apostila de portugues

27
APOSTILA DE PORTUGUÊS O ALFABETO A - B - C- D - E - F - G - H - I - J -K - L - M - N - O - P - Q - R - S - T - U - V- W - X - Y - Z. AS VOGAIS AS SEMI-VOGAIS A – E – I – O – U I – U Sílaba - Fonema ou conjunto de fonemas pronunciados numa só emissão de voz. CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS SÍLABAS NÚMERO DE SÍLABAS EXEMPLOS Monossílabas 1 a, é, eu, há, teu, sim, quais Dissílabas 2 a-í, me-sa, u-va, ma-nhã, ru- a, qual-quer Trissílabas 3 a-ba-no, or-gu-lhar, ar-tis-ta, fu-ra-cão Polissílabas mais de 3 so-bre-tu-do, an-ti-ga-men-te, in-com-pre-en-sí-vel MONOSSÍLABAS - Aquelas que possuem uma só sílaba = mão cruz DISSÍLABAS - Aquelas que possuem duas sílabas = sa/pé fo/lha te/la TRISSÍLABAS - Aquelas que possuem três sílabas = fun/da/ção mé/di/co POLISSÍLABAS = Aquelas que possuem mais de três sílabas ve/te/ra/no na/tu/re/za pa/la/ci/a/no CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO A TONICIDADE As palavras com mais de uma sílaba, conforme a tonicidade, classificam-se em: OXÍTONAS Quando a sílaba tônica é a última = Coração São Tomé PAROXÍTONAS Quando a sílaba tônica é a penúltima = Cadeira Linha Régua Profº VAL

Upload: jesival

Post on 25-Jun-2015

736 views

Category:

Documents


16 download

TRANSCRIPT

Page 1: APOSTILA DE PORTUGUES

APOSTILA DE PORTUGUÊS

O ALFABETO

A - B - C- D - E - F - G - H - I - J -K - L - M - N - O - P - Q - R - S - T - U - V- W - X - Y - Z.

AS VOGAIS AS SEMI-VOGAIS

A – E – I – O – U I – USílaba - Fonema ou conjunto de fonemas pronunciados numa só emissão de voz.

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS 

SÍLABAS NÚMERO DE SÍLABAS EXEMPLOS

Monossílabas 1 a, é, eu, há, teu, sim, quais

Dissílabas 2 a-í, me-sa, u-va, ma-nhã, ru-a, qual-quer

Trissílabas 3 a-ba-no, or-gu-lhar, ar-tis-ta, fu-ra-cão

Polissílabas mais de 3so-bre-tu-do, an-ti-ga-men-te, in-com-pre-en-

sí-vel

MONOSSÍLABAS - Aquelas que possuem uma só sílaba = dó mão cruzDISSÍLABAS - Aquelas que possuem duas sílabas = sa/pé fo/lha te/laTRISSÍLABAS - Aquelas que possuem três sílabas = fun/da/ção mé/di/coPOLISSÍLABAS = Aquelas que possuem mais de três sílabas ve/te/ra/no na/tu/re/za pa/la/ci/a/no

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO A TONICIDADEAs palavras com mais de uma sílaba, conforme a tonicidade, classificam-se em:OXÍTONAS Quando a sílaba tônica é a última = Coração São ToméPAROXÍTONAS Quando a sílaba tônica é a penúltima = Cadeira Linha RéguaPROPAROXÍTONAS Quando a sílaba tônica é a antepenúltima = Ibérica América

Encontros vocálicosVocê sabe o que são encontros vocálicos? Com certeza você os utiliza o tempo todo, para falar, e talvez nem tenha se dado conta. Veja os exemplos abaixo:

Dois garotos se encontram na rua: "Ei! Oi!"  "E aí, meu?" 

Note que os garotos usaram apenas uma consoante e nove vogais. Em português, usamos muitas vogais para nos expressar. Aliás, não existem em nossa língua palavras que sejam formadas apenas por consoantes. 

Encontro vocálico é a junção de duas ou mais vogais dentro das palavras. 

