apostila de portugus

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Aula 01 Curso de Português para Concursos Prof. José Maria C. Torres Noções de Ortografia Uso do Por que, Por quê, Porque e Porquê POR QUE Interrogativas Diretas e Indiretas Junção da Preposição POR com o Pronome Relativo QUE DICA Substituir por PELO (A) QUALou POR QUE MOTIVOExemplos: Por que você não veio? = Por que motivo você não veio? Gostaria de entender por que você não veio. = Gostaria de entender por que motivo você não veio. As cidades por que passei são belíssimas! = As cidades pelas quais passei são belíssimas POR QUÊ No FINAL de Frases em Interrogativas Diretas e Indiretas DICA Substituir no final da frase por “POR QUE MOTIVOExemplos: Você não veio por quê? = Você não veio por que motivo? Ainda existem dúvidas? Por quê? = Ainda existem dúvidas. Por que motivo?

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  • Aula 01

    Curso de Portugus para Concursos

    Prof. Jos Maria C. Torres

    Noes de Ortografia

    Uso do Por que, Por qu, Porque e Porqu

    POR QUE

    Interrogativas Diretas e Indiretas

    Juno da Preposio POR com o Pronome Relativo QUE

    DICA

    Substituir por PELO (A) QUAL ou POR QUE MOTIVO

    Exemplos:

    Por que voc no veio?

    = Por que motivo voc no veio?

    Gostaria de entender por que voc no veio.

    = Gostaria de entender por que motivo voc no veio.

    As cidades por que passei so belssimas!

    = As cidades pelas quais passei so belssimas

    POR QU

    No FINAL de Frases em Interrogativas Diretas e Indiretas

    DICA

    Substituir no final da frase por POR QUE MOTIVO

    Exemplos:

    Voc no veio por qu?

    = Voc no veio por que motivo?

    Ainda existem dvidas? Por qu?

    = Ainda existem dvidas. Por que motivo?

  • PORQUE

    Explicaes ou Justificativas

    DICA

    Substituir por POIS , UMA VEZ QUE, J QUE

    Exemplos:

    No vim para a aula porque estava chovendo.

    = No vim para a aula, pois estava chovendo.

    No foi aprovado porque no atingiu o mnimo exigido.

    = No foi aprovado uma vez que no atingiu o mnimo exigido.

    PORQU

    Substantivo = o(s) porqu(s)

    DICA

    Aparece antecedido por ARTIGO e pode ser substitudo por O MOTIVO , A

    RAZO, etc.

    Exemplos:

    Existe um porqu razovel para voc no ter vindo?

    = Existe um motivo razovel para voc no ter vindo?

    Descobrir o porqu do sucesso no difcil.

    = Descobrir a razo do sucesso no difcil.

    Uso do IZAR e -ISAR

    DICA: Os verbos terminados em ISAR sero escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem.

    Os terminados em IZAR sero escritos com z quando a palavra de origem no

    tiver o radical terminado em s:

    Exemplos:

    improviso = improvisar

    anlise = analisar

    pesquisa = pesquisar

  • terror = aterrorizar

    til = utilizar

    economia = economizar

    Conjugao dos verbos PR e QUERER

    DICA: Usa-se s na conjugao dos verbos PR e QUERER.

    Exemplos:

    pus, pusesse, puser, ...

    quis, quisesse, quiser...

    Uso do SE NO e SENO

    DICA:

    Usa-se SE NO quando se pode fazer a substituio por CASO NO, QUANDO

    NO.

    Usa-se SENO quando se pode fazer a substituio por EXCETO, DO CONTRRIO,

    DE OUTRO MODO, MAS SIM, MENOS, etc

    Exemplos:

    Haver jogo se no chover. = Haver jogo caso no chova.

    Lute, seno est perdido. = Lute, do contrrio est perdido.

    Compareceram todos, seno eles dois. = Compareceram todos, exceto eles dois.

    Aula 02

    Acentuao Grfica

    Quanto posio da slaba tnica, as palavras classificam-se em:

    a) oxtonas: a slaba tnica a ltima slaba da palavra.

    Exemplos: ma-ra-cu-j, ca-f, re-com-por.

    b) paroxtonas: a slaba tnica a penltima slaba da palavra.

    Exemplos: ca-dei-ra, ca-r-ter, me-sa.

    c) proparoxtonas: a slaba tnica a antepenltima slaba da palavra.

    Exemplos: s-la-ba, me-ta-f-si-ca, lm-pa-da.

    Observao: Nem sempre a slaba tnica vem indicada com acento grfico. Dessa

    forma, fundamental distinguir o acento tnico do acento grfico.

  • Acento tnico o acento da fala; marca a maior intensidade na pronncia de uma

    slaba. O acento grfico o sinal utilizado, em algumas palavras, para indicar a slaba

    tnica.

    Regras de Acentuao Grfica

    Proparoxtonas

    Todos os vocbulos proparoxtonos so acentuados.

    Exemplos:

    rvore, metafsica, lmpada, pssego, quisssemos, frica, ngela.

    Oxtonas

    So acentuados os vocbulos terminados em:

    -A(S), -E(S), O(S):

    maracuj, caf, voc, domin, palets, vov, vov, Paran.

    -EM, -ENS:

    armazm, vintm, armazns, vintns.

    Observao: As formas verbais terminadas em a, e, o tnicos seguidos de lo, la, los,

    las tambm so acentuadas:

    Exemplos:

    am-lo, diz-lo, rep-lo, f-lo, f-lo- (far + o), compr-la- (comprar + a)

    Paroxtonas

    So acentuados os vocbulos terminados em:

    -I(S), -US:

    jri, jris, lpis, tnis, vrus, bnus

    -UM, -UNS:

    frum, qurum, lbuns, fruns.

    -R, -X, -N, -L:

    carter, mrtir, revlver, trax, nix, ltex, hfen, plen, mcron, prton, fcil, amvel,

    indelvel

  • DICA: Lembre-se das consoantes da palavra RouXiNoL

    -O(S), -(S):

    rgo(s), rf(s), bno(s), m(s), sto(s)

    -ON, -ONS, -PS:

    prton(s), ction(s), bceps. trceps

    Observao:

    No se acentuam os paroxtonos terminados em ens:

    hifens, polens, jovens, nuvens, homens.

    Ateno:

    A palavra item no acentuada; itens tambm no.

    A palavra hfen acentuada; hifens, no

    Regras Especiais de Acentuao Grfica

    Hiatos

    Coloca-se acento nas vogais i e u, acompanhadas ou no de s que formam hiato com a

    vogal anterior:

    sa--da, sa-s-te, sa--de, ba-la-s-tre, ba-, ra--zes, ju--zes, Lu-s, pa-s, He-lo--sa,

    Ja-, constutu - lo

    IMPORTANTE: No se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na

    mesma slaba, de consoantes que no s:

    Ra-ul, ru-im, sa-ir-des, ju-iz.

    Tambm no se acentua o hiato seguido do dgrafo nh:

    ra-i-nha, ven-to-i-nha, ba-i-nha.

    Ditongos Abertos I, -I, -U

    Acentuam-se os ditongos abertos i, -i, -u, quando tnicos e em palavras oxtonas ou

    monossilbicas.

    papis, chapu, heri, anzis, destri.

    Ateno:

    Em paroxtonas, no se acentuam esses ditongos

    ideia, estreia, joia, heroico, jiboia.

  • Acentos Diferenciais Verbos TER, VIR e derivados

    Ele tem / Eles tm

    Ele vem / Eles vm

    Ele mantm / Eles mantm

    Ele provm / Eles provm

    Monosslabos Tnicos

    Acentuam os monosslabos tnicos terminados em a(s), -e(s), -o(s)

    h, p, ps, m, p, ps, d, ms, n, ns, ps

    Aula 03

    Hfen na diviso silbica

    Usa-se o hfen para marcar os limites entre uma slaba e outra, na diviso

    silbica.

    Importante!

    A diviso da palavra na passagem de uma linha para outra tambm se faz atravs do

    hfen

    Ex:

    ....................................................................solit-

    rio

    Hfen com pronomes oblquos enclticos ou mesoclticos

    Exemplos: am-lo; am-lo-amos, etc.

    Observao

    Os pronomes oblquos tambm se ligam por hfen forma eis

    Ex: eis-me; ei-lo

    Hfen com compostos, prefixos e sufixos

    a) O hfen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda

    palavra comea com a mesma vogal.

  • Exemplos:

    micro-ondas, anti-inflamatrio, micro-organismo, anti-Inflacionrio, contra-ataque,

    etc.

    Tal regra no se aplica aos prefixos -co, -pro, -re, mesmo que a segunda

    palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo.

    coobrigar coadquirido - coordenar reeditar ...

    b) Com prefixos, emprega-se o hfen diante de palavras iniciadas com h.

    Exemplos:

    anti-higinico, anti-histrico, co-herdeiro, extra-humano, super-homem, etc.

    c) Emprega-se o hfen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra

    comear com a mesma consoante.

    Exemplos: inter-regional, sub-bibliotecrio, super-resistente...

    d) Com o prefixo -sub, diante de palavras iniciadas por r, usa-se o hfen.

    Exemplos: sub-regional, sub-raa, sub-reino...

    Ateno:

    sub-humano ou subumano (ambas as grafias aceitas)

    abrupto ou ab-rupto (ambas as grafias aceitas)

    e) Diante dos prefixos -alm, -aqum, -bem, -ex, -ps, -recm, -sem, - vice, usa-se o

    hfen.

    Exemplos:

    alm-mar aqum-mar recm-nascido sem-terra vice-diretor...

    f) Usa-se hfen com circum- e pan- quando seguidos de elemento que comea por

    vogal, m e n, alm do j citado h:

    Exemplos:

    circum-navegador, pan-americano, circum-hospitalar, pan-helenismo...

    g) Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por -au, -guau, -mirim,

    usa-se o hfen.

    Exemplos:

    jacar-au caj-mirim amor-guau...

  • h) Diante do advrbio mal , quando a segunda palavra comear por vogal ou h, o

    hfen est presente.

    Exemplos:

    mal-humorado mal-intencionado mal-educado...

    No se emprega o hfen

    a) No se usa mais o hfen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda

    palavra comear por uma vogal diferente.

    Exemplos:

    autoavaliao, aeroespacial, infraestrutura, semirido, socioeconmico, etc

    b) No se usa mais o hfen em determinadas palavras que perderam a noo de

    composio.

    Exemplos:

    mandachuva, paraquedas, etc.

    Ateno: sul-americano, norte-americano, etc

    c) O hfen ainda permanece em palavras compostas desprovidas de elemento de ligao,

    como tambm naquelas que designam espcies botnicas e zoolgicas.

    Exemplos:

    azul-escuro bem-te-vi couve-flor guarda-chuva erva-doce pimenta-de-cheiro...

    d) No se emprega mais o hfen em locues substantivas, adjetivas, pronominais,

    verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas.

    Exemplos: fim de semana caf com leite dia a dia, etc ...

    e) Quando a segunda palavra comear com r ou s, depois de prefixo terminado

    em vogal, retira-se o hfen e essas consoantes so duplicadas.

    Exemplos:

    minissaia, minissrie, semirreta, ultrassom, antessala, contrarreforma, etc...

    f) No se emprega o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento

    comea por consoante diferente de r ou s.

