as despesas escrituradas no livro-caixa excederem as receitas

recebidas por serviços prestados como autônomo a pessoa física e jurídica em

determinado mês, o excesso pode ser somado às despesas dos meses subsequentes até

dezembro do ano-calendário. O excesso de despesas existente na apuração do mês de

dezembro não deve ser transportado para o próximo ano-calendário.27

4.6. Recolhimento do Imposto Apurado no Carnê-Leão

O valor do imposto apurado mensalmente deve ser recolhido através de DARF

código 0190 até o último dia útil do mês subsequente ao do recebimento do rendimento.

21 Lei nº 8.134/1990, art. 6º, inciso III; Decreto nº 3.000/1999, art. 75, inciso III; Parecer Normativo CST nº 60/1978. 22 Lei nº 9.250/1995, art. 34. 23 Parecer Normativo CST nº 60/1978. 24 Perguntas e Respostas RFB 2014 nº 402. 25 Parecer Normativo CST nº 60/1978; e Parecer Normativo Cosit nº 358/1970. 26 Neste caso é preciso guardar o certificado de comparecimento. Parecer Normativo Cosit nº 60/1978. 27 Lei nº 8.134/1990, art. 6º; Decreto nº 3.000/1999, art. 76; IN SRF nº 15/2001, art. 51.

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EXERCÍCIOS 1. O cálculo do Imposto através do Carnê Leão é fei to:

a) ( ) Mediante aplicação da tabela progressiva mensal sobre o valor liquido;

b) ( ) Sobre o total recebido no mês;

c) ( ) Observando o rendimento bruto relativo a cada mês;

d) ( ) Todas as alternativas estão corretas.

2. Quais despesas descritas abaixo são dedutíveis n o livro-caixa?

a) ( ) Parcelas do arrendamento mercantil bem como depreciação de bens;

b) ( ) A quinta parte das despesas com aluguel, energia, água, gás, taxas,

impostos, telefone fixo e celular, condomínio do imóvel, quando utilizados para

atividade profissional e residencial.

c) ( ) Benfeitorias feitas pelo locatário profissional autônomo, que sob contrato

fazem parte da compensação pelo uso do imóvel locado;

d) ( ) Livros, jornais, revistas, entre outros necessários ao desempenho da função

profissional.

3. Quando as despesas escrituradas em livro caixa e xcederem as receitas:

a) ( ) O excesso pode ser somado às despesas dos meses subsequentes até

dezembro do ano-calendário;

b) ( ) O excesso não pode ser somado às despesas dos meses subsequentes do

ano calendário;

c) ( ) O excesso de despesas existente na apuração do mês de dezembro deve

ser transportado para o próximo ano-calendário;

d) ( ) Não podem existir diferenças entre os valores de receitas e despesas.

4. Podem ser deduzidos do cálculo do IR através do Carnê-Leão, exceto:

a) ( ) Importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia, quando em

cumprimento de decisão judicial;

b) ( ) Quantia de R$179,71, por dependente, para o ano-calendário de 2014;

c) ( ) Contribuições para a Previdência Social, cujo ônus tenha sido do próprio

contribuinte mesmo quando não destinado a seu próprio benefício;

d) ( ) Despesas escrituradas em livro-caixa

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25

5. OPERAÇÕES NA BOLSA DE VALORES

Todos os investidores que realizarem operações na Bolsa de Valores, de mercado,

de futuros e assemelhados estão obrigados a entregar a declaração de ajuste anual do

imposto de renda.

A apuração mensal do resultado obtido na aplicação em ações é obrigatória,

mesmo quando o resultado foi negativo.

5.1. Como apurar o imposto mensalmente

1º Passo - separar as operações normais e as day-trade

É preciso separar as operações normais das day-trade28, pois possuem tratamento

tributário diferente. Em seguida é preciso apurar o custo de aquisição. Independente do

resultado (ganho ou perda) é preciso apurar, já descontando seus custos operacionais

(corretagens e taxas). Para isso você deve utilizar o conceito de preço médio de compra

das ações em sua carteira.

Exemplo:

Dia 02/02/2015

Compra de 400 ações PETR4

Venda 200 ações PETR4.

Neste caso 200 ações são consideradas day-trade e as outras 200 operação

normal.

2º Passo - Apurar o resultado mensal

Pela alienação é preciso apurar mensalmente o resultado individualmente para

apurar o valor da alienação e deduzir o custo para chegar ao resultado de cada operação.