DitongosÀs vezes as vogais se juntam na mesma sílaba. Nesse caso, pode ocorrer o que chamamos de um ditongo:

sé-rie Pás-coa lei bei-jo meu

Profº VAL

Page 2: APOSTILA DE PORTUGUES

Os ditongos podem ser crescentes ou decrescentes.O ditongo é crescente quando a segunda vogal do ditongo é a mais forte. Exemplos: 

qua-se goe-la a-quá-rio sa-gui fre-quen-te

O ditongo é decrescente quando a primeira vogal do ditongo é a mais forte. Exemplos: 

he-roi boi cai céu fui

Orais e nasaisOs ditongos podem ser orais ou nasais, de acordo com o modo de pronunciá-los. O ditongo é oral quando suas vogais são orais, os seus sons são produzidos exclusivamente pela boca. Exemplos: 

má-goa cí-lios gló-ria rai-va meu

O ditongo é nasal quando suas vogais são nasais, ou seja, os sons passam também pelo nariz ou sofrem uma nasalização. Exemplos: 

mãe cãi-bra põe pão chão

TritongosExistem casos em que três vogais fazem parte da mesma sílaba. 

Pa-ra-guai

quais es-piõesen-xa-guei

a-ve-ri-guou

Os tritongos também podem ser orais ou nasais. O tritongo é oral quando suas vogais são orais. Exemplos: 

U-ru-guai quais fiéisen-xa-guou

a-ve-ri-guei

O tritongo é nasal quando suas vogais são nasais. Exemplos: 

sa-guão sa-guõesen-xá-guem

es-piões ba-rões

HiatosQuando as vogais se encontram em sílabas diferentes, embora estejam em sequência, temos um hiato.

Veja a diferença entre sai e saí. Em sai temos um ditongo, com as duas vogais na mesma sílaba,

enquanto em saí temos um hiato, pois as duas vogais estão em sílabas diferentes (sa-í).Outros exemplos: 

hi-a-to en-jo-o ál-co-ol ba-ú jo-e-lho

Encontro consonantal é o encontro de duas consoantes, as duas consoantes são pronunciadas.

Exemplos com as consoantes na mesma sílaba:Pedra -> pe – Dra Planta -> plan – ta Glicose -> gli – co – se Gravidade -> gra – vi – da – deExemplos com as consoantes em sílabas separadas:

Page 3: APOSTILA DE PORTUGUES

Garfo -> gar – Fo Ignorar -> ig – no – rar Vista -> vis – ta

Dígrafo é o encontro de duas letras com um único som.Exemplos: chapéu, piscina, carroça, descer, pássaro, mosquito, exceção, galinha, tampa, ponta, índia, comprimido e renda.

DIVISÃO SILÁBICAREGRA GERAL - Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.REGRAS PRÁTICAS - Não se separam ditongos e tritongos. – Exemplos = mau averigüeiSeparam-se as letras que representam os hiatos. – Exemplos = sa-í-da vô-o...Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc. – Exemplos = pas-se-a-ta car-ro ex-ce-to...Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente. Exemplo = car-taOs elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados à palavra, obedecem às regras gerais. Exemplos = de-sa-ten-to bi-sa-v tran-sa-tlân-ti-co...Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Quando isso ocorrer em início de palavra, a consoante se anexa à sílaba seguinte. Exemplos = ad-je-ti-vo tungs-tê-nio psi-có-lo-go

ACENTO TÔNICO/ GRÁFICO1-Sílaba tônica - A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba tônica.Esta possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico: cajá caderno lâmpada

CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO ACENTO TÔNICOOs monossílabos podem ser tônicos ou átonosTônicos: são autônomos, emitidos fortemente, como se fossem sílabas tônicas. Exemplo = ré teu láÁtonos: apóiam-se em outras palavras, pois não são autônomos, são emitidos fracamente, como se fossem sílabas átonas. São palavras sem sentido quando estão isoladas: artigos, pronomes oblíquos, preposições, junções de preposições e artigos, conjunções, pronome relativo que. Exemplo = o lhe nem

ACENTUAÇÃO GRÁFICAA reforma ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte de acentuação gráfica.

1. Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.Ex: já, fé, pés, pó, só, ás.

2. Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a, e, o, em, en, seguidas ou não de s.Ex: cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs. 

Atenção:   Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las

Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor , fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.

3. Acentuam-se as palavras paroxítonas exceto aquelas terminadas em a, e, o, em, en, seguidas ou não de s, bem como prefixos paroxítonos terminados em i ou r.Ex: dândi, júri, irmã,órfã, César, mártir, revólver,álbum,bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem, socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.Atenção:   Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s.Ex: jóquei, superfície, água, área, ingênuos.

Page 4: APOSTILA DE PORTUGUES

4. Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção.Ex: aniversário, ótimo, incômoda, podíamos, correspondência abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, têmpora.

5. Acentuam-se os ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e oxítonas.Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras paroxítonasEx: ideia, plateia, assembleia.

6. Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.Ex: voos, enjoo, abençoo.

7. Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato ee.Ex: creem, leem, veem, deem.

8. Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem repetidas.Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, Guaiba, fortuito, gratuito, feiura.

9. Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui: argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.

10. Da mesma forma não se usa mais o trema: aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar, arguição, unguento, tranquilizante.

Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc.

11. O  acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir uma da outra que se grafa de igual maneira: 1.pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente) 2.pôr ( verbo) / por (preposição) 3. vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural) 4. tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural)

Ortografia.A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-

se no padrão culto da língua.As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e

pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas(canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As

Page 5: APOSTILA DE PORTUGUES

palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).

Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:O fonema s:Escreve-se com S e não com C/Ç:

as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão

/ aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual

Escreve-se com SS e não com C e Ç: os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos

terminados por tir ou meterExemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão /

exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s

Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir no pretérito imperfeito simples do subjuntivo

Exemplos: ficasse, falasseEscreve-se com C ou Ç e não com S e SS:

os vocábulos de origem árabe:Exemplos: cetim, açucena, açúcar

os vocábulos de origem tupi, africana ou exóticaExemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique

os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço

nomes derivados do verbo ter.Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção

após ditongosExemplos: foice, coice, traição

palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorçãoO fonema z:Escreve-se com S e não com Z:

os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.

os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.Exemplos: catequese, metamorfose.

as formas verbais pôr e querer.Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.

nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão

os diminutivos cujos radicais terminam com sExemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho

Page 6: APOSTILA DE PORTUGUES

após ditongosExemplos: coisa, pausa, pouso

em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisarEscreve-se com Z e não com S:

os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivoExemplos: macio - maciez / rico - riqueza

os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar

como consoante de ligação se o radical não terminar com s.Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinhoO fonema j:Escreve-se com G e não com J:

as palavras de origem grega ou árabeExemplos: tigela, girafa, gesso.

estrangeirismo, cuja letra G é originária.Exemplos: sargento, gim.

as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.ObservaçãoExceção: pajem

as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.

os verbos terminados em ger e gir.Exemplos: eleger, mugir.

depois da letra "r" com poucas exceções.Exemplos: emergir, surgir.

depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.Exemplos: ágil, agente.Escreve-se com J e não com G:

as palavras de origem latinasExemplos: jeito, majestade, hoje.

as palavras de origem árabe, africana ou exótica.Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.

as palavras terminada com aje.Exemplos: laje, ultrajeO fonema ch:Escreve-se com X e não com CH:

as palavras de origem tupi, africana ou exótica.Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.

as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).Exemplos: xampu, lagartixa.

depois de ditongo.Exemplos: frouxo, feixe.

depois de en.Exemplos: enxurrada, enxovalObservação:

Page 7: APOSTILA DE PORTUGUES

Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)Escreve-se com CH e não com X:

as palavras de origem estrangeiraExemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.As letras e e i:

os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra. os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue.

Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i:

área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).