    Exemplos:

    anteprojeto autopea contracheque extraforte ultramoderno...

  • h) O hfen no deve ser usado quando o prefixo termina em consoante e a segunda

    palavra comea por vogal ou outra consoante diferente.

    Exemplos:

    hipermercado hiperacidez - intermunicipal subemprego superinteressante

    superpopulao...

    i) Diante do advrbio mal, quando a segunda palavra comear por consoante,

    no se emprega o hfen.

    Exemplos:

    malfalado malgovernado malpassado maltratado malvestido...

    Aula 04

    Noes de Fontica

    Fonologia a parte da Gramtica que estuda o fonema.

    Fonema a mnima unidade de som capaz de estabelecer diferenciao entre um

    vocbulo e outro.

    Exemplo:

    F I T A

    F I L A

    A diferenciao entre as duas palavras acima marcada pelos fonemas / t / e / l /.

    Ateno:

    Fonema e letra so conceitos distintos.

    - Fonema de natureza sonora;

    - Letra a representao grfica do fonema.

    Num vocbulo nem sempre h a equivalncia entre o nmero de letras e o nmero

    de fonemas.

    Exemplos:

    FALHA 5 letras e 4 fonemas

    FIXO 4 letras e 5 fonemas

    Observaes:

  • a) O h da palavra hora uma letra que no representa fonema algum. Em hora

    h apenas 3 fonemas;

    b) As letras m e n, quando no seguidas de vogal, tambm no representam um

    fonema. So sinais de nasalizao da vogal anterior.

    Exemplos:

    CANTA 4 fonemas = / c / / / / t / / a /

    CLASSIFICAO DOS FONEMAS

    Vogais

    So aqueles fonemas que funcionam como base da slaba e so produzidos sem

    obstculo interposto ao jato de ar vindo dos pulmes.

    a e i o u - ...

    Consoantes

    So aqueles fonemas que nunca funcionam como base da slaba e so produzidos

    mediante algum obstculo interposto ao jato de ar vindo dos pulmes.

    b c d f g j l - ...

    Semivogais

    So fonemas produzidos como vogais, mas que nunca funcionam como base da slaba.

    Sempre vm agregados a uma vogal que a base da slaba.

    Exemplo:

    OU VIR

    (Na slaba ou, a base a vogal o, sendo u uma semivogal)

    CONCEITOS IMPORTANTES

    Encontros consonantais

    Sequncia imediata de consoantes, sem vogal intermediria.

    Exemplos: CROMO CLORO - BRASIL

    Encontros voclicos

    Sequncia imediata de vogais sem consoante intermediria.

    Exemplos: CAUSA SADE - CAIO

    Observao:

  • Os encontros voclicos classificam-se em:

    Ditongos:

    vogal + semivogal (decrescente)

    ou

    semivogal + vogal (crescente)

    Exemplos:

    fei xe; cu; r go; co l gio ...

    Em muitas palavras, as letras finais am e em representam um ditongo nasal

    Exemplos:

    Can - tam / c / / / / t / / / / u /

    Observao:

    Os encontros voclicos classificam-se em:

    Tritongos:

    semivogal + vogal + semivogal

    Exemplos:

    U ru - guai ; A guei...

    Hiato:

    vogal + vogal

    Exemplos:

    sa da; sa de...

    CONCEITOS IMPORTANTES

    Dgrafos

    Duas letras que representam um nico fonema

    Exemplos:

    QUILO CANTA CARRO - FILHO

    Aula 05

  • Processo de Formao das Palavras

    Conceito Importante

    - Palavras Cognatas

    So palavras que possuem o mesmo radical. Tambm conhecidas por famlias

    etimolgicas

    Ex:

    locutor

    locutrio

    elocuo

    interlocutor

    locuo

    Processo de Fomao

    - Derivao

    Acrscimo de afixos (Prefixos e/ou Sufixos) palavra primitiva

    Ex:

    des + honra = desonra

    - Composio

    Unio de dois ou mais radicais

    Ex:

    ponta + p = pontap

    Derivao

    - Prefixal

    - Sufixal

    - Prefixal e Sufixal

    - Parassinttica

    - Regressiva

    - Imprpria

  • Derivao

    Derivao Prefixal

    Exemplos: desleal, inapto, infeliz, subsolo, retroagir, etc

    Derivao Sufixal

    Exemplos: lealdade, deslocamento, felizmente, idiotismo, etc.

    Derivao Prefixal e Sufixal

    Exemplos: deslealdade, infelizmente, etc.

    Derivao Parassinttica

    Forma-se palavra pela anexao SIMULTNEA de prefixo e sufixo palavra

    primitiva.

    Exemplos:

    a + noite + ecer = anoitecer

    en + gaiola + ar = engaiolar

    a + manh + ecer = amanhecer

    Observao: Na derivao prefixal e sufixal, para formar palavra, no h

    obrigatoriedade de acrscimo simultneo de prefixo e sufixo.

    Derivao Regressiva

    A palavra primitiva reduz-se ao formar a palavra derivada. Tambm conhecida como

    deverbal.

    Exemplos:

    cantar canto

    roubar roubo

    vender venda

    flamengo mengo

    Derivao Regressiva

    Observao:

    No confundir a derivao regressiva com a sufixal.

    Na primeira, o substantivo se forma a partir do verbo.

  • J na segunda, o verbo se forma a partir do substantivo.

    Exemplos

    Roubar Roubo

    Vender Venda

    Ancorar ncora

    Derivao Imprpria

    A derivao imprpria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer

    acrscimo ou supresso em sua forma, muda de classe gramatical. Exemplos:

    1) Os adjetivos passam a substantivos

    Os bons sero contemplados.

    2) Os particpios passam a substantivos ou adjetivos

    Aquele garoto alcanou um feito passando no concurso.

    3) Os infinitivos passam a substantivos

    O andar de Roberta era fascinante.

    O badalar dos sinos soou na cidadezinha.

    4) Os substantivos passam a adjetivos

    O funcionrio fantasma foi despedido.

    O menino prodgio resolveu o problema.

    5) Os adjetivos passam a advrbios

    Falei baixo para que ningum escutasse.

    6) Palavras invariveis passam a substantivos

    No entendo o porqu disso tudo.

    7) Substantivos prprios tornam-se comuns.

    Aquele coordenador um caxias! (chefe severo e exigente)

    Composio

    - Por Justaposio

    Consiste em formar compostos que ficam lado a lado, ou seja, justapostos, sem que

    nenhum dos agregados sofra alterao em sua forma original.

  • Exemplos:

    passatempo (passa + tempo),

    girassol (gira + sol),

    couve-flor (couve + flor)

    - Por Aglutinao

    Consiste em formar compostos em que ao menos um dos elementos agregados sofre

    alterao em sua forma original

    Exemplos:

    aguardente (gua + ardente),

    planalto (plano + alto),

    embora (em + boa + hora)

    Hibridismo

    Consiste na formao de palavras compostas por elementos provenientes de idiomas

    diferentes.

    Exemplos:

    automvel (grego e latim)

    burocracia (francs e grego)

    sociologia (latim e grego)

    Estrangeirismo

    Ocorre quando no existe, na nossa lngua, uma palavra que nomeie o determinado

    ser, sensao ou fenmeno. H, portanto, uma incorporao literal de um vocbulo

    usado em outra lngua, sem nenhuma adaptao ao portugus falado.

    Exemplos:

    internet, hardware, iceberg, mouse, etc.

    Emprstimo Lingustico

    Ocorre quando h incorporao de um vocbulo pertencente a outra lngua,

    adaptando-o ao portugus falado.

    Exemplos:

    estresse, futebol, bife, blecaute, etc

  • Aula 06

    Noes de Classes de Palavras

    A Morfologia estuda a palavra, estando interessada, basicamente, em seu processo de

    formao e em sua classificao.

    A gramtica portuguesa divide as palavras do idioma em dez classes.

    Dentre as dez, h duas que podemos chamar de bsicas ou nucleares: o substantivo e o

    verbo.

    1. SUBSTANTIVO

    Pertencem a essa classe todas as palavras que designam os seres em geral, as entidades

    reais ou imaginveis.

    Exemplos: mesa, lua, luz, fada, centauro, iluso, tristeza.

    2. VERBO

    Pertencem a essa classe as palavras que designam aes, processos que ocorrem com os

    seres em geral.

    Exemplos: brilhar, correr, padecer, sorrir, pr, ter.

    OS SATLITES DOS SUBSTANTIVOS

    3. ADJETIVO

    Classe de palavras que servem para indicar as qualidades, as propriedades do

    substantivo.

    Exemplos:

    poroso

    leve

    giz branco

    frgil

    comprido

    (substantivo + adjetivos)

    Observao

    LOCUO ADJETIVA

  • Trata-se de uma expresso formada de preposio mais substantivo, qualificadora de

    outro substantivo.

    Exemplos:

    de madeira

    de tijolo

    casa sem porta

    com varanda

    de praia

    (substantivo + locues adjetivas)

    OS SATLITES DOS SUBSTANTIVOS

    4. NUMERAL

    Classe que, em princpio, serve para indicar a quantidade dos substantivos, quantos so

    eles (um, dois, dez, o triplo, o qudruplo, um tero, um quinto).

    O numeral ordinal indica em que posio se localiza certo substantivo numa escala de

    nmeros dispostos em srie (dcimo, trigsimo, centsimo).

    OS SATLITES DOS SUBSTANTIVOS

    5. ARTIGO

    Classe que serve, basicamente, para indicar se o substantivo concebido como algo j

    definido e conhecido previamente, ou como algo indefinido e ainda no nomeado.

    Exemplos:

    Era uma vez um cordeiro e um lobo que bebiam gua beira de um crrego. Ento, o

    lobo disse para o cordeiro: Por que est voc sujando o crrego em que estou

    bebendo?

    Como se v, os artigos indefinidos (um) no trecho I servem para indicar que os

    substantivos cordeiro, lobo e crrego no haviam ainda sido citados, tratando-se, pois,

    de entidades indefinidas.

    No trecho II, os artigos definidos (o) indicam que os trs substantivos j so dados

    como conhecidos por terem sido anteriormente mencionados.

    OS SATLITES DO VERBO

  • 6. ADVRBIO

    Como o prprio nome indica, pertencem a essa classe as palavras que se associam ao

    verbo para indicar as vrias circunstncias que envolvem a ao.

    Exemplos:

    suavemente

    ontem

    A aeronave pousou

    aqui

    longe

    (verbo + advrbios)

    LOCUO ADVERBIAL

    Trata-se de uma expresso formada de preposio mais substantivo, modificadora do

    verbo.

    Exemplos:

    com suavidade

    por acaso

    A aeronave pousou

    sem atraso

    no deserto

    (verbo + locues adverbiais)

    Observao:

    O advrbio pode tambm ser associado:

    ao adjetivo

    Ayrton Senna era um piloto muito arrojado (substantivo + advrbio + adjetivo)

    a outro advrbio

    A notcia chegou muito cedo. (verbo + advrbio + advrbio)

    7. PRONOME

  • uma classe de palavras que serve para indicar uma das trs pessoas do discurso ou

    situar alguma coisa em relao a essas trs pessoas.

    Por conveno, considera-se:

    1 pessoa: a que fala;

    2 pessoa: aquela com quem se fala;

    3 pessoa: aquela de quem se fala.

