apostila e exercicio gabaritado sistema nervoso

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1 SISTEMA NERVOSO Nos animais metazoários há a necessidade um siste- ma que integre e coordene as diversas partes do organismo para o desempenho das várias funções. A coordenação das atividades dessas partes é feita pelos sistemas nervoso e endócrino. A unidade morfofisiológica e funcional do siste- ma nervoso são os neurônios, células especiais que rece- bem e transmitem o impulso nervoso. SISTEMA NERVOSO DOS INVERTEBRADOS Os primeiros a apresentar um sistema nervoso são os cnidários. Esses animais apresentam um sistema nervo- so difuso. Os platelmintos, nematelmintos e moluscos, apresen- tam um sistema nervoso formado por gânglios nervosos, que são aglomerados de neurônios situados na região an- terior do animal do qual partem cordões nervosos para todo o corpo. Nos anelídeos, o sistema nervoso é composto por uma cadeia nervosa ventral (hiponeuros), com um par de gânglios por segmento; possuem gânglios cerebróides bem desen- volvidos. Nos insetos e nos moluscos cefalópodes, o siste- ma nervoso ganglionar é composto por gânglios cerebróides bem desenvolvidos, chegando a constituir um cérebro e uma cadeia nervosa ventral. Os equinodermos apresentam um anel nervoso ao redor do intestino de onde partem nervos radiais relacionados com uma rede de neurônios. SISTEMA NERVOSO DOS VERTEBRADOS O sistema nervoso nos vertebrados ocupa posição dorsal (epineuros) e está protegido pela caixa craniana e pela co- luna vertebral. O sistema nervoso dos vertebrados compre- ende sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico. SISTEMA NERVOSO CENTRAL Composto pelo encéfalo e pela medula espinhal. Am- bos são protegidos por estruturas ósseas, o encéfalo pela caixa craniana e a medula pelas vértebras. O SNC é envolvido por três membranas, as meninges, denominadas duramáter, aracnóide e piamáter. Entre a aracnóide e a pia-máter circula o líquido cefalorraquidiano ou líquor, que protege e nutre o sistema nervoso. Encéfalo O encéfalo está dividido em cérebro, cerebelo, ponte e bulbo. Cérebro É a parte mais volumosa do encéfalo. Divide-se em duas metades denominadas hemisférios cerebrais. Sua superfí- cie externa é chamada de córtex cerebral. Nos peixes, an- fíbios, répteis e aves, os hemisférios cerebrais têm super- fície lisa. Por isso são chamados de lisencéfalos. Nos mamíferos, a superfície cerebral é dotada de inúmeras circunvoluções. Por isso são chamados de girencéfalos. As funções do cérebro são: Centro da motricidade voluntária. Centro psíquico das emoções. Centro de seinsibilidades. Sistema nervoso de um cnidário. Sistema nervoso de um platelminto

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Page 1: Apostila e Exercicio Gabaritado SISTEMA NERVOSO

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SISTEMA NERVOSONos animais metazoários há a necessidade um siste-

ma que integre e coordene as diversas partes do organismopara o desempenho das várias funções. A coordenação dasatividades dessas partes é feita pelos sistemas nervoso eendócrino. A unidade morfofisiológica e funcional do siste-ma nervoso são os neurônios, células especiais que rece-bem e transmitem o impulso nervoso.

SISTEMA NERVOSO DOSINVERTEBRADOS

Os primeiros a apresentar um sistema nervoso são oscnidários. Esses animais apresentam um sistema nervo-so difuso.

Os platelmintos, nematelmintos e moluscos, apresen-tam um sistema nervoso formado por gânglios nervosos,que são aglomerados de neurônios situados na região an-terior do animal do qual partem cordões nervosos para todoo corpo.

Nos anelídeos, o sistema nervoso é composto por umacadeia nervosa ventral (hiponeuros), com um par de gângliospor segmento; possuem gânglios cerebróides bem desen-volvidos. Nos insetos e nos moluscos cefalópodes, o siste-ma nervoso ganglionar é composto por gânglios cerebróidesbem desenvolvidos, chegando a constituir um cérebro e umacadeia nervosa ventral. Os equinodermos apresentam umanel nervoso ao redor do intestino de onde partem nervosradiais relacionados com uma rede de neurônios.

SISTEMA NERVOSO DOS VERTEBRADOSO sistema nervoso nos vertebrados ocupa posição dorsal

(epineuros) e está protegido pela caixa craniana e pela co-luna vertebral. O sistema nervoso dos vertebrados compre-ende sistema nervoso central (SNC) e sistema nervosoperiférico.

SISTEMA NERVOSO CENTRALComposto pelo encéfalo e pela medula espinhal. Am-

bos são protegidos por estruturas ósseas, o encéfalo pelacaixa craniana e a medula pelas vértebras.

O SNC é envolvido por três membranas, as meninges,denominadas duramáter, aracnóide e piamáter. Entre aaracnóide e a pia-máter circula o líquido cefalorraquidianoou líquor, que protege e nutre o sistema nervoso.

EncéfaloO encéfalo está dividido em cérebro, cerebelo, ponte e

bulbo.