O que são Sinônimos e Antônimos:

* Sinônimos

São palavras de sentido igual ou aproximado:

alfabeto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.

Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:

adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e metamorfose; oposição e antítese.

* Antônimos

São palavras de significação oposta:

ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; mal – bem mau – bom grande – pequeno claro – escuro alto - baixo.

Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:

bendizer e maldizer; simpático e antipático;

Page 8: APOSTILA DE PORTUGUES

progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista e anti comunista; simétrico e assimétrico.

Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas

1) Utiliza-se inicial maiúscula: a) No começo de um período, verso ou citação direta. Exemplos: Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno,

é estar no Paraíso." "Auriverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,Estandarte que à luz do sol encerraAs promessas divinas da Esperança…"(Castro Alves)

Observações: - No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula. Por Exemplo: "Aqui, sim, no meu cantinho,

vendo rir-me o candeeiro,gozo o bem de estar sozinhoe esquecer o mundo inteiro."

- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula. Por Exemplo: "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira) b) Nos antropônimos, reais ou fictícios. Exemplos:

Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. c) Nos topônimos, reais ou fictícios. Exemplos: 

Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. d) Nos nomes mitológicos. Exemplos: 

Dionísio, Netuno. e) Nos nomes de festas e festividades. Exemplos:

Natal, Páscoa, Ramadã. f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. Exemplos: 

ONU, Sr., V. Ex.ª. g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas. Exemplos:

Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc. Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados

em sentido geral ou indeterminado. Exemplo: 

Todos amam sua pátria. Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:

Page 9: APOSTILA DE PORTUGUES

a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. Exemplos:

Rua da Liberdade ou rua da Liberdade Igreja do Rosário ou igreja do Rosário Edifício Azevedo ou edifício Azevedo

Utiliza-se inicial minúscula:

a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes. Exemplos: 

carro, flor, boneca, menino, porta, etc. b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. Exemplos:

janeiro, julho, dezembro, etc.segunda, sexta, domingo, etc. primavera, verão, outono, inverno

c) Nos pontos cardeais. Exemplos:

Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste.

Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.

Exemplos:Nordeste (região do Brasil)Ocidente (europeu)Oriente (asiático)

Lembre-se:

Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.

Exemplo:

"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas:ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)

Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:

a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. Exemplos:

Crime e Castigo ou Crime e castigo Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredasEm Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido

b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que designam crenças religiosas.

Exemplos:Governador Mário Covas ou governador Mário Covas Papa João Paulo II ou papa João Paulo II 

Page 10: APOSTILA DE PORTUGUES

Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitorSanta Maria ou santa Maria.

c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas. Exemplos:

Português ou portuguêsLínguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernasHistória do Brasil ou história do BrasilArquitetura ou arquitetura

Interpretação de Textos

Orientação para as questões de texto:

- Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às partes importantes. Lembrar-se de que cada parágrafo desenvolve uma ideia.

- Durante a segunda leitura, sublinhe o que for mais significativo, a ideia principal de cada parágrafo. Também é possível fazer anotações à margem do texto.

- Ler atentamente o comando da questão, para saber realmente o que se pede.  Muitas vezes interpreta-se erroneamente por não ter entendido o enunciado. Atenção quando pede a "alternativa falsa", "a única alternativa que difere", " a alternativa que não está no texto" etc.

- Quando o enunciado indicar uma linha ou uma expressão extraída do texto, volte e releia o parágrafo inteiro atentamente. Se necessário releia mais de um parágrafo para tirar a correta ideia do contexto indicado.

- Ler mais de uma vez cada alternativa a fim de eliminar os absurdos. Geralmente um terço das respostas o são.

- Se a questão pede a ideia principal ou tema do texto, normalmente deve situar-se na primeiro ou no último parágrafo - introdução ou conclusão.

- Se a questão busca a argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários - desenvolvimento.