Em seguida é necessário totalizar todas as operações apurando o resultado do

mês.

Vale lembrar que as operações normais devem ser apuradas separadamente das

operações day-trade.

É importante frisar que uma ordem (alienação) executada em um determinado mês

e liquidada no mês seguinte é preciso apurar o ganho no mês do pregão.

3º Passo - Descontar prejuízos acumulados

Após chegar ao resultado das operações normais e das operações day-trade e

possível descontar eventuais prejuízos de meses anteriores, lembrando que somente

28 Operações day-trade: é quando ocorre a compra e a venda no mesmo dia. Cuidado, pois a venda antes da compra no mesmo dia também é considera operação day-trade.

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26

podem ser descontados prejuízos de mesmas operações, ou seja: o prejuízo de operações

normais somente podem ser compensados com lucros de operações normais e prejuízos

de operações day-trade com lucros de operações day-trade.

Eventuais prejuízos não compensados dentro do ano podem ser compensados no

ano seguinte desde que estejam segregados entre operações comuns e day-trade. Nesta

situação é preciso preencher o valor do prejuízo de anos anteriores na linha própria do

mês de janeiro no Demonstrativo de Apuração dos Ganhos em Renda Variável, anexo à

declaração da pessoa física.

4º Passo - Apuração do imposto mensal

Para apurar o imposto devido mensalmente basta aplicar a alíquota de 15% sobre o

resultado positivo das operações comuns29 e 20% sobre o resultado positivo30 das

operações day-trade.

5º Passo - Descontar o IRRF

Do imposto apurado anteriormente é possível deduzir o imposto de renda retido na

fonte pela corretora de valores incluindo os de meses anteriores que ainda não foram

abatidos.

Eventuais saldos retidos que não foram compensados durante o ano carecem que

uma atenção especial. O saldo não utilizado de imposto de renda retido na fonte em

operações de day-trade, acumulado ao final de um ano, pode ser objeto de pedido de

restituição, mediante a utilização do programa PER/DCOMP, disponível no site da Receita

Federal. O saldo não utilizado de imposto de renda retido na fonte em operações comuns

pode ser compensado com o imposto devido na Declaração de Ajuste Anual, devendo

informar essa utilização na ficha “Imposto Pago”, em linha própria cujo título é “Imposto de

Renda na Fonte (Lei nº 11.033, de 2004)”.

6º Passo - Imposto de Renda de Ações

A diferença encontrada entre o imposto apurado e o desconto do imposto de renda

retido é o valor do imposto devido o qual deve ser recolhido em DARF, código 6015, até o

último dia do mês seguinte ao fato gerador.

29 Já ajustado com eventuais compensações de meses anteriores. 30 Também ajustado com eventuais compensações de meses anteriores.

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5.2. Isenção do Imposto de Renda de operações comun s

Estão isentas do Imposto de Renda as operações efetuadas com ações, no

mercado à vista de bolsas de valores ou mercado de balcão, se o total das alienações

desse ativo, realizadas no mês, não exceder a R$ 20.000, 00.31

Quando o valor total de venda for superior a R$ 20.000,00 é preciso calcular o

imposto devido das operações comuns aplicando o percentual de 15% sobre o resultado

(lucro) sendo permitido descontar taxas e corretagem. Lembrando ainda que a corretora já

retêm uma parcela de 0,005%32 do valor das vendas a título de imposto de renda para as

operações normais (comuns), para as operações day-trade a retenção é de 1%33 sobre o

resultado da operação, sendo que tais valores também podem, ser descontado do imposto

devido.

É importante esclarecer que o limite de R$ 20 mil refere-se às alienações

(vendas) de ações efetuadas no mês no mercado à vista, e não aos ganhos (diferença

entre a venda e o custo de aquisição). Desse modo, para saber se são isentos os ganhos

auferidos pelo investidor pessoa física em operações com ações no mercado à vista,

deve-se verificar o valor mensal das alienações que geraram esses ganhos. Se em um

mês as vendas de ações no mercado à vista atingiram R$ 18 mil, que gerou um ganho de

R$ 5.000,00 o imposto de renda será isento. Se a alienação fosse de R$ 20,000,01 o

ganho total precisa ser tributado, ou seja: não existe uma faixa de alienação que seja

isenta do imposto de renda.

Para fins de cálculo do limite de R$ 20 mil, as alienações devem ser consideradas

em seu valor bruto.