    PRONOME ADJETIVO

    Vem sempre associado a um substantivo da frase.

    Exemplo:

    Chegou a sua encomenda. (pronome adjetivo + substantivo)

    PRONOME SUBSTANTIVO

    Vem sempre num lugar que prprio de substantivo.

    Exemplo:

    Chegou notcia sobre o governador (substantivo)

    Ele no quis dar entrevistas (pronome substantivo)

    CONECTIVOS

    Duas classes de palavras possuem a funo de conectar elementos da frase: a

    preposio e a conjuno.

    8. PREPOSIO

    Classe de palavras que serve para estabelecer conexo entre uma palavra e outra.

    Exemplo:

    Um homem de chapu me olhou com desconfiana. (preposio)

    9. CONJUNO

    Classe de palavras que estabelece conexo entre uma orao e outra.

    Exemplo:

    S me declararam que o tempo estava bom.

    Chegou atrasado, pois seu carro estava no conserto.

    10. INTERJEIO

  • Pertencem a essa classe palavras invariveis que exprimem, de maneira inarticulada

    (impossvel de segmentar), sentimentos e reaes de natureza emocional.

    Exemplos: Ah! Oh! Al! Ol!

    Aula 07

    Emprego dos Pronomes Pessoais

    Pronomes Pessoais

    a) caso reto: eu, tu, ele(ela), ns, vs, eles(elas).

    Exercem funo de sujeito.

    b) caso oblquo: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o(s), a(s), lhe(s), consigo, nos,

    conosco, vos, convosco

    Exercem funo de complemento verbal (objeto direto e indireto)

    Dividem-se em tonos e tnicos. Os tnicos sempre vm precedidos de preposio, e os

    tonos no.

    Exemplos:

    Traga presentes para mim. (oblquo tnico, funo de complemento )

    Traga-me presentes. (oblquo tono, funo de complemento)

    Traga livros para eu ler. (pronome reto, funo de sujeito)

    Na tirinha acima, note no ltimo quadrinho o emprego da forma Pegue eles. O

    pronome reto eles est exercendo funo de complemento do verbo pegar. Esse

    emprego tpico da variante lingstica coloquial ou informal. Adequando a

    linguagem norma culta, deve-se escrever: Pegue-os.

    i) Os pronomes ele, ela, ns, vs, eles, elas, quando precedidos de preposio, so

    oblquos tnicos.

    Exemplo:

  • Tome a sua riqueza, e fique com ela. (oblquo tnico)

    Entregamos a ele nossas reivindicaes. (oblquo tnico)

    ii) Os pronomes oblquos podem, excepcionalmente, exercer funo de sujeito dentro

    de uma locuo verbal com verbo principal no infinitivo.

    Exemplos:

    Deixe-me verificar o que ocorre com o servio. (O pronome me complemento do

    auxiliar deixar e sujeito do verbo principal verificar)

    Mande-o sair daqui urgentemente. (O pronome o complemento do auxiliar mandar

    e sujeito do verbo principal sair)

    Ateno:

    Esteja atento s construes:

    Deixa eu ver, por favor!

    Mande ele fazer a tarefa agora!

    Essas construes, tpicas da linguagem coloquial, no esto de acordo com a norma

    culta. O correto seria:

    Deixa-me ver, por favor!

    Mande-o fazer a tarefa agora!

    iii) Utilizam-se as formas ns e vs em vez de conosco ou convosco quando vierem

    reforadas por numeral ou pronome. No havendo essa determinao, empregam-se as

    formas conosco e convosco.

    Exemplos:

    Eles ficaram conosco.

    Eles ficaram com ns dois.

    Paulo ir conosco.

    Paulo ir com ns todos.

    iv) Os pronomes retos eu e tu no admitem ser regidos por preposio. No lugar,

    utilizam-se sempre os pronomes oblquos tnicos mim e ti.

    Exemplos:

  • O mundo caiu sobre mim.

    Esse assunto deve ficar entre mim e voc. (seria ERRADO: ... entre eu e voc.)

    Esse assunto deve ficar entre voc e mim. (seria ERRADO: ... entre voc e eu.)

    Esse assunto dede ficar entre mim e ti. (seria ERRADO: ... entre eu e tu.)

    Ateno:

    Este livro para eu ler. (seria ERRADA a forma: Este livro para mim ler.)

    Essa tarefa para eu desenvolver. (seria ERRADA a forma: Essa tarefa para mim

    desenvolver.)

    Note que a preposio (para) no est regendo o pronome, e sim a forma verbal (ler,

    desenvolver). Emprega-se, assim, o pronome reto (eu), que exerce funo de sujeito do

    verbo.

    Ateno!

    Empreste seu caderno para mim. (est CORRETO, pois a preposio rege o pronome)

    Empreste seu caderno para eu estudar. (est CORRETO, pois a preposio rege o

    verbo)

    bom para mim ler este livro. (est CORRETO, pois Ler este livro bom para

    mim.)

    v) Os pronomes oblquos o(s), a(s) exercem funo de objeto direto. J o pronome

    lhe(s) funciona como objeto indireto.

    Exemplos:

    Entreguei-lhe o envelope. (entregar algo a algum)

    Entreguei-o a voc. (entregar algo a algum)

    Esteja atento s construes:

    Informei-lhe do ocorrido (est ERRADO, pois lhe est funcionando como objeto

    direto)

    CORREES:

    Informei-lhe algo. (informar algo a algum)

    Informei-o de algo. (informar algum de algo)

    vi) Os pronomes o(s), a(s) adquirem a forma lo(s), la(s) depois de verbos terminados

    em r, -s ou z.

  • Exemplos:

    mandar + o = mand-lo

    fiz + os = fi-los

    pedimos + os = pedimo-los

    vii) Os pronomes o(s), a(s) adquirem a forma no(s), na(s) depois de verbos terminados

    em som nasal.

    Exemplos:

    mandaram + o = mandaram-no

    fizeram + as = fizeram-nas

    pe + as = pe-nas

    Aula 08

    Emprego dos Pronomes Relativos

    O pronome relativo tem por funo substituir no restante do perodo um termo expresso

    anteriormente no texto. Por essa utilidade, funciona como importante elemento de

    coeso. Alguns so variveis: o(a)(s) qual(is), cujo(a)(s); outros so invariveis:

    que, quem, onde.

    a) QUE: chamado pronome relativo universal, o mais usado, podendo referir-se

    a pessoa ou coisa, no singular ou no plural.

    Exemplos:

    Esta a criana que estava chorando ontem. (que = criana)

    Encontrei a pessoa que havia falado sobre voc. (que = pessoa)

    Joo amava Teresa que amava Raimundo

    que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que no amava ningum. Joo

    foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre,

    Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que no

    tinha entrado na histria.

    (Quadrilha Carlos Drummond)

    b) O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS: utilizado depois de pessoa ou coisa.

    Muitas vezes, serve para desfazer possveis dvidas de clareza ou evitar repeties

    excessivas do relativo que.

    Exemplos:

  • A filha do meu primo, que estuda em Braslia, ficar em minha casa. (ambguo, pois

    que pode estar substituindo primo ou filha).

    Correo:

    A filha do meu primo, a qual estuda em Braslia, ficar em minha casa. (a qual = filha)

    c) ONDE: utiliza-se unicamente na indicao de lugar, equivalendo a em que ou

    no(a)(s) qual(is)

    Exemplos:

    Aquela uma cidade onde o ensino valorizado. (= em que, na qual)

    Visitei a vila onde minha av nasceu. (=em que, na qual)

    d) QUEM: refere-se unicamente a pessoa ou a coisa personificada e vem sempre regido

    de preposio.

    Exemplos:

    Nunca mais vi o cachorro a quem eu amava tanto.

    Confirmou-se a culpa do profissional de quem eu suspeitava.

    Importante:

    Muito se utiliza na linguagem coloquial onde como pronome relativo universal, no

    lugar de que. Tal uso considerado equvoco do ponto de vista da norma culta.

    Na poca onde ele viveu, tudo era diferente. (ERRADO)

    Na poca em que ele viveu, tudo era diferente (CERTO)

    Aquele o cavalo onde apostei todo meu dinheiro. (ERRADO)

    Aquele o cavalo no qual apostei todo meu dinheiro. (CERTO)

    e) CUJO (e flexes): estabelece uma relao de posse entre o antecedente e o termo que

    especifica.

    Exemplos:

    O convidado cujo filho no se comportar ser advertido. (filho do convidado)

    Os meninos cujas unhas estavam limpas foram elogiados. (unhas dos meninos)

    ATENO:

    Nunca devemos usar artigo definido depois de cujo e suas flexes.

  • Este o pai cujo o filho o infrator.(ERRADO)

    Emprego das Preposies antes de Pronomes Relativos

    Exemplos:

    Este o livro. Eu falei do livro.

    Este o livro de que eu falei.

    Esse o livro a que eu me referi. (referi-me ao livro)

    Minha namorada a menina com quem eu sa ontem. (sa com a menina)

    No cuspa no prato em que voc comeu. (comeu no prato)

    Os remdios dos quais temos necessidade foram entregues. (necessidade dos remdios)

    O professor a cuja aula faltei esclareceu minhas dvidas. (faltei aula do professor)

    O tcnico de cuja ajuda necessito est aqui. (necessito da ajuda do tcnico)

    Aula 09

    Formao dos Tempos Verbais I

    So trs os tempos primitivos: Presente do Indicativo, Pretrito Perfeito do

    Indicativo e Infinitivo Impessoal. Esses tempos balizam a formao dos demais,

    mesmo para grande parte dos verbos irregulares.

    Observao: No podemos aplicar essas regras, no entanto, para os verbos

    anmalos (ser, haver, ir, etc).

    Tempos Derivados do Presente do Indicativo

    a) Presente do Subjuntivo

    > deriva diretamente da primeira pessoa do singular do presente do indicativo.

    Exemplos:

    caibo > caiba, caibas, caiba, caibamos, etc.

    trago > traga, tragas, traga, tragamos, etc.

    venho > venha, venhas, venha, venhamos, etc.

    b) Imperativo Afirmativo

    Tomam-se as segundas pessoas do presente do indicativo, com eliminao do s

    final.

  • Tomam-se as demais pessoas do presente do subjuntivo, reproduzindo-as

    literalmente.

    c) Imperativo Negativo

    > Tomam-se as formas do presente do subjuntivo, reproduzindo-as literalmente.

    Observao:

    muito comum, no s na linguagem falada, mas tambm na escrita, haver mistura de

    pessoas gramaticais no emprego do modo Imperativo.

    Exemplos:

    Decide o seu caminho para no perder o foco.

    (2 p) (3 p)

    Correto: Decide o teu caminho para no perder o foco.

    Correto: Decida o seu caminho para no perder o foco.

    Aula 10

    Formao dos Tempos Verbais II

  • So trs os tempos primitivos: Presente do Indicativo, Pretrito Perfeito do

    Indicativo e Infinitivo Impessoal. Esses tempos balizam a formao dos demais,

    mesmo para grande parte dos verbos irregulares.

    Observao: No podemos aplicar essas regras, no entanto, para os verbos anmalos

    (ser, haver, ir, etc).

    Tempos Derivados do Pretrito Perfeito do Indicativo

    a) Pretrito Imperfeito do Subjuntivo

    Derivam diretamente da 2 pessoa do singular do Pretrito Perfeito do

    Indicativo. O radical formador dos tempos derivados obtido subtraindo-se a

    terminao ste.