2. CLASSES DE PALAVRAS:As palavras são classificadas de acordo com as funções exercidas nas orações.Na língua portuguesa podemos classificar as palavras em:

Substantivo, Adjetivo, Pronome, Verbo, Artigo, Numera, Advérbio, Preposição, Interjeição, Conjunção

2.1 Substantivo:É a palavra variável que denomina qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados e seres

em geral.Quanto a sua formação, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples

(alface) ou composto (guarda-chuva).Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba), concreto (mesa)

ou abstrato (felicidade).Algumas curiosidades sobre os substantivos:

Page 11: APOSTILA DE PORTUGUES

Palavras masculinas: ágape (refeição dos primitivos cristãos); anátema (excomungação); axioma (premissa verdadeira); caudal (cachoeira); carcinoma (tumor maligno); champanha, clã, clarinete, contralto, coma,

diabete/diabetes (FeM classificam como gênero vacilante);

diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno);

herpes, hosana (hino);

jângal (floresta da Índia); lhama, praça (soldado raso); praça (soldado raso); proclama, sabiá, soprano (FeM classificam

como gênero vacilante); suéter, tapa (FeM classificam como gênero

vacilante); teiró (parte de arma de fogo ou arado);

telefonema, trema, vau (trecho raso do rio).

Palavras femininas: abusão (engano); alcíone (ave doa antigos); aluvião, araquã (ave); áspide (reptil peçonhento); baitaca (ave); cataplasma, cal, clâmide (manto grego); cólera (doença); derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); filoxera (inseto e doença); gênese, guriatã (ave); hélice (FeM classificam como gênero

vacilante); jaçanã (ave);

juriti (tipo de aves); libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);

sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); usucapião (FeM classificam como gênero vacilante);

xerox (cópia).

Alguns femininos: abade abadessa; castelão (dono do

castelo) castelã;

abegão (feitor) abegoa; catalão catalã; alcaide (antigo

governador) alcaidessa, alcaidina; cavaleiro cavaleira, amazona;

aldeão aldeã; charlatão charlatã; anfitrião anfitrioa, anfitriã; coimbrão coimbrã; beirão (natural da Beira) beiroa; cônsul consulesa; besuntão (porcalhão) besuntona; comarcão comarcã; bonachão bonachona; cônego canonisa; bretão bretoa, bretã; czar czarina; cantador cantadeira; deus deusa, déia; cantor cantora, cantadora

Substantivos em -ÃO e seus plurais: alão alões, alãos, alães; aldeão aldeãos, aldeões; capelão capelães; castelão castelãos, castelões; cidadão cidadãos;

Substantivos só usados no plural:

Page 12: APOSTILA DE PORTUGUES

anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos brancos), cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais (contrato de casamento ou noivado), esposórios (presente de núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos nomes de naipes.

Coletivos: alavão - ovelhas leiteiras; armento - gado grande (búfalos, elefantes); assembléia (parlamentares, membros de

associações); atilho - espigas;

baixela - utensílios de mesa; banca - de examinadores, advogados; bandeira - garimpeiros, exploradores de

minérios; bando - aves, ciganos, crianças, salteadores;

boana - peixes miúdos; cabido - cônegos (conselheiros de bispo); cáfila - camelos; cainçalha - cães; cambada - caranguejos, malvados, chaves; cancioneiro - poesias, canções; caterva - desordeiros, vadios; choldra, joldra - assassinos, malfeitores; chusma - populares, criados; conselho - vereadores, diretores, juízes

militares; conciliábulo - feiticeiros, conspiradores; concílio - bispos; canzoada - cães; conclave - cardeais; congregação - professores, religiosos; consistório - cardeais; fato - cabras; feixe - capim, lenha; junta - bois, médicos, credores,

examinadores; girândola - foguetes, fogos de artifício;

grei - gado miúdo, políticos; hemeroteca - jornais, revistas; legião - anjos, soldados, demônios; malta - desordeiros; matula - desordeiros, vagabundos; miríade - estrelas, insetos; nuvem - gafanhotos, pó; panapaná - borboletas migratórias; penca - bananas, chaves; récua - cavalgaduras (bestas de carga); renque - árvores, pessoas ou coisas

enfileiradas; réstia - alho, cebola;

ror - grande quantidade de coisas; súcia - pessoas desonestas, patifes; talha -lenha; tertúlia - amigos, intelectuais; tropilha - cavalos; vara - porcos.