O ganho líquido isento (e não o valor das alienações) deve ser informado na ficha

de Rendimentos Isentos ou Não Tributáveis da declaração anual. Esse ganho não deve

ser informado no Demonstrativo de Apuração dos Ganhos em Renda Variável.

Por outro lado, se as operações com ações no mercado à vista produzirem perda

mensal, caso queira utilizá-la na compensação de ganhos nos meses seguintes o

investidor deve informar o valor dessa perda no Demonstrativo de Apuração dos Ganhos

em Renda Variável, ainda que as operações que produziram a referida perda tenham

somado valor mensal de alienação inferior a R$ 20 mil.

31 Instrução Normativa RFB nº 1.022/2010, art. 48. 32

Instrução Normativa RFB nº 1.022/2010, art. 52. 33

Instrução Normativa RFB nº 1.022/2010, art. 54.

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5.3. Bonificações em ações

Esta é uma operação que acontece quando a empresa na qual você investiu faz

incorporação de lucros para fins de aumento de capital social. Quando esta situação

ocorrer é preciso adicionar tais valores ao custo de aquisição das ações. Desta forma os

valores recebidos como bonificações estão isentos do imposto de renda e devem ser

declarados no ajuste anual do imposto de renda como rendimentos isentos ou não

tributáveis.

5.4. Desmembramento e agrupamento de ações

O desmembramento (split) ou agrupamento (inplit) de ações de uma carteira não

representa lucro ou prejuízo, logo não ocorre a incidência do imposto de renda. Neste caso

é preciso ficar atento para realizar o ajuste no custo de aquisição das ações considerando o

custo total do lote dividido pelo número de ações.

5.5. Dividendos

Os valores recebidos a título de dividendos não estão sujeitos ao imposto de renda,

uma vez que representam o lucro líquido da empresa pagadora, o qual está isento de

imposto de renda.

5.6. Juros sobre o capital próprio

No recebimento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) a fonte pagadora faz a

retenção do imposto de renda, o qual não é possível de compensação no ajuste anual do

imposto de renda, devendo ser declarado como rendimento sujeito a tributação exclusiva

ou definitiva.

5.7. Ações mantidas em carteira no final do ano

As ações mantidas em carteira ao final do ano devem ser informadas na

declaração de bens e direitos pelo valor de aquisição.

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29

EXERCÍCIO

1. O que são operações “Day-trade” ?

a) ( ) Quando ocorre a compra e a venda das ações no mesmo mês;

b) ( ) Quando ocorre a venda antes da compra no mesmo dia;

c) ( ) Quando ocorre a compra e a venda no mesmo dia e quando ocorre a venda

antes da compra no mesmo dia, também é considerada operação “Day-trade”.

d) ( ) n.d.a.

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6. CRUZAMENTOS DE INFORMAÇÕES DA PESSOA FÍSICA

Ao longo dos anos, a Receita Federal do Brasil desenvolveu mecanismos

facilitadores do controle de sonegação fiscal. Foram criados diversos instrumentos com

intuito de fazer o cruzamento das informações apresentadas pela pessoa física junto a tal

autarquia, entre elas destacam-se:

• DIMOB – Declaração de Informações Sobre Atividade Imobiliária;

• DOI – Declaração de Operações Imobiliárias;

• ECF – Escrituração Contábil Fiscal;

• DIRF – Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte;

• DECRED – Declaração de Operações com Cartão de Crédito;

• DECLARAÇÃO SOBRE LUCROS E DIVIDENDOS das empresas;

• RAIS – Relação Anual de Informações Sociais;

• DIMOF – Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira;

• DITR – Declaração do Imposto Territorial Rural;

• DCTF – Declaração de Créditos e Débitos Tributários Federais;

• DEMED – Declaração de Serviços Médicos e de Saúde;

• DEFIS – Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais; e

• DSPJ – Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica.

O projeto de cruzamento de informações que está sendo implantado no Brasil é

considerado um dos mais modernos, completos e eficazes que existem no mundo. Um

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supercomputador é capaz de armazenar as informações e fazer o cruzamento de forma

instantânea.

O popularmente conhecido com T- Rex, em homenagem ao Tiranossauro Rex,

através de um software moderníssimo conhecido popularmente de Arpia, armazena as

informações chegam dos mais diversos segmentos que compõem as instituições

obrigadas a prestar informação.