    Exemplos:

    verbo dizer (disseste) > dissesse, dissesses, dissesse, etc.

    verbo vir (vieste) > viesse, viesses, viesse, etc

    verbo ver (viste) > visse, visses, visse, etc

    verbo pr (puseste) > pusesse, pusesses, pusesse, etc.

    Observao:

    A desinncia modo-temporal sse registro do Pretrito Imperfeito do Subjuntivo.

    b) Futuro do Subjuntivo

    Exemplos:

    verbo dizer > disser, disseres, disser, etc.

    verbo vir > vier, vieres, vier, etc

    verbo ver > vir, vires, vir, etc

    verbo pr > puser, puseres, puser, etc.

    Observao:

    As formas verbais de vir, ver e pr e derivados no pretrito imperfeito e no futuro do

    subjuntivo costumam gerar dvidas.

    Exemplos:

    Se eu rever minha famlia, ficarei muito emocionado. (ERRADO)

    Se eu revir minha famlia, ficarei muito emocionado. (CERTO)

  • c) Pretrito Mais-que-Perfeito do Indicativo

    Exemplos:

    verbo dizer > dissera, disseras, dissera, etc.

    verbo vir > viera, vieras, viera, etc

    verbo ver > vira, viras, vira, etc

    verbo pr > pusera, puseras, pusera, etc.

    Observao:

    i) O Pretrito Mais-que-Perfeito costuma ocorrer com mais frequncia em sua forma

    composta:

    Exemplo:

    A bola j tinha entrado quando o juiz apitou o final do jogo.

    (entrara)

    Observao:

    ii) O Pretrito Mais-que-Perfeito indica um fato j concludo e anterior a outro

    tambm concludo em relao ao momento da fala. Em outras palavras, pode-se dizer

    que se trata de um passado de um passado.

    Exemplo:

    A famlia terminara o jantar quando ele chegou.

    Fato j concludo

    Observao:

    ii) O Pretrito Mais-que-Perfeito indica um fato j concludo e anterior a outro

    tambm concludo em relao ao momento da fala. Em outras palavras, pode-se dizer

    que se trata de um passado de um passado.

    Exemplo:

    A famlia terminara o jantar quando ele chegou.

    Fato Anterior ao Primeiro Fato j concludo

    Aula 11

  • Vozes Verbais

    Voz Ativa: indica que o sujeito pratica a ao verbal (sujeito agente).

    Exemplos:

    Eu fiz os exerccios.

    Em sonho, os pescadores sorriam.(Ceclia Meireles)

    Voz Passiva: indica que o sujeito sofre a ao verbal (sujeito paciente). Pode

    apresentar-se das seguintes maneiras:

    Analtica (ser + particpio do verbo principal):

    Os exerccios foram feitos.

    As meninas eram conduzidas pelos pais.

    Sinttica ou Pronominal (3 pessoa verbo principal + "se"):

    Exemplos:

    Fizeram-se os exerccios (= Os exerccios foram feitos).

    Cantam-se canes de ninar (Canes de ninar so cantadas).

    Observao

    Na voz passiva sinttica, pode-se perceber que o verbo principal apresenta-se

    conjugado na terceira pessoa do singular ou plural, de acordo com o sujeito paciente.

    Observe que, tanto na forma analtica quanto na sinttica, apenas os verbos transitivos

    diretos e transitivos diretos e indiretos vo para a voz passiva.

    Observao

    Em oraes com verbos intransitivos ou transitivos indiretos ou de ligao, a voz

    passiva no ocorre. Veja:

    Exemplos:

    Precisa-se de encanador.

    Vive-se bem l.

    Duvida-se dos garotos.

    Trata-se de bons livros.

    Est-se muito feliz nesta casa.

  • Neste caso, se no pronome apassivador, e sim, ndice de indeterminao do

    sujeito.

    Observao

    Na converso da voz ativa para a passiva analtica, acrescenta-se a forma verbal SER

    com o mesmo tempo do verbo principal na voz ativa.

    Exemplos:

    Jos fazia a tarefa. (Voz Ativa)

    A tarefa era feita por Joo. (Voz Passiva Analtica)

    Paulo deveria ter feito o exerccio. (Voz Ativa)

    O exerccio deveria ter sido feito por Paulo. (Voz Passiva Analtica)

    O policial dever assinar o documento. (Voz Ativa)

    O documento dever ser assinado pelo policial. (Voz Passiva Analtica)

    Voz Reflexiva: indica que o sujeito pratica e sofre a ao verbal (sujeito agente e

    paciente).

    Pode indicar reflexividade (a si mesmo/mesma) ou reciprocidade (um ao outro).

    Exemplos:

    Ele se escondeu sob a escada. (a si mesma)

    A filha do pescador feriu-se. (a si mesma)

    Os dois pescadores abraaram-se com muita alegria. (um ao outro)

    Aula 12

    Noes de Sintaxe

    A Sintaxe estuda a frase e seu processo de construo, estando interessada, basicamente,

    na coeso textual por meio do correto encadeamento das funes sintticas.

    Conceitos Importantes!

    Frase todo enunciado lingustico de sentido completo.

    Frase nominal aquela cujo ncleo um nome.

    Ex:

    Fogo!

    Frase verbal aquela estruturada em torno de verbos.

  • Ex:

    A casa caiu!

    Encontraram o professor na escola.

    Tipos de Frase

    -Frases interrogativas: o emissor da mensagem formula uma pergunta. Ex: Que

    queres fazer?

    - Frases imperativas: o emissor da mensagem d uma ordem ou faz um pedido. Ex:

    D-me uma mozinha! - Faa-o sair!

    - Frases exclamativas: o emissor exterioriza um estado afetivo. Ex: Que dia difcil!

    - Frases declarativas: o emissor constata um fato. Ex: Ele j chegou.

    Conceitos Importantes!

    Orao enunciado lingstico organizado em funo de um verbo e constitudo de

    sujeito e predicado, ou ao menos de predicado.

    Ex:

    Charles Chaplin nunca morrer.

    (Sujeito) (Predicado)

    Nevou em So Joaquim.

    (Predicado)

    Observao

    i) Na anlise sinttica, a locuo verbal tem valor de um nico verbo, pois exprime

    uma nica ao.

    Ex:

    Estou escrevendo um livro de poesias.

    (1 verbo principal = 1 orao)

    ii) Quando o infinitivo pode ser transformado em uma orao, no constitui com o

    verbo anterior uma locuo verbal.

    Ex:

    Maria finge ser sincera. (que sincera) 2 oraes

    Paulo julga estar bem. (que est bem) 2 oraes

  • Conceitos Importantes!

    Perodo um enunciado lingustico com sentido acabado produzido por elementos

    combinados entre si e de acordo com as regras sintticas da lngua.

    Classificao do Perodo

    Perodo Simples aquele composto por uma nica orao, chamada de orao

    absoluta.

    Ex:

    O ato da primeira comunho ainda mantm seu prestgio.

    Perodo Composto aquele em que constam duas ou mais oraes.

    Ex:

    Rodrigo foi at seu quarto, / acendeu a vela / e comeou a procurar os arreios.

    (rico Verssimo)

    Observao:

    No perodo composto, podem ocorrer trs tipos de orao:

    - Principal

    - Subordinada

    - Coordenada

    Observao

    i) A orao, s vezes, sinnimo de frase ou perodo (simples) quando encerra um

    pensamento completo e vem limitada por ponto-final, ponto-de-interrogao,

    ponto-de-exclamao e por reticncias.

    Um vulto cresce na escurido. Clarissa se encolhe. Vasco.

    Acima temos trs oraes correspondentes a trs perodos simples ou a trs frases.

    ii) Nem sempre orao frase:

    A construo Convm que te apresses." apresenta duas oraes mas uma s frase

    (no caso, perodo composto), pois somente o conjunto das duas que traduz um

    pensamento completo.

  • Ateno

    "Quero a rosa mais linda que houver, para enfeitar a noite do meu bem."

    Temos uma frase e trs oraes: As duas ltimas oraes no podem ser frases, pois em

    si mesmas no satisfazem um propsito comunicativo; so, portanto, membros de frase.

    J a primeira orao poderia ser uma frase, pois j possui sujeito e predicado, sendo,

    portanto, completa. Bastaria que pusssemos ao seu final um ponto. Porm, preferimos

    encadear outras oraes para formar uma frase.

    Aula 13

    Sujeito Simples: o sujeito determinado que apresenta um nico ncleo.

    Ns vimos as crianas.

    Algum esteve aqui.

    Sujeito Composto: o sujeito determinado que apresenta mais de um ncleo.

    Crianas e adultos choraram.

    O amor e o dio so como duas faces da mesma moeda.

    Sujeito Oculto: o sujeito que no est explcito na frase, mas pode ser determinado

    (pela desinncia verbal ou pelo contexto)

    Corri como um louco. (sujeito oculto: eu)

    Carla est doente. Entretanto, insistiu em vir aula. (sujeito oculto: Carla)

    Sujeito Indeterminado: o sujeito que no se pode ou no se quer determinar Sabemos

    que o sujeito existe, mas no podemos determin-lo.

    H duas maneiras de se indeterminar um sujeito:

    i) Colocando-se o verbo na 3a pessoa do plural.

    Comeram meu almoo.

    Bateram palmas no portozinho da frente. (Josu Guimares)

    De qualquer modo, foi uma judiao matarem a moa. (Rubem Braga)

    H duas maneiras de se indeterminar um sujeito

    ii) Colocando-se o pronome se (ndice de indeterminao do sujeito) junto de qualquer

    tipo de verbo na 3a pessoa do singular, exceto o transitivo direto.

    Aqui, vive-se bem.

  • Devagar se vai ao longe.

    Trata-se de fenmenos que nem a cincia sabe explicar.

    Observao

    Se o verbo for transitivo direto, teremos o que chamamos de voz passiva sinttica.

    Neste caso, o pronome se funciona como partcula apassivadora.

    Ex:

    Vendem-se casas (Voz passiva sinttica).

    Vender transitivo direto

    Orao na voz ativa: Casas so vendidas.

    Sujeito: Casas

    errado dizer: Vende-se casas; Aluga-se automveis, pois os sujeitos so

    respectivamente casas e automveis. O correto : Vendem-se casas (Casas so

    vendidas); Alugam-se automveis (Automveis so alugados).

    Observao

    Tratam-se de novos produtos. (CERTO OU ERRADO?)

    Quem o sujeito?

    No possvel determin-lo, sendo, portanto, um sujeito indeterminado.

    Vimos, no entanto, que h duas maneiras de se indeterminar um sujeito, no estando

    o nosso exemplo de acordo com nenhuma delas.

    O correto seria ento:

    Tratam de novos produtos (verbo -3a pessoa do plural).

    Trata-se de novos produtos (verbo 3a pessoa do singular + se)

    Sujeito Inexistente: ocorre em frases em que s h predicado. A orao sem sujeito

    ocorre a partir de um verbo impessoal.

    So verbos impessoais:

    Verbos que indicam fenmenos da natureza:

    Amanheceu repentinamente.

    Ventou muito durante a noite.

    Nevou no sul do pas.

  • Verbos ser, estar, fazer, haver, indicando tempo meteorolgico ou cronolgico:

    Est tarde.

    Faz frio nessa poca do ano.