CérebroÉ a parte mais volumosa do encéfalo. Divide-se em duas

metades denominadas hemisférios cerebrais. Sua superfí-cie externa é chamada de córtex cerebral. Nos peixes, an-fíbios, répteis e aves, os hemisférios cerebrais têm super-fície lisa. Por isso são chamados de lisencéfalos. Nosmamíferos, a superfície cerebral é dotada de inúmerascircunvoluções. Por isso são chamados de girencéfalos.As funções do cérebro são:

• Centro da motricidade voluntária.• Centro psíquico das emoções.• Centro de seinsibilidades.

Sistema nervoso de um cnidário.

Sistema nervoso de um platelminto

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CerebeloLocaliza-se abaixo do cérebro. Peixes que nadam bem,

aves e mamíferos possuem cerebelo bem desenvolvido. Asfunções do cerebelo são:

• Controlador da tonicidade e vigor muscular.• Controlador do equilíbrio corporal.

PonteSitua-se abaixo do cérebro, diante do cerebelo. Todos

os vertebrados com exceção dos mamíferos possuem aponte como centro de visão. Nos mamíferos funciona comouma ponte entre o cérebro e a medula espinhal.

Bulbo RaquidianoLocaliza-se abaixo da ponte a acima da medula espi-

nhal. O bulbo controla o ritmo cardiorespiratório e algunsatos reflexos (sucção, mastigação, vômito, piscar, secre-ção lacrimal, tosse e deglutição).

Medula EspinhalÉ a continuação do bulbo. A medula desce pelo interior

da coluna vertebral. A medula conduz impulsos sensitivosao cérebro e traz impulsos motores. Os atos reflexos rela-cionados principalmente com o instinto de conservação edefesa. O caminho do impulso nervos no ato reflexo é deno-minado arco reflexo. Existe no SNC dois tipos de substân-cias formando os órgãos: cinzenta (concentração dos cor-pos celulares) e branca (concentração dos axônios).

Quanto a posição destas substâncias, notamos que nocérebro, a massa cinzenta é periféria e a branca é interna.Na medula ocorre o contrário.

SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

O SNP é formado por uma rede de nervos, que podemser cranianos, quando partem do encéfalo e raquidianos,quando partem da mudula espinhal. Da medula espinhalpartem 31 pares de nervos raquidianos. De acordo com adireção da transmissão do impulso nervoso, os nervos clas-sificam-se em:

• Nervos Sensitivos: Transmitem ao cérebro as im-pressões colhidas na superfície do corpo.

• Nervos Motores: Conduzem a resposta elaboradapelos centros nervosos à um órgão efetor, geralmente ummúsculo.

• Nervos Mistos: Levam e trazem estímulos dos cen-tros nervosos.

ARCO REFLEXO

É o conjunto mais simples de neurônios, envolvendo umneurônio aferente, um interneurônio e um neurônio eferente.

Ex.: reflexo patelar.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMOÉ formado por nervos que funcionam independentemen-

te da nossa vontade, controlando o coração, o estômago, ointestino, a secreção de algumas glândulas. Subdivide-seem:

• SNA Simpático• SNA Parassimpático

Os nervos do simpático originam-se na região medianada medula; os nervos parassimpáticos saem do bulbo e daextremidade final da medula.

O efeito de cada um desses sistemas varia de órgãopara órgão. O coração, por exemplo, é estimulado pelo sim-pático e inibido pelo parassimpático. Já com a musculaturado tubo digestivo ocorre o contrário.

ÓRGÃOS DOS SENTIDOSA capacidade que temos de distinguir diferentes estí-

mulos que provêm do exterior, como luz, som, cheiro, per-cepções tácteis e de dor decorre de existência de recepto-res altamente especializados em transformar os impulsosnervosos que a eles chegam em noção ou percepção devisão, de audição, de dor, etc.

Para o processamento de qualquer dos sentidos o orga-nismo dispõe de 3 tipos de estruturas especiais: estrutu-ras receptoras, estruturas condutoras e estruturastransformadoras. As estruturas receptoras podem ser clas-sificadas em exteroceptoras e interoceptoras.

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• Exteroceptoras: Podem ser cutâneos (tato, frio, ca-lor, dor), visuais (luz), auditivos (som), gustativos (sabor)e olfativos (odor).

• Interoceptores: Podem ser propriceptores, quandorelacinados aos sentidos de movimento e posições (mus-culares e articulares), ou visceroceptores, ligados às sen-sações de fome, sede, dor, etc.

VISÃO

AUDIÇÃO

Nos animais superiores, os receptores da visão estãonos olhos. O olho humano é formado pela superposição detrês envoltórios.

• Esclerótica: É o “branco dos olhos”. Na região anteri-or do globo ocular, se diferencia, formando a córnea, mem-brana lisa e transparente à luz.

• Coróide: Abriga muitos vasos sangüíneos responsá-veis pela nutrição dos olhos. Na sua região anterior formaíris, estrutura pigmentada responsável pela coloração dosolhos. A íris é dotada de um orifício central denominadopupila.

• Retina: É uma expansão do nervo ótico, tendo a fun-ção de captar a luz refletida pelos objetos para formar aimagem desses, que será transmitida ao cérebro pelo ner-vo ótico.