Os CARTÓRIOS através da DOI – Declaração de Operações Imobiliárias estão

obrigados a informar sobre transações imobiliárias. A DOI segundo Instrução Normativa

RFB nº 969 de 2009, deverá ser apresentada sempre que ocorrer operação de aquisição,

realizada por pessoa física ou jurídica, independente do valor, cujos documentos sejam

lavrados, anotados, averbados, matriculados ou registrados em cartório de registro de

imóveis. O prazo para transmissão destas informações é até o último dia do mês

subsequente à realização da anotação cartorial. Assim fica evidenciado que as

transações de compra e venda de imóveis precisam ser realizadas pelo valor

efetivamente transacionado, para evitar problemas com os cruzamentos realizados.

Os DETRANS estão interligados no computador central, assim passam a prestar

informações permanentes e instantâneas.

Os BANCOS possuem obrigação de apresentar a DIMOF – Declaração de

Informações e Movimentações sobre Operações Financeiras, na qual declaram a Receita

Federal do Brasil as transações realizadas por seus clientes. De acordo com a Instrução

Normativa RFB nº 1.092 de 2010, a apresentação da DIMOF é obrigatória, por parte dos

bancos de qualquer espécie, cooperativas de créditos e associações de poupança e

empréstimos e para todas as instituições autorizadas a receber operações de mercado e

câmbio. São informados os depósitos à vista e a prazo, pagamentos em moeda corrente

ou em cheques em conta de depósito ou poupança, emissões e ordens de créditos,

resgates de conta poupança, aquisições de moeda estrangeira, conversões de moedas,

transferências de valores para exterior. São informados os valores superiores a R$

5.000,00 por semestre para cada pessoa física. Tais informações são prestadas

semestralmente para assim alimentar o banco de dados da Receita Federal do Brasil e

possibilitar o cruzamento das informações com a variação patrimonial das pessoas e para

atender a outras finalidades.

As ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITOS estão obrigadas a

apresentar DECRED para informar o perfil de movimentação que cada CPF realizou. Foi

instituída pela Instrução Normativa SRF nº 341, de 15 de julho de 2003, com objetivo de

receber informações, por parte das administradoras de cartão de crédito, das operações

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efetuadas com cartão de crédito. A informação é prestada à Receita Federal do Brasil

semestralmente dos respectivos montantes pagos superiores a R$ 5.000,00 por semestre

para cada pessoa física.

As IMOBILIÁRIAS farão a apresentação da DIMOB – Declaração de Informações

sobre Atividades Imobiliárias, informando sobre a comercialização de imóveis,

loteamentos, incorporação, intermediação de aquisição, alienação ou alugueis de imóveis.

Instituída pela Instrução Normativa RFB nº 1.115, de 28 de dezembro de 2010, tem por

objetivo informar anualmente à Receita Federal do Brasil todas as transações imobiliárias

realizadas pelas empresas ligadas ao segmento imobiliário.

As PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE estão obrigadas por força da

Instituição Normativa RFB nº 985, de 22 de dezembro de 2009, a apresentar DMED –

Declaração de Serviços Médicos e de Saúde. Também estão obrigados a apresentar esta

declaração as operadoras de planos privados de assistência a saúde. Serão relacionadas

as informações relativas aos serviços prestados por psicólogos, fisioterapeutas,

terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, dentistas, hospitais, laboratórios, serviços

radiológicos, serviços de próteses ortopédicas e dentárias, clínicas de qualquer

especialidade, bem como os prestados por estabelecimento geriátrico classificado como

hospital pelo Ministério da Saúde e por entidades de ensino destinadas à instrução de

deficiente físico ou mental.

Existem ainda muitos instrumentos de cruzamento de informações, entre eles

merecem destaque: SEFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações

à Previdência Social trata-se de um aplicativo desenvolvido pela Caixa e disponibilizado

gratuitamente que consolida os dados cadastrais e financeiros da empresa e dos

trabalhadores para repasse ao FGTS e à Previdência Social.

Outra fonte de cruzamento de informações relativas à pessoa física é DIRF, que é

exigida por força da Instrução Normativa RFB nº 1.033 de 14 de maio de 2010. Estão

obrigadas a entregar a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte as

pessoas jurídicas e físicas que tenham pago ou creditado rendimentos que tenham sofrido

retenção do imposto sobre a renda na fonte.