Substantivos compostos:Os substantivos compostos formam o plural da seguinte maneira:

sem hífen formam o plural como os simples (pontapé/pontapés); caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade das palavras que compõem o

substantivo para pluralizá-los. São palavras variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes, particípio. São palavras invariáveis: verbo, preposição, advérbio, prefixo;

em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);

com elementos ligados por preposição, apenas o primeiro se flexiona (pés-de-moleque); são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres); só variará o primeiro elemento nos compostos formados por dois substantivos, onde o segundo

limita o primeiro elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo, bananas-maçã)

Page 13: APOSTILA DE PORTUGUES

nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-diz);

compostos cujo segundo elemento já está no plural não variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os espirra-canivetes);

palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser substantivo. Caso represente o verbo guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).

2.2 Adjetivo:É a palavra variável que restringe a significação do substantivo, indicando qualidades e

características deste. Mantém com o substantivo que determina relação de concordância de gênero e número. adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem geográfica, normalmente são formados

pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas por alagoano). Podem ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos assumem sua forma reduzida e erudita, com exceção do último elemento (franco-ítalo-brasileiro).

locuções adjetivas: expressões formadas por preposição e substantivo e com significado equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de cima = andar superior / estar com fome = estar faminto).

São adjetivos eruditos: açúcar sacarino; estômag

o gástrico; moeda monetário,

numismático; águia aquilino; fábrica fabril; neve níveo; anel anular; fígado hepático; pedra pétreo; astro sideral; fogo ígneo; prata argênteo,

argentino, argírico; bexiga vesical; guerra bélico; raposa vulpino; bispo episcopal; homem viril; rio fluvial, potâmico; cabeça cefálico; inverno hibernal; rocha rupestre; chumbo plúmbeo; lago lacustre; sonho onírico; chuva pluvial; lebre leporino; sul meridional, austral; cinza cinéreo; lobo lupino; tarde vespertino; cobra colubrino, ofídico; marfim ebúrneo,

ebóreo; velho,

velhice senil;

dinheiro pecuniário; memória mnemônico; vidro vítreo, hialino.

Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas formas: comparativo e superlativo.O grau comparativo refere-se a uma mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais

qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade: tão alto quanto (como / quão); de superioridade: mais alto (do) que (analítico) / maior (do) que (sintético) e de inferioridade: menos alto (do) que.

O grau superlativo exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso.O superlativo pode ser classificado como absoluto, quando a qualidade não se refere à de outros

elementos. Pode ser analítico (acréscimo de advérbio de intensidade) ou sintético (-íssimo, -érrimo, -ílimo). (muito alto X altíssimo)

Page 14: APOSTILA DE PORTUGUES

O superlativo pode ser também relativo, qualidade relacionada, favorável ou desfavoravelmente, à de outros elementos. Pode ser de superioridade analítico (o mais alto de/dentre), de superioridade sintético (o maior de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto de/dentre).

São superlativos absolutos sintéticos eruditos da língua portuguesa: acre acérrimo; frio frigidíssimo; sagrado sacratíssimo; alto supremo, sumo; humilde humílimo; são saníssimo; amável amabilíssimo; livre libérrimo; veloz velocíssimo. amigo amicíssimo; magro macérrimo; fiel fidelíssimo; baixo ínfimo; mísero misérrimo; acre acérrimo; cruel crudelíssimo; negro nigérrimo; frio frigidíssimo; doce dulcíssimo; pobre paupérrimo; humilde humílimo; dócil docílimo; sábio sapientíssimo;

Os adjetivos compostos formam o plural da seguinte forma: têm como regra geral, flexionar o último elemento em gênero e número (lentes côncavo-

convexas, problemas sócio-econômicos); são invariáveis cores em que o segundo elemento é um substantivo (blusas azul-turquesa,

bolsas branco-gelo); não variam as locuções adjetivas formadas pela expressão cor-de-... (vestidos cor-de-rosa); as cores: azul-celeste e azul-marinho são invariáveis; em surdo-mudo flexionam-se os dois elementos.