Na retina existem dois tipos de células fotossensíveis:

• Cones: Percebem as cores.

• Bastonetes: Percebem contrastes claro e escuro.

O globo ocular apresenta ainda o cristalino, que é comouma lente biconvexa, transparente a raios luminosos, coma função de focalizar a imgem na retina, o humor aquoso,localizado entre a córnea e o cristalino e o humor vítreo,de natureza gelatinosa, que preenche o espaço situado atrásdo cristalino, sendo responsável pela manutenção da formaesférica do globo ocular.

Os órgãos anexos do globo são os músculos, as pál-pebras, as glândulas lacrimais e a conjuntiva.

Os órgãos receptores da audição são os ouvidos queconstituem-se basicamente de três regiões:

• Ouvido Externo: É formado pelo pavilhão auditivoe pelo conduto auditivo externo. Capta os sons direcio-nando-os para o interior do ouvido.

• Ouvido Médio: É uma caixa contendo três ossículosdenominados martelo, bigorna e estribo. É separado doouvido externo pelo tímpano e se comunica com o ouvidointerno e com a faringe através da trompa de Eustáquio(tuba auditiva). Limita-se como ouvido interno através dasjanelas redonda e oval.

• Ouvido Interno: Localiza-se numa cavidade do ossotemporal e compreende basicamente duas regiões: o ves-tíbulo, que permite a percepção do corpo (noção de equilí-brio) e o caracol (cóclea), onde estão presentes estrutu-ras que permitem a percepção dos sons e ruídos, chama-dos de órgãos de Corti.

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OLFATO

O órgão do olfato é o nariz que seapresenta dividido em duas cavidadespelo septo nasal. A cavidade nasal érevestida por uma mucosa denomina-da pituitária.

Nela se encontram quimiorrecep-tores capazes de perceber o estímuloprovocado por moléculas ou partículaslevadas pelo ar e depositadas sobre asuperfície úmida da mucosa. Esses im-pulsos são transportados ao cérebropelo nervo olfativo.

PALADAR

Paladar ou gustação é o sentido quepermite a identificação dos sabores dassubstâncias que atingem a língua.

Tal como o olfato, o paladar depen-de de quimiorrecep-tores. Eles se lo-calizam nas papilas linguais. Aspapilas tácteis são filiformes e só per-cebem o tato (consistência e tempera-tura dos alimentos).

As papilas gustativas (calciformese fungiformes) distinguem quatro gos-tos fundamentais (azedo ou ácido, doce,salgado e amargo), mas podem trans-mitir ao cérebro as mais diversas com-binações desses gostos.

TATOO tato é graças a ação dos receptores cutâneos que

são os corpúsculos de Meissner, de Vater-Pacini, de Krausee de Ruffini, além de terminações livres na pele.

• Meissner: Percepção de contato, mesmo suave;

• Vater-Pacini: Noção de pressão;

• Ruffini: Percepção de calor;

• Krause: Sensibilidade ao frio;

• Terminações nervosas livres: Percepção da dor.

TESTES01. (PUC-SP) Apresentam sistema nervoso difuso, em formade rede:

a) os poliquetas.b) os insetos.c) os hidrozoários.d) as esponjas.e) os moluscos.

02. (OSEC-SP) No quadro abaixo são fornecidos os efeitosdas ações do sistema parassimpático e simpático sobre apupila e a secreção gastrientestinal.

Se um indivíduo I for tratado com a droga A e um indivíduo II,com a droga B, e sabendo-se que A e B são adrenérgica e co-linérgica, respectivamente, qual das reações indicadas a se-guir devemos esperar que ocorra com esses indivíduos?

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03. (UFRS) O paciente está sentado e tem a perna direita cruza-da sobre a esquerda. O médico aplica-lhe um golpe rápidoimediatamente abaixo da patela e a perna é sacudida paracima. Relacione as estruturas abaixo enumeradas com a se-qüência fisiológica que melhor explica esse fato:

I. Neurônio de associação da medula.II. Encéfalo.III. Neurônios motores.IV. Proprioceptores.V. Neurônios Sensoriais.VI. Placa motora.

a) I, II, IV, V, III, VI.b) II, III, IV, V, VI, I.c) III, II, IV, VI, V, I.d) IV, V, I, II, III, VI.e) IV, II, III, I, V, VI.

04. Apresentam sistema nervoso ganglionar:

a) platelmintos e esponjas.b) moluscos e celenterados.c) platelmintos e nematelmintos.d) insetos e cnidários.e) n.d.a.

05. (UNICAMP-PE) O sistema nervoso porífero é constituído:

a) da fração simpática, gânglios e nervos.b) da fração parassimática, gânglios e nervos.c) do sistema autônomo, gânglios e nervos.d) dos nervos e gânglios espinhas e simpáticos.e) dos nervos cranianos e dos nervos requidianos.