    H tempos que no o vejo.

    Eram 25 de maro de 1960.

    So duas horas da tarde.

    Observao

    Usados em sentido figurado, os verbos chover, trovejar, relampejar,... deixam de ser

    impessoais, passando a ter sujeito.

    O orador trovejava ameaas.

    A lhe amanheceram dias de perfeita ventura. (Camilo Castelo Branco)

    So verbos impessoais:

    Verbo haver no sentido de existir:

    Havia bons motivos para que nos separssemos.

    Poderia haver muitos problemas.

    Importante: O verbo existir no impessoal:

    Existem quadros na parede.(Sujeito: quadros na parede)

    Observao

    Quando um verbo impessoal, ele transforma o seu auxiliar em verbo impessoal

    tambm (o auxiliar seria, em linguagem popular, um Maria vai com as outras).

    Portanto o auxiliar que acompanha os verbos HAVER e FAZER so conjugados

    invariavelmente na 3a pessoa do singular.

    Ex:

    Deve fazer dez anos que no o vejo. (CERTO)

    Devem fazer dez anos que no o vejo.(ERRADO)

    Deve haver quadros na parede.(CERTO)

    Devem haver quadros na parede.(ERRADO)

    Aula 14

    Termos Associados ao Verbo

  • Complementos Verbais

    Necessitam de complemento os verbos que indicam ao (verbos significativos ou

    nocionais). Esses verbos fazem parte de predicados verbais ou verbo-nominais.

    Os verbos de ligao no necessitam de complemento, pois servem apenas para ligar o

    predicativo ao sujeito.

    Chama-se transitividade a relao que se estabelece entre os verbos e seus

    complementos. Os complementos verbais so chamados objetos.

    a) Verbos Transitivos Diretos (VTD)

    So aqueles cujo sentido requer um objeto direto.

    Ex:

    Amo minha namorada. Ela viu-me triste.

    VTD OD VTD OD

    b) Verbos Transitivos Indiretos (VTI)

    So aqueles cujo sentido requer um objeto indireto.

    Ex:

    Preciso de ajuda. Falei com ela.

    VTI OI VTI OI

    Gosto de voc.

    VTI OI

    c) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos (VTDI)

    So aqueles cujo sentido requer um objeto direto e um objeto indireto.

    Ex:

    Pedi ajuda a meu colega. Disse-lhe tudo.

    VTDI OD OI VTDI OI OD

    d) Verbos Intransitivos (VI)

    So aqueles cujo sentido no necessita de um objeto.

    Ex: Os preos subiram. Ocorreu um acidente.

  • VI VI

    Observao

    Transitividades diferentes

    Um mesmo verbo pode ter transitividades diferentes em diferentes frases.

    Ex: Ela cantou. (VI)

    Ela cantou uma msica bonita. (VTD)

    Falei a verdade. (VTD)

    Falei a verdade a meu pai . (VTDI)

    Observao

    Objeto direto preposicionado

    Algumas vezes, o objeto direto vem precedido de preposio. Isso ocorre em funo de

    recursos estilsticos ou para evitar ambiguidade, e no por exigncia do verbo.

    Ex:

    No bebo dessa gua.

    VTD OD prep

    O filho o pai ofendeu. (Ambguo)

    Correo:

    Ao filho o pai ofendeu.

    ou

    O filho ao pai ofendeu.

    Observao

    Os pronomes o, a, os, as, quando exercem funo de objeto, so sempre objeto direto.

    Os pronomes lhe, lhes, quando exercem funo de objeto, so sempre objeto indireto.

    Os demais pronomes pessoais oblquos podem ser objetos diretos ou indiretos, de

    acordo com a frase.

    Ex:

    Eu a encontrei na escola.

    OD VTD

  • Pedi-lhe um minuto de ateno.

    VTDI OI OD

    Prometeu-me um presente.

    VTDI OI OD

    Adjunto Adverbial

    o termo que indica uma circunstncia em que ocorre o processo verbal ou o termo

    que intensifica o adjetivo, o verbo ou o advrbio.

    Adjunto adverbial uma funo adverbial, isto , desempenhada por advrbios (e

    locues adverbiais).

    Ex: Eu gosto muito de voc.

    Ele muito inteligente.

    Eu cheguei muito tarde.

    Nas frases acima, muito adjunto adverbial, intensificando, respectivamente, a forma

    verbal gosto, o adjetivo inteligente e o advrbio tarde.

    Exemplos de circunstncias expressas pelo adjunto adverbial

    a) Tempo: Amanh eu falarei com ele.

    b) Modo: Marina pediu-me gentilmente que fosse v-la.

    c) Lugar: Esto todos aqui ?

    d) Intensidade: Ele falou muito.

    e) Causa: Devido chuva escassa, muitas plantas morreram.

    f) Afirmao: Certamente atenderei ao pedido.

    g) Negao: No podemos esquecer de nossas responsabilidades.

    h) Dvida: Talvez haja alguns problemas.

    i) Finalidade: Leio muito para aumentar minha cultura.

    j) Meio: Viajarei de nibus.

    k) Companhia: Fui ao museu com meus amigos.

    l) Instrumento: Redaes devem ser escritas caneta.

    m) Assunto: Falarei com ele sobre o ocorrido.

  • Agente da Passiva

    o termo da orao que complementa o sentido de um verbo na voz passiva,

    indicando-lhe o ser que praticou a ao verbal.

    A caracterstica fundamental do agente da passiva , pois, o fato de somente existir se a

    orao estiver na voz passiva.

    Ex:

    O barulho acordou toda a vizinhana. [orao na voz ativa]

    Toda a vizinhana foi acordada pelo barulho. [orao na voz passiva]

    pelo barulho = agente da passiva

    Cuidado!

    O transporte foi feito pela Rodovia Castelo Branco.

    pela Rodovia Castelo Branco = Agente da Passiva?

    Aula 15

    Termos Associados ao Nome I

    Termos Associados ao Nome

    - Adjunto Adnominal

    - Predicativo

    - Complemento Nominal

    - Aposto

    Adjunto Adnominal

    Adjunto Adnominal o termo que caracteriza um substantivo sem intermediao de

    um verbo.

    Adjunto adnominal uma funo adjetiva, isto , desempenhada por adjetivos,

    artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos.

    Um substantivo desempenhando qualquer funo sinttica pode ser caracterizado

    por adjuntos adnominais.

    Exemplos:

    A nova casa est pronta.

    Sujeito: A nova casa, Ncleo: casa, A.Adn.: A, nova

  • No gosto do seu tom de voz.

    OI: do seu tom de voz, Ncleo: tom, A.Adn.: o, seu, de voz

    Observao:

    Os adjuntos adnominais de fato fazem parte do mesmo termo sinttico que tem o

    substantivo como ncleo. Para confirmar isso, observe que, quando substitumos esse

    termo por um pronome substantivo, tanto o ncleo quanto os adjuntos adnominais so

    substitudos.

    Exemplos:

    Nossa amizade vai superar todos os obstculos.

    Ela vai super-los.

    Observao:

    Os pronomes pessoais oblquos podem exercer funo de adjunto adnominal, quando

    substituem um pronome possessivo. Observe:

    Ele roubou-me o relgio.

    OD: o relgio, NOD: relgio, A.Adn: me, o

    = Ele roubou o meu relgio.

    OD: o meu relgio, NOD: relgio, A.Adn: o, meu

    Predicativo

    a) Predicativo do Sujeito

    o termo que caracteriza o sujeito, tendo um verbo como intermedirio. O predicativo

    do sujeito pode ser um substantivo, um adjetivo ou uma palavra com valor de

    substantivo.

    Exemplos:

    - Com verbo de ligao explcito:

    Ela estava triste.

    Sujeito: Ela, Verbo de ligao: estava,

    Predicativo do Sujeito: triste, Ncleo do predicado: triste

    Todos ns ficamos extremamente perplexos.

  • Sujeito: Todos ns, VL: ficamos,

    Predicativo do Sujeito (ncleo do predicado):

    extremamente perplexos

    a) Predicativo do Sujeito

    - Com verbo de ligao implcito:

    Exemplos:

    Eles entraram em casa confiantes.

    (= Eles entraram em casa e estavam confiantes.)

    Sujeito: Eles

    Verbo significativo (VI): entraram

    Predicativo do Sujeito: confiantes

    Ncleos do predicado: entraram, confiantes

    b) Predicativo do Objeto

    uma qualidade atribuda ao objeto atravs do verbo.

    O predicativo do objeto pode ser um substantivo, um adjetivo ou uma palavra com

    valor de substantivo.

    Exemplo:

    O juiz julgou o ru culpado.

    Sujeito: O juiz, VTD: julgou, OD: o ru,

    Predicativo do Objeto: culpado

    Ncleos do predicado: julgou, culpado

    As mulheres consideram a maioria dos homens infiis.

    Sujeito: As mulheres, VTD: consideram

    OD: a maioria dos homens

    Predicativo do Objeto: infiis

    Ncleos do predicado: consideram, infiis

    Observao

  • Para diferenciar o predicativo do objeto do adjunto adnominal, basta verificar que o

    adjunto adnominal faz parte do objeto, enquanto que o predicativo do objeto uma

    qualidade dada ao objeto pelo verbo. Observe:

    Exemplo:

    Eu tenho um caderno bonito.

    VTD: tenho, OD: um caderno bonito,

    Ncleo do OD: caderno, A.Adn: um, bonito

    Observe o que acontece quando substitumos o objeto por um pronome substantivo.

    Eu tenho um caderno bonito. Eu o tenho.

    VTD: tenho, OD: um caderno bonito VTD: tenho, OD: o

    Observao

    Para diferenciar o predicativo do objeto do adjunto adnominal, basta verificar que o

    adjunto adnominal faz parte do objeto, enquanto que o predicativo do objeto uma

    qualidade dada ao objeto pelo verbo. Observe:

    Exemplo:

    Eu acho meu caderno bonito.

    VTD: acho, OD: meu caderno, NOD: caderno,

    A.Adn: meu, Predicativo do Objeto: bonito

    Observe o que acontece quando substitumos o objeto por um pronome substantivo.

    Eu acho meu caderno bonito. Eu o acho bonito.

    VTD: acho, OD: meu caderno, VTD: acho, OD: o,

    PO: bonito PO: bonito

    Aula 16

    Termos Associados ao Nome II

    Complemento Nominal

    o complemento exigido por alguns substantivos, adjetivos e advrbios.

    Assim como os verbos, alguns nomes necessitam de complemento.

    Observe:

  • Ns amamos nossa famlia.

    Verbo (VTD): amamos

    Complemento Verbal (OD): nossa famlia.

    Ns temos amor por nossa famlia.

    OD: amor por nossa famlia, Ncleo do OD: amor

    Complemento Nominal: por nossa famlia.

    Outros exemplos:

    Interesse por problemas sociais um bom indcio de conscincia.

    Sujeito: interesse por problemas sociais

    Ncleo do Sujeito: interesse

    Complemento Nominal: por problemas sociais

    Seja sempre fiel a seus princpios.

    Predicativo do Sujeito: fiel a seus princpios

    Ncleo do Predicativo: fiel

    Complemento Nominal: a seus princpios

    Moro longe de sua casa.

