apostila dpp - inquérito policial

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Quer Informação e Conteúdo? Acesse: www.assimpassei.com.br 1 Exame de Ordem e Concursos Públicos Apostilas, materiais e dicas, notícias, sorteios e promoções. 1. Conceito de inquérito policial Inquérito policial é um procedimento administrativo inquisitório e preparatório, consistente em um conjunto de diligências realizadas pela polícia investigativa, para apuração da infração penal e de sua autoria, a fim de fornecer elementos de informação para que o titular da ação penal possa ingressar em juízo. Atente-se que inquérito policial é diferente de termo circunstanciado. Para as infrações de menor potencial ofensivo foi instituído o termo circunstanciado, previsto no artigo 69 da Lei 9099/95. As infrações de menor potencial ofensivo são todas as contravenções penais e crimes cuja pena máxima não seja superior a 02 anos, cumulada ou não com multa, submetidos ou não os delitos a procedimento especial. CPP Art. 5.º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I de ofício; II mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. § 1.º O requerimento a que se refere o n. II conterá sempre que possível: a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. § 2.º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. § 3.º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. O Decreto-lei n. 3.688, de 3-10-1941 (Lei das Contravenções Penais), trata, em seu art. 66, da omissão de comunicação de crime. § 4.º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. § 5.º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. Vide arts. 24 e 30 do CPP. Vide art. 100 do CP. Vide Súmula 594 do STF. 2. Natureza jurídica do inquérito policial A natureza jurídica do inquérito policial é de procedimento administrativo e não ato de jurisdição. Logo, eventuais vícios constantes do inquérito policial não afetam a ação penal a que deu origem, tendo em vista não se tratar de ação judicial (ex: o delegado prende em flagrante, mas não comunica ao juiz). As nulidades somente são cabíveis em fase processual.

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Apostila de direito processual

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    E x a m e d e O r d e m e C o n c u r s o s P b l i c o s

    Apost i la s , mater ia i s e d icas , no t c ias , so r te ios e promoes .

    1 . C o n c e i t o d e i n q u r i t o p o l i c i a l

    Inqurito policial um procedimento administrativo inquisitrio e preparatrio, consistente em

    um conjunto de diligncias realizadas pela polcia investigativa, para apurao da infrao

    penal e de sua autoria, a fim de fornecer elementos de informao para que o titular da

    ao penal possa ingressar em juzo.

    Atente-se que inqurito policial diferente de termo circunstanciado.

    Para as infraes de menor potencial ofensivo foi institudo o termo circunstanciado, previsto

    no artigo 69 da Lei 9099/95.

    As infraes de menor potencial ofensivo so todas as contravenes penais e crimes cuja

    pena mxima no seja superior a 02 anos, cumulada ou no com multa, submetidos ou no os

    delitos a procedimento especial.

    CPP Art. 5. Nos crimes de ao pblica o inqurito policial ser iniciado: I de ofcio; II mediante requisio da autoridade judiciria ou do Ministrio Pblico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo. 1. O requerimento a que se refere o n. II conter sempre que possvel: a) a narrao do fato, com todas as circunstncias; b) a individualizao do indiciado ou seus sinais caractersticos e as razes de convico ou de presuno de ser ele o autor da infrao, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; c) a nomeao das testemunhas, com indicao de sua profisso e residncia. 2. Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inqurito caber recurso para o chefe de Polcia. 3. Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existncia de infrao penal em que caiba ao pblica poder, verbalmente ou por escrito, comunic-la autoridade policial, e esta, verificada a procedncia das informaes, mandar instaurar inqurito. O Decreto-lei n. 3.688, de 3-10-1941 (Lei das Contravenes Penais), trata, em seu art. 66, da omisso de comunicao de crime. 4. O inqurito, nos crimes em que a ao pblica depender de representao, no poder sem ela ser iniciado. 5. Nos crimes de ao privada, a autoridade policial somente poder proceder a inqurito a requerimento de quem tenha qualidade para intent-la.