06. (FUVEST-SP) Em acidentes em que há suspeita de com-prometimento da coluna vertebral, a vítima deve ser cuidado-samente trasnportada ao hospital em posição deitada e, depreferência, imobilizada. Esse procedimento visa preservar aintegridade da coluna, pois em seu interior passa:

a) o ramo descendente da aorta, cuja lesão pode ocasionarhemorragias.

b) a medula óssea, cuja lesão pode levar à leucemia.c) a medula espinhal, cuja lesão pode levar à paralisia.d) o conjunto de nervos cranianos, cuja lesão pode levar à

paralisia.e) a medula óssea, cuja lesão pode levar à paralisia.

07. Um macaco que tem uma lesão no bulbo (mielencéfalo)apresenta distúrbios:

a) na respiração.b) na audição.c) na visão.d) no sono.e) na temperatura corporal.

08. (FUVEST-SP) Se o cerebelo de um rato for destruído, ficarácomprometido seu desempenho em:

a) digerir alimentos.b) respirar.c) andar.d) eliminar excretas.e) produzir anticorpos.

09. (FUVEST) Nos vertebrados o centro responsável pela coor-denação muscular situa-se no cerebelo. Essa parte do encé-falo é mais desenvolvida em animais que se locomovem mui-to bem nas três dimensões do espaço e que necessitam ter osentido do equilíbrio bem desenvolvido. De acordo com osdados, o animal cujo cerebelo é menos desenvolvido é:

a) o gavião.b) o tubarão.c) o sapo.d) o macaco.e) a sardinha.

10. (UFCE) No homem, os canais semicirculares, órgãos res-ponsáveis pela manutenção do equilíbrio, estão localizados:

a) no ouvido interno.b) no cerebelo.c) na medula.d) nas articulações.e) n.d.a.

11. (UFPR) A sensação de dor que se percebe ao sofrer umapicada de agulha na pele tem sua razão de ser na existância de:

a) terminações nervosas livres na estruturas da pele.b) corpúsculos de Meissner, que se encontram aprofun-da-

dos na hipoderme.c) corpúsculos de Krause, que são numerosos na estrutura

da pele.d) corpúsculos de Vater-Pacini, que são minúsculos e super-

ficiais.e) corpúsculos de Ruffini, que são muito sensíveis aos estí-

mulos mecânicos.

12. (FCC) Qual dos pares de estruturas abaixo é constituídoexclusivamente por efetores do sistema nervoso?

a) Pele e ouvido.b) Cérebro e medula.c) Músculos e glândulas.d) Neurônios sensoriais e neurônios motores.e) Nervos cranianos e nervos raquidianos.

13. (UFPA) Cães, gatos e touros não apresentam cones emsuas retinas. Desse modo, esses animais:

a) não percebem contraste entre claro e escuro.b) são míopes.c) têm hipermetropia.d) apresentam astigmatismo.e) não têm visão em cores.

14. (OSEC-SP) Na espécie humana, a cor dos olhos se deve apigmentação do(a):

a) retina.b) córnea.c) íris.d) pupila.e) cristalino.

15. Fazem parte do sistema nervoso central:

01) nervos cranianos.02) cérebro.04) cerebelo.08) nervos raquidianos.16) bulbo.32) ponte.

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SISTEMA ENDÓCRINOO sistema endócrino é formado pelo conjunto de glân-

dulas endócrinas, que são responsáveis pela secreção dehormônios. Estas glândulas são denominadas endócrinasporque lançam sua secreção (hormônios) diretamente nosangue ou na hemolinfa por onde eles atingem todas ascélulas do corpo. Cada hormônio atua apenas sobre algunstipos de células, denominadas células-alvo. Estas célulaspossuem em sua membrana ou citoplasma, proteínas (re-ceptores hormonais), capazes de se combinar especifica-mente com as moléculas do hormônio. Já as glândulas exó-crinas lançam suas secreções para fora do corpo ou nascavidades doa órgãos ocos.

Os hormônios secretados estimulam diversas funçõese atividades do organismo animal. Nos vertebrados, o cres-cimento corporal é estimulado por um hormônio produzidopela glândula hipófise, situada sob o encéfalo. Reações desusto ou raiva são desencadeadas pela liberação do hor-mônio adrenalina, produzido pelas glândulas adrenais, lo-calizadas sob os rins.

COMO AGEM OS HORMÔNIOS

As glândulas endócrinas sempre liberam os hormôniosno sangue (ou na hemolinfa), por onde eles atingem todasas células do corpo. Cada hormônio atua apenas sobre al-guns tipos de células, denominadas células-alvo, que pos-suem receptores hormonais que se combinam com as mo-léculas do hormônio.

REGULAÇÃO HORMONALPOR FEED-BACK

Esta expressão (feed-back), traduzida como retro-ali-mentação é usada para indicar a regulação de uma glându-la pelo seu próprio produto final. O feed back é conhecidocomo negativo quando o aumento do produto final inibe aatividade da glândula.

REGULAÇÃO DA TIREOTROFINA POR FEED-BACKA hipófise produz um hormônio trófico, a tireotrofina, que

estimula a tireóide a liberar os hormônios tiroxina e triiodo-tironina. Quando esses hormônios atingem determinadaconcentração no sangue, passam a inibir a produção de ti-reotrofina pela hipófise. Assim, as taxas de tireotrofina, ti-roxina e triiodotironina diminuem no sangue, desfazendo-se o efeito inibitório sobre a hipófise, que aumenta a produ-ção de tireotrofina, reiniciando o ciclo regulatório.