    Adjunto Adverbial: longe de sua casa

    Ncleo do A.Adv.: longe

    Complemento Nominal: de sua casa

    Distino entre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal

    a) O adjunto adnominal sempre se refere a substantivos, enquanto o complemento

    nominal pode referir-se a substantivos, adjetivos e advrbios.

    b) Quando o complemento nominal se refere a substantivos, geralmente so

    substantivos abstratos.

    c) O complemento nominal sempre um termo composto, iniciado por preposio.

    Assim, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e artigos no podem ser

    complementos nominais.

    d) O adjunto adnominal d a idia de um termo ativo, enquanto o complemento

    nominal d a idia de um termo passivo.

  • O respeito dos pais importante.

    Adjunto Adnominal: dos pais

    O respeito aos pais importante.

    Complemento Nominal: aos pais

    Observao:

    Assim como o adjunto adnominal, o complemento nominal tambm faz parte de outro

    termo sinttico.

    Discutimos o investimento em sade.

    OD: o investimento em sade,

    Ncleo do OD: investimento,

    Complemento Nominal: em sade, A.Adn: o

    O complemento nominal relaciona-se a nomes (substantivos, adjetivos, advrbios),

    enquanto o objeto indireto (complemento verbal) relaciona-se a verbos. Observe:

    Necessito de apoio.

    Verbo: necessito, OI: de apoio

    Tenho necessidade de apoio.

    Substantivo: necessidade, CN: de apoio

    Aposto

    Aposto o termo que retoma o termo anterior da frase, explicando-o, desenvolvendo-o

    ou resumindo-o ou especificando-o.

    Ex:

    Castro Alves, o poeta dos escravos, um grande representante do romantismo

    brasileiro.

    Na orao acima, o poeta dos escravos exerce funo de aposto, pois retoma o

    termo anterior, Castro Alves, explicando-o.

    Classificao do Aposto

    O aposto classificado de acordo com sua relao com o termo ao qual se refere.

    a) Explicativo: explica o termo a que se refere.

  • Ontem, domingo, o comrcio abriu excepcionalmente.

    Aposto: domingo

    Minha av, senhora muito religiosa, vai sempre missa.

    Aposto: senhora muito religiosa

    b) Enumerativo: efetua uma enumerao.

    Tenho duas grandes aspiraes: aprender e ensinar.

    Aposto: aprender e ensinar

    Havia vrias pessoas presentes: meus pais, meus avs, meu irmo.

    Aposto: meus pais, meus avs, meu irmo

    c) Resumidor: resume os termos anteriores.

    O sol, os pssaros, as rvores, tudo era alegria.

    Aposto: tudo

    d) Especificativo: especifica o termo anterior.

    O presidente Lula fez um pronunciamento sobre o bolsa-famlia.

    Aposto: Lula

    O estado de So Paulo o mais rico do Brasil.

    Aposto: de So Paulo

    O aposto especificativo normalmente um substantivo prprio que individualiza um

    substantivo comum, ao qual se liga diretamente ou atravs de preposio.

    Observao

    O aposto equivale sintaticamente ao termo ao qual ele se refere. Desta forma, possvel

    substituir um termo por seu aposto. Observe:

    Exemplos:

    Amamos o Brasil, nossa terra. = Amamos nossa terra.

    OD: o Brasil

    Aposto: nossa terra

    Observe a diferena:

  • A casa, prdio amplo, abrigava muitas pessoas.

    Aposto: prdio amplo

    A casa, ampla, abrigava muitas pessoas.

    Predicativo do sujeito: ampla

    Vocativo

    o termo utilizado para nomear o interlocutor a quem se dirige a palavra.

    Ex:

    Emprestem-me seus ouvidos, amigos romanos conterrneos.

    Fora, mancha maldita! (Macbeth, Shakespeare)

    Meu caro amigo, me perdoe por favor / Se eu no lhe fao uma visita (Chico

    Buarque)

    Observaes

    O vocativo sempre vem separado por vrgulas do restante da frase.

    importante observar que vocativo e sujeito so funes sintticas diferentes. Note

    tambm que, em frases no imperativo, o sujeito oculto.

    Meu amor, hoje o sol no apareceu.

    Vocativo: meu amor, Sujeito: o sol

    Meu amor, no me abandone.

    Vocativo: Meu amor, Sujeito: oculto (voc)

    Aula 17

    Tipos de Predicado

    Predicado o termo da orao atravs do qual se faz alguma atribuio ao sujeito.

    O ncleo dessa atribuio pode estar contido basicamente:

    - no nome;

    - no verbo;

    - no nome e no verbo simultaneamente

    Tipos de Predicado

    - Predicado Verbal

  • - Predicado Nominal

    - Predicado Verbo-Nominal;

    Predicado Nominal

    aquele que tem como ncleo um nome

    Exemplo:

    Os atletas esto cansados ultimamente.

    Ncleo

    - Nesse predicado, a ideia bsica (o ncleo) est contida no nome, no caso,

    cansados, um predicativo do sujeito.

    - O verbo de ligao: no nocional

    - Observao

    - Os verbos nocionais so os que exprimem processos, ou seja, indicam ao,

    acontecimento, fenmeno natural, desejo e atividade mental. Entre estes

    podemos citar:

    pular

    trovejar

    relampejar

    estudar

    pensar

    querer

    pensar

    analisar, entre muitos outros.

    - Observao

    - Verbos considerados no nocionais exprimem um carter de estado, o qual se

    relaciona ao sujeito. Em virtude deste aspecto so denominados verbos de

    ligao, uma vez que liga o sujeito a uma dada caracterstica fato que no mais

    os faz ocupar a funo de ncleo. So exemplos desta modalidade:

    ser

    estar

    continuar

    permanecer

    ficar

    virar

  • tornar-se

    andar, entre outros.

    Observao

    Vejamos a diferena entre os seguintes pares:

    I) A garota anda depressa.

    Mrcia anda tristonha.

    II) Ele virou um balde de gua fria em minha cabea.

    Mrcia virou uma pessoa tristonha.

    Predicado Verbal

    aquele que tem como ncleo um verbo.

    Exemplo:

    Os jogadores andam pelo gramado.

    Ncleo

    - Nesse predicado, a ideia bsica (o ncleo) est contida no verbo, no caso,

    andam.

    - O verbo no mais de ligao: trata-se de um verbo nocional .

    - No ocorre predicativo dentro do predicado.

    Predicado Verbo-Nominal

    aquele que tem dois ncleos: um verbo e um nome.

    Exemplo:

    Os jogadores andam pelo gramado cansados.

    Ncleo Ncleo

    - Nesse predicado, h dois ncleos: o verbo, no caso, andam; o nome, no caso,

    cansados (predicativo)

    - O verbo nocional (intransitivo).

    aquele que tem dois ncleos: um verbo e um nome.

    Exemplo:

  • Todos consideram falsa a sua opinio.

    Ncleo Ncleo

    Nesse predicado, h dois ncleos: o verbo, no caso, consideram; o nome, no caso,

    falsas (predicativo)

    O verbo nocional (transitivo).

    Observao

    Na verdade, o predicado verbo-nominal o resultado da sntese de um predicado

    verbal e um predicado nominal.

    Os cientistas encontraram a soluo.

    (Predicado Verbal)

    Eles ficaram surpresos.

    (Predicado Nominal)

    Resultado:

    Os cientistas encontraram a soluo surpresos.

    (Predicado Verbo-Nominal)

    Aula 18

    Oraes Subordinadas Substantivas

    Perodo Composto por Subordinao

    Orao principal

    Oraes subordinadas:

    - Substantivas: Subjetiva, Objetiva Direta,

    Objetiva Indireta, Predicativa, Apositiva,

    Completiva Nominal

    - Adjetivas: Restritiva, Explicativa

    - Adverbiais: Causal, Comparativa, Concessiva,

    Condicional, Consecutiva, Conformativa, Final,

    Temporal, Proporcional

  • O que uma orao subordinada?

    Orao subordinada aquela que exerce uma

    funo sinttica em uma orao principal.

    Exemplos:

    Eu preciso que voc colabore comigo.

    Tenho receio de decepcionar meus amigos prximos.

    Oraes subordinadas substantivas so aquelas que exercem funo sinttica tpica

    de substantivo, isto , funo de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,

    aposto ou complemento nominal.

    As oraes subordinadas substantivas desenvolvidas normalmente so introduzidas

    pelas palavras que ou se, denominadas conjunes integrantes.

    Tipos de Oraes Substantivas

    a) Orao Subordinada Substantiva Subjetiva

    Orao subjetiva aquela que exerce a funo de sujeito do verbo da orao principal.

    necessria a sua presena. Sujeito

    necessrio / que voc esteja presente.

    Or. Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva

    Observaes:

    Havendo orao subordinada substantiva subjetiva, o verbo da orao principal est

    necessariamente na terceira pessoa do singular.

    Observaes:

    Havendo orao subordinada substantiva subjetiva, o verbo da orao principal est

    necessariamente na terceira pessoa do singular.

    H trs estruturas tpicas para a orao principal:

    1) verbo de ligao + predicativo:

    Or.Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva

    impossvel / fazer isso.

    Parece certo / que chover muito.

  • Havendo orao subordinada substantiva subjetiva, o verbo da orao principal est

    necessariamente na terceira pessoa do singular.

    H trs estruturas tpicas para a orao principal:

    2) verbo na voz passiva (sinttica ou analtica):

    Or.Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva

    Sabe-se / que tudo foi em vo.

    Foi anunciado / que haver uma reforma poltica

    Havendo orao subordinada substantiva subjetiva, o verbo da orao principal est

    necessariamente na terceira pessoa do singular.

    H trs estruturas tpicas para a orao principal:

    3) verbos como acontecer, convir, constar, ocorrer,

    parecer, urgir:

    Or.Principal Or. Sub. Subst. Subjetiva

    Parece / que todos comparecero cerimnia.

    Convm / que haja novas reformas.

    Ocorre / que nem todos concordamos com isso.

    b) Orao Subordinada Substantiva Objetiva Direta

    No sei/ se estarei aqui.

    OP Or. Sub. Subst. Objetiva Direta

    Ela prometeu / que nos ajudaria.

    OP Or. Sub. Subst. Objetiva Direta

    c) Orao Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

    Lembre-se / de ir farmcia.

    OP Or. Sub. Subst. Objetiva Indireta

    Gosto / de viajar sem rumo.

    OP Or. Sub. Subst. Objetiva Indireta

    d) Orao Subordinada Substantiva Predicativa

  • A verdade / que ningum confia naquele deputado.

    OP Or. Sub. Subst. Predicativa

    e) Orao Subordinada Substantiva Apositiva

    H uma nica sada: / fugir.

    OP Or. Sub. Subst. Apositiva

    f) Orao Subordinada Substantiva Completiva Nominal

    Tenho necessidade / de que me ajudes.

    OP Or. Sub. Subst. Comp. Nominal

    Observao sobre pontuao

    Dentre as oraes subordinadas substantivas, apenas as oraes apositivas podem vir

    separadas por vrgula (ou por dois pontos) da orao principal. Isso ocorre porque

    sujeitos, objetos e complementos nunca so separados por vrgula dos termos a que

    esto ligados.

    Observao

    Vejamos a diferena entre os seguintes perodos:

    I) No sabia que o estado dele era grave.

    II) No sabia se o estado dele era grave.