    Vide arts. 24 e 30 do CPP. Vide art. 100 do CP. Vide Smula 594 do STF.

    2 . N a t u r e z a j u r d i c a d o i n q u r i t o p o l i c i a l

    A natureza jurdica do inqurito policial de procedimento administrativo e no ato de

    jurisdio. Logo, eventuais vcios constantes do inqurito policial no afetam a ao penal a

    que deu origem, tendo em vista no se tratar de ao judicial (ex: o delegado prende em

    flagrante, mas no comunica ao juiz). As nulidades somente so cabveis em fase processual.

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    E x a m e d e O r d e m e C o n c u r s o s P b l i c o s

    Apost i la s , mater ia i s e d icas , no t c ias , so r te ios e promoes .

    3 . F i n a l i d a d e d o i n q u r i t o p o l i c i a l

    A finalidade do inqurito policial colher elementos de informao, para que o titular da

    ao possa ingressar em juzo.

    4 . P r e s i d n c i a d o i n q u r i t o p o l i c i a l

    A presidncia fica a cargo da autoridade policial no exerccio de funes de polcia

    investigativa.

    Qual a diferena entre polcia judiciria e polcia investigativa? Essa diferena seguida em

    alguns julgados do STJ, mas no pelo STF. (STJ Resp 332.172, 08/08).

    Policia judiciria a polcia que funciona como auxiliar do Poder Judicirio no cumprimento

    de suas ordens (ex.: mandado de priso).

    Polcia investigativa aquela que atua na apurao de infraes penais e sua autoria.

    CPP, Art. 4. A polcia judiciria ser exercida pelas autoridades policiais no territrio de suas respectivas circunscries e ter por fim a apurao das infraes penais e da sua autoria. Caput com redao determinada pela Lei n. 9.043, de 9-5-1995. Vide art. 144, 1., IV, da CF. Vide art. 107 do CPP. Pargrafo nico. A competncia definida neste artigo no excluir a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma funo. Vide Smula 397 do STF. Vide arts. 51, IV, 52, XIII, e 58, 3., da CF.

    5 . C a r a c t e r s t i c a s d o i n q u r i t o p o l i c i a l

    5 . 1 . P e a E s c r i t a :

    Em regra, (art. 9, CPP).

    Contudo, o art. 405, 1, CPP (fase judicial) prev a possibilidade de utilizao de meios da

    gravao magntica, inclusive audiovisual. Assim, h quem sustente a possibilidade de meios

    de gravao tambm no inqurito policial.

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    E x a m e d e O r d e m e C o n c u r s o s P b l i c o s

    Apost i la s , mater ia i s e d icas , no t c ias , so r te ios e promoes .

    5 . 2 . P e a D i s p e n s v e l :

    Se o titular da ao penal contar com peas de informao que tragam elementos sobre a

    autoria e a materialidade, poder dispensar o inqurito policial. Exs.: CPI, inqurito feito pelo

    MP; O rgo do MP dispensar o inqurito, se com a representao forem oferecidos

    elementos necessrios para oferecer a denncia (ex: nos crimes tributrios em que a Fazenda

    Pblica envia toda a documentao).

    5 . 3 . S i g i l o s o :

    A autoridade assegurar no inqurito o sigilo necessrio (art. 20 do CPP).

    Ao juiz, promotor de justia e advogado, no se aplica o sigilo no inqurito policial.

    O STJ entende que, em alguns casos, se aplica o sigilo ao advogado. J o STF vem decidindo

    reiteradamente que o advogado tem acesso a tudo que for juntado aos autos. Porm, em

    caso de interceptao telefnica, a prova ficar separada dos autos de inqurito, no tendo

    o advogado acesso (STF - HC 83.354 e HC 90.232).

    Informativo 529 do STF. Constitui direito do investigado o acesso aos autos de inqurito

    policial ou de ao penal, ainda que tramitem sob segredo de justia ou sob a rubrica de

    sigilosos.