REGULAÇÃO HORMONAL DO NÍVELDE CÁLCIO NO SANGUE

Os hormônios calcitonina (tireóide) e paratormônio (pa-ratireóide), são responsáveis pela manutenção dos níveisnormais de cálcio na circulação.

A elevação no nível de cálcio no sangue estimula a ti-reóide a secretar calcitonina, que promove a deposição decálcio nos ossos e a eliminação de cálcio na urina, alem deinibir a absorção desse mineral pelo intestino. Diminuindo,assim, a taxa de cálcio no sangue.

Quando a taxa de cálcio diminui, a secreção de calcito-nina é inibida e as glândulas paratireóides são estimuladasa secretar o paratormônio. Esse hormônio tem efeito inver-so da calcitonina: libera cálcio dos ossos para o sangue,estimula a absorção de cálcio pelo intestino e diminui suaeliminação pelos rins.

A tireóide e as paratireóides atuam em conjunto para a manu-tenção dos níveis normais de cálcio no sangue.

SISTEMA ENDÓCRINO HUMANOAlgumas das glândulas endócrinas da espécie humana

são responsáveis pela produção de mais de um tipo de hor-mônio.

HIPOTÁLAMOLocaliza-se na base do encéfalo, numa região denomi-

nada tálamo. O hipotálamo é responsável pelas células neu-rosecretoras, que são neurônios especializados na produ-ção e na liberação de hormônios.

HIPÓFISELocalizada sob o encéfalo, ligada ao hipotálamo, é um

pouco maior que um grão de ervilha e também pode serchamada de pituritária. Possui duas partes distintas: aadeno-hipófise e a neuro-hipófise.

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Os hormônios da neuro-hipófise são produzidos pelas célu-las neurossecretoras do hipotálamo, enquanto a adeno-hipó-fise produz seus próprios hormônios.

A adeno-hipófise, ou lobo anterior da hipófise, temorigem a partir de células epidérmicas que migraram doteto da boca do embrião para a base do encéfalo, sendoassim de origem epitelial. Já a neuro-hipófise, ou lobo pos-terior da hipófise, é uma extensão do hipotálamo, e tem,portanto, origem nervosa.

NEURO-HIPÓFISEO lobo posterior da hipófise libera dois hormônios princi-

pais: a ocitocina (ou oxitocina) e o hormônio antidiurético(também conhecido com vasopressina ou ADH).

OCITOCINADeriva do grego okys, que significa “rápido”. Esta deno-

minação se deve pelo fato de a ocitocina acelerar as con-

Principais glândulas endócrinas humanas.

trações uterinas que levam ao parto. Outro efeito da ocito-cina é promover o aleitamento, pois promove a contraçãoda musculatura lisa das glândulas mamárias, levando aexpulsão do leite.

A ocitocina, liberada pela neuro-hipófise, induz nas mulheresas contrações uterinas que levam ao parto e também a secre-ção do leite pelas glândulas mamárias, quando a criança sugao seio.

HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH OU VASOPRESSINA)

Atua sob os rins, aumentando a retenção de água pelocorpo, com conseqüente aumento da pressão arterial. De-vido a este aumento o ADH é também é denominado vaso-pressina. Se a neuro-hipófise produz menos ADH que onormal, a pessoa elimina grande volume de urina, sentemuita sede e corre o risco de desidratação. Este quadro éconhecido como diabete insípido.

Tanto a ocitocina quanto o ADH são sintetizados no hipo-tálamo, migrando para a neuro-hipófise através dos axôniosdas células neurosecretoras, permanecendo estocados nasextremidades dos neurônios secretores até que um estí-mulo provoque sua liberação para o sangue.

ADENO-HIPÓFISEProduz diversos hormônios, cuja secreção depende dos

fatores de secreção produzidos pelo hipotálamo.

Principais hormônioshipofisários e os órgãossobre os quais atuam.

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HORMÔNIO DO CRESCIMENTOPromove o crescimento corporal, e é também chamado

somatotrofina, agindo pala estimulação geral da síntesede proteína nas células, levando ao crescimento generali-zado de todos os tecidos. Além disso, esse hormônio in-duz células do fígado a produzir as somatomedinas, quesão proteínas que circulam pelo sangue e estimulam o cres-cimento dos ossos e das cartilagens.

A produção de somatotrofina diminui drásticamente apósa puberdade, quando termina a fase de crescimento. Àsvezes, porém, esta produção é retomada na fase adultadevido a uma disfunção da hipófise. Nesse caso a pessoanão cresce em altura, mas os ossos das mãos, pés e dacabeça aumentam de tamanho (acromegalia). O hormôniodo crescimento, até pouco tempo atrás, era extraído dahipófise de cadáveres humanos para o tratamento de crian-ças com deficiência deste hormônio. Hoje, porém, já sepode obtê-lo por meio de bactérias que receberam geneshumanos por técnicas de Engenharia Genética.

PROLACTINAÉ outro hormônio produzido pela adeno-hipófise, que tem

importante papel na estimulação da produção de leite pelasmulheres durante a fase pós-parto.