2.3 Pronome:É palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo,

indicando-o como pessoa do discurso.A diferença entre pronome substantivo e pronome adjetivo pode ser atribuída a qualquer tipo de

pronome, podendo variar em função do contexto frasal. Assim, o pronome substantivo é aquele que substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro). Já o pronome adjetivo é aquele que acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é belo). Os pronomes pessoais são sempre substantivos.

Quanto às pessoas do discurso, a língua portuguesa apresenta três pessoas:1ª pessoa - aquele que fala, emissor;2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor;3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.

2.3.1 Pronome pessoal:Indicam uma das três pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem também

representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa (A moça era a melhor secretária, ela mesma agendava os compromissos do chefe).

A seguir um quadro com todas as formas do pronome pessoal:

Pronomes pessoais

Número  Pessoa Pronomes retosPronomes oblíquos

Átonos Tônicos

Page 15: APOSTILA DE PORTUGUES

singularprimeirasegundaterceira

eutuele, ela

meteo, a, lhe, se

mim, comigoti, contigoele, ela, si, consigo

pluralprimeirasegundaterceira

nósvóseles, elas

nosvosos, as, lhes, se

nós, conoscovós, convoscoeles, elas, si, consigo

2.3.2 Pronome possessivo:Fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo.

Concordam em gênero e número com a coisa possuída.São pronomes possessivos da língua portuguesa as formas:1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s);2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s);3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s).Quanto ao emprego, normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir

depois do substantivo que determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da frase.O uso do possessivo seu (a/s) pode causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso

do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?); pode também indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos).

Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor.

2.3.3 Pronome demonstrativo:Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no

espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são invariáveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos.

As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome demonstrativo.

2.3.4 Pronome relativo:Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente) e introduz uma oração dependente,

adjetiva.Os pronome nomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira: mento, armamentomes

relativos são: que, quem e onde - invariáveis; além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s).

2.3.5 Pronome indefinido:Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico,

representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade indeterminada. Em função da quantidade de pronomes indefinidos, merece atenção sua identificação.

São pronomes indefinidos de: pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem; lugares: onde, algures, alhures, nenhures; pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a),

nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), cada.

Page 16: APOSTILA DE PORTUGUES

2.3.6 Pronome interrogativo: São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulação de uma

pergunta direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso. (Quantos livros você tem? / Não sei quem lhe contou).

Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi tudo?).

2.4 Verbo:É a palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ação, estado ou

fenômeno da natureza.Os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se criar três

paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:

Quanto à flexão verbal, temos: número: singular ou plural; pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª; tempo: referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro). O modo imperativo

só tem um tempo, o presente; voz: ativa, passiva e reflexiva; modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de

realização de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertência ou pedido).As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função

exclusivamente verbal. Infinitivo é antes substantivo, o particípio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime.

Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes valores: presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala; presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou

época em que se fala; pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no

passado; pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas

não foi concluída ou era uma ação costumeira no passado; pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi

iniciada mas não concluída no passado; pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação

já passada; futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou época vindoura; futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num momento

futuro, mas ligado a um momento passado; futuro do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou

época futura;Quanto à formação dos tempos, os chamados tempos simples podem ser primitivos (presente e

pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal) e derivados:São derivados do presente do indicativo:

pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) + Desinência número pessoal (DNP);

Page 17: APOSTILA DE PORTUGUES

presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa singular do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) + DNP;Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de "ei" na 1ª pessoa do plural (passeio, mas

passeemos). imperativo negativo (todo derivado do presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª

pessoas vêm do presente do indicativo sem S, as demais também vêm do presente do subjuntivo).Quanto às vozes, os verbos apresentam a voz:

ativa: sujeito é agente da ação verbal; passiva: sujeito é paciente da ação verbal;

A voz passiva pode ser analítica ou sintética: analítica: - verbo auxiliar + particípio do verbo principal; sintética: na 3ª pessoa do singular ou plural + SE (partícula apassivadora); reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação verbal. Também pode ser recíproca ao mesmo

tempo (acréscimo de SE = pronome reflexivo, variável em função da pessoa do verbo);Na transformação da voz ativa na passiva, a variação temporal é indicada pelo auxiliar (ser na

maioria das vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pretérito perfeito do indicativo) / O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do verbo principal).