Outra linha de cruzamento de informações relativos à pessoa jurídica é a

Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ), na qual são declarados, entre

outras, informações sobre distribuição de lucros e rendimentos diversos. Aqui percebe-se

que diversas declarações têm a finalidade de declarar as mesmas informações, buscando

assim certificar de todas as formas a veracidade das informações prestadas.

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O projeto SPED – Sistema Público de Escrituração Digital possui diversos

segmentos, entre eles a Sped Fiscal, Sped Contábil, Sped Social, Sped Fiscal Pis e

Cofins, NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), NFS-e – Nota Fiscal de Serviço Eletrônica, CT-e –

Conhecimento de Transporte Eletrônico e o FCONT, que é uma forma de escrituração

eletrônica de contas patrimoniais e de resultado. Esta é uma das ferramentas mais

poderosas de cruzamento de informações, pela qual todas as transações comerciais são

registradas de maneira instantânea no banco de dados da Receita Federal do Brasil,

possibilitando um completo e abrangente sistema de cruzamento de informações.

Outro poderoso instrumento de cruzamento de informações é o COAF – Conselho

de Controle de Atividades Financeiras, que tem como objetivo, entre outros, combater a

lavagem de dinheiro. O COAF, através de diversos segmentos comerciais, como de jóias,

imobiliário, jogos e sorteios, busca informações sobre operações realizadas por pessoas

físicas ou jurídicas.

Por fim, ainda na linha do cruzamento de informações, o super computador (T-

REX), no qual são centralizadas informações, encarrega-se do processamento e deixa

disponíveis aos seus usuários as informações que foram armazenadas. Os principais

usuários são: Receita Federal do Brasil, Estados, Municípios, Ministério Público, Polícia

Federal e Juízes.

O Cruzamento de informações está tão avançado que o projeto da Receita

Federal do Brasil para o Imposto de Renda Pessoa Física dos próximos anos é de

apresentar a Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda já pronta34 ao contribuinte,

cabendo a este a simples tarefa de avaliar, confirmar ou retificar a declaração.

34 Para o exercício 2015 a RFB - Receita Federal do Brasil disponibilizou o acesso a algumas informações armazenadas no banco de dados.

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34

EXERCÍCIO

1. DIMOF é uma obrigação que os bancos possuem pera nte a Receita Federal

do Brasil. Quanto a esta obrigação é correto afirma r que:

a) ( ) Declaram a RFB transações realizadas por seus clientes;

b) ( ) É obrigatória a apresentação da DIMOF por parte dos bancos de qualquer

espécie;

c) ( ) São informados os valores superiores a R$ 5.000,00 por semestre para

cada pessoa física;

d) ( ) n.d.a.

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NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI - Eduardo Alves da Costa

“...Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor

do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;

pisam as flores,

matam nosso cão,

e não dizemos nada.

Até que um dia,

o mais frágil deles

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz, e,

conhecendo nosso medo,

arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.”

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REFERÊNCIAS

RECEITA FEDERAL DO BRASIL, Instrução Normativa nº 1545 de 03 de Fevereiro de

2015.

______. Instrução Normativa nº 118 de 28 de Dezembro de 2000.

______. Instrução Normativa nº 84 de 11 de Outubro de 2001.

______. Instrução Normativa nº 599 de 28 de Dezembro de 2005.

______. Instrução Normativa nº 15 de 06 de Fevereiro de 2001.

______. Instrução Normativa nº 1.022 de 05 de Abril de 2010.

______. Parecer Normativo CST nº 130 de 20 de Dezembro de 1975.

______. Parecer Normativo CST nº 60 de 24 de Abril de 1978.

______. Parecer Normativo Cosit nº 358 de 08 de Outubro de 1970.

BRASIL, Decreto-lei nº 2.396 de 21 de Dezembro de 1987.

______. Decreto nº 3.000 de 26 de Março de 1999.

______. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de Outubro de 1988.

______. Lei Ordinária nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002.

______. Lei Ordinária nº 11.196 de 21 de Novembro de 2005.

______. Medida Provisória nº 2.158 de 24 de Agosto de 2001.

______. Lei Ordinária nº 10.451 de 10 de Maio de 2002.

______. Lei Ordinária nº 7.713 de 10 de Dezembro de1988.

______. Lei Ordinária nº 12.794 de 02 de Abril de 2013.

______. Lei Ordinária nº 9.250 de 26 de Dezembro de 1995.

______. Lei Ordinária nº 8.134 de 27 de Dezembro de 1990.

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