ENDORFINASOriginadas do peptídeo b-lipotrofina produzido pela adeno-

hipófise, são substâncias que inibem receptores de dor.Acredita-se que o maior ou menor sucesso dos atletas emcorrer grandes distâncias se deve, parcialmente, à sua ca-pacidade de produzir e liberar endomorfinas quando o can-saço e a dor muscular atingem níveis críticos.

HORMÔNIO ESTIMULANTE DE MELANÓCITOSecretado pelo lobo intemerdiário presente na hipófise

de certos vertebrados. Esse hormônio regula a atividadedas células pigmentadas da pele de animais como o cama-leão, por exemplo, permitindo que eles mudem de cor. Umapequena quantidade desse hormônio é secretada pela hipó-fise humana e parece aumentar a produção de melaninapelos melanócitos da base do folículo piloso.

HORMÔNIOS TRÓFICOSDo grego trofos que significa nutrir, alimentar, este hor-

mônio estimula e controla o efeito de outras glândulas en-dócrinas. Os principais hormônios tróficos adeno-hipofisá-rios são:

• hormônio tireotrófico (TSH) ou tireóide estimulan-te, que regula a atividade da glândula tireóide;

• hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que regulaa atividade da região mais externa (córtex) da glândula su-pra-renal;

• hormônio folículo estimulante (FSH), atua sobreas gônadas masculinas e femininas (testículos e ovários);

• hormônio luteizante (LH), que atua sobre gonadasmasculinas e femininas (testículos e ovários).

TIREÓIDELocaliza-se no pescoço, logo abaixo das cartilagens da

glote, sobre a porção inicial da traquéia.Os dois principais hormônios tireoidianos são a tiroxina

e a triiodotironina, que contêm, respectivamente, quatroe três átomos de iodo em suas moléculas. Ambos são de-rivados do aminoácido tirosina. Os hormônios iodados datireóide controlam a atividade metabólica de praticamentetodas as células do corpo. Na presença desses hormônios,a atividade do organismo aumenta como um todo. Outrohormônio tireoidiano importante é a calcitonina, que atuadiminuindo a quantidade de cálcio no sangue.

HIPOTIREOIDISMOÉ a redução da atividade da glândula tireóide, diminuin-

do a taxa de hormônios tireoidianos em circulação no san-gue, causando, assim, a desativação generalizada do me-tabolismo. A pessoa com hipotireoidismo tende a engordar,ser pouco ativa e apresentar a pele fria e ressecada e tam-bém o chamado bócio endêmico, devido ao aumento dotamanho da glândula.

Quando o hipotireoidismo se manifesta na infância, podecausar prejuízos ao desenvolvimento dos ossos e do siste-ma nervoso. Se não for tratada rapidamente, a criança podeapresentar um quadro de retardamento físico e mental, co-nhecido como cretinismo.

BÓCIO ENDÊMICO OU CARENCIALA falta de iodo na alimentação humana pode levar a ti-

reóide a aumentar muito de tamanho, formando no pescoçoum inchaço, chamado bócio ou papo. No Brasil, a adiçãoobrigatória de iodo ao sal de cozinha fez com que o bóciodeixasse de ser uma enfermidade endêmica.

HIPERTIREODISMOÉ o aumento exagerado da atividade da tireóide, com

aumento generalizado da atividade corporal. O indivíduo afe-tado é magro, agitado e tem grande apetite. Pode apresen-tar, também, crescimento anormal da tireóide (bócio) e olhosarregalados, saltados das órbitas (exoftalmia). Esse qua-dro clínico é chamado bócio exoftálmico.

PARATIREÓIDESA espécie humana possui quatro glândulas paratireóides,

que ficam aderidas à parte posterior da tireóide. Elas são

Page 9: Apostila e Exercicio Gabaritado SISTEMA NERVOSO

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as responsáveis pela produção de paratormônio que é res-ponsável pelo aumento do nível de cálcio no sangue.

DEFICIÊNCIA DE PARATORMÔNIOA deficiência de paratormônio causa diminuição da quan-

tidade de cálcio no sangue, o que faz as células muscula-res esqueléticas contraírem-se convulsivamente, e se nãotratada pode ocorrer tetania muscular ou morte.

PÂNCREASApresenta tanto funções exócrinas quanto endócrinas,

sendo por isso considerado uma glândula mista ou an-fícrina. A maior parte das células pancreáticas tem funçãoexócrina, constituindo os ácidos que eliminam suco pan-creático no duodeno. A parte endócrina do pancreas éconstituída por centenas de pequenos aglomerados celula-res denominados ilhotas de Langerhans. As ilhotas deLangerhans apresentam dois tipos de células: células beta,que constituem cerca de 70% de cada ilhota e produzem ohormônio insulina, as células alfa, responsáveis pela pro-dução de hormônio glucagon.

INSULINA

É um hormônio de natureza protéica cuja molécula apre-senta 51 aminoácidos. Seu principal efeito é facilitar a ab-sorção de glicose pelos músculos esqueléticos e pelascélulas do tecido gorduroso, além de promover a formaçãode glicogênio no fígado. A insulina, portanto, diminui a con-centração da glicose que circula no sangue.