Alguns verbos da língua portuguesa apresentam problemas de conjugação. A seguir temos uma lista, seguida de comentários sobre essas dificuldades de conjugação.

2.5 ArtigoPrecede o substantivo para determiná-lo, mantendo com ele relação de concordância. Assim,

qualquer expressão ou frase fica substantivada se for determinada por artigo (O 'conhece-te a ti mesmo' é conselho sábio). Em certos casos, serve para assinalar gênero e número (o/a colega, o/os ônibus).

Os artigos podem ser classificado em: definido - o, a, os, as - um ser claramente determinado entre outros da mesma espécie; indefinido - um, uma, uns, umas - um ser qualquer entre outros de mesma espécie;

Podem aparecer combinados com preposições (numa, do, à, entre outros).

2.6 Numeral:Numeral é a palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se

como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo), fracionário (meio, metade, terço). Além desses, ainda há os numerais coletivos (dúzia, par).

Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem acompanhando e modificando um substantivo, terão valor adjetivo. Já se estiverem substituindo um substantivo e designando seres, terão valor substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) / Ele será o primeiro desta vez. (valor substantivo)].

Quanto à flexão, varia em gênero e número: variam em gênero:

Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva em relação ao substantivo. variam em número:

Page 18: APOSTILA DE PORTUGUES

Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os multiplicativos, quando têm função adjetiva; os fracionários, dependendo do cardinal que os antecede.

Os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se terminarem por som vocálico (Tirei dois dez e três quatros).

2.7 Advérbio:É a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do próprio advérbio

(intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma circunstância que determina sua classificação: lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures; tempo: breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda; modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente; negação: não, qual nada, tampouco, absolutamente; dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente; intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão; afirmação: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.

Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar variações de grau comparativo ou superlativo.

Comparativo:igualdade - tão + advérbio + quantosuperioridade - mais + advérbio + (do) queinferioridade - menos + advérbio + (do) queSuperlativo:sintético - advérbio + sufixo (-íssimo)analítico - muito + advérbio.Bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais

bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo).

2.8 Preposição:É a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de subordinação entre

o termo regente e o regido. São antepostos aos dependentes (objeto indireto, complemento nominal, adjuntos e orações subordinadas). Divide-se em: essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,

entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás; acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora,

conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem).

2.9 Interjeição:São palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto

emocional. Podem expressar:

Page 19: APOSTILA DE PORTUGUES

alegria  ah!, oh!, oba! chamamento  alô!, olá!, psit! advertência  cuidado!, atenção desejo  oxalá!, tomara! / dor afugentamento  fora!, rua!, passa!, xô! espanto  puxa!, oh!, chi!, ué! alívio  ufa!, arre! impaciência  hum!, hem! animação  coragem!, avante!, eia! silêncio  silêncio!, psiu!, quieto!. aplauso  bravo!, bis!, mais um chamamento  alô!, olá!, psit!

São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo!

2.10 Conjunção:É a palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação

(subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:Coordenativas, aquelas que ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois termos

que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco tipos: aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda; adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário),

não obstante, apesar disso; alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer; conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso; explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.

Subordinativas - ligam duas orações dependentes, subordinando uma à outra. Apresentam dez tipos: causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que;

Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em: comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que; condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a menos que; consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. -

indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;

conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como; concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que; temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que; finais - a fim de que, para que, que; proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos); integrantes - que, se.