    Smula Vinculante 14. direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo

    aos elementos de prova que, j documentados em procedimento investigatrio realizado por

    rgo com competncia de polcia judiciria, digam respeito ao exerccio do direito de

    defesa.

    A CF assegura ao preso assistncia de advogado (art. 5, LXIII), logo, como desdobramento

    dessa assistncia, assegura o acesso ao inqurito policial. O advogado tem acesso s

    informaes j introduzidas nos autos do inqurito e no em relao s diligncias em

    andamento (art. 7, inc. XIV da Lei 8.906/94) (STF HC 82.354 e HC 90.232).

    5 . 4 . P e a I n q u i s i t o r i a l :

    No h contraditrio e nem ampla defesa durante o inqurito.

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    E x a m e d e O r d e m e C o n c u r s o s P b l i c o s

    Apost i la s , mater ia i s e d icas , no t c ias , so r te ios e promoes .

    A Smula Vinculante 14 mitigou ou relativizou a caracterstica da inquisitoriedade, ou seja,

    havendo coao ilegal ou violncia no curso do inqurito policial deve se assegurar o

    contraditrio e a ampla defesa.

    (STJ, HC 69.405).

    5 . 5 . P e a I n d i s p o n v e l :

    O inqurito policial indisponvel, no podendo o delegado de polcia arquiv-lo de ofcio

    (art. 17 do CPP).

    5 . 6 . P e a T e m p o r r i a :

    A doutrina vem entendendo que o art. 5, inc. LXXVIII, da CF (celeridade processual), no se

    aplica apenas aos processos, mas tambm ao inqurito policial.

    O prazo para concluso do inqurito somente possui relevncia quando o indiciado se

    encontra preso (10 dias), pois a demora da concluso, de forma abusiva, acarretar o

    relaxamento da priso.

    A maioria da doutrina entende que o prazo para concluso do inqurito quando o indiciado

    est solto (30 dias) pode ser prorrogado.

    O STJ determinou o trancamento de um inqurito policial que se arrastava a mais de sete

    anos sem soluo, por fora da garantia da razovel durao do processo (deciso pioneira).

    6 . F o r m a s d e i n s t a u r a o d e i n q u r i t o p o l i c i a l

    6 . 1 . A o P e n a l P r i v a d a / A o P e n a l P b l i c a

    C o n d i c i o n a d a :

    Dependem de manifestao. O inqurito policial depende de requerimento do ofendido ou

    de seu representante legal.

    6 . 2 . A o P e n a l P b l i c a I n c o n d i c i o n a d a :

    a ) D e o f c i o : quando a autoridade policial toma o conhecimento direto e pessoal

    da infrao penal. A pea inaugural neste caso a portaria.

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    E x a m e d e O r d e m e C o n c u r s o s P b l i c o s

    Apost i la s , mater ia i s e d icas , no t c ias , so r te ios e promoes .

    b ) R e q u i s i o d o j u i z o u d o p r o m o t o r d e j u s t i a : o

    juiz no deve instaurar o inqurito, dever enviar os autos ao MP. O art. 129, III, CF trata do

    poder de requisio do MP. O delegado obrigado a atender a requisio do MP, em

    virtude do seu poder de requisio.

    Diante de uma requisio controversa ou absurda, o delegado tem a possibilidade de

    recorrer s corregedorias do MP e do CNMP, mas deve abrir o inqurito policial, para evitar

    ser processado por prevaricao, por exemplo.

    c ) R e q u e r i m e n t o d a v t i m a o u d e s e u r e p r e s e n t a n t e

    l e g a l : o delegado no obrigado a atender esse requerimento. Se no houver um

    mnimo de elementos informativos, o delegado pode indeferir o pedido de instaurao do

    processo. Em caso de indeferimento, cabe o recurso para o chefe de Polcia previsto no art.