DIABETE MELITOSe a pessoa produz pouca insulina, suas células tor-

nam-se pouco permeáveis à glicose por isso degradam gor-duras e proteínas para obter energia. Com isso, a pessoadiabética pode emagrecer e tornar-se fraca. Outro sintomado diabete melito é a produção de grande volume de urina,uma vez que a presença de muita glicose na urina inicialdiminui a reabsorção de água pelos túbulos renais.

Existem dois tipos de diabete melito: o tipo I, conhecidocomo diabete juvenil, e o tipo II, conhecido como diabetetardio. O diabete juvenil desenvolve-se antes dos trinta anosde idade e se deve a grande quantidade de células beta dopâncreas, o que resulta na deficiência da produção de insu-lina. Esse tipo de diabete afeta cerca de 10% dos diabéti-cos, que necessitam receber injeções de insulina diaria-mente. No diabete tipo II, que se desenvolve geralmenteapós os trinta anos de idade, a pessoa apresenta níveispraticamente normais de insulina no sangue, mas sofre re-dução do número de receptores de insulina presentes nascélulas alvo, de modo que ela não conseguem se combinarcom as quantidades necessárias do hormônio, sendo pou-co estimuladas por ele.

GLUCAGONTem efeito inverso ao da insulina, aumentando o nível de

glicose no sangue. Esse hormônio atua estimulando a trans-

formação de glicogênio em glicose no fígado e a síntese deglicose a partir de outros nutrientes.

CONTROLE DA TAXA DE GLICOSE NO SANGUEA normoglicemia (nível normal de glicose no sangue),

situa-se em torno de 90mg de glicose por 100 ml de san-gue. Esse valor é mantido pela interação entre insulina eglucagon. Após uma refeição, a concentração de glicoseno sangue aumenta, como resultado da absorção de açú-car pelas células intestinais. O aumento de glicose no san-gue estimula as células beta das ilhotas de Langerhans asecretarem insulina. Sob a ação desse hormônio, as célu-las absorvem mais glicose e a concentração desse açúcarno sangue diminui.

Se uma pessoa ficar sem se alimentar por muitas ho-ras, a concentração de glicose em seu sangue diminui. Comesta diminuição as células alfa das ilhotas de Langerhanssão estimuladas a secretarem glucagon. Sob a ação dessehormônio, o fígado passa a converter glicogênio em glicose,liberando esse açucar na corrente sanguínea.

ADRENAISTambém chamadas de supra-renais, estão localizadas

uma sobre cada rim, são constituídas por dois tecidos se-cretores bastante distintos. Um deles forma a parte externada glândula, o córtex, enquanto o outro forma sua porçãomais interna, a medula.

Regulação da concentração de glicose no sangue. A normogli-cemia é mantida pela ação combinada dos hormônios pan-creáticos insulina e glucagon.

MEDULA ADRENALÉ responsável pela produção da adrenalina (ou epinefri-

na) e a noroadrenalina (ou noroepinefrina), ambos produ-zidos a partir de modificações bioquímicas no aminoácidotirosina. Quando uma pessoa vive uma situação de estressea medula adrenal é estimulada pelo sistema nervoso a libe-rar adrenalina no sangue.

Sob a ação desse hormônio, os vasos sanguíneos dapele se contraem e a pessoa fica pálida; o sangue passa ase concentrar nos músculos e órgãos internos, preparandoo organismo para uma resposta rápida a uma situação de

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emergência. A noroadrenalina é liberada em doses mais oumenos constantes pela medula adrenal, independentemen-te da liberação de adrenalina. Sua principal função é man-ter a pressão sanguínea em níveis normais.

As glândulas adrenais localizam-se sobre os rins. No córtexdas adrenais são produzidos os glicocorticóides e os mineralo-corticóides e na medula são produzidos os hormônios adre-nalina e noroadrenalina.

CÓRTEX ADRENALProduzem os hormônios esteróides, ou seja, derivados

do colesterol e conhecidos genericamente como corticos-teróides. Os principais são os glicocorticóides e os mi-neralocorticóides.

GLICOCORTICÓIDESAtuam na produção de glicose a partir de proteínas e

gorduras. Esse processo aumenta a quantidade de glicosedisponível para ser usada como combustível em casos deresposta a uma situação estressante.

O principal glicocorticóide é o cortisol, também conhe-cido como hidrocortisona, que diminui a permeabilidade doscapilares sanguíneos, sendo usada clinica-mente para re-duzir inflamações provocadas por processos alérgicos, en-tre outras coisas.

MINERALOCORTICÓIDESRegulam o balanço de água e sais no organismo. A al-

dosterona, por exemplo, é um hormônio que estimula areabsorção de sais pelos rins. Causando, assim, retençãode água, com conseqüente aumento da pressão sanguí-nea. A liberação da aldosterona é controlada por substânci-as produzidas pelo fígado e pelos rins em resposta a varia-ções na concentração de sais no sangue.

ESTADO EMOCIONAL, HORMÔNIOSADRENAIS E DOENÇAS

Estados de depressão emocional podem atuar sobre ohipotálamo, fazendo-o estimular as glândulas adrenais. Comisso, a pressão sanguínea se eleva e o metabolismo geraldo corpo é alterado de modo a permitir que o organismo en-

frente a situação de estresse. A persistência de tal situa-ção pode resultar em doenças. Pressão sanguínea eleva-da, por exemplo, predispõe o organismo a diversos tipos dedoenças cardíacas.