    Aula 19

    Oraes Subordinadas Adjetivas

    Perodo Composto por Subordinao

    Orao principal

    Oraes subordinadas:

    - Substantivas: Subjetiva, Objetiva Direta, Objetiva Indireta, Predicativa,

    Apositiva,

    Completiva Nominal

    - Adjetivas: Restritiva, Explicativa

    - Adverbiais: Causal, Comparativa, Concessiva, Condicional, Consecutiva,

    Conformativa, Final, Temporal, Proporcional

  • Oraes subordinadas adjetivas so aquelas que exercem funo de adjetivo,

    referindo-se a um termo da orao principal.

    Exemplos:

    As pessoas mentirosas no me agradam.

    Adjetivo

    As pessoas / que mentem / no me agradam.

    Or. Sub. Adjetiva

    Tipos de Oraes Adjetivas

    As oraes subordinadas adjetivas classificam-se em restritivas e explicativas.

    Oraes restritivas so aquelas que restringem o sentido do termo anterior,

    particularizando-o.

    Oraes explicativas so aquelas que explicam o termo anterior, acrescentando

    informaes ou realando uma caracterstica.

    Exemplos:

    O professor que ensina bem respeitado pelos alunos.

    Or. Sub. Adj. Restritiva

    O pas, que passa por dificuldades, conta com o apoio da populao.

    Or. Sub. Adj. Explicativa

    Observe que as oraes explicativas sempre vm separadas por vrgula da orao

    principal, e as oraes restritivas no.

    Observao

    Vejamos a diferena entre os seguintes perodos:

    I) Os polticos que so corruptos envergonham a nao.

    II) Os polticos, que so corruptos, envergonham a nao.

    Observao:

    As oraes substantivas so introduzidas por conjunes integrantes: que ou se

  • J as oraes adjetivas so introduzidas por pronomes relativos: que, o(a) qual, quem,

    onde, ...

    Observao

    Funes Sintticas dos Pronomes Relativos

    Os pronomes relativos so utilizados na orao subordinada adjetiva para substituir um

    termo da orao principal.

    O pronome relativo exerce na orao subordinada uma funo sinttica correspondente

    funo sinttica do termo que ele substitui. Por exemplo:

    Ex: A criana corria. A criana estava com o pai.

    A criana que estava com o pai corria.

    Or. Sub. Adjetiva: que estava com o pai

    Na frase A criana estava com o pai, a criana sujeito de estava.

    Na frase A criana / que estava com o pai / corria, o pronome relativo que exerce

    funo de sujeito de estava. Isso ocorre porque o pronome que substitui o termo a

    criana na orao que estava com o pai.

    Outro exemplo:

    A menina que eu vi parecia-se com voc.

    Orao Principal: A menina parecia-se com voc.

    Orao Subordinada Adjetiva Restritiva: que eu vi.

    Sujeito: eu, VTD: vi, OD: que

    Pronomes relativos que, quem, o qual

    Sujeito:

    As pessoas que estavam aqui so muito educadas.

    Encontramos um dos filhos de Maria, o qual estuda em So Paulo.

    Objeto Direto: O pas que visitei estava em guerra.

    Objeto Indireto: O mdico a quem entreguei os exames tranquilizou-nos

    Predicativo: Lembro-me com saudade das crianas que ns ramos.

  • Complemento Nominal: A pessoa a quem fiz referncia no estava presente.

    Agente da Passiva: O policial por quem fomos salvos recebeu uma medalha.

    Adjunto Adverbial: O lugar em que vivo muito bonito.

    Pronome cujo (e flexes)

    Cujo estabelece uma relao de posse entre o antecedente e o termo que especifica.

    Sua funo principal de adjunto adnominal. Em alguns casos, pode ser tambm

    complemento nominal.

    Adjunto Adnominal: O autor cujos livros admiro fez uma palestra ontem. (livros do

    autor)

    Complemento Nominal: Os salrios, cujo aumento foi adiado, so a causa da greve.

    (aumento dos salrios)

    Pronomes onde, quando e como

    Esses pronomes exercem essencialmente funo de adjunto adverbial.

    A. Adv. de lugar: O pas onde vivo um dos maiores do mundo.

    A. Adv. de tempo: No instante quando comeamos a amar, tudo parece melhor.

    A. Adv. de modo: No gostei da forma como voc foi atendido.

    Aula 20

    Oraes Subordinadas Adverbiais

    Perodo Composto por Subordinao

    Orao principal

    Oraes subordinadas:

    - Substantivas: Subjetiva, Objetiva Direta,

    Objetiva Indireta, Predicativa, Apositiva,

    Completiva Nominal

    - Adjetivas: Restritiva, Explicativa

    - Adverbiais: Causal, Comparativa, Concessiva,

    Condicional, Consecutiva, Conformativa, Final,

  • Temporal, Proporcional

    Oraes subordinadas adverbiais so aquelas que exercem funo de adjunto adverbial,

    estabelecendo uma circunstncia em que se passa a ao verbal expressa na orao

    principal.

    Eu vi voc noite. (Perodo Simples)

    A.Adv. de tempo: noite

    Eu vi voc / ao anoitecer. (Perodo Composto)

    Orao Principal: Eu vi voc.

    Orao Subordinada Adverbial: ao anoitecer.

    Observao:

    As oraes subordinadas adverbiais so classificadas de acordo com a circunstncia que

    estabelecem.

    As oraes subordinadas adverbiais so introduzidas por conjunes subordinativas

    circunstanciais.

    Conjunes Subordinativas Circunstanciais

    1. Causais (causa)

    porque, uma vez que, pois, j que, como, ...

    2. Comparativas (comparao)

    como, assim como, tal qual, bem como, maior...que, ...

    3. Concessivas (concesso)

    ainda que, embora, posto que, mesmo que, por mais que, se bem que,...

    4. Condicionais (condio)

    se, caso, contanto que, dado que, desde que,...

    5. Consecutivas (conseqncia)

    de forma que, de modo que, ...

    6. Conformativas (conformidade)

    como, conforme, segundo, de acordo com, ...

    7. Finais (finalidade)

    para que, a fim de que, ...

  • Conjunes Subordinativas Circunstanciais

    8. Temporais (tempo)

    quando, enquanto, desde que, logo que, sempre que,

    apenas, mal, ...

    9. Proporcionais (proporo)

    medida que, quanto mais...mais, proporo que, ...

    1. Oraes Subordinadas Adverbiais Causais:

    Faltei aula / porque fui ao mdico.

    Como estava atrasado, / no consegui sentar-se.

    2. Or. Sub. Adv. Comparativas:

    Vive / tal qual um tubaro.

    Ele forte / como um touro.

    3. Or. Sub. Adv. Concessivas:

    Embora se sentisse mal, / no faltou reunio.

    Ainda que consiga boas notas, / no se classificar.

    4. Or. Sub. Adv. Condicionais:

    Sairei de frias, / desde que consiga um substituto.

    Se for convidado, / irei a So Paulo.

    5. Or. Sub. Adv. Consecutivas:

    Correu tanto / que desmaiou

    Trabalhou muito, / de forma que enriqueceu.

    6. Or. Sub. Adv. Conformativas:

    Fiz o trabalho / como recomendaram.

    Farei tudo / conforme ela pediu.

    7. Or. Sub. Adv. Finais:

    Dei o sinal / para que o jogo comeasse.

    Sentou-se no fundo do auditrio, / a fim de que ningum o visse.

  • 8. Or. Sub. Adv. Temporais:

    Deixou a fazenda / to logo amanheceu.

    Antes de ir, / ela deu-me um beijo de despedida.

    9. Or. Sub. Adv. Proporcionais:

    Quanto mais ela falava, / menos recebia ateno.

    O carro avanava / medida que a noite caa.

    Observao:

    1. Quando utilizamos conjuno concessiva, admitimos que existe um fato contrrio

    declarao principal, mas que no impede a sua realizao.

    2. A classificao das conjunes deve ser feita de acordo com o seu sentido na frase. A

    mesma conjuno pode ter classificao diferente em frases diferentes, em funo do

    papel que desempenha. Assim, os quadros apresentados so apenas uma referncia.

    Aula 21

    Oraes Subordinadas Reduzidas

    Perodo Composto por Subordinao

    Orao principal

    Oraes subordinadas:

    - Substantivas: Subjetiva, Objetiva Direta, Objetiva Indireta, Predicativa,

    Apositiva,

    Completiva Nominal

    - Adjetivas: Restritiva, Explicativa

    - Adverbiais: Causal, Comparativa, Concessiva, Condicional, Consecutiva,

    Conformativa, Final, Temporal, Proporcional

    Chama-se de reduzida a orao subordinada que:

    - no se inicia por conjuno ou pronome relativo;

    - apresenta o verbo sob uma das trs formas nominais:

    - infinitivo

    - gerndio

    - particpio

  • Exemplo:

    Pressentindo o mau tempo, no viajamos.

    Como analisar as oraes subordinadas reduzidas?

    Um dos artifcios para analisar as oraes subordinadas reduzidas desdobr-las.

    Desdobrar (ou desenvolver) uma orao reduzida transform-la numa orao

    iniciada por conjuno ou pronome relativo.

    A anlise que cabe orao desdobrada caber reduzida.

    Exemplo:

    Pressentindo o mau tempo, / no viajamos.

    Desenvolvendo a orao, teremos:

    Porque pressentimos o mau tempo /, no viajamos.

    Or. Sub. Adv. Causal Or. Principal

    Logo:

    pressentindo o mau tempo

    = orao subordinada adverbial causal reduzida de gerndio

    As oraes subordinadas reduzidas podem ocorrer como:

    1. Substantivas;

    2. Adverbiais

    3. Adjetivas (mais raro)

    I Substantivas

    O menino fingia / ouvir seus conselhos.

    Or. Principal Or. Sub.Substantiva Obj. Direta

    Reduzida de Infinitivo

    II Adjetivas

    Encontrou l um peregrino / rezando fervoroso.

    Orao Principal Or. Sub Adjetiva Restritiva

    Reduzida de Gerndio

  • III Adverbiais

    Perdeu o trem / por estar atrasado.

    Or. Principal Or. Sub. Adverbial Causal

    Reduzida de Infinitivo

    Se eu demorar uns meses

    Convm s vezes voc sofrer

    Mas, depois de um ano, eu no vindo,

    Ponha a roupa de domingo

    E pode me esquecer.

    (Chico Buarque)

    Analise as oraes destacadas.

    I) Para serenar a roda, propus novo chope.

    II) Ao acordar, dona Aparecida virou-se para Rufino.

    III) Por trabalhar como manobrista, ele se dizia corredor de automveis.

    Analise as oraes a seguir:

    I) A grande estupidez vivermos num conflito constante.

    II) Fazendo perfeitamente a sua parte, ficar livre de culpas.

    III) Bernardo contemplou as pedras faiscando ao sol.

    Aula 22

    Oraes Coordenadas

    Perodo Composto por Coordenao

    Oraes Coordenadas

    - Assindticas

    - Sindticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Explicativas e Conclusivas

    Um perodo composto por coordenao constitudo por duas ou mais oraes

    coordenadas.

    Oraes coordenadas so aquelas que independem sintaticamente umas das outras.

    As oraes coordenadas dividem-se em sindticas e assindticas.

  • Oraes coordenadas assindticas so aquelas que no so ligadas por conjuno.

    Ex: Os ces ladram, a caravana passa.

    Oraes coordenadas sindticas so aquelas ligadas por conjuno.