    5, 2, do CPP. Em alguns Estados o chefe de polcia o secretrio de Segurana Pblica do

    Estado, em outros o delegado-geral.

    d ) A u t o d e p r i s o e m f l a g r a n t e : ocorre quando a autoridade

    policial toma conhecimento do fato pela apresentao do acusado preso em flagrante. Neste

    caso, a pea inaugural o auto de priso em fragrante - APF. O CPPM prev que se o APF

    (art. 27) for suficiente para a elucidao do fato, o APF constituir o prprio inqurito policial.

    e ) N o t c i a o f e r e c i d a p o r q u a l q u e r d o p o v o ( d e l a t i o

    c r i m i n i s ) :

    Delatio criminis inqualificada (denncia annima). No caso denncia annima, antes de

    instaurar o inqurito policial, deve a autoridade policial verificar a procedncia das

    informaes. (STF HC 84.827 e STJ 64.096)

    Autoridade coatora para fins de HC: na requisio pelo MP, a autoridade coatora o

    promotor de Justia ou o procurador da Repblica. Neste caso, o HC endereado ao

    Tribunal de Justia ou Tribunal Regional Federal. Nas demais formas, a autoridade coatora

    o delegado de polcia. Neste caso, o HC endereado ao juiz de primeiro grau.

    7 . N o t i t i a c r i m i n i s

    Notitia criminis o conhecimento espontneo ou provocado de um fato delituoso pela

    autoridade policial.

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    E x a m e d e O r d e m e C o n c u r s o s P b l i c o s

    Apost i la s , mater ia i s e d icas , no t c ias , so r te ios e promoes .

    a ) N o t i t i a c r i m i n i s d e c o g n i o i m e d i a t a ( o u

    e s p o n t n e a ) a autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso por meio de

    suas diligncias rotineiras. Inqurito policial de ofcio.3

    b ) N o t i t i a c r i m i n i s d e c o g n i o m e d i a t a : a autoridade policial

    toma conhecimento do fato delituoso por meio de um expediente escrito.

    Inqurito policial por requisio do MP, por requerimento da vtima ou por notcia de

    qualquer do povo.

    c ) N o t i t i a c r i m i n i s d e c o g n i o c o e r c i t i v a : a autoridade

    policial toma conhecimento do fato obrigatoriamente nos casos de priso em flagrante.

    TTULO Do Inqurito Policial

    Art. 4. A polcia judiciria ser exercida pelas autoridades policiais no territrio de suas respectivas circunscries e ter por fim a apurao das infraes penais e da sua autoria.

    Caput com redao determinada pela Lei n. 9.043, de 9-5-1995.

    Vide art. 144, 1., IV, da CF.

    Vide art. 107 do CPP.

    Pargrafo nico. A competncia definida neste artigo no excluir a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma funo.

    Vide Smula 397 do STF.

    Vide arts. 51, IV, 52, XIII, e 58, 3., da CF.

    Art. 5. Nos crimes de ao pblica o inqurito policial ser iniciado:

    I de ofcio;

    II mediante requisio da autoridade judiciria ou do Ministrio Pblico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo.

    1. O requerimento a que se refere o n. II conter sempre que possvel:

    a) a narrao do fato, com todas as circunstncias;

    b) a individualizao do indiciado ou seus sinais caractersticos e as razes de convico ou de presuno de ser ele o autor da infrao, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;

    c) a nomeao das testemunhas, com indicao de sua profisso e residncia.

    2. Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inqurito caber recurso para o chefe de Polcia.

    3. Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existncia de infrao penal em que caiba ao pblica poder, verbalmente ou por escrito, comunic-la autoridade policial, e esta, verificada a procedncia das informaes, mandar instaurar inqurito.

    O Decreto-lei n. 3.688, de 3-10-1941 (Lei das Contravenes Penais), trata, em seu art. 66, da omisso de comunicao de crime.