GÔNADASAs gônadas (testículos e ovários), produzem hormônios

esteróides que afetam o crescimento e desenvolvimento docorpo. Os chamados hormônios sexuais, controlam o cicloreprodutivo e o comportamento sexual.

TESTOSTERONAÉ o principal hormônio produzido pelos testículos. Esse

hormônio começa a ser produzido, em pequena quantida-de, ainda na fase embrionária, e é sua presença ou não, noinício do desenvolvimento, que faz com que o embrião de-senvolva o sexo masculino ou feminino. A partir da puber-dade, os testículos passam a produzir grande quantidadede testosterona, o que deter-mina o impulso sexual e oaparecimento das características sexuais secundáriasmasculinas, tais como barba, distribuição de pelos corpo-rais tipicamente masculina, voz grave etc.

ESTRÓGENO E PROGESTERONAHormônios produzidos pelo ovário. O estrógeno estimu-

la o impulso sexual e o aparecimento dos caracteres sexu-ais secundários femininos, tais como o desenvolvimento deseios e a distribuição de pelos corporais tipicamente femi-nina. A progesterona prepara o organismo feminino parauma eventual gravidez. O efeito mais marcante desse hor-mônio é estimular a proliferação de vasos sanguíneos e te-cidos na mucosa uterina, criando condições para a fixaçãoe o desenvolvimento do embrião.

TESTES16. (OSWALDO CRUZ-SP) Os chamados hormônios tróficosda hipófise são aqueles que estimulam:

a) o desenvolvimento e a função de outras glândulas.b) a produção e a eliminação de hormônios pancreáticos.c) o crescimento do indivíduo.d) o desenvolvimento das gônadas.

17. (OSEC-SP) O hormônio que age sobre a musculatura ute-rina, facilitando a expulsão do feto na hora do parto, chama-se:

a) ocitosinab) vasopressinac) FSHd) ACTHe) HEC

18. (OMEC-SP) A vasopressina ou hormônio antidiurético, res-ponsável, quando em deficiência, pelo diabete insípido, é libe-rada pela (o):

a) parte endócrina do pâncreasb) medula adrenalc) córtex da supra-renal

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d) adeno-hipófisee) neuro-hipófise

19. (UNICAMP-PE) A hipofunção da neuro-hipófise determina:

a) diabete insípidob) diabete melitoc) tetania fisiológicad) bócio exoftálmicoe) cretinismo biológico

20. (UFRS) Um indivíduo apresenta mixedema (pele seca, que-da de cabelos e unhas quebradiças) e cretinismo (retardamen-to mental) em consequência da hipofunção:

a) das paratireóidesb) do timoc) da hipófised) da tireóidee) da pituitária

21. (UNB-DF) A ocorrência de apatia e falta de apetite num serhumano, bem como a presença de dilatação na altura da gar-ganta (bócio), poderão indicar que o mesmo está com hipofun-ção da glândula:

a) timob) paratireóidec) tireóided) pâncrease) nenhuma dessas

22. (FCM-SP) Numa experiência destruiu-se a glândula parati-reóide de um gato. O gato passou a sofrer alterações no meta-bolismo do:

a) Sódiob) Cálcioc) Potássiod) Iodoe) Ferro

23. (OBJETIVO-SP) A insulina, hormônio produzido pelas ilhotasde Langerhans, regula o metabolismo dos glucides, permitin-do a sua queima nos tecidos, assim como o seu armazena-mento pelos músculos e fígado. Que glândula endócrina pro-duz tal hormônio?

a) Hipófiseb) Tireóidec) Pâncreasd) Adrenale) Paratireóides

24. (UFRN) O esquema abaixo representa as conversões deglicose em glicogênio, e vice-versa, promovidas pelos hormô-nios A e B. A e B são respectivamente:

AGlicose Glicogênio

B

a) glucagon e insulinab) insulina e ocitocinac) insulina e glucagond) glucagon e hormônio antidiuréticoe) ocitocina e hormônio antidiurético

25. (UFCE) O diabete insípido e o diabete melito resultam, res-pectivamente, de deficiência:

a) do lobo posterior da hipófiseb) do pâncreas e do lobo posterior da hipófisec) do córtex da adrenal e do pâncreasd) do pâncreas e do córtex da adrenale) do lobo posterior da hipófise e do pâncreas

26. (FGV-SP) Um animal em cativeiro quando retirado da gaio-la apresenta aceleração dos batimentos cardíacos. Esta rea-ção deve-se à liberação de uma substância secretada:

a) pela tireóideb) pela supra-renalc) pela paratireóided) pelo pâncrease) pela hipófise

27. (UFRS) Se analisarmos o sangue de uma pessoa em situ-ação de emergência ou perigo, ou num momento de raiva oususto, poderemos identificar o aumento do hormônio:

a) tiroxinab) corticotrofinac) gonadotrofinad) ocitocinae) adrenalina

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Principais glândulas endócrinas humanas e seus hormônios.