    Ex: Eu estive em sua casa, mas no o vi.

    Conjunes coordenativas so aquelas que relacionam termos de mesmo valor e

    funo.

    1. Aditivas (adio): e, nem, nem...nem, no s...mas tambm

    2. Adversativas (oposio): mas, porm, contudo, todavia, entretanto

    3. Alternativas (alternncia): ou, ora...ora, quer...quer,seja...seja

    4. Conclusivas (concluso): logo, portanto, assim, pois, ento, por conseguinte, por

    isso

    5. Explicativas (explicao): pois, porque, que

    1. Aditivas: Ele trabalha / e estuda.

    A criana no sorriu / nem chorou.

    2. Adversativas: Eu gosto de carne, / mas ela no.

    Chegarei hoje. / Entretanto, no sei o horrio.

    3. Alternativas: Ora chove, / ora bate sol.

    Fale, / ou cale-se de uma vez.

    4. Conclusivas: Ele estudou. / Portanto, foi aprovado.

    Moro longe. / Logo, preciso ir embora cedo.

    5. Explicativas: Ele estudou, / pois queria aprender.

    Fiquem quietos, / que ele est doente.

    Observao:

    A conjuno pois ser explicativa se vier antes do verbo e conclusiva se vier depois do

    verbo.

    Apresse-se, pois preciso ir embora. (explicativa)

    Voc precisa descansar. Durma, pois. (conclusiva)

  • Observao:

    O conector e nem sempre possui valor aditivo.

    - Roubou remdio para a filha e foi preso.

    - A nave viaja no interior da terra e traz notcias de l.

    - Acordou tarde e perdeu a hora estabelecida para a entrevista.

    - Bomba de efeito moral assusta e no fere

    Orao Intercalada ou Orao Interferente

    aquela orao, sintaticamente independente, que se interpe a outra a ttulo de

    esclarecimento, ressalva, advertncia, opinio.

    Exemplos:

    Note-se e este ponto deve ser tirado luz que os dois continuavam muito parecidos.

    Acredito tambm e isso aconteceu a muitos que o choque de novembro tenha

    abalado profundamente a economia.

    Aula 23

    Pontuao I

    Pontuao

    Perodo Simples

    No se usa vrgula

    I - entre sujeito e verbo

    Ex: Todos os componentes da mesa recusaram a proposta.

    II - entre verbo e seus complementos (objetos diretos e indiretos)

    Ex: O trabalho custou sacrifcio aos realizadores.

    III - entre nome e complemento nominal e entre nome e adjunto adnominal

    Ex: A intrigante resposta do mestre ao aluno despertou reaes.

    OBSERVAO: Qualquer termo que esteja isolando sujeito e verbo, verbo e

    complemento, nome e adjunto adnominal ou nome e complemento deve ser isolado por

    vrgulas.

  • Ex:

    Consultei, com muito esforo, os dados da pesquisa.

    As pessoas, muitas vezes, esquecem-se de seus heris.

    H necessidade, em outras palavras, de apoiar tal movimento.

    Usa-se a vrgula:

    1) Para separar palavras ou expresses de mesma funo sinttica (termos em

    enumerao)

    Ex:

    Minha casa tem quatro dormitrios, dois banheiros, trs salas e bom quintal.

    A inflao reduz o consumo, a produo, o incentivo dos empresrios e a oferta de

    emprego.

    Usa-se a vrgula:

    2) Para separar o aposto do termo fundamental

    Ex:

    Braslia, capital da Repblica, foi formada em 1960.

    Fortaleza, uma das capitais nordestinas mais procuradas pelos turistas, possui o 2

    maior PIB da regio.

    Usa-se a vrgula:

    3) Para separar certas palavras e expresses interpositivas: por exemplo, porm, ou

    melhor, ou antes, isto , por assim dizer, alm disso, alis, com efeito, ento, outrossim,

    entretanto, todavia, pois etc.

    Ex:

    Elas gritavam. Eu, porm, nem me importava.

    Eles gastaram R$ 500,00, isto , tudo o que tinham.

    Quer dizer que voc, ento, no foi mais Eslovquia?

    O ditador era muito respeitado, ou antes, muito temido.

    Ficamos, assim, livres da vergonha de sermos chamados de trogloditas.

  • 4) Para separar o adjunto adverbial, quando ele se encontra deslocado da ordem

    direta

    Ex:

    Casaram-se s duas horas. Nove horas depois, estavam separados.

    A boca , nas mulheres, a feio que menos nos esquece.

    Em um naufrgio, quem est s, ajuda-se mais facilmente.

    5) Para indicar a omisso de uma palavra (geralmente verbo) ou de um grupo de

    palavras

    Ex:

    Carmem ficou alegre; eu, muito triste ( =eu fiquei)

    A mulher a parte delicada da humanidade; o homem, a parte insensvel. (= o homem

    )

    Aula 24

    Pontuao II

    Pontuao

    Perodo Composto

    Perodo Composto por Subordinao

    1) Oraes Subordinadas Substantivas

    No se separam da orao principal por meio de vrgula a orao principal da

    orao subordinada substantiva. A exceo a substantiva apositiva, que se separa por

    dois-pontos.

    Ex:

    No se imaginava que a propaganda seria to agressiva.

    Quem tem boca vai a Roma.

    evidente que o culpado o mordomo

    2) Oraes Subordinadas Adjetivas

    Usa-se a vrgula para isolar oraes adjetivas explicativas. J as restritivas no so

    separadas por vrgula.

  • I) Os polticos que so corruptos iludem a nao com falsas promessas.

    II) Os polticos, que so corruptos, iludem a nao com falsas promessas.

    3) Oraes Subordinadas Adverbiais

    Sempre correto o uso da vrgula entre as subordinadas adverbiais e a orao principal.

    Quando esto deslocadas (no incio ou no meio do perodo), a vrgula torna-se

    obrigatria.

    Ex:

    Sejamos sinceros, porm evitemos empregar com rigor a franqueza que, muito embora

    seja uma bela virtude, poder tornar-se mais prejudicial do que benfica.

    Se a situao for adversa, chame a polcia.

    Assim que chegarem as encomendas, comearemos a trabalhar.

    Perodo Composto por Coordenao

    1) As oraes assindticas separam-se por vrgula entre si:

    Ex:

    Pagou o recado, leu-o, disparou para a rua.

    2) Quanto s coordenadas sindticas, exceto as aditivas com e e nem, sempre

    correto o emprego da vrgula.

    Ex:

    A beleza empolga a vista, mas o mrito conquista a alma.

    No chore, que ser pior.

    O lago est na minha fazenda, portanto me pertence.

    Observao

    Pode-se usar a vrgula para separar oraes iniciadas pela conjuno e, quando os

    sujeitos forem diferentes

    Ex

    Tirai do mundo a inveja, e a ambio desaparecer de todas as almas generosas.

    Quantas vezes uma vrgula modifica uma sentena, e uma palavra pode destruir uma

    grande e velha amizade!

    Pontue corretamente os fragmentos de texto a seguir:

  • Durante boa parte do sculo XX a mulher ocupou posies subalternas restritas

    basicamente a afazeres domsticos. Isso comeou a mudar no perodo entre as duas

    grandes guerras quando ela passou a desempenhar funes at ento exercidas pelos

    homens que se encontravam em campos de batalha.

    Diante desse contexto movimentos feministas ganharam bastante fora

    principalmente na dcada de 60. O principal alvo a ser combatido era o machismo

    sentimento que ainda persiste quando de forma preconceituosa afirma-se que a mulher

    no tem habilidade para certas tarefas como gerir negcios e at mesmo conduzir

    veculos.

    Aula 25

    Concordncia Verbal I

    CASO GERAL:

    Se eles no forem embora logo ns vamos precisar aprender a dormir em p

    Sujeito Pronome de Tratamento:

    As senhoras se responsabilizam por todo o setor.

    Voc fez um bom negcio com este imvel.

    Cuidado!

    Vossa Senhoria se preocupastes com meu estado de sade. (ERRADO)

    Sujeito Simples

    a) O batalho perfilou-se diante do comandante.

    O batalho de soldados perfilaram-se...

    b) Mais de um reservou lugar na primeira fila.

    Mais de um poltico cumprimentaram-se. (reciprocidade)

    c) A maioria votou contra.

    Maioria das lojas estava/ estavam fechada(s).

    d) Ele foi um dos colegas que mais me apoiaram.

    A professora foi uma das pessoas que me incentivou. (quer se destacar)

    e) Os Estados Unidos investem bastante em tecnologia.

    Minas Gerais produz muita soja no cerrado.

  • f) Quais de ns agiram/agimos com justia?

    Qual de vs deseja um txi?

    Sujeito Pronome Relativo QUE ou QUEM

    Na verdade sou eu que pago as despesas.

    Fomos ns quem apresentou/apresentamos a propostas

    Sou eu que pago a conta.

    Sou eu quem pago/paga a conta.

    Sujeito Numeral Fracionrio

    S um quarto dos alunos foi aprovado.

    Quase dois teros da produo agrcola sero exportados este ano.

    Sujeito Porcentagem

    At 30% do FGTS pode ser aplicado em fundo.

    Podem ser aplicados em fundo at 30% do FGTS.

    Os 30% do FGTS que o trabalhador aplicar no fundo rendero 3% ao ano.

    Aula 26

    Concordncia Verbal II

    Sujeito Composto

    a) Os jogadores e a torcida abraaram-se no campo.

    Observao:

    - Medo e temor nos acompanha/acompanham sempre.

    - Uma brisa, um vento, o maior furao no os inquietava/inquietavam.

    - O horrio, o clima, o local, nada nos favorecia.

    b) Voltaram/Voltou ao hotel o turista e a polcia.

    c) Eu, tu, e ele faremos a pesquisa amanh.

    Tanto ele como eu nos samos bem no exame.

    d) O diretor ou o gerente podem assinar o contrato.

    Hugo ou Carlos ser orador da turma. (excluso)

  • Um ou outro aluno poder comparecer aula.

    e) Nem eu nem voc conseguiu/conseguimos o emprstimo.

    Nem um nem outro fez/fizeram o gol da vitria.

    Uma e outra coisa me atrai/atraem.

    f) Viajar e passear constitui seu ideal de vida.

    O ganhar e o perder fazem parte de nossas vidas.

    Sujeito Oracional

    Ainda falta comprar os cartes.

    Estas so realidades que no adianta esconder.

    Verbo Parecer

    Os turistas pareciam estar encantados com a cidade romana.

    Os jogadores parece driblarem os adversrios com dificuldade

    Aula 27

    Concordncia Nominal

    Regra Geral

    Esta observao curta desfaz o equvoco.

    So vlidas, desde que bem fundamentadas por tericos competentes, as anlises

    econmicas veiculadas nos editoriais.

    Um adjetivo qualificando mais de um substantivo

    a) Quando vem posposto aos substantivos

    Tratava-se de vaidade e orgulho excessivo.

    Tratava-se de vaidade e orgulho excessivos.

    Observao:

    Quando o adjetivo vem posposto aos substantivos e funciona como predicativo, vai para

    o plural.

    A vaidade e o orgulho so companheiros

    b) Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos, concorda, por norma, com o

    elemento mais prximo.

  • Era dotado de extraordinria coragem e talento.

    Observao:

    Quando o adjetivo anteposto for um predicativo, poder concorda