    4. O inqurito, nos crimes em que a ao pblica depender de representao, no poder sem ela ser iniciado.

    5. Nos crimes de ao privada, a autoridade policial somente poder proceder a inqurito a requerimento de quem tenha qualidade para intent-la.

    Vide arts. 24 e 30 do CPP.

    Vide art. 100 do CP.

    Vide Smula 594 do STF.

    Art. 6. Logo que tiver conhecimento da prtica da infrao penal, a autoridade policial dever:

    I dirigir-se ao local, providenciando para que no se alterem o estado e conservao das coisas, at a chegada dos peritos criminais;

    Inciso I com redao determinada pela Lei n. 8.862, de 28-3-1994.

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    E x a m e d e O r d e m e C o n c u r s o s P b l i c o s

    Apost i la s , mater ia i s e d icas , no t c ias , so r te ios e promoes .

    Vide arts. 158 a 184, deste Cdigo, sobre exame de corpo de delito e percias.

    A Lei n. 5.970, de 11-12-1973, exclui os casos de acidente de trnsito da aplicao deste artigo.

    II apreender os objetos que tiverem relao com o fato, aps liberados pelos peritos criminais;

    Inciso II com redao determinada pela Lei n. 8.862, de 28-3-1994.

    Vide art. 91, II, a e b, do CP, sobre efeitos da condenao.

    III colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstncias;

    Vide arts. 155 a 250 do CPP, sobre prova.

    IV ouvir o ofendido;

    Vide art. 201 do CPP, sobre perguntas ao ofendido.

    V ouvir o indiciado, com observncia, no que for aplicvel, do disposto no Captulo III do Ttulo VII, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por 2 (duas) testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;

    Vide arts. 185 a 196 do CPP, sobre interrogatrio do acusado.

    VI proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareaes;

    Vide arts. 226 a 228 (reconhecimento de pessoas e coisas), 229 e 230 (acareao) do CPP.

    VII determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras percias;

    Vide arts. 158 a 184 do CPP, sobre exame de corpo de delito e das percias em geral.

    VIII ordenar a identificao do indiciado pelo processo datiloscpico, se possvel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;

    Vide Lei n. 12.037, de 1.-10-2009.

    Vide art. 5., LVIII, da CF.

    IX averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condio econmica, sua atitude e estado de nimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contriburem para a apreciao do seu temperamento e carter.

    Vide arts. 240 a 250 do CPP, sobre busca e apreenso.

    Vide art. 59 do CP.

    Art. 7. Para verificar a possibilidade de haver a infrao sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poder proceder reproduo simulada dos fatos, desde que esta no contrarie a moralidade ou a ordem pblica.

    Art. 8. Havendo priso em flagrante, ser observado o disposto no Captulo II do Ttulo IX deste Livro.

    Vide arts. 292, 294, 301 a 310, 325, 2., 332, 530, 564, 569 e 581, V, do CPP, sobre priso em flagrante

    Art. 9. Todas as peas do inqurito policial sero, num s processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

    Vide Smula Vinculante 14.

    Art. 10. O inqurito dever terminar no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hiptese, a partir do dia em que se executar a ordem de priso, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, mediante fiana ou sem ela.

    Nos crimes contra a economia popular: prazo de 10 dias, para indiciado solto ou preso (art. 10, 1., da Lei n. 1.521, de 26-12-1951).

    Nos inquritos atribudos polcia federal: prazo de 15 dias (indiciado preso), podendo ser prorrogado por mais 15 (art. 66 da Lei n. 5.010, de 30-5-1966).

    Nos inquritos militares: prazo de 20 (indiciado preso) e 40 dias (indiciado solto), podendo, neste ltimo caso, ser prorrogado por mais 20 dias (art. 20 do Decreto-lei n. 1.002, de 21-10-1969).

    Nos crimes da Lei de Drogas: prazo de 30 (indiciado preso) e 90 dias (se solto) (art. 51 da Lei n. 11.343, de 23-8-2006).

    1. A autoridade far minucioso relatrio do que tiver sido apurado e enviar os autos ao juiz competente.

    Vide art. 23 do CPP.

    Vide art. 52, I, da Lei n. 11.343, de 23-8-2006.

    2. No relatrio poder a autoridade indicar testemunhas que no tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.

    3. Quando o fato for de difcil elucidao, e o indiciado estiver solto, a autoridade poder requerer ao juiz a devoluo dos autos, para ulteriores diligncias, que sero realizadas no prazo marcado pelo juiz.

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    E x a m e d e O r d e m e C o n c u r s o s P b l i c o s

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    Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem prova, acompanharo os autos do inqurito.

    Vide arts. 155 a 250 do CPP, sobre prova.

    Art. 12. O inqurito policial acompanhar a denncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

    Art. 13. Incumbir ainda autoridade policial:

    I fornecer s autoridades judicirias as informaes necessrias instruo e julgamento

    dos processos;

    II realizar as diligncias requisitadas pelo juiz ou pelo Ministrio Pblico;

    III cumprir os mandados de priso expedidos pelas autoridades judicirias;

    IV representar acerca da priso preventiva.

    Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado podero requerer qualquer diligncia, que ser realizada, ou no, a juzo da autoridade.

    Vide Smula Vinculante 14.

    Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe- nomeado curador pela autoridade policial.

    Vide Lei n. 8.069, de 13-7-1990 (ECA).

    Vide art. 5. do CC.

    Vide Smula 352 do STF.

    Vide arts. 262 e 564, III, c, do CPP.

    Art. 16. O Ministrio Pblico no poder requerer a devoluo do inqurito autoridade policial, seno para novas diligncias, imprescindveis ao oferecimento da denncia.

    Vide art. 129, VIII, da CF.

    Art. 17. A autoridade policial no poder mandar arquivar autos de inqurito.

    Vide arts. 42 e 576 do CPP.

    Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inqurito pela autoridade judiciria, por falta de base para a denncia, a autoridade policial poder proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notcia.

    Vide art. 28 do CPP.

    Vide Smula 524 do STF.

    Art. 19. Nos crimes em que no couber ao pblica, os autos do inqurito sero remetidos ao

    juzo competente, onde aguardaro a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou sero entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

    Art. 20. A autoridade assegurar no inqurito o sigilo necessrio elucidao do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

    Pargrafo nico. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial no poder mencionar quaisquer anotaes referentes a instaurao de inqurito contra os requerentes, salvo no caso de existir condenao anterior.

    Pargrafo nico acrescentado pela Lei n. 6.900, de 14-4-1981.

    Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depender sempre de despacho nos autos e somente ser permitida quando o interesse da sociedade ou a convenincia da investigao o exigir.

    Pargrafo nico. A incomunicabilidade, que no exceder de 3 (trs) dias, ser decretada por despacho fundamentado do juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do rgo do Ministrio Pblico, respeitado, em qualquer hiptese, o disposto no art. 89, III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963).

    Pargrafo nico com redao determinada pela Lei n. 5.010, de 30-5-1966.

    A Lei n. 4.215, de 27-4-1963, encontra-se revogada pela Lei n. 8.906, de 4-7-1994 (EAOAB).

    Vide arts. 5., LXII e LXIII, e 136, 3., IV, da CF.

    Vide art. 7., III, da Lei n. 8.906, de 4-7-1994.

    Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrio policial, a autoridade com exerccio em uma delas poder, nos inquritos a que esteja procedendo, ordenar diligncias em circunscrio de outra, independentemente de precatrias ou requisies, e bem assim providenciar, at que comparea a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presena, noutra circunscrio.

    Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inqurito ao juiz competente, a autoridade policial oficiar ao Instituto de Identificao e Estatstica, ou repartio congnere, mencionando o juzo a que tiverem sido distribudos, e os dados relativos infrao penal e pessoa do indiciado.